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Dispnéia crônica e alterações funcionais respiratórias em ex-trabalhadores com asbestose avaliados para concessão de benefício.

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Academic year: 2017

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Dispnéia crô nica e alteraçõ es funcio nais respirató rias

e m e x- trabalhado re s co m asbe sto se avaliado s para

co nce ssão de be ne fício *

Chro n ic Dy spn e a an d Alte re d Re spirato ry Fu n ctio n in Fo rm e r Wo rke rs w ith

Asbe sto sis Evaluate d to De te rm ine Be ne fits

LARA M. NÁPOLIS,ANDRÉA APARECIDA SETTE (TE SBPT), ERICSON BAGATIN,MÁRIO TERRA FILHO, REYNALDO

T. RODRIGUES, JORGE ISSAMU KAVAKAMA, JOSÉ ALBERTO NEDER(TE SBPT), LUIZ EDUARDO NERY(TE SBPT)

*Trabalho realizado n o set or de Fu n ção Pu lm on ar e Fisiologia Clín ica do Exercício (SEFICE) da Disciplin a de Pn eu m ologia da UNIFESP- EPM Est u do parcialm en t e fin an ciado pela FAPESP – Processo n º 96/ 10 415- 6

En d ereço p ara co rresp o n d ên cia: Lu iz Ed u ard o Nery. Ru a Bo t u cat u , 7 4 0 , 3 ºan d ar- CEP 0 4 0 2 3 - 0 6 2 – São Pau lo - SP- Brasil. Tel: 5 5 - 11 5 576 4238 E- m a il: len ery@ p n eu m o .ep m .b r

Receb id o p a ra p u b lica çã o , em 5 / 1 0 / 0 3 . Ap ro va d o a p ó s revisã o em 1 7 / 6 / 0 4 .

Introdução: A dispnéia é um sintoma de difícil avaliação, principalmente nas doenças ocupacionais.

Objetivo: Avaliar a relação entre presença e intensidade de dispnéia crônica, e sua repercussão funcional em ex-trabalhadores com asbestose na avaliação de disfunção e incapacidade.

Método: Escores de dispnéia pelas escalas Medical Research Council modificada, American Medical Association de 1984 e 1993 e Baseline Dyspnea Index foram obtidos em 40 ex-trabalhadores com diagnóstico de asbestose, os quais foram também submetidos a espirometria, medidas da capacidade de difusão pulmonar do monóxido de carbono e testes de exercício cardiopulmonar incremental e submáximo.

Resultados: Dispnéia esteve presente em 72,5% e 67,5% dos indíviduos de acordo com as escalas do Medical Research Co u n cil e Am erica n Med ica l Asso cia t io n d e 1 9 8 4 , respectivamente e em apenas 37,5% e 31,6% dos pacientes de acordo com as escalas American Medical Association de 1.993 e Baseline Dyspnea Index. Houve melhor concordância entre as escalas Medical Research Council e American Me d ica l Asso cia t io n d e 1 9 9 3 , e Am e rica n Me d ica l Association de 1984 e American Medical Association de 1993 qu an do as gradu ações “au sen t e” e “leve” foram agrupadas. Não foi observada relação significativa entre dispnéia de acordo com cada uma das escalas e presença de anormalidades funcionais no repouso e/ou exercício.

Conclusão: O nível de concordância entre as escalas de dispnéia varia significativamente em indivíduos com asbestose. Há falta de relação dos índices de dispnéia com variáveis que avaliam disfunção respiratória em repouso e exercício.

Key words: Asbestosis/diagnosis. Dyspnea/physiopathology. Spirometry/methods.

J Bras Pneumol 2004; 30(6) 528- 34

Descritores: Asbestose/diagnóstico. Dispnéia/fisiopatologia. Espirometria/métodos.

Backg round: Dyspnea is a symptom that is difficult to evaluate, especially in occupational diseases.

Objective: To evaluate the relationship between chronic dyspnea, in its varying degrees of severity, and the functional repercussions for dysfunction or incapacitation in former workers with asbestosis.

Method: A total of 40 former workers diagnosed with asbestosis were evaluated. Dyspnea scores were determined using the modified Medical Research Council scale, the 1984 and 1993 American Medical Association scales, and the Baseline Dyspnea Index. Spirometry, measurement of diffusion capacity for carbon monoxide and cardiopulmonary exercise tests (incremental and submaximal) were also performed.

Results: Based on scores obt ain ed u sin g t he Medical Research Council and 1984 American Medical Association scales, respectively, 72.5% and 67.5% of the subjects were classified as dyspneic, compared with 37.5% and 31.6%, respectively, using the 1993 American Medical Association an d Baselin e Dyspn ea In dex scales. There was great er concordance between the Medical Research Council and 1993 American Medical Associat ion scales, as well as between the 1984 and 1993 American Medical Association scales, when the categories of “absent” and “mild” were grouped. No significant relation was found between dyspnea, as det erm in ed by each of t he scales, an d fu n ct ion al abnormalities – either at rest or during exercise.

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INTRODUÇÃO

A asbestose é uma doença intersticial pulmonar relacion ada à exposição ao asbest o. O sin t oma de maior relevân cia clín ica é a dispn éia(1,2). Est e é u m

sin t o m a d e d if ícil a va lia çã o e m e n su ra çã o , prin cipalm en t e n as doen ças ocu pacion ais, n as q u a is o u t ro s fa t o res p o d em co n fu n d ir a su a in t erpret ação, t ais com o: idade, seden t arism o, t a b a g is m o e d o e n ç a s c á r d io - r e s p ir a t ó r ia s associadas(3). Além disso, t rabalhadores bu scan do

a con cessão de ben efícios podem su perest imar a dispn éia n as su as at ividades cot idian as (4- 6).

Diversos estudos foram realizados com o intuito de avaliar a dispnéia em trabalhadores expostos ao asbesto e sua relação com anormalidades funcionais respiratórias. Entretanto, devido à dificuldade de obtenção de dados confiáveis e à subjetividade da in fo rm a çã o , h o u ve g ra n d e va ria b ilid a d e n o s resultados (3,7- 9). O grau de acometimento funcional

desses pacientes também parece ser menor do que aquele observado em outras doenças intersticiais, o que torna incerta a reprodutividade fisiológica das queixas subjetivas (10,11).

Embora exista, em nosso meio, estudo prévio avaliando dispnéia crônica, em trabalhadores do fibro-cimento(12), os autores desconhecem qualquer estudo

que tenha avaliado, de forma comparativa, diferentes escalas de dispnéia, além das suas repercussões funcionais em ex-trabalhadores com asbestose que buscam concessão de benefícios.

Port an t o, n osso objet ivo foi o de an alisar a d is p n é ia c r ô n ic a , d e a c o r d o c o m e s c a la s comu men t e u t ilizadas, Medical Research Cou n cil modificada (MRC), de 1976(13), American Medical

Associat ion (AMA), 1984(14) e 1993(15) e Baselin e

Dyspnea Index (BDI)(16)), relacionado- a às possíveis

alt erações fu n cion ais respirat órias n u m gru po de ex- t rabalhadores com asbest ose en camin hados para avaliação de disfu n ção e in capacidade.

MÉTODO

A p o p u la çã o e st u d a d a co m p ô s- se d e 4 0 indivíduos do sexo masculino, ex- trabalhadores de in dú st rias de fibrocimen t o, localizadas n o Est ado de São Pau lo (n = 37) e ex- t rabalhadores de u ma min eradora de amian t o, localizada n o mu n icípio de Min açu , região n ort e do Est ado de Goiás (n = 3 ). Os in d ivíd u o s fo ra m e n ca m in h a d o s p a ra avaliação clín ica e ocu pacion al com o objet ivo de possível con cessão de ben efício. De acordo com

a Classificação In t ern acion al de Radiografias de Pn eu mocon ioses (Organ ização In t ern acion al do Trabalho, 1980)(17), 26 in divídu os apresen t avam

profu são 1/ 0 ou maior e os 14 rest an t es, profu são 0 / 0 o u 0 / 1 . Nest es ú lt im o s, o d iag n ó st ico d e asbest ose foi baseado n os achados da t omografia c o m p u t a d o r iz a d a d e a lt a r e s o lu ç ã o(1 8 , 1 9 ).

Acometimento pleural discreto foi evidenciado em 31 indivíduos, mas para o objetivo específico deste est u d o , a s m esm a s n ã o co n st it u íra m a lvo d e análise.

Fo ra m co n sid e ra d o s fa t o re s d e e xclu sã o : d ist ú rb io s d e co m p reen sã o p a ra resp o n d er o s qu est ion ários, dificu ldades de cooperação com os e xa m e s p ro p o st o s, d ist ú rb io s d a lo co m o çã o (d o e n ç a s n e u r o m u s c u la r e s , r e u m á t ic a s o u ort opédicas), in capacidade de realizar os t est es de fu n ção pu lmon ar, doen ça sist êmica ou pu lmon ar con comit an t e e presen ça de dist ú rbio ven t ilat ório o b s t r u t ivo m o d e r a d o a g r a ve . To d o s o s part icipan t es assin aram t ermo de con sen t imen t o livre e esclarecido, qu e foi previamen t e an alisado e aprovado pelo comit ê de ét ica da in st it u ição.

A hist ória ocu pacion al foi obt ida at ravés de in fo rm açõ es p esso ais, reg ist ro s n a cart eira d e t r a b a lh o e d o p r o n t u á r io d a s e m p r e s a s em pregadoras: in ício e t érm in o das at ividades laborat ivas, com caract erização do t ipo, t empo de exposição e período de lat ên cia, qu e con sist e o período en t re o in ício da exposição e o dia do exame (Tabela 1). A avaliação clín ica con sist iu em exame físico, qu eixa clín ica, e in vest igação de a n t eced en t es m ó rb id o s e h á b it o s (in clu sive o t a b á g ico , a n a lisa d o e m a n o s/ m a ço ). Fo ra m co n sid e ra d o s t a b a g ist a s e e x- t a b a g ist a s 2 8 in divídu os (70%) e n ão- t abagist as 12 (30%).

Para análise da presença e intensidade da dispnéia foram u t ilizadas qu at ro escalas discrimin at ivas: MRC(13), AMA versões 1984(14) e 1993(15) e BDI(16). Os

(3)

no nosso meio(12,20). No presente estudo, o questionário

BDI foi traduzido por dois profissionais da área médica, ambos com flu ên cia n a lín gu a in glesa. Posteriormente, houve certificação de que a re-tradução, do português para o inglês, não mostrava alterações em relação ao original. Embora nenhuma das escalas tenha sofrido processo formal de validação no Brasil, a reprodutibilidade inter- observadores da escala m ais com plexa (BDI) foi t est ada em 11 indivíduos (Teste t pareado, t = 0.53; p = 0.60). Deve-se ressaltar, ainda, que essa escala já vem Deve-sendo utilizada no nosso meio (11,21). Embora não tenha sido

descrito ponto de corte para a normalidade de acordo com o BDI, neste estudo foi considerado o valor

9,

com base na experiência do serviço (11).

Todas as escalas u t ilizadas avaliam o domín io da magn it u de da t arefa. A do BDI(16), além disso,

avalia a in capacidade fu n cion al e a magn it u de do esforço. Qu an t o à gradu ação da in t en sidade da dispn éia, as escalas MRC(13) e AMA 1984(14) fazem

a classificação como ausência de dispnéia, dispnéia leve, moderada e grave; a escala AMA 1993 (15),

além destas graduações, acrescenta dispnéia muito grave; e a escala do BDI(16) avalia quanto à presença

ou au sên cia de dispn éia.

A e sp iro m e t ria f o i re a liz a d a n o sist e m a Mu lt ispiro (Creat ive Biomedics, San Clemen t , CA, USA), com medidas de flu xo sen do efet u adas em p n e u m o t a c ó g ra f o c a lib ra d o . Os in d ivíd u o s realizaram pelo menos três manobras de expiração forçada, con forme os procedimen t os t écn icos e crit ério s d e a ceit a b ilid a d e e rep ro d u t ib ilid a d e re co m e n d a d o s p e la So cie d a d e Bra sile ira d e Pneumologia e Tisiologia(22). As seguintes variáveis

foram expressas em con dições de t em perat u ra corporal, pressão ambien te e satu ração com vapor d´água: capacidade vital forçada, volume expirado forçado n o primeiro segu n do, relação en t re eles, e flu xo expirat ório forçado máximo en t re 25% e 75% da capacidade vital forçada. Os valores foram a n a lisa d o s co m p a ra t iva m e n t e a o s p re vist o s brasileiros de Pereira et al. (1992) (23).

A c a p a c id a d e d e d if u s ã o p u lm o n a r d o m on óxido de carbon o foi m edida pela t écn ica m o d if ic a d a d e Kr o g h (r e s p ir a ç ã o ú n ic a ), u t ilizan do- se u m sist em a com pu t adorizado (PF-DX System, Medical Graphics Corporation, St. Paul, MN, USA). Pelo menos dois testes foram realizados, desde qu e a variação en t re eles fosse m en or do q u e 1 0 % o u 3 m L CO.m in- 1.m m Hg- 1. Va lo res

a b so lu t o s f o ra m o b t id o s e m c o n d iç õ e s d e temperatura e pressão padrões, e de não saturação com vapor de águ a, e comparados com os valores t eóricos brasileiros de Neder et al. (24).

Test es d e exercício ca rd io p u lm o n a r fo ra m re a liz a d o s e m ciclo e rg ô m e t ro d e f re n a g e m eletromagnética (CPE 2000, Medical Graphics Corp.), co m va riá veis d e t ro ca g a so sa e ven t ila t ó ria s analisadas respiração por respiração (CPX- D Cardio2 System, Medical Graphics Corp.). Inicialmente, os participantes realizavam um teste incremental até o limite máximo da tolerância, seguindo protocolo de aumento linear da carga (“rampa”). O consumo máximo de oxigênio foi o maior valor de consumo de oxigênio no pico do exercício (média de 15 segundos), tendo sido comparado com o previsto por Neder et al. para a população brasileira adulta sedentária(25). O limiar anaeróbio foi estimado

não-invasivamente pelas técnicas da troca gasosa (V-slope)(26) e ventilatória(27). Após uma hora de repouso,

os participantes realizaram teste de exercício na carga referente ao limiar anaeróbio: punção radial para exame gasométrico arterial (PaO2) foi realizada na condição estado- estável, isto é, entre o quinto e o sexto minutos de exercício.

Para an álise do grau de con cordân cia en t re as escalas foi utilizado o teste de Kappa, que considera comon íveis de con cordân cia: 0 = au sen t e; 0 a 0,2

TABELA 1

Dados an t ropomét ricos, clín icos e fu n cion ais da popu lação est u dada

Média ± DP

Idade (an os) 64,1 ± 9,4

Peso (kg) 73,4 ± 12,8

At u ra (cm) 165,7 ± 5,7

IMC (kg/ cm2) 26,7 ± 3,9

Tabagismo (an os- maço) 23 ± 17,5 Exposição ao asbest o (an os) 14,3 ± 10,7 Período de lat ên cia (an os) 37,8 ± 10,7

CVF (% previst o) 96,6 ± 13

VEF1 (% previst o) 93,9 ± 16,4

VEF1/ CVF 74,7 ± 7,7

FEF 25- 75% (% previst o) 80,3 ± 31,9

DCO (% previst o) 82,5 ± 19,4

VO2 máx (% previst o) 73,5 ± 15,9 IMC: índice de massa corpórea; CVF: capacidade vital forçada; VEF1:volume expirado forçado no primeiro segundo; FEF

25-75%: fluxo expiratório forçado máximo entre 25% e 75% da

(4)

= m ín im a; 0 ,2 a 0 ,4 = razo ável; 0 ,4 a 0 ,6 = moderada; 0,6 a 0,8 = su bst an cial; 0,8 a 1,0 = q u a se p erfeit a(2 8 ). O t est e exa t o d e Fish er fo i

e m p re g a d o p a ra a n a lisa r a a sso cia çã o e n t re caract eríst icas de du as ou mais variáveis. O t est e t d e St u d en t , p ara variáveis in d ep en d en t es, fo i u t ilizado para comparar os valores médios das variáveis fisiológicas nos grupos de indivíduos com e sem dispn éia. An álise de variân cia u n idirecion al (ANOVA) foi empregada para comparar os valores médios das variáveis fisiológicas n as diferen t es g ra d u a çõ es d e d isp n éia , d e a co rd o co m ca d a e sca la . O Te st e t d e St u d e n t p a ra va riá ve is dependentes foi utilizado para comparar os valores médios do BDI in t ra- observadores.(29) Assu miu - se

u m risco

α

de 5% para t odos os t est es (p < 0,05).

RESULTADOS

Os dados antropométricos, clínicos e funcionais da popu lação est u dada est ão represen t ados n a Tabela 1. Em valores médios, as alterações funcionais respiratórias foram discretas. Numa análise individual, apenas 2 (5%) indivíduos apresentaram valores de capacidade vital forçada menores do que o limite inferior da normalidade e 10 (25%) apresentaram capacidade de difusão pulmonar do monóxido de carbono menor do que 70% do previsto.

Não foi observada associação entre profusão radiológica ou tabagismo com a presença de dispnéia nesta população (Teste exato de Fisher p > 0,05) (Tabela 2). A ocorrência de dispnéia foi semelhante

de acordo com as escalas do MRC e da AMA 1984: esteve presente em 72,5% e 67,5% dos indivíduos, respectivamente (concordância “quase perfeita“, teste de Kappa). Por outro lado, as escalas AMA 1993 e BDI classificaram como “dispnéicos” apenas 37,5% e 31 ,6 % d o s p a cie n t e s, re sp e ct iva m e n t e (concordância “substancial”) (Tabelas 3 e 4).

Na maioria dos in divídu os com dispn éia de acordo com a escala do MRC ela foi graduada como “leve” (20/29 ou 68,9%). Por outro lado, 55,6% (15/27) e 60% (9/15) tiveram a avaliação da dispnéia como, pelo menos, “moderada” segundo as escalas da AMA 1.984 e AMA 1.993, respect ivam en t e (Tabela 3). Desta forma, quando dispnéia “leve” foi agrupada com ausência de dispnéia, houve aumento substancial na comparabilidade entre as escalas MRC e AMA 1993 e entre as escalas AMA 1984 e AMA 1993 (Tabela 4). As características da escala BDI impediram uma análise mais abrangente no que diz respeito à graduação do sintoma.

Não houve associação significativa entre tabagismo e dispnéia analisada pelas diferentes escalas (p > 0,05). Entretanto, ao compararmos tabagistas e não-tabagistas, os valores médios de capacidade vital forçada e volume expirado forçado no primeiro segundo, considerados em porcentagem do previsto, foram significativamente menores nos indivíduos com tabagismo atual ou pregresso (teste t não pareado, p < 0,05).

Em relação às variáveis funcionais no repouso e exercício, n ão hou ve diferen ça est at ist icamen t e significativa entre indivíduos com e sem dispnéia (Tabela

TABELA 2

An álise em porcen t agem da presen ça de dispn éia em relação à profu são radiológica e t abagismo de acordo com as várias escalas de dispn éia (Test e exat o de Fisher)

Escalas de Dispn éia % Dispn éia x Profu são ≥ 1/ 0 % Dispn éia x Profu são 0/ 0 e 0/ 1 p

MRC/ 76 42,5% 30% 0,159

AMA/ 84 37,5% 30% 0,071

AMA/ 93 22,5% 15% 0,429

BDI * 18,4% 13,2% 0,472

Escalas de Dispn éia % Dispn éia x % Dispn éia x Não- Tabagist as p Ex- Tabagist as e Tabagist as

MRC/ 76 50% 22,5% 0,570

AMA/ 84 45% 22,5% 0,391

AMA/ 93 22,5% 15% 0,237

BDI * 18,4% 13,2% 0,293

* n = 38

(5)

5), ou mesmo entre as diferentes graduações de dispnéia.

DISCUSSÃO

O presente estudo demonstrou que a presença e a g ra d u a çã o d a d isp n éia crô n ica va ria ra m substancialmente de acordo com a escala específica u t iliza d a . Os in st ru m en t o s MRC e AMA 1 9 8 4 classificaram mais indivíduos como “dispnéicos” do que a AMA 1993 e o BDI. A intensidade deste sintoma também tendeu a ser maior com as escalas MRC e AMA 1984. Entretanto, houve dissociação entre a baixa freqüência dos achados funcionais objetivos e as freqü en t es qu eixas su bjet ivas. Est es dados d em o n st ra m q u e a ca t eg o riza çã o d a d isp n éia crônica pode ser influenciada pela escala específica utilizada em ex- trabalhadores com asbestose. Além disso, a observada dissociação clínico- funcional sugere que tal sintoma deve ser interpretado com cautela nas avaliações ocupacionais respiratórias.

Os crit é rio s d e e sco lh a d o s in st ru m e n t o s discriminativos basearam- se em sua utilização em outros trabalhos, além da facilidade operacional em sua aplicação(7,8,16,20,30). O questionário do MRC e as

escalas da AMA, especificamente, são os principais instrumentos de avaliação utilizados em estudos clínicos e epidemiológicos internacionais e também em nosso meio(12,20,31). A escala BDI foi inicialmente

utilizada no contexto clínico não- ocupacional(16).

De fato, trata- se de uma escala mais abrangente, embora sua aplicabilidade possa ser questionável em grandes estudos populacionais.

A dispnéia é, sabidamente, o sintoma de maior relevância na avaliação das doenças intersticiais pulmonares, em especial da asbestose. Além da complexidade da avaliação e graduação, fatores confundidores prejudicam o estabelecimento da relação entre a queixa subjetiva e as alterações fisiopatológicas

da doença de base(3). A avaliação da dispnéia em

trabalhadores expostos ao asbesto tem sido efetuada, basicamente, através das escalas MRC e AMA 1984(8,30,32).

Nestes estudos prévios, a prevalência do sintoma variou de 15% a 66%. No presente estudo, a dispnéia crônica, de acordo com essas escalas, foi mais freqüente e intensa do que a apontada pela AMA 1993 e BDI (Tabela 3). Parte substancial das diferenças parece ter ocorrido pelas discrepâncias entre os instrumentos ao separarem ausência de dispnéia e dispnéia de intensidade “leve” (Tabela 4). Entretanto, deve-se admitir que, pela própria definição da intensidade da dispnéia, as escalas não são imediatamente comparáveis.

Os resultados demonstraram que o consumo tabágico não se associou com a dispnéia por nenhuma das escalas (Tabela 2). Estes dados discordam de alguns estudos prévios que relataram relação significativa entre tabagismo e dispnéia em trabalhadores expostos(3,8,30).

Entretanto, é importante ressaltar que distúrbio obstrutivo, moderado a acentuado, foi um fator de exclusão no presente estudo. Embora isto tenha reduzido a influência de co-morbidades confundidoras, doença pulmonar obstrutiva crônica e asma, por exemplo, é provável que a prevalência de dispnéia fosse maior numa amostra mais heterogênea. Também não foi observada associação das alterações radiológicas com a dispnéia, pois elas eram discretas (Tabela 2).

Do mesmo modo, não foram evidenciadas relações significativas entre dispnéia e suas graduações com alterações espirométricas, e de trocas gasosas e metabólicas, tanto no repouso quanto no exercício. Estes resultados contrastam, por exemplo, com aqueles descritos por Schwartz et al. e Brodkin et al., que descreveram associação entre dispnéia e alterações espirométricas, volumes pulmonares reduzidos e anormalidades nas trocas gasosas em trabalhadores

TABELA 3

Freqü ên cia e porcen t agem de ocorrên cia de dispn éia e da su a gradu ação n as várias escalas

MRC AMA 1 9 8 4 AMA 1 9 9 3 BDI *

PRESENÇA (%) 29 (72,5) 27 (67,5) 15 (37,5) 12 (31,6)

AUSÊNCIA (%) 11 (27,5) 13 (32,5) 25 (62,5) 26 (68,4) **

LEVE (%) 20 (68,9%) 12 (44,4%) 6 (40%)

MODERADO (%) 1 (3,5%) 12 (44,4%) 6 (40%)

GRAVE (%) 8 (27,6%) 3 (11,2%) 2 (13,3%)

MUITO GRAVE (%) ∗ ∗ ∗

- - 1 (6,7%)

* Em dois in divídu os n ão foi possível obt er BDI t ot al, **Pon t o de cort e para n ormalidade: >9 *** Válido somen t e para AMA 1993

(6)

expostos ao asbesto, com ou sem anormalidades pleuro-p u lm o n a res(8 ,3 0 ). Essa s d iferen ça s p o d em est a r

relacionadas à homogeneidade funcional do grupo avaliado no presente estudo, com a maioria dos pacientes apresentando alterações leves. É também razoável supor que outras alterações fisiopatológicas não tenham sido adequadamente reveladas pelos testes funcionais utilizados. Por exemplo, pacientes com asbestose podem apresentar aumento do comando n eu ral ven tilatório, por estímu los de receptores intrapulmonares, ou mesmo, por fatores relacionados à musculatura periférica e ao sistema cardiovascular(20,33).

Por outro lado, pode ter ocorrido algum grau de superestimação do sintoma no grupo de trabalhadores q u e b u sca ra m a co n cessã o d e b en efício s previdenciários(4-6). Apesar de a dispnéia estar associada

com volumes pulmonares estáticos reduzidos(8,30), neste

estudo, estes testes não foram realizados.

O presente estudo, naturalmente, apresenta diversas limitações dignas de nota. As escalas utilizadas ainda

não foram formalmente validadas no Brasil, apesar de elas serem de fácil tradução, e terem sido amplamente utilizadas em estudos anteriores em nosso meio (11,12,20,21).

Especificamente em relação ao BDI, entretanto, a reprodutibilidade inter-observadores foi elevada. Outra limitação potencial diz respeito à sistemática de aplicação das escalas, ou seja, no mesmo dia, e em ordem não aleatória. Finalmente, os resultados podem n ão ser aplicáveis para popu lações com m aior acometimento funcional ou para trabalhadores que não estejam buscando a concessão de benefícios.

Conclui- se que a concordância entre a presença e a graduação da dispnéia crônica podem variar substancialmente de acordo com a escala específica utilizada em ex- trabalhadores com asbestose. Esses resultados, quando considerados à luz da falta de correlação com dados funcionais objetivos, sugerem que a valorização desses índices de dispnéia crônica deve ser interpretada com restrições em avaliações de disfunção e incapacidade na asbestose.

TABELA 5

Respost as fisiológicas de acordo com a presen ça ou au sên cia de dispn éia pelas diversas escalas

MRC AMA 1 9 8 4 AMA 1 9 9 3 BDI

DISPNÉIA SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO

N (2 9 ) (11 ) (2 7 ) (1 3 ) (1 5 ) (2 5 ) (1 2 ) (2 6 )

CVF (% Prev) 96,1 ± 13,3 97,7 ± 12,7 96,3 ± 13,9 97,3 ± 11,5 101 ± 10,7 94 ± 13,7 100,4 ± 11,1 94,6 ± 14

VEF1/ CVF 76,2 ± 6,1 70,6 ± 10,4 75,9 ± 6,1 72,3 ± 10,3 75,4 ± 6,4 74,3 ± 8,5 74,9 ± 7,1 74,3 ± 8,3

FEF2 5 - 7 5 % (%Prev) 84 ± 28,5 70,5 ± 39,4 81,9 ± 28,6 76,8 ± 39 84,2 ± 28,7 77,9± 34 82,7 ± 31,7 77,8± 33,2

DCO (% Prev) 83,9 ± 20,9 78,8 ± 15 85,2 ± 20 76,8 ± 17,5 85 ± 19 81± 19,8 87,1 ± 19,4 81,4 ± 19,6

PaO2 exerc (mmHg) 84,4 ± 10,9 82,5 ± 12,2 85,2 ± 10,7 81,1 ± 11,9 86,9 ± 11,1 82± 10,9 85,7 ± 11,8 83,4 ± 11,3

VO2máx (% Prev) 73,4 ± 15,1 69,2 ± 14,9 72,3 ± 15,3 72 ± 14,8 70,7 ± 16,4 73,1 ± 14,5 68,6 ± 14,5 75,3 ± 14,6

MRC: Medical Research Cou n cil modificada; AMA: American Medical Associat ion ; BDI: Baselin e Dyspn ea In dex; CVF: capacidade vit al forçada; VEF1:volu me expirado forçado n o primeiro segu n do; FEF25- 75%: flu xo expirat ório forçado máximo en t re 25% e 75% da CVF; DCO: capacidade de difu são pu lmon ar do mon óxido de carbon o; PaO2: pressão parcial art erial de oxigên io; VO2: con su mo de oxigên io.

TABELA 4

An álise de con cordân cia in t er- escalas em relação à presen ça ou au sên cia de dispn éia, e dispn éia au sen t e/ leve e dispn éia moderada/ grave

Dispn éia Escalas Valor de Kappa Grau de con cordân cia

Au sên cia MRC x AMA 1984 0,763 Su bst an t ial*

x MRC x AMA 1993 0,371 Razoável

Presen ça MRC x BDI 0,283 Razoável

AMA 1984 x AMA 1993 0,448 Moderada

AMA 1984 x BDI 0,351 Razoável

AMA 1993 x BDI 0,883 Qu ase Perfeit a*

Au sen t e + Leve MRC x AMA 1984 0,652 Su bstan cial

x MRC x AMA 1993 1,000 Perfeit a*

Moderada + Grave AMA 1.984 x AMA 1993 0,652 Su bstan cial

(7)

AGRADECIMENTOS

Os autores são gratos à Dra. Sandra Mara Lima Guimarães pela realização de grande parte dos testes de exercício cardiorrespiratório, a Luiza Hashimoto pela realização dos testes funcionais e a Vera Lúcia Rigoni pela colaboração nos testes de exercício.

REFERÊNCIAS

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