Tecnologia VLSI - Uma Breve Introdu¸ c˜ ao ∗
S. W. Song
MAC 344 - Arquitetura de Computadores
∗baseado em parte em Mead and Conway - Introduction to VLSI Systems, Addison-Wesley
Tecnologia VLSI
Tencologia de microeletˆ onica que integra uma grande quantidade de dispositivos eletrˆ onicos (transistores) numa pastilha (chip).
• SSI (Small Scale of Integration)
MSI (Medium Scale of Integrations)
Integram de dezenas ou centenas a milhares de transistores.
• LSI (Large Scale of Integration)
VLSI (Very Large Scale of Integrations) Integram mais de milh˜ oes de transistores.
1
Analogia
carga el´etrica gota de ´ agua
corrente el´etrica corrente de ´ agua voltagem press˜ ao
bateria bomba
resistor turbina
capacitor tanque de ´ agua
Transistor MOS
MOS = Metal Oxide Semiconductor
• Veremos o transistor MOS, que nada mais ´e uma chavinha min´ uscula (abre e fecha) feito de semicondutor (Sil´ıcio Si).
• Mas antes, para motivar voces, veremos o tamanho de um transistor e a sua evolu¸c˜ ao no tempo.
• Suponha que um chip, ao inv´es de conter um monte de dispositivos eletrˆ onicos (transistores), cont´em regi˜ oes geogr´ aficas (ruas, casas, pr´edios, pra¸cas, etc).
3
Tamanho de um Transistor MOS
Tamanho (largura) de um transistor:
1963 24 µm
1978 5 µm
1990 1 µm
2005 0,1 µm
2017 0,01 µm
Tecnologia MOS
As explica¸c˜oes s˜ao bem simplificadas (usando a NMOS) para facilitar o entendimento.
CMOS ´e a tecnologia do momento.
Num substrato de Sil´ıcio (wafer de Si) s˜ ao depositadas 3 camadas de material condutor: metal, polisil´ıcio, difus˜ ao.
As 3 camadas s˜ ao separadas por ´ oxido (isolante).
5
Sobreposi¸ c˜ ao de camadas
• Uma trilha de metal pode cruzar uma trilha de polisil´ıcio ou
de difus˜ ao sem produzir efeito significativo.
Sobreposi¸ c˜ ao de camadas pode produzir um transistor
Se uma trilha de polisil´ıcio cruzar uma trilha de difus˜ ao, ent˜ ao aparece um transistor MOS.
Seja voltagem VDS > 0. Seja Vlim uma pequena voltagem limiar, caracter´ıstica do material. Sem carga no gate: o circuito entre D e S est´a interrompido, logo n˜ao passa corrente. Com carga no gate: el´etrons livres concentram-se na regi˜ao do canal (pois carga positiva atrai carga negativa), ent˜ao basta termos a voltagem entre o gate G e S maior que a voltagem limiar, ou seja VGS > Vlim, para permitir a passagem de corrente de D para S, onde O transistor MOS atua como uma chave liga-desliga.
7
Transistor MOS
Nota¸ c˜ ao para transistor MOS
Nota¸c˜ao sem cor Nota¸c˜ao colorida (palito)
9
Transistor MOS pode atuar como capacitor, chave e resistor
• Vimos que um transistor MOS pode armazenar ou n˜ ao carga el´etrica, atuando assim como um capacitor.
• Pode atuar como chave liga-desliga controlando a passagem ou n˜ ao de corrente.
• Esse tipo de transistor recebe tamb´em o nome de transistor de passagem.
• Usando transistores de passagem, podemos implementar por exemplo um circuito multiplexador ou seletor. (Mostrar na classe.)
• Mesmo quando o transistor MOS est´ a conduzindo corrente, ele apresenta
uma resistˆencia. Ent˜ ao o transistor MOS pode tamb´em atuar como
resistor. Vermos isso na constru¸c˜ ao da porta N˜ AO.
Dois transistores produzindo uma porta N ˜ AO
Na porta N˜ AO, h´ a dois transistores (uma trilha de polisil´ıcio cruzando uma trilha de difus˜ ao). O transistor de cima (chamado transistor pull-up pu) foi fabricado para sempre permitir a passagem de corrente. O seu papel ´e funcionar como resistˆencia. O transistor de baixo (chamado pull-down pd) funciona com uma chave normal.
11
Transistor MOS atuando como resistor
Um transistor em estado de condu¸c˜ao (passando corrente) possui uma pequena resistˆencia R cujo valor ´e diretamente proporcional ao comprimento L e inversamente proporcional `a largura W.
R = αWL , onde α ´e uma constante.
• O comprimento L ´e a medida na dire¸c˜ao do fluxo da corrente
• A largura W ´e a medida ortogonal ao comprimento.
Porta N ˜ AO
13
Porta N ˜ AO - dimens˜ oes dos transistores
• Um transistor em estado de condu¸c˜ ao (passando corrente) possui uma pequena resistˆencia R cujo valor ´e diretamente proporcional ao comprimento L e inversamente proporcional ` a largura W .
R = α
WL, onde α ´e uma constante.
• A resistˆencia de condu¸c˜ ao do transistor pu deve ser 4 vezes a resistˆencia de condu¸c˜ ao do transistor pd. Assim, devemos ter:
R
pu= 4R
pdLpu
Wpu
= 4
WLpdpd
Como est´ a o meu aprendizado?
Identificar na figura abaixo as dimens˜ oes L
pu, W
pu, L
pd, eW
pde constatar a rela¸c˜ ao acima.
15
Como est´ a o meu aprendizado?
Identificar na figura abaixo as dimens˜ oes L
pu, W
pu, L
pd, eW
pde
constatar a rela¸c˜ ao acima.
Nota¸ c˜ ao para porta N ˜ AO
VDD
GND In
Out
w w
w
VDD
GND In
Out
w w
w
Nota¸c˜ao sem cor Nota¸c˜ao colorida (palito)
17
Porta NAND
Nota¸ c˜ ao para porta NAND
VDD
GND In1
In2
Out
w w
w
VDD
GND In1
In2
Out
w w
w
Nota¸c˜ao sem cor Nota¸c˜ao colorida (palito)
19
Porta NOR
• A nota¸c˜ao sem usar cor ou usando cor (palito) para a porta NOR ´e an´aloga `a da porta NAND.
• Voce pode apresentar essa nota¸c˜ao?
L´ ogica booleana usando porta NAND
Exemplo: considere a equa¸c˜ao l´ogica expressa na forma normal disjuntiva ou disjun¸c˜ao de cl´ausulas conjuntivas (uma soma de produtos).
F = (A∧B)∨ (C ∧ D)
Vamos negar duas vezes o lado direito (que n˜ao altera nada):
F = (A∧ B)∨(C ∧D)
Aplicamos Lei de Morgan:
F = (A∧B)∧ (C ∧ D)
21
L´ ogica booleana usando porta NOR
Exemplo: considere de novo a equa¸c˜ao l´ogica:
F = (A∧B)∨ (C ∧ D)
Vamos negar duas vezes o lado direito (que n˜ao altera nada):
F = (A∧ B)∨(C ∧D)
Aplicamos Lei de Morgan:
F = (A∧ B) ∧(C ∧D) = (A∨ B)∧(C ∨D) = (A ∨B)∨(C ∨D) Portanto F = (A∨B) ∨(C ∨ D)
Como foi o meu aprendizado?
• Um transistor MOS tem comprimento L e largura W.
– Sua resistˆencia em estado de condu¸c˜ao ´e nula?
– No caso negativa, essa resistˆencia
∗ ´e diretamente proporcional a L ou W?
∗ ´e inversamente proporcional a L ou W?
• Quero produzir uma porta NAND com duas entradas. Qual o n´umero total de transistores devo usar?
• Idem para uma porta NOR com duas entradas. Qual o n´umero total de transistores devo usar?
• Para refletir:
– Acabamos de ver como produzir portas N˜AO, NAND e NOR usando transistores MOS.
– Qualquer l´ogica booleana pode ser implementada com essas portas.
– O n´umero de transistores em uma pastilha vem aumentando ao longo do tempo, de forma exponencial.
– Ah! Entendi agora a raz˜ao do avan¸co fant´astico da ´area.
23