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Noções de Arquivologia - Professor Darlan Aula 3 Protocolo

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Noções de Arquivologia - Professor Darlan – Aula 3

Protocolo O protocolo é o serviço encarregado das seguintes rotinas:

a) recebimento: inclui a atividade de receber os documentos e efetuar a separação em duas categorias: oficial, que trata de matéria de interesse institucional e particular, que trata de conteúdo de interesse pessoal. Os documentos oficiais são divididos em ostensivos e sigilosos. Aqueles de natureza ostensiva deverão ser abertos e analisados. No momento da análise, deverá ser verificada a existência de outros registros relacionados ao documento recebido, para se fazer a devida referência. Os documentos de natureza sigilosa e aqueles de natureza particular deverão ser encaminhados diretamente aos respectivos destinatários.

b) registro: os documentos recebidos pelo protocolo são registrados em formulários ou em sistemas eletrônicos, nos quais serão cadastrados os dados referentes ao seu número, nome do remetente, data e assunto, espécie, entre outros elementos.

c) autuação: refere-se a criação de processos.

d) classificação: análise e identificação do conteúdo de documentos, seleção da categoria de assunto sob a qual sejam recuperados, podendo atribuir a eles códigos. Esta tarefa é executada com o auxílio do plano de classificação caso a instituição, caso a mesma possua esse instrumento.

e) movimentação (expedição/distribuição): consiste na entrega dos documentos aos respectivos destinatários. A distribuição é a remessa dos documentos aos setores de trabalho, enquanto que a expedição consiste na remessa externa desses documentos.

f) controle da tramitação: são as operações destinadas a registrar a localização do documento dentro da instituição. Tal controle pode ser executado por meio de cadernos de protocolo ou por meio de sistemas eletrônicos, estes garantem maior segurança e agilidade ao processo de controle de tramitação

1. (Cespe Serpro 2013) O empréstimo de documentos é uma atividade do setor de protocolo.

2. (Cespe MTE 2014) Registro, recebimento, expedição e distribuição dos documentos de arquivo são atividades desenvolvidas pelo setor de protocolo.

3. Além das atividades de recebimento, registro e classificação, cabe também ao protocolo realizar destinação dos documentos.

4. (Cespe CNJ 2013) O controle da tramitação dos documentos pelos vários setores de uma organização é uma atividade de protocolo.

5. (Cespe MC 2013) Todo documento que chega ao MC deve ser registrado no protocolo, independentemente do documento ser ostensivo, sigiloso ou pessoal.

6. (Cespe ANTAQ 2014) Um documento de arquivo enviado à ANTAQ deve ser distribuído ao setor de protocolo, onde recebe um despacho, e, em seguida, é encaminhado ao destinatário.

7. .(Cespe ANCINE 2012) A expedição de documentos é uma atividade exercida exclusivamente pelo protocolo.

8. (Cespe STJ 2008) O protocolo deve separar as correspondências oficiais das particulares e a correspondência oficial de caráter ostensivo da de caráter sigiloso.

9. (Cespe TRT 17 Reg.- 2013) O setor de protocolo não possui como atribuição interpretar e classificar a correspondência recebida, devendo apenas registrá-la e encaminhá-la para o setor de destinação.

10. (Cespe Serpro 2013) A classificação de documentos é uma rotina do setor de protocolo.

11. (Cespe TRT 17 Reg.- 2013) As atividades de protocolo estão incluídas entre aquelas pertinentes à primeira idade do ciclo de vida dos documentos.

12. (Cespe FUB 2014) A correspondência particular que chega ao protocolo deve ser aberta, registrada e distribuída ao seu destinatário.

13. (Cespe ANATEL 2009) O registro dos documentos que chegam a um órgão público deve ser feito no setor de protocolo e consiste na reprodução dos dados do documento destinada a controlar a movimentação e fornecer dados de suas características fundamentais aos interessados

14. (Cespe CNJ 2013) Os elementos utilizados para o registro de documentos nos serviços de protocolo são metadados desses documentos.

15. (Cespe – Telebrás / 2013) Os procedimentos de registro e autuação de documentos são atividades do protocolo. O registro consiste no cadastramento de documento recebido em um sistema de controle, manual ou informatizado, que atribui um número ao documento. A autuação ocorre quando um documento passa a constituir um processo.

16. (Cespe FUB 2013) O registro do documento em um serviço ou sistema de protocolo exige a identificação de metadados para possibilitar o controle e posterior acesso a esse documento 17. (Cespe STF 2013) Quando o protocolo remete documentos aos setores de trabalho para estes decidirem sobre a matéria contida nesses documentos, ele realiza uma de suas principais atividades, que é o registro.

18. (Cespe ANATEL 2014) As atividades de recebimento, classificação, registro, distribuição e tramitação são de responsabilidade do arquivo permanente.

Protocolo - Procedimentos Administrativos I – PROCEDIMENTOS COM RELAÇÃO AOS PROCESSOS 1. Definições:

 Documento ou o conjunto de documentos que exige um estudo mais detalhado, bem como procedimentos expressados por despachos, pareceres técnicos, anexos ou, ainda, instruções para pagamento de despesas; assim, o documento é protocolado e autuado pelos órgãos autorizados a executar tais procedimentos. (Portaria Normativa nº 5/2002, do MPOG)

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2. Autuação e/ou formação do processo

É o termo que caracteriza a abertura do processo. Na formação do processo deverão ser observados os documentos cujo conteúdo esteja relacionado a ações e operações contábeis financeiras, ou requeira análises, informações, despachos e decisões de diversas unidades organizacionais de uma instituição.

O processo deve ser autuado, preferencialmente, por um documento original; no entanto, pode ser autuado utilizando-se uma cópia de documento, considerando-se que o servidor tem fé pública para autenticar documentos e fazer reconhecimento de firmas.

A autuação, também chamada formação de processo, obedecerá a seguinte rotina:

a) Prender a capa, juntamente com toda a documentação, com colchetes, obedecendo a ordem cronológica do mais antigo para o mais recente, isto é, os mais antigos serão os primeiros do conjunto;

b) Apor, na capa do processo, a etiqueta com o respectivo número de protocolo;

c) Apor, na primeira folha do processo, outra etiqueta com o mesmo número de protocolo;

d) Numerar as folhas, apondo o respectivo carimbo (órgão, número da folha e rubrica do servidor que estiver numerando o processo);(...)

Importante:

as mensagens e documentos resultantes de transmissão via fax não poderão se constituir em peças de processo;

3. Numeração das Folhas

As folhas dos processos serão numeradas em ordem crescente, sem rasuras, devendo ser utilizado carimbo próprio para colocação do número, aposto no canto superior direito da página, recebendo, a primeira folha, o número 1.

A numeração das peças do processo é iniciada no protocolo central ou setorial da unidade correspondente, conforme faixa numérica de autuação. As peças subseqüentes serão numeradas pelas unidades que as adicionarem;

a capa do processo não será numerada.

Nenhum processo poderá ter duas peças com a mesma numeração, não sendo admitido diferenciar pelas letras

“A” e “B”, nem rasurar.

Quando, por falha ou omissão, for constatada a necessidade da correção de numeração de qualquer folha dos autos, inutilizar a anterior, apondo um “X” sobre o carimbo a inutilizar, renumerando as folhas seguintes, sem rasuras, certificando-se da ocorrência.

Exemplo:

4. Principais operações/rotinas 4.1 Desentranhamento

É a retirada de peças de um processo, que poderá ocorrer quando houver interesse da Administração ou a pedido do interessado.

O processo que tiver folha ou peça retirada conservará a numeração original de suas folhas ou peças, permanecendo vago o número de folha(s) correspondente(s) ao desentranhamento.

A retirada de folhas ou peças ocorrerá onde se encontrar o processo, mediante despacho prévio da autoridade competente.

Sempre que houver retirada de folhas ou peças, lavrar, após o último despacho, o “TERMO DE DESENTRANHAMENTO”.

Quando a retirada de folhas ou peças for a pedido de terceiros, usar o carimbo de desentranhamento de peça, onde consta o recibo da parte interessada.

O processo que tiver folha ou peça retirada conservará a numeração original de suas folhas ou peças, permanecendo vago o número de folha(s) correspondente(s) ao desentranhamento, apondo-se o carimbo de desentranhamento.

É vedada a retirada da folha ou peça inicial do processo 4.2 Juntada

É a união de um processo a outro, ou de um documento a um processo; realiza-se por Anexação ou Apensação.

I. Juntada por Anexação

É a união definitiva e irreversível de 01 (um) ou mais processo(s)/documento(s), a 01 (um) outro processo (considerado principal), desde que pertencentes a um mesmo interessado e que contenham o mesmo assunto.A juntada por anexação será feita somente quando houver dependência entre os processos a serem anexados.

A dependência será caracterizada quando for possível definir um processo como principal e um ou mais como acessórios.

Exemplos que caracterizam os processos principais e acessórios:

Processo Principal Processo Acessório Aquisição de Material Prestação de Contas Licença sem vencimentos Cancelamento de Licença

Na juntada por anexação, as peças do conjunto processado serão renumeradas a partir do processo acessório.

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II.Juntada por Apensação

É a união provisória de um ou mais processos a um processo mais antigo, destinada ao estudo e à uniformidade de tratamento em matérias semelhantes, com o mesmo interessado ou não. Ex. Um processo de solicitação de aposentadoria de servidor público federal, apensado ao outro referente à solicitação de revisão de percepção, constituirá um único processo, caracterizando a apensação do processo acessório ao processo principal.

4.3 Desapensação

É a separação física de processos apensados.

Após a decisão final, os processos poderão ser desapensados no protocolo setorial da unidade onde se encontrarem. A desapensação ocorrerá antes do arquivamento.

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

19. (Cespe STJ 2008) Processo é o termo geralmente usado na administração pública para designar o conjunto de documentos reunidos em capa especial, e que vão sendo organicamente acumulados no decurso de uma ação administrativa ou judiciária.

20. (Cespe MPS 2010) Para a formação de processo, o servidor deverá seguir a seguinte rotina: prender toda a documentação dentro de uma capa, com colchetes, seguindo uma ordem cronológica na qual os documentos mais antigos sejam os primeiros do conjunto.

21. (Cespe TSE 2007) A juntada por anexação significa a união provisória de um ou mais processos a um outro processo, desde que pertencentes à atividade-meio.

22. (Cespe ANATEL 2012) Os órgãos públicos que não se utilizam de processos em suas atividades prescindem de serviços de protocolo.

23. Desapensação é a separação física de processos apensados.

24. (Cespe TRE/MS 2013) A anexação é a juntada do documento ou processo a outro processo, prevalecendo o número do processo mais recente

25. (Cespe TRE/MS 2013) A apensação é a juntada de documentos em caráter definitivo.

26. (Cespe TSE 2007) A juntada por anexação a união definitiva de um ou mais processos a um outro processo (considerado principal), desde que pertencentes a um mesmo interessado e que contenham o mesmo assunto

27. (MPS 2010) A apensação é a juntada, em caráter definitivo, de documento ou processo a outro processo; nesse caso, deve prevalecer, para referência, o número do processo mais antigo.

28. (Cespe MDIC 2014) A abertura de processos é uma função exclusiva dos serviços de protocolo.

29. (Funiversa – CEB / 2010) Autuação é o termo que caracteriza a abertura de um processo.

Empréstimo

Guia- fora: Indicador colocado no lugar de uma unidade de arquivamento ou item documental para assinalar a sua remoção temporária.

Finalidades da guia-fora: possibilitar a cobrança de pastas / rearquivamento de documentos

________________________________________________________________________________________________________________

30. (Funiversa – MPGO Téc. Arquivo / 2010) A função da guia- fora é

(A) separar os documentos dentro de uma pasta.

(B) transferir os documentos para o arquivo permanente.

(C) facilitar o rearquivamento dos documentos e a cobrança das pastas não devolvidas no prazo estipulado.

(D) garantir o acesso restrito aos documentos.

31. (FCC TRE/SP 2012) A remoção temporária de um documento é assinalada, no arquivo, por meio de

(A) jaqueta. (B) microficha.

(C) guia-fora. (D) etiqueta. (E) clipe.

32. (Cespe Serpro 2013) Ao se retirar temporariamente um documento da unidade de arquivamento, para empréstimo ou consulta, deve-se colocar, no lugar do documento, um indicador denominado fantasma ou ficha-fantasma.

Legislação de Acesso a Documentos Públicos 33. (Cespe Antaq 2014) A ANTAQ, dada a sua natureza jurídica,

está dispensada de seguir as disposições contidas na Lei de Acesso à Informação.

34. (Cespe TRE/AL 2012) acesso restrito a um documento ultrassecreto deve ser mantido por

A 10 anos. B 15 anos.

C 20 anos. D 25 anos. E 5 anos.

35. (Cespe IBAMA 2012- adaptada) Os documentos considerados sigilosos são classificados em ultrassecretos, secretos e confidenciais.

36. (Cespe ANCINE 2012) O prazo limite de restrição ao acesso a informações classificadas como secretas em poder de entidade pública, como a ANCINE, por exemplo, é de, no máximo, cinco anos

37. (Cespe FUB 2013) A Lei de Acesso à Informação, considerada um grande avanço no país, é limitada aos órgãos da administração direta do Poder Executivo Federal, o que coloca a Universidade de Brasília fora do âmbito de aplicação dessa lei.

38. (Cespe IBAMA 2012) Os documentos considerados sigilosos são classificados em ultrassecretos, secretos e reservados

39. (Cespe MPU 2013) As restrições legais ao pleno acesso aos documentos de arquivo são aplicadas principalmente em virtude da violação a vida privada e a segurança do Estado.

Diagnóstico da Situação Arquivística a) Conceito:

Ferramenta de conhecimento da situação dos arquivos da instituição. Operação de construir imagem de uma ou mais organizações.

b) Levantamento de dados por meio de entrevistas, questionários e observação direta.

b1) dados da instituição

Coleta de dados referentes à instituição e suas funções, por meio do exame documentos, como por exemplo, regimento, estatuto, regulamento e organograma. O principal dado a ser coletado nas organizações é descrição de suas atividades e da relação destas com o fluxo das informações.

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b2) dados do acervo b2.1)quantitativos

 Quantidade de documentos expressa de acordo com as regras aceitas universalmente.

Tipo de Suporte Unidade de Medida

Papel metro linear

Especial (fotografias, cd’s, dvd’s) unidade, dimensões b2.2)qualitativos

 Características diplomáticas – tipologias documentais – que os individualizam

 Conteúdos informacionais genéricos, expressos de modo sintético e hierárquico

 Unidades físicas de arquivamento, isto é, a movelaria e as embalagens utilizadas

 O modo original de arquivamento – classificação, avaliação, descrição - mesmo que empírico e baseado no senso comum

 A existência e o modo de uso de tecnologias da informação

 As características das instalações e a situação dos acervos no que refere a preservação c) Objetivos do Diagnóstico

 Identificar problemas e as possibilidades de melhoria

 Fornecer informações para a elaboração do plano de classificação e da tabela de temporalidade d) Tipos de Diagnóstico

 maximalista: consiste no levantamento da situação arquivística do conjunto de organizações que forma um governo federal, estadual ou municipal. Também pode ser realizado a partir do estudo de “famílias” de organizações similares na busca de problemas e soluções paradigmáticas;

 minimalista: consiste na observação dos problemas arquivísticos da organização, no estudo de caso e na procura de soluções para os problemas detectados.

40. (Cespe DPF 2014) O ponto de partida de toda ação arquivística em uma organização, inclusive para a elaboração dos instrumentos de gestão arquivística, é o diagnóstico da situação dos arquivos.

41. (Cespe TRT 17 Região 2009) Para se fazer o diagnóstico da situação arquivística, é preciso coletar dados quantitativos e qualitativos, principalmente acerca das informações não orgânicas.

42. (Cespe MC 2013) O diagnóstico da situação arquivística de uma organização ou de um grupo de organizações similares é abrangido pelos estudos minimalistas

43. (Cespe FUB 2013) O diagnóstico da situação arquivística envolve apenas a coleta de informações qualitativas sobre o acervo e a sua guarda.

44. (Cespe FUB 2013) A mensuração de ampliações fotográficas é feita por unidade, pelas dimensões e pela cromia.

45. (Cespe FUB 2013) Em geral, é necessário mensurar massas documentais acumuladas em suporte papel pelo metro cúbico para, em seguida, transformar em metro linear, unidade de medida adequada a esse tipo de suporte.

46. (Cespe PF - 2009) Uma das funções do diagnóstico da situação arquivística é reunir informações suficientes para a elaboração do código de classificação e da tabela de temporalidade de documentos de arquivo.

47. (Cespe MC 2013) A limitação de recursos humanos, materiais e tecnológicos existente nas instituições arquivísticas do Brasil é fator que não exerce influência sobre o acesso à informação por parte do cidadão.

Lei nº 12527, de 18 de novembro de 2011

Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências.

CAPÍTULO II - DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO

Art. 6o Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as normas e procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a:

I - gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação;

II - proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade e integridade; e

III - proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso.

Art. 7o O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter:

I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a informação almejada; (...)

Art. 8o É dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou

custodiadas.

§ 1o Na divulgação das informações a que se refere o caput, deverão constar, no mínimo:

I - registro das competências e estrutura organizacional, endereços e telefones das respectivas unidades e horários de atendimento ao público;

II - registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros;

III - registros das despesas;

IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados;

V - dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de órgãos e entidades; e VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.

Art. 9o O acesso a informações públicas será assegurado mediante:

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I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e entidades do poder público, em local com condições apropriadas para:

a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações;

b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades;

c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações; e

II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à participação popular ou a outras formas de divulgação.

CAPÍTULO III - DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À INFORMAÇÃO Seção I - Do Pedido de Acesso

Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1o desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a especificação da informação requerida.

§ 1o Para o acesso a informações de interesse público, a identificação do requerente não pode conter exigências que inviabilizem a solicitação.

§ 2o Os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar alternativa de encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sítios oficiais na internet.

§ 3o São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de interesse público.

Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível.

§ 1o Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no caput, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias:

I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão;

II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso pretendido; ou

III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de informação.

§ 2o O prazo referido no § 1o poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias, mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente.

Seção II - Dos Recursos

Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a informações ou às razões da negativa do acesso, poderá o interessado interpor recurso contra a decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciência.

Parágrafo único. O recurso será dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que exarou a decisão impugnada, que deverá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias.

Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se:

I - o acesso à informação não classificada como sigilosa for negado;

II - a decisão de negativa de acesso à informação total ou parcialmente classificada como sigilosa não indicar a autoridade classificadora ou a hierarquicamente superior a quem possa ser dirigido pedido de acesso ou desclassificação;

III - os procedimentos de classificação de informação sigilosa estabelecidos nesta Lei não tiverem sido observados; e IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros procedimentos previstos nesta Lei.

§ 1o O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à Controladoria-Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias.

§ 2o Verificada a procedência das razões do recurso, a Controladoria-Geral da União determinará ao órgão ou entidade que adote as providências necessárias para dar cumprimento ao disposto nesta Lei.

§ 3o Negado o acesso à informação pela Controladoria-Geral da União, poderá ser interposto recurso à Comissão Mista de Reavaliação de Informações, a que se refere o art. 35.

Seção II - Da Classificação da Informação quanto ao Grau e Prazos de Sigilo

Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:

I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional;

II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais;

III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;

IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País;

V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das Forças Armadas;

VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional;

VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou

VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações.

Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.

§ 1o Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e são os seguintes:

I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;

II - secreta: 15 (quinze) anos; e III - reservada: 5 (cinco) anos. (...)

Seção V - Das Informações Pessoais

Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais.

§ 1o As informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem:

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I - terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem; e (...)

CAPÍTULO VI - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 35. (revogado) (apenas o caput)

§ 1o É instituída a Comissão Mista de Reavaliação de Informações, que decidirá, no âmbito da administração pública federal, sobre o tratamento e a classificação de informações sigilosas e terá competência para:

I - requisitar da autoridade que classificar informação como ultrassecreta e secreta esclarecimento ou conteúdo, parcial ou integral da informação;

II - rever a classificação de informações ultrassecretas ou secretas, de ofício ou mediante provocação de pessoa interessada, observado o disposto no art. 7o e demais dispositivos desta Lei; e

III - prorrogar o prazo de sigilo de informação classificada como ultrassecreta, sempre por prazo determinado, enquanto o seu acesso ou divulgação puder ocasionar ameaça externa à soberania nacional ou à integridade do território nacional ou grave risco às relações internacionais do País, observado o prazo previsto no § 1o do art. 24.

§ 2o O prazo referido no inciso III é limitado a uma única renovação.

ATO DA MESA Nº 45, DE 16/07/2012

Dispõe sobre a aplicação, no âmbito da Câmara dos Deputados, da Lei de Acesso à Informação - Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e dá outras providências.

CAPÍTULO III

DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À INFORMAÇÃO Seção I

Do Pedido de Acesso

Art. 7º Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações da Câmara dos Deputados, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a especificação da informação requerida.

(...)§ 2º A Câmara dos Deputados viabilizará alternativa de encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seu sítio oficial na internet.

§ 3º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de interesse público.

§ 4º Não serão atendidos pedidos de acesso à informação que exijam trabalhos adicionais de análise, interpretação ou consolidação de dados ou informações.

§ 5º Dar-se-á ciência a deputado ou servidor sobre teor de requerimento de acesso à informação no qual tenha sido nominalmente identificado;

CAPÍTULO VI

DA COMISSÃO ESPECIAL DE DOCUMENTOS SIGILOSOS

Art. 31. Incumbe à Comissão Especial de Documentos Sigilosos, de que trata a Resolução nº 29, de 1993:

I - decidir, no âmbito da Câmara dos Deputados, sobre o acesso e a classificação de informações sigilosas de natureza legislativa constantes de documentos já arquivados classificados por comissões já encerradas ou por órgãos extintos com competência para rever a classificação de informações ultrassecretas, secretas ou reservadas, de ofício ou mediante provocação de pessoa interessada, observado o disposto na Lei nº 12.527, de 2011, e neste Ato; (...)

Art. 32. A Comissão Especial de Documentos Sigilosos será integrada:

I - por três Deputados indicados pelo Presidente da Câmara dos Deputados, com mandato de dois anos;

II - por quatro assistentes, sendo:

a) o Diretor da Coordenação de Arquivo ou um servidor por ele indicado;

b) um servidor da Secretaria-Geral da Mesa, indicado pelo Secretário-Geral da Mesa;

c) um servidor do Departamento de Comissões, indicado pelo Diretor daquele Departamento, e

d) um Consultor Legislativo, indicado pelo Diretor da Consultoria Legislativa, conforme sua especialização no assunto constante do documento em análise.

§1º A Comissão Especial de Documentos Sigilosos poderá requerer a designação de servidores de outros órgãos da Casa para participarem, como assistentes ad hoc, de suas reuniões, em função do assunto constante do documento em análise.

Gabarito

1. F 2. V 3. F 4. V 5. F 6. F 7. V 8. V 9. F 10. V

11. V 12. F 13. V 14. V 15. V 16. V 17. F 18. F 19. V 20. V

21. F 22. F 23. V 24. F 25. F 26. V 27. F 28. V 29. V 30. c

31. c 32. V 33. F 34. d 35. F 36. F 37. F 38. V 39. V 40. V

41. F 42. F 43. F 44. V 45. V 46. V 47. F

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Referências

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