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Eixo Norteador: Eixo 2 Direitos, justiça ambiental e políticas públicas. Carina Rodrigues Garcia Lino IESC/UFRJ;

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1 SEGUNDO SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SAÚDE E AMBIENTE

19 a 22 de Outubro - Minascentro - Belo Horizonte - MG

Eixo Norteador: Eixo 2 – Direitos, justiça ambiental e políticas públicas.

Título: Perfil dos alunos capacitados no Curso de Capacitação em Avaliação de Risco a Saúde Humana por Exposição a Substâncias Químicas.

Autores:

Carina Rodrigues Garcia Lino – IESC/UFRJ; carinalino@iesc.ufrj.br Mariano Andrade da Silva – IESC/UFRJ; mariano@iesc.ufrj.br Maíra Lopes Mazoto – IESC/UFRJ; mairamazoto@iesc.ufrj.br

Ivisson Carneiro Medeiros da Silva – IESC/UFRJ; ivisson@iesc.ufrj.br Maria Izabel de Freitas Filhote – IESC/UFRJ; izabelfilhote@iesc.ufrj.br

Carmen Ildes Rodrigues Fróes Ásmus – IESC/UFRJ; carmenfroes@iesc.ufrj.br

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2 Perfil dos alunos capacitados no Curso de Capacitação em Avaliação de Risco

a Saúde Humana por Exposição a Substâncias Químicas.

Resumo

Interfaces entre saúde e ambiente são entendidas como objeto de intervenção do Ministério da Saúde (MS), no que diz respeito à vigilância da saúde das populações. Áreas técnicas lidam diretamente com questões como a exposição dessas a áreas contaminadas. Tornando-se então, fundamental a capacitação de profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde, na Vigilância em Saúde Ambiental (VSA). O objetivo deste é apresentar o perfil dos alunos aprovados no curso de Avaliação de Risco à Saúde Humana por Exposição a Substâncias Químicas, elucidando considerações relacionadas à organização da VSA no território. Foram utilizados dados preenchidos pelos alunos no ato da candidatura à vaga do curso. A organização dos dados secundários e sua análise foram realizadas no software Microsoft Excel 2010. As variáveis analisadas foram: distribuição dos alunos selecionados por sexo, por região, por formação acadêmica e área de atuação. Com base na configuração de um cenário de degradação ambiental nos grandes centros urbanos e na proposta de organização da VSA, a concentração de profissionais formados academicamente na área de saúde (enfermagem, farmácia e ciências biológicas), representa 47% do total de alunos. As outras formações variam, o que reforça a proposta em que formar equipes multiprofissionais para atuarem no campo da saúde ambiental. E segundo a distribuição dos capacitados por esfera de governo, tem-se: 10% no nível federal, 30% no estadual e 60 % no nível municipal, o que demonstra o real interesse para com as propostas de capacitação em saúde, em nível nacional. Foi possível observar que houve um significante avanço no que diz respeito à capacitação de profissionais vinculados ao SUS principalmente, à vigilância em saúde, e que, esse cenário nos remete à reflexão sobre a necessidade permanente de capacitar e preparar os profissionais da saúde para atuarem perante novos e antigos desafios vivenciados diariamente por eles na prática.

Palavras-chave: vigilância em saúde ambiental, educação a distância, capacitação de recursos humanos.

Origem: esse artigo se originou de resultados obtidos com a oferta do Curso de

Capacitação a Distância em Avaliação de Risco à Saúde Humana por

Exposição a Substâncias Químicas do Programa de Formação de Recursos

Humanos em Vigilância em Saúde Ambiental, parceria entre a Universidade

Aberta do SUS (UNA-SUS), Ministério da Saúde (MS) e Secretaria de Gestão

do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), sob a coordenação e

responsabilidade do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade

Federal do Rio de Janeiro (IESC/UFRJ).

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3 Introdução

Nos anos 80, emergiam no Brasil questões relacionadas a interfaces entre saúde e ambiente, atraindo a atenção de organizações, do poder público, e da comunidade científica para realidades expressivas que se tornavam frequentes, como queimadas, secas, desastres industriais e naturais. Essas repercussões acabaram por extrapolar os muros das indústrias, afetando o ambiente e seu entorno com consequentes efeitos danosos às populações (FREITAS; PORTO; MACHADO, 2000).

Nesse cenário de intensos debates relacionados às emergentes questões socioambientais, que se evidenciaram momentos marcantes de degradação do ambiente e de impactos à saúde humana. As repercussões vivenciadas pela humanidade estritamente interligadas à relação entre o homem, o ambiente e o progresso vinculado ao crescimento econômico, atualmente têm se tornado ainda mais frequente. Rattner (2009) afirma que desdobramentos dessa relação, podem ser ilustrados principalmente por situações resultantes do avanço dos modelos econômicos de produção e do consumo no mundo atual, a saber: o efeito estufa decorrente da emissão do gás carbônico; o aumento do aquecimento global decorrente do consumo de combustíveis fósseis; o aumento gradativo da escassez de água potável; a degradação dos solos pelo avanço da tecnologia na agricultura; os desmatamentos; a poluição dos rios e mares e a emissão desordenada de resíduos resultantes dos novos padrões de produção e consumo marcados pelo crescimento populacional.

Assim, movimentos aconteceram na história com a proposta de construir coletivamente caminhos que fortalecessem aspectos importantes a considerar na análise do conceito de saúde ampliado e na proposta de ações e serviços de saúde no mundo, com base na reconfiguração do campo social da saúde. A Carta de Ottawa (OMS, 1986) representa institucional e internacionalmente, o marco dessa construção apontando para importantes aspectos da vida da população que devem ser considerados ao analisar saúde e riscos à saúde.

Passa-se a compreender, então, o ambiente onde vive a sociedade, como

sendo um dos determinantes sociais da saúde que influenciam na ocorrência de

problemas de saúde e seus fatores de risco na população. A compreensão da saúde

em uma perspectiva mais ampliada configura espaços em que a multidisciplinaridade

atua de maneira a defender melhores condições de saúde e de vida para as

populações. Esses espaços devem sim ser criados por profissionais da saúde nas

suas diferentes competências, ser reconhecidos por outros setores do governo, setor

privado e pela população.

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4 Sustentando essa premissa, elucida-se a existência de um documento que fornece subsídios para a elaboração de uma política nacional em saúde ambiental (Brasil, 2007), onde é descrito ser fundamental pensar quais seriam os problemas relacionados com a interface saúde e ambiente, que poderiam ser enfrentados a partir da elaboração de políticas públicas adequadas e da proposta de ações de promoção da saúde, ações preventivas e corretivas em saúde ambiental.

Para tal se planejou, uma estrutura governamental voltada para as ações em saúde ambiental no âmbito da Vigilância em Saúde encontra-se institucionalizada no Brasil em estados e municípios e é denominada de Vigilância em Saúde Ambiental. O gerenciamento de fatores de riscos à saúde da população a partir da análise conjectural de indicadores em saúde ambiental é uma das competências da Coordenação da Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM), em suas instâncias federal, estadual e municipal, órgão esse ligado à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e por consequência, ao Ministério da Saúde (MS). O principal objetivo da CGVAM envolve a gestão do subsistema, o fortalecimento do controle social e o enfoque de suas ações nas relações intersetoriais, interpretado a partir da execução de ações corretivas, preventivas e de promoção da saúde, proporcionando e mantendo o bem- estar e a qualidade de vida das populações (BRASIL, op cit).

Avaliação e gerenciamento de fatores de riscos à saúde estão relacionados à prática em vigilância da saúde, que envolve populações expostas a solo contaminado com substâncias químicas, a qualidade da água para consumo humano e o manejo de situações decorrentes de desastres ambientais que afetam diretamente o ser humano.

Esses são considerados objetos de investigação e de intervenção dos órgãos públicos e de profissionais vinculados à vigilância em saúde ambiental (BRASIL, op cit).

Portanto, interfaces entre saúde e ambiente devem ser entendidas como objeto de intervenção do Ministério da Saúde, no que diz respeito à vigilância da saúde das populações. Áreas técnicas lidam diretamente com questões como a exposição dessas a áreas contaminadas. Tornando-se então, fundamental a capacitação de profissionais que atuam direta e indiretamente com ações voltadas para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde, no que diz respeito à Vigilância em Saúde Ambiental (VSA).

Objetivo: Apresentar brevemente o perfil dos alunos aprovados nas três Ofertas do curso, elucidando considerações relacionadas à organização da VSA no território.

O Curso

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5 O Curso de capacitação a distância em avaliação de risco à saúde humana por exposição a substâncias químicas tem por objetivo capacitar profissionais para atuarem em equipes multidisciplinares de avaliação de risco a saúde humana por exposição a substâncias químicas com base na experiência brasileira (IESC, 2013).

O público alvo é composto por profissionais com formação de nível superior que trabalhem em órgãos públicos federais, estaduais e municipais, na área da saúde ou em áreas correlatas, e que atuem envolvidos com a estratégia de fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). O curso, em sua versão final, apresenta um total de 95 horas, com duração de aproximadamente 20 semanas. Foram ofertadas um total de 1000 vagas entre os anos de 2011 e 2013 (IESC, 2014). Os objetivos específicos deste são: conhecer o marco conceitual e histórico dos estudos de avaliação de risco no Brasil; conhecer as diferentes etapas do processo de avaliação de risco à saúde humana; utilizar os métodos e procedimentos na aplicação da metodologia em estudos de casos; analisar criticamente as formas de aplicação deste processo em áreas de risco; compreender a dinâmica de grupo de trabalho multidisciplinar no processo de avaliação (IESC, op cit)

O conteúdo apresentado ao aluno teve como eixo central a metodologia de avaliação de risco à saúde humana por exposição a substâncias químicas, proposta pela Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM) do Ministério da Saúde. Esta metodologia é adaptada da metodologia da Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR) vinculada ao Center Desease Control (CDC) dos Estados Unidos da América (EUA) e modificada a partir da aplicação dos princípios do Sistema Único de Saúde do Brasil.

A dinâmica do curso de baseia na sua organização em quatro módulos que se subdividem em unidades (quadro 1).

Quadro 1: Matriz Curricular do Curso

M

Móódduulloo 11:: IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO EE AAMMBBIIEENNTTAAÇÇÃÃOO ((55 hhoorraass))

• Apresentação do Subsistema de Vigilância em Saúde Ambiental no Brasil

• Introdução ao curso online de Avaliação de Risco à Saúde Humana por Exposição a Substâncias Químicas.

• Familiarização com o ambiente virtual de aprendizagem (AVA – Plataforma Moodle).

• Guia do Aluno.

M

Móódduulloo 22:: SSOOCCIIOOAAMMBBIIEENNTTAALL –– ÉÉ ccoommppoossttoo ddee 22 uunniiddaaddeess ((3300 hhoorraass))::

• Unidade I – Levantamento de Informações do Local.

• Unidade II- Levantamento de Preocupações da População.

MMóódduulloo 33:: AAMMBBIIEENNTTEE –– ÉÉ ccoommppoossttoo ddee 33 uunniiddaaddeess ((3355 hhoorraass))::

• Unidade I – Seleção dos Contaminantes de Interesse.

• Unidade II – Mecanismos de Transporte.

• Unidade III – Rotas de Exposição.

MMóódduulloo 44:: SSAAÚÚDDEE –– ÉÉ ccoommppoossttoo ddee 22 uunniiddaaddeess ((2255 hhoorraass))::

• Unidade I – Implicações para a Saúde Humana.

• Unidade II – Conclusões e Recomendações.

A

AVVAALLIIAAÇÇÃÃOO FFIINNAALL ((55 hhoorraass))

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Metodologia

Foram utilizados dados preenchidos pelos alunos no ato da

processo seletivo do curso. A organização dos dados secundários e sua análise foram realizadas no software Microsoft Excel 2010.

perfil dos alunos aprovados nas três ofertas

distribuídos por sexo, por região da federação, formação acadêmica dos aprovados e área de atuação.

Resultados e discussão

Do total de 1000 alunos matriculados no curso, ou seja, certificados no curso, 485

configurando uma maioria feminina, com 74% e (gráfico 1).

Por região do país, temos a distribuição, profissional: 36 alunos (6%) na região norte, 136 (21%) (18%) alunos na região centro

região sul (figura 1). Em relação aos estados da federação contemplados, estados, mais o Distrito Federal.

alunos é o estado de São Paulo

Figura 1: Profissionais capacitados distribuídos por região da Federaç

Gráfico 1: Alunos aprovados distribuídos por sexo

Foram utilizados dados preenchidos pelos alunos no ato da inscrição para o curso. A organização dos dados secundários e sua análise foram ftware Microsoft Excel 2010. As variáveis analisadas

perfil dos alunos aprovados nas três ofertas do curso são: alunos

distribuídos por sexo, por região da federação, formação acadêmica dos aprovados e

1000 alunos matriculados no curso, 653 ou 65,3% foram

ou seja, certificados no curso, 485 do sexo feminino e 168, do sexo feminino, uma maioria feminina, com 74% e uma minoria de homens de

egião do país, temos a distribuição, conforme seu local de

(6%) na região norte, 136 (21%) alunos da região nordeste, 117 (18%) alunos na região centro-oeste, 249 (38%) na região sudeste e 115 (18%) na

Em relação aos estados da federação contemplados,

estados, mais o Distrito Federal. O estado que apresenta maior concentração de alunos é o estado de São Paulo (figura 1).

Figura 1: Profissionais capacitados distribuídos por região da Federação.

74%

26%

Gráfico 1: Alunos aprovados distribuídos por sexo (Rio de Janeiro, 2014)

Feminino Masculino

6 inscrição para o curso. A organização dos dados secundários e sua análise foram analisadas referentes ao alunos aprovados distribuídos por sexo, por região da federação, formação acadêmica dos aprovados e

foram aprovados do sexo feminino e 168, do sexo feminino, uma minoria de homens de 26%

eu local de atuação alunos da região nordeste, 117 oeste, 249 (38%) na região sudeste e 115 (18%) na Em relação aos estados da federação contemplados, são 25 O estado que apresenta maior concentração de

ão.

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7 Com base nesse cenário, sabe-se que nos grandes centros urbanos a desorganização se instala de forma mais agressiva, pois é evidente o processo de precarização das condições de moradia, alimentação, saneamento, habitação e lazer.

A pobreza e a marginalidade condicionam um grande número de habitantes de centros urbanos a estarem vulneráveis a repercussões decorrentes de desastres naturais, industriais e processos produtivos com seus resíduos. O que acaba por sinalizar demandas decorrentes de por exemplo, depósitos irregulares de resíduos e atraíam e atraem grandes empreendimentos para atuarem nessas áreas.

A situação socioambiental vivenciada por populações pode ser compreendida através da identificação e análise de repercussões associadas à produção de resíduos químicos e aspectos da saúde no Brasil, contexto esse caracterizado pela contaminação de meios ambientais tal como solo, ar, água e biota. (REIS, 2004; LINO

& PACHECO-FERREIRA, 2009; PISAST, 2012). Estados do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo entre outros, possuem áreas contaminadas cadastradas no Sistema de Informações sobre áreas contaminadas do Ministério da Saúde, o SISSOLO (PISAST, op cit).

Como apontado pelo SISSOLO (PISAST, op cit), no Brasil havia aproximadamente 9.266 registros de áreas contaminadas (relatório SISSOLO – período: 01/01/2004 a 31/12/2012) no ano de 2012, salvo inserções duplicadas, uma vez que são dados brutos descritos em relatórios emitidos do sistema de informação.

Porém, ainda assim, é um cenário considerado preocupante em função das

características relacionadas à exposição química, que tem o tempo de exposição como

uma das principais variáveis a serem consideradas nas avaliações de risco à saúde, e

a existência de população no entorno.

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8 No estado de São Paulo, por exemplo, segundo a CETESB (2013) tem-se um total de 4.771 áreas contaminadas cadastradas. E como se observa, há uma grande concentração de alunos oriundos da região sudeste e mais especificamente, do estado de São Paulo.

Sobre a característica das ações da área de saúde ambiental, como sendo uma área multiprofissional, levanta-se o fato de os estudos de avaliação de risco à saúde humana contemplarem diferentes e complementares frentes de trabalho como o levantamento de preocupações das comunidades e a investigação ambiental, esta última decorrente de informações levantadas em pesquisa bibliográfica e com órgãos públicos de atenção, promoção e vigilância em saúde e ambiente e das informações coletadas em campo de pesquisa com as comunidades envolvidas (ÁSMUS et al, 2008), o que reforça a proposta multidisciplinar associada ao curso proposto.

Portanto, com base na proposta de organização do subsistema de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, e em relação à concentração de profissionais formados academicamente na área de saúde, tem-se um total de 310 profissionais certificados com formação em Enfermagem, Ciências Biológicas, e Ciências Farmacêuticas, representando 47% do total de alunos. As outras formações variam entre Medicina Veterinária, Nutrição, Engenharia, Tecnólogo em Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental, o que reforça a proposta de se atuar de maneira multiprofissional frente à avaliação e monitoramento de riscos ambientais à saúde humana de populações, no território.

Os resultados referentes aos profissionais capacitados distribuídos por formação acadêmica, acaba por corroborar a hipótese de que, em nível de prática, uma equipe de profissionais que atue em estudos de avaliação de risco à saúde humana deva ser composta por profissionais de diferentes formações, com diferentes perfis de atuação.

E reforça-se ainda pelo fato de que o objeto de avaliação para a metodologia de avaliação de risco à saúde passa pela avaliação dos compostos químicos, elementos ou combinações que por sua quantidade, concentração, características físicas ou características toxicológicas que possam representar um perigo imediato ou potencial para a saúde humana, quando forem inadequadamente usados, tratados, armazenados, transportados ou eliminados, pelos efeitos das exposições a esses compostos e pela apropriação do levantamento de preocupações das populações expostas envolvidas nessas situações.

E em relação à área de atuação profissional dos capacitados (gráfico 2), pôde-

se observar que 88% dos profissionais estavam vinculados à Vigilância em Saúde,

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entendendo-a como uma área que

vigilância epidemiológica, vigilância sanitária e vigilância em saúde do trabalhador.

Profissionais vinculados a outras áreas da saúde, como Atenção à Saúde, por exemplo, consolidaram 8%. Sendo assim, entende

abrangência do curso (96%).

E por fim, sabendo-

Áreas Contaminadas por Contaminantes Químicos (VIGISOLO) que tem como objetivo o desenvolvimento de ações de vigilância em saúde de populações expostas em áreas contaminadas por contaminantes químicos, visando

promoção da saúde, prevenção dos fatores de risco e agravos à saúde, está institucionalizada em todos os estados da federação, nas Secretarias estaduais de Saúde e em quase todas as capitais dos estados

capacitados por nível/esfera de governo:

federal, 30%, no nível estadual e 60 % execução das ações em saúde,

para com as propostas de capacitação em saúde, em nível nacional.

Considerações finais

Com base nos resultados e nas discussões apresentadas

que houve um importante avanço no que diz respeito à capacitação de profissionais vinculados a estratégias de ação no SUS

saúde, e que, esse cenário nos remete à

capacitar, atualizar e preparar os profissionais da saúde para atuarem perante novos e antigos desafios vivenciados diariamente por eles na prática. Outra importante consideração a fazer é o fato de termos um grupo

sua formação, envolvido com o

monitoramento da saúde de populações expostas a áreas contaminadas, o que como uma área que comporta a vigilância em saúde ambiental, demiológica, vigilância sanitária e vigilância em saúde do trabalhador.

Profissionais vinculados a outras áreas da saúde, como Atenção à Saúde, por exemplo, consolidaram 8%. Sendo assim, entende-se a Saúde como a área de maior abrangência do curso (96%).

-se que a Vigilância em Saúde de Populações Expostas em Áreas Contaminadas por Contaminantes Químicos (VIGISOLO) que tem como objetivo o desenvolvimento de ações de vigilância em saúde de populações expostas em áreas contaminadas por contaminantes químicos, visando recomendar e instituir medidas de promoção da saúde, prevenção dos fatores de risco e agravos à saúde, está institucionalizada em todos os estados da federação, nas Secretarias estaduais de Saúde e em quase todas as capitais dos estados, vale ressaltar a

nível/esfera de governo: 10% dos profissionais atuam

estadual e 60 %, profissionais vinculados diretamente com a execução das ações em saúde, no nível municipal, o que demonstra o real inter para com as propostas de capacitação em saúde, em nível nacional.

om base nos resultados e nas discussões apresentadas é possível observar que houve um importante avanço no que diz respeito à capacitação de profissionais vinculados a estratégias de ação no SUS principalmente as ligadas à vigilância em

esse cenário nos remete à reflexão sobre a necessidade

e preparar os profissionais da saúde para atuarem perante novos e antigos desafios vivenciados diariamente por eles na prática. Outra importante consideração a fazer é o fato de termos um grupo heterogêneo, no que diz respeito à envolvido com o VIGIPEQ, o VIGISOLO e as ações relacionadas a monitoramento da saúde de populações expostas a áreas contaminadas, o que

87%

4%

9%

Gráfico 2: Alunos aprovados distrubuídos por área de atuação

(Rio de Janeiro, 2014)

Vigilância em saúde

Atenção a saúde

Outras

9 a vigilância em saúde ambiental, demiológica, vigilância sanitária e vigilância em saúde do trabalhador.

Profissionais vinculados a outras áreas da saúde, como Atenção à Saúde, por se a Saúde como a área de maior

Vigilância em Saúde de Populações Expostas em Áreas Contaminadas por Contaminantes Químicos (VIGISOLO) que tem como objetivo o desenvolvimento de ações de vigilância em saúde de populações expostas em áreas recomendar e instituir medidas de promoção da saúde, prevenção dos fatores de risco e agravos à saúde, está institucionalizada em todos os estados da federação, nas Secretarias estaduais de distribuição dos dos profissionais atuam no nível , profissionais vinculados diretamente com a municipal, o que demonstra o real interesse

é possível observar que houve um importante avanço no que diz respeito à capacitação de profissionais principalmente as ligadas à vigilância em necessidade permanente de e preparar os profissionais da saúde para atuarem perante novos e antigos desafios vivenciados diariamente por eles na prática. Outra importante , no que diz respeito à OLO e as ações relacionadas a monitoramento da saúde de populações expostas a áreas contaminadas, o que

Gráfico 2: Alunos aprovados distrubuídos por área

Atenção a saúde

(10)

10 favorece a execução das atribuições consideradas complexas e complementares, refletindo a necessidade de se buscar organizar grupos de trabalho com formações e habilidades complementares, que integradas favorecem a execução diária das atividades.

Referências bibliográficas

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Textos Básicos de Saúde, p. 56, 2007

CETESB Diretoria de Controle e Licenceamento Ambiental. Áreas Contaminadas e Reabilitadas. Relatório - 2013. Disponível em: http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/areas- contaminadas/2013/totalizacao-departamento.pdf. Acessado em 27 de maio de 2013.

FREITAS, C. M.; PORTO, M. F. S.; MACHADO, J. M. H., A Questão dos Acidentes Ambientais Ampliados In: FREITAS, C. M.; PORTO, M. F. S.; MACHADO, J. M. H. (org.) Acidentes Ambientais Ampliados: Desafios e Perspectivas para o Controle e a Prevenção. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2000.

IESC. Curso de Avaliação de Risco à Saúde Humana por exposição a Substâncias Químicas.

Guia do Aluno versão 2013.

IESC. Curso de Avaliação de Risco à Saúde Humana por exposição a Substâncias Químicas.

Relatório Final de Gestão do Curso - 2014.

LINO, C. R. G.; PACHECO-FERREIRA, H.. O impacto psicológico de um acidente químico ambiental com óleo diesel. Psicol. estud., Maringá, v. 14, n. 2, pp. 341-347, june 2009 . RATTNER, H. Meio ambiente, saúde e desenvolvimento sustentável. Ciência & Saúde Coletiva, v. 14, n.6, p -1965-1971, 2009.

REIS, M. M. Avaliação de risco de benzeno em Volta Redonda: as incertezas na avaliação da exposição. Rio de Janeiro : s.n., 2004; 74 p.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Carta de Ottawa para a promoção da saúde.

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PISAST. VIII Inventário Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental, Referência: Brasil/ ano base 2011, 2012.

Referências

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