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Noticias. Ciência América do Sul. LUZ SOBRE... Grafite da ciência QUAL O PROGRAMA? FICHA UMI : UMI IFAECI p.12. CNRS-FAPESP p.23. p.

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QUAL O PROGRAMA ? CNRS-FAPESPp.23

FICHA UMI :

UMI IFAECI p.12 LUZ SOBRE...Grafite da ciência p.19

n.03 - Setembro 2018

Noticias

(2)

Ph ot o: Rolan d Ba con o da cap a : L uiz Bal tar

CNRS-FAPESP: um programa bilateral para a mobilidade| BRASIL

23

EDITORIAL

2

Fogo, agropecuária e áreas protegidas nas savanas brasileiras |BRASIL

Circuitos gustativos nas abelhas | ARGENTINA

4

9 28 30

25

Missão prospectiva dos

laboratórios LAAS e LAPLACE | BRASIL

Simpósio Franco-Brasileiro sobre biodiversidade | BRASIL

Seminário de lançamento LIA “Física Subatômica”| BRASIL

Visita do Presidente

Ficha UMI : IFAECI|ARGENTINA

LIA MINES: sistemas de mineração no Deserto do Atacama|CHILE

LIA MSD: Matéria:

Estrutura e Dinâmica|CHILE

12

15 17

Grafite científico: um conceito inovador de arte e ciência|BRASIL

(3)

Editorial

Nessa nova edição do “Nouvelles CNRS Rio, Ciências Brasil

e Cone Sul”, como nas edições anteriores, fazemos um relatório das atividades de pesquisa na região, destacando a grande riqueza e diversidade temática, institucional e geográfica. Os pesquisadores tem interesse em colaborar com um parceiro estrangeiro pela complementaridade das abordagens, o acesso a diferentes locais ou materiais e a instrumentos importantes, o intercâmbio de práticas e métodos, ou mesmo através da co-construção de uma verdadeira escola de pensamento. Qualquer que seja a motivação, o que se melhor compartilha bem é entusiasmo, criatividade... e trabalho. No entanto, nestes tempos de crise em que os museus estão em chamas, ou os orçamentos das instituições científicas e acadêmicas estão passando por cortes orçamentais brutais, as parcerias fortes como aquelas que existem na região são ainda mais valiosas e contribuem para a salvaguarda

Fot

o : Olivier F

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das colaborações e para a busca de avanços científicos. Nessas condições, é crucial que os cientistas dialoguem mais e melhor com a sociedade, e este é o intuito do “Grafite da Ciência”, um mural de 240 m2 dedicado à ciência, produzido pelo Centro Brasileiro de Pesquisa Física (CBPF) no Brasil, onde o artista demonstra ser um mediador maravilhoso.

Muitas parcerias científicas do CNRS na região contribuem

para o estudo da biodiversidade, do desenvolvimento sustentável e da transição energética. A seção “Palavra de pesquisador” ilustra isso ao abordar o estudo do sentido do gosto dos animais, essencial para sua sobrevivência, ou as questões de controle do fogo em relação com a agropecuária e as áreas protegidas nas savanas brasileiras. Outros exemplos dessas colaborações são a UMI IFAECI na Argentina em ciências climáticas, o simpósio sobre biodiversidade organizado em junho em Manaus para o encontro das Academias de Ciências francesas e brasileiras, ou a missão prospectiva do LAAS e do LAPLACE com o tema “Energia e tecnologias convergentes” organizada em março no Rio de Janeiro na forma de dois workshops, nos quais também participaram pesquisadores do Chile e da Colômbia. Alguns Laboratórios Internacionais do CNRS na região - entre os 34 ativos em 2018 - também estão apresentados nessa edição: Arqueologia, história e antropologia dos sistemas de mineração no deserto do Atacama no Chile, “Matéria, Estrutura e Dinâmica” em física da Universidade do Chile, ou o seminário de lançamento do LIA em Física Subatômica em São José dos Campos no Brasil. Na ocasião da visita ao Chile em abril de Antoine Petit, então novo Presidente do CNRS, ressaltamos a importância das relações com a Universidade do Chile, a PUC de Santiago e a ESO, nossos principais parceiros. “Qual o programa?” apresenta o programa bilateral CNRS-FAPESP, que financiou quase 90 projetos de pesquisa conjuntos desde 2004.

Olivier Fudym

(4)

FOGO, AGROPECUÁRIA

e áreas protegidas nas

savanas brasileiras

O controle do fogo é uma questão

ambiental global. A frequência e a magnitude dos incêndios aumen-taram nos últimos anos, com sérios impactos sobre a biodiversidade e as emissões de gases de efeito estu-fa. O Cerrado, que cobre o planalto central do Brasil, é conhecido como a savana mais rica em termos de bio-diversidade no mundo e pela impor-tância de seus recursos hídricos. Sua destruição tem se acelerado desde o final dos anos 80, devido à expansão da agricultura industrial. Hoje, o Cer-rado perdeu mais da metade da sua vegetação natural, e as áreas prote-gidas representam apenas 8% desse bioma (comparado com 26% na Ama-zônia). A maioria das áreas protegidas do Cerrado foi demarcada em áreas

remotas inadequadas para a mecani-zação agrícola. Têm como objetivo a conservação da biodiversidade, mas também funcionam como espaços de «refúgio» para os agricultores in-dígenas, quilombolas, e da agricultu-ra familial. Os incêndios no final da estação seca, assolam estes espaços, ameaçam seriamente a biodiversi-dade e a integribiodiversi-dade deste bioma e contribuem para a criminalização dos sistemas tradicionais de produção. Habitualmente, esses sistemas com-binam agricultura de corte e queima, criação de gado em pastagem e ex-trativismo, que são altamente depen-dentes do uso do fogo.

LUDIVINE ELOY,

ludivine.eloy@gmail.com

Ludivine Eloy é pesquisadora do CNRS na UMR ART-DEV (Montpel-lier). Engenheira agrônoma e geógrafa, ela trabalha há 15 anos no Brasil, onde conduz missões periódicas. Atualmente professora vi-sitante da Universidade de Brasília, seu trabalho se concentra nas relações entre meio ambiente e agricultura no Brasil, principalmente no Cerrado e na Amazônia brasileira.

Palavra de pesquisador

| Brasil

Desde os anos 80, a maioria dos

países latino-americanos adotaram políticas de «fogo zero», que consis-tem em combater os incêndios e proibir as populações locais de fazer queimadas. Entretanto, depois de várias décadas de fracasso, hoje é re-conhecido que a supressão completa das queimadas não é viável nos ecos-sistemas de savana, tanto do ponto de vista socioeconômico quanto ecoló-gico. No Cerrado, a proibição das queimadas nas Unidades de Conser-vação de Proteção Integral provocou, além de conflitos e da agravação do êxodo rural, um acúmulo e homoge-neização de material combustível seco, provocando incêndios terríveis (às vezes acima de 100.000 ha) a cada dois anos.

Ao contrário das florestas tropicais, os ecossistemas de savana são atualmente reconhecidos como «adaptados ao fogo». O fogo é central para as práticas agropastorais tradicionais nestas áreas, como nas savanas da Austrália, África e de outros países da América Latina. En-tretanto, esses ecossistemas são mo-saicos paisagísticos caracterizados pela coexistência de vegetação resistente ao fogo (campinas e savanas arborizadas) e vegetação sensível ao fogo (flores-tas de galeria), tornando o manejo do fogo particularmente complexo nessas áreas.

Nossa pesquisa entra no contexto da

reabilitação do uso das queimadas nas áreas protegidas do Cerrado. Diante do insucesso das medidas de

elimina-Queimada por um fazendeiro no Jalapão

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udivin

e Elo

(5)

ção das queimadas e dos resultados das pesquisas em ecologia e história ambiental, as políticas ambientais evo-luíram: o fogo é agora utilizado como instrumento ferramenta de manejo em muitos países. O caso australiano re-presenta um modelo de manejo basea-do no conhecimento basea-dos Aborígines. Na França, as queimadas controladas são utilizadas nos ecossistemas medi-terrâneos desde os anos 80, em cola-boração com os criadores de gado. No Brasil, esta mudança só começou mais de vinte anos depois, em 2013, sob o impulso do projeto Cerrado-Jalapão do Ministério do Meio Ambiente, financia-do pela agência de cooperação alemã. O projeto testou o modelo anglo-saxão «Manejo Integrado do Fogo» (MIF) em três áreas protegidas do Cerrado,

vi-sando essencialmente evitar incêndios no fim da estação seca, pelo incentivo e a pratica das queimadas controladas no início da estação seca. Em breve, o mo-delo MIF foi usado progressivamente para outras áreas protegidas no Cerra-do, incluindo as Terras Indígenas.

Mas a literatura científica mostra que a reabilitação científica e técnica

do uso do fogo não garante uma mel-hor participação dos atores locais na tomada de decisões, nem uma melhor consideração dos seus conhecimentos. A prática da queimada na agricultura é frequentemente considerada arcaica e prejudicial ao meio ambiente, porque é muitas vezes acusada de ser a causa de incêndios. No Cerrado, o discurso an-ti-queimada legitima os produtores de

Paisagem do Jalapão. No fundo à direita, uma savana arborizada (Cerrado ss), em primeiro plano, uma campina natural, e no fundo uma floresta de galeria

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soja, que não dependem do fogo para produzir em grandes superfícies, e que assim constroem a imagem de sistemas de produção sustentáveis. Além disso, o conhecimento ecológico tradicional sobre o manejo das queimadas no Cer-rado ainda é pouco descrito, e os tra-balhos sobre esta questão raramente abordam as características espaciais e temporais destas queimadas (geografia do fogo). Este é o foco da minha pes-quisa no Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB), em colaboração com ecólogos da UnB: no projeto Cerrado-Jalapão, pro-curamos entender a diversidade e as transformações históricas das práticas locais no uso das queimadas no Jalapão, e sua relação com as políticas ambien-tais. Desde o século XIX, quilombolas vivem no Jalapão e nas áreas das Uni-dades de Conservação de Proteção Integral (UICN I) criadas no início dos anos 2000. Após 15 anos de interdição, suas práticas agropastorais e extrati-vistas, todas dependentes do uso das queimadas, agora são toleradas, mesmo se continuam mal compreendidas.

Em 2013, apos o pedido do ICMBio e das associações locais, focamos a nossa

pesquisa no inicio nas queimadas para a agropecuária. Mostramos as especifi-cidades dos sistemas de corte e queima nas terras baixas das turfeiras (veredas) da região, e seus impactos na dinâmi-ca ecológidinâmi-ca das florestas de galeria. Demonstrando a engenhosidade do manejo do fogo e da água nestes ecos-sistemas frágeis e sua importância para a conservação da agrobiodiversidade, esse trabalho permitiu legitimar e afir-mar estas práticas, essenciais para a se-gurança alimentar.

A partir de 2014, orientamos nosso

tra-balho para as queimadas nos pastos. Combinando dados recolhidos ao nível das fazendas e ao nível regional (cica-trizes de incêndio), mostramos que os sistemas pecuários dependem de um mosaico sazonal de queimadas com funções tanto produtivas quanto pre-ventivas. O fogo é usado regularmente, em quatro tipos diferentes de vegeta-ção durante quatro períodos do ano, o que cria uma paisagem com áreas de tamanhos e históricos de incêndio di-ferentes, evitando assim incêndios e protegendo as florestas de galeria.

Nossos resultados desafiam as ideias comuns sobre a origem dos incêndios

nas áreas protegidas do Cerrado. Ao invés de um uso irracional e conflituo-so das queimadas pelos pastores, os incêndios são mais uma consequên-cia do enfraquecimento dos sistemas tradicionais de manejo do fogo para a agropecuária. Entre outros fatores, tais como mudanças nos regimes de chuvas, deve-se notar que a intensifi-cação dos sistemas de pecuária a partir dos anos 80 (novas raças, expansão das pastagens artificiais, cercas) alterou os regimes de queimadas em mosaico que garantiam a prevenção de incêndios,

“EN LA ACTUALIDAD, EL

CERRADO HA PERDIDO

MÁS DE LA MITAD

DE SU VEGETACIÓN

NATURAL Y LAS ÁREAS

PROTEGIDAS CUBREN

APENAS EL 8% DEL

BIOMA”

(6)

antes da implementação de regras de proibição das queimadas.

Nosso trabalho também mostra que

o modelo MIF tornou possível a cria-ção de novas formas de diálogo e acria-ção conjunta entre os gestores e o habi-tantes da área ambiental. Entretanto, na prática, este modelo de ação nem sempre consegue integrar a complexi-dade dos usos do fogo para a agrope-cuária. Por exemplo, a prioridade dada às queimadas controladas no início da estação seca não leva em conta a im-portância de outras queimadas para a agropecuária (especialmente no meio e no final da estação seca), levando a muitos mal-entendidos e insatisfações. Estes resultados confirmam a impor-tância de um estudo cuidadoso das prá-ticas de queimadas para a agropecuária em suas dimensões temporal e espacial para melhorar nossa compreensão de suas transformações históricas e seus impactos na dinâmica da paisagem.

Um melhor diálogo entre o

conheci-mento científico e a sabedoria local de-pende da construção de um ambiente de aprendizado coletivo, especialmente à luz das mudanças climáticas passadas e futuras.

Esse trabalho faz parte do Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais (CDS-UnB), e deve ser a base de um documentário científico. Está em relação com outros projetos liderados pela UMR ART-DEV no Brasil, tais como «Territórios, pobre-za e políticas públicas» (Capes-Cofecub 2014-2016), e «Governança Alimentar e PRAticas das famílias agrícolas - GA-PRA» (Glofood, 2017-2019), em colabo-ração com vários parceiros brasileiros (UFRRJ, UFSC), mas também o progra-ma Populações Locais, Agrobiodiver-sidade e Conhecimentos Tradicionais (PACTA III), liderado pelo IRD (UMR PA-LOC) e pela Unicamp.

.

Para saber mais :

goo.gl/fFuJEV

goo.gl/n4RiuH

goo.gl/N43nsR

goo.gl/Dxq4Bo

Localização das experiências de manejo inte-grado do fogo em áreas protegidas no Brasil e na Venezuela desde 2014

Foto : Ludivine Eloy

Palavra de pesquisador

| Brasil

CIRCUITOS GUSTATIVOS DAS ABELHAS:

a descoberta de um sentido

desconhecido

O sentido do sabor é crucial para a

so-brevivência dos animais, pois ajuda a diferenciar os alimentos potenciais das substâncias tóxicas nocivas. Estou inte-ressado em compreender os mecanis-mos envolvidos neste processo. Como modelos de estudo, utilizo insetos, particularmente insetos sociais

(abel-has, formigas), organismos que são de grande importância para os humanos, seja por seu papel benéfico na polini-zação e agricultura (abelhas), seja pelo impacto negativo que podem ter sobre certas atividades agrícolas (algumas espécies de formigas). Portanto, neste contexto o sentido do sabor é crucial

MARIA GABRIELA DE BRITO SANCHEZ maria.de-brito-sanchez@univ-tlse3.fr

Maria Gabriela de Brito Sanchez

Centro de Pesquisa em Cognição Animal,

Centro de Biologia Integrativa, CNRS - Universidade Paul Sabatier, Toulouse

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(7)

pois permite ao animal fazer escolhas alimentares benéficas para sua sobre-vivência e a da sua colônia.

Para estudar a gustação dos insetos,

uso técnicas como a marcação, o regis-tro e a análise da atividade de neurônios gustativos individuais e de populações neurais nas áreas gustativas do sistema nervoso central. Em paralelo, realizo es-tudos comportamentais para determi-nar as habilidades e preferências gusta-tivas das abelhas e formigas, bem como sua capacidade de aprender gostos par-ticulares, seja em termos apetitosos ou aversivos.

As abelhas são meu principal modelo de estudo. Elas são diferentes de outros in-setos nos quais a gustação foi estudado (mosca-das-frutas, mosquito, mariposa bicho-da-seda, por exemplo) pela bai-xa quantidade de genes que codificam os receptores gustativos (apenas uma dezena foi identificada no genoma da abelha). Os ligantes desses receptores ainda são desconhecidos, mesmo que 2 a 3 deles se assemelhem a genes codifi-cadores para receptores de substâncias doces de outros insetos. Portanto, estou interessado em uma caracterização dos gostos percebidos pelas abelhas através de seus receptores gustativos.

No Centro de Pesquisa em Cognição Animal, estou liderando um projeto de pesquisa sobre este assunto, bem como sobre a regulamentação dos processos de ingestão de alimentos das abelhas. Também estou interessado na plastici-dade inerente dos circuitos gustativos. Para isso, estudo a neuromodulação das respostas gustativas e apetitivas das abelhas através do estresse. Mos-tramos que a imobilização da abelha em

arneses de retenção, induzindo assim um estresse significativo, afeta a dispo-sição das abelhas em ingerir substâncias tóxicas que normalmente são liberadas pelas abelhas que voam livremente. Em retenção, estes estímulos nocivos são ingeridos, mesmo que induzam a uma mortalidade importante.

Esse resultado levanta a questão dos

canais que controlam os processos de ingestão e a tolerância às substâncias aversivas. Estamos estudando o papel de certos neuropeptídeos que podem ser cruciais na regulação da aceitação/ rejeição de substâncias aversivas e cujos níveis no cérebro variam com os níveis de estresse e outros fatores (estação do ano, recursos da colônia, etc.). Pro-curamos caracterizar a função desses neuropeptídeos no contexto descrito usando técnicas farmacológicas e mo-leculares (RNAi visando os receptores desses neuropeptídeos).

Estes resultados serão importantes para entender como fatores ambientais e situações estressantes afetam o com-portamento apetitivo das abelhas, inse-tos que atualmente sofrem uma mor-talidade significativa em todo o mundo devido a uma multiplicidade de fatores ainda pouco compreendidos, mas que incluem pesticidas, práticas agrícolas modernas, doenças e pragas importa-das e novos inimigos da colmeia. Nossos resultados podem ser úteis para com-preender os processos gustativos de outras espécies e, de modo geral, para compreender a regulação e plasticidade da alimentação em um contexto mais amplo. Em relação a este tema, cola-boro com uma equipe da Universidade de Buenos Aires, Argentina (Grupo de

Palavra de pesquisador

| Argentina

Estudos de Insetos Sociais, Faculdade de Ciências Exatas e Naturais), liderada pelos doutores Walter Farina (abelhas) e Roxana Josens (formigas). Junto com o Dr. Farina, publicamos recentemente um trabalho sobre os efeitos da insulina nas respostas alimentares das abelhas pré-forrageadoras (J. Exp. Biol. 2016).

Para o ano 2018-2019, graças à coope-ração com o Dr. Josens, está previsto

incorporar dois outros insetos sociais em meus estudos sobre gustação, para aprofundar as abordagens comparati-vas: a formiga carpinteira (Camponotus mus) e a formiga argentina ((Linepithe-ma humile). Essas espécies são pragas

(8)

O UMI-IFAECI (Instituto

Franco-Ar-gentino de estudos do clima e seus im-pactos) foi criado em janeiro de 2010 para fortalecer a colaboração científica entre a França e a Argentina no estu-do estu-do clima no contexto das mudanças climáticas. Seu objetivo é melhorar o conhecimento dos processos físicos que levam às variações e às mudanças climáticas, mas também incentivar es-tudos que lidam com os impactos na população, biodiversidade e produção e, finalmente, gerar informações para elaborar a implementação de aplica-ções.

2.

Apresentação

1.En resumo

1 de janeiro

2010

Data de criação

1 de janeiro

2019

Data de renovação

Supervisão :

Instituto CNRS de origem: INSU Conselho Nacional de Pesquisa Científica e

Técni-ca (CONICET) Universidade de Buenos Aires

Diretora

Claudia Simionato, simionato@cima.fcen.uba.ar

Co-diretora

Andrea F. Carril, carril@cima.fcen.uba.ar

Ficha

Unidad Mista

Internacional

CNRS

IFAECI

UMI 3351

Buenos

Aires

72

Investigadores em

tempo integral

23

Pós-doutorando

En

números :

(entre 2012 e 2014)

78

Doutorando

A Unidade orienta sua pesquisa para

três áreas principais: o sul da América do Sul e os Andes extratropicais, ambos caracterizados por variações climáticas significativas, e o Atlântico Sul, uma das regiões oceânicas mais produtivas do mundo.

Além disso, sua agenda científica está organizada em 9 temas:

Mudanças climáticas no sul da Amé-rica do Sul;

Métodos matemáticos para o estudo do clima e da meteorologia;

Previsões meteorológicas e climáti-cas;

Modelização do clima regional e es-tudos de sensibilidade;

Estudos de impacto;

Sensoriamento remoto a partir do solo da atmosfera e suas aplicações;

Estudos do Atlântico Sul;

Processos atmosféri-cos físiatmosféri-cos em uma escala meso e sinóptica;

Processos físicos nas áreas costeiras e no estuário do Rio da Prata;

Como foi ressaltado pelo comitê de especialistas encarregado de avaliar a unidade, os projetos nos quais o IFAECI participa fazem parte de uma diversi-dade de temas de pesquisa que promo-vem o trabalho científico

transdiscipli-nar. Essa particularidade se deve em particular à pluralidade das fontes de fi-nanciamento da UMI, que são nacionais e internacionais. Assim, a UMI IFAE-CI está na iniciativa de vários projetos inovadores para a aquisição de conhe-cimento sobre as dinâmicas climáticas dessas regiões. Como exemplo, pode-mos citar alguns projetos nos quais os pesquisadores franceses participaram: • O projeto CASSIS visa melhorar a compreensão da dinâmica do sudoeste do Oceano Atlântico, estudando a cir-culação da plataforma continental da Patagônia, a dinâmica da Corrente das Malvinas e as interações entre elas. Para realizar este estudo, a equipe possui um navio oceanográfico, o Puerto Deseado, e utiliza dados de altimetria por satélite. • O projeto DADA visa aplicar métodos estatísticos de detecção e atribuição (D&A) à ciência do clima para, eviden-ciar a influência das atividades huma-nas sobre o clima, por exemplo.

• Por outro lado, o foco do projeto CLIMAX, é a Argentina, e tenta com-preender os impactos das mudanças climáticas na região. O projeto foca-liza nas atividades agroprodutivas e estuda a relação entre os eventos cli-máticos extremos, os sistemas produ-tivos e as politicas publicas para ame-nizar os impactos.

(9)

Endereço

Université de Buenos Aires Calle Viamonte 430 Buenos Aires Argentine

Website

www.cima.fcen.uba.ar/UMI/

Entre 2014 e 2017, pesquisadores do

IFAECI participaram da redação de 29 capítulos de livros e publicaram 216 ar-tigos em revistas relacionadas ao clima (incluindo 182 para os quais foi identifi-cado o fator de impacto Scimago). Em particular, 41 artigos foram co-escritos por pesquisadores franceses e argenti-nos. De fato, desde sua criação, 43 pes-quisadores franceses têm colaborado regularmente com a UMI IFAECI e dois pesquisadores do CNRS ficarão até o fi-nal de 2018: Denisse Sciamarella e

Fran-çois De Vleeschouwer.

Além disso, 367 apresentações foram dadas em encontros nacionais e in-ternacionais. 71% das apresentações internacionais foram co-produções franco-argentinas. Essa cooperação binacional aumenta significativamen-te a representação insignificativamen-ternacional do trabalho da IFAECI e demonstra a im-portância de fortalecer os laços cien-tíficos entre os países, particularmen-te entre a França e a Argentina.

Ficha Unidad Mista International

| Argentina

3.

Projeção internacional

Projeto CASSIS

Ações do CNRS

| Chile

O Deserto do Atacama é um

labo-ratório privilegiado, em escala global, para o estudo de questões de mine-ração.

Por um lado, permite apreender o fenômeno com uma profundidade histórica e arqueológica bastante ex-cepcional (explorações pré-inca, inca, colonial e contemporânea) e constitui um dos únicos pontos do mundo onde a história da ocupação humana se baseia principalmente na mineração. Por outro lado, é o cenário de uma grande variedade tipológica de ope-rações mineiras (de muito grande a muito pequena escala, metálicas e não metálicas, de superfície ou sub-terrâneas, etc.) que organizam uma complexa história social, técnica e cultural, inscrita no centro das circu-lações regionais e globais.

Da mesma forma, é uma encruzilhada de culturas e conhecimentos mineiros de diversos horizontes que envolvem uma pluralidade de atores e tempo-ralidades. Por fim, como um impor-tante centro de exploração mineira

contemporânea (cobre, lítio, ouro, nitratos, prata, etc.), é um terreno estratégico e privilegiado para obser-var as formas de capitalismo mineiro sob restrições políticas e ambientais e permite refletir, em um contexto global de procura pelos recursos mi-neiros, sobre as estratégias dos atores mundiais e as condições de adaptação das sociedades locais.

O LIA MINES ATACAMA «Minas e

sociedades no Deserto do Atacama: culturas, espaços e técnicas» visa estudar a questão da mineração no deserto do Atacama, através de uma pesquisa de alto nível,

internacio-LIA MINES ATACAMA:

Sistemas mineração no deserto

do Atacama

NICOLAS RICHARD

(10)

nal e multidisciplinar, integrando as contribuições das equipes francesas e chilenas na história, arqueologia, antropologia e geografia. Está estru-turado em quatro eixos temáticos:

Arqueologia e arqueometria do fato da mineração no tempo longo;

História da cultura e do conheci-mento, a mineração no deserto do Atacama como objeto global;

Paisagens industriais e costeiras, materialidades e etnografia;

Compreender, comparar e conectar as questões de mineração contemporânea.

Os resultados esperados dizem res-peito à pesquisa científica (produção de novos dados, análise de coleções, publicações científicas, apresentação de projetos de pesquisa associados), formação através da pesquisa (teses em cotutela internacional, co-diplo-mas, mobilidade estudantil) e divulga-ção (humanidades digitais, realidade virtual, bancos de dados públicos).

O LIA reúne seis estruturas de pes-quisa francesas e chilenas. Coordena atualmente 14 teses de doutorado, realizadas sob financiamento francês (contratos de doutorado) ou chileno (CONICYT), incluindo 6 sob em cotu-tela internacional e 3 sob em co-dire-ção internacional. Reúne também tem dois projetos ANR e 8 projetos FONDECYT em andamento.

Na França, o LIA é dirigido pelo Insti-tut des Hautes Études sur l’Amérique Latine (IHEAL) da Universidade Sor-bonne Nouvelle Paris 3, em parceria com a Universidade Paris Nanterre e a Universidade de Rennes, e no Chile, pelo Instituto de Arqueologia e Antropologia da Universidade Católi-ca do Norte, em parceria com a Uni-versidade do Chile e a UniUni-versidade Academia de Humanismo Cristiano, sob a responsabilidade de Nicolas Richard (CNRS) e Valentina Figueroa (IAA, Universidade Católica do Norte).

Jazida de enxofre do vulcão Aucanquilcha

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Ações do CNRS

| Chile

LIA MSD :

Matéria, estrutura y dinâmica

JEAN-CHRISTOPHE GEMINARD jean-christophe.geminard@ens-lyon.fr RODRIGO SOTO

rsoto@dfi.uchile.cl

O LIA MSD foi estabelecido em 2017

por um período de quatro anos. Tem três parceiros no Chile: o Departa-mento de física da Universidade do Chile (U-Chile), o Departamento de física da Universidade de Santiago do Chile (USACH) e o Instituto de física da Pontifícia Universidade Católica de Valparaíso (PUCV). Da mesma forma, tem três parceiros na França: o Labo-ratório de física (LPENSL, UMR5672) na Escola Normal Superior de Lyon, o Laboratório de física e mecâni-ca de meios heterogêneos (PMMH, UMR7636) e o Instituto Langevin de ondas e imagens (Institut Langevin, UMR7587) na Escola Superior de físi-ca e de químifísi-ca industriais de cidade de Paris. É regido por um convenio entre o CNRS, a Escola Normal Supe-rior de Lyon, a Universidade Claude Bernard Lyon I, a Escola Superior de física e de química industriais de ci-dade de Paris, a Universici-dade Pierre e Marie Curie - Paris VI, a Universidade Paris Diderot - Paris VII, e as três uni-versidades chilenas. Jean-Christophe Géminard (LPENS, UMR5672, Lyon) e Rodrigo Soto (Departamento de Física, U-Chile, Santiago do Chile) o

coordenam atualmente.

Iniciado pelo CNRS, que lhe apoia

fi-nanceiramente de forma recorrente, o LIA MSD fortalece a cooperação entre o Chile e a França nos campos da física

estatística e não-linear, apoiando, com a ajuda de todos os seus par-ceiros, o intercâmbio de estudantes e pesquisadores para missões de trabalho colaborativo. Excepcional-mente, em 2017 em Lyon, um encon-tro cientifico reuniu pesquisadores chilenos e franceses vinculados ao LIA-MSD, e colegas europeus inte-ressados nesses campos de pesquisa.

(11)

A atividade científica do LIA MSD,

bem equilibrada entre experiência e teoria, diz respeito a um conjunto de problemas relacionados à mecâni-ca estatístimecâni-ca e à físimecâni-ca não linear. O projeto de pesquisa foca no estudo de meios complexos que revelam o pa-pel predominante da não conservação da energia (dissipação ou ambientes ativos), das não-linearidades, da ani-sotropia, das heterogeneidades, ... Por exemplo, são considerados tanto o grão único ou o gás granular (protó-tipo de sistemas dissipativos visto do ponto de vista da mecânica estatísti-ca) quanto os granulados imersos que são de importância geofísica. Este tra-balho sobre matéria dividida também abrange as espumas e os sistemas ativos (bactérias). Uma série de

es-tudos busca compreender a aparição de padrões em situações tão variadas como a deformação ou a rachadura de materiais granulares coesivos, es-pumas, camadas finas, especialmente anisotrópicas. Por fim, uma grande parte da atividade tem a ver com a geração ou propagação de ondas em ambientes complexos. Os efeitos da microestrutura, do ruído e/ou das não-linearidades são considerados tanto do ponto de vista experimental como teórico.

Padrão formado por grãos flutuando na superfície de um líquido sujeito a uma oscilação vertical além do limiar de instabilidade de Faraday

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Ações do CNRS

| Chile

Luz sobre...

| Brasil

GRAFITE DA CIÊNCIA :

Um conceito inovador de arte e

ciência

MARCIO PORTES DE ALBUQUERQUE MPA@CBPF.BR

O Centro Brasileiro de Pesquisas

Fí-sicas (CBPF), localizado no Rio de Ja-neiro, inaugurou em 8 de junho de 2018, um grafite que cobre inteira-mente uma das paredes da instituição e é dedicado exclusivamente à ciência, tecnologia e inovação. Este evento de arte urbana, único no mundo por sua dimensão, faz parte de um processo de valorização da Ciência no Brasil.

Em um contexto de uma crise

profun-da no financiamento público profun-da pes-quisa no Brasil, é fundamental para os pesquisadores dialogar mais e de uma melhor forma com a sociedade civil, tanto para salvaguardar os fundos atribuídos aos laboratórios quanto para incentivar os jovens a fazerem es-tudos científicos. Além disso, o CBPF já tem uma certa tradição de práticas do tipo «Arte e Ciência», em particular em colaboração com o CERN. O CBPF lançou o projeto Muro da Ciência para lembrar ao público que os resultados da física - como ciência básica - são parte integrante do nosso cotidiano. O iniciador deste projeto é Márcio Portes de Albuquerque, Diretor ad-junto do CBPF.

O CBPF, que depende diretamente do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), desenvolve atividades em ciência bá-sica, pesquisa tecnológica e vulga-rização. Com 70 pesquisadores per-manentes, produz uma média de 300 artigos científicos por ano nas princi-pais revistas de física.

O Muro da Ciência está dividido em

(12)

Uma única artista realizou todo o

tra-balho, em consulta com os líderes do projeto no CBPF. Gabriela L. Tores é carioca, e formada em Artes Plásticas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O grafite cobre 240 m2, foram necessário 110 litros de tin-ta, 600 horas de pintura, e 324 latas de tinta spray.

A figura aparentemente abstrata que domina a área vii) do grafite tem sua origem na formação de um Brasil moderno, no qual a ciên-cia era, e talvez como nunca mais foi, parte de um projeto nacional. As duas pequenas estrias que podem ser vistas na imagem representam uma das descobertas mais impor-tantes da física do século passado, que resultou na fundação de insti-tuições de pesquisa e de financia-mento da pesquisa no Brasil.

Fot

o :

Luiz Bal

tar

O grafite da Ciência tem um site de-dicado (http://www.grafite-ciencia. cbpf.br). Esta realização complemen-tar é essencial para a interatividade com o público.

Pois vários enigmas ou perguntas im-plícitas são divulgados na parede, e o público é convidado a apresentar suas respostas no site a fim de pro-por interpretações ou soluções. Os quebra-cabeças são classificados de «muito fácil» a «extremamente difí-cil», e resolução das mais difíceis será recompensada pelo CBPF.

O projeto também está no Instagram ( https://www.instagram.com/gra-fitedaciencia/) e tem uma página de-dicada no Facebook (https://www. facebook.com/grafitedaciencia/). Entre as 100 figuras escolhidas para ilustrar a seção dedicada aos constru-tores da Ciência, há sete franceses: René Descartes, Blaise Pascal, Émile du Châtelet, Sophie Germain, Marie Curie, Louis Pasteur e Antoine L. de Lavoisier. A disposição dos retratos é inspirada na pintura «Operários» (1933), da pintora modernista brasilei-ra Tarsila do Amabrasilei-ral (1886-1973). Há também 32 pesquisadores brasileiros. A artista incluiu um retrato deixado em silhueta, para evocar todos aque-les que, anonimamente, contribuíram para o progresso do conhecimento, mas também como um convite ao público para tirar uma foto de si mes-mo neste lugar.

A inauguração aconteceu durante

uma mesa redonda na presença do engenheiro e empresário Guy Perel-muter, do químico e jornalista de tele-visão Álvaro Pereira Júnior, da química e pesquisadora Joana D’Arc Félix de Sousa, da professora de física e autora dos trabalhos de vulgarização cientí-fica Elika Takimoto, e da mediação de Ronald Shellard, diretor do CBPF.

O CNRS, através de seu escritório no

Rio de Janeiro, apoiou e participou do projeto. O CBPF, atualmente associado a um Laboratório Internacional Asso-ciado (LIA) em microscopia avançada de biomateriais com o Instituto de fí-sica e química de materiais de Estras-burgo (IPCMS, UMR7504, UNISTRA) Retrato de Marie Curie na zona vi) do

grafite. Ela é uma das 19 mulheres representadas nesta área do muro.

Fot

o :

Luiz Bal

(13)

e está realizando um Projeto Inter-nacional de Cooperação Científica (PICS) sobre o «Controle de biointer-faces para aplicações em engenharia de tecidos ósseos» com o Instituto de ciências de materiais de Mulhouse (UMR 7361), está entre os principais parceiros do CNRS no Brasil.

Além do CNRS, os seguintes par-ceiros apoiaram o projeto: Innova-tion Norway, Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Computação Científica (FACC), Angular Tecnolo-gias, e Hinaje Filmes.

O CNRS, A TRAVES

DO SEU ESCRITÓRIO

NO RIO DE JANEIRO,

APOIOU E PARTICIPOU

DO PROJETO

Fot o : Luiz Bal tar

Luz sobre...

| Brasil

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e o CNRS assinaram em 9 de junho de 2004 em Paris um acordo de coopera-ção para a pesquisa, com o objetivo de implementar a cooperação científica e tecnológica entre pesquisadores do CNRS e pesquisadores do Estado de São Paulo, através do financiamento de projetos conjuntos de pesquisa.

Como funciona?

O programa financia projetos científicos de 2 anos, com uma equipe de pesquisadores do CNRS (ou professores-pesquisadores ou pesquisadores de outras organi-zações de pesquisa afiliadas a uma unidade de pesquisa do CNRS), e uma equipe de pesquisadores do estado de São Paulo. O projeto deve incluir a participação de doutoran-dos. Para submeter um projeto, é necessário depositar um dossiê em inglês (FAPESP) ou francês (CNRS) apresentando o projeto científi-co, escrito em conjunto pelo res-ponsável do projeto da instituição do Estado de São Paulo, e pelo res-ponsável do projeto do CNRS.

Deve incluir os seguintes itens: O projeto científico proposto (esta-do da arte, projeto científico, qualidade e originalidade do projeto, perspecti-vas) e as atividades planejadas dentro do projeto e seu cronograma.

A participação de estudantes/jo-vens pesquisadores nas atividades do projeto (seminários, oficinas, inter-câmbios, escolas de verão, cotutelas).

As missões de intercâmbio a se-rem realizadas pela equipe do CNRS na instituição paulista, e pela equipe paulistana no CNRS.

Uma descrição das contribuições de cada parte, explicando sua experiência na realização das atividades planejadas e o equilíbrio da colaboração.

Indicadores de desempenho para as atividades planejadas indicando os re-sultados esperados.

O valor agregado da colaboração para atingir os objetivos do projeto.

Ações previstas que irão acrescentar

Qual o programa ?

| Brasil

CNRS - FAPESP:

(14)

impacto ao projeto (por exemplo, através de seminários, workshops, escolas temáticas...).

A FAPESP e o CNRS fornecem, cada

um, um financiamento anual de até 5.000,00 euros por projeto para cobrir as despesas de mobilidade relacionadas à pesquisa. Aproximadamente 7 proje-tos são selecionados a cada ano no âm-bito desta chamada de projeto. Desde o lançamento do programa, 88 projetos foram financiados.

Em 2018, 12 projetos estão em anda-mento, abrangendo uma variedade de tópicos: física nuclear e de partícu-las (Estudo das reações nucleares de interesse astrofísico, Supersimetria), ciências do universo (Combinação de dados termocronométricos e detríticos para melhorar os modelos de evolução da paisagem e seus controles tectôni-cos e climátitectôni-cos, Exploração da evolu-ção das galáxias e do meio interestelar utilizando os instrumentos SAM-FP e T80-Sul, Compostos orgânicos voláteis de origem biogênica na megacidade de São Paulo), ciências humanas e sociais (Doutrina aristotélica das emoções), ecologia e meio ambiente (Eco-epide-miologia molecular dos vetores), Ma-temática (Generalização de espaços de configuração, relações entre grupos trançados e grupos quase cristalográ-ficos), química (membranas híbridas contendo nanoclusters para iluminação e detecção, Nanoconvetores biocom-patíveis baseados em híbridos lamelares e compostos híbridos lamelares/polí-meros para a liberação de ingredientes ativos), biologia (Desenvolvimento de vacinas recombinantes contra Strepto-coccus pneumoniae baseadas na toxina

adenilato ciclase de Bordetella pertus-sis), ciências da engenharia e dos siste-mas (Photon/phonon em fibras ópticas afiladas).

Entre os supervisores brasileiros destes projetos estão a Universidade de São Paulo, a Universidade Estadual de Cam-pinas, a Universidade de Franca, a Uni-versidade Federal do ABC e o Instituto Butantan.

A chamada de projetos geralmente

começa em abril e termina no final de julho.

Para maiores informações sobre a chamada de projetos, as modalidades de apresentação, você pode contatar Antonia Alcaraz (antonia.alcaraz@ cnrs.fr) da DERCI do CNRS, ou o escritório da CNRS no Rio.

Desde o lançamento

do programa

en 2018

Projetos em

andamento

12

88

Projetos

financiados

O escritório do CNRS Brasil e Cone Sul organizou em conjunto com o

La-boratório LAAS um seminário sobre o tema da energia, em seus aspectos relacionados à questão das redes (re-des «inteligentes», micro-re(re-des), a Internet das coisas e abordagens de otimização/controle. O workshop foi realizado no Rio de Janeiro em 12, 13 e 14 de março de 2018, e teve o apoio do Instituto Francês do Brasil. Reuniu

25 pesquisadores de 14 instituições do Brasil, Chile e Colômbia, além da dele-gação francesa.

Sobrepondo a uma pequena rede de

colaborações científicas existentes a participação de novos parceiros, os principais objetivos eram incentivar a elaboração de projetos originais, com-binando as habilidades de diferentes pesquisadores, e fortalecer as

colabo-Eventos

MISSÃO PROSPECTIVA

Do laboratorios LAAS e

LAPLACE

Workshop CNRS: « Energia: redes, Internet das coisas e

otimização/controle »

Fot

o : Olivier F

(15)

rações em andamento. Uma primeira sessão dedicada a apresentações ge-rais deu uma visão geral das atividades científicas dos laboratórios LAAS (Liviu Nicu), LAPLACE (Thierry Lebey), LNCC (Artur Ziviani), CMM (Alejandro Jofré), e dos desafios da energia solar no Chile para a interconexão na América Latina (Rodrigo Palma), e do Instituto Serra-pilheira (Hugo Aguilaniu) e seu papel especifico como Fundação na paisa-gem atual do Brasil.

A sessão sobre «Energia para a

Inter-net das Coisas» destacou os desafios em termos de economia de energia nas redes de internet através de uma mel-hor caracterização do tráfego (Philippe Owerzarski), sua modelização (Artur Ziviani), uma linguagem de programa-ção dedicada (Francisco Sant’Anna), o desenvolvimento de redes de baixa potência (Nicola Accettura) ou abor-dagens de Machine Learning (Edmun-do de Souza).

O tema «energia para redes de

distri-buição» foi abordado principalmente por pesquisadores colombianos. Osvaldo Lopez falou da adaptação de conversores de energia a fontes re-nováveis, Fernando Jimenez do acopla-mento de sistemas fotovoltaicos a mi-cro-redes DC e Nicanor Quijano das abordagens de controle distribuído aplicadas a micro-redes. Por fim, a su-pervisão das micro-redes inteligentes foi apresentada por Louise Travé-Mas-suyés do LAAS.

A sessão «Energia: controle e otimiza-ção» foi a mais densa, com oito apre-sentações, tratando por exemplo de estratégias de otimização e modeli-zação para a análise e regulação dos mercados de energia, planejamento e operação de sistemas integrados uti-lizando abordagens estocásticas, ou métodos para eficiência energética de sistemas de controle. Finalmente, uma última sessão tratou de temas relacio-nados ao papel da eletrônica de potên-cia para a integração de fontes renová-veis em larga escala em redes.

Fot

o : Olivier F

udym

A Câmara de Comércio França-Brasil

(CCIFB) e o escritório do CNRS Brasil e Cone Sul, organizaram na quinta-feira, 15 de março de 2018 no Rio de Janeiro o 1º Encontro de Pesquisa, Desenvolvi-mento e Inovação (PD&I), sobre o tema “Energia e Tecnologias Convergentes”. O evento reuniu as principais empre-sas franceempre-sas de energia e petróleo & gás ativas no Brasil, representantes de agências reguladoras e pesquisadores dos laboratórios LAAS e LAPLACE, do Brasil e da Colômbia.

Este encontro era dividido em 4 ofi-cinas pela manhã e 3 mesas redondas temáticas pela tarde. O 1º workshop reuniu representantes da Agência Na-cional de Energia Elétrica (ANEEL), da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que apresentaram um pano-rama atual da PD&I para o setor de Energia e Petróleo & Gás. Essas agê-ncias administram o credenciamento de universidades e a elegibilidade de projetos para obrigações relaciona-das a cláusulas específicas do setor

de investimento em PD&I. A EPE está atualmente em discussão para es-tabelecer uma parceria com a Agen-cia do Meio Ambiente e da Gestão da Energia francesa (Ademe). Nas duas sessões posteriores as empresas fize-ram suas apresentações: EDF Norte Fluminense, ENGIE Brasil, Total E&P Brasil, EDF Energies Nouvelles, VINCI Energies e Voltalia apresentaram suas atividades respectivas e discutiram os desafios de PD&I para fontes de ener-gia convencionais, renováveis e alter-nativas. O quarto workshop destacou, além das atividades dos Laboratórios LAAS e Laplace, exemplos contratuais de colaborações científicas no âmbito de parcerias públicas/privadas.

À tarde, as mesas redondas foram sobre Energia para a Internet das Coisas, a problemática das micro-redes, e os desafios para a Otimização e Controle. Elas aconteceram em paralelo em três salas diferentes e os moderadores estimularam o debate e a troca de experiências entre os participantes.

1ª Encontro CCIFB CNRS:

« PD&I em Energia e Tecnologias Convergentes »

(16)

Eventos

REUNIÃO DAS ACADEMIAS

DAS CIÊNCIAS

Simpósio franco-brasileiro sobre

Biodiversidade

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) vem desenvolvendo atividades

conjuntas com a Académie des Sciences

francesa (AdS) há muitos anos, estimu-lando colaborações em muitos campos temáticos. Após um primeiro seminário

Fot

o :

Gilles Boeuf

Oito sessões diferentes foram organizadas ao longo dos três dias:

Três palestras especiais foram

apre-sentadas.

Em 5 de junho, Gilles Bœuf, começando por evocar a falsa dicotomia homem/ natureza, chamou para uma conscien-tização mundial diante dos riscos atuais de uma sexta extinção em massa. Eric Karsenti apresentou em 6 de jun-ho as atividades de Tara Oceans relati-vas ao funcionamento e à evolução dos ecossistemas marinhos, insistindo no fato de que, neste campo, «geralmente há mais cooperação do que competi-ção».

Por fim, em 7 de junho, Adalberto Val, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e coordenador do simpósio, falou sobre a biodiversidade escondida nas águas amazônicas.

No âmbito da sessão sobre cooperação científica, Olivier Fudym falou sobre a contribuição da cooperação científica franco-brasileira para a biodiversidade, apresentando em particular um panorama das principais parcerias do CNRS no Brasil e no Cone Sul sobre este tema.

organizado no Rio de Janeiro em se-tembro de 2017, a ABC organizou um Simpósio Franco-Brasileiro sobre

Biodi-versidade em Manaus, de 5 a 8 de junho de 2018, em cooperação com a AdS.

Sessão

3

:

Biodiversidade e

saúde em áreas urbanas

Sessão

4

:

Impactos do uso da terra, das mudanças climáticas e da globalização na biodiversidade

Sessão

6

:

Impactos da biodiversidade na saúde humana

Sessão

1

:

Biodiversidade e Ciências Básicas

Sessão

2

:

Biologia Evolutiva:

Implicações para a Biodiversidade

(17)

O seminário de lançamento do

Labo-ratório Internacional Associado «Física Subatômica: da teoria às aplicações» foi realizado em 12 e 13 de junho de 2018 em São José dos Campos, no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). A sessão de abertura contou com a pre-sença de Olivier Fudym e do diretor do ITA, e foi uma oportunidade para relembrar a gênese do laboratório. As sessões de trabalho discutiram os in-tercâmbios franco-brasileiros sobre a teoria e aplicações da física nuclear, e o seminário foi encerrado com uma síntese e uma discussão geral sobre os projetos futuros do LIA.

Esse LAI do Instituto nacional de fí-sica nuclear e de fífí-sica das partículas do CNRS, sob a supervisão da Univer-sidade Paris Sud, reúne, em Orsay, o Institut de Physique Nucléaire (IPN), o Laboratoire de l’Accélérateur Linéaire (LAL) e o Centre de Sciences Nucléaires et de Sciences de la Matière (CSNSM), e em Caen, o Grand Accélérateur Na-tional d’Ions Lourds (GANIL), entidade conjunta CNRS – CEA (Commissariat à l’Énergie Atomique et aux Énergies Al-ternatives).

Outros laboratórios do CNRS estão envolvidos na parceria: o Centre de re-cherche sur les Ions, les Matériaux et la Photonique (CIMAP) e o Laboratoire de Physique Corpusculaire (LPC) da Universidade de Caen, o Institut Plu-ridisciplinaire Hubert Curien (IPHC) da Universidade de Estrasburgo, o Institut

de Physique Nucléaire (IPNL) da Uni-versidade de Lyon e o Laboratoire de Physique Subatomique et Cosmologie (LPSC) da Universidade de Grenoble. No Brasil, os órgãos supervisores são o Instituto Tecnológico de Aeronáu-tica (ITA, Ministério da Defesa) de São José dos Campos, a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Esta-dual Paulista (UNESP) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares da Comissão Nacional de Energia Nuclear (IPEN - CNEN), no Estado de São Paulo.

Os coordenadores do LIA são Jaume

Carbonell, diretor de pesquisa do INP d’Orsay e Tobias Frederico, professor do ITA. O objetivo é desenvolver e for-talecer projetos científicos franco-bra-sileiros sobre os seguintes temas:

Física Nuclear Experimental: Reações de interesse astrofísico, Núcleos halo ;

Física Nuclear Aplicada: Radioisóto-pos, Fusão, Rádio Dosimetria, Neutrino de reator ;

Física Teórica: EFT, Reações Nucleares, Física de Hádrons ;

Formação de estudantes à pesquisa.

SEMINÁRIO DE LANÇAMENTO

LIA “Física Subatômica”

Eventos

Antoine Petit, nomeado Presidente do CNRS em janeiro, visitou o Chile de 8 a 12 de abril de 2018. Esta viagem, também organizada no âmbito de eventos rela-cionados ao INRIA e ao IHEST, foi uma oportunidade de conhecer nossos prin-cipais parceiros no país:

No ESO (European Southern Obser-vatory), Antoine Petit encontrou com Claudio De Figueiredo Melo, Diretor do Office for Science no Chile, para discutir os vários projetos nos quais os pesquisadores do CNRS estão asso-ciados através de grandes instalações de observação e o desenvolvimento de instrumentos: o Very Large Telescope (VLT), o observatório de rádio milimé-trico ALMA, e recentemente o projeto Extremely Large Telescope (ELT), um telescópio de 39 m de diâmetro que será instalado no Cerro Armazones, a 25 km de Paranal, e para o qual a óptica adaptativa tem um papel predominante. Na Universidade do Chile, durante vários eventos e reuniões, o Presidente do CNRS se reuniu com o Reitor Ennio

Vivaldi, Eduardo Vera (Diretor de rela-ções internacionais), Alejandro Maass, Diretor da CMM (a primeira UMI do CNRS em 2000!), Andrés Escala, Dire-tor da UMI de astronomia, assim como muitos pesquisadores que dirigem projetos com o CNRS. A Universidade do Chile tem parcerias importantes em matemática aplicada, física, astro-nomia, química, sismologia, biologia e CHS (geografia, direito, comunicação, arqueologia).

Na Universidade Católica do Chile (PUC), Antoine Petit também encontrou com o Reitor Ignacio Sánchez, Juan Correa (Reitor da Faculdade de Ciências Biológicas), Sylvain Faugeron, Diretor adjunto da UMI EBEA. Os pesquisadores do CNRS desenvolvem atividades com a PUC principalmente nas áreas de biologia marinha, biologia, bioacústica, astronomia e CHS. Após essas reuniões, o CNRS apoiou a apresentação pela PUC de um projeto no âmbito do programa CORFO “Ciência 2030”.

VISITA DO PRESIDENTE

Do CNRS no Chile

9 de abril - Visita à Mina de Cobre «El Teniente» e seu Centro de Operações Remotas

(18)

CNRS

Rio

Diretor

OLIVIER FUDYM,

olivier.fudym@cnrs.fr

Responsável pela cooperação científica

LAURA PERSON,

laura.person@cnrs.fr

Responsável pela cooperação científica

ALEXIS LENOIR,

alexis.lenoir@cnrs.fr

Respons’vel pela cooperação científica na América do Sul

ANTONIA ALCARAZ,

Antonia.alcaraz@cnrs-dir.fr

Adjunto do diretor da DERCI

JEAN THÈVES,

Jean.theves@cnrs-dir.fr

DERCI

(19)

Referências

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