• Nenhum resultado encontrado

QUANTIFICAÇÃO DA REGURGITAÇÃO AÓRTICA PELA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA CARDÍACA.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "QUANTIFICAÇÃO DA REGURGITAÇÃO AÓRTICA PELA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA CARDÍACA."

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

CARDÍACA. QUAL O PLANO DE CORTE IDEAL

PARA MEDIDA DO FLUXO? ESTUDO CLÍNICO

UNICÊNTRICO.

TRAD, HS; GALI, AMAS; KOENIGKAM-SANTOS,

M; BRAGGION-SANTOS, MF; VOLPE, GJ;

MACIEL, BC; SCHMIDT, A.

(2)

Introdução

•  A avaliação da regurgitação aórtica (RAO) por

ressonância magnética cardíaca (RMC) já foi descrita e

bem estabelecida(1-4), com estudos recentes

demonstrando inclusive seu valor prognóstico(5, 6). A

sequência de contraste de fase é uma grande vantagem

da RMC, que permite a avaliação direta de fluxo a partir

das propriedades físicas dos prótons em movimento pelo

campo magnético(4, 7). A determinação do fluxo

transvalvar com cálculo do volume regurgitante pela

técnica de contraste de fase é considerada a única

sequência de medida direta de fluxo, com boa acurácia

em estudos in vivo e in vitro, apesar das considerações

dos erros inerentes ao método(8).

(3)

Introdução

•  Análises foram feitas também em relação ao plano de

corte na aorta ascendente(9, 10), sendo considerado o

plano acima da válvula como o ideal para o cálculo do

fluxo. Entretanto, alguns autores tem demonstrado

recentemente variações significativas nos volumes

aferidos dependendo do plano de corte em ensaios

clínicos(11, 12), e esse assunto continua sem definição

na literatura.

•  Também recentemente, com a difusão das técnicas de

implante transcateter de valva aórtica (TAVI), tem sido

demonstrada a presença e evolução de refluxo

periprótese nos pacientes pós-procedimento(13, 14).

Nesses pacientes, o estudo de fluxo na região valvar e

supravalvar fica impedido pela presença de artefatos da

prótese.

(4)

Objetivos

•  Comparar os volumes anterógrado e retrógrado,

bem como a fração regurgitante, obtidos em 3

pontos distintos, na via de saída do ventrículo

esquerdo abaixo da válvula (VSVE), acima da

válvula e abaixo da junção sinotubular (JST) e na

aorta ascendente (Ao), em portadores de RAO

isolada, com diferentes graus de gravidade.

(5)

Materiais & Métodos

•  95 pacientes com RAO isolada foram analisados por RMC,

entre 2010 e 2014, no Hospital das Clínicas da Faculdade de

Medicina de Ribeirão Preto.

•  Realizadas sequências específicas para avaliação de função

cardíaca com técnica cine SSFP nos diversos planos

cardíacos.

•  Foram realizadas sequências de fluxo com a técnica de

contraste de fase, programadas a partir de sequências cine

sagital e coronal da via de saída do ventrículo esquerdo, com

as seguintes localizações (Figura 1):

•  VSVE: logo abaixo da válvula aórtica na via de saída do ventrículo

esquerdo

JST: acima do plano valvar e abaixo da junção sinotubular

•  Ao: aorta ascendente acima da junção sinotubular

(6)

Materiais e Métodos

•  Correlação de Pearson e testes de t de Student

pareados foram realizados entre os valores de

fluxo anterógrado, retrógrado e fração

regurgitante dos diversos planos de corte

avaliados, com o nível de significância

estabelecido em 5%.

(7)

Ao JST VSVE

Figura 1. Prescrição dos planos de corte das sequências de fluxo a

partir das sequências de cine da via de saída do VE.

(8)

Resultados

•  Foram selecionados 95 pacientes, sendo 60 do sexo

masculino e 35 do feminino, com idade média de 55,3

anos. Foram encontrados 8 pacientes com valva aórtica

bicúspide.

•  As correlações entre os volumes anterógrados,

retrógrados e a fração regurgitante foram significativas

(p<0.0001) com r variando entre 0,83 e 0,96 para o grupo

todo. No que tange aos volumes aferidos, não houve

diferença estatística nos volumes aferidos nos três planos

analisados (Figuras 2 e 3).

Nos oitos casos com valva bicúspide, quando analisados

isoladamente, também não houve diferença

estatisticamente significativa nos volumes e frações

regurgitantes entre os três planos analisados.

(9)

Figura 2. Distribuição das medidas de fluxo nos diversos planos

propostos. A: volume anterógrado; B: volume regurgitante; C: fração

regurgitante.

A B

C

(10)

R=0,83

P<0,001

R=0,96

P<0,001

Figura 3. Curvas de correlação. A: fração regurgitante VSVE x

JST; B: volume regurgitante Ao x JST.

A B

(11)

Discussão

•  Apesar de todas as considerações técnicas já expostas na

literatura(8-12), pela ausência de um padrão ouro para análise

comparativa em ensaios clínicos, a sequência de contraste de

fase permanece como única alternativa de quantificação direta

de fluxo vascular. Além disso, é necessário considerar que o

cenário clínico difere em muito dos estudos controlados in

vitro, onde diversas variações anatômicas e fisiológicas podem

interferir na aquisição e análise dos dados.

•  Nessa coorte de 95 casos, não encontramos diferença

significativa nos diversos planos de medida propostos na aorta

ascendente. Isso sugere que a sequência pode ser utilizada

em outros planos de corte na aorta, nos casos de RAO, sem

prejuízo do significado da medida. Ensaios clínicos

multicêntricos são necessários para corroborar essa

conclusão.

(12)

Discussão

•  Com o aumento dos implantes de valva aórtica e a

demonstração da presença do refluxo periprótese no pós-

operatório, é importante a definição de uma ferramenta

diagnóstica acurada para seguimento. Em estudo

recente, Ribeiro et al(15) demonstrou avaliação

insuficiente da ecocardiografia transtorácica na avaliação

da regurgitação periprótese pós-TAVI. A demonstração de

que os planos de corte alternativos não apresentam

variação significativa na RAO coloca a análise pela RMC

como método diagnóstico central no segmento pós-

procedimento.

(13)

Conclusão

•  A obtenção de valores similares de fluxo sugere

que, na RAO, em casos onde houver

impossibilidade técnica no local tradicionalmente

utilizado (JST), medidas confiáveis podem ser

obtidas em planos de corte alternativos.

(14)

•  1.Cawley PJ, Maki JH, Otto CM. Cardiovascular magnetic resonance imaging for valvular heart disease: technique and validation. Circulation. 2009;119(3):468-78.

•  2.Didier D, Ratib O, Lerch R, Friedli B. Detection and quantification of valvular heart disease with dynamic cardiac MR imaging. Radiographics : a review publication of the Radiological Society of North America, Inc. 2000;20(5):1279-99; discussion 99-301.

•  3.Goffinet C, Kersten V, Pouleur AC, le Polain de Waroux JB, Vancraeynest D, Pasquet A, et al. Comprehensive assessment of the severity and mechanism of aortic regurgitation using multidetector CT and MR. European radiology. 2010;20(2):326-36.

•  4.Myerson SG. Heart valve disease: investigation by cardiovascular magnetic resonance. Journal of cardiovascular magnetic resonance : official journal of the Society for Cardiovascular Magnetic Resonance. 2012;14:7.

•  5.Myerson SG, d'Arcy J, Mohiaddin R, Greenwood JP, Karamitsos TD, Francis JM, et al. Aortic regurgitation quantification using cardiovascular magnetic resonance: association with clinical outcome. Circulation. 2012;126(12):1452-60.

•  6.Mojazi-Amiri H, Pai RG. Prognostic value of cardiac magnetic resonance imaging in patients with aortic regurgitation. Future cardiology. 2013;9(1): 9-12.

•  7.Lotz J, Meier C, Leppert A, Galanski M. Cardiovascular flow measurement with phase-contrast MR imaging: basic facts and implementation. Radiographics : a review publication of the Radiological Society of North America, Inc. 2002;22(3):651-71.

•  8.Gatehouse PD, Rolf MP, Graves MJ, Hofman MB, Totman J, Werner B, et al. Flow measurement by cardiovascular magnetic resonance: a multi- centre multi-vendor study of background phase offset errors that can compromise the accuracy of derived regurgitant or shunt flow measurements. Journal of cardiovascular magnetic resonance : official journal of the Society for Cardiovascular Magnetic Resonance. 2010;12:5.

•  9.Chatzimavroudis GP, Walker PG, Oshinski JN, Franch RH, Pettigrew RI, Yoganathan AP. The importance of slice location on the accuracy of aortic regurgitation measurements with magnetic resonance phase velocity mapping. Annals of biomedical engineering. 1997;25(4):644-52.

•  10.Chatzimavroudis GP, Walker PG, Oshinski JN, Franch RH, Pettigrew RI, Yoganathan AP. Slice location dependence of aortic regurgitation

measurements with MR phase velocity mapping. Magnetic resonance in medicine : official journal of the Society of Magnetic Resonance in Medicine / Society of Magnetic Resonance in Medicine. 1997;37(4):545-51.

•  11.Hamilton-Craig C, Cawley P, Chaturvedi A, Wilson G, Kerwin W, Otto C, et al. Quantification of aortic regurgitation and stroke volume by CMR - variation due to slice plane position. It matters where you measure! Journal of Cardiovascular Magnetic Resonance. 2011;13(Suppl 1):P203.

•  12.Iwamoto Y, Inage A, Tomlinson G, Lee KJ, Grosse-Wortmann L, Seed M, et al. Direct measurement of aortic regurgitation with phase-contrast magnetic resonance is inaccurate: proposal of an alternative method of quantification. Pediatric radiology. 2014;44(11):1358-69.

•  13.Merten C, Beurich HW, Zachow D, Mostafa AE, Geist V, Toelg R, et al. Aortic regurgitation and left ventricular remodeling after transcatheter aortic valve implantation: a serial cardiac magnetic resonance imaging study. Circulation Cardiovascular interventions. 2013;6(4):476-83.

•  14.Sherif MA, Abdel-Wahab M, Beurich HW, Stocker B, Zachow D, Geist V, et al. Haemodynamic evaluation of aortic regurgitation after transcatheter aortic valve implantation using cardiovascular magnetic resonance. EuroIntervention : journal of EuroPCR in collaboration with the Working Group on Interventional Cardiology of the European Society of Cardiology. 2011;7(1):57-63.

•  15.Ribeiro HB, Le Ven F, Larose E, Dahou A, Nombela-Franco L, Urena M, et al. Cardiac magnetic resonance versus transthoracic echocardiography for the assessment and quantification of aortic regurgitation in patients undergoing transcatheter aortic valve implantation. Heart. 2014;100(24): 1924-32.

Referências

Documentos relacionados

A maioria dos tomaticultores da RAV não recebem assistência técnica e/ou orientação de profissionais da área agrícola e não observam o período de carência dos agrotóxicos,

A agricultura urbana tem capacidade de proporcionar conhecimento e habilidades (básicas) para trabalho e os impactos sociais proporcionado às famílias envolvidas nesta

Foram inclusas na pesquisa apenas recém-nascidos vivos cadastradas no SINASC por fichas de declaração de nascido vivo de mães residentes no município de Rio Branco/AC

Outcomes with post-dilation following transcatheter aortic valve replacement: the PARTNER I trial (placement of aortic transcatheter valve). JACC

Figure 1 – Flowchart of this study. TAVI: transcatheter aortic valve implantation; VD-RA: Videodensitometric of aortic regurgitation; TEE: transesophageal echocardiography..

The transcatheter aortic valve implantation has become a therapeutic option for patients with symptomatic severe aortic stenosis and high risk for conventional valve

Transcatheter aortic valve implantation for the treatment of severe symptomatic aortic stenosis in patients at very high or prohibitive surgical risk: acute and late outcomes of

All the patients submitted to totally percutaneous endovascular repair (PEVAR) of aortic diseases and transcatheter aortic valve implantation since we started the total