• Nenhum resultado encontrado

Arq. Gastroenterol. vol.43 número1

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Arq. Gastroenterol. vol.43 número1"

Copied!
1
0
0

Texto

(1)

v. 43 – no.1 – jan./mar. 2006 Arq Gastroenterol

Em 26 de dezembro de 2005 faleceu, aos 90 anos, o Prof. José Fernandes Pontes.

A Gastroenterologia sofreu uma grande perda. Nascido em Espírito Santo do Pinhal, Estado de São Paulo, em 24 de fevereiro de 1915, depois De freqüentar o curso secundário no Liceu Rio Branco e complementar no antigo Colégio Universitário, ingressou, em 1935, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde se graduou em 1940. Essa turma de 82 formandos consagrou-se por produzir forte densidade de grandes luminares da nossa Medicina, como: Michel Abu Jamra, Alberto Carvalho da Silva, Rui Ferreira Santos, Carlos da Silva Lacaz, Mozart Tavares de Lima Filho, Henrique Mélega, Júlio Kieffer, Octávio Germeck, Alvaro Dino de Almeida, Luiz Gustavo Wertheimer, Marino Lazzareschi, Gulherme Curban, Helio Lourenço de Oliveira, Ennio Botelho Perrone, José de Arruda Botelho, Oswaldo Mellone, José Maria Ferreira, Walter Bomfim Pontes, todos com rica biografia como foi a do Prof. José Fernandes Pontes.

Seu pendor para a especialidade nasceu em 1940, quando estagiário do Ambulatório de Gastroenterologia da Santa Casa de São Paulo, chefiado pelo Dr. Levy Sodré, onde elaborou seu primeiro trabalho sobre Amebíase, publicado com Jamra M, e Silva AC.

Defendeu sua Tese de Doutoramento em janeiro de 1947 e imediatamente, em maio do mesmo ano realizou o concurso de Livre-Docência em Clínica Médica.

Em 19 de abril de 1944, as cadeiras clínicas instaladas na Santa Casa de São Paulo foram transferidas para o novel Hospital das Clínicas. Com o apoio dos Prof. Cantídio de Moura Campos e Benedito Montenegro e do Dr. Alberto Carvalho da Silva, Assistente da Cátedra de Fisiologia do Prof. Franklin de Moura Campos, criou pequeno laboratório no 9o andar – na 3a Clínica Cirúrgica - depois transferido

para a Cátedra de Terapêutica Clínica – na sala 3025 do 3o andar. Esse Serviço expandiu-se, ganhando espaço e

novos membros, sendo oficializado pela Administração do Hospital das Clínicas em 5 de maio de 1949. Com forte apoio do Prof. Cantídio, aí criou o consistente Grupo de Gastroenterologia, graças a sua força aglutinadora, espírito

de dedicação, determinismo e as suas relações sociais e empresariais, de quem obteve muito suporte econômico para criar laboratórios modernamente equipados para análises clínicas e pesquisas.

Dentro do Hospital das Clínicas, foi pioneiro em criar setores para estudos e pesquisas, unindo os componentes em grupos: esôfago, estômago e duodeno (José de Souza Meirelles Filho e Agostinho Bettarello), intestino delgado e cólons (José Vicente Martins Campos), Proctologia (José Tiago Pontes), pâncreas e absorção intestinal (Dirceu Pfuhl Neves), vias biliares (Vinício P. Conte), fígado e circulação portal (Luiz Caetano da Silva), Medicina Psicossomática (Heladio Francisco Capisano), Peritonioscopia e Laparofotografia (Mitja Polak), Laboratório Clínico (Waldemar Podolsky, João O. Martinez, Henrique Elkis e Wolfgang Rothstein), funções gerais (Scharif Kurban, Arnaldo de Godoy e Naum Kusminski).

Foram também seus estagiários, jovens médicos que se tornaram nomes de grande destaque na Medicina brasileira, como Roberto Santos, Luiz Rachid Trabulsi, Wilhelm Kenzler, Alvaro Oscar Campana, Naum Kusminsky, Jayme Scherb, Luiz de Paula Castro, Jeronimo Martins Andrade, Claudio Montenegro Castelo Branco, Gilberto Rebouças, Edesio Rocha Barreto, Milton Pecis Abramovich, Henrique Elkis, José Aristodemo Pinotti, entre muitos outros. No exterior, destacaram-se: Hernan Espejo Romero do Peru e Miguel Marchese de Buenos Aires.

Essa verdadeira escola realizou inúmeros e importantes trabalhos em todos os setores da Gastroenterologia. Publicou estudos marcantes que tiveram grande influência no progresso da Gastroenterologia. O Prof. Pontes conta com inúmeros seguidores em todos os quadrantes do País também criadores de pólos que promoveram o progresso da especialidade.

Sua esposa, dona Lélia, teve importante papel como companheira solidária de todos os momentos.

* Professor Emérito da Universidade de São Paulo.

Prof. Henrique Walter

PINOTTI*

A TRAJETÓRIA ACADÊMICA

E CIENTÍFICA DO PROF. PONTES

IN

MEMO

R

IA

Referências

Documentos relacionados

Analyzing clinical and endoscopic features we observe two different groups of patients: group I - patients with a striped form of endoscopic presentation (watermelon stomach) or

In conclusion, we found more intense alterations of esophageal motility in older patients with Chagas’ disease than in younger patients, all with similar radiological and

Aim - To check the prevalence of p21 protein expression in patients with esophageal adenocarcinoma diagnosed in the last 5 years by the Group for Surgeries of the Esophagus

In conclusion, the fi ndings of the present study suggest that iron does not play a primary role in the physiopathogeny of NASH, since the prevalence of HFE mutation in patients with

Group III (nitrate/ketoprofen): animals that received 2mM solution of isosorbide dinitrate intragastric by gavage and ketoprofen intravenous. Later on, these animals were sacrifi

Assessment of long-term results and complications of the operation remains unknown, several studies reported chronic postoperative pain (4) , recurrent prolapse (9, 16) and

Em sua vida acadêmica obteve a titulação de Livre-Docência pela Universidade de São Paulo e laureado pela Academia Nacional de Medicina do Brasil e do Chile, além de receber

Manteve-se na Clínica Médica, incluiu a Psicanálise como referencial de compreensão da pessoa e de seu processo de adoecer, mas não reduziu a Psicossomática à PsicanáliseR. Dentro