• Nenhum resultado encontrado

Rev. Bras. Enferm. vol.25 número4

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Rev. Bras. Enferm. vol.25 número4"

Copied!
2
0
0

Texto

(1)

ATUAÇÃO DA ENFERMElltA NA ASSIST:NCIA A PACIENTES PORTADORES DE ESTENOSE CAUSTICA DO ESôFAGO

Denise R . Cardoso de Campos '

Em 1 9 69 o desejo de realizar uma pesquisa em enfermagem nos levou a selecionar um tema dentro da disciplina Enfermagem Ci­ rúrgica . Após muitas observações e identificação de problemas de enfermagem nas diversas áreas desta disciplina, nos fixamos no es­ tudo de pacientes submetidos a tratamentos endoscópicos . Talvez este interesse tenha suas bases no período em que fazíamos o Curso de Enfermagem, quando t'vemos a oportunidade de cuidar desses pacientes ; seus problemas, j á naquela época, nos causaram profun­ da impressão e nossa pouca experiência e conhecimento para en­ tendê-los e resolvê-los adequadamente aumentaram nosso interesse . Dentre os pacientes submetidos a tratamentos endoscópicos, fomos atraídos por aqueles que ingeriram soda cáustica com inten­ ção propositada de suicídio . Tais pacientes trazem consigo uma série de problemas de dificil solução para eles e enfrentam não só as conseqüências do erro ( especificamente a estenose do esôfago ) como um tratamento traumatizante, demorado e de prognóstico muito relativo quanto à cura .

Foi feito um levantamento bibliográfico de 1966 a 1 9 7 1 , com o objetivo de explorar o que fora escrito sobre tais pacientes . Os artigos escritos por médicos endoscopistas versavam sobre o tra­ tamento conservador e cirúrgico do esôfago . Os escritos por enfer­ meiros S' referiam aos aspectos administrativos dos serviços de endoscopia . Não foi encontrada referência sobre os problemas bio­ -psico-sociais de pacientes com tal afecção . Ora, sem esse conhe­ cimento tornar-se-ia difícil tentar qualquer planejamento de assis­ tência de enfermagem . Nesse mesmo ano de 1 9 69 decidimos realizar estudo sobre "Atuação da enfermeira na assistência a pacientes por­ tadores de estenose cáustica do e sôfago" . A prímeira fase da pes­ quisa constou de um período de observação acurada sobre as

(2)

232 REVIST A BRASILEIRA DE ENFERMAGEM

ções da enfermeira, o tratamento médico e o comportamento dos pacientes ; com estes últimos foram feitas, a partir de setembro da­ quele ano, entrevistas informais . Essas entrevistas tinham por obje­ tivo localizar as áreas de maior dependência da enfermagem, e por meio delas colher informações significativas sobre a necessida­ de de comunicação, de apoio emocional e compreensão e de orien­ tação à vida .

Nessa fase desconhecíamos as implicações psico-biológicas do paciente . Foi elaborado um formulário para melhor direção da en­ trevista e fixação do conteúdo . Este formulário passou por várias reformulações até que um deles nos colocou diante de problemas decorrentes das necessidades básicas afetadas pelo acidente e neste nos detivemos .

Nosso teste piloto, com uma amostra de 1 4 pacientes, foi rea­ lizado no Hospital das Clínicas da FMUSP, de setembro de 1969 a agosto de 1970 .

Uma vez organizado nosso plano, fomos orientados a nos ser­ vir também de outros hospitais da Capital onde os p acientes do nosso interesse acorriam em maior número .

A amostra estudada constará de 40 pacientes e nos levará a determinar as áreas nas quais a ingestão p ropositada do cáustico podera causar maiores transtornos, permitin do-nos especificar os tipos de p roblemas encontrados . Isto nos levará a uma identifica­ ção de todos os aspectos de uma assistência de enfermagem adequa­ da a esses pacientes, tendo por objetivos :

a ) prevenir possíveis p roblemas decorrentes do acidente ; b ) ajudar o p aciente e a família a resolver os problemas cspecificos ;

Referências

Documentos relacionados

Das 58 respostas, uma foi desprezada, por conter dados globais referentes a todos os alunos matriculado; nos cursos para as diversas qualificações pro­

A seguir formulamos várias hipóteses, procurando comprová­ -las pelas respostas a dois questionários, distribuídos a diretores e docentes ( Anexo 1). Para esta

A qualidade é avaliada pelo tipo de cuidado que é prestado ao paciente, análise das suas neces­ sidades, ensino e orientação que recebe, prevenção de defeitos

Terá seu lugar definido como curso superior, tendendo para a pós-graduação em busca de uma maior qualificação para o planejamento, a realização de tarefas

Com relação à não valorização do trabalho e má distribuição de tarefas para o Auxiliar de Enfermagem, observamos que isto acontece principalmente quandu a

A fim de minimizar as conseqüências da insuficiência de pessoal, houve um movimento da ABEn no sentido de intensificar a formação do pessoal onde foi possível

a ) O grau de conhecimentos específicos relativos ao Técnico de Enfermagem, de enfermeiras em exercicio de funções con side­ radas representativas em relação ao

Há necessidade de termos noções firmes e basilares de Socio­ logia e Psicologia, para enten dermos o homem como unidade bio­ social, dentro d a sociedade, com