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PROF.ª PATRÍCIA STRAUSS e PROF.ª MAITÊ DAMÉ

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DIREITO CIVIL

PROF.ª PATRÍCIA STRAUSS e PROF.ª

MAITÊ DAMÉ

(2)

2

SUMÁRIO

DIREITO DE FAMÍLIA

01. Casamento ... 4

02. Regime de bens ... 10

03. União estável ... 13

04. Dissolução do vínculo conjugal e Guarda... 15

05. Parentesco ... 18

06. Filiação e Reconhecimento dos filhos ... 19

07. Alimentos ... 22

08. Sucessão em geral ... 25

09. Aceitação e renúncia ...28

10. Exclusão da Sucessão ... 30

11. Sucessão legítima: ordem da vocação hereditária ... 32

12. Sucessão testamentária ... 35

13. Ritos do inventário ... 37

PARTE ESPECIAL 01. Contratos: Disposições Preliminares ...38

02. Formação dos contratos ... 40

03. Evicção ... 41

04. Vícios redibitórios ... 43

05. Extinção do contrato ... 45

06. Contrato de compra e venda ... 47

07. Contato de Doação ... 49

08. Contrato de Empréstimo: Comodato e mútuo ... 51

09. Direito das Coisas: Posse ... 52

10. Direito das Coisas: Efeitos da Posse ... 56

11. Direito das Coisas: Usucapião ... 60

12. Responsabilidade Civil: atos ilícitos e excludentes ... 65

13. Responsabilidade Civil: da obrigação de indenizar ...67

14. Direito das obrigações ... 71

15. Modalidades de obrigações ...76

16. Adimplemento das obrigações ...79 PARTE COMUM

(3)

3 01. Pessoa natural: capacidade, incapacidade, tutela e curatela, direitos de

personalidade ...82

02. Direitos de personalidade ... 87

03. Domicílio ... 89

03. Pessoa Jurídica ... 91

05. Bens jurídicos ... 93

06. Bem de família ... 96

07. Negócio Jurídico ...97

08. Prescrição e decadência ... 102

Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso intensivo para a 1ª Fase OAB e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso, recomenda-se que o aluno acompanhe as aulas

acompanhado da legislação pertinente.

Bons estudos, Equipe CEISC.

Atualizado em agosto de 2021.

(4)

4 ROTEIRO DE ESTUDOS – 1ª FASE OAB INTENSIVO

DIREITO CIVIL Prof.ª Maitê Damé Prof.ª Patrícia Strauss

FAMÍLIA E SUCESSÕES

01. Casamento

Prof.ª Maitê Damé

@maitedame Casamento

É um negócio jurídico de ordem privada, considerado um contrato.

Há a possibilidade de responsabilidade civil em razão do rompimento injustificado da promessa de casar-se, chamados esponsais.

Requisitos para a responsabilização

*esquema

O dano moral só se configura quando ultrapassar os dessabores de um rompimento normal de uma relação.

Os danos materiais se configuram quando houverem despesas prévias com a realização do casamento.

Espécies de casamento

 Arts. 1.511 e seguintes do Código Civil.

*esquema Promessa de casamento;

Rompimento injustificado da promessa de casar-se;

Dano (moral ou material);

Nexo de causalidade entre o dano sofrido e o rompimento injustificado.

Puramente religioso Puramente civil

Religioso com efeitos civis

(5)

5 Art. 1.512, do Código Civil. O casamento é civil e gratuita a sua celebração.

Puramente religioso:

Obedece as normas religiosas e não tem ligação com o direito civil.

Puramente civil

Obedece às normas da legislação para que tenha validade.

*esquema

Habilitação matrimonial

A habilitação deverá ser feita perante o cartório de registro civil das pessoas naturais.

Tem o objetivo de verificar a capacidade para o casamento, situações de impedimento matrimonial, causas suspensivas que imponham determinado regime de bens e definição do regime de bens.

Edital de proclamas: fixado no cartório de registro civil por 15 dias e deve ser publicado na imprensa de local de domicílio dos nubentes

Publicado o edital de proclama, se não houver objeções, o oficial do registro civil encaminha ao Ministério Público para dar parecer favorável a realização do casamento.

Certificado de habilitação: validade de 90 dias para celebrar o casamento.

Celebração de casamento

Nos termos da lei civil será realizado por um juiz de paz.

Não é permitida dúvida na manifestação da vontade do casamento, podendo ensejar a suspensão da celebração, que não poderá continuar no mesmo dia.

Deverá ser realizada em local de portas abertas.

Testemunhas

Habilitação

matrimonial Celebração do

casamento Registro

(6)

6 2 se for dentro do cartório.

4 se for fora do cartório ou se uma das partes não puder/souber escrever.

Registro

O oficial de registro civil deve proceder o registro logo após a celebração do casamento.

Religioso com efeitos civis

Obedece às normas civis para a validade do casamento.

Poderá ocorrer de duas formas:

*esquema

Neste caso, a celebração deverá ser realizada dentro de 90 dias.

*esquema

Neste caso, a habilitação poderá ocorrer a qualquer tempo.

 Independentemente da espécie, produz efeitos a partir da celebração.

Casamento por procuração

O casamento pode ser celebrado por procuração.

Mediante instrumento público.

Indicando poderes especiais para o casamento.

A procuração terá eficácia por 90 dias.

Pode ser anulado:

Art. 1.542. § 1º, do Código Civil. A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da revogação, responderá o mandante por perdas e danos.

Habilitação

matrimonial Celebração do

casamento Registro

Celebração do

casamento Habilitação

matrimonial Registro

(7)

7 Casamento nucomopativo

Ocorre quando um dos nubentes está em iminente risco de morte, mas em pleno gozo da saúde mental.

Art. 1.540, do Código Civil. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.

Capacidade para contrair matrimonio

A capacidade para o casamento inicia aos 16 anos.

Dos 16 aos 18 anos: com autorização de ambos os genitores.

Se houver divergência: autorização ou suprimento judicial e o regime será o da separação obrigatória de bens.

Se o menor for emancipado, não precisa de autorização judicial.

Art. 1.520, do Código Civil. Não será permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade núbil, observado o disposto no art. 1.517 deste Código

*esquema

Impedimentos matrimoniais

Art. 1.521, do Código Civil. Não podem casar:

I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;

II - os afins em linha reta;

Impedimentos matrimoniais

• Art. 1.521 do CC.

• Não podem casar.

• O casamento será nulo.

Causas suspensivas

• Art. 1.523 do CC.

• Não podem casar.

• Imposição do regime de separação obrigatória de bens.

(8)

8 III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante.

IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;

V - o adotado com o filho do adotante;

VI - as pessoas casadas;

VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.

Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz.

Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de algum impedimento, será obrigado a declará-lo.

Causas suspensivas

Art. 1.523, do Código Civil. Não devem casar:

I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;

II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;

III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;

IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.

Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.

Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins.

(9)

9 Planos de existência, validade e eficácia do casamento

*esquema

*esquema

Existência

•Duas pessoas

•Manifestação

•Casar

•Juiz de paz

Validade

•Válido/inválido

•Nulo/anulável

Eficácia

•Celebração

Invalid ade do casame nto

Anulabilidade -

1550, CC - produz efeitos até a declaraçaõ de

nulidade

Quem não completou idade núbil - 16 anos

180 dias - ao fazer 16 anos (para o menor) e da celebração (para os

pais) 1.560, §1 + 1.553 (confirmação)

Menor em idade núbil, sem autorização dos pais (16 a 18

anos)

180 dias - 1.555 - para o incapaz ao deixar de sê-lo e para os pais

da celebração

Sob coação (1.558) 4 anos - 1.560, IV

Por erro essencial quanto a

pessoa do outro (1.556 + 1.557) 3 anos - 1.560, III

Pelo incapaz de consentir e manifestar de modo equívoco sua vontade - alcóolatra e viciado

em tóxico apenas.

180 dias - 1.560, III

Por procuração cujo mandato

tenha sido revogado 180 dias, 1.560, §2º

Celebrado por autoridade

relativamente incompetente 2 anos - 1.560, II + 1.554

(10)

10

02. Regime de bens

Prof.ª Maitê Damé

@maitedame Regime de bens

*esquema

Súmula 377 do STF. No regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constância do casamento.

Alteração do regime de bens depois do casamento Deverá ser feita por ação judicial;

Por ambos os cônjuges;

Apuradas as razões;

Ressalvados os direitos de terceiros.

Outorga conjugal

Em regra, há necessidade de outorga, exceto no regime de separação convencional de bens.

Regimes

Legais

Dispositivo Comunhão parcial de bens

Obrigatório Separação obrigatória de

bens

Convencionais

Comunhão universal de

bens Participação

final nos aquestos Separação convencional

de bens

(11)

11 Art. 1.647, do Código Civil. Ressalvado o disposto no art. 1.648 , nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:

I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;

II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;

III - prestar fiança ou aval;

IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.

Comunhão parcial de bens

Toda aquisição onerosa durante o casamento é comum.

Bens comunicáveis

Art. 1.660, do Código Civil. Entram na comunhão:

I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;

II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior;

III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;

IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;

V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.

Bens incomunicáveis

Art. 1.659, do Código Civil. Excluem-se da comunhão:

I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;

II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;

III - as obrigações anteriores ao casamento;

IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;

V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;

VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;

VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.

(12)

12 Comunhão universal de bens

Em regra, tudo se comunica.

Art. 1.667, do Código Civil. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte.

Art. 1.668. São excluídos da comunhão:

I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub- rogados em seu lugar;

II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva;

III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum;

IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade;

V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659 .

Participação final nos aquestos

Em regra, há separação de bens antes e depois do casamento. Ao fim do casamento, faz-se uma contabilidade para verificar os aquestos durante o casamento.

Art. 1.672, do Código Civil. No regime de participação final nos aqüestos, cada cônjuge possui patrimônio próprio, consoante disposto no artigo seguinte, e lhe cabe, à época da dissolução da sociedade conjugal, direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento.

Separação convencional de bens Separação absoluta dos bens.

Art. 1.687, do Código Civil. Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real.

(13)

13

03. União estável

Prof.ª Maitê Damé

@maitedame União estável

Art. 226, §3º da Constituição Federal. Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.

 Arts. 1723 e seguintes do Código Civil.

Requisitos

*esquema

 Coabitação não é requisito para a união estável

Súmula 382 do STF. A vida em comum sob o mesmo teto, more uxorio, não é indispensável à caracterização do concubinato.

Impedimento e suspensão

Art. 1.723, do Código Civil. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.

§ 1 o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521 ; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente.

§ 2 o As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável.

Pública Contínua Duradoura

Objetivo de constituir família

(14)

14

 Em regra, o regime será a comunhão parcial de bens.

 Contrato de namoro: não tem eficácia jurídica para afastar união estável.

Art. 1.726, do Código Civil. A união estável poderá converter-se em casamento, mediante pedido dos companheiros ao juiz e assento no Registro Civil.

União estável entre pessoas do mesmo sexo

Art. 1º, da resolução 175 do CNJ. É vedada às autoridades competentes a recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo.

Dissolução da união estável

 União estável reconhecida: faz-se dissolução da união estável no tabelionato de notas ou judicialmente.

 União estável não reconhecida: faz o reconhecimento e a dissolução.

(15)

15

04. Dissolução do vínculo conjugal e Guarda

Prof.ª Maitê Damé

@maitedame Dissolução do vínculo conjugal

*esquema

Art. 226, § 6º da Constituição Federal. O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.

 Arts. 693 e seguintes do CPC.

Espécies de divórcio

Consensual

 Extrajudicial

Art. 733, do Código de Processo Civil. O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de união estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos legais, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições de que trata o art. 731 .

 Judicial

Se houver filhos incapazes ou nascituros.

Litigioso Sempre judicial.

Cláusulas da dissolução

 Partilha

 Guarda

 Alimentos entre os ex cônjuges e para os filhos

Rompimento do

vínculo conjugal

Código Civil Modelo dual:

separação + divórcio

Constituição Federal Divórcio

independemente de

prazo

(16)

16

 Nome

Guarda

 Unilateral

Art. 1.583, 1º, do Código Civil. Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua ( art. 1.584, § 5 o ) e, por guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns.

 Compartilhada É a regra.

Mesmo havendo litígio, se ambos os pais quiserem a guarda, será compartilhada.

Mesmo morando em cidades diferentes, a guarda será compartilhado, sendo estabelecida uma residência base de moradia.

A divisão de tempo de convívio será equilibrada, o que é diferente de divisão matemática.

Alienação parental

Art. 2º, da Lei 12.318/10. Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.

Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros:

I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade;

II - dificultar o exercício da autoridade parental;

III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor;

IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar;

(17)

17 V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço;

VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente;

VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós.

(18)

18

05. Parentesco

Prof.ª Maitê Damé

@maitedame Parentesco

*esquemas

Par ente sco

Natural Biológico

Civil

Adoção Parentesco biológico permanece apenas para fins de impedimento matrimonial

Afinidade

Se estabelece entre o cônjuge e os parentes do outro (em razão do matrimônio) Permanece na linha reta (sogro e enteado).

Extingue-se na linha colateral (limita-se ao segundo grau - cunhado)

Afetividade

Para sua configuração depende de laudo pericial. Pode prevalecer em detrimento de

parentesco biológico (questões de reconhecimento de paternidade).

Parentesco

Linhas

Reta - relação de ascendência e descendência - INFINITO

Colateral ou transveral - os parentes se relacionam por existir um parente ancestral comum - LIMITA-SE oa 4º grau (sucessões); 3º grau (casamento); 2º grau

(obrigação alimentar)

Graus É a unidade de parentesco em cada linha, contada a partir de uma pessoa e

seu parente imediatamente próximo

(19)

19

06. Filiação e Reconhecimento dos filhos

Prof.ª Maitê Damé

@maitedame

Filiação

*esquema

Art. 1.596, do Código Civil. Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.

Presunções legais de filiação

Art. 1.597, do Código Civil. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:

I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal;

II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento;

III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido;

IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga;

Filiação

Biológica

Natural Inseminação homóloga

Civil

Adoção Afetividade Inseminação heteróloga

(20)

20 V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do marido.

 São presunções relativas, pois podem ser afastadas.

Impotência

Art. 1.599, do Código Civil. A prova da impotência do cônjuge para gerar, à época da concepção, ilide a presunção da paternidade.

Adultério

Art. 1.600, do Código Civil. Não basta o adultério da mulher, ainda que confessado, para ilidir a presunção legal da paternidade.

Paternidade imputada

Art. 1.601, do Código Civil. Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher, sendo tal ação imprescritível.

Parágrafo único. Contestada a filiação, os herdeiros do impugnante têm direito de prosseguir na ação.

Erro ou falsidade no registro

Art. 1.604, do Código Civil. Ninguém pode vindicar estado contrário ao que resulta do registro de nascimento, salvo provando-se erro ou falsidade do registro.

Reconhecimento de paternidade O reconhecimento é ato irrevogável.

Voluntário

Pode ser anterior ao nascimento ou posterior ao falecimento.

Art. 1.609, do Código Civil. Parágrafo único, do Código Civil. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser posterior ao seu falecimento, se ele deixar descendentes.

(21)

21

Procedimento oficioso

Pode resultar em reconhecimento voluntário ou ação judicial.

Procedimento judicial

Ação de investigação de paternidade.

Lei 8560/92.

(22)

22

07. Alimentos

Prof.ª Maitê Damé

@maitedame Alimentos

 É diferente de dever familiar de sustento: dever que os pais tem com relação aos filhos, decorrente do poder familiar, que dura dos zero aos dezoito anos e termina automaticamente.

Características dos alimentos

*esquema

 Uma vez fixados, os alimentos passam a prescrever em 2 anos.

Irrenunciáveis

Art. 1.707, do Código Civil. Pode o credor não exercer, porém lhe é vedado renunciar o direito a alimentos, sendo o respectivo crédito insuscetível de cessão, compensação ou penhora.

Enunciado 263, da III Jornada de Direito Civil. O art. 1.707 do Código Civil não impede seja reconhecida válida e eficaz a renúncia manifestada por ocasião do divórcio (direto ou indireto) ou da dissolução da "união estável". A irrenunciabilidade do direito a alimentos somente é admitida enquanto subsistir vínculo de Direito de Família.

Parentesco;

Vínculo;

Fixação judicial ou extrajudicial;

Obrigação alimentar;

Proporcionalidade entre necessidade e possibilidade;

Imprescritíveis;

Irrenunciáveis;

Divisíveis.

(23)

23

Divisíveis

Art. 1.698, do Código Civil. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide.

Enunciado 342 da IV Jornada de Direito Civil. Observadas suas condições pessoais e sociais, os avós somente serão obrigados a prestar alimentos aos netos em caráter exclusivo, sucessivo, complementar e não-solidário quando os pais destes estiverem impossibilitados de fazê-lo, caso em que as necessidades básicas dos alimentandos serão aferidas, prioritariamente, segundo o nível econômico-financeiro de seus genitores.

Exoneração e revisão dos alimentos

Alteração da necessidade de quem recebe ou possibilidade de quem paga.

Art. 1.699, do Código Civil. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.

Alimentos gravídicos

 Lei 11.804/08.

Será fixada à gestante para despesas decorrentes da gravidez até o parto.

Com o nascimento da criança, os alimentos convertem-se automaticamente em alimentos para o filho.

Ação de alimentos

 Lei 5.478/68.

O juiz, ao receber a inicial, deve fixar alimentos provisórios.

(24)

24 Art. 4º, da Lei 5.478/68. As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.

Competência

Foro de domicílio do alimentando.

Valor da causa 12x o valor que se pede.

Sentença

Fixa alimentos definitivos que retroagem a data da citação do réu.

Cobrança

 Execução (título executivo extrajudicial)

 Cumprimento de sentença (título executivo judicial)

Rito

 Pena de prisão

 Penhora de bens

Prisão

Até 3 últimas parcelas vencidas.

Regime fechado por até 90 dias.

Penhora de bens

Disposições do CPC com relação a penhora.

O art. 3 da Lei 8.009/90 permite afastar a impenhorabilidade do único imóvel em caso de pensão alimentícia.

(25)

25 08. Sucessão em geral

Prof.ª Maitê Damé

@maitedame Sucessão

A morte determina o início do direito sucessório.

No momento da morte, existe a transmissão da herança ao herdeiro como um todo unitário e indivisível, conforme o princípio da saisine.

Art. 426, do Código Civil. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.

Morte

Real

Art. 6º, do Código Civil. A existência da pessoa natural termina com a morte; [...]

Presumida

Com decretação de ausência

Art. 6º, do Código Civil. [...] presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.

Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.

Sem decretação de ausência

Art. 7º, do Código Civil. Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:

I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;

II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.

Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.

(26)

26

Comoriência

Art. 8°, do Código Civil. Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.

Tempo e lugar

A sucessão será aberta no lugar do último domicílio do autor da herança.

A lei aplicável a sucessão será aquela vigente no momento do óbito.

Espécies de herdeiros

*esquema

Art. 1.850, do Código Civil. Para excluir da sucessão os herdeiros colaterais, basta que o testador disponha de seu patrimônio sem os contemplar.

Art. 1.791, do Código Civil. A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros.

Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos co-herdeiros, quanto à propriedade e posse da herança, será indivisível, e regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio.

Herdeiros

Legítimos

Necessários Descendentes, ascendentes,

cônjuges

Facultativos Colaterais até 4º grau

Testamentários

Legatários Recebem bens descritos

Universais Recebem

percentual da herança

(27)

27 Legitimidade para suceder

Possuem legitimidade

*esquema

Não possuem legitimidade

Art. 1.801, do Código Civil. Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários:

I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos;

II - as testemunhas do testamento;

III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de cinco anos;

IV - o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como o que fizer ou aprovar o testamento.

Legítima

• Pessoa viva

• Já concebida (nascituro)

Testamentária

• Pessoa viva

• Já concebida (nascituro)

• Filhos ainda não concebidos de pessoas indicadas pelo testados

• Pessoas jurídicas

• Fundações

(28)

28 09. Aceitação e renúncia

Prof.ª Maitê Damé

@maitedame Aceitação

Forma de o herdeiro confirmar a transmissão da herança.

*esquema

Art. 1.807, do Código Civil. O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a herança, poderá, vinte dias após aberta a sucessão, requerer ao juiz prazo razoável, não maior de trinta dias, para, nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a herança por aceita

*esquema

Art. 1.809, do Código Civil. Falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita a herança, o poder de aceitar passa-lhe aos herdeiros, a menos que se trate de vocação adstrita a uma condição suspensiva, ainda não verificada.

Parágrafo único. Os chamados à sucessão do herdeiro falecido antes da aceitação, desde que concordem em receber a segunda herança, poderão aceitar ou renunciar a primeira.

 É vedada aceitação parcial da herança.

Expressa

•Documento

Tácita

•Atos que induzem a aceitação

Presumida

•Interessado na aceitação pelo herdeiro

Direta

• Pelo próprio herdeiro.

Indireta

• Por terceiro interessado.

(29)

29 Art. 1.808, do Código Civil. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a termo.

 Os atos de aceitação e renúncia são irrevogáveis.

Art. 1.812, do Código Civil. São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança.

Renúncia Será sempre expressa.

A parte do renunciante acresce aos herdeiros de mesma classe.

 É vedada representação.

Art. 1.810, do Código Civil. Na sucessão legítima, a parte do renunciante acresce à dos outros herdeiros da mesma classe e, sendo ele o único desta, devolve-se aos da subseqüente.

Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, porém, ele for o único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem a herança, poderão os filhos vir à sucessão, por direito próprio, e por cabeça.

 Renúncia que prejudica os credores

Art. 1.813, do Código Civil. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante.

§ 1 o A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao conhecimento do fato.

§ 2 o Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao remanescente, que será devolvido aos demais herdeiros.

(30)

30 10. Exclusão da Sucessão

Prof.ª Maitê Damé

@maitedame

Exclusão da sucessão Poderá ser feita por indignidade ou deserdação.

Em qualquer das duas formas, é preciso que se tenha ação judicial.

O prazo para propositura das ações é de 04 anos.

A pena é personalíssima, portanto, os efeitos são pessoais.

Os descendentes sucedem como se o excluído fosse falecido.

*esquema

Exemplo H é excluído.

A e B receberão no lugar de seu pai H.

Indignidade

Ação de indignidade.

Art. 1.814, do Código Civil. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:

I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente;

De cujus

X Y H

A

B

(31)

31 II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;

III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.

 É possível que haja a reabilitação do herdeiro excluído

Art. 1.818, do Código Civil. Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança será admitido a suceder, se o ofendido o tiver expressamente reabilitado em testamento, ou em outro ato autêntico.

Parágrafo único. Não havendo reabilitação expressa, o indigno, contemplado em testamento do ofendido, quando o testador, ao testar, já conhecia a causa da indignidade, pode suceder no limite da disposição testamentária.

Deserdação

Só incide quanto aos herdeiros necessários.

Art. 1.962, do Código Civil. Além das causas mencionadas no art. 1.814 , autorizam a deserdação dos descendentes por seus ascendentes:

I - ofensa física;

II - injúria grave;

III - relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto;

IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.

Art. 1.963. Além das causas enumeradas no art. 1.814 , autorizam a deserdação dos ascendentes pelos descendentes:

I - ofensa física;

II - injúria grave;

III - relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o marido ou companheiro da filha ou o da neta;

IV - desamparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade.

Art. 1.964, do Código Civil. Somente com expressa declaração de causa pode a deserdação ser ordenada em testamento.

(32)

32 11. Sucessão legítima: ordem da vocação hereditária

Prof.ª Maitê Damé

@maitedame Sucessão legítima

Art. 1.829, do Código Civil. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:

I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;

II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;

III - ao cônjuge sobrevivente;

IV - aos colaterais.

I – Descendentes + cônjuge/companheiro

 Condicionamento

Filhos unilaterais ou comuns (até 3): igualitária Filhos comuns (4 ou +): ¼ cônjuge ¾ filhos

Com concorrência

1) CPB com bens a partilhar

*esquema

CPB com bens a partilhar

Bens comuns

50% meação cônjuge sobrevivente 50% herança

filhos Bens

particulares

100% dividido entre filhos e

cônjuge

(33)

33 2) PFA

*esquema

3) SCB

*esquema

Sem concorrência 1) CUB

*esquema

2) SOB

*esquema

PFA

Aquestos

50% meação

50% herança filhos

Bens particulares

100% dividido entre filhos e

cônjuge

SCB

Bens comuns Não há bens comuns Bens

particulares

100% dividido entre filhos e

cônjuge

SCB Bens comuns

50% meação

50% herança dos filhos

SCB Bens comuns

50% meação

50% herança dos filhos

(34)

34 3) CPB sem bens particulares

*esquema

II – Ascendentes + cônjuge/companheiro

 Independentemente de regime

 Não existe representação.

Art. 1.837, do Código Civil. Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço da herança; caber-lhe-á a metade desta se houver um só ascendente, ou se maior for aquele grau.

 Pai e mãe: 1/3 para cada.

 Pai ou mãe ou maior grau: ½ para o cônjuge.

III – Cônjuge/companheiro

Sem descendente, sem ascendente.

Sem separação há mais de 2 anos.

IV – Colaterais

Sem descendente, sem ascendente, sem cônjuge/companheiro.

Serão chamados os colaterais até 4º grau.

Art. 1.840, do Código Civil. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representação concedido aos filhos de irmãos.

Art. 1.841. Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais, cada um destes herdará metade do que cada um daqueles herdar.

SCB Bens comuns

50% meação

50% herança dos filhos

(35)

35 12. Sucessão testamentária

Prof.ª Maitê Damé

@maitedame

Sucessão testamentária

Serve tanto para disposições de caráter patrimonial quanto de caráter pessoal.

 Reconhecimento de filho

A disposição que reconhece filho não pode ser revogada

Art. 1.609, do Código Civil. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito:

III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado;

 Nomeação de tutor para os filhos

 Cláusula de reabilitação do indigno

 Ato personalíssimo.

 Ato essencialmente revogável .

Capacidade para testar Toda pessoa capaz, em regra.

Quem não pode:

Absolutamente incapazes.

Aqueles que não tenham discernimento.

Art. 1.860, do Código Civil. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno discernimento.

Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.

 O momento de definir a capacidade é o momento que o testamento é elaborado.

Art. 1.861, do Código Civil. A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento, nem o testamento do incapaz se valida com a superveniência da capacidade.

(36)

36 Formas de testamento

*esquema

Rompimento de testamento:

Toda vez que, no momento que foi feito o testamento, a pessoa não sabia que havia herdeiro necessário.

Rompe em todas as disposições e o testamento não será cumprido.

Redução das disposições

O testador sabia que havia herdeiro necessário.

Reduz as disposições até o limite disponível.

Art. 1.966, do Código Civil. O remanescente pertencerá aos herdeiros legítimos, quando o testador só em parte dispuser da quota hereditária disponível.

Formas de testamento

Ordinárias

Público Cerrado Particular

Especiais

Militar Marítimo Aeronáutico

(37)

37

13. Ritos do inventário

Prof.ª Maitê Damé

@maitedame Espécies de inventário

Uma vez falecendo o autor da herança, deverá ser aberto inventário até 02 meses após o óbito.

Art. 611, do Código de Processo Civil. O processo de inventário e de partilha deve ser instaurado dentro de 2 (dois) meses, a contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses subsequentes, podendo o juiz prorrogar esses prazos, de ofício ou a requerimento de parte.

*esquema

RITOS

Inventário judicial pelo rito tradicional Arts. 610 a 658 do CPC

Inventário judicial pelo rito do

arrolamento sumário Herdeiros são maiores, capazes e a partilha é amigável - Art. 659 do CPC

Inventário judicial pelo procedimento do arrolamento comum

Valor dos bens do espólio for inferior a 1.000 salários mínimos - Art. 664, do

CPC

Inventário extrajudicial

Todos capazes (capacidade de todos os interessados) e de acordo (ausência de

litigiosidade) - sem testamento. Lei 11.441/07 + Art. 610, §1º do CPC

(38)

38 PARTE ESPECIAL

01. Contratos: Disposições Preliminares

Prof.ª Patrícia Strauss

@patriciastraussr

Disposições gerais dos contratos

 Arts. 421 a 426 do Código Civil.

Princípio da função social do contrato

O contrato deve ser bom para as duas partes contratantes.

Exemplo

Casos de estado de perigo ou lesão.

Art. 421, do Código Civil. A liberdade contratual será exercida nos limites da função social do contrato.

Princípio da boa-fé objetiva

É a conduta que se espera das partes durante o contrato.

Dever de informação, colaboração e proibição do comportamento contraditório.

Se sempre praticou os atos de uma forma, deverá continuar praticando.

O pacta sunt servanda continua em vigor, mas é mitigado pela função social do contrato e pela boa-fé objetiva.

Art. 422, do Código Civil. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.

(II Exame Unificado da OAB | 2010) Durante dez anos, empregados de uma fabricante de extrato de tomate distribuíram, gratuitamente, sementes de tomate entre agricultores de uma certa região. A cada ano, os empregados da fabricante procuravam os agricultores, na época da colheita, para adquirir a safra produzida. No ano de 2009, a fabricante distribuiu as sementes, como sempre fazia, mas não retornou para adquirir a safra. Procurada pelos agricultores, a fabricante recusou-se a efetuar a

(39)

39 compra. O tribunal competente entendeu que havia responsabilidade pré-contratual da fabricante.

A responsabilidade pré-contratual é aquela que:

A) deriva da violação à boa-fé objetiva na fase das negociações preliminares à formação do contrato.

B) deriva da ruptura de um pré-contrato, também chamado contrato preliminar.

C) surgiu, como instituto jurídico, em momento histórico anterior à responsabilidade contratual.

D) segue o destino da responsabilidade contratual, como o acessório segue o principal.

Gabarito: letra A

In dúbio pro aderente

Nos casos de in dúbio pro aderente, se o juiz tiver que interpretar o contrato, usará princípio do in dúbio pro aderente.

 Contratos de adesão: é uma espécie de contrato, onde não se discute as cláusulas previamente.

Art. 423, do Código Civil. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.

Renúncia antecipada

Se no contrato houver alguma cláusula renunciando algum direito de forma antecipada, esta cláusula será nula.

Art. 424, do Código Civil. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.

Contratos atípicos

É possível criar contratos atípicos, desde que respeitadas as normas básicas do Código Civil.

Pacto corvina

É proibido dispor sobre herança de pessoa viva.

(40)

40

02. Formação dos contratos

Prof.ª Patrícia Strauss

@patriciastraussr Formação dos contratos

 Arts. 427 a 435 do Código Civil

Para que se tenha um contrato é necessário proposta e aceitação.

Princípio do consensualismo.

Exceção:

Contrato de comodato, que só é perfeito com a tradição (entrega).

Regra

A proposta obriga o proponente.

Art. 427, do Código Civil. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.

Exceções

Hipóteses em que deixa de ser obrigatória a proposta:

Contratos entre presentes

Quando a proposta não foi imediatamente aceita.

A pessoa está na frente, por telefone, ou outro meio de comunicação semelhante.

Contratos entre ausentes sem prazo Passou muito tempo e não houve resposta.

Carta, intermediário.

Contratos entre ausentes com prazo Houve o decurso do prazo sem resposta.

Retratação

Deve ocorrer antes de chegar a proposta.

Nova ou contraproposta

A aceitação deve ser pura e simples, ou seja, de todas as cláusulas.

Com modificação, alteração, haverá uma nova ou contraproposta.

(41)

41

03. Evicção

Prof.ª Patrícia Strauss

@patriciastraussr

Evicção

 Arts. 447 ao 457 do Código Civil.

Perda parcial ou total de um bem por sentença judicial.

Responsabilidade de quem vendeu o imóvel

Total

Sem cláusula de evicção.

Art. 450, do Código Civil. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:

I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;

II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;

III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.

Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.

Parcial Cláusula genérica.

Art. 449, do Código Civil. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.

Isenção

Ciência do bem ser alheio ou litigioso

Art. 457, do Código Civil. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.

(42)

42

 É possível quem comprou fazer ação de regresso ou denunciar a lide contra quem vendeu no processo judicial.

Art. 125, do Código de Processo Civil. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:

I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;

(43)

43 04. Vícios redibitórios

Prof.ª Patrícia Strauss

@patriciastraussr

Vícios Redibitórios

 Arts. 441 ao 446 do Código Civil.

Quando o bem, sem responsabilidade do comprador, estraga após a compra.

Se não há relação de consumo, aplica-se o Código Civil.

Requisitos

* esquema

Ações edilícias É opção do comprador.

* esquema

O vendedor que alega não saber do vício, que estava de boa-fé, pagará da mesma forma.

Se o vendedor estava de má-fé: paga e poderá acrescer perdas e danos.

A boa-fé é presumida, portanto o comprador deverá provar a má-fé.

Oculto

•Maioria doutrinária entende que o vício deve ser oculto.

Pré-existente

•Já existia, mas por sua natureza, só se manifestou após a contra.

Grave

•Impossibilite de usar o bem ou reduza o valor.

Ourindo de contrato oneroso

•De alguma forma, houve perda patrimonial.

Ação redibitória

• Desfaz o contrato

• Perdas e danos

Ação estimatória

• Mantém o contrato

• Abatimento do valor

(44)

44

Prazos

* esquema

Doação onerosa

O donatário poderá reclamar se houver vício redibitório em doação onerosa, quando há um encargo pela doação.

Prazos para manifestação do defeito

Móveis

180 dias

Imóveis

1 ano

Prazos para ajuizamento da ação (contados da manifestação do defeito)

Móveis

30 dias

Imóveis

1 ano

(45)

45

05. Extinção do contrato

Prof.ª Patrícia Strauss

@patriciastraussr Extinção do contrato

 Arts. 472 480 do Código Civil.

Formas anômalas de finalizar o contrato

* esquema

Resolução

Quando houver inadimplemento. do contrato.

Poderá requerer:

 Cumprimento + perdas e danos

 Desfazimento + perdas e danos

 Teoria do adimplemento substancial

Se já houve o pagamento da maior parte do contrato, não será obrigado a devolver o bem. Neste caso, o credor só poderá requerer o cumprimento do contrato.

Resilição

Não há inadimplemento, mas as duas partes não querem mais o contrato.

 Unilateral

Um dos lados coloca fim no contrato, quando a lei permitir. É necessária uma notificação à outra parte.

 Bilateral

Resolução Resilição

Exceção do contrato não cumprido

Resolução ou revisão por onerosidade excessiva

(46)

46 Trata-se do distrato: as partes desfazem o contrato por livre vontade.

A lei solicita que seja realizado da mesma forma do contrato.

Exceção do contrato não cumprido Só vale para contratos bilaterais.

Resolução ou revisão por onerosidade excessiva

 Teoria da imprevisão

* esquema

Contrato comutativo

Contrato de prestações continuadas ou diferida Fator imprevisível

Aumenta de forma excessiva o valor para uma das partes

(47)

47

06. Contrato de compra e venda

Prof.ª Patrícia Strauss

@patriciastraussr

Contrato de compra e venda

 Art. 481 a 523 do Código Civil.

* esquema

* esquema

 O contrato de compra e venda será nulo se for deixado para depois a fixação do preço por uma das partes.

Art. 489, do Código Civil. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço.

Venda de ascendente para descendente

Bilateral

• Os dois lados possuem obrigações.

Oneroso

• Há perda patrimonial para os dois lados.

Consensual Não solene

• É a regra. Em caso de compra e venda de imóvel, será solene.

Elementos

Coisa

Atual

Futura

Preço

Terceiro

Mercado/bolsa

Índices/parâmetros

Costumes

Outra parte

(48)

48 É necessário o consentimento do cônjuge e dos outros descendentes, se não o negócio é anulável.

Prazo para ação anulatória: 02 anos

Art. 496, do Código Civil. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.

Cláusula de retrovenda

* esquema

Preempção e preferência

Trata-se de preferência contratual para a venda do móvel ou imóvel.

Art. 513, do Código Civil. A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu direito de prelação na compra, tanto por tanto.

Imóvel

Prazo máximo 3 anos Transfere a herdeiros Oponível contra terceiros

(49)

49

07. Contato de Doação

Prof.ª Patrícia Strauss

@patriciastraussr

Contrato de doação

 Arts. 538 ao 564 do Código Civil.

* esquema

Tipos de doação

Nascituro

Art. 542 do Código Civil.

É possível fazer, desde que aceita pelo representante.

Absolutamente incapaz Art. 543 do Código Civil.

Haverá o contrato sem a necessidade de aceitação da outra parte.

Ascendente para o descendente Art. 544 do Código Civil.

Importa em adiantamento de herança.

Doação com cláusula de reversão

Art. 547, do Código Civil. O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se sobreviver ao donatário.

Unilateral

• Somente um dos lados perde patrimônio

Gratuito

• Há perda patrimonial para os dois lados.

Consensual

• É perfeito com a aceitação

Solene

• É a regra. Em caso de bens móveis de pequeno valor e que a tradição ocorra de forma imediata, será não solene.

(50)

50

Doação global Art. 548 do Código Civil.

Não é possível doar todo o patrimônio e ficar sem bens ou dinheiro para sua subsistência.

Doação inoficiosa Art. 549 do Código Civil.

Pessoa que tem herdeiros necessários não pode doar além da parte disponível.

Doação do cônjuge adúltero ao seu cumplice Art. 550 do Código Civil.

É anulável a doação e a ação anulatória poderá ser ajuizada pelos herdeiros necessários.

Revogação da doação

Descumprimento de encargo Quando o encargo não foi cumprido.

Ingratidão do donatário

Art. 557, do Código Civil. Podem ser revogadas por ingratidão as doações:

I - se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio doloso contra ele;

II - se cometeu contra ele ofensa física;

III - se o injuriou gravemente ou o caluniou;

IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que este necessitava.

Art. 558. Pode ocorrer também a revogação quando o ofendido, nos casos do artigo anterior, for o cônjuge, ascendente, descendente, ainda que adotivo, ou irmão do doador.

(51)

51

08. Contrato de Empréstimo: Comodato e mútuo

Prof.ª Patrícia Strauss

@patriciastraussr

Contrato de Empréstimo

 Arts. 579 ao 592 do Código Civil.

* esquema

Responsabilidade

 Comodato

Em evento de perda total ou parcial sem culpa o comodatário não responde.

 Mútuo

Se perder o bem, terá que devolver mesmo assim.

Art. 584, do Código Civil. O comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as despesas feitas com o uso e gozo da coisa emprestada.

Comodato

Unilateral Gratuito

Uso

Bens infungíveis

Não transfere a propriedade Real

Mútuo

Unilateral Gratuito Consumo Bens fungíveis Transfere propriedade

Real

(52)

52

09. Direito das Coisas: Posse

Prof.ª Maitê Damé

@maitedame

 Art. 1196 e seguintes do Código Civil.

 Direito das Coisas quanto um ramo do Direito Privado, será dividido em Direitos Reais e Posse

Posse

 Posse é domínio físico.

 Diferença entre posse e propriedade:

o É proprietário aquele que tem a titularidade, que tem os quatro atributos inerente a propriedade:

o Possuidor é aquele que exerce um ou algum dos poderes inerentes da propriedade, porém não tem a titularidade. Este domínio físico passa a ter a proteção jurídica da posse.

Teoria Subjetivista ou Subjetiva

 Para que alguém tenha posse, muito além do domínio físico sobre a coisa, precisa ter a vontade de ter a coisa.

o Animus domini.

Teoria Objetivista ou Objetiva

 A posse é o domínio físico da coisa (domínio fático), independentemente da vontade de ser dono. Se a pessoa tem o domínio da coisa e explora a coisa para si mesmo, há posse.

 Para essa teoria, o importante é exercer um dos poderes inerentes à propriedade.

GRU D

Direito de Gozar Direito de Reaver Direito de Usar Direito de Dispor

(53)

53

 O Brasil adota essa teoria, conforme o art. 1.196, do Código Civil:

Art. 1.196, do Código Civil. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.

Posse x Detenção

 Posse ≠ Detenção

 Quem tem detenção é aquele que está a mando de outra. Relação de subserviência,

subordinação.

Art. 1.198, do Código Civil. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.

 A detenção não gera posse!

 Quem tem detenção não pode manejar as ações possessórias, mas pode exercer os atos de autodefesa.

o Atos de autodefesa: ameaça eminente à propriedade...

Súmula 619, STJ: A ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de natureza precária, insuscetível de retenção ou indenização por acessões e benfeitorias.

Classificação da Posse

Posse Direta e Posse indireta

Art. 1.197, do Código Civil. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.

o Posse Direta é aquela em que o sujeito está com a coisa em suas mãos, está exercendo o controle físico da coisa.

o Posse Indireta ocorre quando o domínio físico é exercido por terceiro em razão de uma concessão do proprietário.

(54)

54

 Exemplo: Locação – o proprietário possui a posse indireta, o locatário possui a posse direta.

o O possuidor direto não anula a posse indireta. Pode o possuidor direto defender sua posse contra o indireto. O possuidor indireto não pode defender sua posse contra o possuidor direto.

Composse ocorre quando há duas ou mais pessoas exercendo o domínio físico ou fático da coisa ao mesmo tempo.

Art. 1.199, do Código Civil. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores.

o Exemplo: a abertura de sucessão – um herdeiro não pode impedir a utilização da herança por parte dos demais.

Posse Justa e Posse injusta

Art. 1.200, do Código Civil. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.

o Para ser justa, a posse não pode ser violenta, clandestina ou precária.

o Já para ser injusta, a posse então será violenta, clandestina ou precária.

o O que é posse violenta? Quando o possuidor é retirado da coisa de forma violenta, de forma abrupta, contra a sua vontade, sendo essa violência física ou moral.

o O que é posse precária? É aquela que é exercida através do abuso da confiança, do abuso do direito.

o O que é posse clandestina? É aquela feita às escondidas, de forma sorrateira.

Posse de boa-fé/má-fé

Art. 1.201, do Código Civil. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.

Referências

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