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VISIBILIDADE INSTITUCIONAL PARA A QUALIDADE DE VIDA NA UTFPR: O PROGRAMA CIMCO

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Academic year: 2020

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Nº 3, volume 10, artigo nº 2, Julho/Setembro 2015 D.O.I: http://dx.doi.org/10.6020/1679-9844/v10n3a2

ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 22 de 216

VISIBILIDADE INSTITUCIONAL PARA A QUALIDADE DE VIDA

NA UTFPR: O PROGRAMA CIMCO

INSTITUTIONAL VISIBILITY FOR QUALITY OF LIFE IN UTFPR:

CIMCO PROGRAM

Maria Dolores Ferrari1, Maclovia Corrêa da Silva2

1Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Curitiba, Paraná, Brasil, email:doloresferrari@utfpr.edu.br

2Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Curitiba, Paraná, Brasil, email:macloviasilva@ufpr.edu.br

RESUMO

Aspectos da complexidade social reportam às condições humanas de trabalho e à aquisição de conhecimentos ocorridos nas inter-relações da pesquisa com as práticas dentro e fora dos ambientes laborais. Mesmo em instituições públicas, a lógica do trabalho – hierarquias, normas, burocracias, centralização do poder - está baseada na tecnologia descontextualizada de um sistema social de valores. Este artigo, ao retomar uma sequência de acontecimentos históricos de um programa de extensão, examina relações de qualidade de vida (QV) que se destacaram entre sujeito e trabalho e que, ao mesmo tempo consolidaram princípios de equidade e responsabilidade social, os quais se perpetuam em uma instituição de ensino superior. As ideias de QV por meio da prevenção de doenças têm tido continuidade e as estatísticas mundiais são dinâmicas e apontam a crescente necessidade de ações preventivas. Na Universidade Tecnológica Federal do Paraná foi criado o Programa intitulado “Comunidade Integrada na Multiplicação de Conhecimentos” CIMCO/UTFPR para tratar de questões de QV sob o ponto de vista da prevenção de doenças e divulgação de conhecimentos relacionados à capacidade laboral. O Programa nasceu em função dos problemas de saúde do servidor que demandavam estudos e divulgação, em especial de uma doença emergente, debatida, até os anos 1990, reservadamente pela comunidade. Inserida na categoria de doenças sexualmente transmissíveis, a AIDS-DST foi a primeira bandeira do CIMCO, que lhe atribuiu visibilidade institucional porque visava promover o bem-estar nas perspectivas sociais e humanas. Recorreu-se aos documentos e fontes orais para recuperar dados e informações a fim de

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 23 de 216 elaborar uma síntese das ações do Programa para a prevenção de doenças e melhoria da qualidade de vida. Conclui-se que na UTFPR o bem-estar do servidor está conectado com a relevância da informação e a multiplicação de conhecimentos, as quais fundamentam as ações de prevenção na busca pela “almejada” qualidade de vida.

PALAVRAS-CHAVE: Programa CIMCO/UTFPR. Qualidade de vida. Multiplicação de conhecimentos.

ABSTRACT

Aspects of social complexity relate human working conditions and the acquisition of knowledge occurred in interrelations with the practices in and out of work environments. Even in public institutions, the work logic - hierarchies, rules, bureaucracy, power centralization - is based on technology decontextualized of a social values. This article resumes a sequence of historical events of an extension program, to examine Quality of Life relationships between subject and work and at the same time consolidated equity principles and social responsibility, which perpetuates in a higher education institution. The quality of life ideas expressed by preventing diseases continue and the global statistics are dynamic and point to the growing need for preventive measures. At the Federal Technological University - Paraná it was created the program entitled "Integrated Community in Knowledge Multiplication" CIMCO / UTFPR to address Quality of Life issues from the view point of prevention for diseases and dissemination of knowledge related to labor capacity. The Program was born according to the server's health problems that required assessments and dissemination, especially an emerging disease, debated privately, until the 1990s, by the community. Included in the category of sexually transmitted diseases, AIDS-DST was the first CIMCO’s flag that gave it institutional visibility because it aimed to promote the welfare in social and human perspectives. It was consulted documents and oral sources to retrieve data and information in order to develop an overview of the program's actions for the prevention of diseases and improving quality of life. We conclude that in UTFPR the worker’s welfare is connected to the relevance of information and the knowledge multiplication, which are based on prevention efforts in the search for the "desired" quality of life.

KEYWORDS: CIMCO Program. Quality of Life. Knowledge multiplication.

1. Introdução

O ser é humano, enquanto espécie, indivíduo e sociedade, forma uma unidade na diversidade. Edgar Morin aprofunda esta questão dizendo que a unidade cerebral, mental, psíquica, afetiva e intelectual compreende múltiplas diversidades. Filósofo francês que trabalha com a complexidade, o autor coloca que a primeira dificuldade

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apresentada pela escola formal é o próprio material de trabalho da instituição, ou seja, os saberes e os conhecimentos (MORIN, 2000).

A criação de conhecimento escolar inicia no ser social e cultural complexo, que possui consciência antropológica (unidade na diversidade), ecológica (biosfera), cívica terrena (responsabilidade e solidariedade) e espiritual da condição humana (autocrítica e compreensão). Na verdade, entende-se que os saberes científicos são reproduzidos a partir de observações do pesquisador e transmitidos para os livros didáticos de forma seletiva e resumida (MORIN, 2000).

Para Peter Senge (1998, p. 97), “Os sistemas vivos têm integridade. Seu caráter depende do todo. O mesmo ocorre com as organizações”. Entretanto, a democracia precisa ser alimentada pela sociedade, sendo constantemente depurada e contribuindo para a “compreensão do compartilhamento necessário dos bens naturais, materiais e culturais” (MINAYO, 2010, p. 174).

Na dimensão ontológica a criação do conhecimento começa no nível do indivíduo, estendendo-se para o grupo, posteriormente para a organização, podendo atingir níveis interorganizacionais. Na dimensão epistemológica, separa-se o conhecimento explícito - expresso em palavras, números, códigos e fórmulas - do conhecimento tácito - de natureza subjetiva e intuitiva. Ambos nascem “das interações entre indivíduos que permitem a perpetuação da cultura e a auto-organização da sociedade” (NONAKA; TAKEUCHI, 1997). Por outro lado, os saberes e conhecimentos, sejam eles técnicos, tecnológicos e culturais, quando tratados dentro de práticas e vivências não invalidam a identidade humana, que constantemente coloca em conflito sua racionalidade, sua imaginação, sua poesia e sua afetividade.

Segundo Dutra (2001; 2004) e Fleury (2002), as competências humanas podem ser entendidas como um conjunto de conhecimentos (saber), habilidades (saber fazer) e atitudes (saber ser), que resulta em uma entrega ou em uma aplicação prática. Segundo Terra (2001), o conhecimento pode ser classificado por tipos, como por exemplo, aquele tipo necessário para o bom funcionamento de organizações. Entretanto, as deficiências ou excesso de informação, quando

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interpretadas pelas massas sofrem deturpações provocadas pelas formas de divulgação, sistema de valores dos receptores, tipo de filtragem e interpretação individual e coletiva (NAVARRO et al., 2010).

Em ambiente institucional, considerando a complexidade do construto ideológico, o compartilhamento de saberes e conhecimentos é uma ferramenta para promover políticas internas contextualizadas que colaboram para a solução de problemas e a tomada de decisões. Na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, um microuniverso do sistema educacional, a questão da qualidade de vida (QV), que compõe aspectos da saúde, estilos de vida e projetos humanos, existe um programa de multiplicação de conhecimentos voltado para a prevenção da saúde, “bem social inalienável”.

Na área da saúde, as abordagens mais globais do ponto de vista ecológico são muito recentes, datando do final dos anos 70 [1970], quando tanto ambientalistas quanto sanitaristas, tanto investigadores quanto gestores começaram a perceber a necessidade de integrar mais suas ações e suas abordagens em favor da qualidade de vida de populações concretas (MINAYO, 2010, p. 175).

Desde que a sociedade é composta de seres políticos, é possível integrar a qualidade de vida no cotidiano das atividades socioeconômicas e ambientais. Um dos meios utilizados para se chegar a este objetivo, por uma Instituição de Ensino Superior, seria integrar a qualidade de vida no trabalho. No caso da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) foram criadas estratégias específicas pelo Programa Comunidade Integrada de Conhecimentos da (CIMCO/UTFPR). Seu objetivo foi consolidar os princípios de equidade, responsabilidade social ao promover comportamentos e atitudes saudáveis por meio da prevenção doenças. Ele se mantém “vivo” por dezenove anos (1996-2015) com a mesma característica de trabalhar com conhecimentos tácitos e explícitos, disciplinares, interdisciplinares e transdisciplinares.

Este artigo examina relações de QV que se destacaram entre sujeito e trabalho por meio da história um programa de extensão que consolidaram princípios de equidade e responsabilidade social, os quais se perpetuam na Instituição. A divulgação deste Programa abrange as ideias de QV na perspectiva social e

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humana e ele tem visibilidade institucional, sobretudo pela sua história, suas ações de prevenção por meio da multiplicação de conhecimentos. As questões teóricas de análise situam-se na complexidade que reina no mundo da ciência e da vida. O estudo é histórico-social refletindo sobre os objetivos positivos de mudança e intervenção estruturados por este Programa. A pesquisa situa-se no campo das ciências sociais e humanas, articulada com a complexidade e com as contradições inerentes às situações. A abordagem teórica do tema QV é ampla, e ocorre em nível de abstração mais elevado dos acontecimentos no ambiente e na sociedade nos quais “tudo se relaciona” (GADOTTI, 2006) e “tudo se transforma” (LAKATOS; MARCONI, 2010).

2. Qualidade de Vida no Trabalho

A palavra biopsicossocial tem sua origem na medicina psicossomática, que propõe uma visão integral e holística do ser humano em contraposição à visão cartesiana que o divide em partes. Assim, toda pessoa possui potencialidades que respondem, simultaneamente, às condições de vida, o que torna o ser humano um ser complexo (STEFANO et al., 2007; MORIN, 2000). Logo, a complexidade do construto ideológico inter-relaciona o meio ambiente com aspectos físicos, psicológicos, nível de independência, relações sociais e crenças pessoais.

Esta concepção holística e sistêmica é uma construção abrangente e duradoura para introduzir novas perspectivas e propostas por meio de desafios materializados em ações que ofertem satisfação e realização pessoal no ambiente de trabalho. As condições e requisitos para garantir o sucesso de programas de qualidade de vida no trabalho dependem dos meios de expansão de relacionamentos e estratégias de pactos, de envolvimento e espaço para liberdades individuais e coletivas que ofertem benefícios ao processo de desenvolvimento humano.

O termo QV foi empregado pela primeira vez em 1964, em um contexto relacional entre organizações e pessoas, pelo presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson ao declarar que "os objetivos não podem ser medidos através do

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balanço dos bancos”. Estes dados seriam incompletos porque não avaliam a satisfação das pessoas, mas sim a produtividade delas. Por isso, ele afirmava que o bem estar da Nação americana somente poderia ser medido “através da qualidade de vida que [as instituições sociais] proporcionam às pessoas” (GRUPO WHOQOL, 2014).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) propõe que a Qualidade QV é multifatorial, referendando-se a partir das seguintes dimensões: meio ambiente, relações sociais, saúde física, saúde psicológica, nível de independência em aspectos de mobilidade, atividades diárias, dependência de medicamentos e cuidados médicos e capacidade laboral. Especialistas da OMS, participantes de um grupo de estudo intitulado World Health Organization Quality of Life (WHOQOL) definiram QV na década de 1990, como a percepção da pessoa sobre sua postura de vida a partir da inserção cultural e sistema de valores que contribuem para estabelecer metas, motivação, padrões e inseguranças (FLECK, 2000; GRUPO WHOQOL, 2014). Estas ideias, com as quais corroboramos, foi a linha mestra da análise qualitativa e histórico-social do Programa CIMCO/UTFPR que aborda a prevenção da saúde por meio da multiplicação de conhecimentos. “A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade” (CONSTITUIÇÃO, 2014). Complementarmente, por tratarmos de ações preventivas para Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) em uma Instituição de Ensino Superior (IES), e da articulação sujeito-trabalho, outro conceito que acompanhou a análise foi o da autora Limongi-França (2012).

Embora, historicamente, QVT esteja mais associada a questões de saúde e segurança no trabalho, seu conceito passa a sinalizar a emergência de habilidades, atitudes e conhecimentos em outros fatores, abrangendo agora associações com produtividade, legitimidade, experiências, competências gerenciais e mesmo integração social (LIMONGI-FRANÇA, 2012, p. 175).

Além disso, as percepções sobre a QVT são mutantes e dependem de contextos. Saúde e meio ambiente são disciplinas que articulam teoria e prática, pois vivemos em um mesmo planeta habitado por seres vivos, sejam vegetais, animais e pessoas. Nahas (2001, p.5) enriquece esta visão holística, na medida em que se

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alinha aos conceitos das organizações internacionais pró-saúde, apontando que “o conceito de QV é diferente de pessoa para pessoa e tende a mudar ao longo da vida de cada um”.

Para que os indivíduos avaliem as ações de QVT há necessidade de um relacionamento consciente, maduro e responsável entre os grupos setoriais (SANTOS et al., 2011). Limongi-França (2012) destaca a importância da organização de programas atualizados de QVT que enfrentam as contradições e os conflitos presentes nas dinâmicas empresariais e institucionais, assim como cursos de aprendizagem e informação para integrar os grupos e permitir a cooperação, a criação de vínculos e a identidade com o trabalho.

Vale destacar que as empresas têm considerado a QV como componente de suas estratégias de gestão de pessoas para a competitividade. Todavia, na pesquisa de Limongi-França sobre a QVT em empresas, ela verificou que as ações para aumento de produtividade são mais investimentos do que filantropia ou obrigação legal. Para isso, diversos programas de QVT foram estruturados visando à satisfação dos colaboradores nos aspectos biopsicossociais e organizacionais (LIMONGI-FRANÇA, 2012).

3. Antecedentes do Programa CIMCO/UTFPR

A QV para servidores e pessoal terceirizado na UTFPR, em Curitiba-PR, tem sido, historicamente, um tema relevante. Desde 1947, a Instituição, então Escola Técnica de Curitiba, já se preocupava com a informação para os alunos e servidores sobre a promoção da saúde, segurança no trabalho e higiene. Apoiado nesse arcabouço das complexidades e experiências, cita-se o registro na Instituição, o Dia Anti Venéreo [sic], 22 de setembro, o qual era comemorado com palestras, em todo território nacional, para alertar, sobretudo os jovens, sobre os perigos das moléstias.

Estas palestras têm por fim alertar, principalmente a mocidade, sobre os perigos que as mesmas acarretam para a saúde do indivíduo e, consequentemente, para a família e para a coletividade. Vamos, em linhas gerais e em linguagem a mais acessível, abordar este assunto assinalando como se apresentam estas moléstias, quais as principais, o modo de se verificar o contágio, as consequências que as mesmas acarretam e a

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 29 de 216 possibilidade de evitá-las ou curá-las (DIA ANTI VENÉREO, 1947, p. 7).

A ideia na época era, por meio da oralidade, transmitir conhecimentos acumulados ao longo da história. No decorrer dos anos, foram se formando outros contextos de surgimento e ressurgimentos de doenças e tipos resistências aos agentes de doenças infecciosas, como por exemplo, a introdução de microrganismos HIV. Já não se abordam mais as doenças venéreas no microuniverso, pois a população cresceu, as escolas se multiplicaram e a modernidade criou formas diferenciadas de comunicação e outros estilos de vida. Nos últimos 50 anos ocorreram mudanças no relacionamento das pessoas e com o conhecimento, na atribuição de termos e na interpretação dos mesmos no meio social, o que permitiu a dinamicidade e a capacidade de adaptação ao novo mundo criado pelas tecnologias. Um olhar explicativo para estes contextos pode vir de Navarro et al.

A degradação socioecológica, resultante de processos de transformação social orientados por modelos de desenvolvimento predatórios, revelou-se como responsável pela disseminação de novos agentes etiológicos e como determinante de mudanças do padrão epidemiológico de doenças [...] como dengue, febre amarela e doenças respiratórias, essas ultimas tendo como etiologia a qualidade do ar e das regiões urbanas. [...] A epidemia do HIV modificou a tendência epidemiológica de várias doenças e revelou a necessidade de revisão de conceitos e atitudes cristalizados, que orientavam a prática dos controles de doença em saúde pública (NAVARRO, 2010, p. 38).

A potencialização destas doenças se deve à resistência dos microrganismos e às mudanças de comportamento social e a variação e diversidade cultural inseriram-se nas decisões individuais e coletivas. Logo, fatores internos – aprendizagem - e externos - sistema de ensino – mudaram as dimensões sociocultural e política no processo de desenvolvimento humano. Castiel (2010), usando palavras K. Dean, C. Colomer e S. Pérez-Hoyos (1995), diz que o valor da pesquisa para estudar aspectos comportamentais é relevante porque “precisa enfocar a complexidade inerente aos modos de viver [... podendo] integrar conhecimentos e habilidades epidemiológicas e das ciências sociais com o fim de estudar padrões de comportamento nos contextos nos quais ocorrem” (CASTIEL, 2010, p. 129).

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persistência para promover transformações direcionadas à saúde, ao crescimento pessoal e institucional tendo como primeira meta a organização de atividades. É possível imaginar uma comparação com um modelo de ações ecossistêmicas que contém conjuntamente a saúde, o ambiente e estilos vida. Quando nos referimos a estas questões, termos positivos que compõem o campo semântico da reflexão podem ser resumidos na sustentabilidade ecológica, democracia, direitos humanos, justiça social e QV (MINAYO, 2010).

Poder-se-ia projetar um processo de construção constituído de uma série de ações com o compromisso de cumplicidade com todas as faixas etárias que corroborem para a qualidade de vida, bem-estar e de compartilhamento disseminando as condições de diálogo e comunicação. Navarro et al. (2010) explicam que em nível mundial, os países estão estudando as questões das doenças transmissíveis, as quais se propagam e são de difícil contenção. No Brasil,

observando-se a epidemia por região em um período de 10 anos, 2001 a 2011, a taxa de incidência caiu no Sudeste de 22,9 para 21,0 casos por 100 mil habitantes. Nas outras regiões, cresceu: 27,1 para 30,9 no Sul; 9,1 para 20,8 no Norte; 14,3 para 17,5 no Centro-Oeste; e 7,5 para 13,9 no Nordeste. Vale lembrar que o maior número de casos acumulados está concentrado na região Sudeste (56%) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).

Dando continuidade histórica às ações da Escola Técnica de Curitiba, transformada na década de 1970 em Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná - CEFET-PR1, teve início uma política de desenvolvimento e valorização dos recursos humanos por meio de cursos de aprimoramento para melhorar os serviços e os relacionamentos da comunidade acadêmica. Eles eram intitulados e nomeados segundo os conteúdos e o tipo de política almejada pela Instituição. Os programas, constituídos por apostilas, cartilhas e textos, abrangiam diferentes aspectos da qualidade de vida: “Higiene e segurança no trabalho”; “Prevenção de acidentes de trabalho”; “Administração de Materiais”, “Auditoria”; “Chefia e Liderança”; “Relações Humanas no Trabalho”; “Laboratório de Relações Humanas”; “Noções básicas de Primeiros Socorros”; “Relações Interpessoais no Trabalho” e “Técnicas de Atendimento ao Público”. Outros cursos – contabilidade, informática, redação, técnicas de aperfeiçoamento para zeladores, legislação, comunicação empresarial -

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O CEFET-PR se transformou em Universidade Tecnológica Federal do Paraná em 2005. Lei nº 11.184/2005.

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também promoviam o desenvolvimento humano, mas estavam centrados prioritariamente na formação técnica, cognitiva e profissional.

A partir de 1989, foi criada pela Diretoria Geral uma comissão interna de prevenção de acidentes nomeada “Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do CEFET-PR” para gerir assuntos de higiene e segurança do trabalho. O Regulamento da Comissão Permanente de Prevenção de Acidentes do CEFET-PR foi aprovado no ano seguinte (1990). As ações para alcançar estas metas aconteceram por meio de cursos de treinamentos internos, atividades de conscientização, participação em eventos, publicações e medidas de prevenção.

A primeira semana interna de prevenção de acidentes do trabalho ocorreu entre 2 e 6 de dezembro de 1991, e contou com a participação dos servidores. “Segurança, não basta falar, TEM QUE PRATICAR” (CENTRO FEDERAL..., 1991). Foram discutidos temas divididos por áreas de conhecimento ou de atuação, conforme o programa do evento (ver Figura 1 e Figura 2).

[...] 15h50 às 16h40 – AIDS – Enf. Carolina Bocchi Maia – Enfermeira do Trabalho da Telepar [;] 20h20 às 21h10 – ECOLOGIA – Movimento de Ação Ecológica [;] 8h20 às 9h10 – EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO – Patrulheiro Minelli – Polícia Rodoviária Federal (CENTRO FEDERAL..., 1991).

Figura 1- Frente do folder I SIPAT Figura 2 – Verso do folder I SIPAT

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 32 de 216 Fonte: Acervo da autora. Fonte: Acervo da autora.

Em 1994, foi designado o Conselho de Qualidade para traçar diretrizes para o “Programa de Qualidade CEFET-PR”. Era uma política social que requeria investimentos e vontade da comunidade para cuidar do ambiente e das pessoas. O objetivo era que este grupo estabelecesse diretrizes norteadoras para “incentivar a busca constante de soluções das atividades conflitantes, bem como estimular a viabilização da implantação de melhorias e acompanhar e avaliar o Programa de Qualidade CEFET-PR” (CENTRO FEDERAL..., 1994).

Ações preventivas da saúde e qualidade de vida foram propostas pela professora Cleonice Mendonça Pirolla, responsável pelo Setor de Recrutamento e Treinamento da Instituição. Tudo começou em 1993, quando o CEFET-PR fez uma parceria com a senhora Conceição de Maria Braga Coelho Contin, Secretária Executiva do Comitê de Entidades Públicas no Combate à Fome e pela Vida (COEP-PR), criado por Herbert de Souza, o “Betinho”, conforme depoimento da professora.

Eu estava sempre à procura de Associações de Recursos Humanos com objetivo de formar Networks. [...] A parceria com o COEP teve resultados muito bons, pois as entidades tinham objetivos parecidos. As pessoas se reuniam e trocavam informações de como promover a qualidade de vida no trabalho. Prestavam orientação sobre currículos para a comunidade externa (PIROLLA, 2013).

A parceria viabilizou a participação do CEFET-PR nos programas do COEP-PR, em especial naqueles que se referiam à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS)2, às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e às substâncias psicoativas (COEP-PR, 1999). Foram ofertados cursos ligados à capacitação e treinamento aos técnicos administrativos e docentes, e também foi criada a “sala azul” no Centro de Desenvolvimento de Pessoas (CEDEP), assim nomeada simbolicamente para distingui-la dos demais ambientes institucionais.

Cabia ao CEFET-PR disponibilizar vagas para o COEP-PR em cursos básicos de informática, línguas ou técnico de curta duração, ministrar palestras, enviar agentes de prevenção (multiplicadores) e promover doações provenientes de

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Em inglês a sigla significa Acquired Immune Deficiency Syndrome, ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), cujas siglas identificam a doença também em outros países.

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campanhas internas. A contrapartida do COEP-PR restringia-se às incumbências de divulgar as atividades e palestras para a comunidade carente e distribuir folhetos educativos.

Implantou-se, também, a informatização do setor de recursos humanos para os servidores. Foram criados o Sistema de Avaliação Institucional (SIAV) e as pesquisas de Clima Organizacional, com o objetivo de levantar as necessidades dos servidores por meio das respostas de questionários investigadores do tema qualidade de vida no trabalho. Havia um grupo de servidores que realizou ações complementares a esta no sentido de proteger o meio ambiente (ver Figura 3).

Estamos encaminhando exemplar da Mensagem 01/97 de CQSM [Conselho da Qualidade, Segurança e Meio Ambiente do CEFET-PR]. A ideia principal destas mensagens é a de provocar a reflexão sobre a temática do CQSM, abordados em publicações de entidades de renome. Nas mensagens anteriores, encaminhadas no final do ano passado, abordamos a interconexão das questões da segurança e saúde no trabalho aos aspectos fundamentais da Qualidade (ROMANO, 1997).

Figura 3- Imagem do Memorando do Conselho de Qualidade, Saúde e Meio Ambiente

Fonte: Diretoria de Planejamento e Administração-UTFPR.

Durante os anos de 1999 e 2000, foram ofertados cursos modulares para qualificar profissionais em parceria com Sociedade Alemã para Qualidade (DGQ)3. Os docentes eram auditores argentinos e brasileiros credenciados pela DGQ/Alemanha. Os objetivos

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 34 de 216 se para a implantação de um Sistema de Gestão de Qualidade de acordo com as normas ISO 9000. Quanto aos conteúdos, estes se restringiam à gestão da qualidade e auditorias internas segundo os títulos dos cursos: “Coordenador da Qualidade e Auditor Interno”; “Gerente da Qualidade e Auditor”. Todos que convivem na Instituição são seres humanos e precisam da saúde integral – física, mental, emocional, espiritual, material - para desenvolver suas atividades.

Na medida em que as ações foram se implantando, os conhecimentos se multiplicaram e deram origem a ideias de procedimentos, atitudes e comportamentos diferenciados dissolvendo as dualidades e evitando julgamentos. Cursos, eventos, comemorações, lazer e divulgação foram sendo adaptados e aperfeiçoados sem perder de vista a busca pela qualidade de vida no trabalho. A Direção do CEFET-PR foi criando e transformando programas de prevenção paralelos ao sistema de ensino que complementassem as necessidades, a complexidade do pensamento e dificuldades humanas para solucionar problemas e tomar decisões. O objetivo era promover a saúde e estabelecer relações com o conjunto de valores almejado - solidariedade, cidadania, participação e revalorização da ética da vida – com ações coordenadas combinando estratégias de intervenção e implicando diferentes setores sociais (UCHÔA, 2010).

4. Pinceladas da história do Programa CIMCO/UTFPR em

Curitiba-PR

O Programa Comunidade Integrada na Multiplicação de Conhecimentos (CIMCO), instituído oficialmente no sistema CEFET-PR, através da Portaria nº 296, de 2 de abril de 1998 (CENTRO FEDERAL..., 1998), foi adquirindo corpo e a apropriação da ideia pela comunidade, especialmente pelo aumento de adesão dos servidores e alunos aos eventos do Programa (PROGRAMA CIMCO, 2014). Entre novembro de 1996 e julho de 1998, o interesse dos servidores pelo Programa cresceu em números, passando de 19 para 32 multiplicadores, segundo mensagem eletrônica de Denise Lorenzi, coordenadora das “Campanhas Educativas e Preventivas sobre DST/AIDS” para os participantes.

Para que todos possam dar sua contribuição de forma a não acarretar acúmulos e o grupo trabalhar com sinergia, precisamos de um regulamento a respeito das atitudes e deveres de cada um de nós. Para isso, solicito-lhe

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 35 de 216 a gentileza de estudar a proposta abaixo [Projeto Piloto de Regulamento do Programa CIMCO/AIDS], acrescentando ou sugerindo alterações para nosso crescimento, enquanto grupo (LORENZI, 1998).

Desde 1978 até 2004 (CEFET-PR) e entre 2005 e 2014 (UTFPR), a Instituição tem experimentado a aplicação de estratégias promotoras do crescimento e expansão da educação pública de qualidade. No lema de sua missão para desenvolver a educação tecnológica de excelência, inserem-se as dimensões da ética, da sustentabilidade e da inovação em todas as suas atividades de ensino pesquisa e extensão. A Instituição continua investindo na melhoria do ambiente de trabalho, onde convivem as pessoas responsáveis pela oferta de serviços que sejam inclusivos e satisfatórios.

Neste sentido, desde 1996, existe o CIMCO, o qual tem registrado na sua história os esforços para promover a saúde e a QV dos servidores públicos. Ele faz parte das políticas e diretrizes institucionais retratadas nos relatórios de gestão para o avanço da educação e cidadania (PROGRAMA CIMCO, 2014).

Este tipo de ação nasceu na concepção de universidade interativa com a comunidade quando ela ainda era Escola Técnica. Em 1989, no sul do país, o Departamento de Ciências Fisiológicas (DCF) deu início ao trabalho extensionista conhecido como Projeto Educativo e Preventivo sobre Drogas Psicotrópicas, uma atividade da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG) que tinha como objetivos a educação, a prevenção ao uso de drogas, incluindo a redução de danos. A partir dos anos 1990, teve início a “abordagem multidimensional” para o tema, com estratégias prevencionistas de múltiplos enfoques de acordo com as características sociodemográficas da população. Firmaram-se os princípios de multidisciplinaridade nos programas de prevenção e a busca era chegar à transdisciplinaridade dos saberes e conhecimentos (SILVA; SILVA, 2014).

Em 1996, no CEFET-PR, por intermédio da Divisão de Recrutamento Seleção e Desenvolvimento de Pessoas - DRESP, ligada à Diretoria de Finanças e Pessoal, a professora Cleonice Mendonça Pirolla liderou este movimento. A iniciativa estava inserida em uma etapa educacional importante na formação e treinamento de grupos com potencialidade de multiplicar conhecimentos, a fim de preparar e desencadear

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ações preventivas.

O ato de “prevenir” tem por objetivo principal a redução de riscos e pode evitar situações que venham a denegrir a QV daqueles que trabalham e se relacionam institucionalmente. O Programa que foi primeiramente nomeado como “CEFET Integrado na Multiplicação de Conhecimentos” (CIMCO) tinha como proposta lançar sementes que estimulassem as mudanças de atitudes, hábitos e a criação de valores por meio de atividades que introduzissem ações diferenciadas em aspectos sociais e ambientais no cotidiano do trabalho.

Estas ideias tiveram continuidade e atravessaram as mudanças administrativas e políticas internas com sucesso durante estas duas últimas décadas. A preocupação da Diretoria do CEFET-PR era lidar com o crescente número de servidores, alunos e da comunidade externa que apresentava diagnósticos propensos à contaminação. A realidade apontava a necessidade premente para desenvolver ações de sensibilização que ocasionassem efeitos de intercâmbio de relações e multiplicação de conhecimentos (PIROLLA, 2013).

Segundo depoimento, as origens deste Programa de cunho social estão marcadas pelo pedido da Diretoria do CEFET-PR para a criação de um setor de capacitação e treinamento. Os contatos e interações com instituições e pessoas ocorreram com a intervenção da professora Cleonice, que conhecia a assistente social Clarice Callo, presidente da organização não-governamental “Pela Vidda” (sic) - Valorização, Integração e Dignidade do Doente de Aids -, pediu a ela colaboração para desenvolver ações conjuntas de QV (PIROLLA, 2013).

A apresentação, para a Diretoria do CEFET-PR, do projeto intitulado “A vida é uma grande Empresa” que já estava em fase de desenvolvimento na Organização Não Governamental “Pela Vidda” selou a parceria entre as partes. Durante o primeiro ano as atividades conjuntas aconteceram por meio de palestras, treinamentos, levantamento de necessidades, definição de equipes e de ações (PIROLLA; IAGHER, 2010).

A forte atuação dos multiplicadores ganhou reconhecimento da comunidade interna e externa. Por exemplo, em 1998, houve uma ação isolada que motivou o

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trabalho de prevenção à AIDS e drogas na praia Barra do Saí, no Estado de Santa Catarina, atingindo 80 jovens na faixa etária de 13 a 25 anos, em condições de risco (PIROLLA, 2013).

Nas áreas comuns da Instituição, na década de 1990, era feita a panfletagem no pátio, com informações sobre AIDS, com o objetivo de atingir a comunidade cefetiana, alunos e servidores. Foi organizado, então, o “diário de bordo”, um gênero literário de divulgação no modelo de informativo nomeado “Guias de qualidade de vida” que tratava de assuntos como: prevenção de DSTs e substâncias psicoativas, economia de água e higiene. Eles eram afixados em um suporte de madeira nas paredes e portas das toaletes, porque são espaços considerados de grande assiduidade de frequência. Esta ação era de responsabilidade dos voluntários. Porém, os alunos tinham outras ideias para a multiplicação dos conhecimentos além da divulgação por cartazes e palestras.

Houve uma época que a gente percebeu que os alunos não estavam tendo muito interesse pelas palestras. Aí um dia eu perguntei: “gostaria de saber, então, com vocês quais seriam os temas que vocês gostariam que abordassem e de que forma? Eles falaram: Ah! Não adianta. Talvez, da forma que a gente gostaria vocês nunca iriam trazer. Falei: fale aí quem sabe, né? o aluno disse a gente gosta mais assim tipo um show. Aí fomos buscar instrutores que fossem mais dinâmicos, que trouxessem uma forma mais direta pra eles, daí começou a entrar o teatro, também. O teatro, também, nos ajudou muito fazendo performances [na época e está até agora]. Fizemos até performance sobre a dengue. Fizemos um filminho e foi apresentado. Fizemos o teatro da dengue. Muita coisa! Os alunos fizeram campanhas magníficas de doação (PEREIRA, 2014).

Na medida em que a professora Cleonice Mendonça Pirolla mudava de função na Instituição, o Programa CIMCO a acompanhava para outros espaços da Instituição. Sua meta educativa de lançar sementes está divulgada em revistas, sobretudo no periódico “Tecnologia & Humanismo”. Em 2005, na mudança de categoria institucional, houve a preocupação em manter a mesma sigla do Programa. Esta continha a presença da marca CEFET-PR na letra C, que foi substituída pela palavra “Comunidade” que começa também com a letra C. Vale lembrar que “a Instituição enquanto universitária não foi criada e, sim, transformada em 2005, a partir do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná” (MATUICHUK; SILVA, 2010).

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Hoje, o “Programa Comunidade Integrada na Multiplicação de Conhecimentos” tem um espaço singular e “único” em Curitiba-PR, para desenvolver suas atividades de prevenção e QV enquanto programa de extensão. Ele faz parte do Departamento de Extensão, vinculado `Diretoria de Relações Comunitárias da UTFPR.

Oito temáticas compõem os trabalhos considerados de extensão ao processo ensino-aprendizagem formal: educação, saúde, direitos humanos, tecnologia, trabalho, comunicação, cultura e meio ambiente. Neste sentido, a multiplicação de conhecimentos na educação preventiva e a formação acadêmica cidadã foram se fortalecendo ainda mais com a criação em 2010 de quatro núcleos diretamente ligados à Pró-Reitoria de Relações Empresariais e Comunitárias: 1) Núcleo de Educação e Direitos Humanos (NUEHD); 2) Núcleo de Saúde & Meio Ambiente (NUSMA) ao qual está vinculado o Programa CIMCO; 3)Núcleo de Cultura e Comunicação (NUCCOM); 4) Núcleo de Trabalho, Tecnologia e Produção (NUTTEP) com o Programa de Tecnologia Assistiva (PROTA) (UNIVERSIDADE..., 2014).

O e-mail enviado para os servidores (Figura 4) em 2015 reforça a continuidade das ações preventivas contra o desenvolvimento de doenças sexualmente transmissíveis pelo Programa CIMCO-UTFPR, que tem acompanhado um trabalho em nível mundial de combate à proliferação do vírus HIV e distribui cada ano o símbolo de esperança e apoio às pessoas que corroboram com este movimento. A presença contínua da tecnologia da comunicação e disseminação de novos agentes etiológicos beneficia-se mutuamente na medida em que um maior público tem sido informado.

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 39 de 216 Figura 4 – O CIMCO continua na luta

Fonte: Programa CIMCO/UTFPR4

As ideias de QV por meio da prevenção de doenças têm tido continuidade e as estatísticas mundiais são dinâmicas e apontam a crescente necessidade de ações preventivas. Por isso, acredita-se que o conceito de QV que inclui o ser humano no seu meio cultural, valorativo e educacional sinaliza a necessidade de inserir ações preventivas que complementam a integralidade biopsicossocial do indivíduo.

Atento a essa realidade, o governo brasileiro tem desenvolvido e fortalecido diversas ações para que a prevenção se torne um hábito na vida dos jovens. A distribuição de preservativos no país, por exemplo, cresceu mais de 45% entre 2010 para 2011 (de 333 milhões para 493 milhões de unidades). Os jovens são os que mais retiram preservativos no Sistema Único de Saúde (37%) e os que se previnem mais. Modelo matemático, calculado a partir dos dados da PCAP de 2008, mostra que quanto maior o acesso à camisinha no SUS, maior o uso do insumo. A PCAP é a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas relacionada às DST e Aids da População Brasileira de 15 a 64 anos de idade (AIDS NO BRASIL, 2014).

Todos que convivem na Instituição são seres humanos e precisam da saúde integral – física, mental, emocional, espiritual, material - para desenvolver suas atividades. “A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade”

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FERRARI, Maria Dolores. O Laço Vermelho [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <doloresferrari@utfpr.edu.br> em 1 dez. 2014.

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(CONSTITUIÇÃO..., 2013). O CIMCO corrobora com esta norma magna por meio de ações de prevenção materializadas em atividades de extensão.

Últimas considerações

Apreciando a importância da visão complexa do construto ideológico, o tema da QV em uma Instituição de Ensino Superior pode ser abordado com a produção e multiplicação de saberes e conhecimentos. Conclui-se que na UTFPR o bem-estar do servidor está conectado com a relevância da informação e a multiplicação de conhecimentos, as quais fundamentam as ações de prevenção na busca pela “almejada” qualidade de vida.

Ao privilegiar as abordagens histórico-social, epistemológica e ontológica das ações institucionais de QV foi possível ampliar a visibilidade institucional e reconstituir partes da memória deste Programa. Agregado a isto, estaria a forma de divulgação de informações com amplitude inter e transdisciplinar para alcançar os diferentes públicos. Verificou-se a atuação e o engajamento dos idealizadores e idealizadoras do Programa na multiplicação de conhecimentos para prevenção da saúde.

Neste sentido, como foi visto, a Instituição tem desenvolvido ações de prevenção de doenças por meio do Programa CIMCO, desde 1996, estimulando à adesão de comportamentos e atitudes saudáveis e responsabilidade social. Mas, a iniciativa de realizar palestras como ação para multiplicar conhecimentos antecedeu esta data de criação e privilegiou também as ações de prevenção. Segundo o dicionário Aurélio Buarque de Hollanda (2001), prevenção como a preconizada pelo dia Anti-Venéreo, é "vir antes, avisar; preparar; impedir que se realize; antecipar uma informação; alertar sobre algo". A prevenção então é o ato ou efeito de prevenir, a disposição ou preparo antecipado; é o trabalho com valores, sentido da vida e com o projeto existencial de cada ser humano.

Pouca coisa mudou quanto às estatísticas de AIDS e DST’s durante esta trajetória do CIMCO apesar das ações preventivas. O crescimento dos casos de AIDS entre os jovens, especificamente entre os homossexuais, é uma das “grandes preocupações” do Ministério da Saúde. Em 2010, o governo apontava que o país abrigava 630 mil infectados. Então as campanhas e programas de prevenção não podem parar e a Instituição reconhece a importância da sua continuidade.

Estão abertas portas para um maior engajamento pessoal às atividades do Programa e às iniciativas governamentais. Dos diários de bordo, partiu-se para sites, mensagens

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 41 de 216 eletrônicas (Broadcast), murais e eventos. Todavia, as contradições se apresentam em nível de relacionamentos institucionais, pois a tecnologia provoca ruídos entre os interlocutores. Muitas vezes, a comunicação pessoal reforça a virtual e este momento é deixado de lado como se ele fosse desnecessário.

Hoje, os professores contam com a participação do Programa também para complementar seus conteúdos didáticos. Eles participam do que se chama de “Prevenção em Sala”. Todos ganham com estas parcerias que já fazem parte da rotina do CIMCO/UTFPR. São repassadas para a Comunidade mensagens institucionais em forma de panfletos, filipetas, fôlderes, cartazes e meios eletrônicos.

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Sobre as autoras

Maria Dolores Ferrari - Mestre em Tecnologia pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFPR – Curitiba – Paraná – Brasil, Avenida Sete de Setembro, 3165 – Rebouças – CEP 80230-901 Curitiba – Paraná.

doloresferrari@utfpr.edu.br

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 45 de 216 Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Professora titular da

Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR – Curitiba – Paraná – Brasil, Avenida Sete de Setembro, 3165 – Rebouças – CEP 80230-901 Curitiba – Paraná.

macloviasilva@ufpr.edu.br

Data de submissão: 03/03/2015 Data de aceite: 23/07/2015

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Figura 3- Imagem do Memorando do Conselho de Qualidade, Saúde e Meio Ambiente

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