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TCE INFORMÁTICA Dados Abertos Prof. Marcelo Ribeiro

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Academic year: 2021

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INFORMÁTICA

Dados Abertos

Prof. Marcelo Ribeiro

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Informática

DADOS ABERTOS

A política de dados abertos possui potenciais diversos, como a melhoria da gestão pública, pro-vimento da transparência, o fomento ao controle social, a promoção da participação social e o apoio à inovação. Por outro lado, há riscos associados, como, por exemplo, o comprometimen-to tancomprometimen-to do acesso às informações, quancomprometimen-to da segurança das informações disponibilizadas. O Governo Federal há anos vem realizando iniciativas referentes a governo aberto na Adminis-tração Pública Federal, tendo passado a integrar a Parceria para Governo Aberto (Open Gover-nment Partnership – OGP) em 2011, instituindo a política de dados abertos em 2012, além de ter implementado diversos sites de dados governamentais abertos.

Verifica-se que há grande volume de dados públicos de interesse coletivo ou geral (dados passí-veis de serem abertos) e que novas tecnologias surgem como ferramentas para coleta, armaze-namento e processamento de dados em grandes volumes, velocidade e variedade, a exemplo do chamado Big Data, com potencial de geração de conhecimento e insumos para a tomada de decisão com objetivos estratégicos, levando à transparência e modernização da gestão pública. O governo aberto também é definido como uma doutrina de governança que estabelece o di-reito dos cidadãos a acessar documentos e procedimentos do governo, de forma a permitir supervisão por parte da sociedade.

Dados Abertos são a publicação e disseminação de dados na Web, compartilhados em formato bruto e sem restrições de uso, de forma que possibilitem a compreensão automatizada, permi-tindo a criação de aplicações digitais.

O movimento de Dados Abertos surgiu como uma demanda social para aumentar a transparên-cia, a colaboração e a participação dos cidadãos nas políticas e ações de governo.

Os dados são considerados abertos quando estão disponíveis em formato compreensível por máquina, podem ser utilizados livremente e redistribuídos por e para qualquer pessoa.

DISPONIBILIDADE E ACESSO

O dado precisa estar disponível por inteiro e por um custo razoável de reprodução, preferen-cialmente por meio de download na Internet; também deve estar num formato conveniente e modificável.

REÚSO E REDISTRIBUIÇÃO

O dado precisa ser fornecido em condições que permitam reutilização e redistribuição, incluin-do o cruzamento com outros conjuntos de daincluin-dos.

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PARTICIPAÇÃO UNIVERSAL

Todos podem usar, reutilizar e redistribuir, não havendo discriminação contra áreas de atuação, pessoas ou grupos (não são permitidas restrições como “não comercial”, que impedem o uso comercial, e restrições de uso para certos fins, como “somente educacional”).

Dados abertos são os dados que qualquer pessoa pode livremente utilizar, reutilizar e redis-tribuir, criando novos conteúdos e aplicações. Para tanto, os dados abertos adotam formatos técnicos não proprietários e licenças que permitam sua livre reutilização, exigindo apenas que se credite a fonte.

A adoção de uma política de dados abertos governamentais estimula a disseminação de dados públicos na internet, proporcionando um maior acesso à informação e fortalecendo o controle social.

Os dados abertos estimulam a criação de novas soluções por parte da sociedade, em atendi-mento a demandas diversas, gerando emprego e renda para a população.

Dados Abertos possibilitam o desenvolvimento de diversas ferramentas que aumentam a ca-pacidade da sociedade em assumir seus direitos e obrigações cívicas. A inclusão digital, a infor-matização dos procedimentos governamentais e a integração entre os diversos repositórios de dados públicos gera crescentes demandas da população por mais transparência e participação por meio das redes digitais.

De maneira geral a sociedade (grupos organizados, iniciativa privada, grupos acadêmicos, etc.) têm a capacidade de cruzar informações de diversas fontes e desenvolver aplicações e serviços que resolvam demandas de grupos específicos da sociedade.

Essa estratégia beneficia não só a sociedade mas também o governo uma vez que transfere para a sociedade o provimento de serviços que muitas vezes não estão dentre suas prioridades. É muito importante perceber a gama de aplicações que a sociedade é capaz de desenvolver. Por outro lado, na medida em que mais dados governamentais estejam disponíveis de forma aberta, espera-se que o próprio governo passe a gradualmente utilizar esses dados como plata-forma de ágil integração entre sistemas de inplata-formação, assim promovendo a interoperabilida-de interoperabilida-dentro da esfera pública.

Além disso, essas integrações são benéficas, ainda, no sentido de tornar as iniciativas de dados abertos algo permanente e sustentável, na medida em que o próprio governo passe a depen-der delas. Portanto, faz sentido como estratégia de abertura de dados estimular o consumo pelo governo de dados abertos governamentais.

Dados abertos governamentais são dados produzidos pelo governo e colocados à disposição das pessoas de forma a tornar possível não apenas sua leitura e acompanhamento, mas tam-bém sua reutilização em novos projetos, sítios e aplicativos; seu cruzamento com outros dados de diferentes fontes; e sua disposição em visualizações interessantes e esclarecedoras.

Dados abertos, especialmente os governamentais, são um ótimo recurso ainda muito pouco explorado. Muitos indivíduos e organizações coletam uma ampla gama de diferentes tipos de dados para executar suas tarefas. O governo é particularmente importante nesse contexto, tan-to por causa da quantidade e da centralidade dos dados que coleta quantan-to pelo fatan-to de que tais dados são públicos, um direito garantido no artigo 5º da Constituição Federal brasileira.

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É possível notar um grande número de áreas e atividades em que os dados abertos estão ge-rando valor, e há potencial para muito mais. Entre essas áreas estão:

• Transparência e controle democrático; • Participação popular;

• Empoderamento dos cidadãos;

• Melhores ou novos produtos e serviços privados; • Inovação;

• Melhora na eficiência de serviços governamentais; • Melhora na efetividade de serviços governamentais; • Medição do impacto das políticas;

• Conhecimento novo a partir da combinação de fontes de dados e padrões.

No Brasil, apesar de existirem programas avançados de transparência pública – como, por exemplo, de transparência orçamentária –, ainda são raríssimos os órgãos ou secretarias que disponibilizam dados abertos. No melhor dos casos, há dados disponíveis para visualização, mas existem inúmeras barreiras técnicas, e até políticas, para que sejam reutilizados pela socie-dade na criação de novos projetos e serviços.

Mesmo com a escassez de bases de dados governamentais à disposição para se criarem novos projetos, há exemplos de sítios similares aos que têm surgido em outros países. Esses serviços brasileiros foram criados e desenvolvidos voluntariamente por hackers ou programadores inde-pendentes interessados em questões públicas.

O Portal Brasileiro de Dados Abertos (dados.gov.br) usa a definição de dados abertos proposta pela Fundação do Conhecimento Aberto (OKF - Open Knowledge Foundation). O portal toma como refe-rência as chamadas três leis (regras) e os oito princípios que devem reger os dados abertos.

3 LEIS DOS DADOS ABERTOS GOVERNAMENTAIS:

1. Se o dado não pode ser encontrado e indexado na web, ele não existe;

2. Se não estiver aberto e disponível em formato compreensível por máquina, ele não pode ser reaproveitado;

3. Se algum dispositivo legal não permitir sua replicação, ele não é útil.

8 PRINCÍPIOS DOS DADOS ABERTOS GOVERNAMENTAIS

1. Completos: todos os dados públicos estão disponíveis. Dado público é o dado que não está sujeito a limitações válidas de privacidade, segurança ou controle de acesso.

2. Primários: os dados são apresentados tais como os coletados na fonte, com o maior nível possível de granularidade e sem agregação ou modificação.

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3. Atuais: os dados são disponibilizados tão rapidamente quanto necessário à preservação do seu valor.

4. Acessíveis: os dados são disponibilizados para o maior alcance possível de usuários e para o maior conjunto possível de finalidades.

5. Compreensíveis por máquinas: os dados são razoavelmente estruturados de modo a pos-sibilitar processamento automatizado.

6. Não discriminatórios: os dados são disponíveis para todos, sem exigência de requerimento ou cadastro.

7. Não proprietários: os dados são disponíveis em formato sobre o qual nenhuma entidade detenha controle exclusivo.

8. Livres de licenças: os dados não estão sujeitos a nenhuma restrição de direito autoral, pa-tente, propriedade intelectual ou segredo industrial. Restrições sensatas relacionadas à pri-vacidade, segurança e privilégios de acesso são permitidas.

QUAIS SÃO OS DADOS ABERTOS

No processo de abertura de dados, o foco não está em dados pessoais, mas naqueles que não contêm informação sobre indivíduos específicos.

Da mesma forma, para alguns tipos de dados governamentais, podem ser aplicadas restrições de segurança nacional.

Fala-se aqui dos dados governamentais públicos, aqueles que já estão ou deveriam estar expostos para a sociedade e que, assim, têm o potencial de se tornarem abertos, garantindo sua reutilização em novos projetos.

A disponibilização de conjuntos de dados brutos, próximos do formato em que foram colhidos na fonte, com o máximo de detalhamento possível, permite que outras pessoas usem os dados não apenas para leitura.

EFEITOS DOS DADOS ABERTOS GOVERNAMENTAIS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS

INCLUSÃO

Fornecer dados em formatos padronizados abertos e acessíveis permite que qualquer usuário utilize qualquer ferramenta de software para adaptá-la às suas necessidades;

TRANSPARÊNCIA

Informações do setor público abertas e acessíveis melhoram a transparência, pois as partes interessadas podem usá-las da maneira mais adequada ao seu propósito, obtendo uma ideia melhor do governo;

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RESPONSABILIDADE

Os conjuntos apropriados de dados abertos, devidamente associados, podem oferecer vários pontos de vista sobre o desempenho do governo no atingimento de suas metas em políticas públicas..

É um consórcio internacional com a missão de conduzir a Web ao seu potencial máximo, crian-do padrões e diretrizes que garantam sua evolução permanente. Mais de 80 padrões foram publicados, entre eles HTML, XML, XHTML e CSS.

O W3C no Brasil vem reforçar os objetivos globais de uma Web para todos, em qualquer apare-lho, baseada no conhecimento, com segurança e responsabilidade.

Dados consolidados reúnem informações de todos os órgãos jurisdicionados do TCE-RS para um determinado período.

• Despesa orçamentária por empenhos • Balancete de despesa consolidado • Balancete de receita consolidado

• Dados da Gestão Fiscal do Poder Legislativo Municipal • Disponibilidades Financeiras da Previdência

• Despesas da Previdência • Receitas da Previdência • Índice de Aplicação em Saúde • Despesa Saúde

• Índice de Aplicação em Educação • Despesa Educação MDE

• Dados da Gestão Fiscal do Poder Executivo Municipal e Dados MDE e ASPS

De acordo com a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), existem 3 princípios-chave a serem levados em consideração para a construção de um governo aberto:

RESPONSABILIZAÇÃO E PRESTAÇÃO DE CONTAS (ACCOUNTABILITY)

É necessário que existam mecanismos que possibilitem aos cidadãos fiscalizarem o governo quanto ao desempenho de suas políticas e de seus serviços;

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TRANSPARÊNCIA

Disponibilização de informações confiáveis, relevantes e tempestivas sobre as atividades do governo, de forma que os cidadãos compreendam as ações realizadas por ele;

PARTICIPAÇÃO SOCIAL

O governo deve escutar os cidadãos e levar em consideração os seus anseios, tanto no desenho quanto na implementação das políticas públicas e serviços públicos prestados.

O Brasil é reconhecido como um protagonista no cenário internacional no que diz respeito a governo aberto, tendo sido convidado para compor, juntamente com outros países, a Parceria para Governo Aberto (OGP - Open Government Partnership), à qual foi o primeiro a presidir, juntamente com os EUA.

A OGP é uma iniciativa internacional que pretende difundir e incentivar globalmente práticas governamentais relacionadas à transparência dos governos, ao acesso à informação pública e à participação social.

No lançamento da Parceria, os 8 países fundadores (África do Sul, Brasil, Estados Unidos, Fili-pinas, Indonésia, México, Noruega e Reino Unido) assinaram a Declaração de Governo Aberto (peça 35), em que reconheceram a reivindicação da sociedade por mais abertura nos governos e se comprometeram com os princípios e com os objetivos de um governo aberto.

Segundo a Declaração de Governo Aberto (peça 35, p 1-3), para um governo ser considerado aberto, ele deve se comprometer a:

• aumentar a disponibilidade de informações sobre atividades governamentais; • apoiar a participação social;

• implementar os mais altos padrões de integridade profissional na Administração;

• aumentar o acesso a novas tecnologias que promovam a transparência e a prestação de contas.

A OGP define que um compromisso por um governo aberto deve seguir 4 princípios, sendo três deles também declarados pela OCDE:

Transparência;Participação cidadã;

Responsabilização e prestação de contas;

• Além do princípio Tecnologia e Inovação, por meio do qual o governo deve reconhecer a importância das novas tecnologias no fomento à inovação, provendo acesso à tecnologia e ampliando a capacidade da sociedade de utilizá-la.

Os compromissos da OGP devem ser estruturados em torno de um conjunto de 5 áreas de atuação, denominadas Grandes Desafios pela Parceria. Os 5 grandes desafios propostos pela

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melhoria dos serviços públicos;aumento da integridade pública;

gestão mais efetiva dos recursos públicos;criação de comunidades mais seguras;aumento da responsabilidade corporativa.

Como pode ser observado, os conceitos de governo aberto e transparência estão fortemente correlacionados e são frequentemente considerados indutores da responsabilização e da pres-tação de contas (accountability) e do combate à corrupção, à ineficiência e ao desperdício. Defensores do governo aberto costumam frisar que não se obtém a transparência somente com a edição de normas legais, mas sim com a participação de toda a sociedade civil, por meio de uma imprensa livre, de organizações não governamentais e da atuação de instâncias fisca-lizadoras dentro do próprio governo.

*Transparência Internacional (transparency.org), Open Knowledge Foundation (okfn.org) e Open Society Foundations (opensocietyfoundations.org) constituem associações não governa-mentais que se tornaram referências mundiais e que influenciam os debates e rumos adotados em diversos países no que diz respeito a governo aberto.

Segundo a definição da Fundação do Conhecimento Aberto (OKF - Open Knowledge Founda-tion):

Dados são abertos quando qualquer pessoa pode livremente usá-los, reutilizá-los e redistri-buí-los, estando sujeito a, no máximo, a exigência de creditar a sua autoria e compartilhar pela mesma licença.

O mundo digital é fortemente conectado e a busca automática é um dos seus princípios. Os mecanismos de busca automática – dentre os quais o da Google (google.com) é atualmente o mais popular – servem como indexadores do conteúdo existente na internet. Soluções como essas não exigem, por exemplo, que se conheça o endereço de rede no qual um conteúdo é dis-ponibilizado. Os indexadores permitem, por meio de palavras-chave ou frações de conteúdo, obter o endereço e então acessar o conteúdo integral procurado.

Um dado que não pode ser indexado não existe. Para que exista, o dado aberto precisa então ser disponibilizado em um local de rede livremente acessível pelos indexadores e pelos inter-nautas interessados em acessá-lo.

Outro pilar do mundo digital é o tratamento automatizado dos dados por meio de ferramentas que permitam a análise de grandes quantidades de registros sem intervenção manual. Mas, para que essa análise seja possível, é necessário que:

• o dado seja disponibilizado em formato digital, sendo possível replicá-lo em bloco no computador onde a análise ocorrerá;

• o dado respeite princípios básicos de estrutura tabular (organizados de modo que se possa associar diferentes itens e atribuir-lhes um valor, seja número ou texto);

• o dado não esteja codificado em formato que exija transformação prévia, que por sua vez requeira ferramentas proprietárias (pagas ou de acesso restrito).

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Com relação à transparência, é de senso comum que prover transparência a algo supõe infor-mar, e que informar supõe fornecer informações completas e atuais.

Tem-se que dados primários, também chamados de dados brutos, derivam tipicamente de sistemas informatizados baseados em bancos de dados.

Dados Abertos busca atingir a transparência absoluta, na qual todos os fatos informados em um sistema estejam acessíveis. A partir desses dados primários, o consumidor da informação poderá ele mesmo criar suas próprias análises ou agregações, de forma a tirar suas próprias conclusões, sem ser direcionado ou influenciado por algum intermediário que, ao aplicar regras de análise, agregação ou tradução, tenha criado algum viés ou interpretação equivocados.

Referências

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