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Análise/Diagnóstico do SIG na Câmara Municipal de

Constância

Telmo Brás (g2010287), Pedro Mendes (g2010130) telmobras@gmail.com, p.m.g.mendes@gmail.com

Mestrado em Ciência e Sistemas de Informação Geográfica – 10ª Edição Unidade Curricular de Sistemas de Informação Geográfica nas Organizações

Instituto Superior de Estatística e Gestão da Informação – Universidade Nova de Lisboa, Portugal 05/2011

TEMA PRINCIPAL: SIG nas autarquias TIPO DE ARTIGO: Caso de Estudo RESUMO

Este trabalho tem por objectivo a realização de uma análise /diagnóstico ao SIG da Câmara Municipal de Constância (CMC), com a realização deste diagnóstico pretende-se conhecer um pouco mais sobre todo o projecto de SIG da autarquia anteriormente referida, desde a sua criação compreendendo a génese do seu aparecimento passando pela análise do que é o hoje o projecto SIG, começando por fazer uma caracterização, enunciando as tecnologias implementadas, focando as questões ligadas aos recursos humanos e identificando os problemas de comunicação interdepartamental existentes. Realizado o diagnóstico que caracteriza o SIG da CMC é apresentada uma análise SWOT que como ferramenta de pensamento estratégico que é, nos permite identificar, as forças e as fraquezas as oportunidades e as ameaças do projecto de SIG em estudo, para que no capítulo seguinte possam ser apresentadas algumas formas de minimizar os problemas identificados sendo mesmo apresentados alguns projectos que poderão vir a ser desenvolvidos e que com certeza virão acentuar a importância do SIG para o funcionamento de toda a autarquia. Após a realização deste estudo devemos salientar a importância que programas como o PROSIG1 tiveram no aparecimento de muitos dos SIG municipais que hoje existem, o SIG de Constância não foi excepção embora num contexto de corporativismo em primeiro lugar com os municípios do GAT de Abrantes e mais tarde com a Associação de Municípios do Médio Tejo tendo beneficiado de economias de escala sem as quais não seria possível a existência de um SIG municipal bem apetrechado do ponto de vista tecnológico mas apresentando ainda algumas carências a nível de comunicação interdepartamental, nomeadamente no que se refere aos fluxos de informação, a nível de recursos humanos, e a nível promoção e divulgação fora da organização. Este tipo de estudos é bastante importante para que se possa perceber claramente em que ponto se está, para que se possam delinear estratégias de actuação, de forma a corresponder o melhor possível, as expectativas criadas aquando da implementação destes projectos SIG.

PALAVRAS-CHAVE: SIG, análise, diagnóstico, projectos futuros,

1 INTRODUÇÃO

A inerência geográfica associada decisões no âmbito de uma actividade, política, estratégia ou de um planeamento reveste a localização e a forma como é gerida como um factor de elevada preponderância no condicionamento destas mesmas decisões. Assim, poder-se-á afirmar que, os SIG são uma classe especial de sistemas que mantém o acompanhamento não só de eventos, actividades e coisas, mas também onde estes ocorrem e existem (Silva, 2010). Numa autarquia, qualquer tipo de informação, geográfica ou não, é um dos pilares para um desenvolvimento efectivo de políticas de gestão estratégicas desempenhando um papel fundamental como elemento integrador (Severino, 2010). Segundo Silva (2010), citando Gilfoyle et al (2004), pode-se afirmar que não existe nenhum aspecto do trabalho desenvolvido numa autarquia que não despenda de informação relevante, precisa, actualizada, disponível quando é necessária e no formato em esta é requisitada. Cada vez mais, os municípios concebem a informação

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geográfica como um recurso estratégico de incalculável valor que é necessário gerir, actualizar, manter e disponibilizar.

De acordo com Severino (2006), ”os SIG são considerados um elemento crucial no funcionamento das autarquias, cuja implementação está normalmente associada a momentos de mudança, uma vez que colocam desafios e novas metas ao funcionamento dos serviços municipais”. Silva (2010) completa esta perspectiva enumerando os alguns dos serviços municipais primários onde “desde o planeamento, passando pelas obras municipais, pelas obras particulares, pela gestão ambiental, a manutenção de estradas, até aos serviços de recursos humanos, nenhuma competência de uma Câmara Municipal pode ser bem sucedida sem informação”.

Como será abordado neste trabalho, o momento de mudança para a Câmara Municipal de Constância (CMC) foi a oportunidade de fazer parte de uma candidatura integradora e inovadora ao PROSIG. Tendo agora o projecto já alguns anos de implementação, parece importante fazer uma análise à forma como a sua introdução na autarquia de CMC reposicionou a mesma na Comunidade Digital do Médio Tejo (CIMT). Nesta análise, será possível identificar o posicionamento do projecto SIG no panorama nacional, analisando o papel que cada uma das entidades da região no contributo para a evolução dos SIG do Médio Tejo e através de uma análise SWOT identificar quais as fraquezas, forças deste projecto e quais os condicionalismos externos (oportunidades e ameaças) que o poderão influenciar o seu sucesso. É ainda pretendido identificar a tendência de crescimento e evolução das tecnologias empregues nos SIG do Médio Tejo Digital e perceber a forma como poderão a ajudar na produção de novos tipo de informação.

2 ORIGEM DO SIG NA CMC

O surgimento do SIG na Câmara Municipal de Constância (CMC) deveu-se sobretudo a um contexto externo à própria autarquia promovido por entidades a que esta se encontrava associada, numa primeira fase o GAT de Abrantes e mais tarde a Associação de Municípios do Médio Tejo (AMMT).

Como é referido em (Brás, 2010) a candidatura do Gabinete de Apoio técnico (GAT) de Abrantes2, ao PROSIG, em Agosto de 1994, foi o marco que ditou o arranque dos SIG no Médio Tejo, “essa candidatura foi a oportunidade de passar à prática o tal “pensamento geográfico” existente3

, e isso era reflectido na proposta apresentada que já denotava algum conhecimento e alguma experiência na tentativa de construção de um SIG. Foi também a primeira candidatura de um SIG intermunicipal4 a nível nacional, à qual dado o nome de SIGIA, essa foi uma das razões invocadas para a sua aprovação.” (Brás, 2010)

A AMMT impulsionada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) e impulsionada também pela chegada das técnicas Eng.ª Eugénia Lopes e Eng.ª Ana Esteves5 que vinham do GAT de Abrantes e já detinham um know-how muito forte sobre a implementação de SIG intermunicipais. A AMMT começou então a desenvolver o projecto Médio Tejo Digital, que tem uma forte componente SIG, tendo-se iniciado a seu arranque operacional em 2003.

A componente SIG do projecto Médio Tejo Digital visava dotar os municípios que integram a actual Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), anterior AMMT, de cartografia de base, de software, de hardware, apostando também na formação dos técnicos que trabalham em SIG nas diferentes autarquias. O objectivo primordial deste projecto (Médio Tejo Digital na sua componente SIG) é criar um SIG intermunicipal não descurando no entanto as especificidades próprias de cada autarquia, dotando-as de ferramentas que lhe permitissem exercer a sua actividade, no âmbito das suas competências, de uma forma autónoma mas tendo sempre em vista de que forma, a informação gerada em cada uma delas, poderia vir a integrar um projecto de maior dimensão como é o caso do SIG da CIMT. Quando questionada sobre o SIG intermunicipal (Remédios, 2010) afirma “(…) isso poderá levar a que mais tarde estejamos numa situação diferenciada a nível nacional.”

Por outras palavras a metáfora do “Templo Grego” foi introduzida na organização CIMT no que aos SIG diz respeito, na Figura 1 é apresentado o esquema com essa metáfora aplicada ao SIG da CIMT.

2 O GAT de Abrantes prestava apoio técnico aos municípios de Abrantes, Constância, Gavião, Mação e Sardoal.

3 “Na altura já existia o conceito daquilo que iria ser o nosso SIG, isso foi uma oportunidade de o passar à prática, de o

concretizar” (Belo, 2010)

4 “O GAT de Abrantes envolvendo aquelas 5 câmaras foi pioneiro, foi a primeira região do país que apresentou um SIG

intermunicipal” (Remédios, 2010)

5 Podemos dizer que estas pessoas foram aquilo que se designa no âmbito desta unidade curricular como paladinos do SIG já no

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Figura 1. - A metáfora do "Templo Grega" aplicada ao SIG Intermunicipal do Médio Tejo.

Como já percebemos no GAT de Abrantes o surgimento dos SIG, teve essencialmente origem num “puxar da procura” que visava satisfazer as necessidades criadas, de salientar que no GAT de Abrantes antes de existirem quaisquer ferramentas SIG já existia aquilo que fora designado em (Brás, 2010) por pensamento geográfico. Nessa primeira fase efectivamente foram tidos em conta os requisitos apresentados pelos então utilizadores. No entanto o mercado dos SIG estava em franca expansão, as empresas fornecedoras de serviços multiplicavam-se e todas elas apresentavam soluções mais completas, bem estruturadas, e ofereciam funcionalidades novas para as quais não se tinham feito estudos prévios para aferir a sua real mais-valia. Outras entidades já haviam começado também os seus SIG, começavam a surgir mais e melhores projectos de SIG intermunicipais e.g., Aveiro Digital, e as autarquias do Médio Tejo estavam a perder o comboio da inovação é por esta altura em 2000 a associação de municípios toma as rédeas dos SIG no Médio Tejo cria o Médio Tejo Digital e, como já fora referido, impulsionada pela CCDR-LVT a nível externo e pelos municípios a nível interno, aposta numa solução tecnológica apresentada pela ESRI Portugal, o SIG do Médio Tejo entra então na fase do “empurrar da tecnologia”.

A evolução dos diversos SIG municipais que integram o Médio Tejo baseou-se na sua maioria num “empurrar da tecnologia” uma vez que para beneficiar das vantagens das economias de escala as contratualizações, de software, de hardware, de cartografia de base e de formação foram sempre realizada na CIMT, embora cada município posteriormente pudesse ficar autónomo pois possuí todas as ferramentas (software e hardware) necessárias para garantir essa autonomia. No caso específico da cartografia de base, o tratamento que tinha por objectivo isolar os diversos temas e exportá-los para uma geodatabase foi realizado na CIMT sendo posteriormente enviado para os diversos municípios. Nesta fase embrionária, existiam mesmo alguns municípios que integravam o projecto Médio Tejo Digital na sua componente SIG que não tinham nenhum técnico de SIG nem sequer um serviço de SIG criado internamente, aliás só muito recentemente é que essa situação ficou resolvida na totalidade dos municípios.

O enquadramento apresentado anteriormente é importante para perceber como evolui o SIG na autarquia de Constância objecto de estudo deste trabalho. A evolução do SIG na Câmara Municipal de Constância, foi impulsionada numa primeira fase pelo SIG do GAT de Abrantes do qual fazia parte, embora aqui o envolvimento com o SIG se limitasse a uma preocupação de estruturar a informação para que esta pudesse mais tarde vir a ser integrada num SIG municipal que ainda não existia. Com o aparecimento do Médio Tejo Digital na sua componente SIG, a autarquia de Constância passou a ter ao seu dispor todos as ferramentas no entanto não existia estrutura, nem nenhum técnico directamente ligado a este “serviço”. Então, o vereador António Pratas6 motivado pela evolução dos SIG em outros municípios, pede para que a autarquia contrate uma pessoa para se dedicar exclusivamente ao SIG e cria o gabinete de SIG que é alocado à então Divisão de Desenvolvimento Urbanístico (DDPU), actual Divisão de Gestão e Planeamento Urbanístico (DGPU), embora fisicamente se encontra-se no sector de informática da autarquia.

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Padrinho do SIG de Constância - Conceito apresentado no ponto 4.3 dos apontamentos da unidade curricular de SIG nas Organizações.

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Estavam então lançadas as pedras base do SIG da autarquia de Constância, SIG que será estudado ao longo deste trabalho.

3 O SIG ACTUALMENTE NA CMC

Enquadrado o surgimento do SIG na CMC, passamos agora à análise e caracterização desse mesmo SIG, para isso começaremos por dividir este capítulo em quatro temas essenciais, no primeiro (ponto 3.1), tendo por base os apontamentos da unidade curricular de SIG nas Organizações, centramo-nos sobretudo no capítulo 4, onde é focado o impacto das culturas empresariais na implementação dos SIG. No ponto 3.2 serão enumeradas as tecnologias implementadas no SIG da CMC. No terceiro será abordada a questão dos recursos humanos, o impacto das pessoas no SIG da CMC e o impacto do SIG da CMC nas pessoas. Já no último ponto serão enumerados os problemas da comunicação interdepartamental identificados com o decorrer do projecto de SIG na CMC e será apresentada a solução implementada de forma a suprimir esses problemas.

3.1 COMO É O SIG DA CMC

O SIG da CMC é um SIG essencialmente empresarial e apresenta uma estrutura piramidal a excepção, é o Gabinete Técnico Florestal (GTF) que apresenta uma estrutura autónoma tendo inclusive um funcionamento próprio, no entanto usa o mesmo software (ArcMap e ArcGis Server) que o SIG da autarquia e parte da informação produzida e guardada na Base de Dados (BD) centralizada no servidor SIG.

Na Figura 2 é apresentada a pirâmide de funcionamento do SIG na autarquia de Constância caracterizado por ser um SIG hierárquico, com a uma maior implementação dentro da organização este modelo tem vindo a dar mostras de no futuro se tornar “ad-hocrático”. Na Figura 3 é apresentado um esquema retirado dos apontamentos da unidade curricular de SIG nas organizações que ilustra realmente como se processam os fluxos da informação na CMC.

Figura 2 - Esquema piramidal do SIG da CMC.

Figura 3 - Funcionamento dos fluxos de informação na CMC (Fonte: Apontamentos da unidade curricular de SIG nas organizações) No que se refere a cultura de Sistemas de Informação / Tecnologias de Informação (SI/TI) empresarial poderemos dizer, como aliás já foi focado no capitulo anterior, que na CMC ainda existe uma visão “centralizadora” não porque se queira “forçar” a manutenção de padrões ou porque se considere mais cómodo a intervenção para manutenção, mas sim porque na realidade nos outros sectores, à excepção do GTF, também já focado não existem técnicos com formação necessária para operar com ferramentas SIG para além das utilizadas para visualização ou realização de pequenas operações e.g., impressões de plantas que são previamente configuradas. Centralizando-nos ainda na questão das SI/TI, podemos dizer que o SIG é visto na CMC como um “mal necessário”, em primeiro lugar surgiu porque a autarquia estava envolvida activamente nos projectos do GAT e da CIMT e depois porque começaram a

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surgir algumas solicitações externas e imperativos legais que vieram criar a necessidade de se manter este sistema em funcionamento.

Analisando a questão da localização da unidade SIG embora esta tenha estado sempre afecta a DGPU (antiga DDPU) numa primeira fase a sua localização física era realmente nos serviços de informática pois a complexidade do sistema e a falta de histórico para a resolução dos problemas que iam surgindo obrigavam a presença constante de um técnico de informática. Actualmente já não se passa assim, o SIG encontra-se na dependência directa da DGPU7 e da sua chefe a Arqt.ª Manuela Lopes, para isso contribuíram três factores, a maturidade atingida pelo sistema informático de suporte ao SIG (hardware e software), a experiência acumulada pelo técnico de SIG que hoje consegue gerir e dar resposta, existindo algumas excepções, aos problemas informáticos relacionados com o SIG e por último mas não menos importante, com esta passagem para o departamento de utilizadores foi possível alocar mais mão-de-obra aos SIG e começar a integração das pessoas que futuramente irão trabalhar e alimentarão o sistema com informação de base.

No que se refere ao financiamento do SIG é essencialmente suportado pelo orçamento central, mas as novas aquisições são propostas pela DGPU aquando da elaboração das opções do plano. Já as aquisições de valor mais significativo, normalmente são abrangidas, juntamente com as de outros municípios, por candidaturas ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) de projectos elaborados na CIMT.

Por último8, poderemos dizer que inicialmente existiu alguma instabilidade e insegurança relativa ao valor real dos SIG e das mais-valias que este poderia trazer para organização e isso deve-se essencialmente ao tempo que foi gasto a estruturar a informação para que este posteriormente pudesse vir a ser utilizada por todos. Muitas horas foram gastas em configurações, em conversões de formatos, em importação de dados para BD em ArcSDE, meses de trabalho que nada mostravam sobre as potencialidades do SIG. Por isso e embora esse trabalho continue a ser feito, vão sendo definidos pontualmente alguns trabalhos e tarefas de menor dimensão que vão demonstrando as potencialidades do SIG de forma a motivar as pessoas essencialmente o executivo para continuar a investir no SIG. Por exemplo foi disponibilizado um site na intranet com o Cadastro Geométrico da Propriedade Rústica (CGPR) do concelho, assim quando um munícipe chega ao balcão com a sua caderneta predial, se o prédio for rústico rapidamente conseguimos localizar o prédio.

3.2 TECNOLOGIAS IMPLEMENTADAS

Cowen (1991 citado por Anastácio, 2010) define SIG como “um sistema de apoio à decisão constituído por hardware, software e procedimentos, construído para suportar a captura, gestão, manipulação, análise, modelação e visualização de informação espacial com o objectivo de resolver problemas complexos de planeamento e gestão que envolvem operações espaciais”. Nesta sua definição Cowen começa por dar ênfase as tecnologias e a importância que elas hoje em dia têm para que um SIG possa ser um auxiliar imprescindível na resolução de problemas complexos de planeamento e gestão, que são na realidade os problemas com que nos dia de hoje se deparam as autarquias, e a autarquia de Constância não é excepção.

Desta forma e esquecendo para já os procedimentos, também apresentados por Cowen (1991) como um dos elementos que constituem um SIG, iremos centrar a nossa analise nas tecnologias implementadas na CMC, analisando as duas componentes separadamente, hardware e software.

Hardware

Embora, actualmente esteja a ser iniciada uma intervenção no que a esta componente diz respeito, poderemos dizer, que os recursos nesta rubrica para o SIG da CMC são bastante limitados encontrando-se mesmo algo obsoletos, relembra-se que os recursos que irão ser enumerados foram adquiridos, pela autarquia no âmbito do Médio Tejo Digital I (2004-2005), e que com as actualizações constantes do software têm vindo a apresentar mais debilidades:

 Workstation – Dell Precision 360 com as seguintes características Pentium 4 CPU 3.20 GHz, 2.00 GHZ de RAM, Disco de 74.5 GHz, Placa Gráfica: NVIDIA Quadro FX 3000 com 256 MB de RAM.

 Servidor – Dell Poweredge 2800 2x 3.6GHz/2MB cache Xeon processors, 4x 1GB Memory, 4x 136GB 10k RPM Ultra 320 SCSI Drives (RIAD5), 2x 68GB 15k RPM Ultra 320 SCSI Drives (RIAD1), 1x DVD-ROM, 1x Tape DLT160, 1x 2800 server chassis (tower convertido para Rack 19”).

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Localização nos Departamentos de utilizadores.

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 PDA9 – POCKET PC HP IPAQ H5550 com as seguintes características Processador: INTEL 400 MHZ XScale; Memória: 128 MB SDRAM E 48 MB FLASH ROM; Slot: SD MEMORY CARD.

Para melhorar os recursos apresentados foi proposta a aquisição de uma nova workstation, ficando esta para teste em ambiente fechado e em caso de necessidade como máquina de trabalho para os estagiários que temos vindo a receber. Já no que se refere ao servidor, embora este ainda apresente um rendimento bastante satisfatório com a migração do ArcGis Server para a versão 10, e com a disponibilização de mais mapas na intranet do município o seu desempenho baixará não apresentando tendo neste momento os requisitos mínimos requeridos pelo fabricante do software. De forma a resolver este problema está as ser preparada a criação de um servidor virtual que será parte integrante da estrutura de virtualização de toda a autarquia.

Software

No que se refere ao software existem aqui dois níveis bem diferenciados um primeiro nível que diz apenas respeito ao sector de SIG da autarquia e que tem essencialmente ferramentas CAD que são utilizadas no tratamento e edição10 de cartografia antes de ela ser importada para a BD em ArcSDE11. Neste nível então temos o seguinte software:

 Microstation12 – Programa de CAD recomendado para utilização em cartografia;

 Briscad13 - Programa de CAD que permite a compatibilidade com ficheiros DWG14 adquirido quando o Microstation ainda não era compatível com este tipo de ficheiros;

 NgXis15 – extensão que é adicionada ao Microstation e que permite a consulta a selecção e edição de dados de cartografia multicodificada;

Já o segundo nível é aquele que é composto pelo software SIG propriamente dito estando dividido em aplicações cliente e aplicações servidor, ver Figura 4. Para as aplicações cliente temos:

 ArcEditor 9.3 – Programa Desktop para criação de mapas, análise e gestão de dados geográficos;

 ArcPad 7.0 – Programa para levantamento de dados no terreno de fácil integração com os programas apresentados anteriormente, encontra-se instalado no PDA;

 MuniSig Web – Aplicação criada pela ESRI Portugal que permite a disponibilização, inquirição e edição de dados geográficos através da intranet e internet;

Com o objectivo de a informação geográfica ficar acessível aos utilizadores SIG à distância de um click e, simultaneamente, libertar as amarras associadas aos formatos físicos – formato papel, por exemplo – foi adquirido o MuniSig Web. Actualmente, o acesso a esta plataforma encontra-se restringido aos utilizadores internos mas para um futuro próximo perspectiva-se a disponibilização para consulta externa de um conjunto de informação geográfica adequada às características utilizadores alvo – utilizadores externos aos departamentos.

O MuniSig Web tem por base a disponibilização de serviços ArcGis Server que foi a plataforma escolhida a nível de servidor para que se pudesse fechar o ciclo da disponibilização da informação. O ArcGis Server Standard é um programa que permite uma gestão e disponibilização de dados geográficos interligando bases de dados relacionais com a disponibilização para multiutilizadores.

Para além do ArcGIS Server Standard no servidor encontram-se também instalados os seguintes softwares:

 Windows Server 2003 Standard – Sistema Operativo para servidor da Microsoft;

 Microsoft SQL Server 2000 – SGBDR da Microsoft;

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Personal_digital_assistant

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A edição aqui apresentada não se refere à criação de nova cartografia mas sim a separação por temas da cartografia existente seja ela adquirida no exterior ou produzida pelo serviço de topografia.

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Componente do ArcGis Server que se refere apenas á parte de armazenamento dos dados.

12 http://www.bentley.com/en-US/Products/MicroStation 13 http://www.bricsys.com 14 http://en.wikipedia.org/wiki/.dwg 15 http://www.novageo.pt/novageo/index.php?option=com_content&task=view&id=24&Itemid=119

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Figura 4 – Tecnologia a nível do software implementada na CMC. 3.3 RECURSOS HUMANOS E BINÓMIO PESSOAS/SIG

“O sucesso ou fracasso de um SIG raramente depende de factores técnicos, mas quase sempre de factores humanos e de gestão”

Roger Tomlinson (1986 citado por Silva, 2010) A implementação do SIG na CMC não foi, nem está a ser uma tarefa fácil, como é referido em Julião (2011) no ponto 4.3. “a maioria das pessoas é inerentemente conservadora” e os recursos humanos da CMC, também não são excepção, por esse facto o SIG teve algumas dificuldades em assumir-se como imprescindível na autarquia. Isso a muito se deveu a existência de muitos conservadores com as quatro características, também referidas no ponto acima mencionado, baixo perfil característica mais comum aos membros do executivo, confiar na inércia característica comum a alguns elementos de outros departamentos e aos serviços técnicos, fazê-lo vago e complexo não é possível encontrar um grupo específico de utilizadores para esta situação mas ela acontece sempre que á apresentado um novo projecto que implica uma participação mais activa que a simples cedência dos dados e por fim, minimizar a legitimidade e influência do responsável que se sentiu mais nos primeiros meses de implementação do projecto SIG. No entanto estas questões tem vindo a ser ultrapassadas e numa fase inicial a existência de um padrinho do SIG, já atrás mencionado, foi bastante importante para que o SIG conquistasse o seu espaço, aquando da saída deste algumas das dificuldades ameaçaram voltar tendo sido no entanto ultrapassadas devido ao facto de se terem encontrado “stakeholders” é aqui é justo mencionar o apoio da chefe da DGPU, dos serviços técnicos, do serviço de topografia e da Divisão de Obras Municipais e Ambiente (DOMA) em particular do serviço de fiscalização.

Hoje podemos dizer que apesar das dificuldades o impacto dos SIG nas pessoas foi bastante positivo, no entanto não podemos generalizar esta situação a toda autarquia, ainda só foram encontrados “stakeholders” nas áreas relacionadas de alguma forma com o planeamento, ambiente, construção e no GTF nestas áreas em especial nos serviços técnicos e no serviço de fiscalização houve um “deskilling” associado de imediato a um “reskilling” e isso foi permitido devido a introdução da tecnologia MuniSigWeb e à sua disponibilização na internet e.g., anteriormente quando um munícipe necessitava de uma planta de localização esta era fotocopiada de um conjunto de plantas que se encontrava preparada para o efeito, actualmente isso não acontece, quando o munícipe chega ao balcão de atendimento quem está a fazer o atendimento tem um site preparado em MuniSigWeb que lhe permite pesquisar a informação até ao número de polícia se por ventura a área se encontrar em espaço rural poderá fazer uma pesquisa pelo número de prédio do CGPR, por fim é impressa a planta podendo ainda escolher o tamanho do layout e inclusivamente preencher alguns campos relativos ao processo e ao requerente.

As pessoas hoje estão mais satisfeitas pois trabalham com novas tecnologias, vêem que o seu trabalho está a contribuir para o propósito da organização, tem mais autonomia pois podem criar os seus mapas no seu computador sem necessitarem de recorrer ao serviço de SIG.

Os recursos humanos afectos neste momento ao “serviço” de SIG, da CMC, são os seguintes:

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 1 Estagiário Geografia / Sistemas de Informação Geográfica;

Estes recursos são manifestamente escassos para a imensidão de projectos que há para desenvolver até porque o SIG, como todos os sistemas de informação, consome grande parte das horas, de recursos humanos, destinadas a execução de determinado projecto, na fase de implementação. As fases de manutenção e actualização da informação são aquelas que necessitam de menor número de horas e aquelas que se suportam numa filosofia de auto-gestão quando o projecto se encontra bem construído. Porém a equipa tem vindo pontualmente a ser reforçada com os tais “stakeholders” que hoje já olham para o SIG de forma diferente, colaborando mais activamente nos projectos a realizar.

Todavia na nossa opinião esta equipa deveria ser reforçada com um informático especialista em programação, muitas vezes o SIG tem dificuldades a chegar aos outros departamentos que não vejam mais-valias imediatas na cedência da “sua” informação pois nem sempre é possível apresentar aplicações “user frendly” i.e., um dos grandes problemas do SIG da CMC é ter praticamente todas as “entidades” presentes no território do município georreferenciadas, mas não ter atributos (informação) para dar dimensão a essas entidades. O informático teria aqui um papel importantíssimo na estruturação da informação e na criação das tais aplicações onde o utilizador comum pudesse consultar, inserir, modificar e actualizar a informação, na nossa óptica, isso só é possível com a criação de aplicações à medida, voltadas para as pessoas e que visem colmatar as suas dificuldades.

3.4 DOS PROBLEMAS DA COMUNICAÇÃO INTERDEPARTAMENTAL À NOVA ARQUITECTURA “As relações interdepartamentais são poucas e irregulares pelo que muitas vezes, pelo desconhecimento do trabalho de cada um, se duplicam processos de trabalho e informação”

(Severino, 2006) Como se pode depreender desta frase de Severino (2006) a comunicação interdepartamental e intersectorial, ou a falta dela, é um entrave ao sucesso dos SIG na CMC, desta forma, foram identificados alguns problemas associados a esta temática, mais especificamente aos dados criados por cada departamento que passaremos a enunciar:

 Duplicação de dados – cada utilizador guarda para si, muitas vezes várias cópias da mesma informação, consumindo assim recursos a nível de espaço disponível para armazenamento de dados.

 Inconsistência dos dados nos diversos departamentos – cada departamento por vezes tem os dados sobre determinado assunto armazenado de uma determinada forma num determinado formato e apenas acessível utilizando um software específico que outro departamento não possui.

 Dificuldade no acesso aos dados existindo muitas vezes impossibilidade de aferir quais os mais actualizados – por vezes torna-se impossível cruzar dados oriundos de diversas fontes, formatados de formas distintas e guardados em aplicações totalmente diferentes que não garantem a interoperabilidade do sistema, dificultando assim a percepção de quais os dados mais actualizados.

 Grandes gastos de tempo no tratamento dos dados – de forma a mitigar os problemas até agora apresentados opta-se por realizar um tratamento de uniformização dos dados, contudo o ciclo por vezes reinicia-se porque são criados ficheiros com os dados a determinada data em determinado formato. Todas estas operações são morosas e cíclicas trazendo ganhos pontuais mas não estruturais.

 Análises muitas vezes realizadas sem contemplar a totalidade dos dados – existem três razões para que os dados não sejam analisados na sua totalidade essas razões são:

 Durante o processo de uniformização perderam-se alguns dos dados;

 Os dados tinham tal dinâmica que são alterados constantemente;

 Não é recolhida nem tratada a totalidade dos dados por esquecimento ou então por dificuldade na análise;

Actualmente, com a definição de uma arquitectura baseada na existência de um repositório central, onde são guardados todos os dados que têm referência espacial sejam eles ou não espaciais (podem-se guardar também tabelas alfanuméricas), condicionando através de templates previamente criados a introdução dos dados e o seu formato parte

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dos problemas acima apresentados foi resolvida. Estas medidas foram ainda reforçadas com a clarificação dos níveis de permissão dos utilizadores, e com a introdução do MuniSigWeb que possibilitou o alargamento da informação espacial a outros departamentos embora não tanto quanto o desejável.

O MuniSigWeb foi sem dúvida uma mais-valia para a autarquia pois permite que utilizadores que não possuem ferramentas Desktop SIG possam consultar, editar e produzir as suas próprias saídas gráficas, de acordo com as permissões que lhes estão atribuídas. Na realidade o MuniSigWeb veio trazer outra dimensionalidade ao SIG permitindo que este se possa expandir por toda a organização, pois a sua utilização, da forma como actualmente está configurado, está apenas dependente de uma validação no domínio i.e., o utilizador tem de estar registado na rede interna da autarquia, e da existência de um browser de preferência o Internet Explorer 7.0 ou superior.

Na Figura 5 é apresentado o esquema da estrutura orgânica interdepartamental actualmente existente, aqui começam por ser enumerados os departamentos e/ou serviços, depois num segundo nível são apresentados os níveis de permissões que cada um detém, e forma como acedem aos dados e por fim num terceiro nível é apresentado o repositório central, estrutura em ArcGis Server onde são armazenados todos os dados produzidos e disponíveis para consulta e edição. Por exemplo o Serviço de fiscalização tem permissões de edição mas não usa para essa edição nenhuma ferramenta SIG Desktop, ao contrário do GTF e do SIG que possuem ferramentas SIG Desktop, tem sim um “serviço”16

criado em MuniSigWeb, intitulado toponímia e números de polícia onde pode editar os números de polícia e atribuir novos números de polícia logo após a fiscalização do novo edifício e da atribuição, no caso de uma habitação, da licença de habitabilidade, essas alterações são imediatamente repercutidas para todos os utilizadores que estejam a consultar mapas que tenham números de polícia.

Figura 5 - Estrutura orgânica interdepartamental com os níveis de permissões compreendidos nos fluxos de informação interdepartamental.

No entanto embora esta estrutura já esteja sedimentada o problema da dimensionalidade ainda não foi resolvido na sua totalidade pois a edição não vai para além da ilustrada na Figura 5 é necessário criar condições para que a edição possa ser estendida aos outros departamentos e também eles possam contribuir com dados para alimentar o sistema neste momento estão confinados a tarefas de consulta e muitos deles ainda não as utilizam embora elas estejam disponíveis por duas razões essenciais uma delas está relacionada com o facto de ainda não ter sido realizada nenhuma acção de formação conjunta em MuniSigWeb e a outra está relacionada com os diversos tipos de conservadorismo que anteriormente já foram apresentados no ponto 3.3. deste trabalho.

4 ANÁLISE SWOT DO SIG DA CMC

A análise SWOT aqui apresentada é realizada não na fase de introdução dos SIG na CMC visto que estes já foram introduzidos a algum tempo, esta ferramenta para pensamento estratégico é aqui utilizada para que se possa fazer um diagnóstico do SIG na CMC, Aguiar e Leitão (2010) referem isso mesmo no seu trabalho quando apresentam a “A análise SWOT é uma forma bastante utilizada para elaborar diagnósticos estratégicos de organizações, uma vez que o que se pretende é definir as relações que existem entre os pontos fortes e os pontos fracos de uma organização com as tendências mais importantes verificadas na evolvente global da organização.”

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Na Tabela 1 são então apresentadas as forças e as fraquezas no que se refere ao nível interno da organização, neste caso a CMC, e são apontadas as oportunidades e ameaças que a nível externo tem influenciado ou poderão vir a influenciar o projecto SIG da autarquia de Constância.

Tabela 1 - Análise SWOT do SIG da CMC.

Análise SWOT do SIG da CMC

Na conquista do objectivo

Ajuda Atrapalha

Orige

m

d

o fac

to

r

Inter n a (o rg a n iza çã o ) Forças Fraquezas

 Uma estrutura já implantada;

 O SIG tem vindo aos poucos a conquistar o seu espaço na organização;

 O número de “stakeholders” tem vindo a crescer;

 Existem determinadas tarefas que já são executadas exclusivamente pelo MuniSigWeb, e.g., emissão de plantas de localização, e gestão dos números de polícia.  Um bom site com o CGPR.

 Falta de meios humanos;

 Ainda não se estendeu a toda a organização;  A existência dos conservadores;

 O poder político ainda não é um “stakeholder”;  A forma como todo o processo foi iniciado, deu

pouco liberdade a câmara para fazer outras opções;

 Inicialmente o técnico de SIG tentava ser um “paladino” do SIG mas na realidade tinha um perfil de “ingénuo” Ex te rn a (a m b iente) Oportunidades Ameaças

 Melhor serviço ao munícipe;  Maior promoção da autarquia;

 De se afirmar na região nos que aos SIG diz respeito;

 Ganhar uma maior dimensionalidade e visibilidade pelo facto de integrar um SIG intermunicipal como é o caso do médio Tejo Digital;

 Estando conceptualmente a estrutura definida poderá ser oportuno apostar no Open Source numa primeira fase como sistema paralelo.

 Abrir o SIG ao exterior através da realização de protocolos com instituições de ensino para partilha de informação e

conhecimentos, e.g., Instituto Politécnico de Tomar

 Limites orçamentais e conjuntura económica do País e consequentemente dos municípios;  O facto de muitas das empresas externas ainda

não estarem preparadas para realizar um trabalho com a qualidade necessária e que vá de encontro as expectativas geradas (existiram alguns maus exemplos, embora este problema tenham ocorrido com projectos da CIMT a autarquia foi indirectamente prejudicada.  Comunicação deficiente com SIG

intermunicpal, e.g., considera-se o modelo de dados intermunicipal desadequado à realidade dos municípios.

 A CMC não tem estrutura para suportar determinados projectos que são importantes para o bom funcionamento do SIG, e.g., aquisição de cartografia de base.

5 O FUTURO SIG DA CMC

O SIG da CMC não é dos mais desenvolvidos de entre os municípios que integram a CIMT outros há que estão mais adiantados no combate as fraquezas e ameaças apresentadas no capítulo anterior, isto porque grande parte dos problemas aí apresentados eram comuns aos onze municípios que integram o Médio Tejo. Os municípios que hoje estão numa situação diferenciada foram mais rápidos a perceber os seus problemas e a reagir, conscientes desta situação, e sabendo que os bons exemplos são para seguir, foi realizada uma entrevista17 à Eng.ª Eugénia Lopes18, responsável da divisão do SIG do Câmara Municipal de Ourém, município que em 2008 iniciou uma reestruturação profunda tendo hoje um dos melhores SIG do Médio Tejo senão o melhor.

As ideias principais deixadas por (Lopes, 2010) assentam essencialmente em três vectores considerados essenciais, a projecção para fora do gabinete de SIG19, o apoio da parte política20, e as pessoas referindo-se sobretudo à importância de uma boa equipa21 e ao bom relacionamento que a partilha da informação22 ajuda a criar.

17 Esta entrevista foi utilizada como bibliografia em (Brás, 2010) 18 Responsável da divisão do SIG do município de Ourém;

19 “Um ponto muito positivo foi abrir as portas ao SIG” (Lopes, E., 2010)

20 “Tive sempre o apoio da parte política (…) reconheciam a importância dos SIG e apostaram” (Lopes, E., 2010) 21

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Como se pode ler ao longo deste trabalho, quer Tomlinson (1986) quer Lopes em (2010) apresentam os recursos humanos, as pessoas, como o vector mais importante da implementação de um SIG. Projectando então o futuro do SIG na CMC, no primeiro ponto deste capítulo será apresentado um novo paradigma para os recursos humanos. E no ponto 5.2 serão apresentados alguns projectos que poderão ser desenvolvidos futuramente na autarquia de Constância aqui chama-se especial atenção, para o projecto que visa a introdução do Software Aberto, que tem por objectivo a minimização de custos, e também para o projecto relativo a promoção do município que permitirá que o SIG esteja mais perto das pessoas.

5.1 UM NOVO PARADIGMA PARA OS RECURSOS HUMANOS

Como foi demonstrado no ponto 3.3 deste trabalho os recursos humanos actualmente existentes no gabinete de SIG são manifestamente insuficientes e a forma como os projectos ligados ao SIG tem sido conduzidos leva a que essa insuficiência ainda seja mais patente. Todavia como foi também referido já se conseguiram encontrar alguns “stakeholders” para os projectos onde o SIG tenha um papel interventivo. Compreendendo as dificuldades a nível da conjuntura económica sentidas em todo o país e consequentemente nas autarquias, nomeadamente nas de pequena dimensão como é o caso de Constância e tentando procurar alternativas que não passem pela contratação de mais técnicos chegou-se à conclusão que a solução poderá estar na forma com a realização dos projectos é efectuada. Identificando os “stakeholders” existentes para cada projecto poderá ser realizada uma abordagem ao projecto em vez da tradicional abordagem que incumbia o serviço de SIG da realização de todas as tarefas, para que isto se torne uma realidade é necessário que seja delineada uma estratégia, assente nos seguintes pontos:

1. Identificar claramente o objecto de estudo do projecto; 2. Fazer uma previsão do tempo necessário para o projecto; 3. Identificar os “stakeholders”;

4. Potencializar as competências, de cada um dos elementos que mesmo que não pertencentes ao gabinete de SIG, possam vir a integrar estas equipas, através de formação para a função específica a ser desempenhada;

5. Criar um compromisso de todos os elementos da equipa com o projecto.

Esta abordagem ao projecto teria de obedecer a determinados requisitos que serão enunciados seguidamente:

 Um planeamento previamente realizado identificando tarefas, definindo prazos e apresentando várias alternativas a nível de recursos humanos para cumprir determinada tarefa.

 A realização de uma reunião inicial com todos os envolvidos no projecto directa ou indirectamente onde seriam apresentados, o objectivo, o tempo para execução do projecto, o calendário para a execução de cada tarefa e onde seriam marcadas as reuniões de acompanhamento.

A abordagem ao projecto permite no imediato aumentar os recursos humanos afectos ao SIG inclusivamente para a maioria dos projectos os recursos humanos já se encontram mesmo ligados a DGPU, e.g., desenhador, topógrafo, pessoal dos serviços técnicos e fiscal de obras. O projecto para a numeração de polícia já funciona em moldes semelhantes.

Embora esta abordagem possa vir a colmatar a maior parte das carências a nível de recursos humanos existentes no SIG da autarquia existe uma função muito específica que não poderá vir a ser colmatada internamente, é o caso do especialista em programação. Em tempos existiu uma pessoa na autarquia que desempenhava essas funções e de certa forma durante esse período foram criadas ferramentas que permitirão ao SIG chegar mais perto das pessoas pois eram criadas pequenas aplicações de front-office que permitiam os utilizadores mesmo sem quaisquer conhecimentos de SIG carregar dados no repositório de dados. Com a saída dessa pessoa o lugar não voltou a ser preenchido e o SIG perdeu a capacidade de chegar às pessoas, dentro da organização, ainda que actualmente com o MuniSigWeb o panorama esteja de novo a inverter-se, não satisfazendo no entanto todas as necessidades. Inclusivamente com a actualização do Microsoft SQL Server 2000 para a versão 2008, muitas das pequenas aplicações criadas e em produção poderão deixar de funcionar o que será sem dúvida um retrocesso em todo o processo.

Os recursos humanos poderão ainda vir a ser reforçados com o estabelecimento de protocolos com as instituições de ensino superior tendo em vista a realização de estágios. Até aqui os estagiários têm desempenhado um papel bastante importante na evolução do SIG da CMC pois para além da mão-de-obra, que oferecem ao projecto SIG, que como já

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foi demonstrado é escassa, trazem consigo um conhecimento de novas técnicas e metodologias, quando aplicadas aos projectos lhe acrescentam valor.

5.2 PROJECTOS A DESENVOLVER

Neste ponto serão apresentados alguns projectos que poderão e deverão ser desenvolvidos pois muitos deles trarão um acréscimo de valor ao SIG da CMC, e permitirão colmatar algumas falhas e problemas também já aqui identificados.

Criação de uma arquitectura tecnológica híbrida com introdução do Software Aberto

A actual conjuntura económica que tem vindo a assolar o país e o término, já a partir de 2013, dos fundos europeus destinados a projectos nacionais do foro estratégico e estruturante, têm vindo a provocar uma séria avaliação dos reflexos destes problemas nas administrações locais.

Mas as condicionantes económicas não podem, por si só, ser o único catalisador para a mudança do paradigma na tomada de decisões nos investimentos feitos pela gestão pública de projectos SIG nas autarquias. Como é referido por Silva (2010), “ (…) devido às cada vez maiores necessidades e exigências de uma autarquia em relação à Informação Geográfica, os SIG assumem grande transversalidade relativamente a toda a organização (…) ”. É neste sentido que as tecnologias baseadas em software aberto podem e devem assumir um papel preponderante no próximo passo a tomar. Na tese de mestrado defendida por Silva (2010) é comprovado que as várias ferramentas SIG baseadas em software aberto abordadas nos vários casos de estudo “ (…) conseguem cobrir na totalidade o ciclo de vida da IG, passando pela sua recolha, armazenamento, edição e análise, até à disponibilização na Internet (…) ” e que os objectivos de qualidade e baixos custos nos serviços providenciados aos munícipes são mantidos e nada ficam a dever quando comparadas com ferramentas de software proprietário.

São ainda apontados por Silva (2010) alguns dos obstáculos para a implementação de um SIG numa autarquia que justificam a introdução de software aberto nas autarquias, já que estão directamente relacionados com muitas das actuais plataformas tecnológicas de maior expressão nas administrações locais. Esses obstáculos são:

 A dependência de um fornecedor de software, visto que nesta condição os custos de software e de apoio técnico são ditados da forma unilateral devido à incapacidade negocial que provoca;

 Menor interoperabilidade entre os diferentes softwares informáticos que compõem a estrutura de uma autarquia;

 O elevado custo do software e dos contratos de manutenção associados.

Deste modo, faz todo o sentido propor um plano de evolução da realidade tecnológica no gabinete SIG da CMC, plano que este que na sua implementação estará, como justificado anteriormente, baseado em tecnologias de software aberto.

É possível definir dois métodos de abordagem para o plano de introdução de plataformas FOSS na autarquia, tendo em conta o actual cenário. Como é comprovado por Silva (2010), é possível retirar benefícios de um método que passe pela implementação de uma solução completamente independente onde toda a arquitectura de software do sistema é assegurada por tecnologias baseadas em software aberto, ou então, numa perspectiva de transacção, um método que permita desenvolver um esforço de coabitação e interoperabilidade entre as ferramentas facultadas pelas plataformas FOSS e as actuais ferramentas baseadas em tecnologias proprietárias. Neste período, de carácter transitório devido ao já conhecido limite temporal para o financiamento (pelo menos nos parâmetros actuais), é possível “ (…) a instituição neste caso obter o melhor de dois mundos (…) “ (Silva, 2010). Pelo segundo método, são assegurados todos os serviços actualmente existentes de uma forma mais facilitadora para o Gabinete SIG e utilizadores SIG, já que providencia um período razoável de habituação e experimentação junto das novas plataformas.

As plataformas FOSS aqui propostas, na sua grande parte, já apresentam um nível de maturidade pronto para exploração, sendo um exemplo disto o facto de o PostgreSQL ter sido adoptado em 2006 como o SGDBR de referência pelo Instituto Nacional Geográfico de França23. No entanto, continua a ser pertinente a desmistificação de algumas questões relacionadas com a adopção das tecnologias SIG de software aberto, onde se destacam:

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 Não existem custos de licenciamento, mas a introdução deste tipo de plataformas requer por vezes o investimento na contratação de empresas externas que providenciem os serviços de instalação, manutenção e operacionalização.

 Assumindo que grande parte da formação académica e profissional dos utilizadores está direccionada para as plataformas tecnológicas baseadas em software proprietário, pode existir a necessidade de formar as pessoas de forma a ficarem familiarizadas com as ferramentas de software aberto, e por vezes alguns dos utilizadores podem evidenciar uma curva de aprendizagem superior à desejada.

As vantagens na adopção destas tecnologias são óbvias no que diz respeito também às possíveis melhorias em procedimentos internos à autarquia. Silva (2010) é peremptório acerca deste assunto: “(…) a introdução de FOSS numa autarquia, minimiza uma prática que até aqui vem sendo recorrente nas organizações, onde por vezes os procedimentos têm que ser adequados ao software, ao invés da solução tecnológica se adaptar ao workflow da autarquia. (…) Por outro lado, havendo liberdade na selecção do software que melhor se adapta às necessidades da organização, é possível tomar melhores decisões, independentes de pressões externas, eliminando a aquisição de soluções com funcionalidades desnecessárias e desadequadas ao pretendido, com todos os custos daí inerentes (…)”. A concepção da arquitectura híbrida proposta na Figura 6 evidencia a integração de componentes de software aberto na infra-estrutura tecnológica existente através da premissa adquirida na interoperabilidade que a utilização de padrões abertos oferece. Este tipo de arquitectura possibilita a adequação de todos os componentes aos diversos fluxos de trabalho apresentados. Os dados podem ser geridos na totalidade no ArcGIS Server ou repartidos numa solução de armazenamento de dados alternativa oferecida pelo SGBDR PostgreSQL juntamente com a extensão espacial PostGIS. Nesta configuração existe a necessidade de criar vistas de projecto de maneira a expor os objectos existentes no ArcGIS Server. O(s) servidor(es) web de dados raster e vectoriais – GeoServer24 e/ou MapServer25 – permitem configurar regras de visualização sobre informação extraída, de modo, a que a cartografia gerada traduza o resultado final pretendido. Os serviços web acessíveis nas aplicações cliente, como o OpenLayers26, possibilitam a administração, edição e consulta da informação no back-end. Os utilizadores que actuam sobre o ArcGIS desktop continuam a aceder directamente aos dados em modo de cadastro ou consulta sobre a informação. Isto, sem qualquer tipo de programação ou tarefas de administração envolvidas. Qualquer uma das aplicações clientes sugerida, quer seja de desktop, navegador web ou dispositivo móvel permite a integração com a tecnologia ArcGIS Server. Fica ainda uma nota de referência para o importante papel do catálogo de metadados GeoNetwork27 onde será possível fazer a gestão de todos os metadados acerca da informação geográfica gerada pelos SIG dentro da autarquia.

Figura 6 – Arquitectura híbrida integradora incluindo ambos os tipos e software.

24 http://geoserver.org 25 http://mapserver.org 26 http://openlayers.org 27 http://geonetwork-opensource.org

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Exposições com vista à promoção do Município e do SIG

É recorrente ver em congressos, feiras e outras festividades stands de promoção municipal onde normalmente são apresentados dados do concelho, das freguesias que o integram e de toda a região circundante. Normalmente esses dados são apresentados sobre a forma gráfica de mapas, quadros síntese e folhetos promocionais.

Propõem-se que nas iniciativas deste tipo organizadas pela autarquia, sejam apresentados mapas, posters, folhetos promocionais ou mesmo vídeos sobre o concelho e sobre o SIG mostrando aos munícipes que tipos de informação poderão consultar ao aceder ao separador da informação geográfica no sítio da internet do município.

Com a apresentação dos resultados definitivos dos censos 2011 e à semelhança do que fora realizado anteriormente poderá ser desenvolvido um projecto “Constância em Números” para os Censos de 2011.

Cadastro

“O Sistema Nacional de Exploração e Gestão de Informação Cadastral (SiNErGIC) foi criado através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 45/2006, publicada a 04 de Maio. Este projecto, coordenado pelo IGP, tem como principal objectivo viabilizar a existência de cadastro predial em Portugal, enquanto conjunto de dados exaustivo, metódico e actualizado, caracterizador e identificador das propriedades existentes no território nacional, constituindo-se como uma ferramenta indispensável para as políticas de ordenamento do território, ambiente, económicas (em particular a agrícola e a florestal), fiscal e de obras públicas.”28

O projecto relativo ao cadastro é, dos projectos apresentados, o mais ambicioso e aquele envolve um maior esforço financeiro para além de um procedimento administrativo mais complexo. Embora não seja um projecto directamente relacionado com o SIG da autarquia, um projecto deste tipo seria transversal a todos os departamentos da autarquia. O SIG aqui desempenharia o papel de difusor da informação através da criação de um site em MuniSigWeb ou uma das ferramentas alternativas para o efeito.Com a realização deste projecto a CMC ficaria com uma base actualizada sobre todos os limites de propriedade e respectivos proprietários da totalidade do território do concelho.

Podemos ainda salientar a importância deste projecto com o exemplo do CGPR, vectorizado na CIMT que embora desactualizado, tem demonstrado ser uma ferramenta bastante útil na gestão autárquica, nomeadamente em duas áreas na relação da autarquia com o munícipe através da gestão urbanística e como apoio ao GTF quando este necessita de identificar proprietários e.g. notificando-os para que limpem os terrenos que possuem dentro das áreas delimitadas como de protecção aos aglomerados.

Acreditando no acréscimo de precisão e qualidade da informação obtida com um projecto desta dimensão facilmente se compreende que a gestão municipal passaria a ser um processo mais transparente, mais rápido, mais eficiente e muito mais atractivo para todos os actores sejam eles autarcas, técnicos da CMC ou munícipes.

A informação georreferenciada

Apesar dos esforços que tem vindo a ser desenvolvidos a imensa informação com representatividade no território e que poderá vir a ser georreferenciada que ainda não foi levantada sobretudo devido a falta de recursos humanos. Actualmente está a ser levantada toda a informação referente à sinalização vertical, porém a título de exemplo deverá também ser levantada informação relativa, ao mobiliário urbano, aos circuitos de transporte, à iluminação pública etc. Está previsto ainda para este ano de 2011, o inicio do cadastro de águas e águas residuais, estes trabalhos no entanto têm vindo a ser realizados com os recursos existentes dentro de autarquia tendo em vista não só a redução de custos mas também porque já existiram algumas más experiências com levantamentos deste género realizados por empresas externas.

Temas para o MuniSig Web

A criação de temas a disponibilizar pelo MuniSigWeb está condicionada aos projectos que poderão vir a ser desenvolvidos com os outros departamentos pois, como já foi explicitado anteriormente, esta ferramenta será a única forma de dar dimensionalidade ao SIG, isto apenas no que se refere à informação dentro da autarquia. Contudo o MuniSigWeb também permite a disponibilização de informação para o exterior aliás é um dos grandes objectivos do projecto Médio Tejo Digital. Sendo assim propõem-se a criação de sites em MuniSigWeb que estarão numa primeira fase disponíveis internamente e para os serviços ou departamentos que poderão ter algum interesse na informação ai

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disponibilizada, dessa forma esses serviços poderão fazer a validação da informação, após esta validação será feita uma triagem para definição dos dados que poderão ser disponibilizados e é criado um novo site com a disponibilização para o exterior.

Criação e actualização dos Metadados

Os metadados são informação sobre os nossos dados, o ArcCatalog inclusivamente já tem um separador próprio para se poder criar, editar e consultar este tipo de informação. Em Portugal o IGP criou o “ (…) Perfil Nacional de Metadados de Informação Geográfica (Perfil MIG), que visa assegurar a correcta caracterização dos recursos geográficos e a sua harmonização com as infra-estruturas de dados espaciais portuguesa (SNIG) e europeia (INSPIRE)”29.

Embora na CMC se compreenda a importância de se conhecer a informação que se produz e se utiliza de forma a evitar problemas e.g., relacionados com a utilização de versões diferentes.

A não criação de metadados é uma das grandes lacunas do SIG da CMC que deverá ser colmatada, no entanto a falta de tempo, a falta de recursos humanos e o carácter não permanente de parte da informação produzida leva a que não seja dada a devida atenção a este assunto.

6 CONCLUSÃO

Com a realização deste trabalho ficamos a saber que tal como grande parte dos SIG das autarquias do Médio Tejo o SIG na CMC desenvolveu-se essencialmente graças a duas entidades o GAT de Abrantes com a sua candidatura ao PROSIG e a CIMT que criou economias de escala e definiu estratégias de actuação intermunicipais de actuação no que aos SIG diz respeito.

Debruçando-nos exclusivamente sobre o projecto SIG em análise neste trabalho, concluí-se que estamos perante um SIG, hierárquico que no entanto a nível regional pertence a um SIG federal, actualmente está localizado no departamento dos utilizadores e é suportado pelo orçamento central e por projectos financiados é visto como um mal necessário e ainda existe uma postura centralizadora relativa a este projecto estando apenas ligado a um departamento.

É justo afirmar que relativamente a recursos tecnológicos, hardware e software, este se encontra relativamente bem apetrechado tendo vindo a ser colmatadas as falhas encontradas, tem também uma Estrutura orgânica interdepartamental bem definida e que funciona relativamente bem não conseguindo no entanto chegar a todos os departamentos. Já no que se refere a recursos humanos o cenário não é tão optimista e a falta de um especialista em programação tem vindo a ser uma das maiores lacunas do SIG da autarquia de Constância pois o SIG perdeu alguma capacidade de estar mais próximo das pessoas, impossibilitando-as de ter um papel mais activo no próprio sistema. Aliás é sugerido um novo paradigma para os recursos humanos passando estes a estar afectos aos projectos e não à estrutura orgânica da autarquia que por vezes é demasiado rígida, para que este novo paradigma tenha sucesso, é necessário existir um compromisso, entre todos os que possam intervir nos projectos.

Se no inicio existiu alguma resistência à implementação do SIG, hoje, felizmente já se combaterem muitos dos conservadores que se poderiam encontrar e alguns deles inclusivamente são aliados no processo de afirmação do SIG. Conclui-se ainda que no que toca a projecção do SIG, internamente e sobretudo externamente, muito há a fazer, por isso mesmo, este é um dos projectos mencionados, no capítulo que diz respeito aos projectos a desenvolver.

Por fim achou-se importante apresentar as linhas genéricas para a criação de uma estrutura tecnológica híbrida baseada em software aberto, sendo claro que a implementação da arquitectura apresentada pode vir a ser uma das soluções para amenizar o impacto que possíveis problemas de financiamento – o fim dos quadros comunitários de apoio e os limites orçamentais – terão sobre autarquias de pequena dimensão, como a autarquia da Constância.

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Anastácio, R. F., 2002, Concepção e Gestão de Sistemas de Informação Geográfica, aula 11, Instituto Politécnico de Tomar, Portugal.

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Anastácio, R. F., 2010, Apontamentos teóricos, Pós Graduação em Software Livre Aplicado ao Património, Sistema de Informação Geográfica em Código Aberto, Instituto Politécnico de Tomar, Portugal.

Belo, C., 2010, [Entrevista sobre o SIG no Médio Tejo] [Registo sonoro, 30-11-2010] (Abrantes: ARH).

Brás, T., 2010, Os SIG no Médio Tejo: Avanços e Recuos. Trabalho da unidade curricular de Ciência e Sistemas de Informação Geográfica, Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação da Universidade Nova de Lisboa, Portugal.

Gilfoyl, I., Thorpe, P., 2004, Geographic Information Management in Local Government, (CRC Press LLC). Lopes, E., 2010, [Entrevista sobre o SIG no Médio Tejo] [Registo sonoro, 30-11-2010] (Ourém: Câmara Municipal). Severino, E. M., 2006, Implementação de um sistema de informação geográfica numa autarquia utilizando software livre e de código aberto. Dissertação para a obtenção do grau de Mestre, Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação da Universidade Nova de Lisboa, Portugal.

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Remédios, P., 2010, [Entrevista sobre o SIG no Médio Tejo] [Registo sonoro, 30-11-2010] (Abrantes: CIMT). RECURSOS NA INTERNET

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GeoNetwork, http://geonetwork-opensource.org (consulta a 18 de Maio de 2011) gvSIG, http://www.gvsig.org (consulta a 18 de Maio de 2011)

Mapserver, http://mapserver.org (consulta a 18 de Maio de 2011) OpenLayers, http://openlayers.org (consulta a 18 de Maio de 2011) Quantum GIS, http://www.qgis.org (consulta a 18 de Maio de 2011)

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