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Seleção C E N Á R I O I N T E R N A C I O N A L EUA.

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Academic year: 2021

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SELEÇÃO

SEMANAL

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I N T E R N A C I O N A L

Na segunda-feira, com feriado do dia do trabalhador nos EUA e sem grandes notícias, os mercados na Europa e Ásia tiveram desempenhos mistos. No final do dia, o Japão indicou que no segundo trimestre houve uma queda de 7,9% da renda nacional (PIB), enquanto o mercado esperava -8,1%.

No dia seguinte, com a volta dos mercados nos EUA, Donald Trump foi protagonista. Diante da chegada das eleições presidenciais, Trump prometeu acabar com a dependência estadunidense da economia chinesa. Em seguida, afirmou que seu rival, Joe Biden, é apenas um peão dos chineses e que caso seja eleito a China será dona dos

EUA.

Em resposta, o governo chinês apontou que pode iniciar a venda de 20% de suas reservas de títulos do governo americano se julgar necessário para se proteger. Diante disso, os investidores internacionais deram continuidade ao movimento da semana anterior de troca das empresas de tecnologia por setores mais tradicionais. Na quarta-feira, as bolsas globais encerraram o 3º dia consecutivo de quedas lideradas pelo setor tech. No noticiário, foi a vez do Covid-19 ganhar a cena. A AstraZeneca Plc, empresa que atua em conjunto com a Universidade de Oxford, anunciou que suspendeu a 3ª fase de testes de sua vacina – uma das mais promissoras até então – após um dos indivíduos ter uma reação diferente do esperado.

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Na quinta-feira, enfim a agenda econômica ganhou destaque. Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, anunciou que manterá o juro básico em -0,50% e reforçou que o Banco seguirá comprando títulos corporativos por tempo indeterminado. Como destaque, foi apontado que está sendo monitorado a recente valorização do Euro e seus potenciais impactos negativos na retomada do crescimento do bloco.

Nos EUA, foi anunciado que houve 884 mil novos pedidos por seguro-desemprego. Apesar de seguir a tendência de queda, o indicador pressiona o governo Trump em aprovar um novo pacote de estímulo – que vem sido barrado pela oposição há pouco mais de um mês e, ainda, espera-se que não seja aprovado antes das eleições.

Na sexta-feira, a agenda se arrefeceu mais uma vez. Nos EUA, o mercado recebeu os números de inflação de agosto. Após uma alta de 0,6% em julho, o Índice de Preços do Consumidor avançou 0,4%, em linha com as expectativas dos agentes. O destaque da alta ficou para os itens ligados à habitação e energia e nos preços dos carros usados – em um movimento de redução das despesas

das famílias diante da crise.

No Reino Unido, o Brexit veio à tona após ter perdido os holofotes pela pandemia. Em meio às negociações comerciais da saída do Reino Unido da União Europeia, o primeiro ministro inglês, Boris Johnson, apresentou planos para modificar partes do acordo de saída da Irlanda do Norte. O movimento foi contestado pela União e mesmo após se posicionarem, Boris Johnson demonstrou estar disposto a terminar o trâmite sem um acordo se julgar pertinente e, assim, colocou mais uma preocupação na lista dos investidores.

A semana que se passou teve uma discussão marcante, e um tanto quanto curiosa, sobre o preço do arroz. O saco de cinco quilos chegou a registrar R$40,00 em alguns mercados, o que levantou considerável indignação em torno da alta dos preços da cesta básica e levou à decisão do Ministério da Justiça de notificar os supermercados pela alta dos preços.

Apesar desse aumento de preço nos

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alimentos, o IPCA teve uma alta em agosto menor do que a registrada em julho. A última leitura, uma alta de 0,24%, demonstra uma desaceleração em comparação com a leitura de julho, que trouxe uma alta de 0,36%. O grupo de alimentos e bebidas, sendo um dos mais voláteis, registrou +0,78%. O acumulado em 12 meses do indicador ainda se mantém abaixo do piso da meta de inflação deste ano. Outro fator que puxou a alta do indicador foi o grupo de transportes (0,82%), influenciado principalmente pela alta nos preços dos combustíveis. No lado das quedas, o destaque fica para o grupo de Educação, com queda de -3,74%, puxada principalmente pelos ajustes envolvendo o período de aulas não presenciais.

Outro indicador que reflete as alterações nos preços é o IGP-DI (Índice Geral de

Preços – Disponibilidade Interna), que foi influenciado pelo dólar, demanda externa e, principalmente, pelo IPA (Índice De Preços Ao Produtor Amplo), registrando alta de 3,78%. A inflação ao produtor se explica pelo aumento de preços de matérias-primas, matérias para a manufatura e pelo grupo de alimentos processados. Apesar das desacelerações, é observada alta em praticamente todos os grupos.

Em compensação, o volume de vendas no varejo subiu 5,2% em julho, em comparação com o mês anterior. O dado apresentado na quinta-feira por meio da Pesquisa Mensal de Comércio divulgada pelo IBGE surpreendeu as expectativas, superando as projeções de mercado. Os auxílios liberados pelo governo e a política monetária emergencial adotada durante esse período foram provavelmente os grandes responsáveis por esse empurrão no setor, influenciado também pela reabertura econômica e flexibilização das medidas de isolamento social. Outra pesquisa importante divulgada na última semana foi a Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada também pelo IBGE. O volume total de serviços caiu 11,9% no mês de julho, em comparação com o mesmo mês em 2019. O subsetor de serviços prestados às famílias

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apresentou queda de 57% quando comparado ao nível pré-crise do coronavírus. A semana se encerrou com algumas notícias positivas: o Indicador de Atividade Econômica, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), apontou um crescimento de 2,8% da economia do país no mês de julho, em comparação com o mês anterior, apesar de ainda apresentar uma retração de 6,3% na comparação com o ano anterior. Esses são resultados melhores do que os apresentados no mês de junho, indicando uma retomada econômica. Outro sinal de um resultado gradualmente “menos pior” se deu na sexta-feira, quando o Bank of America (BofA) revisou a projeção do PIB do Brasil de -5,7% para -4,9%. Essa projeção mais otimista reflete os resultados positivos da indústria e do comércio, juntamente com os indicadores de confiança, que mantém a tendência de recuperação econômica.

Por fim, o Ibovespa não teve um desempenho muito bom na última semana, acumulando queda de 2,84%. Tais resultados espelharam as oscilações das bolsas americanas que, após forte movimento de venda das empresas de tecnologia e, consequentemente, uma maior volatilidade para o setor, geraram insegurança em relação à instabilidade e aos temores de haver uma bolha no setor. A Petrobrás também puxou o índice para baixo nessa semana, com o desempenho negativo do petróleo marcado pela liquidação em meio ao aumento dos estoques nos EUA. A empresa terminou a semana em baixa, sem poder contar com uma recuperação do petróleo. As perdas só não foram maiores graças ao desempenho positivo da Vale, que disparou 5,84% esta semana.

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AGENDA INTERNACIONAL

Durante a terceira semana do mês de setembro serão divulgados dados importantes relacionados a produção industrial nos principais centros econômicos do globo: Estados Unidos, China e a Zona do Euro.

Já na segunda-feira, serão divulgados os dados referentes à produção industrial do mês de julho na Zona do Euro, onde é esperada uma pequena desaceleração na retomada da indústria. Na China, são esperados tanto os dados de produção industrial quanto os dados referentes à força do mercado de trabalho. A produção industrial referente ao mês de agosto não deve mudar muito em relação ao mês de julho, que foi de 4,8%. Também na China, esperam-se os dados referentes a Taxa de Desemprego que podem surpreender negativamente por conta do contexto da pandemia.

Na terça-feira também serão divulgados mais dados referentes à produção industrial

no mês de agosto, mas agora nos Estados Unidos. Os estadunidenses esperam uma leve desaceleração na retomada da indústria comparado aos dados divulgados no mês passado. Na mesma data, na Zona do Euro, serão divulgados o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de agosto na França e na Itália, e ambos não devem se alterar significativamente frente ao mês anterior. No meio da semana, fica o destaque para a agenda estadunidense, que vai movimentar o mercado internacional com as Projeções Econômicas FOMC divulgadas pelo Fed e dados referentes ao Estoque de Petróleo Bruto, que na semana anterior totalizava 2,032 milhões de barris. Se o aumento do petróleo bruto for menor do que o esperado, implicará em maior demanda e otimismo para os preços do petróleo. O mesmo pode ser dito se um declínio nos estoques for maior do que o esperado. Também na quarta-feira será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de agosto no Reino Unido e na Argentina, tendo ambos registado avanços no mês de julho. A quinta-feira vem também com dados importantes, como a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de agosto da

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Zona do Euro, que promete manter patamar similar ao mês anterior. Além do IPC europeu, também serão divulgados os dados de Pedidos Iniciais de Seguro Desemprego nos Estados Unidos, em que é prevista uma pequena recuperação com a diminuição dos pedidos, que estavam na casa de 884 mil na semana anterior.

O último dia da semana na agenda internacional é mais calmo, com destaque somente para o velho continente na divulgação do Índice de Preços ao Produtor (IPP) de agosto na Alemanha, que não deve trazer grandes surpresas, assim como o do mês anterior.

AGENDA NACIONAL

A agenda econômica brasileira vai ser um pouco mais tranquila em relação ao cenário internacional. Logo no início da semana, na

segunda-feira, serão divulgados números do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), que ajudam na decisão da política monetária do país. O índice atualmente está em 4,89% e não deve ter alterações significativas.

O destaque fica para a Decisão Taxa de Juros Selic por parte do Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (BCB) no meio da semana, onde a tendência é a manutenção da atual taxa de 2,00%.

Para fechar a semana, será divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que caiu 0,28% no segundo decêndio de setembro. Esse índice é usado como base para a correção de contratos, como por exemplo de aluguéis de imóveis, e sofre com as oscilações do dólar e cotações internacionais, além das commodities.

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