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Uma proposição condicional sempre pode ser escrita da forma se p, então q, e é denotada por p q. Se amanhã é domingo, então hoje é sábado.

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Proposições condicionais

e bicondicionais

Proposições condicionais

Num debate sobre algum tema importante, é comum utilizarmos ideias que procuram sustentar nossos argumentos. Essa sustentação, muitas vezes, se dá por uma relação entre causa e consequência, asserção com razão ou hipótese com tese. As proposições que estudaremos a partir de agora intro-duzem os raciocínios mais sutis, presentes em diversas situações cotidianas, e nos auxiliam tanto na linguagem falada quanto na escrita.

Uma proposição condicional sempre pode ser escrita da forma “se p, então q”, e é denotada por p q.

Observe alguns exemplos:

Se amanhã é domingo, então hoje é sábado. 

Se x = 3, então x

 2 = 9.

Se eu estudo, então obtenho uma boa nota na prova. 

Se 2 + 5 = 7, então 7 – 5 = 2. 

Qualquer proposição da forma p → q pode ser interpretada (ou lida) de várias maneiras diferentes. Por exemplo, a proposição condicional:

Se está chovendo, então existem nuvens.

é composta pelas seguintes proposições simples:

p: está chovendo e q: existem nuvens.

(2)

se p, então q:



Se está chovendo, então existem nuvens.

p implica q:



Estar chovendo implica existir nuvens.

p

 somente se q:

Está chovendo somente se existem nuvens.

p é condição suficiente para q:



Estar chovendo é suficiente para existir nuvens.

q é condição necessária para p:



Existir nuvens é necessário para estar chovendo.

Qual é o valor lógico de p q?

Para entender como pode ser obtido o valor lógico de uma proposição condicional, considere outro exemplo:

Se meu time ganha o jogo, então ele é campeão.

As proposições componentes são p: meu time ganha o jogo e q: meu time é campeão.

A proposição condicional garante que, sendo verdadeiro que “meu time ganha o jogo”, então será verdadeiro também que “meu time é campeão”. En-tretanto, essa proposição condicional nada afirma sobre o que poderá ocor-rer caso “meu time não ganhe o jogo”. Assim, se “meu time não ganha o jogo”, pode ocorrer que “meu time é campeão” ou que “meu time não é campeão”. Ambas as conclusões podem ser verdadeiras na hipótese de o meu time não ganhar o jogo. O único caso que realmente contradiz a proposição composta é: sendo verdadeiro que “meu time ganha o jogo”, então será falso que “meu time é campeão”.

Dessa forma, podemos dizer que uma proposição condicional p q será falsa apenas no caso de p ser verdadeira e q ser falsa. Nos demais casos, p q terá sempre o valor lógico V.

(3)

47 Uma proposição condicional p q tem valor F apenas quando p tem valor V e q tem valor F. Nos outros casos, p q tem valor lógico V.

A tabela-verdade a seguir apresenta um resumo de todos os valores ló-gicos possíveis de uma proposição condicional:

p q p q

V V V

V F F

F V V

F F V

Observe alguns exemplos que procuram explicar as relações de uma pro-posição condicional:

Exemplo 1:

De acordo com a regra que permite aferir valor lógico a uma proposição condicional, observe algumas sentenças com os respectivos valores lógicos:

“Se Curitiba é capital do Paraná, então em 1958 a seleção brasileira 

ganhou a Copa do Mundo de Futebol pela primeira vez.”

A proposição condicional p q é composta pelas proposições simples: p: Curitiba é capital do Paraná. (V)

q: Em 1958 a seleção brasileira ganhou a Copa do Mundo de Futebol pela primeira vez. (V)

Ambas as proposições são verdadeiras. Dessa forma, a proposição “Se Curitiba é capital do Paraná, então em 1958 a seleção brasileira ganhou a Copa do Mundo de Futebol pela primeira vez” também verdadeira.

“Se o Polo Norte está descongelando, então a China é o maior país em 

extensão territorial.”

(4)

p: O Polo Norte está descongelando. (V)

q: A China é o maior país em extensão territorial. (F)

A primeira proposição (p) é verdadeira e a segunda proposição (q) é falsa. Assim, a proposição “Se o Polo Norte está descongelando, então a China é o maior país em extensão territorial” é falsa.

“Se o esporte mais praticado na Venezuela é o futebol, então São Paulo 

é o estado de maior produção industrial do Brasil.”

A proposição condicional p q é composta pelas proposições simples: p: O esporte mais praticado na Venezuela é o futebol .(F)

q: São Paulo é o estado de maior produção industrial do Brasil. (V)

A proposição “Se o esporte mais praticado na Venezuela é o futebol, então São Paulo é o estado de maior produção industrial do Brasil” é ver-dadeira, pois a primeira proposição (p) é falsa e a segunda proposição (q) é verdadeira.

“Se uma semana possui 8 dias, então Ernesto Geisel não foi presidente 

da República brasileira.”

A proposição condicional p q é composta pelas proposições simples: p: Uma semana possui 8 dias. (F)

q: Ernesto Geisel não foi presidente da República brasileira. (F)

A proposição “Se uma semana possui 8 dias, então Ernesto Geisel não foi presidente da República brasileira” é verdadeira, pois tanto a primeira propo-sição (p) quanto a segunda propopropo-sição (q) são falsas.

Exemplo 2:

A proposição “Se não sei meu nome, então não sei o seu” pode ser escrita de outras formas equivalentes:

1.ª forma: “Não saber meu nome implica não saber o seu.” 2.ª forma: “Não sei o meu nome somente se não sei o seu.”

(5)

49 3.ª forma: “Não saber o meu nome é condição suficiente para não saber o seu.”

4.ª forma: “Não saber o seu nome é condição necessária para não saber o meu.”

Exemplo 3:

Na proposição: “Se hoje é domingo, então vou à missa”, a proposição “hoje é domingo” é condição suficiente para a ocorrência da proposição “ir à missa”.

Por outro lado, a proposição “ir à missa” é condição necessária para a ocor-rência da proposição “hoje é domingo”. Assim, temos:

Se, hoje é domingo

condição suficiente

então vou à missa

condição necessária

Exemplo 4:

Considere como falsa a proposição: “Se tenho um bom currículo, então consigo um bom emprego”.

Se a proposição simples p: “Tenho um bom currículo” é verdadeira, o que pode concluir em relação ao valor lógico da proposição simples q:“Consigo um bom emprego”?

Para que uma proposição condicional da forma p q seja falsa, a pro-posição p deve ser verdadeira e a propro-posição q deve ser falsa. Desta forma, conclui-se que a proposição q: “Consigo um bom emprego” deve ser falsa.

Exemplo 5:

Considere como verdadeira a proposição: “Se tenho dinheiro, então viajo ao exterior”.

Se a proposição simples p: “Tenho dinheiro” é falsa, o que é possível con-cluir sobre o valor lógico da proposição simples q:“Viajo ao exterior”?

Uma proposição condicional da forma p → q é verdadeira em qualquer caso, exceto quando a proposição p é verdadeira e a proposição q é falsa. Logo, como já se conhece o valor lógico falso da proposição p, conclui-se que a proposição q pode ser ou verdadeira ou falsa. Em qualquer um dos

(6)

valores de q, a proposição composta p → q será verdadeira. Assim, conclui-se que a proposição q: “Viajo ao exterior” pode ser ou verdadeira ou falsa.

Exemplo 6:

Outra maneira de definir o valor lógico de uma proposição condicional é a seguinte:

Uma proposição condicional da forma p q é verdadeira se p for falsa ou q for verdadeira.

Em qualquer um dos casos expostos, ou em ambos, o valor lógico de

p q é sempre verdadeiro.

Relações entre proposições condicionais

Qualquer que seja a proposição condicional, sempre podemos associá-la a outras proposições condicionais. A seguir, estudaremos alguns tipos especiais de proposições que são importantes no estudo da Lógica e da Matemática.

Proposição recíproca

A proposição recíproca de p q é a proposição da forma q p.

Proposição: Se

 está chovendo

p

, então existem nuvens

q

.

Recíproca: Se

 existem nuvens

q

, então está chovendo

p

.

A proposição original garante que, se for verdadeiro que “está chovendo”, então será também verdadeiro que “existem nuvens”. Já a proposição recí-proca correspondente garante que, se “existem nuvens”, então “está choven-do”. Ou seja, a proposição recíproca não garante o mesmo que a proposição original. Assim, p q pode ser verdadeira, e sua recíproca, q p, falsa.

Observe inclusive que na recíproca, se for verdadeiro que “existem nuvens”, então poderá ser verdadeiro ou falso que “está chovendo”. A pre-sença de nuvens não garante a chuva.

Portanto, as duas proposições podem ter valores lógicos diferentes, não sendo, portanto, logicamente equivalentes.

(7)

51 Exemplo 1:

A proposição “Se hoje é sábado, então amanhã é domingo” tem como recíproca a proposição “Se amanhã é domingo, então hoje é sábado”.

Exemplo 2:

A proposição “Se me esforço, então venço” tem como recíproca a proposi-ção “Se venci, então me esforcei”.

Exemplo 3:

A proposição “Se sou carioca, então sou brasileiro” tem como recíproca a proposição “Se sou brasileiro, então sou carioca”.

Observe, nesse último exemplo, que uma proposição condicional e sua correspondente recíproca não são necessariamente equivalentes. Uma pessoa que é brasileira pode ser ou não carioca. Já no caso de uma pessoa ser carioca, ela será necessariamente brasileira.

Proposição inversa

A proposição inversa de p q é a proposição da forma ~p ~q.

Proposição: Se

 está chovendo

p

, então existem nuvens

q

.

Inversa: Se

 não está chovendo

~p

, então não existem nuvens

~q

.

A proposição original garante apenas que, no caso de chuva, existem nuvens, mas nada é dito sobre o que acontecerá caso não chova. Analisando a proposição inversa correspondente, vemos que se for verdadeiro que “não está chovendo” então pode ser verdadeiro ou falso a conclusão de que “não existem nuvens”. Não é difícil perceber que p q pode ser verdadeira, e sua inversa, ~p ~q, falsa.

Portanto, ambas podem ter valores lógicos diferentes, não sendo, assim, logicamente equivalentes.

Exemplo 1:

A proposição “Se hoje é sábado, então amanhã é domingo” tem como inversa a proposição “Se hoje não é sábado, então amanhã não é domingo”.

(8)

Exemplo 2:

A proposição “Se me esforço, então venço” tem como inversa a proposi-ção “Se não me esforço, então não venço”.

Exemplo 3:

A proposição “Se sou carioca, então sou brasileiro” tem como inversa a proposição “Se não sou carioca, então não sou brasileiro”.

Observe, nesse último exemplo, que uma proposição condicional e sua correspondente inversa não são necessariamente equivalentes. Se uma pessoa não é carioca, ela pode ser ou não brasileira. No caso de uma pessoa ser carioca, ela será necessariamente brasileira.

Proposição contrapositiva

A proposição contrapositiva de p q é a proposição da forma ~q ~p.

Proposição: Se

 está chovendo

p

, então existem nuvens

q

.

Contrapositiva: Se

 não existem nuvens

~q

, então não está chovendo

~p

.

A proposição original afirma que se “está chovendo”, então “existem nuvens”. Assim, se for verdadeiro que “não existem nuvens”, também será verdadeiro que “não está chovendo”, pois a chuva somente ocorre com a presença de nuvens.

Podemos, portanto, observar que se p q for verdadeira, a contraposi-tiva correspondente, ~q ~p, será verdadeira e, se p q for falsa, ~q ~p também será falsa.

Em outras palavras, podemos dizer que “estar chovendo” é condição sufi-ciente para “existir nuvens”, e “não existir nuvens” também é condição suficien-te para “não estar chovendo”.

A conclusão é a de que ambas as proposições são sempre logicamente equivalentes. Portanto, uma proposição condicional e sua correspondente contrapositiva são logicamente equivalentes.

(9)

53 A tabela-verdade a seguir relaciona todos os valores lógicos possíveis de cada uma delas.

proposição recíproca inversa contrapositiva

p q ~p ~q p q q p ~p ~q ~q ~p V V F F V V V V V F F V F V V F F V V F V F F V F F V V V V V V Logicamente Equivalentes

Resumindo, dada uma proposição condicional qualquer, sua recípro-ca não é logirecípro-camente equivalente; sua inversa também não é logirecípro-camente equivalente, mas sua contrapositiva é sempre logicamente equivalente:

(p q) ≡ (~q ~p) Exemplo 1:

A proposição “Se hoje é sábado, então amanhã é domingo” é equivalente à sua correspondente proposição condicional “Se amanhã não é domingo, então hoje não é sábado”.

Exemplo 2:

A proposição “Se me esforço, então venço” é equivalente à sua correspon-dente proposição condicional “Se não venci, então não me esforcei”.

Exemplo 3:

A proposição “Se sou carioca, então sou brasileiro” é equivalente à sua correspondente proposição condicional “Se não sou brasileiro, então não sou carioca”.

Implicação material

Além da proposição contrapositiva, ~q ~p, a proposição condicional

p q possui outra proposição equivalente, porém, não condicional. A

pro-posição ~p q, chamada de implicação material, é equivalente à propro-posição condicional p q. Para comprovar essa equivalência, vamos construir as cor-respondentes tabelas-verdade.

(10)

Equivalentes p q ~p p q ~p q V V F V V V F F F F F V V V V F F V V V

As duas últimas colunas são idênticas. Dessa forma, as proposições ~p q e p q são logicamente equivalentes, ou seja:

p q ≡ ~p q Exemplo:

Sejam as proposições p: Ana é arquiteta e q: Bruno é barbeiro, e as propo-sições compostas:

Proposição condicional: 

p q: Se Ana é arquiteta, então Bruno é barbeiro.

Contrapositiva: 

~q ~p: Se Bruno não é barbeiro, então Ana não é arquiteta. Implicação material:



~p q: Ana não é arquiteta ou Bruno é barbeiro.

Observação: 

A negação da proposição ~p q é dada por ~(~p q) ≡ p ~q.

Como a proposição condicional p q é equivalente a ~p q, temos que a negação de ~p q também é a negação de p q .

Observe a tabela-verdade: p q ~p ~q p q ~p ∨ q p ~q V V F F V V F V F F V F F V F V V F V V F F F V V V V F

(11)

55 Dessa forma, a negação da proposição p q é a proposição p ~q, ou seja:

~(p q) ≡ p ~q

Exemplo:

Proposição condicional: 

p q: Se Ana é arquiteta, então Bruno é barbeiro.

Negação: 

p ~q: Ana é arquiteta e Bruno não é barbeiro.

Proposições bicondicionais

As proposições bicondicionais são formadas a partir de proposições con-dicionais. Assim, quando ocorrer simultaneamente as proposições “se p, então q” e “se q, então p”, dizemos que também ocorre a proposição bicondi-cional “p se, e somente se, q” e a representamos por p q .

Para exemplificar, considere as seguintes proposições:

Condicional:



p q: Se Carla é curitibana

p

, então Carla nasceu em Curitiba

q

. Recíproca:



q p: Se Carla nasceu em Curitiba q

, então Carla é curitibana

p

.

Fazendo a conjunção das proposições anteriores, obtemos a proposição bicondicional:

Carla é curitibana

p

se, e somente se, Carla nasceu em Curitiba

q

.

A expressão “se, e somente se” nos dá a garantia de que se for verdadeiro que “Carla é curitibana”, então será verdadeiro que “Carla nasceu em Curiti-ba”. Da mesma forma, se for falso que “Carla é curitibana”, então será também falso que “Carla nasceu em Curitiba”.

Podemos, portanto, definir uma proposição bicondicional (p q) como sendo uma conjunção ( ) entre a proposição condicional associada (p q) e sua correspondente recíproca (q p).

(12)

Em símbolos, a relação é a seguinte:

conjunção

Condicional recíproca bicondicional(p q) (q p) ≡ (p q)

Existem outras maneiras equivalentes para utilizar uma proposição bi-condicional. Observe:

p se, e somente se, q

 :

Carla é curitibana se, e somente se, nasceu em Curitiba.

p equivale a q:



Carla ser curitibana equivale a nascer em Curitiba.

p é condição necessária e suficiente para q:



Carla ser curitibana é necessário e suficiente para nascer em Curitiba.

Como podemos obter o valor lógico de uma proposição bicondicional

p q?

Para compreendermos o valor lógico de uma proposição bicondicional, vamos, inicialmente, recordar o valor lógico de uma condicional.

A proposição p q tem valor F apenas quando p tem valor V e q tem valor F. Da mesma forma, q p tem valor F apenas quando q tem valor V e p tem valor F.

Portanto, p q terá valor lógico V, se p e q forem ambas verdadeiras ou ambas falsas. Caso p e q tenham valores diferentes – uma V e outra F – o valor lógico de p q será F.

Resumindo, podemos construir a seguinte tabela-verdade da proposição bicondicional: p q p → q q → p p ↔ q V V V V V V F F V F F V V F F F F V V V Condicionais Bicondicional

(13)

57 Os valores lógicos da última coluna da tabela foram obtidos fazendo uma conjunção ( ) entre os valores da terceira e da quarta colunas, pois (p q) (q p) ≡ (p q).

Observe ainda que esses valores da última coluna podem também ser obtidos através dos valores lógicos da primeira e segunda colunas. Nesse caso, quando p e q têm valores iguais, a bicondicional tem valor V, e quando

p e q têm valores diferentes, a bicondicional tem valor F.

Exemplo 1:

Considere as seguintes proposições: p: x é divisível por 3

q: y é múltiplo de 5

Vamos representar cada uma das proposições abaixo utilizando as propo-sições p ou q, e os símbolos: ~, ou .

Se x é divisível por 3, então y é múltiplo de 5. 

p q

Se y é múltiplo de 5, então x é divisível por 3. 

q p

Se x não é divisível por 3, então y não é múltiplo de 5. 

~p ~q

Se y não é múltiplo de 5, então x não é divisível por 3. 

~q ~p

x é divisível por 3 se, e somente se, y é múltiplo de 5. 

p q

x não é divisível por 3 se, e somente se, y não é múltiplo de 5.  ~p ~q Exemplo 2: Sejam as proposições: p: 10 é múltiplo de 4. q: 10 é par.

(14)

Observe que a proposição p é falsa e a proposição q é verdadeira. Vamos escrever as seguintes proposições em linguagem usual e determinar o cor-respondente valor lógico resultante.

p

 q:

Se 10 é múltiplo de 4, então 10 é par. q

 p:

Se 10 é par, então 10 é múltiplo de 4. ~p

 ~q:

Se 10 não é múltiplo de 4, então 10 não é par. ~q

 ~p:

Se 10 não é par, então 10 não é múltiplo de 4. p

 q:

10 é múltiplo de 4 se, e somente se, 10 é par.

p q ~p ~q p q q p ~p ~q ~q ~p p q

F V V F V F F V F

Exemplo 3:

Nesse exemplo, mostraremos que as proposições ~(p q) e (p ~q) são logicamente equivalentes por meio da tabela-verdade:

p q ~q p ~ q p q ~(p q)

V V F F V F

V F V V F V

F V F F V F

F F V F V F

Observe na tabela-verdade que as colunas referentes às proposições ~(p q) e (p ~q) são idênticas. Isso mostra que são logicamente equi-valentes.

Esse exemplo ilustra o fato de que a negação de uma proposição condicio-nal da forma p → q é obtida fazendo uma conjunção entre a proposição p e a negação da proposição q. Em outras palavras, a negação de p q é p ~q.

(15)

59 Assim, a negação da proposição “Se trabalho, então venço” é “Trabalho e não venço”.

Exemplo 4:

Considere as proposições: p: João é casado q: João dança tango

Utilizando as proposições p ou q, e os símbolos , ou ~, represente sim-bolicamente as proposições que a seguir estão escritas em linguagem natural.

Se João é casado, então dança tango. 

p q

Se João não dança tango, então é casado. 

~q p

João é casado se, e somente se, dança tango. 

p q

Se João dança tango, então João é casado. 

q p

Se João não dança tango, então não é casado. 

~q ~p

João dançar tango é condição necessária para ser casado. 

p → q

João ser casado é condição suficiente para dançar tango. 

p → q

João não dançar tango equivale a João não ser casado. 

~p ↔ ~q Exemplo 5:

(16)

p: O Brasil é um país sul-americano. q: O Japão fica na Oceania.

r: A cidade do Rio de Janeiro nunca foi capital do país.

Os valores lógicos das proposições anteriores são V, F e F, respectivamen-te. Vamos determinar o valor lógico de cada uma das proposições compos-tas a seguir:

p

 q

A proposição p q tem valor F, pois p tem valor V e q tem valor F. ~q

 r

A proposição ~q r tem valor F, pois ~q tem valor V e r tem valor F. p

 r

A proposição p r tem valor F, pois p tem valor V e r tem valor F. ~q

 ~r

A proposição ~q ~r tem valor V, pois ~q tem valor V e ~r tem valor V. ~p

 (~r q)

Observe que ~r tem valor V, q tem valor F e, portanto, a condicional (~r q) tem valor F. Como ~p tem valor F, conclui–se que a proposição ~p (~r q) tem valor F.

(p

 ~r) q

Observe que p tem valor V, ~r tem valor V e, assim, a conjunção (p ~r) tem valor V. Como q tem valor F, conclui-se que a proposição (p ~r) q tem valor F.

Conjuntos

É possível relacionar as proposições condicionais e conjuntos. Isso pode ser feito naturalmente pela associação de conceitos matemáticos com concei-tos lógicos. Para uma melhor compreensão, atente para alguns conceiconcei-tos.

(17)

61

Elementos de conjuntos

Os deputados federais são eleitos para representar os interesses da socie-dade brasileira no Congresso Nacional, em Brasília.

Univ ersidade F eder al de M inas G er ais .

Os deputados federais são elementos do conjunto de políticos do Congresso Nacional.

Se considerássemos o conjunto de todos os políticos que trabalham no Congresso Nacional, cada deputado federal e cada senador seria um elemen-to desse conjunelemen-to. Esse conjunelemen-to poderia ser representado de várias manei-ras. Sendo C o conjunto dos políticos que trabalham no Congresso Nacional, observe algumas dessas maneiras:

C = {x / x é político do Congresso Nacional} C = {políticos do Congresso Nacional}

Deputado Federal 1 Deputado Federal 2 Deputado Federal n Senador 1 Senador 2 Senador m

(18)

A associação entre um elemento e um conjunto é chamada de relação de pertinência:

Dizemos que um elemento x pertence a um conjunto A, e representamos por

x ∈ A, quando x é um dos elementos que constituem o conjunto A. Caso

contrá-rio, quando não constitui, dizemos que x não pertence a A, ou seja, x A.

Exemplo 1:

Para o conjunto A = {2; 5; 7}, podemos escrever: 2 A, 5 A, 7 A e 3 A. Exemplo 2:

Para o conjunto B = { ; ; }, temos: B, ♦ B, B, mas B. Exemplo 3:

O conjunto solução ou conjunto verdade de uma equação é formado pelos valores da variável que tornam a igualdade verdadeira. Por exemplo, qual é o conjunto solução da equação x2 – 5x + 6 = 0?

O conjunto solução S pode ser assim definido: S = {x/ x2 – 5x + 6 = 0}

A resolução pode ser efetuada pela fórmula de Bháskara (1114-1185):

x

2

– 5x + 6 = 0 ⇒ x =

– (– 5) ± (–5)2 – 4 . 1 . 6

2.1

⇒ x =

5 ± 1

2

⇒ x = 2 ou x = 3

Logo, o conjunto solução S da equação é S = {2, 3}:

S

2 3

Diagrama

Os números 2 e 3, chamados de raízes, são os únicos números que tornam verdadeira a equação ao se substituir a variável x por 2 ou por 3, separadamente:

x =

 2 22 – 5 . 2 + 6 = 0 0 = 0 (igualdade verdadeira)

x =

(19)

63 Observação:

Apesar de existir várias maneiras de se representar um conjunto, o mais importante, entretanto, não é a representação utilizada, mas, sim, que não haja dúvida sobre quais são os elementos componentes.

Subconjuntos

Assim como elementos podem estar associados a conjuntos utilizando os símbolos correspondentes a pertence ( ) e não pertence ( ), dois conjuntos podem estar também relacionados por meio dos símbolos (está contido) ou (não está contido). Como exemplo, considere:

C: políticos do Congresso Nacional B: políticos brasileiros

Então, podemos escrever: C B

Nesse caso, o conjunto C é subconjunto do conjunto B:

Nesta representação C está contido no B C

B

Dizer que o conjunto dos políticos do Congresso Nacional está contido no conjunto dos políticos do Brasil é o mesmo que afirmar:

Todo político do Congresso Nacional é um político do Brasil.

Podemos também dizer que o conjunto B contém o conjunto C, ou seja,

B C.

Pode ocorrer que nem todos os elementos de um conjunto (ou nenhum) pertençam ao outro conjunto. Para ilustrar, considere os seguintes conjuntos:

A: pessoas que trabalham no Congresso Nacional B: políticos do Brasil

(20)

Existem pessoas que trabalham no Congresso Nacional e não são políti-cos. Nesse caso, dizemos que A não está contido em B ou que o conjunto B não contém o conjunto A. Em símbolos, a representação é A B.

Nesta representação o conjunto A não está contido em B A B Exemplo:

Dados os conjuntos A = {1; 2; 3; 4; 5}, B = {2; 4; 5} e C = {0; 1; 2; 3}, todos os elementos de B pertencem ao conjunto A, mas nem todos os elementos de

C pertencem ao conjunto A. A ilustração indica que o conjunto B é

subcon-junto de A e o consubcon-junto C não é subconsubcon-junto de A.

B A 0 1 3 2 4 5 C

Logo, podemos escrever: B A e C A.

Conjunto vazio

Um conjunto qualquer pode ter muitos elementos, até infinitos elemen-tos podem ocorrer. Por outro lado, um conjunto pode também não ter ele-mentos. Quando um conjunto não possui elemento algum é chamado de conjunto vazio.

Um conjunto vazio não possui elemento algum. Para representá-lo, existem duas maneiras: { } ou .

(21)

65 Observações:

Não é possível apresentar um elemento sequer do conjunto vazio que não pertença a um conjunto qualquer A. Por isso, admitimos sempre que:

A, qualquer que seja A.

Todos os elementos de um conjunto

 A pertencem ao próprio conjunto

A, ou seja:

A A, para todo conjunto A.

Exemplo 1:

Dadas as afirmações a seguir, vamos classificá–las em verdadeiras (V) ou falsas (F):

( V ) Se A = {m, n, p, q}, então m ∈ A. ( V ) {2, 3} {2, 3, 4}

( V ) {0, 2, 4, 6, ...} {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...} ( V ) Se A B e B C, então A C. ( V ) A, qualquer que seja A. ( V ) Se A B e B A, então A = B.

( V ) Se A = {x/ x > 0 e x é par}, então A = {2, 4, 6, 8, ...} Exemplo 2:

Quais possíveis conjuntos X satisfazem a relação {3, 4} X {2, 3, 4, 5}? Para satisfazer tal relação, X deve conter {3, 4} e, ao mesmo tempo, estar contido em {2, 3, 4, 5}. Assim, existem quatro conjuntos possíveis para X:

X = {2, 3} X = {2, 3, 4} X = {2, 3, 5} X = {2, 3, 4, 5}

(22)

Proposições condicionais e conjuntos

A Inglaterra é um dos países da Europa.

0 405 Km

Escala gráfica aproximada

IESDE Br

asil S.A. A

daptado

.

Fonte: Temática Cartografia.

Legenda:

Territórios pertencentes ao continente europeu Territórios pertencentes à outros continentes Reino Unido

Por esse motivo, podemos escrever: Todo inglês é europeu. E representar: Pessoa

inglesa → Pessoa europeia, ou seja: Se uma pessoa é inglesa, então é europeia.

Observação:

Em Lógica, quando utilizamos a proposição “p → q” (se p, então q), estamos relacionando dois conjuntos: P (formado pelos elementos que satisfazem a pro-priedade p) e Q (formado pelos elementos que satisfazem a propro-priedade q), de forma que todos os elementos de P sejam elementos de Q, ou seja, P ⊂ Q.

(23)

67 Exemplo 1: Considere as definições: p: Ana é inglesa q: Ana é europeia e as designações

P: conjunto dos ingleses Q: conjunto dos europeus

Relacionando as ideias, podemos escrever:

Se Ana é inglesa, então Ana é europeia (p q).

Logo, de forma equivalente, todo inglês é europeu (P Q). Para explorar mais detalhes relacionados à lógica, considere:

~p: Ana não é inglesa ~q: Ana não é europeia

O que você diria quanto às afirmações:

Se Ana é europeia, então Ana é inglesa (q p). Se Ana não é inglesa, ela não é europeia (~p ~q).

Quem é da Alemanha, por exemplo, não é da Inglaterra, mas é da Europa. Assim, uma pessoa europeia não é necessariamente inglesa. Do mesmo modo, uma pessoa não inglesa não é necessariamente não europeia.

Organizando as informações, podemos dizer que a proposição:

Pessoa inglesa Pessoa europeia

não é equivalente a qualquer uma das seguintes proposições:

Pessoa europeia Pessoa inglesa

Pessoa não inglesa Pessoa não europeia

Entretanto, a proposição:

(24)

é equivalente a:

Se Ana não é europeia, então Ana não é inglesa (~q ~p). Europeus

Ingleses

Ana Ana

Se Ana é inglesa, então é europeia.

Se Ana não é europeia, então não é inglesa.

Observe que essa relação é validada pelo seguinte fato: Proposição condicional:



Se Ana é inglesa, então é europeia. Proposição contrapositiva equivalente: 

Se Ana não é europeia, então não é inglesa.

Exemplo 2:

Considere as definições:

p: Bruno é carioca

q: Bruno é brasileiro

e as designações:

P: conjunto dos cariocas

Q: conjunto dos brasileiros

Associando as proposições e os conjuntos, temos:

Se Bruno é carioca, então Bruno é brasileiro (p q).

De forma equivalente, todo carioca é brasileiro (P Q).

Observe no próximo exemplo que as relações entre as proposições e os conjuntos não precisam ser geográficas.

(25)

69 Exemplo 3: Considere as ações: p: Estudar q: Aprovação no concurso e as designações:

P: conjunto dos que estudam

Q: conjunto dos aprovados em concursos

Se a relação entre as proposições p e q se dá por uma proposição condi-cional, podemos escrever:

Se alguém estuda, então é aprovado no concurso (p q).

Da mesma forma:

Todos os que estudam são aprovados no concurso (P Q).

Exemplo 4:

Qual ilustração poderia ser construída se considerássemos como verda-deira a proposição:

Se dirige rápido, então está apressado (p q).

O conjunto das pessoas que dirigem rápido é subconjunto das pessoas apressadas:

Pessoas apressadas Pessoas que dirigem rápido

Todas as pessoas que dirigem rápido são apressadas.

Vale ainda ressaltar que, de acordo com a ilustração anterior, as pessoas que não dirigem rápido podem ou não ser apressadas.

(26)

Exemplo 5:

Considerando verdadeira a proposição:

Todas as plantas são verdes.

Por meio de diagramas, a ilustração adequada para relacionar os conjun-tos “plantas” e “verdes” é a seguinte:

Verdes

Plantas

Observe que as proposições a seguir não são necessariamente verdadeiras:

Todos os verdes são plantas.

Todas as não plantas são não verdes.

A proposição abaixo é necessariamente verdadeira, pois se “todas as plan-tas são verdes”, obrigatoriamente “algumas planplan-tas são verdes”.

Algumas plantas são verdes.

Também é necessariamente verdadeira a proposição abaixo:

Todos os não verdes são não plantas.

Para verificar, basta utilizar a proposição contrapositiva correspondente. Proposição condicional:



Plantas → Verdes

Proposição contrapositiva equivalente: 

Não Verdes → Não Plantas

Isso pode ser verificado no diagrama anterior: os elementos que não per-tencem ao conjunto dos “Verdes” necessariamente não perper-tencem ao con-junto das ”Plantas”.

(27)

71 Exemplo 6:

Considere verdadeira a proposição:

Todos os advogados são honestos.

Uma ilustração que representa corretamente a relação entre os conjuntos ‘Advogados” e “Honestos” é a seguinte:

Honestos

Advogados

Se “Todos os advogados são honestos”, então:

Todos os honestos são advogados.

Todos os não advogados são não honestos.

as proposições não são necessariamente verdadeiras. A proposição:

Alguns advogados são honestos.

é necessariamente verdadeira, pois se “todas os advogados são hones-tos”, é verdade que “alguns advogados são honestos”.

A proposição abaixo também é necessariamente verdadeira.

Todos os não honestos são não advogados.

Observe:

Proposição condicional: 

Advogados → Honestos

Proposição contrapositiva equivalente: 

(28)

Ampliando seus conhecimentos

O próximo texto foi extraído do livro Lógica? É Lógico!

(MACHADO, 2000, p. 9) O filme O Enigma de Kaspar Hauser relata a história de um homem (Kaspar Hauser) que viveu isolado de outras pessoas desde criança até a idade adulta, quando aprendeu a falar.

Nesse filme, há uma cena em que um professor de Lógica, para investigar a inteligência de Kaspar Hauser, propõe o seguinte problema:

“Caminhando por certa estrada, você chega a um ponto em que há uma bifurcação: uma das vias conduz à aldeia A e a outra conduz à aldeia B.

No ponto de bifurcação, você encontra dois homens, cada um vindo de uma das aldeias onde vivem. Não se sabe qual deles vem da aldeia A ou da B. Sabe-se apenas que todos os habitantes da aldeia A mentem o tempo todo, enquanto todos os habitantes da B falam somente a verdade. Você deve iden-tificar a procedência de cada um dos homens, sendo-lhe permitido, para isso, fazer uma única pergunta a um só deles. Qual deve ser a pergunta?”

Kaspar Hauser respondeu:

“Eu perguntaria a qualquer um dos dois: ‘Você é uma pedra?’”

Explique como essa única pergunta feita a qualquer um dos homens possi-bilitou a identificação da origem de cada um deles.

Comentário do autor:

Cada um dos homens tem uma procedência diferente e, portanto, naturezas distintas em relação à falar ou não a verdade. A pergunta “você é uma pedra?” deve ser respondida com um “sim” por quem mente e “não”por quem fala a ver-dade. Logo, independentemente a quem é feita a pergunta, de acordo com a resposta, sempre será possível identificar se o homem fala a verdade ou mente. Além disso, o homem a quem não é feita a pergunta terá, necessariamente, na-tureza oposta do primeiro – a quem é feita a pergunta. Isso possibilitará identifi-car a origem de cada um deles.

(29)

73

Atividades de aplicação

1. Considere as proposições simples: p: 7 é um número ímpar.

q: Existem infinitos números inteiros. r: Todo europeu é francês.

De acordo com os valores lógicos de p, q e r, determine os valores lógi-cos das proposições compostas:

a) ( ) p → q b) ( ) ~q → r c) ( ) p → r d) ( ) q → ~r e) ( ) ~r → ~q f) ( ) p ↔ q g) ( ) ~q ↔ r h) ( ) (~p → r) ↔ (~q)

2. Considerando verdadeira a proposição “Se sou carioca, então sou bra-sileiro”, marque V ou F, conforme se possa concluir que cada uma das seguintes proposições é verdadeira ou falsa, respectivamente.

a) ( ) Ser carioca é suficiente para ser brasileiro. b) ( ) Ser brasileiro é necessário para ser carioca. c) ( ) Ser brasileiro é suficiente para ser carioca. d) ( ) Ser carioca é necessário para ser brasileiro. e) ( ) Sou carioca somente se sou brasileiro. f) ( ) Sou brasileiro somente se sou carioca.

(30)

3. Considerando como verdadeira a proposição “Se Almir é almirante, en-tão Bruno é biruta”, marque com um X as proposições que são necessa-riamente verdadeiras.

a) ( ) Se Bruno é biruta, então Almir é almirante.

b) ( ) Se Bruno não é biruta, então Almir não é almirante. c) ( ) Se Almir não é almirante, então Bruno não é biruta.

d) ( ) Almir ser almirante é condição suficiente para Bruno ser biruta. e) ( ) Almir ser almirante é condição necessária para Bruno ser biruta. f) ( ) Almir não ser almirante é condição suficiente para Bruno não ser

biruta.

g) ( ) Almir não ser almirante é condição necessária para Bruno não ser biruta.

h) ( ) Bruno ser biruta é condição suficiente para Almir ser almirante. i) ( ) Bruno ser biruta é condição necessária para Almir ser almirante. j) ( ) Bruno não ser biruta é condição suficiente para Almir não ser

almirante.

k) ( ) Bruno não ser biruta é condição necessária para Almir não ser almirante.

4. Dada a proposição condicional ”Se estudo, então passo”: a) Escreva uma proposição condicional equivalente. b) Escreva uma proposição não condicional equivalente. c) Escreva a negação da proposição dada.

5. Qual é a negação da proposição “Se você estudou Lógica então você acertará essa questão”?

6. Marque V ou F conforme a proposição seja verdadeira ou falsa, respecti-vamente.

a) ( ) Uma condição necessária para que um número seja maior do que 3 é que ele seja positivo.

(31)

75 b) ( ) Uma condição suficiente para que um número seja maior do

que 1 é que ele seja positivo.

c) ( ) Uma condição necessária e suficiente para que um número seja maior do que 2 é que ele seja positivo.

d) ( ) Toda condição suficiente para que um número seja positivo é também suficiente para que ele seja maior do que 2.

7. Num balneário é rigorosamente obedecida a seguinte ordem:

Se não chover, então todos os bares deverão ser abertos.

Nas proposições a seguir, marque V conforme se possa concluir corre-tamente que a proposição é verdadeira. Caso contrário, marque F. a) ( ) Se todos os bares à beira-mar estão abertos, então choveu. b) ( ) Se todos os bares à beira-mar estão abertos, então não

cho-veu.

c) ( ) Se choveu, então todos os bares à beira-mar não estão aber-tos.

d) ( ) Se choveu, então todos os bares à beira-mar estão abertos. e) ( ) Se um bar à beira-mar não está aberto, então choveu.

8. Por meio da tabela-verdade, mostre que a proposição “Se tenho di-nheiro, então viajo” é a negação da proposição “Tive dinheiro e não viajei”.

9. Cada um dos cartões abaixo têm de um lado um número e do outro uma letra.

U

Z

4

5

Considerando como verdadeira a afirmação “Todos os cartões que têm vogal numa face, têm número par na outra”, marque V ou F em cada uma das proposições a seguir, conforme a proposição seja verdadeira ou falsa, respectivamente. Para verificar se tal afirmação é verdadeira, a) ( ) é necessário virar todos os cartões.

(32)

b) ( ) é suficiente virar os dois primeiros cartões. c) ( ) é suficiente virar os dois últimos cartões. d) ( ) é suficiente virar os dois cartões do meio. e) ( ) é suficiente virar o primeiro e o último cartão.

10. A sentença “Estou feliz se, e somente se, meu time ganha” é verdadeira. Marque V caso se possa concluir que a sentença apresentada é neces-sariamente verdadeira. Caso contrário, marque F.

a) ( ) Estou feliz.

b) ( ) Meu time ganhou. c) ( ) Não estou feliz.

d) ( ) Meu time não ganhou.

e) ( ) Se estou feliz, então meu time ganhou. f) ( ) Se meu time ganhou, então estou feliz.

g) ( ) Se meu time não ganhou, então não estou feliz. h) ( ) Se não estou feliz, então meu time não ganhou. i) ( ) Se não estou feliz, então meu time ganhou. j) ( ) Se estou feliz, então meu time não ganhou. k) ( ) Se meu time ganhou, então não estou feliz. l) ( ) Se meu não time ganhou, então estou feliz.

(33)

77

Referências

ABELARDO, Pedro. Lógica para Principiantes. Petrópolis: Vozes, 1994.

ALENCAR FILHO, Edgard de. Iniciação à Lógica Matemática. São Paulo: Nobel, 2003. 203 p.

ARISTÓTELES. Tópicos. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Coleção Os Pensadores). _____. Organon. São Paulo: Nova Cultural, 1999. (Coleção Os Pensadores). BOLL, Marcel; REINHART, Jacques. A História da Lógica. Lisboa: Edições 70, 1982. 127 p.

CASTRUCCI, Benedito. Introdução à Lógica Matemática. 6. ed. São Paulo: Nobel, 1986. 158 p.

DESCARTES, René. Discurso do Método. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. 102 p.

KELLER, Vicente; BASTOS, Cleverson L. Aprendendo Lógica. 12. ed. Petrópolis: Vozes, 2000. 179 p.

KOPNIN, P. V. A Dialética como Lógica e Teoria do Conhecimento. Rio de Janei-ro, 1978. 353 p.

LAUSCHNER, Roque. Lógica Formal. 4. ed. rev. Porto Alegre: Sulina/ Unisinos, 1984. 207 p.

LIARD, L. Lógica. 6. ed. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1965. 211 p.

LIPSCHULTZ, Seymour. Teoria dos Conjuntos. São Paulo: McGraw-Hill, 1972. 337 p. MACHADO, Nilson José. Matemática 1 por Assunto – lógica, conjuntos e fun-ções. São Paulo: Scipione, 1988. 240 p.

_____. Lógica? É Lógico! São Paulo: Scipione, 2000. 49 p. (Coleção Vivendo a

Matemática).

MARITAIN, Jacques. Elementos de Filosofia II: a ordem dos conceitos, lógica menor. Rio de Janeiro: Agir, 1980. 318 p.

(34)

NAHRA, Cínara; WEBER, Ivan Hingo. Através da Lógica. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1997. 174 p.

OLIVEIRA, Augusto J. Franco de. Lógica Aritmética. Brasília: UnB, 2004. 241 p. SALMON, Wesley C. Lógica. 4. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. 142 p.

SÉRATES, Jonofon. Raciocínio Lógico. 8. ed. Brasília: Jonofon, 1998. 432 p. v. 1. _____. Raciocínio Lógico. 8. ed. Brasília: Jonofon, 1998. 467 p. v. 2.

SOARES, Edvaldo. Fundamentos da Lógica – elementos da Lógica Formal e Teoria da Argumentação. São Paulo: Atlas, 2003. 187 p.

TELLES JR., Goffredo. Curso de Lógica Formal. 3. ed. São Paulo: Edusp, 1973. 367 p.

(35)

79

Gabarito

1. a) ( V ) b) ( V ) c) ( F ) d) ( V ) e) ( F ) f) ( V ) g) ( V ) h) ( F ) 2. a) ( V ) b) ( V ) c) ( F ) d) ( F ) e) ( V ) f) ( F ) 3. a) ( ) b) ( X ) c) ( ) d) ( X ) e) ( ) f) ( ) g) ( X ) h) ( ) i) ( X ) j) ( X ) k) ( ) 4.

a) Se não passei, então não estudei. b) Não estudo ou passo.

c) Estudei e não passei.

5. Você estudou lógica e não acertará essa questão. 6. a) ( V ) b) ( F ) c) ( F ) d) ( F ) 7. a) ( F ) b) ( F ) c) ( F ) d) ( F )

e) ( V )

8. Sejam as proposições p: tenho dinheiro e q: viajo. A proposição “Se tenho dinheiro, então viajo” tem a forma p q e a proposição “Tive dinheiro e não viajei” tem a forma p ~q. Assim, temos:

p q ~q p q p ~q

V V F V F

V F V F V

F V F V F

F F V V F

A tabela comprova que as proposições são contraditórias, ou seja, ~(p q) p ~q.

(36)

9. a) ( F ) b) ( F ) c) ( F ) d) ( F ) e) ( V )

10. a) ( F ) b) ( F ) c) ( F ) d) ( F )

e) ( V ) f) ( V ) g) ( V ) h) ( V ) i) ( F ) j) ( F ) k) ( F ) l) ( F )

(37)
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