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Altus Sistemas de Automação S.A. Demonstrações financeiras e relatório dos auditores independentes em 31 de dezembro de 2016

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Altus Sistemas de

Automação S.A.

Demonstrações financeiras e

relatório dos auditores

independentes em

31 de dezembro de 2016

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Altus Sistemas de Automação S.A. Demonstrações financeiras e relatório dos auditores independentes em 31 de dezembro de 2016

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Conteúdo

Relatório dos auditores independentes sobre as

demonstrações financeiras 3

Balanços patrimoniais 10

Demonstrações de resultados 11

Demonstrações de resultados abrangentes 12

Demonstrações das mutações no patrimônio líquido 13

Demonstrações dos fluxos de caixa 14

Demonstrações do valor adicionado 15

Notas explicativas às demonstrações financeiras 16

Relatório da administração 54

Declaração dos diretores sobre as demonstrações financeiras 56

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KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma-membro da rede KPMG de firmas-firma-membro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça.

KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.

3 KPMG Auditores Independentes

Av. Borges de Medeiros, 2.233 - 8º andar 90110-150 - Porto Alegre/RS - Brasil

Caixa Postal 199 - CEP 90001-970 - Porto Alegre/RS - Brasil Telefone +55 (51) 3303-6000, Fax +55 (51) 3303-6001 www.kpmg.com.br

Relatório dos auditores independentes sobre as

demonstrações financeiras

Aos Administradores e Acionistas Altus Sistemas de Automação S.A.

Opinião

Examinamos as demonstrações contábeis da Altus Sistemas de Automação S.A.

(Companhia), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas.

Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam

adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira, da Companhia Altus Sistemas de Automação S.A. em 31 de dezembro de 2016, o

desempenho de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).

Base para opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das

demonstrações contábeis”. Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Incerteza relevante relacionada com a continuidade operacional

Chamamos a atenção para a nota explicativa 1 às demonstrações contábeis, que indica que a Companhia tem incorrido em prejuízos recorrentes em suas operações, tendo acumulado em 31 de dezembro de 2016 um montante total de prejuízo de R$ 21.860 mil e apresentou, nessa mesma data, excesso de passivo circulante sobre ativo circulante, no

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4 montante de R$ 43.412 mil, bem como divulga certas ações que estão sendo

implementadas pela Companhia para a reversão desse cenário. A continuidade

operacional da Companhia depende da capacidade de a Administração executar os planos de negócio aprovados pelo Conselho de Administração. Esses eventos ou condições, indicam a existência de incerteza relevante que pode levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Nossa opinião não está

ressalvada em relação a esse assunto. Principais assuntos de auditoria

Principais assuntos de auditoria são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os mais significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no contexto de nossa auditoria das demonstrações contábeis como um todo e na formação de nossa opinião sobre essas demonstrações contábeis e, portanto, não expressamos uma opinião separada sobre esses assuntos. Além do assunto descrito na seção “Incerteza relevante relacionada com a continuidade operacional”, determinamos que os assuntos descritos abaixo são os principais assuntos de auditoria a serem comunicados em nosso relatório.

Realização do imposto de renda e da contribuição social diferidos ativos

Conforme descrito na nota explicativa 20 às demonstrações contábeis, a Companhia possui saldos ativos de tributos diferidos significativos que incluem prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social de exercícios anteriores, considerados como recuperáveis com base na geração de lucros tributáveis futuros. A estimativa de geração de lucros tributáveis futuros requer julgamento e interpretação de leis tributárias, bem como a projeção de lucros futuros. A recuperabilidade dos ativos reconhecidos pode variar significativamente se forem aplicadas diferentes premissas na projeção dos lucros tributáveis futuros e na capacidade de utilização de prejuízos fiscais, o que pode impactar no valor reconhecido nas demonstrações contábeis e na alíquota efetiva do período. Devido às incertezas inerentes ao processo de determinação das estimativas dos lucros tributáveis futuros, que são a base para a avaliação do valor recuperável do imposto de renda e da contribuição social diferidos, consideramos esse assunto como significativo para nossa a auditoria.

Como nossa auditoria conduziu esse assunto

• Com o auxílio de nossos especialistas em finanças corporativas, avaliamos as principais premissas utilizadas pela Companhia nas projeções dos lucros tributáveis futuros, tais como crescimento das vendas, diminuição dos custos e despesas, bem como comparamos certos dados, quando disponíveis, com outras fontes externas e avaliamos a consistência dessas premissas com os planos de negócio aprovados pelo Conselho de Administração.

• Adicionalmente, com o auxílio de nossos especialistas tributários, consideramos a adequação da aplicação das leis tributárias e das deduções fiscais na determinação da base de prejuízos fiscais e diferenças temporárias.

• Analisamos à data das demonstrações contábeis, as evidências que indicam a probabilidade de recuperação dos ativos fiscais diferidos, bem como aquelas que fundamentam os prazos estimados pela Companhia para sua utilização.

• Avaliamos ainda se as projeções da Companhia indicavam, para a parcela dos prejuízos fiscais não utilizados e as diferenças temporárias dedutíveis reconhecidos como ativos fiscais diferidos, a existência de lucros tributáveis futuros, suficientes para permitir sua realização, bem como avaliamos a adequação das divulgações incluídas nas notas

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5 explicativas da Companhia.

Redução ao valor recuperável do ativo intangível de vida útil definida (Projetos de automação)

Conforme descrito na nota explicativa 12 às demonstrações contábeis, a Companhia possui ativos intangíveis de vida útil definida relativos a projetos de automação. Esses ativos intangíveis são reconhecidos quando for provável que o projeto será bem-sucedido, considerando-se sua viabilidade comercial e tecnológica, e somente se o custo puder ser mensurado de forma confiável e se for provável a geração de benefícios económicos futuros. Em decorrência da Companhia apresentar prejuízos recorrentes e dificuldade de geração de caixa, existe um risco de não recuperação do valor total desses ativos. Com a identificação desses indicadores, para o cálculo do valor recuperável desses ativos, a Companhia utilizou-se de premissas-chave na determinação das expectativas de

realização e duração dos projetos em andamento registrados no ativo intangível, tais como o uso esperado das tecnologias em desenvolvimento, o estágio atual dos projetos e as projeções de recursos esperados para sua conclusão. Devido às incertezas inerentes relacionadas com os critérios de avaliação, metodologia específica e procedimentos de avaliação para calcular as expectativas de realização e duração dos projetos, e à complexidade do processo, o qual requer um grau significativo de julgamento que pode impactar o valor desses ativos nas demonstrações financeiras, consideramos esse assunto significativo em nossa auditoria.

Como nossa auditoria conduziu esse assunto Nossos procedimentos incluíram, dentre outros:

 Análise das premissas-chave utilizadas na determinação das expectativas de realização e duração dos projetos em andamento registrados no ativo intangível, tais como o uso esperado das tecnologias em desenvolvimento, o estágio atual dos projetos e as projeções de recursos esperados para sua conclusão.

 Com o auxílio dos nossos especialistas em tecnologia de Informação, avaliação quanto ao uso esperado das tecnologias em desenvolvimento e o risco de obsolescência tecnológica dos projetos.

 Em base amostral, avaliamos se todos os critérios determinados para a capitalização de custos de desenvolvimento foram atendidos e se os gastos capitalizados

ocorreram antes da data de finalização da fase de desenvolvimento do projeto.  Avaliação da adequação das divulgações efetuadas pela Companhia nas

demonstrações contábeis.

Redução ao valor recuperável do ativo imobilizado

Conforme descrito na nota explicativa 13 às demonstrações contábeis, a Companhia possui ativo imobilizado e tem apresentado prejuízos recorrentes e dificuldade de geração de caixa. Com a identificação desses indicadores (“triggers”) a Companhia avaliou a existência de redução ao valor recuperável em relação às suas unidades geradoras de caixa ("UGCs") e, para o cálculo do valor recuperável, utilizou-se do método de fluxo de caixa descontado, com base em projeções econômico-financeiras. Um ativo imobilizado pode estar desvalorizado quando seu valor contábil exceder o seu valor recuperável, sendo este determinado entre o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso. A determinação do valor em uso ou do valor justo líquido de despesa de venda requer o uso de premissas e julgamentos significativos pela Companhia que estão sujeitos a um alto grau de incerteza na estimativa dos valores. Por essa razão, consideramos esse assunto significativo em nossa auditoria.

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Como nossa auditoria conduziu esse assunto Nossos procedimentos incluíram, dentre outros:

 Análise das premissas-chave utilizadas no modelo de fluxo de caixa descontado para teste de impairment do ativo imobilizado através de análise do plano de negócio, orçamento, estudos técnicos e nosso entendimento da utilização futura dos ativos da Companhia.

 Avaliamos a razoabilidade da estimativa dos valores em uso preparada pela Companhia, da determinação das Unidades Geradoras de Caixa (UGC) e da metodologia utilizada para o teste de redução ao valor recuperável.

 Utilizamos nossos especialistas em finanças corporativas na análise das premissas e metodologias utilizadas pela Companhia, em especial aquelas relativas ao

crescimento previsto da receita, custos, variação no capital de giro e da taxa de desconto utilizada no fluxo de caixa descontado e, quando apropriado, do valor justo utilizado na determinação do valor recuperável.

 Análise de sensibilidade das principais premissas da projeção, incluindo receitas, custos, variação do capital de giro e da taxa de descontos.

 Avaliamos também a adequação das divulgações efetuadas pela Companhia. Reconhecimento de receitas

Conforme mencionado na nota explicativa nº 2.17 às demonstrações contábeis, a Companhia usa o método de Porcentagem de Conclusão (“POC”) para contabilizar seus contratos de prestação de serviços de engenharia acordados a preço fixo. O uso desse método requer que se estimem os serviços realizados até a data-base das demonstrações contábeis como uma proporção dos serviços totais contratados. O reconhecimento de receita é realizado com base em laudo técnico emitido por profissional habilitado, indicando o percentual de evolução física dos contratos de engenharia que envolve a utilização de julgamentos e premissas por parte da companhia, que incluem a determinação dos custos através da margem de contribuição. Devido ao alto grau de julgamento envolvido na determinação dessas estimativas e premissas por parte da Companhia, consideramos esse assunto significativo para nossa auditoria.

Como nossa auditoria conduziu esse assunto

• Avaliamos o desempenho, implementação e efetividade operacional dos controles internos chave relacionados com o reconhecimento das receitas.

• Confrontamos, com base em amostras representativas, o reconhecimento das receitas com os contratos ativos e com os laudos técnicos, bem como a alocação respectiva dos custos.

• Analisamos a adequação das divulgações em relação aos critérios de reconhecimento.

• Realizamos, através de amostragens, inspeção física, quando aplicável, dos projetos em andamento.

• Realizamos, por meio de amostragem, confirmações de saldos e operações com base na carteira de clientes.

• Confrontamos os custos incorridos alocados com os orçados totais preparados pela Companhia e avaliamos a razoabilidade das premissas utilizadas e a existência de indicadores de que os custos possam superar as receitas dos contratos.

• Analisamos a adequação das divulgações efetuadas nas demonstrações contábeis em relação aos critérios de reconhecimento de receita.

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Outros Assuntos

Demonstrações do valor adicionado

As demonstrações do valor adicionado (DVA) referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016, elaboradas sob a responsabilidade da administração da Companhia, cuja apresentação é requerida e pelas práticas contábeis adotadas no Brasil para

companhias apresentadas abertas como informação suplementar para fins de IFRS, foram submetidas a procedimentos de auditoria executados em conjunto com a auditoria das demonstrações contábeis da Companhia. Para a formação de nossa opinião, avaliamos se essas demonstrações estão conciliadas com as demonstrações contábeis e registros contábeis, conforme aplicável, e se a sua forma e conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado. Em nossa opinião, essas demonstrações do valor adicionado foram adequadamente preparadas, em todos os aspectos relevantes, segundo os critérios definidos nesse Pronunciamento Técnico e são consistentes em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Auditoria do período anterior

As demonstrações contábeis da Companhia para o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 foram examinadas por outros auditores independentes que emitiram relatório em 28 de março de 2016 com opinião sem modificação sobre essas demonstrações contábeis.

Outras informações que acompanham as demonstrações contábeis do relatório do auditor

A administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração.

Nossa opinião sobre as demonstrações contábeis não abrange o Relatório da

Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório.

Em conexão com a auditoria das demonstrações contábeis, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações contábeis ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito.

Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações contábeis

A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das

demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeira (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

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8 Na elaboração das demonstrações contábeis, a administração é responsável pela

avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações contábeis, a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia e suas controladas ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.

Os responsáveis pela governança da Companhia são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações contábeis.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções

relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações contábeis.

Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:

• Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e

executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais. • Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para

planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da

Companhia.

• Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração. • Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de

continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia e suas controladas. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas

demonstrações contábeis ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia não mais se manter em continuidade operacional.

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KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma-membro da rede KPMG de firmas-firma-membro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça.

KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.

9 • Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações

contábeis, inclusive as divulgações e se as demonstrações contábeis representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.

Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.

Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas.

Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança, determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das demonstrações contábeis do exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os principais assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que lei ou regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em circunstâncias extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser comunicado em nosso relatório porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de uma perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público.

Porto Alegre, 29 de março de 2017

KPMG Auditores Independentes CRC SP-014428/F-7

Cristiano Jardim Seguecio

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Altus Sistemas de Automação S.A. Balanço patrimonial em 31 de dezembro Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 10 de 57

Ativo 2016 2015 Passivo e patrimônio líquido 2016 2015

Circulante Circulante

Caixa e equiv alentes de caixa (Nota 7 ) 281 1 1 .323 Fornecedores (Nota 1 4) 38.023 69.499

Aplicações financeiras 1 7 5 336 Adiantam ento de clientes (Nota 1 5) 1 9.599 20.1 57

Contas a receber de clientes (Nota 8) 34.807 87 .681 Em préstim os e financiam entos (Nota 1 6) 29.51 2 41 .81 5

Estoques (Nota 9) 1 5.7 90 38.7 08 Im postos a recolher (Nota 1 7 ) 1 0.880 1 4.041

Im postos a recuperar (Nota 1 0) 4.436 8.040 Salários e encargos (Nota 1 8) 3.683 5.21 9

Outros ativ os 5.57 5 1 .283 Prov isões (Nota 1 9) 80 81 4

Outros passiv os 2.699 3.927

61 .064 1 47 .37 1

1 04.47 6 1 55.47 2

Não circulante

Realizável a longo prazo Não circulante

Depósitos judiciais 2.350 Fornecedores (Nota 1 4) 3.686 4.540

Im postos a recuperar (Nota 1 0) 7 3.47 8 Em préstim os e financiam entos (Nota 1 6) 9.81 1 1 8.1 7 1

Im posto de renda e contribuição Im postos a recolher (Nota 1 7 ) 1 .67 0 2.1 45

social diferidos (Nota 20) 8.847 6.522 Prov isões (Nota 1 9) 6.995 31 7

Contas a receber de clientes (Nota 8) 5.1 97 7 .57 1

1 6.401 1 7 .57 1 22.1 62 25.1 7 3

Inv estim entos 1 0 Total do passiv o 1 26.638 1 80.645

Intangív el (Nota 1 2) 20.325 24.449

Im obilizado (Nota 1 3) 1 0.7 84 1 2.1 7 5

Patrim ônio líquido (Nota 20)

47 .51 0 54.205 Capital social 2.37 0 2.37 0

Reserv a de capital 1 7 .1 1 3

Ajuste de av aliação patrim onial 1 .426 1 .448

Prejuízos Acum ulados -21 .860

Total do patrim ônio líquido -1 8.064 20.931

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Altus Sistemas de Automação S.A. Demonstrações de resultados Exercícios findos em 31 de dezembro

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 11 de 57

2016 2015

Operações continuadas

Receitas (Nota 23) 39.343 97 .805

Custos das v endas (Nota 25) (45.928) (7 4.41 7 )

Lucro (prejuízo) bruto (6.585) 23.388

Despesas com v endas (Nota 25) (7 .1 56) (1 1 .41 5)

Despesas adm inistrativ as (Nota 25) (1 3.21 1 ) (9.7 62)

Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas (Nota 24) (1 .81 2) (2.544)

Lucro (prejuízo) operacional (28.7 64) (333)

Receitas financeiras (Nota 27 ) 1 0.7 7 5 1 3.1 06

Despesas financeiras (Nota 27 ) (23.330) (30.947 )

Despesas financeiras, líquidas (1 2.555) (1 7 .841 )

Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social (41 .31 9) (1 8.1 7 4)

Im posto de renda e contribuição social corrente e diferido (Nota 28) 2.324 4.059

Prejuízo do exercício (38.995) (14.115)

Prejuízo básico por ação (Nota 29) (2,54) (0,95)

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Altus Sistemas de Automação S.A. Demonstrações de resultados abrangentes Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 12 de 57

2016 2015

Prejuízo do exercício (3 8 .9 9 5 ) (1 4 .1 1 5 )

(13)

Altus Sistemas de Automação S.A.

Demonstrações das mutações no patrimônio líquido Exercícios findos em 31 de dezembro

Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 13 de 57 Ajuste de Reserva avaliação de capital patrimonial Capital social Agio na subscrição de ações Prejuízos acumulados Em 31 de dezembro de 2014 2.07 5 1 4.431 1 .469 - 1 7 .97 5

Aum ento por subscrição de nov as ações (Nota 21 ) 295 1 6.7 7 6 - - 1 7 .07 1

Prejuízo do exercício - - - (1 4.1 1 5) (1 4.1 1 5)

Realização custo atribuído ao ativ o im obilizado - - (21 ) 21 -

Absorção de prejuízo - (1 4.094) - 1 4.094 - Em 31 de dezembro de 2015 2.37 0 1 7 .1 1 3 1 .448 - 20.931 Prejuízo do exercício - - - (38.995) (38.995)

Realização custo atribuído ao ativ o im obilizado - - (22) 22 -

Absorção de prejuízo - (1 7 .1 1 3) - 1 7 .1 1 3 - Em 31 de dezembro de 2016 2.37 0 - 1 .426 (21 .860) (1 8.064) Total Ativo imobilizado

(14)

Altus Sistemas de Automação S.A. Demonstrações dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 14 de 57

2016 2015

Fluxo de caixa das atividades operacionais

Prejuízo antes do imposto de renda e contribuição social (4 1 .3 1 9 ) (1 8 .1 7 4 )

Ajustes para conciliar o resultado ao caixa gerado pelas (aplicado nas) atividades operacionais

Depreciação (Nota 1 3 ) 1 .03 8 1 .2 6 9

Am ortização (Nota 1 2) 1 .8 6 0 1 .4 9 2

Valor residual do im obilizado baixado (Nota 1 3 ) 6 1 7 3 5 0 Valor residual do intangív el baixado (Nota 1 2) 1 .3 5 5 2

Valor dos inv estim entos baixados 1 0

Prov isão para impairment de contas a receber (Nota 8) 2 2 3 1 2 7

Prov isão para impairment de ativ os intangív eis 3 .1 8 6

Prov isão para realização nos estoques (Nota 9) 2 .8 02 1 9 0

Prov isão para contingências 1 .1 2 2 (2 .7 8 6 )

Prov isão para participação nos lucros 8 0 (1 .7 6 4 )

Juros e v ariações m onetárias e cam biais 8 .07 0 1 1 .2 1 7

Juros sobre transações com partes relacionadas 7 3

Baixa de partes relacionadas 5 .7 2 2

(2 0.9 5 6 ) (2 .2 8 2 )

Variações nos ativ os e passiv os

Contas a receber 5 4 .2 4 7 6 .01 5

Estoques 2 0.1 1 6 (6 .005 )

Tributos a recuperar 7 .07 5 (3 .2 7 5 )

Im posto de renda e contribuição social 1 .1 9 9

Outros ativ os (4 .2 9 2 ) 1 .3 4 5

Depósitos judiciais (2 .3 5 0) -

Fornecedores (2 6 .3 1 2 ) 4 7

Im postos a recolher (3 .6 3 6 ) 2 .1 7 6

Salários e encargos sociais (1 .5 3 6 ) (5 3 8 )

Adiantam ento de clientes 8 1 7 (1 .7 8 5 )

Participação nos resultados (8 3 5 )

Outros passiv os (1 .2 2 8 ) (1 6 9 )

Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades operacionais 2 1 .1 1 0 (3 .2 7 2 )

Fluxos de caixa das atividades de investimentos

Aquisições de ativ o im obilizado (Nota 1 3 ) (2 6 4 ) (5 3 3 )

Aquisições de ativ os intangív eis (Nota 1 2) (2 .2 7 7 ) (3 .8 05 )

Aquisições em aplicações financeiras 1 6 1 6 9

Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (2 .3 8 0) (4 .2 6 9 )

Fluxos de caixa das atividades de financiamento

Pagam ento de em préstim os (5 1 .8 8 4 ) (4 1 .4 1 8 )

Obtenção de em préstim os 2 2 .1 1 2 3 5 .7 04

Aum ento de capital social e de reserv a de capital por subscrição de nov as ações 1 7 .07 1

Partes relacionadas (8 5 2 )

Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades de financiamento (2 9 .7 7 2 ) 1 0.5 05

Aumento (redução) de caixa e equivalentes de caixa, líquido (1 1 .04 2 ) 2 .9 6 4

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício (Nota 7) 1 1 .3 2 3 8 .3 5 9

Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício (Nota 7) 2 8 1 1 1 .3 2 3

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Altus Sistemas de Automação S.A. Demonstrações do valor adicionado Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 15 de 57

2016 2015

Receitas

Vendas brutas de produtos e serv iços (m enos dev oluções de v endas) 49.292 1 1 0.1 3 6

Receitas relativ as à construção de ativ os próprios 922 3 .803

Outras receitas 67 4

Prov isão para créditos de liquidação duv idosa - rev ersão/(constituição) -1 86 204

50.7 02 1 1 4.1 43

Insumos adquiridos de terceiros

Custos dos produtos, das m ercadorias e dos serv iços v endidos (3 9.462) (57 .83 3 )

Materiais, energia, serv iços de terceiros e outros (4.040) (1 0.1 68)

Perda/recuperação de v alores ativ os (2.602) (1 21 )

(46.1 04) (68.1 22)

Valor adicionado bruto 4.598 46.021

Depreciação e amortização (2.898) (2.7 61 )

Valor adicionado líquido produzido pela companhia 1 .7 00 43 .260

Valor adicionado recebido em transferência

Receitas financeiras 1 0.7 7 5 1 3 .1 06

Outras 2

Valor adicionado total a distribuir 1 2.47 7 56.3 66

Distribuição do valor adicionado

Pessoal e encargos

Rem uneração direta 1 9.297 28.562

Benefícios 2.565 3 .7 94

FGTS 2.841 3 .027

24.7 03 3 5.3 83

Impostos, taxas e contribuições

Federais 1 97 2.805 Estaduais 1 .7 7 9 (692) Municipais 1 .087 1 .544 3 .063 3 .657

Remuneração de capitais de terceiros

Juros e v ariação cam bial 22.7 22 3 0.3 55

Aluguéis 984 1 .086

23 .7 06 3 1 .441

Remuneração de capitais próprios

Prejuízo do exercício (3 8.995) (1 4.1 1 5)

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1 Informações gerais

A Altus Sistemas de Automação S.A. (Companhia) é uma sociedade anônima de capital aberto, com sede em São Leopoldo, RS.

A Companhia tem por objeto social o desenvolvimento, a fabricação e comercialização de equipamentos eletrônicos; a automação industrial e automação predial; a prestação de serviços de engenharia; a intermediação e agenciamento de serviços e negócios e a prestação de serviços na área de automação industrial e automação predial e a participação no capital de outras empresas.

A Companhia apresentou prejuízo de R$ 38.995 em 31 de dezembro de 2016 (2015 - R$ 14.115) e capital circulante negativo, devido à redução de caixa consumido, principalmente, nas atividades de financiamento da Companhia. Também realizamos valores significativos de clientes, que não se renovaram em função da redução da receita. Além disto, ocorreram cancelamentos e interrupções de contratos importantes, que se referem à clientes do segmento de Óleo e Gás no Brasil e no exterior.

A administração da Companhia vem desenvolvendo diversas ações visando melhorar o desempenho operacional e elevar os níveis de lucratividade nos próximos exercícios tentando equacionar a posição patrimonial e financeira, sendo as principais:

 alteração da estratégia de crescimento/volume, principalmente em projetos de baixo valor agregado, para uma estratégia que privilegia o valor adicionado para seus clientes e projetos com margens mais elevadas e que necessitem de pouco investimento em giro;  consolidação e ampliação dos novos canais de venda de produtos, otimizando os

segmentos de atuação no mercado nacional;

 otimização do custo de produção através de ações que visam a redução dos custos indiretos, compartilhamento das estruturas fabris e terceirização de parte do processo;  revisão de muitos processos sejam eles de apoio ou operacionais, visando unificar,

aproximar áreas e principalmente reduzir gastos a fim de maximizar a rentabilidade da Companhia;

 renegociação do endividamento visando alongamento do prazo de amortização do mesmo.

Adicionalmente, a Companhia buscará recursos no mercado para manter-se em regime normal de operação.

Cumprimento de obrigações contratuais de instrumentos financeiros

Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia estava em desacordo com determinadas cláusulas restritivas (“covenants”), referente à índices financeiros e títulos protestados, constantes em contratos com instituições financeiras, que poderiam exigir o vencimento antecipado dos passivos vinculados a esses contratos. Embora, no entendimento da Companhia, com base nas tratativas com estas instituições financeiras, exista a expectativa de que tais instituições não solicitarão a antecipação destes passivos, para atendimento ao requerido pelas normas contábeis, reclassificou o montante de R$ 8.327, referente aos empréstimos, do passivo não circulante para o passivo circulante.

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22 de março de 2017.

2 Resumo das principais políticas contábeis

As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão definidas abaixo. Essas políticas foram aplicadas de modo consistente em todos os exercícios apresentados, salvo disposição em contrário.

2.1 Base de preparação

As demonstrações financeiras foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e as normas internacionais de relatório financeiro (International Financial Reporting

Standards (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB)), e

evidenciam todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, as quais estão consistentes com as utilizadas pela administração na sua gestão.

As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor e ativos e passivos financeiros mensurados ao valor justo.

A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia no processo de aplicação de suas políticas contábeis. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras, estão divulgadas na Nota 3.

A apresentação da Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é requerida pela legislação societária brasileira e pelas práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às companhias abertas. As IFRS não requerem a apresentação dessa demonstração. Como consequência, pelas IFRS, essa demonstração está apresentada como informação suplementar, sem prejuízo do conjunto das demonstrações financeiras.

2.2 Apresentação de informação

por segmentos

As informações por segmentos operacionais são apresentadas de modo consistente com o relatório interno fornecido para os tomadores de decisões operacionais. O principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos operacionais é a Diretoria da Companhia. Ao Conselho de Administração, cabe a responsabilidade pela tomada de decisões estratégicas, oestabelecimento de objetivos, da política e a orientação geral dos negócios da Companhia, como divulgado na Nota 33.

2.3 Conversão de moeda estrangeira

(a) Transações e saldos

As operações com moedas estrangeiras são convertidas para a moeda funcional, utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou nas datas da avaliação, quando os itens são remensurados. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas de câmbio do final do período, referentes a ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são reconhecidos na demonstração do resultado.

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são apresentados na demonstração do resultado como receita ou despesa financeira.

2.4 Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa incluem dinheiro em caixa e depósitos bancários.

2.5 Ativos financeiros

2.5.1 Reconhecimento e mensuração

Ativos financeiros são classificados, no reconhecimento inicial, como ativos financeiros a valor justo por meio do resultado, empréstimos e recebíveis, investimentos mantidos até o

vencimento, ativos financeiros disponíveis para venda, ou derivativos classificados como instrumentos de hedge eficazes, conforme a situação. Todos os ativos financeiros são

reconhecidos a valor justo, acrescido, no caso de ativos financeiros não contabilizados a valor justo por meio do resultado, dos custos de transação que são atribuíveis à aquisição do ativo financeiro.

Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros

mensurados ao valor justo através do resultado são apresentados na demonstração do resultado em "resultado financeiro" no período em que ocorrem.

A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de perda (impairment) em um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros.

A Companhia classifica seus ativos financeiros, no reconhecimento inicial, sob as categorias: empréstimos e recebíveis e ativos financeiros ao custo amortizado. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos.

(a) Empréstimos e recebíveis

Os empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos, com pagamentos fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo. São apresentados como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). Os empréstimos e recebíveis compreendem "Contas a receber de clientes" (Nota 8) e "Caixa e equivalentes de caixa" (Nota 7).

(b) Ativos financeiros ao custo amortizado

Em relação aos ativos financeiros apresentados ao custo amortizado, a Companhia inicialmente avalia individualmente se existe evidência clara de perda por redução ao valor recuperável de cada ativo financeiro que seja individualmente significativa, ou em conjunto para ativos financeiros que sejam individualmente significativos. Se a Companhia concluir que não existe evidência de perda por redução ao valor recuperável para um ativo financeiro individualmente avaliado, quer significativo ou não, o ativo é incluído em um grupo de ativos financeiros com características de risco de crédito semelhantes e é avaliado em conjunto em relação à perda por redução ao valor recuperável. Ativos que são avaliados individualmente para fins de perda por redução ao valor recuperável e para os quais uma perda por redução ao valor recuperável seja, ou continue a ser, reconhecida não são incluídos em uma avaliação conjunta de perda por redução ao valor recuperável.

O valor de qualquer perda por redução ao valor recuperável é mensurado como a diferença entre o valor do ativo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo perdas de crédito futuras esperadas e ainda não ocorridas). O valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados é descontado pela taxa de juros efetiva original para o ativo financeiro.

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2.5.2 Compensação de instrumentos financeiros

Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é reportado no balanço

patrimonial quando há um direito legal de compensar os valores reconhecidos e há a intenção de liquidá-los em uma base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. 2.5.3 Impairment de ativos financeiros

(a) Ativos mensurados ao custo amortizado

A Companhia avalia, no final de cada exercício, se há evidência objetiva de que o ativo financeiro ou o grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos financeiros está deteriorado e os prejuízos de impairment são incorridos somente se há evidência objetiva de

impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos

ativos (um "evento de perda") e aquele evento (ou eventos) de perda tem um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que podem ser estimados de maneira confiável.

Os critérios usados para determinar se há evidência objetiva de uma perda por impairment incluem:

(i) dificuldade financeira relevante do emissor ou devedor;

(ii) uma quebra de contrato, como inadimplência ou mora no pagamento dos juros ou principal; (iii) a Companhia, por razões econômicas ou jurídicas relativas à dificuldade financeira do tomador

de empréstimo, estende ao tomador uma concessão que um credor normalmente não consideraria;

(iv) torna-se provável que o tomador declare falência ou outra reorganização financeira;

(v) o desaparecimento de um mercado ativo para aquele ativo financeiro devido às dificuldades financeiras; ou

(vi) dados observáveis indicando que há uma redução mensurável nos futuros fluxos de caixa

estimados a partir de uma carteira de ativos financeiros desde o reconhecimento inicial daqueles ativos, embora a diminuição não possa ainda ser identificada com os ativos financeiros

individuais na carteira, incluindo:

 mudanças adversas na situação do pagamento dos tomadores de empréstimo na carteira;  condições econômicas nacionais ou locais que se correlacionam com as inadimplências sobre

os ativos na carteira.

A Companhia avalia, em primeiro lugar, se existe evidência objetiva de impairment. O montante da perda por impairment é mensurada como a diferença entre o valor contábil dos ativos e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo os prejuízos de crédito futuro que não foram incorridos) descontados à taxa de juros em vigor original dos ativos financeiros. O valor contábil do ativo é reduzido e o valor do prejuízo é reconhecido na demonstração do resultado.

Se, num exercício subsequente, o valor da perda por impairment diminuir e a diminuição estiver relacionada objetivamente com um evento que ocorreu após o impairment ser

reconhecido (como uma melhoria na classificação de crédito do devedor), a reversão da perda por impairment reconhecida anteriormente será reconhecida na demonstração do resultado.

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2.6 Contas a receber de clientes

As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pela venda de mercadorias ou prestação de serviços no curso normal das suas atividades. Se o prazo de recebimento é equivalente a um ano ou menos, as contas a receber são classificadas no ativo circulante. Caso contrário, estão apresentadas no ativo não circulante.

As contas a receber de clientes são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e,

subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método da taxa efetiva de juros menos a provisão para créditos de liquidação duvidosa ("PCLD" ou impairment). O cálculo do ajuste a valor presente é realizado com base nas vendas a prazo da Companhia, utilizando a taxa de juros ponderada de capitais resultante dos valores tomados através de empréstimos e financiamentos. A contrapartida dos ajustes a valor presente é contabilizada como redução da receita bruta na demonstração do resultado.

As contas a receber de contratos de construção são registradas pela diferença entre os valores reconhecidos através do método da porcentagem completada (POC) e os valores efetivamente faturados.

2.7 Estoques

Os estoques são demonstrados ao custo ou ao valor líquido de realização, entre os dois o menor. O método de avaliação dos estoques é o da média ponderada móvel. O custo dos produtos acabados e dos produtos em elaboração compreende os custos dos projetos, matérias-primas, mão de obra direta, outros custos diretos e as respectivas despesas diretas de produção (com base na capacidade operacional normal), excluindo os custos de empréstimos. O valor líquido de realização é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios, menos os custos

estimados de conclusão e os custos estimados necessários para efetuar a venda. Em caso de perda por desvalorização (impairment), esta é imediatamente reconhecida no resultado.

2.8 Intangível

(a) Gastos com desenvolvimento de tecnologia

Os gastos com pesquisa são reconhecidos como despesas quando incorridos. Os gastos

incorridos no desenvolvimento de projetos (relacionados à fase de projeto e testes de produtos novos ou aperfeiçoados) são reconhecidos como ativos intangíveis quando for provável que o projeto será bem-sucedido, considerando-se sua viabilidade comercial e tecnológica, e somente se o custo puder ser mensurado de forma confiável. Outros gastos de desenvolvimento são reconhecidos como despesas na medida em que são incorridos. Os gastos de desenvolvimento capitalizados são amortizados desde o início da produção comercial do produto, pelo método linear e ao longo do período do benefício esperado.

(b) Softwares

As licenças de softwares são capitalizadas com base nos custos incorridos para adquirir os

softwares e fazer com que eles estejam prontos para serem utilizados. Esses custos são

amortizados durante a vida útil estimada dos softwares de dez anos. Os custos associados à manutenção de softwares são reconhecidos como despesa, conforme incorridos.

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Terrenos e edificações compreendem, principalmente, fábricas, e escritórios. O imobilizado é demonstrado pelo valor reavaliado até 31 de dezembro de 2007, reduzido pela depreciação acumulada pelas perdas por impairment, quando aplicável. O custo histórico inclui os gastos diretamente atribuíveis à aquisição dos itens.

Em 1º de janeiro de 2009 a Companhia considerou adequada a manutenção do valor residual anteriormente reavaliado sendo o saldo da reavaliação desses bens mantido como ajuste de avaliação patrimonial.

Os custos subsequentes agregados, principalmente de equipamentos e instalações, são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados ao item, cujo custo possa ser mensurado com segurança. Todos os outros reparos e manutenções são lançados em contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos.

O valor contábil de itens ou peças substituídos é baixado. Todos os outros reparos e manutenções são lançados em contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos. Os terrenos não são depreciados. A depreciação de outros ativos é calculada usando o método linear para alocar seus custos aos seus valores residuais durante a vida útil estimada.

O valor contábil de um ativo é imediatamente baixado para seu valor recuperável se o valor contábil do ativo for maior do que seu valor recuperável estimado.

Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação dos resultados com o valor contábil e são reconhecidos em "Outras receitas/líquidas" na demonstração do resultado.

2.10 Impairment de ativos não financeiros

Os ativos que estão sujeitos à amortização são revisados para a verificação de impairment sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida pelo valor ao qual o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável. Este último é o valor mais alto entre o valor justo de um ativo menos os custos de venda e o seu valor em uso. Para fins de avaliação do impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa (UGC)). Os ativos não financeiros, que tenham sofrido impairment, são revisados subsequentemente para a análise de uma possível reversão do impairment na data de apresentação do relatório.

2.11 Fornecedores

As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o pagamento for devido no período de até um ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante.

Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de taxa efetiva de juros. Na prática, são normalmente reconhecidas ao valor da fatura correspondente ajustadas a valor presente.

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Os empréstimos e financiamentos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos incorridos na transação e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor de liquidação é reconhecida na demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos e financiamentos estiverem em aberto, utilizando o método da taxa efetiva de juros.

Os custos de empréstimos gerais e específicos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável, que é um ativo que, necessariamente,

demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos, são capitalizados como parte do custo do ativo quando for provável que eles irão resultar em benefícios econômicos futuros para a entidade e que tais custos possam ser mensurados com confiança. Demais custos de empréstimos são reconhecidos como despesa no período em que são incorridos.

Os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, a menos que a Companhia tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço.

2.13 Provisões

As provisões para ações judiciais são reconhecidas quando:

(i) a Companhia tem uma obrigação presente ou não formalizada (constructive obligation) como resultado de eventos passados;

(ii) é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação; (iii) o valor tiver sido estimado com segurança.

As provisões não são reconhecidas com relação às perdas operacionais futuras.

Quando houver uma série de obrigações similares, a probabilidade de liquidá-las é determinada levando-se em consideração a classe de obrigações como um todo. Uma provisão é reconhecida mesmo que a probabilidade de liquidação relacionada com qualquer item individual incluído na mesma classe de obrigações seja pequena.

As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar a obrigação. O aumento da obrigação em decorrência da passagem do tempo é reconhecido como despesa financeira.

2.14 Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido

As despesas de imposto de renda e contribuição social do exercício compreendem os impostos corrente e diferido. Os impostos sobre a renda são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no patrimônio líquido. O encargo de imposto de renda e contribuição social corrente e diferido é calculado com base nas leis tributárias promulgadas, ou substancialmente promulgadas, na data de elaboração do balanço patrimonial. A administração avalia, periodicamente, as posições assumidas pela Companhia nas apurações de impostos sobre a renda com relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá margem a interpretações. Estabelece provisões, quando apropriado, com base nos valores estimados de pagamento às autoridades fiscais.

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O imposto de renda e contribuição social corrente é apresentado líquido, no passivo, quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando os montantes antecipadamente pagos excedem o total devido na data do relatório.

O imposto de renda e contribuição social diferidos são reconhecidos usando-se o método do passivo sobre as diferenças temporárias decorrentes de diferenças entre as bases fiscais dos ativos e passivos e seus valores contábeis nas demonstrações financeiras. Entretanto, o imposto de renda e contribuição social diferidos não são contabilizados se resultar do reconhecimento inicial de um ativo ou passivo em uma operação que não seja uma combinação de negócios, a qual, na época da transação, não afeta o resultado contábil, nem o lucro tributável (prejuízo fiscal).

O imposto de renda e contribuição social diferidos ativos são reconhecidos somente na proporção da probabilidade de que lucro tributável futuro esteja disponível e contra o qual as diferenças temporárias possam ser usadas.

Os impostos de renda diferidos ativos e passivos são apresentados pelo líquido no balanço quando há o direito legal e a intenção de compensá-los quando da apuração dos tributos

correntes, em geral quando relacionado com a mesma entidade legal e mesma autoridade fiscal.

2.15 Benefícios a empregados

A Companhia reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados com base em regras próprias adequadas para cada exercício da Companhia, visando recompensar de forma variável a participação do colaborador na obtenção de melhores resultados nos processos e no aumento dos lucros da Companhia. A Companhia reconhece uma provisão quando está contratualmente obrigada ou quando há uma prática passada que criou uma obrigação não formalizada (constructive obligation). O valor de participações nos resultados está incluído no grupo de "Provisões" no passivo circulante.

2.16 Capital social

As ações ordinárias e as preferenciais, incluindo ações preferenciais resgatáveis, são classificadas no patrimônio líquido.

Os custos incrementais diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou opções são

demonstrados no patrimônio líquido como uma dedução do valor captado, líquida de impostos.

2.17 Reconhecimento da receita

A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela

comercialização de produtos e serviços no curso normal das atividades. A receita é apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos.

A Altus Sistemas de Automação S.A. reconhece a receita quando o valor desta pode ser

mensurado com segurança, é provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade e quando critérios específicos tiverem sido atendidos para cada uma das atividades, conforme descrição a seguir. A Companhia baseia suas estimativas em resultados históricos, levando em consideração o tipo de cliente, o tipo de transação e as especificações de cada venda.

Se surgirem circunstâncias que possam alterar as estimativas originais de receitas, custos ou extensão do prazo para conclusão, as estimativas iniciais serão revisadas. Essas revisões podem resultar em aumentos ou reduções das receitas ou custos estimados e estão refletidas no resultado no exercício em que a administração tomou conhecimento das circunstâncias que

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originaram a revisão.

(a) Venda de produtos

A receita compreende o valor faturado pela venda de produtos de automação e equipamentos eletrônicos, reconhecida quando os riscos significativos e os benefícios de propriedade são transferidos para o comprador. A Companhia adota como política de reconhecimento de receita, portanto, a data em que o produto é entregue ao comprador, dependendo das características de cada transação.

(b) Prestação de serviços

A receita pela prestação de serviços é reconhecida tendo como base a etapa de execução dos serviços realizados até a data-base do balanço, de acordo com a porcentagem do total de serviços a serem realizados, na medida em que todos os custos relacionados aos serviços possam ser mensurados confiavelmente.

(c) Contratos de construção

As receitas registradas a este título são oriundas dos contratos de prestação de serviços por horas trabalhadas e de entrega de materiais, geralmente relacionada à prestação de serviços de contratos de engenharia. É reconhecida segundo o método de Porcentagem de Conclusão (POC), ou seja, a receita contratual é reconhecida na demonstração do resultado nos períodos contábeis em que o trabalho é executado. A receita é reconhecida de acordo com a evolução física dos contratos, cujas etapas de execução são determinadas através da emissão de laudo técnico assinado por profissional habilitado.

(d) Receita financeira

A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa efetiva de juros. Quando uma perda (impairment) é identificada em relação ao saldo de contas a receber, a Companhia reduz o valor contábil para seu valor recuperável, que corresponde ao fluxo de caixa futuro estimado, descontado à taxa efetiva de juros original do instrumento. Subsequentemente, à medida que o tempo passa, os juros são incorporados às contas a receber, em contrapartida de receita financeira. Essa receita financeira é calculada pela mesma taxa efetiva de juros utilizada para apurar o valor recuperável, ou seja, a taxa original das contas a receber.

(e) Benefícios fiscais

A receita decorrente de incentivos fiscais refere-se ao Crédito Presumido de ICMS e ao Reintegra. A receita está contabilizada e demonstrada na conta de outras receitas (despesas) operacionais, líquidas na demonstração do resultado do exercício (Nota 24).

2.18 Distribuição de dividendos

A distribuição de dividendos para os acionistas é reconhecida ao final do exercício como um passivo nas demonstrações financeiras da Companhia, com base em seu estatuto social. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é provisionado na data em que são aprovados pelos acionistas, em Assembleia Geral.

2.19 Normas novas que ainda não estão em vigor

As normas e interpretações emitidas mas ainda não adotadas até a data de emissão das demonstrações financeiras da Companhia são abaixo apresentadas. A Companhia pretende adotar essas normas, se aplicável, quando entrarem em vigência.

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IFRS 9 – Instrumentos Financeiros

Em julho de 2014, o IASB emitiu a versão final da IFRS 9 – Instrumentos Financeiros, que substitui a IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração e todas as versões anteriores da IFRS 9. A IFRS 9 reúne todos os três aspectos da contabilização de instrumentos financeiros do projeto: classificação e mensuração, perda por redução ao valor recuperável e contabilização de hedge. A IFRS 9 está em vigência para períodos anuais iniciados em 1º de janeiro de 2018 ou após essa data, sendo permitida a aplicação antecipada.

Exceto para contabilidade de hedge, é exigida aplicação retrospectiva, não sendo obrigatória, no entanto, a apresentação de informações comparativas. Para contabilidade de hedge, as

exigências são geralmente aplicadas prospectivamente, salvo poucas exceções. IFRS 15 - Receitas de Contratos com Clientes

A IFRS 15, emitida em maio de 2014, estabelece um novo modelo constante de cinco passos que será aplicado às receitas originadas de contratos com clientes. Segundo a IFRS 15, as receitas são reconhecidas em valor que reflete a contraprestação à qual uma entidade espera ter direito em troca da transferência de bens ou serviços a um cliente.

A nova norma para receitas substituirá todas as atuais exigências para reconhecimento de receitas segundo as IFRS. Adoção retrospectiva integral ou adoção retrospectiva modificada é exigida para períodos anuais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2018, sendo permitida adoção antecipada. A Companhia irá avaliar os efeitos desta norma e adotará o método que melhor se adequar com a sua realidade.

IAS 7 – Iniciativa de divulgação – Alterações à IAS 7

As alterações à IAS 7 Demonstração de fluxos de caixa fazem parte da iniciativa de divulgação do IASB e exigem que uma entidade forneça divulgações que permitam aos usuários das

demonstrações financeiras avaliar as mudanças nos passivos decorrentes de atividades de financiamento, incluindo tanto as mudanças provenientes de fluxos de caixa como mudanças que não afetam o caixa. Na adoção inicial da alteração, as entidades não são obrigadas a fornecer informações comparativas relativamente a períodos anteriores. As alterações estão em vigor para períodos anuais iniciados em 1º de janeiro de 2017, sendo permitida a adoção antecipada. A Companhia avaliará a necessidade de divulgações adicionais.

IFRS 16 Operações de arrendamento mercantil

A IFRS 16 foi emitida em janeiro de 2016 e substitui a IAS 17 Operações de arrendamento mercantil, IFRIC 4 Como determinar se um acordo contém um arrendamento, SIC-15 Arrendamentos operacionais – Incentivos e SIC-27 Avaliação da substância de transações envolvendo a forma legal de arrendamento.

A IFRS 16 estabelece os princípios para o reconhecimento, mensuração, apresentação e evidenciação de arrendamentos e exige que os arrendatários contabilizem todos os

arrendamentos sob um único modelo no balanço patrimonial, semelhante à contabilização de arrendamentos financeiros segundo a IAS 17. A norma inclui duas isenções de reconhecimento para arrendatários – arrendamentos de ativos de “baixo valor” (por exemplo, computadores pessoais) e arrendamentos de curto prazo (ou seja, com prazo de arrendamento de 12 meses ou menos). Na data de início de um contrato de arrendamento, o arrendatário reconhecerá um passivo relativo aos pagamentos de arrendamento (isto é, um passivo de arrendamento) e um ativo que representa o direito de utilizar o ativo subjacente durante o prazo de arrendamento (ou seja, o ativo de direito de uso). Os arrendatários serão obrigados a reconhecer

Referências

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