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VIVÊNCIA NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO CIRÚRGICA PEDIÁTRICA DE UM HOSPITAL PÚBLICO DA REGIÃO SUL DO BRASIL

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MINISTÉRIO DA SAÚDE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO

CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E PESQUISA EM SAÚDE – ESCOLA GHC INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL – IFRS CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

VIVÊNCIA NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO CIRÚRGICA

PEDIÁTRICA DE UM HOSPITAL PÚBLICO DA REGIÃO SUL DO

BRASIL

CRISLAINE RODRIGUES

ORIENTADORA: Profª. Ms. CARLA ROCHANE PERES NAVARRO

PORTO ALEGRE 2012

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CRISLAINE RODRIGUES

VIVÊNCIA NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO CIRÚRGICA

PEDIÁTRICA DE UM HOSPITAL PÚBLICO DA REGIÃO SUL DO

BRASIL

Relatório apresentado como pré-requisito

de conclusão do curso

Técnico em Enfermagem

Orientadora: Profª. Ms. Carla Rochane Peres Navarro

Porto Alegre 2012

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RESUMO

A apendicite é uma das principais causas de hospitalização em crianças, sendo responsável por cerca de 10% de todas as admissões pediátricas e apresenta como principais sintomas a dor abdominal intensa, a sensibilidade ao toque abdominal, febre, náuseas e vômitos. O tratamento consiste, na maioria das vezes, em apendicectomia e uso de antibioticoterapia. Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência vivenciada no pós operatório de apendicectomia de uma criança internada na unidade de internação cirúrgica. Este trabalho trata-se de um relato de experiência realizado na unidade cirúrgica pediátrica de um hospital público de grande porte de Porto Alegre. A experiência vivenciada proporcionou conhecer o processo da doença, os cuidados de enfermagem e o uso de antibióticos no pós operatório de uma paciente com diagnóstico de apendicite. Com essa vivência pude compreender a importância dos cuidados de enfermagem para prestar um atendimento qualificado à criança no pós operatório de apendicectomia, possibilitando uma recuperação adequada e o retorno breve do paciente as suas atividades.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 04

2 REVISÃO DE LITERATURA ... 05

2.1 APENDICITE ... 05

3 RELATO DE ESTÁGIO... 07

3.1 APRESENTAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO... 07

3.2 VIVÊNCIA DE ESTÁGIO... 07

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 09

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1 INTRODUÇÃO

A apendicite é a doença de resolução cirúrgica mais frequente em crianças e adolescentes, sendo responsável por cerca de 10% de todas as admissões em salas de emergências pediátricas e a causa mais comum de dor abdominal (VITAL; MARTINS, 2005).

A apendicite tem como principais sintomas a dor abdominal intensa, a sensibilidade ao toque abdominal, febre, náuseas e vômitos. O diagnóstico é inicialmente realizado através do exame clínico e a sua resolução é estritamente cirúrgica. Entretanto, em se tratando de pediatria, o diagnóstico inicial da patologia pode não ser fidedigno em razão das variações anatômicas de uma criança (REIS et al, 2008).

A escolha do tema surgiu durante a realização do estágio na unidade de internação cirúrgica do Hospital da Criança Conceição (HCC) pois nesse período tive a oportunidade de acompanhar o pós operatório de uma paciente com o diagnóstico de apendicite.

O HCC é um hospital voltado para o atendimento em pediatria geral, possuindo 241 leitos e é responsável pelo maior número de internações do estado do Rio Grande do Sul. Caracteriza-se por prestar atendimento ambulatorial, de emergência e internações. Além disso, conta com uma UTI neonatal e uma UTI pediátrica, ambas altamente equipadas para atender as necessidades de seus pacientes (BRASIL, 2012).

As vivências durante o estágio na unidade de internação pediátrica trouxeram a motivação para desenvolver um relato de experiência sobre os cuidados de enfermagem com a criança no pós operatório de apendicectomia.

Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência vivenciada no pós operatório de apendicectomia de uma criança internada na unidade de internação cirúrgica do Hospital da Criança Conceição.

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2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 APENDICITE

O apêndice trata-se de uma extensão do ceco, localizado na porção ascendente do intestino grosso, no quadrante inferior direito, fisiologicamente sem função comprovada no corpo humano. Também é chamado de apêndice vermiforme por ter a forma de um verme e seu comprimento pode variar em até 10 cm (JÚNIOR et al, 2007).

A apendicite é o processo inflamatório do apêndice e é causada pela obstrução mecânica do lúmen proximal do apêndice. Os principais sintomas são: dor difusa contínua do abdômen, náuseas, vômitos e febre baixa (REIS et al, 2008).

O diagnóstico em pediatria pode ser difícil, principalmente nos estágios iniciais da doença pelas variações anatômicas em suas localizações. O diagnóstico dessa infecção em crianças tem sua maior base no quadro clínico e exame físico (VITAL; MARTINS, 2005).

O tratamento da apendicite é realizado através da apendicectomia por videolaparoscopia e que consiste, basicamente, na retirada do apêndice com o auxílio da técnica laparoscópica (VITAL; MARTINS, 2005; REIS et al, 2008). A apendicectomia por videolaparoscopia em crianças pode ser realizada ambulatorialmente desde que não ultrapasse um período de internação de 12 horas (NOGUEIRA, 2003).

A terapia no pós operatório de apendicectomia é fundamentada na antibioticoterapia pois seu uso é indicado com base na eficiência e de acordo com a posologia do paciente. O uso de antibióticos tem o objetivo de prevenir infecções da ferida operatória (FO). Além disso, independentemente da idade, essa terapia deve ser mantida por 24 horas nos casos de não ruptura do apêndice e é recomendada de uso prolongado nos casos de ruptura (SCHWEITZER et al, 2010).

Além do uso da antibioticoterapia, os cuidados de enfermagem são essenciais para o sucesso na recuperação do paciente na unidade de internação cirúrgica. De acordo com Medeiros (2009), no pós operatório alguns cuidados são necessários para o êxito nesse momento como realizar ou auxiliar a higiene oral

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após as refeições, oferecer ou auxiliar a alimentação, estimular exercícios respiratórios, estimular e auxiliar na deambulação, fazer ou auxiliar a mudança de decúbito a cada 2 horas, fazer ou auxiliar a higiene corporal no leito até que tenha condições físicas para deambulação, estimular a recreação através de brinquedos, leituras, jogos até que possa participar da recreação em grupo, realizar a verificação dos sinais vitais, observar o aspecto da FO, prestar o auxílio emocional à criança em todos os momentos, observar os sinais de complicações pós operatórias e preparar para a alta hospitalar.

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3 RELATÓRIO DE ESTÁGIO

3.1 APRESENTAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO

O Grupo Hospitalar Conceição (GHC) é uma rede composta pelos quatro hospitais, Hospital da Criança Conceição, Hospital Cristo Redentor, Hospital Fêmina e Hospital Nossa Senhora Conceição; pelas 12 Unidades Básicas de Saúde e os três Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS). O GHC tem capacidade para 1.564 leitos e é responsável pela internação de 59,9 mil pessoas por ano. O GHC é a maior rede pública de hospitais do Sul do país, com atendimento 100% SUS (BRASIL, 2012).

O HCC tem seu atendimento voltado à pediatria geral, com 241 leitos e é responsável pelo maior número de internações pediátricas do estado, prestando atendimento ambulatorial, de emergência e de internação. Também, conta com uma UTI neonatal e uma UTI pediátrica, ambas, altamente equipadas para atender as necessidades de seus clientes (BRASIL, 2012).

A experiência de estágio ocorreu na unidade de internação cirúrgica localizada no primeiro andar do HCC. Esse setor é composto de quatro enfermarias e um posto de enfermagem, disponibilizando 16 leitos de internação. A equipe de enfermagem, por turno, é formada por um enfermeiro e três técnicos de enfermagem.

3.2 VIVÊNCIA DE ESTÁGIO

Na unidade temática da mulher e do homem, saúde da criança e do adolescente, realizei estágio na unidade de internação cirúrgica do Hospital da Criança Conceição. Este estágio tinha como objetivo oportunizar que os alunos acompanhassem os cuidados de enfermagem do paciente internado nesse setor.

Numa tarde de estágio, tive a oportunidade de acompanhar uma menina, de 9 anos de idade, com diagnóstico de apendicite. De acordo com o relato da mãe, ela havia procurado o serviço de emergência na noite anterior pois a criança apresentava dores intensas no abdômen com irradiação para flanco direito.

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Na chegada à unidade, a paciente é admitida no setor e o familiar recebe orientações sobre a internação e as rotinas da unidade. Após, a paciente é encaminhada para uma enfermaria onde ficará com mais dois ou três pacientes.

A hospitalização representa uma situação diferenciada das rotinas diárias da paciente, por encontrar-se em um ambiente diferente do seu contexto diário, a experiência da hospitalização pode deixar a paciente ansiosa, insegura e com medo, por estar cercada de pessoas estranhas que a todo o momento realizam procedimentos que causam algum tipo de desconforto (JANSEN; SANTOS; FAVERO, 2010).

De acordo com Ribeiro e Junior (2009), sentimentos de medo, tristeza, dúvida, abandono e até mesmo de culpa causam sofrimento e insegurança a paciente em internação hospitalar. Essa experiência foi citada pela mãe ao relatar que a outra filha mais velha havia passado pelo mesmo procedimento e estes sentimentos foram vividos pela criança.

Após a admissão na unidade de internação cirúrgica e realizado o procedimento de punção venosa para a infusão de medicamentos, inicia-se o pré operatório conforme prescrição médica. No momento em que conheci a paciente ela encontrava-se em pré operatório.

Segundo Chistóforo e Carvalho (2009), o início do processo de cuidados do pré operatório começa com o auxílio no transporte ao centro cirúrgico, a troca da roupa pessoal pela da instituição e a retirada de roupa íntima, a avaliação do jejum, a verificação de sinais vitais, as orientações sobre o pré-operatório, os cuidados de higiene, a retirada de joias, a verificação do histórico de alergia e a administração de medicação pré-anestésica.

Após a cirurgia de apendicectomia por videolaparoscopia, a paciente retornou ao leito com curativo fechado nas feridas operatórias. Acompanhei o seu retorno à unidade e percebi que a mesma não relatava dor como antes. Também, participei dos cuidados do pós operatório administrando medicações conforme prescrição médica e após esses cuidados, encerrei minha tarde de estágio.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A apendicite é uma patologia comum na infância, sendo responsável pelos maiores índices de internações em emergências pediátricas. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são importantes para o sucesso na recuperação do paciente com apendicite.

Os cuidados de enfermagem no pós operatório e o uso de antibióticos são fundamentais no processo de reabilitação da criança.

Com essa vivência pode-se compreender como funciona o processo da doença e os cuidados necessários no pós-operatório pediátrico de apendicectomia.

A experiência vivenciada na unidade de internação cirúrgica do HCC me proporcionou conhecer a patologia e os cuidados de enfermagem no pós operatório de um paciente com diagnóstico de apendicite. Dessa forma, ressalto a importância de prestar um atendimento qualificado para alcançarmos a melhora do quadro e o retorno breve do paciente as suas atividades.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Bem Vindo ao Hospital da Criança. Porto Alegre. 2012. Disponível em:

http://www.ghc.com.br/default.asp?idMenu=2&idSubMenu=3. Acesso em: 03 jul. 2012.

CHISTÓFORO, Berendina Elsina Bouwman; CARVALHO, Denise Siqueira. Cuidados De Enfermagem Realizados Ao Paciente Cirúrgico No Período Pré Operatório, Revista Da Escola De Enfermagem USP, São Paulo, v .43, n. 1, p. 14-22, 2009.

JANSEN, Michele Ferraz; SANTOS, Rosane Maria; FAVERO, Luciane. Benefícios da utilização do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado a criança hospitalizada. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 31, n. 2, p. 247-253, jun. 2010.

JÚNIOR, Marcelo Eustáquio Montandon; MONTANDON, Cristiano; FIORI, Gustavo Ribeiro; FILHO, Carlos Alberto Ximenes; CRUZ, Fernanda Coelho Barbosa. Apendicite Aguda: Achados na Tomografia Computadorizada – Ensaio Iconográfico. Radiol. Bras, São Paulo, v. 40, n.3, p.193–199, mai./jun. 2007.

MEDEIROS, Aretusa Delfino. Pediatria. Patos-PB, 2009. p 66. Disponível em:

http://www.editaisbrasil.com.br/wp-content/uploads/2011/01/apostila-de-pediatria.pdf. Acesso em: 19 ago. 2012.

NOGUEIRA, Mario Victor de Faria. Apendicite Aguda no Paciente Idoso - Relato de Caso. Revista Médica do Hospital Federal dos Servidores do Estado, Rio de Janeiro, v. 37, n. 2, abr./jun. 2003.

REIS, José Marcos; OLIVEIRA, Denilson Cristiano Nucci; LUCATTO, Thiago Maciel; JÚNIOR, Wilson Batista dos Reis. Diagnóstico e Tratamento de 300 Casos de Apendicite Aguda em Crianças e Adolescentes Atendidos em um Hospital Universitário. Revista Médica de Minas Gerais, São Paulo, v. 18, n.1, p.11-15, 2008.

RIBEIRO, Carla Regina; JUNIOR,Antonio Augusto Pinto. A Representação Social Da Criança Hospitalizada:Um Estudo Por Meio Do Procedimento De Desenho-Estória Com Tema. Revista da Sociedade Brasileira de Pediatria Hospitalar. Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 31-56, jun. 2009.

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SCHWEITZER, Louise Cardoso; Apendicite Aguda Complicada na Criança: Antibioticoterapia em Doses Mútiplas Versus Dose Única Diária. Universidade Federal de Santa Catarina. Arquivos Catarinenses de Medicina, Florianópolis, v. 39, n.1, p. 57-61, 2010.

VITAL JR, Pedro Félix; MARTINS, José Luiz. Estado Atual do Diagnóstico da Apendicite Aguda na Criança: Avaliação de 300 casos. Revista do Colegiado Brasileiro de Cirurgia, São Paulo, v. 32, n. 6, p. 310-315, nov./dez. 2005.

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