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Uso Racional de Medicamentos

Um desafio global

Apresentação à COMARE, 28 de novembro 2005 OPAS/OMS - Brasília DF

James Fitzgerald

Gerente da Unidade de Medicamentos e Tecnologias, OPAS/OMS Brasília

(2)

Uso Irracional.... um Problema Global

Estima-se que 50% de todos os medicamentos usados no mundo são prescritos, dispensados, vendidos ou usados de uma

maneira inapropriada.

66% dos antibióticos usados são vendidos sem receita

O Uso Irracional de medicamentos constitui uma ameaça séria à saúde pública: nos EUA, o uso inapropriado de medicamentos é uma das 10 principais causas da mortalidade.

O uso inapropriado de antibióticos e antimaláricos no âmbito global resulta em que tratamentos de primeira linha (de baixo custo) não sejam mais efetivos.

(3)
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Exemplos Comuns de Uso Irracional

Muitos medicamentos prescritos por paciente (polifarmácia)

Antibióticos usados inadequadamente, frequentemente em doses inapropriadas, para infecções não bacterianas;

Uso inadequado de injeções, quando fórmulas orais seriam mais adequadas;

Prescrições em desacordo com diretrizes clínicas;

Auto-medicação inadequada, geralmente de medicamentos sob prescrição.

(5)

Elementos de

solução:

Estratégia OMS

2004-2007

(6)

Os Objetivos da Estratégia da OMS

Política: Assegurar a implementação e o monitoramento de

políticas de medicamentos;

Acesso: Assegurar o financiamento eqüitativo, a capacidade de

pagamento e a disponibilidade de medicamentos essenciais;

Qualidade e segurança: garantir a qualidade e a segurança de

medicamentos por meio do fortalecimento e da implementação de padrões regulatórios e de garantia da qualidade;

Uso racional: promover o uso terapeuticamente adequado e custo-efetivo de medicamentos por profissionais de saúde e consumidores.

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Uso Racional e Medicamentos Essenciais

“Existe Uso Racional quando os pacientes recebem

medicamentos apropriados às suas necessidades clínicas, em doses adequadas e individualizadas, pelo período de

tempo requerido e a um custo razoável para eles e sua comunidade”

(WHO, 1985)

Medicamentos Essenciais:

• Satisfazem as necessidades prioritárias de atenção à saúde da população;

• Selecionados com base na relevância para a saúde pública, evidência sobre eficácia e segurança e a comparação de custo-efetividade. (WHO, 2004)

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Uso Racional por Profissionais de Saúde e

usuários:

• Listas de medicamentos essenciais, diretrizes clínicas e elaboração de formulários desenvolvidas e promovidas;

• Uso racional de medicamentos defendido pelos profissionais e pelos usuários;

• Promoção responsável e ética de medicamentos para profissionais e usuários estimulada.

• Informação independente e confiável sobre medicamentos identificada, disseminada e promovida;

(9)

Uso Racional por Profissionais de Saúde e

usuários:

• Educação dos consumidores fortalecida

• Criação de comitês de farmácia e terapêutica promovida

• Treinamento em boas práticas de prescrição e dispensação promovido

• Abordagens práticas para conter a resistência microbiana desenvolvidas

• Estratégias custo-efetivas para a promoção do uso racional de medicamentos identificadas e promovidas

(10)

Informação

Independente e Confiável

• Lista Modelo de Medicamentos Essenciais (1977 – 2005) / Biblioteca

• Formulário Modelo da OMS (2002 – 2004)

• Rede Internacional para o Uso Racional de Medicamentos (INRUD)

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Avaliação do uso (ir)racional

• Baseada na análise de Tipo, Quantidade e Razões; • Métodos usados para avaliação incluem:

– Dados do Consumo Agregado: podem identificar o uso de

medicamentos caros de baixa eficácia ou comparar o consumo esperado com o realizado (com dados de morbidade);

– Classificação Anatômico-Terapêutica / Dose Diária Definida: permitem a comparação do consumo de medicamentos entre instituições, regiões e países;

– Indicadores selecionados OMS / INRUD: podem podem ser usados para identificar práticas gerais de prescrição e

problemas relacionados à qualidade de atenção primária à saúde. (WHO, 2002)

(12)

A Metodologia OMS / INRUD

para a Avaliação do Uso de Medicamentos

• A INRUD foi estabelecida em 1989 para conduzir uma pesquisa de intervenção multidisciplinar para promover o uso racional de medicamentos

• Em 1993, a INRUD e a OMS publicam uma metodologia padrão para indicadores de uso de medicamentos em unidades de

saúde

• Vários estudos realizados e um documento avaliado foram s na 1ª Conferência Internacional para a Melhora do Uso de

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Indicadores OMS / INRUD

para o uso de medicamentos nas

Unidades de Atenção à Saúde Primária

Indicadores de Prescrição

Número médio de medicamentos prescrito por consulta

Porcentagem de medicamentos prescritos por nome genéricoPorcentagem de consultas com a prescrição de um antibiótico ...

Indicadores de Atenção ao PacienteMédia de tempo de consulta

Media de tempo de dispensação

Porcentagem de medicamentos dispensados

Porcentagem de pacientes com conhecimento de dose correta...

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Indicadores OMS / INRUD

para o uso de medicamentos nas

Unidades de Atenção à Saúde Primária

Indicadores de Unidades

Disponibilidade de lista de medicamentos essenciais ou formulário para os prescritores

Disponibilidade de diretrizes clínicas

Porcentagem de disponibilidade de medicamentos chave

Indicadores Complementares de Uso de Medicamentos

Média do custo do medicamento por consulta

Porcentagem de prescrições de acordo com diretrizes clínicas

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Uso Racional de Medicamentos e

Farmacovigilancia

Farmacovigilância engloba a ciência e as atividades relativas à detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos

adversos ou qualquer outro possível problema relacionado com medicamento

OMS, 2002

Existe Uso Racional quando os pacientes recebem medicamentos apropriados a suas necessidades clínicas, em doses

adequadas e individualizadas, pelo período de tempo

requerido e a um custo razoável para eles e sua comunidade

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Obtivos Específicos da

Farmacovigilância

Melhorar a atenção ao usuário e sua segurança com relação ao uso de medicamentos e todas as intervenções médicas e de demais profissionais de saúde

Melhorar a saúde pública e a segurança em relação com o uso de medicamentos

Contribuir para a avaliação dos benefícios, danos, efetividade e risco dos medicamentos, estimulando sua segurança, uso racional e mais efetivo (incluindo custo-efetividade) e

Promover a compreensão, educação e o treinamento clínico em farmacovigilância e sua efetiva comunicação com o público

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O Escopo da

Farmacovigilância

Medicamentos com desvio de qualidade;

Erros de medicação;

Uso de medicamentos para indicações não aprovadas;

Estudos de casos de envenenamento agudo e crônico;

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Brasil

• Política Nacional de Medicamentos (BRASIL, 1998);

– Promoção do Uso Racional de Medicamentos;

– Adoção e revisão permanente da Rename;

• Relações Estaduais de Medicamentos nos 27 estados brasileiros;

• Apoio à seleção de medicamentos em estados e municípios (OPAS);

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Brasil

Criação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos

Estratégicos e o Departamento de Assistência

Farmacêutica e Insumos Estratégicos (2003);

Política Nacional de Assistência Farmacêutica (2004);

Assistência Farmacêutica;

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Brasil: estratégias para uso racional

Diretrizes e Fontes de informação:

• ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA. Núcleo de Assistência Farmacêutica; BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Fundamentos farmacológicos-clínicos dos medicamentos de uso corrente 2002. Rio de Janeiro : ENSP; ANVISA, 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêutica. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.

• ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE/ORGANIZAÇÃO

MUNDIAL DA SAÚDE; BRASIL. Ministério da Saúde. Uso Racional de Medicamentos: temas selecionados

– Uso da evidência como orientadora de conduta;

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Brasil: estratégias para uso racional

Prescrição Racional:

• Promoção e apoio à realização de cursos de Ensino para o uso racional de medicamentos – 2000-2005 (Anvisa;

OPAS/OMS; NAF/Ensp/Fiocruz; Ministério da Saúde; Universidade de Passo Fundo);

• I Congresso Brasileiro sobre o Uso Racional de Medicamentos: Porto Alegre, 13 a 15/10/2005 no Rio Grande do Sul. Promovido pela ANVISA, OPAS/OMS, com o apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Universidade de Passo

Fundo (UPF) e da Universidade do Sul de Santa Catarina

(UNISUL). O congresso teve 3 áreas temáticas: uso racional de medicamentos, metodologia para o seu ensino e política de

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Brasil: estratégias para uso racional

• Promoção da atenção farmacêutica: Proposta de Consenso Brasileiro (2002);

“É um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e

recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais, sob a ótica da integralidade das ações de saúde.”

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Brasil: estratégias para uso racional

• Interface entre Atenção Farmacêutica e Farmacovigilância

(OPAS/OMS, 2002)

Atenção Farmacêutica

• Avaliação de problemas/riscos relacionados a segurança, efetividade e desvios da qualidade de medicamentos;

• documentação e avaliação dos resultados • Notificação de RAM

Vigilância Sanitária

• Farmacovigilância: -produção de alertas; - informes técnicos; - informações sobre medicamentos ; • Ações regulatórias

Assistência Farmacêutica

• Seleção de medicamentos e produção de protocolos clínicos com prática baseada em evidências, integrada nas ações

“Melhora da capacidade de avaliação da relação benefício/risco, otimizando os resultados da terapêutica e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e adequação do

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“O uso racional pode ser enormemente melhorado e a resistência contida se uma fração dos recursos gastos com medicamentos forem gastos na melhoria da utilização”

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12 Estratégias para Melhorar o Uso Racional

1. Estabelecimento de um corpo nacional multidisciplinar para coordenar políticas sobre o uso de medicamentos; 2. Uso de diretrizes clínicas;

3. Desenvolvimento e uso da lista nacional de medicamentos essenciais, baseados em tratamentos de escolha;

4. Estabelecimento de comitês de farmácia e terapêutica em distritos e hospitais;

5. Inclusão de capacitação em farmacoterapia baseado em problemas no currículo de graduação;

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12 Estratégias para Melhorar o Uso Racional

6. Educação médica continuada em serviço, como requisito para registro profissional;

7. Supervisão, auditoria e retroalimentação;

8. Uso de informação independente sobre medicamentos; 9. Educação pública sobre medicamentos;

10. Evitar incentivos financeiros perversos;

11. Estabelecimento e comprimento de regulamentação apropriada;

12. Gasto governamental suficiente para assegurar a disponibilidade de medicamentos e pessoal;

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Obrigado...

1. james@bra.ops-oms.org 2. http://www.opas.org.br 3. http://www.paho.org/spanish/ad/ths/ev/ev-home.htm 4. http://www.who.int/medicines/en/ 5. http://www.who.int/drugresistance/en/ 6. http://www.icium.org/index.htm

Referências

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