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Análise das receitas e despesas orçamentárias de um município da região da AMUPLAM

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Academic year: 2021

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(1)

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ADRIANE KRUPP FUHRMANN

ANÁLISE DAS RECEITAS E DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DE UM

MUNICÍPIO DA REGIÃO DA AMUPLAM.

IJUÍ (RS)

2013

(2)

ADRIANE KRUPP FUHRMANN

ANÁLISE DAS RECEITAS E DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DE UM

MUNICÍPIO DA REGIÃO DA AMUPLAM.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis para a obtenção do título de bacharel junto a Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ

Prof. Ms. Orientador

IVANILDO SCHEUER

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar quero agradecer a Deus, pelo seu amor incondicional, por ter me guiado pelo seu caminho, e por me proporcionar saúde para alcançar mais essa conquista.

Agradecer aos meus pais Marno e Glacir pelos ensinamentos da busca pelo sucesso através do estudo e da dedicação, pelo carinho, e amor que sempre me concederam, e agradecer aos meus irmãos Maiara e Vinicius pelo apoio e compreensão.

Agradecer ao meu namorado Giovano, pela ajuda e disposição nos anos de vida acadêmica.

Agradecer aos meus familiares e amigos que de maneira grandiosa me ajudaram com grandes e pequenos gestos, vocês têm a minha eterna gratidão.

Aos professores, por transmitir suas sabedorias e proporcionar uma vida acadêmica com grandes ensinamentos.

(4)

Se você não puder ser um pinheiro no topo da colina Seja um arbusto no vale - mas seja O melhor arbusto à margem do regato. Seja um ramo, se não puder ser uma árvore; Se não puder ser um ramo, seja um pouco de relva.

E dê alegria a algum caminho; Se não puder ser almíscar, seja então apenas uma tília, Mas a tília mais viva do lago! Não podemos ser todos capitães: temos de ser tripulação.

Há alguma coisa para todos nós aqui. Há grandes obras e outras menores a realizar E é a próxima tarefa que devemos empreender

Se você não puder ser uma estrada, seja apenas uma senda.

Se não puder ser sol, seja uma estrela; Não é pelo tamanho que terá êxito ou fracasso Mas seja o melhor, do que quer que você seja!

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Cálculo dos Índices Médios para Atualização – Base Variação do IGPM – médio FGV/RJ...32 Quadro 2 – Análise Comparativa das Receitas e Despesas Orçadas e Executadas, segundo as categorias econômicas, do período de 2008 a 2012, do Município do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – Valores Originais...34 Quadro 3 - Análise Vertical das Receitas e Despesas Orçadas, segundo as categorias econômicas, do período de 2008 a 2012 do Município do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul- Valores Atualizados...38 Quadro 4 - Análise Vertical das Receitas e Despesas Executadas, segundo as categorias econômicas, do período de 2010 a 2012 do Município do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Valores Originais...42 Quadro 5 - Análise Horizontal das Receitas e Despesas Orçadas, segundo as categorias econômicas, do período de 2008 a 2012 do Município do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Valores Originais...45 Quadro 6 - Análise Horizontal das Receitas e Despesas Executadas, segundo as categorias econômicas, do período de 2008 a 2012 do Município do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Valores Originais...48 Quadro 7 - Analise Comparativa das Despesas Orçadas e Executada por Secretaria do período de 2008 a 2012 do Município do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Valores Originais...51 Quadro 8 - Análise Vertical das Despesas Orçadas por Secretarias do período de 2008 a 2012 do Município do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Valores Atualizados...57 Quadro 9 - Análise Vertical das Despesas Executadas por Secretarias do período de 2008 a 2012 do Município do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Valores Atualizados...59 Quadro 10 - Análise Horizontal das Despesas Orçadas por Secretarias do período de 2008 a 2012 do Município do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Valores Atualizados...61 Quadro 11 - Análise Horizontal das Despesas Executadas por Secretarias do período de 2008 a 2012 do Município do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Valores Atualizados...62

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Quadro 12 – Análise dos Percentuais Destinados a Educação...64 Quadro 13 - Análise dos Percentuais Destinados a Saúde...65 Quadro 14 - Análise dos Percentuais Destinados a Pessoal...66

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SUMÁRIO

LISTA DE QUADROS ... 5

Quadro 14 - Análise dos Percentuais Destinados a Pessoal... ... 6

SUMÁRIO ... 7

RESUMO ... 9

INTRODUÇÃO ... 10

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 12

1.1 Área de conhecimento contemplada ... 12

1.2 Caracterização da organização ... 12 1.3 Problema ... 13 1.4 Objetivos ... 13 1.4.1 Objetivo Geral ... 13 1.4.2 Objetivos específicos ... 14 1.5 Justificativa ... 14 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 15 2.1 Administração Pública ... 15 2.2 Contabilidade ... 15 2.3 Contabilidade Pública ... 16 2.4 Orçamento Público ... 16 2.4.1 Conceito e Finalidade ... 17 2.4.2 Processo de Planejamento-Orçamento ... 18

2.5 Receitas e Despesas Públicas ... 20

2.5.1 Receita Pública ... 20

2.5.2 Despesa Pública ... 21

2.6 Classificação Funcional Programática... 23

2.7 Lei de Responsabilidade Fiscal ... 24

2.7.1 Quanto a destinação a educação ... 25

2.7.2 Quanto a destinação a saúde ... 25

2.7.3 Receita Corrente Líquida ... 26

2.8 Análise de Balanços Orçamentários ... 26

(8)

3 METODOLOGIA DO TRABALHO ... 28

3.1 Classificação da Pesquisa ... 28

3.2 Coleta de Dados ... 30

3.2.1 Instrumento de Coleta de Dados ... 30

3.3 Análise de Dados ... 31

4 ESTUDO APLICADO PRÁTICO ... 32

4.1 Análise do processo orçamentário de um município do noroeste do estado do Rio Grande do Sul ... 32

4.1.1 Análise Comparativa Segundo as Categorias Econômicas ... 32

4.1.2 Análise Comparativa Segundo as Funções ... 50

4.2 Análise Conclusiva ... 63

CONCLUSÃO ... 66

(9)

RESUMO

Este trabalho trata da realização da análise comparativa dos balanços orçamentários de uma prefeitura do noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Os dados foram obtidos através do site e com os responsáveis da administração pública em estudo.

Com base nas informações disponibilizados, foram elaboradas planilhas e realizadas as analises comparativas entre valores orçados e executados, análise vertical e horizontal, com base nas categorias econômicas e funções do município. Foi avaliado se os percentuais

mínimos para investimentos em educação e saúde estavam de acordo com o que estabelece a legislação vigente, bem como se os gastos com pessoal estavam de acordo com a mesma. Também, verificou-se se o município está cumprindo o princípio público do equilíbrio. Com posse desses dados foram realizadas análises das informações geradas.

PALAVRAS CHAVES: Orçamento público, Análise orçamentária, Análise horizontal, Análise vertical.

(10)

INTRODUÇÃO

A globalização dos mercados no mundo inteiro faz com que os gestores tanto da iniciativa privada, como da gestão pública, busquem instrumentos de gestão que dão suporte para uma correta aplicação dos recursos, que na esfera pública estão cada vez mais escassos.

Neste sentido, a elaboração de Balanços Orçamentários é de suma importância para o desenvolvimento do município, região, estado e país, pois servem como instrumento de gestão e, ao mesmo tempo em que o setor público necessita de atenção não somente dos governantes, mas também da sociedade, esta precisa conhecer os procedimentos utilizados na elaboração e execução dos orçamentos. Desta forma a sociedade poderá realizar a cobrança da gestão pública, e exigir mais transparência de suas ações.

O Balanço orçamentário é uma ferramenta fundamental para a gestão pública, pois ele deixa explícito se os valores que foram orçados estão de acordo com os executados, sendo possível verificar se o princípio do equilíbrio foi obedecido pela gestão pública. Também é possível realizar análises que verificam as prioridades da gestão pública e a destinação dos recursos.

O presente trabalho visa estudar e analisar os métodos utilizados por uma prefeitura do noroeste do estado do Rio Grande do Sul, na elaboração dos balanços orçamentários, verificando se estes estão distribuindo de maneira correta, ou seja, se as receitas estão orçadas conforme exige a legislação vigente, com relação principalmente na área da educação, saúde, e pessoal.

Inicialmente, o trabalho apresenta a contextualização do estudo, onde define-se o tema, em seguida a caracterização da organização onde relata-se um pouco da sua história e estrutura, logo após apresenta-se o problema pesquisado, e os objetivos gerais e específicos, seguidos da justificativa

O segundo capítulo apresenta a revisão bibliográfica, que contextualiza os principais temas abordados neste trabalho, que compreendem a administração pública, contabilidade, contabilidade pública, orçamento público, receitas e despesas públicas, classificação funcional programática, lei de responsabilidade fiscal, e a análise de balanços orçamentários.

No terceiro capítulo, evidencia-se a metodologia com conceitos da pesquisa realizada. No quarto capítulo realizou-se o levantamento dos dados obtidos juntamente com a prefeitura em análise, e em seguida foram elaboradas as análises comparativas, horizontal e vertical, por categorias econômicas e funções do período de 2008 a 2012.

(11)

Por fim, apresenta-se o relatório e as conclusões obtidas, bem como a bibliografia consultada durante o estudo.

(12)

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Este estudo realizou-se tendo por base a área de Contabilidade Pública, onde objetiva a investigar e interpretar a execução orçamentária da gestão Pública, frente a importância que esse assunto traz para a sociedade como um todo, e em particular, serve de base para o aprofundamento dos conhecimentos nesse ramo da contabilidade.

O trabalho consiste na análise dos orçamentos orçados/executados de uma prefeitura do Noroeste do Estado do RS, durante o período de 2008 à 2012, bem como a verificação da realização de todos os procedimentos exigidos pela legislação vigente.

No primeiro capítulo apresenta-se a área de conhecimento contemplada, a caracterização do processo, a problemática, os objetivos gerais e específicos e a justificativa deste trabalho.

1.1 Área de conhecimento contemplada

A Ciência Contábil tem como foco o estudo do patrimônio a disposição das entidades, considerando seus aspectos econômicos e financeiros. Assim, dessa forma, no decorrer dos estudos no curso de Ciências Contábeis, obteve-se momentos em que, como estudante, pude aprofundar os conhecimentos na área de contabilidade, portanto, pode-se verificar, que esta ciência propicia vários ramos de conhecimento.

Neste contexto, a área escolhida para fazer o estudo é a Contabilidade Pública com ênfase na análise orçamentária de uma entidade de direito público, um estudo que tem evoluindo muito na área pública, diante de grandes modificações ocorridas na legislação pertinente a área.

1.2 Caracterização da organização

A prefeitura municipal foi fundada em 19 de outubro de 1890, recebendo imigrantes de várias nacionalidades.

O município é atualmente conhecido por Terra das Culturas Diversificadas, Colméia do Trabalho, cidade universitária, e Terra das Fontes de Água Mineral. Além disso, possui amplos recursos hospitalares tornando-se referência em saúde na região.

Sua população varia em torno de 78.000 habitantes, localizada na região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul.

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1.3 Problema

A Contabilidade Pública é uma área da Ciência Contábil muito importante, pois ela evidencia os resultados obtidos pela administração das entidades, facilitando a realização de análises. Neste contexto seus serviços proporcionam o acompanhamento da execução orçamentária, bem como a análise da legalidade de seus atos.

O orçamento é utilizado como uma ferramenta do poder público, capaz de discriminar a origem e o montante dos recursos a serem obtidos, bem como estabelecer a natureza e o montante dos dispêndios a serem efetuados pela administração.

Atualmente a prefeitura utiliza controles mensais através da análise de relatórios realizados pelo Secretário da Fazenda. Nesta análise é verificado o comportamento da receita, arrecadação e execução da despesa, conforme as metas programadas.

Assim sendo, a análise orçamentária realizada neste trabalho, poderá contribuir para o aperfeiçoamento de futuros orçamentos da entidade pública em estudo, verificando se os procedimentos adotados por esta estão de acordo com o estabelecido na legislação. Além de servir como uma ferramenta para a administração atual e futuras administrações, proporcionará aos cidadãos desta cidade informações sobre a situação de seu município.

Neste sentido, questiona–se: É possível, através da análise dos balanços orçamentários verificar se os mesmos atendem perfeitamente o que prescreve a legislação, no tocante a distribuição das receitas, em termos percentuais, especialmente na educação, saúde, e pessoal, e se o princípio orçamentário do equilíbrio é obedecido pela gestão pública?

1.4 Objetivos

Por meio dos objetivos, busca-se esclarecer a pergunta antes descrita de forma satisfatória.

1.4.1 Objetivo Geral

O objetivo da realização deste trabalho é analisar os balanços orçamentários dos últimos cinco anos de uma prefeitura do noroeste do estado/RS, se atendem o que determina a legislação e os princípios orçamentários, com relação a sua elaboração e a execução.

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1.4.2 Objetivos específicos

- Revisar a literatura referente análise comparativa de Balanços Orçamentários; - Levantar os balanços Orçamentários da Prefeitura Municipal;

- Fazer a análise de estrutura vertical, horizontal e comparativa;

- Verificar se os Balanços Orçamentários estão de acordo com o que estabelece a legislação;

- Analisar os procedimentos adotados pela organização. 1.5 Justificativa

A Contabilidade Pública vem se tornando uma área de estudo que agrega excessivo conhecimento a acadêmica, que se dedica a realizar o seu trabalho no âmbito de uma prefeitura. Diante desta realidade, a possibilidade de ingressar no serviço público motivou e causou interesse para que este fosse desenvolvido.

A realização da Análise Orçamentária proporcionará a Prefeitura Municipal do noroeste do estado/RS, maior conhecimento para seus controles internos e para a realização de orçamentos posteriores. A análise comparativa dos valores orçados/executados, bem como a verificação dos princípios também evidenciará a sociedade se o executivo municipal está cumprindo de fato com suas obrigações para com a gestão pública.

Para a Universidade e para o curso de Ciências Contábeis, o presente trabalho poderá servir como fonte de estudo para futuros trabalhos realizada nesta área.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A revisão bibliográfica deste estudo abrange, a administração pública, contabilidade geral, a contabilidade pública, o orçamento público, receitas e despesas públicas, classificação funcional programática, lei de responsabilidade fiscal,e a análise de balanços orçamentários. Com a finalidade de proporcionar o aprimoramento do estudo, assim como torná-lo mais preciso, neste sentido utilizou-se da pesquisa em livros e sites oficiais da Prefeitura Municipal.

2.1 Administração Pública

O conceito de administração pública pode variar dependendo do enfoque em que se deseja dar. Para Granjeiro (2003) a idéia central da administração pública é a ação racional, ou seja a administração é uma ação humana cooperativa com um alto grau de racionalidade, que varia em eficiência na consecução do objetivo. Já o significado de público, pode variar de acordo com a utilidade, mas a simples denominação jurídica de um sistema administrativo é suficiente para considerar o que é público.

A idéia da administração pública pode ser definida como uma estrutura administrativa do Estado, a qual está organizada e regularizada perante a legislação. Marinela (2012, p.91) conceitua “A Organização da Administração é a estruturação das pessoas, entidades e órgãos que irão desempenhar as funções administrativas; é definir o modelo do aparelho administrativo do estado.

Em síntese é possível afirmar que a principal função da administração pública é atender as necessidades da sociedade, de forma a proporcionar as necessidades básicas de cada cidadão.

2.2 Contabilidade

A contabilidade surgiu a muitos anos, a partir da necessidade humana de registrar e realizar o controle do patrimônio. Neste sentido, pode-se dizer que a contabilidade é,

Conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios e métodos de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e revelar

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informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômico-financeira,(BASSO, 2005, p. 22).

Complementando a idéia de Basso, Iudicibus (2000, p. 19) estabelece:

Construção de um “arquivo básico de informação contábil” que possa ser utilizado, de forma flexível por vários usuários, cada um com ênfases diferentes, neste ou naquele tipo de informação, neste ou naquele principio de avaliação, porém extraídos todos de informes do arquivo básico ou “data base” estabelecido pela contabilidade.

Assim, considerando que a contabilidade, possui como objeto o patrimônio da entidade, e que ela é capaz de produzir relatórios que auxiliam na tomada de decisão das mesmas.

2.3 Contabilidade Pública

Um dos campos de atuação da contabilidade, de grande relevância é a área pública. Angélico (1995, p. 107) define assim “Contabilidade Pública é a disciplina que aplica, na administração pública, as técnicas de registros a apurações contábeis em harmonia com as normas gerais do Direito Financeiro”

A Contabilidade Pública é um dos ramos mais complexos da ciência contábil e tem por objetivo captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações orçamentárias, financeiras e patrimoniais das entidades de direito público interno, ou seja, União, Estados, Distrito Federal e Municípios e respectivas autarquias, através de metodologia especialmente concebida para tal, (KOHAMA, 1998, p. 47).

Em síntese, podemos dizer que a Contabilidade Pública controla o patrimônio das entidades de direito público, a qual é obrigada a praticar seus registros contábeis em conformidade com as normas públicas estabelecidas, bem como orientar-se pelos princípios, sendo assim possível verificar a legalidade dos atos da execução orçamentária desde o seu início até o seu desenvolvimento final.

Neste contexto a Contabilidade Pública, vem despertando o interesse da sociedade, que, por sua vez, busca evidenciar a transparência das ações da administração pública.

(17)

Na contabilidade pública é realizado o orçamento público para Giacomoni (2002) o orçamento público surgiu a muitos anos com a principal função de servir como um instrumento político, possibilitando o controle sobre os executivos, representava meramente um demonstrativo de autorizações legislativas, conhecido como orçamento tradicional. Mas no século XX, surgiu a idéia do orçamento moderno, a qual estabelecia que a principal função do mesmo é servir como instrumento de administração , de forma a auxiliar o Executivo nas várias etapas do processo administrativo, desde a sua programação, execução e controle. 2.4.1 Conceito e Finalidade

A definição de Orçamento Público é ainda muito discutida, pois ao passar dos anos ocorreram significativas mudanças na legislação.

O orçamento não é essencialmente uma lei, mas um programa de trabalho do poder Executivo. Programa que contém planos de custeio dos serviços públicos, planos de investimentos, de inversões e, ainda, planos de obtenção de recursos. A execução desse programa de trabalho exige autorização prévia do órgão de representação popular; e a forma material de esse órgão expressar sua autorização é a lei, (ANGÉLICO, 1995, p. 18).

Neste sentido Giacomoni (2002, p. 64) estabelece “O orçamento público é caracterizado por possuir uma multiplicidade de aspectos: político, jurídico, contábil, econômico, financeiro, administrativo etc.”

O governo utiliza-se da execução orçamentária para planejar e controlar as ações de curto e longo prazo da entidade pública, tendo como base a análise da atual situação da mesma, visando atingir os objetivos desejados.

Ao passar dos anos o orçamento público evoluiu, aumentando a sua contribuição para o poder político. Basso (2009, p. 33) classifica “A experiência do Orçamento Público nos Estados Unidos da América do Norte conduziu e evoluiu para e solidificação do orçamento moderno, entendido como um instrumento básico e fundamental para a administração dos serviços e aplicação dos recursos públicos.”

A realização do orçamento moderno inclui o orçamento-programa, Giacomoni (2002, p. 153) estabelece “A originalidade do Orçamento-Programa estava na sua organicidade, isto é, possuía todos os componentes bem articulados, o que lhe possibilitava reais chances de implantação generalizada em substituição ao antigo e arraigado orçamento tradicional.”

Neste contexto Giacomoni (2002) define os elementos essenciais do orçamento-programa:

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- os objetivos e propósitos perseguidos pela instituição;

- os programas, isto é, os instrumentos de integração dos esforços governamentais para concretizar os objetivos;

- os custos dos programas medidos por meio de identificação dos meios ou insumos necessários para obtenção dos resultados;

- medidas de desempenho, com a finalidade de medir os esforços despendidos na execução dos programas.

2.4.2 Processo de Planejamento-Orçamento

O processo de planejamento orçamentário busca estabelecer os instrumentos utilizados na administração pública, por meio do plano plurianual, das leis de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual.

a) Plano Plurianual

O plano plurianual passou a ser exigido na Constituição Federal de 1988, e faz parte do planejamento da administração pública, servindo de orientação dos demais planos.

O plano plurianual é um plano de médio prazo, através do qual procura-se ordenar as ações do governo que levem ao atingimento dos objetivos e matas fixadas para um período de quatro anos, ao nível do governo federal, e também de quatro anos ao nível dos governos estaduais e municipais, ( KOHAMA, 1998 p. 57).

Por meio do plano plurianual é apresentada a sociedade as intenções dos gestores durante o período de tempo estabelecido, servindo como uma importante ferramenta estratégica para a política.

O Plano Plurianual é o instrumento elaborado pelo poder Executivo que apresenta para o poder Legislativo e sociedade o seu plano de governo. É sempre elaborado no início do primeiro ano de governo, para vigorar a partir do exercício seguinte até o final do primeiro ano de mandato do novo governo, reeleito ou eleito como seu sucessor, (BASSO, 2009, p. 48).

Segundo Basso, L. (2009) o mecanismo de transição do plano plurianual permite a gestão pública a continuidade de um plano e da ação administrativa do Estado, possibilitando que esse processo ocorra de forma gradual sem prejudicar a sociedade e a qualidade do serviço público.

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b) Lei das Diretrizes Orçamentárias

A lei das diretrizes orçamentárias está diretamente ligada com o plano plurianual, ela direciona as ações da administração a curto prazo.

A Constituição Federal define que a Lei de Diretrizes Orçamentárias estabelecerá em consonância com a Lei do Plano Plurianual as metas e prioridades, os investimentos, as políticas oficiais de fomento e alterações na legislação tributária, para o exercício seguinte, e se constitui em orientação e norma geral para a elaboração do orçamento anual, (BASSO, 2009, p. 51).

Conforme Giacomoni (2002) o conteúdo das diretrizes orçamentárias foi instituído a partir de 2000 pela Lei de Responsabilidade Fiscal, e em conformidade com a Constituição, definindo:

- compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal; - orientará a elaboração da lei orçamentária anual;

- disporá sobre as alterações na legislação tributária;

- estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Em síntese é possível afirmar que a lei de diretrizes orçamentárias contribui para a transparência da gestão pública, propiciando também ao poder legislativo e executivo maior compreensão da economia pública.

c) Lei Orçamentária Anual

A elaboração do orçamento anual é a última etapa do processo de planejamento orçamentário.

Para viabilizar a concretização das situações planejadas no plano plurianual e, obviamente transformá-las em realidade, obedecida a lei de diretrizes orçamentárias, elabora-se o Orçamento Anual, onde são programadas as ações a serem executadas, visando alcançar os objetivos determinados, (KOHAMA, 1998, p. 60).

A lei orçamentária anual é constituída por três orçamentos, fiscal, da seguridade social e de investimentos das empresas. Giacomoni (2002) estabelece que o orçamento fiscal refere-se aos poderes compreendendo quatro categorias de entidades, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedade de economia mista. Já o orçamento da seguridade social abrange as entidades e órgãos a ela vinculados, saúde, previdência social e assistência social da administração direta e indireta, assim como os fundos e instituições instituídos e mantidos

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pelo poder público. E o orçamento de investimento nas empresas compreende os investimentos realizados pelas empresas em que o poder público, direta ou indiretamente, detenha a maior parte do capital social com direito a voto.

2.5 Receitas e Despesas Públicas

O orçamento público deve evidenciar o montante de receitas estimada a ser arrecadada, bem como estabelecer e descriminar o valor de dispêndios do exercício.

2.5.1 Receita Pública

Uma boa gestão pública pode ser medida pela eficácia na arrecadação de receitas a qual lhe é possível arrecadarem. Em uma entidade pública a receita representa toda e qualquer entrada de valor aos cofres públicos.

Entende-se, genericamente, por Receia Pública todo e qualquer recolhimento feito aos cofres públicos, quer seja efetivado através de numerário ou outros bens representativos de valores – que o Governo tem o direito de arrecadar em virtude de leis, contratos ou quaisquer outros títulos de quem derivem direitos a favor do Estado – quer seja oriundo de alguma finalidade específica, cuja arrecadação lhe pertença ou caso figure como depositário dos valores que não lhe pertencerem, (KOHAMA, 1998, p.82).

A entidade pública considera contabilmente o valor da entrada da receita apenas quando realmente é realizado o recebimento do valor, por isso, no sistema público é utilizado o regime de caixa.

a) Classificação

Uma receita pública pode ser classificada perante três aspectos: a natureza, à coercitividade e quanto ao aspecto legal.

b) Quanto a Natureza

Referente a classificação quanto a sua natureza, a receita pública pode ser classificada em orçamentária e extra orçamentária.

Segundo Kohama (1998) a receita orçamentária é aquela que é recolhida para o tesouro, ou seja, não haverá necessidade de uma entrada compensatória no ativo e passivo

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financeiro, a entidade não está recebendo com a obrigação de devolver ou pagar a quem é de direito é o caso das receitas correntes (receita tributária, industrial a agropecuária), e receitas de capital (operações de crédito e alienação de bens).

Ao contrário da receita orçamentária, a extra orçamentária compreende os recolhimentos feitos que constituirão compromissos exigíveis.

Receita extra –orçamentária é aquela que não se constitui em renda do Estado e, embora faça parte das disponibilidades financeiras, tem como contrapartida uma obrigação no passivo financeiro (retenção ou descontos na folha de pagamento que serão pagos ou repassados para outras entidades) não integrando o orçamento público, (BASSO, 2009, p.62).

Neste caso o estado é obrigado a arrecadar valores que não lhe pertencem, são exemplos de receitas extra-orçamentárias as operações de crédito por antecipação de receita, restos a pagar do exercício, depósitos.

c) Quanto a Coercitividade

Para a classificação da receita quanto a coercitividade ela pode ser dividida em originárias e derivadas.

Para Heidemann (2005) a receita originária é aquela que provém de bens pertencentes ao patrimônio do Estado. Ex: água, Luiz telefone, telecomunicações. Já a receita derivada provém do exercício da competência ou do poder de tributar os rendimentos ou o patrimônio da coletividade, estas em geral são todas as receitas cuja percepção dependa de disposição legal.

d) Quanto ao aspecto legal

A classificação quanto ao aspecto legal da receita orçamentária, é um esquema já padronizado para todos os neveis de governo.

Denomina-se de classificação pela natureza da receita, ou classificação econômica, comportando seis níveis de classificação e sua representação numérica utiliza oito dígitos: categoria econômica; subcategoria econômica, fonte; (origem dos recursos); subfonte (discriminação da fonte); rubrica; e subrubrica, (HEIDEMANN ,2005, p.40).

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As despesas públicas são todos os dispêndios do Estado, para atender os interesses da população (necessidades coletivas) já fixados e programados no orçamento público

Constituem despesa Pública os gastos fixados na lei orçamentária ou em leis especiais e destinados à execução dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais; à satisfação dos compromissos da dívida pública; ou ainda a restituição ou pagamento de importâncias recebidas a título da cauções, depósitos, consignações etc, (KOHAMA, 1998, p. 109).

A ordem de importância da despesa pública é estabelecida pelo Estado, onde fica a critério deste classificá-la por urgência, possibilitando a melhor aplicação dos recursos obtidos. Para ela ser realizada é necessária a autorização do poder Legislativo na elaboração do orçamento anual.

A despesa pública obedece ao regime de competência para sua contabilização, ou seja, é registrada no momento de sua ocorrência, não dependendo de ter sido realizado o pagamento desta.

a) Classificação

A despesa pública é classificada em dois grandes grupos: orçamentária e extra-orçamentária.

Na classificação de despesa orçamentária, é possível estabelecer que esta se refere aquele dispêndio já autorizada no orçamento público.

A Despesa Orçamentária é aquela que para ser realizada depende de autorização do poder Legislativo, o que significa que não pode ser efetivada sem crédito orçamentário correspondente. È aquela que integra e é fixada pelo orçamento público, ou seja, é discriminada e especificada no orçamento anual, (BASSO, 2009, p.88)

Logo, a despesa extra-orçamentária pode ser entendida como sendo aquela que não está no orçamento.

Por outro lado, a despesa extra-orçamentária refere-se a pagamentos que restituem as receitas extra-orçamentárias, ou valores que estão registrados em restos a pagar de exercícios anteriores. É aquela paga à margem da lei orçamentária e, portanto, independente de autorização legislativa, pois se constitui em saídas do passivo financeiro, compensatórias de entradas no ativo financeiro, oriundas de receitas extra-orçamentárias, correspondentes à restituição ou entrega de valores recebidos, como cauções, depósitos, consignações e outros, (KOHAMA, 1998, p.110)

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É possível dizer que a despesa orçamentária geralmente possui em contrapartida uma receita orçamentária, onde ambas se compensam.

b) Classificação Econômica

Referente a classificação econômica a despesa pública pode ser classificada em corrente ou de capital.

Para Basso, L. (2009) as despesas correntes subdividem-se em despesas de custeio e de transferências correntes. As despesas de custeio são aqueles gastos de natureza operacional, que possuem a finalidade de manter o funcionamento dos órgãos públicos, como por exemplo a folha de pagamento, material de expediente. E as despesas com transferências correntes são aquelas que não possuem uma contraprestação direta de bens ou serviços, como inativos, e a entidades para a prestação de serviços a comunidade. Já as despesas de capital subdividem-se em investimentos, que compreende aplicações em obras e instalações, equipamentos e material permanente, em inversões financeiras que referem-se a aplicação de patrimônio já existente, e por fim as transferências de capital que correspondem a recursos transferidos a outras entidades com a finalidade de realização de investimentos, ou ainda amortização da divida fundada.

Na realização do orçamento anual, a discriminação da despesa é feita no mínimo e nível de elemento, ou seja, a administração pública pode utilizar-se de um desdobramento que atenda as suas necessidades.

2.6 Classificação Funcional Programática

A classificação funcional programática representa um grande avanço na esfera pública, ela tem como objetivo identificar onde estão sendo aplicados os recursos públicos, mostrando as realizações do governo. Para que isso ocorra são utilizados terminologias uniformizadas em todos os níveis de governo (federal, estadual e municipal).

As regras são estabelecidas na Portaria nº42/99, na qual prevalece a visão local, em que cada esfera de governo passa a ter sua própria estrutura a partir do Plano Plurianual. Assim, na lei orçamentária e nos documentos contábeis, as ações passam a ser identificadas por funções, subfunções, programas, atividades/ projetos/ operações especiais, (HEIDEMANN, 2005, p.25).

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A classificação funcional programática se tornou a mais moderna das classificações orçamentárias. Sua finalidade se destina a evidenciar os resultados da administração pública em prol da sociedade.

A discriminação ordenada na classificação funcional programática visa conjugar as funções do Governo com os programas e subprogramas a serem desenvolvidos. A classificação parte do entendimento amplo do conceito de Função, isto é, de uma classificação convencional através da qual se procura identificar os objetos da intervenção governamental no desenvolvimento social e econômico da comunidade, (KOHAMA, 1998, p.116).

Neste contexto, para Heidemann (2005) a função é o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público, logo a subfunção representa uma partição da função. Neste sentido o programa é o instrumento de organização da ação governamental, na qual utiliza-se dos projetos e das atividades como um instrumento de programação para alcançar os objetivos do mesmo.

Para a despesa ser realizada, ela percorre uma série de etapas, a programação, a orçamentação, liberação, licitação, empenho, liquidação e pagamento. Para Basso, L. (2009) esse conjunto de elementos a qual a despesa se designa, visa ilustrar os processo em que ocorrem os gastos públicos, resguardando a integridade dos servidores públicos, e garantindo a correta aplicação dos recursos.

Portanto, é possível concluir que a classificação funcional programática é um instrumento da gestão pública de grande importância, e utilidade.

2.7 Lei de Responsabilidade Fiscal

Na busca pela transparência das contas públicas, foi aprovada em 4 de maio de 2000, a Lei Complementar nº101, denominada Lei de Responsabilidade Fiscal, que surge para servir como código de conduta aos governantes e fornecer a sociedade maiores esclarecimentos sobre os gastos públicos.

A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesa com pessoal, de seguridade social e outras, dividas consolidadas e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar, (BRASIL, 2000).

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A Lei dispõe do planejamento público através do Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, e a Lei Orçamentária Anual. Também define e estabelece as receitas no sentido de arrecadação e renúncia, bem como descreve as despesas orçamentárias no que tange a controles, gastos com pessoal e seguridade privada.

São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusiva em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias as prestações de contas e o respectivo parecer prévio, o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal, e as versões simplificadas desses documentos, (BRASIL, 2000).

Com o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal pelos gestores do setor público, a sociedade acaba se beneficiando, pois há um maior controle de gastos e receitas, evitando fraudes e desvios no dinheiro público, contribuindo assim para o desenvolvimento do município e melhorando a vida dos cidadãos

2.7.1 Quanto a destinação a educação

Para que o disposto pela legislação pertinente seja cumprido, são estabelecidos percentuais que deverão ser destinados a necessidades básicas da sociedade, como a educação.

A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino, (BRASIL,2012).

A prioridade dos valores destinados é ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório, garantindo maior padronização e qualidade no ensino nacional.

2.7.2 Quanto a destinação a saúde

Assim como a educação, a saúde também possui percentuais estabelecidos para destinação dos entes públicos. Conforme a Emenda Constitucional número 29, de 13 de Setembro de 2000, art. 7º, inciso III, no caso dos municípios quinze por cento do produto da arrecadação dos impostos terá a finalidade da manutenção da saúde de sua população.

Vista a importância da saúde pública, este percentual ainda é baixo, considerando a precariedade do sistema atual.

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2.7.3 Receita Corrente Líquida

Para realização dos cálculos de percentuais de investimentos mínimos exigidos pela legislação, utilização como base de cálculo a receita corrente líquida, que segundo a Lei Complementar nº 101/2000 artigo 1 é o somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, sendo deduzido no caso dos municípios a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no artigo 201 da Constituição.

2.8 Análise de Balanços Orçamentários

A Lei 4.320/64 exige a realização do balanço orçamentário nas entidades públicas, bem como o balanço financeiro, balanço patrimonial, e a demonstração das variações patrimoniais. Essas demonstrações possuem peculiaridades diferentes das demonstrações contábeis do setor privado, sendo que o objeto principal no setor publico não é o patrimônio, mas sim busca o conceito de orçamento e traz informações de saldos que irão compor os orçamentos posteriores.

Neste trabalho, o foco do estudo é o balanço orçamentário. Slomski (2003, p. 156) define “Demonstra as receitas orçamentárias previstas, suas execuções e suas diferenças, bem como as despesas orçamentárias fixadas, suas execuções e suas diferenças.”

O balanço orçamentário demonstra as receitas e as despesas previstas e as confronta com as realizadas, servindo como um instrumento de auxílio para maior e melhor controle da administração pública. Bem como fornece informações úteis para a fiscalização do emprego dos recursos.

Andrade (2006) estabelece que os objetivos do orçamento público são basicamente: registrar os elementos (se os mesmos foram aprovados pelo poder Legislativo), registrar a execução do orçamento e as alterações orçamentárias ocorridas e registrar a posição final dos valores executados comparando com as previsões iniciais.

Na análise do balanço orçamentário é necessário verificar que a receita por ser prevista pode ser maior ou menor, mas a despesa por ser fixada deverá ser sempre o valor já referenciado ou menor ocorrendo uma economia orçamentária.

O balanço orçamentário é uma posição estática em determinado momento; porém, uma analise comparativa de dois ou mais exercícios, considerando seus

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detalhamentos (Demonstração da Receita e Despesa segundo as Categorias Econômicas, Comparativo da Receita Orçada com a Arrecadada e Comparativo da Despesa Autorizada com e Realizada), transparecerá inúmeras informações dos rumos que está tomando determinada Administração pública. E se durante essa análise forem constatados alguns desvios de objetivos, ações corretivas podem e devem ser tomadas para realinhar, novamente, os objetivos da administração com ações concretas, (ANDRADE, 2006, p.275)

Para o efetivo controle, e elaboração de orçamentos, a realização de análise dos balanços orçamentários pela entidade pública, servirá como base para a coleta de dados dos orçamentos posteriores, diminuindo falhas e corrigindo desvios.

2.8.1 Forma de análise de Balanços Orçamentários

Diante da necessidade de informações verídicas e completas, a análise dos balanços orçamentários verifica se as porcentagens exigidas pela legislação estão de acordo com os valores executados pelo setor público.

A análise dos balanços orçamentários pode ser realizada de muitas maneiras, dependendo de qual é a informação que o gestor busca. Mas como parâmetro é utilizado à análise horizontal e a vertical.

Para Andrade (2006) a análise horizontal é uma comparação de períodos definidos, onde é adotada a proporção de 100% para o período anterior a data base, realizando uma regra de três simples é possível verificar o aumento ou a queda dos valores. Logo a análise vertical também utiliza a regra de três simples, mas busca calcular as proporções de cada parte em relação ao montante, sendo possível verificar a distribuição dos valores no total de recursos orçamentários, financeiros e patrimoniais, identificando descompassos entre receitas e despesas.

A análise vertical considera o percentual de cada conta ou grupo de contas do balanço orçamentário considerando o total das receitas ou despesas como 100%.

CONTA X100

RECEITA TOTAL (OU DESPESA TOTAL)

Na análise horizontal é realizada uma comparação de períodos considerando um como base. Ao contrário da análise vertical ela verifica a evolução ou diminuição de cada conta de forma isolada.

CONTA X100

CONTA BASE

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3 METODOLOGIA DO TRABALHO

A metodologia do trabalho apresenta a classificação da pesquisa, o plano de coleta de dados e os instrumentos utilizados nesta coleta.

3.1 Classificação da Pesquisa

Entende-se por pesquisa a busca sistemática da soluções de problemas, através de informações e o uso de métodos.

Segundo Lakatos e Marconi (1990 ) a pesquisa tem grande importância no campo das ciências sociais, pois busca resolver um problema através da aplicação de métodos científicos.

Com base nos seus objetivos, este item classifica a pesquisa realizada. a) Do Ponto de Vista de sua Natureza

O estudo será realizado tendo por base a Análise de Balanços Orçamentários, o qual se classifica como uma pesquisa aplicada, que segundo Gil (2010, p. 26) conceitua “pesquisa aplicada, abrange estudos elaborados com a finalidade de resolver problemas identificados no âmbito da sociedade em que os pesquisadores vivem”.

Marconi e Lakatos (1990, p. 19) definem pesquisa aplicada “como o próprio nome

indica, caracteriza-se por seu interesse prático, isto é, que o resultados sejam aplicados ou utilizados, imediatamente, na solução de problemas que ocorrem na realidade.”

b) Do Ponto de Vista de seus Objetivos

Em relação aos seus objetivos, ou propósitos a pesquisa pode ser classificada como: exploratória, descritiva, e explicativa.

Neste estudo a pesquisa abrange o sentido exploratório e descritivo.

Pesquisa exploratória tem como propósito proporcionar maior familiaridade com os problemas, com vistas a torná-lo mais explicito, ou a construir hipóteses. Seu planejamento tende a ser bastante flexível, pois interessa considerar os mais variados aspectos relativos ao fato ou fenômeno estudado, GIL (2010, p.27).

Em síntese, é possível afirmar que pesquisa exploratória é aquela que busca todos os dados para realização do trabalho através da investigação, utilizando-se de entrevistas,

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levantamentos bibliográficos. Visto isso, este estudo irá buscar os dados necessários, investigando as informações para que seja possível obter resultados e dar um parecer.

Neste estudo a pesquisa também é classificada como descritiva Gil (2010, p. 27) define: “As pesquisas descritivas têm como objetivo a descrição das características de determinada população. Podem ser elaboradas também com a finalidade de identificar possíveis relações entre variáveis.”

Como o próprio nome já diz, a pesquisa descritiva procura descrever situações, buscando dados e informações.

A pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir a sua natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicitação. Pesquisa de opinião insere-se nessa classificação, (VERGARA, 2009, p.42).

Após feitas as análise dos balanços orçamentários da prefeitura em estudo, será possível verificar se estes estão de acordo com a legislação vigente, e se foram cumpridos conforme o estabelecido no orçamento.

c) Quanto à Forma de Abordagem do Problema

Ao analisar a pesquisa segundo a natureza de seus dados, esta pode ser classificada como qualitativa ou quantitativa, dependendo da forma como são trabalhados os números.

Neste estudo a pesquisa se classifica como qualitativa, que é aquela onde são investigados fenômenos em toda a sua complexidade estabelecendo uma relação entre a teoria e a prática.

Os aspectos essenciais da pesquisa qualitativa consistem na escolha adequada de métodos e teorias convenientes; no reconhecimento e na análise de diferentes perspectivas; nas reflexões dos pesquisadores a respeito de suas pesquisas como parte do processo de produção de conhecimento, e na variedade de abordagem e métodos, (FLICK, 2009. p. 23).

Já, a pesquisa quantitativa, utiliza de quantificação na coleta de informações. Boaventura (2004, p.56) define “Pesquisa quantitativa tanto na coleta como no tratamento dos dados estatísticos, como porcentagem, média, mediana, moda, desvio padrão, análise de regressão ou de correlação.”

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d) Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos

Em relação aos procedimentos técnicos, a pesquisa pode ser classificada como: bibliográfica, documental, levantamento, estudo de caso, e pesquisa ação. Neste estudo será utilizada a pesquisa bibliográfica. que segundo Gil (2010, p. 29) define “Pesquisa bibliográfica é elaborada com base em material já publicado. Tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa inclui material impresso, como livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anais de eventos científicos.”

Neste estudo também será utilizada a pesquisa documental, de acordo com Gil (2010, p. 30) “a pesquisa documental vale-se de toda sorte de documentos, elaborados com finalidades diversas, tais como assentamento, autorização, comunicação, etc.”

O estudo de caso também será utilizado para realização da pesquisa, conforme Gil (2010, p.37) “Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento”.

Sendo assim, o estudo terá um referencial teórico baseado na pesquisa de livros, documentos, no que se refere aos balanços orçamentários, e estudo de caso na busca dos dados revelados através da análise dos mesmos.

3.2 Coleta de Dados

Para Lakatos e Marconi (1990, p.30) “O plano de coleta de dados é a “Etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos”

Para realizar o plano de coleta de dados, é necessário descrever como foram adquiridos os dados, e como eles foram analisados para efetivar a pesquisa.

Este trabalho efetuou-se a partir de pesquisas bibliográfica, e levantamento de dados junto a documentos disponibilizados pela prefeitura municipal, sendo que serão analisados Balanços orçamentários e documentos respectivos aos anos de 2008 à 2012.

3.2.1 Instrumento de Coleta de Dados

Por meio de instrumentos de coleta de dados, é possível definir como serão obtidos os dados da pesquisa.

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Nesta pesquisa utilizou-se e observação não participante a qual, Lakatos e Marconi (1990) definem “o pesquisador toma contato com a comunidade, grupo ou realidade estudada, mas sem integrar-se a ela, permanece de fora”.

Também utilizam-se da observação individual, Lakatos e Marconi (1990) estabelecem “é a técnica de observação realizada por um pesquisador.”

No estudo foram analisados balanços orçamentários, bem como foi verificada a sua metodologia de desenvolvimento.

3.3 Análise de Dados

As informações coletadas junto a prefeitura em estudo foram transcritas em planilhas, para que assim seja realizada a análise das mesmas com as devidas interpretações.

Para a realização das análises vertical e horizontal os dados foram atualizados, onde utilizou-se o cálculo dos índices médios para atualização segundo a base de variação do IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado).

Quadro 1 - Cálculo dos Índices Médios para Atualização – Base Variação do IGPM – médio FGV/RJ

Ano Valores Médios Índice de Atualização

2008 para 2012 479,575/398,102 1,2046

2009 para 2012 479,575/391,255 1,2257

2010 para 2012 479,575/422,406 1,1353

2011 para 2012 479,575/444,793 1,0781

2012 479,575 1

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4 ESTUDO APLICADO PRÁTICO

Neste capítulo realizou-se o levantamento das informações obtidas, sendo que as mesmas foram ordenadas de maneira a facilitar as análises a qual o estudo se propôs.

4.1 Análise do processo orçamentário de um município do noroeste do estado do Rio Grande do Sul

Com base nos dados disponibilizados pela prefeitura em estudo, realizou-se a análise comparativa considerando os valores originais orçados e executados, análise horizontal e vertical por categorias econômicas e funções das despesas executadas e orçadas utilizando valores atualizados, com base nos períodos de 2008 á 2012.

A análise procura demonstrar a importância de conhecer todo o contexto dos órgãos públicos por meio das demonstrações orçamentárias anuais.

4.1.1 Análise Comparativa Segundo as Categorias Econômicas

A análise por categorias econômicas divide o orçamento em dois grandes grupos: receitas e despesas e seus subgrupos: contas correntes e contas de capital. É de extrema importância, pois relata a situação da entidade pública no contexto a qual está inserida.

a) Análise Comparativa das Receitas e Despesas Orçadas segundo a Categoria Econômica do período de 2008 á 2012

Nesta análise foram elencadas as receitas e despesas orçadas e executadas, verificando a diferença em percentual entre ambas, tendo por base os valores originais.

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Orçado Executado (% ) Orçado Executado (% ) Orçado Executado (% ) Receitas Correntes 109.276.794,64 118.907.375,39 8,81 125.812.157,94 129.369.420,94 2,83 136.739.902,60 141.749.610,35 3,66 Receita Tributária 10.410.000,00 11.238.299,05 7,96 12.250.000,00 12.071.117,33 -1,46 15.248.000,00 14.392.021,18 -5,61 Receita de Contribuições 5.724.000,00 5.848.477,01 2,17 6.242.000,00 6.404.312,88 2,60 7.309.000,00 6.922.822,19 -5,28 Receita Patrimonial 4.450.000,00 5.604.297,30 25,94 4.850.000,00 5.044.931,74 4,02 5.013.500,00 6.488.337,04 29,42 Receita Agropecuária 200.000,00 162.672,10 -18,66 200.000,00 111.978,46 -44,01 200.000,00 88.883,55 -55,56 Receita Industrial 35.500.000,00 37.095.722,53 4,49 38.700.000,00 39.579.620,50 2,27 38.700.000,00 41.382.095,89 6,93 Receita Serviços 493.000,00 450.987,58 -8,52 704.000,00 1.025.936,30 45,73 951.050,00 1.121.434,84 17,92 Transferências Correntes 45.174.794,64 51.755.442,44 14,57 55.246.157,94 57.849.626,28 4,71 60.835.352,60 64.947.975,62 6,76 Outras Receitas Correntes 7.325.000,00 6.751.477,38 -7,83 7.620.000,00 7.281.897,45 -4,44 8.483.000,00 6.406.040,04 -24,48

Receitas de Capital 1.240.125,36 793.513,56 -36,01 1.706.000,00 3.299.818,05 93,42 6.426.500,00 6.563.895,80 2,14

Operações de crédito 0,00 0,00 0,00 101.000,00 0,00 -100,00 2.250.000,00 2.908.500,00 29,27 Alienação de Bens 150.125,50 360.505,84 140,14 110.000,00 40.655,93 -63,04 115.000,00 474.287,50 312,42 Amortização de Empéstimos 30.000,00 41.450,90 38,17 50.000,00 56.662,12 13,32 74.000,00 26.661,77 -63,97 Transferências de Capital 1.059.999,86 314.212,19 -70,36 1.445.000,00 3.202.500,00 121,63 3.987.500,00 3.154.446,53 -20,89 Outras Receitas de Capital 0,00 77.344,63 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Deduções da Receita Corrente 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Receitas Intra-Orçamentária 6.506.000,00 8.831.247,91 35,74 8.838.000,00 9.651.377,34 9,20 10.400.000,00 11.204.570,79 7,74 Total da Receita 117.022.920,00 128.532.136,86 9,84 136.356.157,94 142.320.616,33 4,37 153.566.402,60 159.518.076,94 3,88

Déficit orçamentário 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Total Geral da Receita 117.022.920,00 128.532.136,86 9,84 136.356.157,94 142.320.616,33 4,37 153.566.402,60 159.518.076,94 3,88 Despesas Correntes 96.307.838,38 101.276.039,92 5,16 113.141.727,54 115.664.010,53 2,23 128.905.972,96 131.320.529,77 1,87

Pessoal e Encargos Sociais 37.266.872,36 40.739.444,26 9,32 46.784.469,18 46.689.914,00 -0,20 49.802.791,88 51.891.219,12 4,19 Juros e Encargos da Divida 6.000,00 0,00 -100,00 6.000,00 0,00 -100,00 349.000,00 231.000,00 -33,81 Outras Despesas Correntes 59.034.966,02 60.536.595,66 2,54 66.351.258,36 68.974.096,53 3,95 78.754.181,08 79.198.310,65 0,56

Despesas de Capital 13.394.311,62 15.559.109,05 16,16 14.681.005,40 12.841.773,95 -12,53 12.955.049,72 11.715.225,05 -9,57 Investimentos 12.713.311,62 14.674.996,05 15,43 13.035.005,40 11.777.773,95 -9,65 11.371.049,72 10.289.692,97 -9,51 Inversões Financeiras 181.000,00 224.113,00 23,82 851.000,00 474.000,00 -44,30 84.000,00 323.532,08 285,16 Amortização da Dívida. 500.000,00 660.000,00 32,00 795.000,00 590.000,00 -25,79 1.500.000,00 1.102.000,00 -26,53 Reservas 100.000,00 0,00 -100,00 100.000,00 0,00 -100,00 1.189.014,92 0,00 0,00 Despesas Intra-Orçamentárias 7.220.770,00 8.445.048,83 16,95 8.433.425,00 9.652.068,15 14,45 10.516.365,00 11.589.724,94 10,21 Superávit orçamentário 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Total Geral da Despesa 117.022.920,00 125.280.197,80 7,06 136.356.157,94 138.157.852,63 1,32 153.566.402,60 154.625.479,76 0,69

Quadro 2 - Análise Comparativa das Receitas e Despesas Orçadas e Executadas, segundo as categorias econômicas, do período de 2008 a 2012 do Município do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul- Valores originais.

Especificação 2008 2009 2010 Anos Especificação (% ) (% ) Receitas Correntes 152.295.939,90 159.867.874,70 4,97 170.936.078,81 186.065.462,79 8,85 Receita Tributária 16.798.000,00 16.929.459,81 0,78 18.943.000,00 19.261.256,48 1,68 Receita de Contribuições 8.036.305,00 8.051.495,82 0,19 9.967.000,00 9.893.699,50 -0,74 Receita Patrimonial 4.673.900,00 8.523.515,78 82,36 6.229.200,00 13.624.551,45 118,72 Receita Agropecuária 120.000,00 67.375,04 -43,85 70.400,45 151.646,70 115,41 Receita Industrial 41.800.000,00 45.818.211,01 9,61 46.900.000,00 51.841.546,67 10,54 Receita Serviços 1.922.000,00 2.229.611,64 16,00 4.575.500,00 3.782.098,91 -17,34 Transferências Correntes 68.763.316,90 71.663.081,90 4,22 75.965.978,36 80.164.832,21 5,53 Outras Receitas Correntes 10.182.418,00 6.585.123,70 -35,33 8.285.000,00 7.345.830,87 -11,34 Receitas de Capital 8.024.832,49 1.657.393,41 -79,35 25.538.266,59 3.416.842,26 -86,62 Operações de crédito 2.000.000,00 0,00 -100,00 12.250.000,00 0,00 -100,00 Alienação de Bens 598.885,63 285.829,38 -52,27 552.500,00 22.797,00 -95,87 Amortização de Empéstimos 80.000,00 8.855,17 -88,93 80.000,00 12.474,14 -84,41 Transferências de Capital 5.345.946,86 1.362.708,86 -74,51 12.655.726,59 3.381.571,12 -73,28

Outras Receitas de Capital 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Deduções da Receita Corrente 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Receitas Intra-Orçamentária 12.458.000,00 12.792.916,91 2,69 13.045.000,00 14.271.016,60 9,40 Total da Receita 172.778.772,39 174.318.185,02 0,89 209.519.305,40 203.753.321,65 -2,75

Déficit orçamentário 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Total Geral da Receita 172.778.772,39 174.318.185,02 0,89 209.519.305,40 203.753.321,65 -2,75 Despesas Correntes 143.077.843,73 142.480.749,22 -0,42 163.928.336,29 167.195.457,26 1,99 Pessoal e Encargos Sociais 73.572.147,61 71.380.681,18 -2,98 89.066.324,49 84.202.063,99 -5,46 Juros e Encargos da Divida 327.133,00 199.368,81 -39,06 253.000,00 134.728,86 -46,75 Outras Despesas Correntes 69.178.563,12 70.900.699,23 2,49 74.608.711,80 82.858.664,41 11,06 Despesas de Capital 16.169.742,89 9.955.284,22 -38,43 30.114.980,03 15.917.985,70 -47,14 Investimentos 14.067.720,60 8.423.002,97 -40,13 28.324.780,03 14.407.441,74 -49,13 Inversões Financeiras 504.522,29 0,00 -100,00 90.200,00 90.000,00 -0,22 Amortização da Dívida. 1.597.500,00 1.532.281,25 -4,08 1.700.000,00 1.420.543,96 -16,44 Reservas 100.000,00 0,00 -100,00 817.043,28 0,00 -100,00 Despesas Intra-Orçamentárias 13.431.185,77 12.735.224,32 -5,18 14.658.945,80 14.870.043,99 1,44 Superávit orçamentário 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Total Geral da Despesa 172.778.772,39 165.171.257,76 -4,40 209.519.305,40 197.983.486,95 -5,51 Fonte: http://www.ijui.rs.gov.br/ acesso em 07/07/2013

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Analisando o quadro 2, é possível verificar que no ano de 2008 o total de receitas orçadas é de R$ 117.022.920,00, sendo que as executadas representaram 9,84% a mais, ficando um valor de R$ 128.532.136,86. As receitas correntes orçadas somaram um valor de R$ 109.276.794,64, sendo que o executado representou 8,81% além do orçado, somando R$ 118.907.375,39. Já as receitas de capital orçadas somaram R$ 1.240.125,36, sendo executado R$ 791.513,56 representando apenas 63,99% do planejado, ou seja, 36,01% a menor do que o estabelecido. Foi orçado como receitas intra-orçamentárias R$ 6.506.000,00, o executado ultrapassou esse valor, representando 35,74% a maior do que o orçado, somando R$ 8.831.247,91.

Neste mesmo ano o total de despesas orçadas foi de R$ 117.022.920,00 e as executadas somaram R$ 125.280.197,80 representando 7,06% a maior do que o orçado. As despesas correntes orçadas somaram R$ 96.307.838,38 sendo que o executado representou 5,16% a mais, somando R$ 101.276.039,92. As despesas de capital foram orçadas em R$ 13.394.311,62 e o executado foi R$ 15.559.109,05 representando 16,16% a mais do que o orçado. As reservas foram orçadas em R$ 100.000,00. As despesas intra-orçamentárias foram orçadas em R$ 7.220.770,00 e o executado representou 16,95% a maior do que o orçado, somando R$ 8.445.048,83.

No ano de 2009 o total de receitas orçadas foi de R$ 136.356.157,94, sendo que o executado representou 4,37% a maior que o planejado, somando R$ 142.320.316,33. O valor orçado para as receitas correntes foi R$ 125.812.157,94, sendo que o executado foi R$ 129.369.420,94 representando 2,83% a mais que o planejado. Para as receitas de capital o orçado foi R$ 1.706.000,00, logo o executado ultrapassou este valor em 93,42% ou seja, R$ 3.299.818,05, tal resultado deve-se em grande parte as transferências de capital que foram orçadas em R$ 1.445.000,00 e o executado chegou a R$ 3.202.500,00. As receitas intra-orçamentárias foram orçadas em R$ 8.838.000,00 sendo que o executado representou 9,20% a mais que o orçado, somando R$ 9.651.377,34.

Em relação às despesas no ano de 2009 o valor total orçado foi de R$ 136.356.157,94 e o executado R$ 138.157.852,63 representando 1,32% a mais que o planejado. As despesas correntes orçadas foram de R$ 113.141.727,54 representando 2,23% a menor do que o executado que somou R$ 115.664.010,53. Logo as despesas de capital orçadas foram de R$ 14.681.005,40, sendo que o valor executado foi R$ 12.841.773,95 representando 12,53% a menor que o orçado. As reservas foram orçadas em R$ 100.000,00. Logo as despesas intra-orçamentárias foram orçadas em R$ 8.433.425,00, sendo que o executado representou 14,45% além do orçado, somando R$ 9.652.068,15.

(35)

Em 2010 as receitas executadas superaram o valor orçado em 3,88%, enquanto o orçado foi R$ 153.566.402,60 efetivamente foram realizadas R$ 159.518.076,94. As receitas correntes orçadas somaram R$ 136.739.902,60 ultrapassando o valor executado de R$ 141.749.610,35 em 3,66%. As receitas de capital orçadas ultrapassaram 2,14% do previsto no orçamento, sendo que R$ 6.426.500,00 foi orçado e R$ 6.563.895,80 executado. As receitas intra-orçamentárias orçadas somaram R$ 10.400.000,00, sendo que o valor efetivo foi R$ 11.204.570,79 ultrapassando em 7,74% o orçado.

Em relação as despesas no ano de 2010, o valor total orçado foi de R$ 153.566.402,60, sendo que o executado ultrapassou 0,69% o planejado, somando R$ 154.625.479,76. As despesas correntes executadas ultrapassaram 1,87% o valor orçado de R$ 128.905.972,96 sendo que o executado foi R$ 131.320.529,77. A respeito das despesas de capital orçadas foi estipulado R$ 12.955.049,72 e executado R$ 11.715.225,05 representando 9,57% a menor que o planejado. As reservas foram orçadas em R$ 1.189.014. Em relação as despesas intra-orçamentárias o valor realizado foi maior que o orçado em 10,21%, sendo que o planejando era de R$ 10.516.365,00 e o realizado foi R$ 11.589.724,94.

Em 2011 o total de receitas orçadas foi de R$ 172.778.772,39, sendo que o executado ultrapassou o valor planejado em 0,89% chegando a R$ 174.318.185,02. As receitas correntes foram orçadas em R$ 152.295.939,90 e o executado foi de R$ 159.867.874,70 representando 4,97% além do planejado. Já as receitas de capital foram orçadas em R$ 8.024.832,49 e o executado representou 79,35% a menor que o orçado, chegando a R$ 1.657.393,41, a diferença ocorreu em grande parte pelas operações de crédito que foram orçadas em R$ 2.000.000,00 e não foi executado valor algum, e pelas transferências de capital que foram orçadas em R$ 5.345.946,86 e o executado foi R$ 1.362.708,86. As receitas intra-orçamentárias superaram o valor orçado de R$ 12.458.000,00 em 2,69% somando R$ 12.792.916,91.

Em relação às despesas no ano de 2011 foi orçado um total de R$ 172.778.772,39, sendo que o realizado representou 4,40% a menor que o planejado, somando R$ 165.171.257,76. As despesas correntes orçadas foram de R$ 143.077.843,73 e o executado foi de R$ 142.480.479,22 representando 0,42% a menor que o orçado. Em relação as despesas de capital o valor realizado que foi R$ 9.955.284,22 representou 38,43% a menor do que o valor orçado que era de R$ 16.169.742,89, essa diferença ocorreu em grande parte em virtude dos investimentos que foram orçados em R$ 14.067.720,60 e o realizado foi de R$ 8.423.002,97. As reservas foram orçadas em R$ 100.000,00. Em relação as despesas intra-orçamentárias o

(36)

valor orçado era de R$ 13.431.185,77 e o executado foi de R$ 12.735.224,32 representando 5,18% a menor que o orçado.

No ano de 2012 o total de receitas orçadas foi de R$ 209.519.305,40 enquanto o realizado representou 2,75% a menor, somando R$ 203.753.321,65. As receitas correntes executadas ultrapassaram o valor orçado em 8,85% somando R$ 186.065.462,79, enquanto o planejado foi de R$ 170.936.078,81, neste grupo ganha destaque a receita patrimonial que foi orçada em R$ 6.229.200,00 e executada R$ 13.624.551,45. As receitas de capital foram orçadas em R$ 25.538.266,59 enquanto o executado foi de R$ 3.416.842,26, representando apenas 13,38% do planejado, a diferença se dá em grande parte pelas operações de crédito que foram orçadas em R$ 12.250.000,00 e não foi executado valor algum, e pelas transferências de capital que foram orçadas em R$ 12.655.726,59 e o executado representou 73,28% a menor, somando R$ 3.381.571,12. Em relação as receitas intra-orçamentárias o valor realizado superou o planejado em 9,40%, sendo que o orçado foi de R$ 13.045.000,00 e o executado R$ 14.271.016,60.

No ano de 2012 o total de despesas orçadas foi de R$ 209.519.305,40, sendo que o valor realizado foi de R$ 197.983.486,95 representando 5,51% a menor que o planejado. As despesas correntes orçadas ficaram abaixo do valor executado, sendo que o planejado foi de R$ 163.928.336,29 e o realizado R$ 167.195.457,26 representando1,99% a maior que o valor orçado. As despesas de capital orçadas foram de R$ 30.114.980,03 sendo que o executado representou apenas 47,14% a menor, somando R$ 15.917.985,70, a diferença ocorreu em grande parte pelos investimentos que foram orçados em R$ 28.324.780,03 e o realizado foi de R$ 14.407.441,74. As reservas foram orçadas em R$ 817.043,28. As despesas intra-orçamentárias orçadas somaram R$ 14.658.945,80 enquanto o executado foi de R$ 14.870,043,99 representando 1,44% além do orçado.

É importante ressaltar que no período analisado o valor destinado a reservas não foi executado.

b) Análise Vertical das Receitas e Despesas Orçadas Segundo as Categorias Econômicas do período de 2008 à 2012

Por meio desta análise é possível identificar a representatividade em percentual de cada categoria econômica em relação ao total do grupo que ela pertence, tendo por base as receitas e despesas, considerando que os valores foram atualizados.

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