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O fluxo de caixa como ferramenta de gestão financeira no caso de uma empresa de equipamentos agroindustriais

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SUL

DACEC – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS,

CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CHEILA CRISTINA TISCHER

O FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO

FINANCEIRA NO CASO DE UMA EMPRESA DE

EQUIPAMENTOS AGROINDUSTRIAIS

Ijuí (RS) 2012

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CHEILA CRISTINA TISCHER

O FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO

FINANCEIRA NO CASO DE UMA EMPRESA DE

EQUIPAMENTOS AGROINDUSTRIAIS

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Ciências Contábeis da UNIJUÍ - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientadora: Professora Msc. Stela Maris Enderli

Ijuí (RS) 2012

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me abençoado em todo o período de estudos e me conceder a graça de concluir o ensino superior.

Aos meus pais que me ensinaram a lutar pelos meus ideais e me apoiaram durante todos esses anos.

Ao meu irmão Lucas, agradeço pelo seu carinho e pelos momentos de alegria que proporciona quando estamos juntos.

E a você Cleiton, que soube ter paciência quando tive que me ausentar devido aos estudos, que soube me escutar tantas vezes e ainda me incentivou para que eu continuasse lutando, muito obrigado pelo companheirismo.

Aos professores pelos ensinamentos ministrados, em especial à professora Stela por ter me orientado com sabedoria, seriedade e competência.

Aos meus amigos da graduação pela amizade e aprendizado que conquistamos juntos.

A todos que de uma forma ou outra contribuíram para esta conquista...

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Organograma da Empresa ... 9

Figura 2: Fluxo de caixa diário (método direto) ... 32

Figura 3: Fluxo de caixa diário por atividades (método direto) ... 33

Figura 4: Fluxo de caixa mensal (método direto) ... 34

Figura 5: Fluxo de caixa (método indireto) ... 35

Figura 6: Participação das principais contas da DRE ... 51

Figura 7: Receita líquida de julho de 2010 a junho de 2012 ... 54

Figura 8: Detalhamento das receitas dos primeiros semestres ... 55

Figura 9: Detalhamento das receitas dos segundos semestres ... 56

Figura 10: Despesas por semestre ... 59

Figura 11: Participação das compras em relação às receitas de vendas por semestres ... 60

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Receitas de julho de 2010 a junho de 2012 ... 52

Tabela 2: Despesas de julho de 2010 a junho de 2012 ... 57

Tabela 3: Compras de julho de 2010 a junho de 2012 ... 60

Tabela 4: Receitas 1° Semestre de 2013 ... 62

Tabela 5: Receitas 2° Semestre de 2013 ... 63

Tabela 6: Projeção de despesas do 1° semestre de 2013 ... 64

Tabela 7: Projeção de despesas do 2° semestre de 2013 ... 65

Tabela 8: Compras do primeiro e segundo semestre de 2013 ... 67

Tabela 9: Demonstração do Resultado do Exercício Projetada ... 67

Tabela 10: Mapa auxiliar de recebimentos ... 70

Tabela 11: Mapa auxiliar de pagamentos ... 72

Tabela 12: Fluxo de caixa de 2013 ... 74

Tabela 13: Demonstração do Resultado do Exercício para cinco anos ... 79

Tabela 14: Cálculo de lucratividade ... 80

Tabela 15: Cálculo de rentabilidade ... 80

Tabela 16: Cálculo de prazo de retorno contábil ... 81

Tabela 17: Fluxo de caixa projetado para cinco anos ... 82

Tabela 18: Payback simples... 83

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 7

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 8

1.1 Área do conhecimento contemplada ... 8

1.2 Caracterização da organização ... 8 1.3 Problematização do tema ... 10 1.4 Objetivos ... 10 1.4.1 Objetivo geral ... 10 1.4.2 Objetivos específicos... 11 1.5 Justificativa ... 11 1.6 Metodologia do trabalho ... 12 1.6.1 Classificação da pesquisa ... 12

1.6.2 Plano de coleta de dados ... 15

1.6.3 Análise e interpretação dos dados ... 16

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 17 2.1 Contabilidade ... 17 2.1.1 Conceitos ... 17 2.1.2 História ... 19 2.1.3 Aplicabilidades ... 20 2.1.4 Finalidades ... 21 2.2 Contabilidade gerencial ... 22

2.2.1 Benefícios da contabilidade gerencial em pequenas e médias empresas ... 24

2.3 Fluxo de caixa ... 25

2.3.1 Conceito ... 25

2.3.2 Finalidades ... 26

2.3.3 Características ... 28

2.3.4 Planejamento de fluxo de caixa ... 30

2.3.5 Modelos de fluxo de caixa ... 31

2.3.6 Orçamento de caixa ... 36

2.3.7 Análise e controle do fluxo de caixa ... 38

2.4 Avaliação de desempenho e investimentos ... 40

2.4.1 Métodos simplificados de análise de investimentos ... 41

2.4.2 Métodos analíticos para análise de investimentos ... 42

3 FLUXO DE CAIXA APLICÁVEL NA EMPRESA MODELO: Estudo de caso ... 46

3.1 Análise da empresa ... 46

3.1.1 Estrutura organizacional ... 46

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3.2 Análise das informações de exercícios anteriores ... 49

3.2.1 Balanço Patrimonial ... 49

3.2.2 Demonstração do Resultado do Exercício ... 50

3.3 Análise das receitas ... 52

3.4 Análise das despesas ... 56

3.5 Análise das compras ... 60

3.6 Projeção do fluxo de caixa ... 61

3.6.1 Projeção das receitas ... 61

3.6.2 Projeção das despesas ... 63

3.6.3 Projeção das compras. ... 66

3.6.4 Demonstração do Resultado do Exercício ... 67

3.7 Fluxo de caixa ... 69

3.8 Avaliação de investimentos ... 77

3.8.1 Demonstração do Resultado do Exercício para cinco anos ... 78

3.8.2 Fluxo de caixa para cinco anos ... 81

CONCLUSÃO ... 85

REFERÊNCIAS ... 86

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INTRODUÇÃO

O grande desafio da contabilidade gerencial é fornecer informações de qualidade aos gestores, a fim de que as empresas cumpram seu objetivo primordial: maximizar a riqueza de seus proprietários. Para isso, as empresas devem pressupor sua continuidade no futuro, devem aumentar tanto seu valor de mercado como o retorno de capital próprio, além de remunerar os acionistas com dividendos satisfatórios.

Para que as empresas consigam maximizar seus resultados, a contabilidade conta com um instrumento estratégico essencial: o fluxo de caixa. Essa ferramenta é desenvolvida de acordo com as necessidades reais da empresa, como seu ciclo operacional, com os dados históricos da empresa e as tendências de mercado, considerando todos os futuros ingressos e desembolsos de caixa para o período projetado.

O desenvolvimento e o acompanhamento do fluxo de caixa auxiliam ao profissional atuar com agilidade e segurança nos seus negócios, proporcionando uma visão ampla, que facilite a tomada de decisões nos processos operacionais, de investimento e financiamento da empresa.

No primeiro capítulo deste trabalho, apresenta-se a contextualização do estudo, composta pela área de conhecimento contemplada, caracterização da organização, a problematização, os objetivos, a justificativa e a metodologia do estudo.

No segundo capítulo insere-se a revisão bibliográfica sobre a contabilidade, contabilidade gerencial, fluxo de caixa e avaliação de investimentos, que são desenvolvidos por bibliografias que servem de embasamento ao estudo de caso.

No terceiro capítulo foi elaborado o estudo de caso, no qual foi projetado o fluxo de caixa para o ano de 2013, as conclusões e a bibliografia consultada. Além disso, foram desenvolvidas as análises de viabilidade de investimentos, embasado no fluxo de caixa projetado e no desenvolvimento dos métodos de avaliação de investimentos.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Este capítulo aborda o desenvolvimento do tema do trabalho, a apresentação da organização objeto de estudo, bem como da problematização inserida na área da contabilidade. São apresentados os objetivos e as justificativas da realização do trabalho, além da metodologia adotada na elaboração do estudo.

1.1 Área do Conhecimento Contemplada

O trabalho realizou-se na área da contabilidade gerencial, com ênfase na projeção de um sistema de fluxo de caixa, a fim de evidenciar a viabilidade econômica de futuros projetos, bem como de orientar os sócios nos processos de tomadas de decisões de forma a alcançar os objetivos pretendidos.

O fluxo de caixa pode ser conceituado como o instrumento utilizado pelo administrador financeiro com o objetivo de apurar os somatórios de ingressos e de desembolsos financeiros da empresa, em determinado momento, prognosticando assim se haverá excedentes ou escassez de caixa, em função do nível desejado de caixa pela empresa (ZDANOWICZ, 2004, pg. 23).

1.2 Caracterização da Organização

A organização na qual se desenvolveu este estudo é uma empresa privada, que atua na comercialização, prestação de serviços e industrialização de equipamentos agroindustriais.

A empresa foi fundada por dois sócios em 2007, no qual trabalhavam com comercialização de materiais elétricos e prestação de serviços de projetos elétricos. Passado algum tempo, surgiu a oportunidade de trabalhar com o ramo agroindustrial, que se tornou um mercado muito promissor. Deste modo, houve a substituição de um dos sócios da empresa para trabalhar com equipamentos agroindustriais.

A empresa trabalhava com os dois ramos de negócio, porém verificou-se a necessidade de continuar apenas com o agronegócio, que estava se difundindo

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mais na organização. Passado dois anos, houve uma nova substituição de um dos sócios e a instalação da empresa em prédio próprio, com espaço maior.

Atualmente a empresa é constituída por quotas de responsabilidade limitada e compostas por dois sócios, sendo um ativo e o outro passivo nas atividades da empresa. Conforme a legislação vigente, a empresa está enquadrada na condição de empresa de pequeno porte, já que aufere, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e inferior a R$ 3.600.000,00, desta forma, a empresa optou como regime de tributação o Simples Nacional.

Em 2011 e 2012 a entidade obteve um considerável crescimento, o que apontou a necessidade de criar sistemas gerenciais e a aquisição de um sistema informatizado para melhorar os controles dentro da organização. A empresa ainda está em processo de implantação de alguns sistemas de gestão, como controle preciso dos custos por produto, bem como a implantação do planejamento estratégico.

A empresa em questão atua no mercado há cinco anos e possui no seu quadro de pessoal seis colaboradores.

Figura 1: Organograma da Empresa Fonte: Dados conforme pesquisa

Na figura 1 apresenta-se o organograma geral da empresa com seus respectivos setores. A empresa em estudo possui seu sócio proprietário na direção geral, o qual é responsável por supervisionar os setores comerciais e de marketing, o administrativo e financeiro, compras e estoque e o setor industrial. A controladoria é composta pela contabilidade, que é terceirizada por um escritório contábil.

Diretor Setor Comercial e Marketing Setor Administrativo Financeiro Setor de Compras e

Estoque Setor Industrial Controladoria

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1.3 Problematização do Tema

A globalização da economia e a velocidade tecnológica exigem cada vez mais que a gestão empresarial adote novas técnicas e procedimentos de trabalho, minimizando assim, as incertezas e riscos que estão sujeitas a enfrentar no meio empresarial. Diante a esses acontecimentos, os gestores necessitam tomar decisões mais ágeis, que sejam seguras e eficientes. Mas, para que isso ocorra, precisam de dados e informações precisas constantemente.

Diante disso, o fluxo de caixa se tornou uma ferramenta indispensável para a análise financeira das empresas, assegurando maior segurança nas operações financeiras e auxiliando o administrador nas decisões estratégicas.

Buscando firmar-se no mercado em que atua, o administrador da empresa em estudo tem ampliado seus negócios, porém com receio sobre o futuro no âmbito financeiro.

Diante deste contexto, questionou-se: de que forma o sistema de fluxo de caixa pode contribuir nos processos de tomada de decisões para uma empresa do ramo agroindustrial?

1.4 Objetivos

Nesta parte do trabalho, são apresentados o objetivo geral e os objetivos específicos do estudo, limitando e definindo claramente a pesquisa.

Segundo a autora Beuren (2004), é importante definir os objetivos para que não se perca o rumo no desenvolvimento do estudo até chegar a sua conclusão. Além disso, destaca que os objetivos indicam o resultado que se pretende atingir no trabalho.

1.4.1 Objetivo Geral

O objetivo geral do presente estudo é propor um sistema de fluxo de caixa que auxilie o administrador na gestão financeira da empresa, possibilitando-lhe maior segurança nas tomadas de decisões para que, consequentemente, proporcione o crescimento e a rentabilidade pretendida pelo empresário.

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1.4.2 Objetivos Específicos

• Revisar a bibliografia inerente à contabilidade gerencial e fluxo de caixa;

• Examinar os relatórios contábeis e controles gerenciais da empresa no período de julho de 2010 a junho de 2012;

• Elaborar o sistema de fluxo de caixa para a organização, para o período de janeiro a dezembro de 2013.

• Analisar a viabilidade de expandir os negócios, a partir das informações financeiras obtidas pelo fluxo de caixa, bem como utilizar dos métodos de avaliação de investimentos.

1.5 Justificativa

O fluxo de caixa é um sistema da contabilidade gerencial voltada a gerar informações da situação financeira das empresas para determinado período de tempo, facilitando o seu planejamento, organização e controle financeiro. Devido a isso, a utilização do sistema de fluxo de caixa torna-se essencial para que as organizações se tornem competitivas no mercado econômico e tenham sucesso nas suas decisões.

Diante dos números crescentes de mortalidade empresarial e dos problemas com que muitas entidades apresentam no contexto financeiro, necessária se torna a melhoria nos processos gerenciais para que aumentem as chances de competir no mundo globalizado, uma vez que o controle de caixa é fundamental para que a gestão seja eficiente.

Os investimentos que as empresas precisam fazer, seja para seu crescimento ou mesmo para se manter no mercado, devem ter uma atenção especial, já que demandam de valores significativos e têm um alcance de longo prazo. Para isso, a utilização do fluxo de caixa e de métodos adequados de avaliação de investimentos são indispensáveis para que seja feita a melhor escolha.

As empresas que utilizam o planejamento financeiro para gerir seus recursos dificilmente fracassam, pois as incertezas e dificuldades se tornam menores, possibilitando saber antecipadamente quais as necessidades ou excedentes de caixa para determinado período de tempo.

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Para a empresa em estudo, o trabalho é de suma importância, porque as informações que estão disponíveis no fluxo de caixa tornam as tomadas de decisões muito mais seguras e eficientes, o que proporciona a entidade maiores chances de crescer e obter o sucesso esperado.

Para a aluna este estudo proporcionou maior profissionalismo na área financeira que atua, bem como agregou conhecimentos indispensáveis para o contador que está preocupado com a contabilidade gerencial, que é cada vez mais importante e reconhecido nas empresas da atualidade.

Para a Universidade, enquanto instituição de ensino, o trabalho possui grande valia, já que está à disposição para acesso ao público, sejam profissionais da área, pesquisadores ou estudantes que queiram consultá-lo para se aperfeiçoar com o estudo e agregar conhecimento sobre a contabilidade gerencial.

1.6 Metodologia do trabalho

Os aspectos metodológicos usados no estudo são apresentados nesta etapa do trabalho, mostrando a classificação da pesquisa, os instrumentos de coleta de dados utilizados e também, a análise e interpretação dos dados. A definição do método correto de pesquisa é indispensável para se chegar ao sucesso no estudo desenvolvido.

Método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros –, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista (MARCONI e LAKATOS, 2003, p. 83).

1.6.1 Classificação da Pesquisa

Nesta etapa do trabalho desenvolveu-se a classificação da pesquisa, explicitando a abordagem adotada. Deste modo, a pesquisa é classificada conforme sua natureza, seus objetivos, sua forma de abordagem do problema e procedimentos técnicos.

Segundo Andrade (1995, pg.95), “pesquisa é o conjunto de procedimentos sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para problemas propostos, mediante a utilização de métodos científicos”.

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a) Do Ponto de Vista de sua Natureza

A pesquisa aplicada para Souza, Fialho e Otani (2007), tem como objetivo gerar conhecimentos para solucionar problemas específicos de forma prática e dirigida. Também explica que envolve verdades e interesses locais, ao que busca-se atender demandas sociais através da resolução de um problema específico, que resultará em um produto diretamente aplicado.

O trabalho foi desenvolvido pelo método de pesquisa aplicada, já que tem como objetivo gerar conhecimentos de aplicação prática, envolvendo uma empresa em específico e dirigido à solução de seus problemas.

b) Do Ponto de Vista de seus Objetivos

Neste item a pesquisa classifica-se em descritiva e explicativa.

A pesquisa descritiva para Gill (2007), “visa descrever as características de determinada população ou fenômenos ou o estabelecimento de relação entre variáveis. Envolvem o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados, questionários e observação sistemática”.

Quanto à pesquisa explicativa, Vergara (2009), relata que pode ser identificada com fatores que determinam ou que contribuem para que ocorram determinados fenômenos. Esse tipo de pesquisa aprofunda o conhecimento da realidade, explicando a razão pelo que as coisas acontecem.

Além destes, a pesquisa ainda pode ser exploratória, porém não foi utilizada neste estudo. Para Gil (2007), a pesquisa exploratória torna o problema explícito, envolvendo levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências com o problema pesquisado, análise de exemplos, estimulando a compreensão do estudo. Segundo Vergara (2009, p.42), “a investigação exploratória é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado”.

c) Quanto à forma de abordagem do problema

A pesquisa neste trabalho se classifica em qualitativa, porém possa ser utilizada em outros casos a pesquisa quantitativa.

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A pesquisa qualitativa é mencionada pelo autor Richardson (1999), como uma metodologia aplicada em estudos que podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a intervenção de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais. Além disso, completa que esse tipo de pesquisa pode contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, de forma aprofundada, o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos.

Através da pesquisa qualitativa é possível analisar profundamente os fenômenos estudados, diferente do método de pesquisa quantitativa.

A abordagem quantitativa caracteriza-se pelo emprego de instrumentos estatísticos, tanto na coleta quanto no tratamento dos dados. Esse procedimento não é tão aprofundado na busca do conhecimento da realidade dos fenômenos, uma vez que se preocupa com o comportamento geral dos acontecimentos (BEUREN, 2004, p. 92).

d) Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos

A pesquisa, do ponto de vista dos procedimentos técnicos deste trabalho, classifica-se em bibliográfica, documental, levantamento e estudo de caso.

Para Gil (2007), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com materiais como livros e artigos científicos publicados. Portanto, a pesquisa bibliográfica é utilizada neste trabalho de maneira a revisar a teoria da Contabilidade, bem como dar ênfase na contabilidade gerencial e direcionar o estudo ao fluxo de caixa.

Segundo Vergara (2009), a investigação documental acontece por meio de documentos oriundos de organizações públicas ou privadas de qualquer natureza. Portanto, o método utilizado na classificação da pesquisa é documental, o qual é elaborado a partir de relatórios e planilhas financeiras, balanços patrimoniais, balancetes, demonstrações de resultado do exercício e demais documentos úteis ao estudo disponíveis na empresa.

Além destes, a pesquisa através de levantamento também foi utilizada.

Levantamento: caracteriza-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se a solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas a cerca do problema estudado, para, em seguida, mediante análise quantitativa,

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obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados (GIL, 2007, p. 50).

Esta pesquisa foi elaborada ainda como estudo de caso de uma empresa específica, envolvendo o estudo aprofundado e aplicação do fluxo de caixa. Yin define estudo de caso:

Um estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos (YIN, 2004 p. 32).

1.6.2 Plano de coleta de dados

Para que obtivesse bons resultados no estudo de caso, foram utilizados instrumentos de coleta de dados. Yin (2004), recomenda a utilização de documentos, registros em arquivo, entrevistas, observação direta, observação participante e artefatos físicos para a correta utilização das fontes de pesquisa, o que aumenta substancialmente a qualidade do trabalho.

Nesse sentido, os dados foram obtidos através de demonstrativos contábeis, relatórios do sistema de informações, planilhas de controles gerenciais da empresa e documentos de contas a pagar e a receber. Além disso, obtiveram-se informações através de entrevistas com o proprietário da empresa quanto aos procedimentos adotados no financeiro e previsões futuras de vendas, custos e investimentos, considerando desembolsos e ingressos da empresa no período projetado.

Vergara (2009), explica que as pesquisas de campo podem ser aplicadas por meio de observação, questionário, formulário e ainda através de entrevista. Diante disso, a autora Beuren (2004), conceitua a entrevista como uma técnica utilizada pelo investigador para obter informações, no qual ele apresenta-se pessoalmente à população selecionada e formula perguntas, com o objetivo de obter dados necessários para responder à questão estudada.

Para Manzini (1991), a entrevista semi estruturada está focalizada em um assunto sobre o qual é elaborado um roteiro com perguntas principais, complementadas por outras questões inerentes às circunstâncias momentâneas à entrevista. Para o autor, esse tipo de entrevista pode fazer emergir informações de

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forma mais livre e as respostas não estão condicionadas a uma padronização de alternativas.

Deste modo, a pesquisa foi elaborada por meio de entrevista semi estruturada. Primeiramente confeccionou-se um roteiro com perguntas principais ligadas ao fluxo de caixa e a possíveis investimentos, para que fosse explorado ao longo do desenvolvimento da entrevista, obtendo o máximo de informações para a elaboração do sistema de fluxo de caixa da empresa.

1.6.3 Análise e interpretação dos dados

Segundo a autora Beuren (2004, p.136), “analisar dados significa trabalhar com todo o material obtido durante o processo de investigação, ou seja, com os relatórios de observação, as transcrições de entrevistas, as informações dos documentos e outros dados disponíveis”.

Para que ocorresse a análise e interpretação desta pesquisa, foram coletados os dados pertinentes a empresa em estudo do período do segundo semestre de 2010 ao primeiro semestre de 2012, bem como elaborados planilhas de despesas, compras e receitas, além de gráficos para a elaboração do sistema de fluxo de caixa. A partir da elaboração do fluxo de caixa, foi possível verificar a previsão de recursos que estarão disponíveis para a atividade operacional e também para a realização de investimentos da empresa.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este capítulo tem como objetivo apresentar um estudo bibliográfico dos fundamentos teóricos da Contabilidade, enfocando o fluxo de caixa como importante ferramenta para a empresa. Contudo, este estudo serve de embasamento para que se conseguisse aplicar os conhecimentos na empresa, em busca da resolução do problema apresentado.

2.1 Contabilidade

A Contabilidade é uma ciência social que está em constante evolução e que busca auxiliar os homens e as organizações construídas por elas a viver e expandir, lutando para alcançar os resultados esperados.

A elaboração dos fundamentos e conceitos dessa ciência social é imprescindível para que se tenham os conhecimentos necessários para a execução do trabalho. 2.1.1 Conceitos

A Contabilidade é conceituada por diversos autores com diferentes interpretações similares, que a definem como arte, conjunto de procedimentos, sistema, métodos, técnica e ciência.

Entendemos que Contabilidade, como conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios e métodos de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetários) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras básicas, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômico financeira (BASSO, 2005, p.25).

Atualmente a Contabilidade é entendida como ciência, como bem define o professor Lopes de Sá (2002, p.46), “contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e comportamentos dos mesmos, em relação à eficácia funcional das células sociais”.

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Segundo Sá (2002), diante da antiga idéia dos contadores em se limitar à tecnologia dos registros e demonstrações contábeis, houve dificuldade em aceitar a Contabilidade como ciência. Porém, hoje a Contabilidade está voltada tanto na observação do que acontece com a riqueza das empresas, como no seu contexto

social, não se detendo apenas com a escrituração. Segundo estudiosos, a Contabilidade preenche todos os requisitos para ser definida como ciência, além disso, explicam a Contabilidade no âmbito científico:

Cientificamente o estudo visa conhecer as relações que existem entre os fenômenos patrimoniais observados e busca conhecer como tais relações se estabelecem; busca, ainda, analisar para produzir explicações sobre os acontecimentos havidos com a riqueza; visa conhecer verdades que sejam válidas para todos os lugares, em qualquer que seja a época em quaisquer empresas ou instituições (SÁ, 2002. P.46).

Segundo Oliveira (2009, p.23), “a Contabilidade é a linguagem do mundo econômico, pois permite o controle e a tomada eficaz de decisões em todos os países e em todos os tipos de organização”.

Para Oliveira (2009), a Contabilidade possui grande relevância devido ao ilimitado número de informações que dela provém, informações essas que demonstram a situação econômica e financeira das entidades. Segundo Iudícibus e Marion (2006, p.42):

A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões.

A elaboração da escrituração contábil é obrigatória para todas as sociedades empresárias, conforme determina a lei número 10.406/02, nos artigos 1.075, 1.078 e 1.180 do Código Civil brasileiro. Porém, mais que uma exigência legal, a Contabilidade é uma necessidade para todas as entidades. Neste contexto, a revista do Concelho Federal de Contabilidade (2011, p.27), contempla:

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Uma empresa sem Contabilidade é uma entidade sem memória, sem identidade e sem as mínimas condições de planejamento de seu crescimento. Estará impossibilitada de elaborar Demonstrações Contábeis por falta de lastro na escrituração contábil.

2.1.2 História

A história da Contabilidade surgiu e se desenvolveu com a civilização humana e segundo Beuren (2004), a contabilidade pode ser narrada em quatro períodos distintos: a Contabilidade do Mundo Antigo, a Contabilidade do Mundo Medieval, a Contabilidade do Mundo Moderno e a Contabilidade do Mundo Contemporâneo.

Para Sá (2002), a Contabilidade surgiu devido a necessidade do homem primitivo em contar e registrar o seu patrimônio e avaliar sua riqueza. Segundo Basso (2005), a fase da Contabilidade do Mundo Antigo teve início na pré-história até aproximadamente o ano de 1.200 d.C. Os registros contábeis mais antigos eram tingidas e talhadas com identificação de objetos e quantidades do seu patrimônio. Mais tarde surgiram tabelas com pictógrafos e escrita cuneiforme e ainda depois, no início da era cristã, os documentos de sistemas contábeis e relato das transações patrimoniais eram escritos em papiro.

Segundo Beuren (2004), a Contabilidade do Mundo Medieval ocorreu entre 1.201 e 1.494 e se caracteriza pelas novas técnicas e avanços da ciência, principalmente da matemática, de grandes invenções e do aparecimento do Método das Partidas Dobradas, tão importante para o registro dos fatos contábeis.

A partida dobrada se apoia, pois, no princípio da equação, não há dúvida, mas, logicamente, ela representa a explicação da origem e de efeito do fenômeno patrimonial, uma igualdade de valor em causa e efeito de um fenômeno ou acontecimento havido com a riqueza patrimonial (SÁ, 2002. p. 26).

A fase da Contabilidade do Mundo Moderno, que compreende o período de 1.495 a 1.839, segundo Beuren (2004), teve ênfase na disseminação do Método das Partidas Dobradas, por meio da obra do Frei Luca Pacioli e é considerada por estudiosos como o início do pensamento científico da Contabilidade. Além disso, o

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período contempla a definição e as técnicas de inventário, registro de operações, contas em geral, correções de erros e arquivamento de documentos.

Para Beuren (2004), a partir de 1.840, iniciou a fase da Contabilidade do Mundo Contemporâneo, que perdura até hoje. O período teve início com a publicação do livro de Francisco Villa.

A ciência contábil passou a reapresentar o papel de legitimadora não mais dos eventos físicos e da natureza, mas também das relações sociais, dos aspectos políticos, religiosos e culturais, a Contabilidade passou a ser enfocada pelos teóricos sob a perspectiva de uma ciência (BEUREN, 2004, p.25).

Segundo Sá (2002), a Contabilidade enquanto ciência social está em continuo desenvolvimento, já que muitas pesquisas ainda são feitas para aprimorar ainda mais esta ciência, procurando suprir as necessidades das entidades e de seus usuários.

Segundo Sá (1997, p.15), “a contabilidade nasceu com a civilização e jamais deixará de existir em decorrência dela; talvez, por isso, seus progressos quase sempre tenham coincidido com aqueles que caracterizam os da própria evolução do seu humano”.

A Contabilidade evolui com naturalidade, tentando sempre emprestar a sua base de conhecimentos acumulados ao longo do tempo como auxílio para que os homens e as entidades por eles criadas possam viver e se expandir, evitando as doenças e adiando, sempre que possível, o falecimento, apoiada em tecnologia que vai apanhando de outros ramos do conhecimento e desenvolvendo suas próprias teorias e métodos (LEONE, 2002, p.18).

2.1.3 Aplicabilidades

A Contabilidade, para Basso (2005), se aplica a qualquer pessoa física ou jurídica que possua patrimônio, seja ela com ou sem fins lucrativos, privada ou pública, ou ainda, toda entidade que exerça atividade econômica como meio ou fim.

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O campo de atuação da Contabilidade, na verdade seu objeto, é o patrimônio de toda e qualquer entidade; ela acompanha a evolução quantitativa e qualitativa desse patrimônio (IUDÍCIBUS e MARION, 2006, p.56).

O Patrimônio como objeto de estudo da Contabilidade é conceituado por Sá (2002, p.60), como “um conjunto interpessoal de meios e recursos materiais e imateriais, existentes em determinado momento, visando à satisfação das necessidades da atividade de uma célula social”.

Para Basso (2005), a Contabilidade possui um campo de aplicação muito amplo, pois aonde existir um Patrimônio definido e perfeitamente delimitado poderá ser aplicada a ciência contábil. O autor exemplifica onde a Contabilidade pode ser aplicada: em micro, pequenas, médias e grandes empresas públicas ou privadas, entidades de fins ideais (sociais, culturais, recreativas, desportivas e outras), propriedades rurais e pessoas físicas em geral.

Iudícibus e Marion (2006), destacam que a Contabilidade utiliza-se de informações advindas de todos os setores da empresa, portanto, sua aplicabilidade pode ser atribuída em todos os departamentos dela, auxiliando na gestão de cada área. Entre os setores que mais se destacam em termos de geração de informações, pode-se ressaltar o financeiro, o faturamento, o fiscal, a administração de recursos humanos e a produção.

2.1.4 Finalidades

A finalidade básica da Contabilidade desde os primórdios, segundo Sá (2002), tem sido o acompanhamento das atividades realizadas pelas pessoas, registrando e controlando seus patrimônios de forma que estes pudessem ser mensurados e que houvesse a comparação entre os resultados obtidos e entre os períodos estabelecidos.

Para Sá (2002), a Contabilidade registra de forma metódica e ordenada os negócios realizados e a verificação sistemática dos resultados obtidos. Desta maneira, ela identifica, classifica e registra as operações realizadas na entidade e de todos os fatos que de alguma forma afetam sua situação econômica, financeira e patrimonial. Após o acumulo de dados, a Contabilidade possibilita apresentar o

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histórico das atividades da empresa, bem como a interpretação dos resultados e, através de relatórios, produzir informações que auxiliam aos diversos usuários.

Segundo Basso (2005, p.24), “a finalidade fundamental da Contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento”. Ainda explica que a Contabilidade contribui no processo decisório das entidades, já que possui informações relevantes para que possam programar e reprogramar metas, projetos e atividades dentro dela.

O objetivo da Contabilidade pode ser estabelecido como sendo o de fornecer informação estruturada de natureza econômica, financeira e, subsidiariamente, física, de produtividade e social, aos usuários internos e externos à entidade objeto da Contabilidade (IUDÍCIBUS e MARION, 2006, p.53).

O autor Antônio Lopes de Sá (2002), explica que há uma multiplicidade de finalidades do conhecimento contábil, pois o que ocorre com uma empresa não interessa somente a ela, mas para uma gama de usuários externos, que podem ser o fisco, os investidores, os credores, as instituições financeiras, os funcionários e a sociedade em geral.

2.2 Contabilidade Gerencial

Para Iudícibus e Marion (2006), a Contabilidade Gerencial está orientada para a gestão das organizações, trazendo informações indispensáveis para que as tomadas decisões sejam as mais corretas possíveis, proporcionando resultados positivos às entidades que dela utilizam.

Ao longo de várias décadas a Contabilidade tem sido o único instrumento do qual os empresários podem se valer para extrair informações de que necessitam para uma eficiente gestão de recursos, uma vez que as demonstrações contábeis servem de apoio ao gerenciamento de uma entidade, possibilitando conhecer sua situação econômico-financeira, em dado momento (WBATUBA et al, 2004, p.62).

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Segundo Padoveze apud Associação Nacional dos Contadores dos Estados Unidos (2009, p.9/10):

Contabilidade Gerencial é o processo de identificação, mensuração, preparação, interpretação e comunicação de informações financeiras utilizadas pela administração para planejamento, avaliação e controle dentro de uma organização e para assegurar e contabilizar o uso de seus recursos.

Iudícibus (1998), enfatiza que a Contabilidade Gerencial somente terá efetividade se suas informações suprirem as necessidades do modelo decisório do administrador, levando em conta ações futuras e informações passadas e presentes como insumos para as tomadas de decisões.

Para Iudícibus (1998), a gestão empresarial deve estar focada na continuidade e no crescimento das organizações. Diante disso, a Contabilidade assume o papel de trazer as informações necessárias ao planejamento organizacional, que tem como objetivo garantir a eficácia na gestão dos recursos da empresa.

A Controladoria, no exercício da função de Contabilidade Gerencial, pode ser conceituada com intensidade por Padoveze (2009, p.3), quando descreve que “é a utilização da Ciência Contábil em toda a sua plenitude”. Para Coronado (2006, p.23), “a missão da controladoria é coordenar a otimização do desempenho econômico visando ao crescimento da riqueza da empresa”, e ainda explica que a Contabilidade Gerencial não desempenha apenas o papel de registrar dados passados, como também planeja operações futuras, utilizando-se de números reais e estimados na busca da otimização dos resultados.

Neste contexto, Warren, Reeve e Fess (2003, p.3), explicam:

As informações da contabilidade gerencial incluem dados históricos e estimados usados pela administração na condução de operações diárias, no planejamento de operações futuras e no desenvolvimento de estratégias de negócios integradas. As características da contabilidade gerencial são influenciadas pelas variadas necessidades da administração.

O profissional que atua com a Contabilidade Gerencial tem a função de dar suporte à gestão dos negócios da empresa, visando atingir os objetivos pretendidos pela organização, por meio de informações gerenciais geradas em tempo hábil para

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a tomada de decisões. Segundo Coronado (2006, p.11), “a forma como a empresa é gerida pode ditar seu sucesso ou fracasso”. Esta frase mostra o quanto a Contabilidade Gerencial possui relevância nas organizações e a tamanha responsabilidade que o gestor possui para garantir a continuidade e o êxito da empresa.

2.2.1 Benefícios da Contabilidade Gerencial em pequenas e médias empresas A Contabilidade Gerencial não se aplica somente a grandes organizações. Segundo o Sebrae RS (2011), as micro e pequenas empresas também necessitam de informações e controle para a gestão de seu negócio, já que ambas devem buscar a otimização do resultado, objetivando sempre a continuidade e o desenvolvimento da entidade.

A Norma Brasileira de Contabilidade Técnica 19.41, na seção 1, aprovada pela Resolução CFC n° 1.255-09, define pequenas e médias empresas:

Pequenas e médias empresas são empresas que:

a) não têm obrigação pública de prestação de contas; e

b) elaboram demonstrações contábeis para fins gerais para usuários externos (CRCRS, 2011, p.35).

Empresas de pequeno e médio porte conforme o CRCRS (2011, p.4), não têm ativos superiores a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões, portanto estas empresas estão sujeitas as exigências da NBC T 19.41.

Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae (2011), em 2010, 99% das empresas nacionais são micro e pequenas empresas e são responsáveis por empregar 52% de todos os trabalhadores com carteira assinada no Brasil. Outra pesquisa realizada pelo Sebrae em 2009, mostra que apenas sete em cada dez empresas sobrevivem no Brasil após dois anos de abertura. Segundo Coronado (2006), a pesquisa do Sebrae aponta causas relevantes na extinção das empresas: falta de capital de giro, a elevada carga tributária e a recessão econômica. Porém, o principal motivo a levá-las a mortalidade são as falhas no gerenciamento do negócio por parte de seus administradores.

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Diante disso, o Sebrae (2011), enfatiza como é importante que as pequenas e médias empresas devem melhorar o seu processo de gestão para que cresçam e possam se tornar grandes empresas, com bons resultados.

Segundo Santos (2001), os Micro e Pequenos empresários necessitam ter foco na gestão empresarial, deixando de utilizar a Contabilidade apenas para fins fiscais, como também para usufruir das informações que dela provém. Informações essas que ajudam os gestores a avaliar quais ações serão convenientes, levando em consideração o impacto de seus atos no desempenho da empresa.

Defronte ao atual ambiente de competitividade, avanço tecnológico e mercadológico, inúmeras são as incertezas e preocupações dos micro e pequenos empresários com a sobrevivência das empresas, como ressalta o autor Santos (2001). Por isso, cada vez mais deve ser intensificada a utilização da informação contábil nas organizações, levando-as a adotarem formas alternativas de gestão, desenvolvendo competências para que aumentem as chances de competir no mercado globalizado.

2.3 Fluxo de Caixa

Para a construção da habilidade explicativa e argumentativa sobre fluxo de caixa, faz-se necessário discorrer sobre os conceitos, finalidades, características e afins, que sejam indispensáveis para que, ao final desta, permita-se desenvolver um sistema de fluxo de caixa para a empresa em estudo.

2.3.1 Conceito

O fluxo de caixa ou cash-flow é um instrumento gerencial, segundo Silva (2005), que controla e prevê todas as movimentações financeiras de um dado período, o que possibilita evitar problemas com eventuais sobras e faltas de disponibilidades por meio da adequada gestão de caixa, proporcionando ao profissional planejar melhor suas ações futuras ou acompanhar o seu desempenho, pretendendo a maximização dos resultados das organizações.

Segundo Santos (2001, p.57), “o fluxo de caixa é um instrumento de planejamento financeiro que tem por objetivo fornecer estimativas da situação de caixa da empresa em determinado período de tempo à frente”. O autor explica ainda

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que este instrumento é capaz de revelar os valores e datas dos dados gerados pelos demais sistemas de informação da empresa.

Silva (2005, p.11), traz o conceito do fluxo de caixa: “é o principal instrumento de gestão financeira que planeja, controla e analisa as receitas, as despesas e os investimentos, considerando determinado período projetado”. O autor ainda ressalta que o caixa representa a disponibilidade imediata dentro das entidades, o que significa que possui diferença entre o resultado econômico gerado contabilmente.

Neste contexto, Frezatti (1997), explica que quase sempre existe diferença entre o caixa da empresa e o lucro ou prejuízo gerado na Contabilidade. Isso ocorre devido as diferenças entre competências, no qual a Contabilidade utiliza a data em que o fato contábil ocorreu para gerar o resultado, enquanto que o caixa utiliza como competência as datas de pagamentos e recebimentos. Além disso, outros aspectos podem gerar diferença entre lucro e caixa:

a) Receitas geradas e não recebidas;

b) Depreciação e amortização não representam saída de caixa, portanto diminui o resultado contábil;

c) Quando não há pontualidade das receitas e o não reconhecimento como perda;

d) Os estoques;

e) Provisões afetam demonstrações contábeis e não alteram o fluxo de caixa.

O fluxo de caixa, segundo Frezatti (1997), permite projetar diariamente a evolução do disponível, demonstrando o passado e o futuro financeiro da organização, de forma que se possam tomar medidas cabíveis com antecedência para evitar a escassez ou excesso de caixa. Cabe destacar, que nenhuma entidade, de quaisquer atividades econômicas, devem dispensar o fluxo de caixa, já que é peça fundamental para que se possam projetar as futuras operações financeiras, sempre objetivando resultados positivos.

2.3.2 Finalidades

O objetivo geral do fluxo de caixa, para Santos (2001), é fornecer informações para a tomada de decisões a partir de uma visão futura dos recursos financeiros que

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Segundo Silva (2005, p.57), “as projeções de caixa da empresa têm várias finalidades. A principal delas é informar a capacidade que a empresa tem para liquidar seus compromissos financeiros a curto e longo prazo.”

O fluxo de caixa para empresas com excedentes de recursos financeiros possui muitas finalidades, das quais Silva (2005), destaca:

a) Avaliar alternativas de investimentos na empresa, com o intuito de aumentar a rentabilidade do capital, visto que geralmente os investimentos tem capacidade de produzir rendimentos maiores do que aplicações financeiras.

b) Aplicação em instituições financeiras, procurando taxas de juros elevadas e prazos longos, para que o retorno sobre o montante aplicado seja o mais rentável possível.

c) Financiar as vendas para clientes com prazos de pagamento maiores, com a finalidade de conquistar mercado.

d) Liquidar dívidas antecipadamente, adquirindo descontos sobre compras efetuadas.

Empresas com escassez de caixa podem utilizar do sistema de fluxo de caixa para analisar qual a melhor decisão a ser tomada entre as diversas opções, conforme citadas por Santos (2001):

a) Analisar a possibilidade de reduzir o prazo de faturamento a fim de acelerar as entradas de caixa, diminuindo, desta forma, o preço de venda.

b) Agilizar o processo de recebimento, depositando os cheques recebidos com rapidez e avaliar a probabilidade de descontar as duplicatas recebidas no banco, com o menor custo do mercado.

c) Retardar ou suspender os pagamentos a fornecedores, analisando os custos financeiros, a imagem da empresa e a relação dela com os credores.

d) Planejar a contratação de empréstimos e financiamentos, analisando as linhas de créditos a serem obtidas junto às instituições financeiras, procurando suprir as necessidades de caixa da empresa com taxas de juros reduzidas e a captação no tempo e na quantidade certa.

Finalidades que agem de forma preventiva podem ser destacadas quanto ao

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a) Programar os ingressos e desembolsos de caixa de forma criteriosa, evitando-se o acúmulo de compromissos vultosos em época de pouco encaixe;

b) Proporcionar o intercambio dos diversos departamentos da empresa com

a área financeira, possibilitando uma visão geral da situação financeira e administrativa da empresa, como também assegurando que todas as informações, de todos os setores estejam presentes no fluxo de caixa, prevenindo possíveis erros;

c) Desenvolver eficiente e racionalmente o uso dos recursos financeiros para que não ocorram problemas de carência de caixa, nem de resultados negativos para a organização.

d) Para empresas que estejam em processo de liquidar suas dívidas, o fluxo de caixa tem finalidade de projetar um plano efetivo de pagamento de débitos.

O fluxo de caixa como ferramenta de gestão tem como finalidade:

(...) mensurar o efeito resultante entre as decisões gerenciais e o nível de liquidez; aumentar o horizonte de projeção, consequentemente aumentar uma visão futura da empresa; acompanhar os processos vigentes, bem como fazer uma revisão contínua desses processos no caso de eventuais mudanças nos negócios (SILVA, 2005, p.13).

O autor Silva (2005), ainda enfatiza que utilizando-se do fluxo de caixa, o administrador da projeção de caixa terá condições de manter o equilíbrio entre as entradas e saídas de caixa, propiciando à empresa alcançar seus objetivos em termos de rentabilidade de seus investimentos e lucratividade de seus negócios. 2.3.3 Características

O fluxo de caixa possui características que devem ser considerados na sua elaboração. Para Silva (2005, p. 59), “os principais fatores determinantes do formato do fluxo de caixa são o prazo de cobertura, sua utilização e a disponibilidade de recursos humanos e materiais a serem alocados a sua implantação e operação”.

O prazo de cobertura do fluxo de caixa segundo Silva (2005), é o horizonte de tempo pelo qual ele é projetado, podendo ser de semanas, meses e anos. Já o

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período de informação é a unidade de tempo em que se divide o prazo de cobertura do sistema de fluxo de caixa, por exemplo: sendo o período de cobertura de um mês, o período de informação será diário. Este prazo de cobertura pode ser determinado com base no calendário fixo ou prazos corridos, conforme o contador achar mais conveniente para a empresa.

Outro aspecto mencionado por Silva (2005), quanto ao fluxo de caixa é o seu grau de detalhamento, que pode ser apresentado de forma resumida ou detalhada, conforme o número de informações que se espera com o sistema. O autor recomenda que o objetivo do fluxo de caixa limite-se apenas às informações sobre a posição de caixa da empresa, não utilizando-o para outros fins, que acabam trazendo problemas ao objetivo real do fluxo.

O grau de precisão do fluxo de caixa deve ser levado em consideração conforme o seu período de cobertura, utilizando-se de uma margem de variação entre o fluxo projetado e o realizado. Segundo Silva (2005), um fluxo de caixa mensal pode ter 10% de variação para ser considerável satisfatório, já para um fluxo anual a margem poderá ser de 15% para ser aceitável. Caso não ocorra margem satisfatória, os dados do fluxo de caixa deverão ser reavaliados, já que não trás informações precisas e confiáveis para a organização.

Os itens diversos dentro do fluxo de caixa devem ser utilizados apenas em casos extremos, que não deve ultrapassar 10% do total das entradas e saídas.

O fluxo de caixa deve partir do plano de contas da empresa, ao que Frezatti (1997), explica que muitas empresas encontram problemas em confrontar o planejado e o realizado devido a desvios encontrados entre ambos. O autor completa, ainda, que há vários fatores para tal problema:

a) Excesso de detalhamento do plano de contas;

b) Muitos lançamentos na conta outros, distorcendo o resultado final; c) Confusão na nomenclatura do plano de contas;

d) Real e previsto em bases diferentes, dificultando o acompanhamento do fluxo de caixa projetado e o realizado.

Ainda conforme Frezatti (1997), devem ser levados em consideração os métodos de coleta de dados específicos, ou seja, é necessário ter dados que nascem em um bom método de controle de contas a pagar, contas a receber, acompanhamento de saldos de aplicações bancárias, faturamento, custos,

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despesas, receitas e todos os demais elementos fundamentais para “alimentar” o fluxo de caixa de forma confiável.

Para Silva (2005, p.63), “os mapas e planilhas auxiliares têm como propósito planejar e organizar as informações que serão inseridas na planilha de fluxo de caixa”. Além dos mapas e planilhas auxiliares, podem ser utilizados relatórios do sistema de informações da empresa para a elaboração do fluxo de caixa. Segundo Frezatti (1997), a separação entre o fluxo de caixa e os quadros auxiliares, que detalham informações, facilita o entendimento.

Segundo Santos (2001), a implantação de um sistema de fluxo de caixa deve ser aplicado nas organizações desde que haja comprometimento em mantê-lo sempre atualizado e com informações corretas, condizentes com a realidade, para que se tenha confiança nos dados e informações apresentados pelo sistema.

2.3.4 Planejamento do Fluxo de Caixa

O Planejamento pode ser conceituado como:

A função administrativa que determina com antecedência as ações a serem executadas dentro de cenários e condições preestabelecidos para atingir os objetivos fixados. O planejamento é uma técnica que absorve as incertezas e aumenta as chances de sucesso do desemprenho da empresa (HOJI e SILVA, 2010, p.6).

Segundo Coronado (2006, p.27), “o contador gerencial/controller, ao elaborar projeções para o planejamento, necessita das informações contábeis de todos os departamentos da empresa (...)”. Portanto, para a elaboração de um sistema de fluxo de caixa, torna-se imprescindível a relação efetiva entre o setor de Controladoria com os demais departamentos, coletando informações sobre faturamento, produção, compras, vendas, finanças, marketing e outros, que as empresas possuem e que necessitam de recursos financeiros para desempenhar suas funções ou que forneçam informações relevantes para a composição do fluxo de caixa.

O planejamento do fluxo de caixa deve ser desenvolvido conforme o planejamento estratégico da organização. Portanto, o plano da cúpula da empresa deve ser clara quanto aos seus objetivos para que a gestão dos recursos financeiros

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seja direcionada a este escopo. Segundo Frezatti (1997), a abordagem estratégica no fluxo de caixa afeta o nível de negócios da empresa tanto a curto quanto em longo prazo.

O nível tático da empresa planeja o fluxo de caixa conforme o plano estratégico que a diretoria construiu. Para alcançar os resultados esperados pela direção, os gerentes atribuem metas a cada departamento. Portanto, para que suas metas sejam atingidas, o fluxo de caixa informa as ações táticas que deverão ser desenvolvidas durante o período projetado. Neste contexto, Frezatti (1997, p.45), contribui:

Todo profissional que atue na empresa e tome decisões que afetem a liquidez da empresa deve ser chamado a participar, de alguma forma, no estabelecimento de metas de geração de liquidez do período. (...) O importante é que ele deve entender o status de liquidez da organização, os efeitos de suas ações sobre o fluxo de caixa/resultados, bem como seus compromissos.

A filosofia de planejamento para o fluxo de caixa é relatada por Santos (2001, p.67): “para que o fluxo de caixa gere dados de boa qualidade, é necessário que a empresa tenha uma cultura de planejamento. Desse modo, será possível gerar dados e informações úteis, apesar de toda a incerteza”.

O planejamento do fluxo de caixa é a primeira atividade para estimar as entradas e saídas da empresa. Esses tipos de informação são primordiais para a tomada de decisões. A qualidade da informação no planejamento e consequentemente elaboração do fluxo de caixa são eminentes tanto em empresas que apresentam dificuldades financeiras, como naquelas bem capitalizadas (SILVA, 2005, p.78).

2.3.5 Modelos de fluxo de caixa

Segundo Silva (2005, p.70), “é salutar que a empresa escolha um modelo de fluxo de caixa que melhor atenda as suas necessidades, de modo que as informações sejam as mais transparentes possíveis e facilitem na análise das

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O formato do fluxo de caixa possui maior importância, segundo (Frezatti, 1997), quando é utilizado como instrumento gerencial da empresa, no qual vários serão os usuários do sistema. Portanto, o fluxo de caixa deve ser compreensível e ser elaborado conforme as necessidades de cada empresa.

O fluxo de caixa pode ser elaborado através do sistema de informações da empresa, bem como pode ser realizado em planilha eletrônica ou ainda manualmente em casos de maior simplicidade. Conforme Frezatti (1997, p.77), “quanto maior for a complexidade do negócio em si, mais complexo fica demonstrar o fluxo de caixa dessa instituição”.

O modelo mais utilizado pelas empresas, conforme Silva (2005), é o método direto, apresentado diariamente. Este método registra todos os recebimentos e todos os pagamentos, sendo baseado em regime de caixa.

Atividades Período de __/__/__ a __/__/__

Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 ……… Dia 30

Sado inicial Entradas: Vendas Aumento de capital Resgate de aplicações Juros de aplicações Outras receitas Total de entradas Saídas: Salários Aluguel Matéria-prima Impostos

Despesas com vendas

Despesas administrativas Empréstimos – amortização Empréstimos – juros Outras despesas Total de saídas Superávit/(Déficit) Captação/(Aplicação) Saldo final

Figura 2: Fluxo de caixa diário (método direto) Fonte: Silva (2005, p.71)

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O modelo apresentado, conforme figura 2, possui seu superávit ou déficit equivalente ao somatório do saldo inicial mais o total das entradas menos o total das saídas.

Outro modelo, que pode ser utilizado de fluxo de caixa diário no método direto segue ilustrado a seguir. Este modelo agrupa as atividades em operações, investimentos e financiamentos, podendo ser utilizado para controle em moeda nacional e em dólar.

Atividades do dia: __/__/__ Movimento do dia Saldo Acumulado

Taxa de conversão: US$ 1 = R$____ R$ US$ R$ US$

ATIVIDADES DE OPERAÇÕES

Vendas no mercado nacional

Exportações

A – Recebimento

Materiais e serviços variáveis

Salários e encargos sociais variáveis

Custos indiretos de fabricação

Despesas Gerais Impostos B – Pagamentos C - Geração operacional (A - B) Juros pagos (-) Juros recebidos

(+) Perda (ganho) com derivativos

D - Despesas financeiras líquidas

E - Geração líquida (C - D)

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

(-) Investimentos permanentes – aquisição

(-) Imobilizado – aquisição

(-) Investimentos permanentes – vendas

(-) Imobilizado – venda

F - (=) Investimentos líquidos

ATIVIDADES FINANCEIRAS

(+) Empréstimos locais – captação

(+) Empréstimos externos – captação

(+) Investimentos temporários – resgate

(+) Integralização de capital

(-) Investimentos temporários – aplicação (-) Empréstimos locais – amortização (-) Empréstimos externos – amortização

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G - (=) Financiamentos líquidos

CAIXA

(+) Superávit (déficit) (E + F + G)

(+) Saldo anterior

H - (=) Saldo final

Figura 3: Fluxo de caixa diário por atividades (método direto) Fonte: Silva apud Hoji (2005, p.73)

Ainda pelo método direto, é possível aplicar o modelo de fluxo de caixa mensal, que apresenta os ingressos e desembolsos de caixa separadamente e abaixo os resultados do fluxo de caixa.

ITENS MESES

JAN FEV MAR … TOTAL

1. INGRESSOS

Vendas de mercadorias à vista

Vendas de mercadorias a prazo

Venda de veículo

Aumentos de capital social

Aluguéis a receber

Receitas financeiras

Total de ingressos

2. DESEMBOLSOS

Compras de mercadorias à vista

Compras de mercadorias a prazo

Salários com ES Despesas financeiras Despesas administrativas Despesas tributárias Despesas financeiras Aluguéis a pagar

Compras de material de consumo

Compra de microcomputador

Contraprestações de arrendamento mercantil

Total de desembolsos

3. DIFERENÇA DO PERÍODO (1 - 2)

4. SALDO INICIAL DE CAIXA

5. DISPONIBILIDADE ACUMULADA (3 + 4)

6. NÍVEL DESEJADO DE CAIXA

7. EMPRÉSTIMOS A CAPTAR

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9. AMORTIZAÇÕES DE EMPRÉSTIMOS

10. RESGATES DE APLICAÇÕES FINANCEIRA

11. SALDO FINAL DE CAIXA PROJETADO

Figura 4: Fluxo de caixa mensal (método direto) Fonte: Silva (2005, p.162)

O modelo mostrado a seguir é realizado através do método indireto.

Fluxo de caixa proveniente R$

1. Das atividades operacionais

1.1 Lucro líquido do exercício

+/- Receitas ou despesas que não afetam o caixa

• Receita de equivalência patrimonial 2.590,00

• Depreciação e amortização -980,00

• Baixa de ativo permanente 1.118,00

• Despesa com devedores duvidosos

72,00

(=) Lucro Líquido ajustado 640,00

1.2 Acréscimo ou diminuição de ativos operacionais 3.440,00

• Duplicatas a receber de clientes -2.150,00

• Contas a receber diversas -1.012,00

• Adiantamentos diversos 1.206,00

• Estoques -2.612,00

• Despesas pagas antecipadamente

-801,00

(=) Diminuição nos ativos operacionais -5.369,00

1.3 Acréscimos ou diminuição de passivos operacionais

• Fornecedores 1.260,00

• Impostos e contribuições 2.370,00

• Salários e encargos sociais 1.001,00

• Credores diversos -667,00

• Imposto de renda

1.975,00

(=) Acréscimos nos passivos operacionais 6.139,00

(=) Acréscimos de caixa originado das atividades operacionais (3.440 - 5.369 +

6.139) 4.210,00

2. Das atividades de investimento

2.1 Receita da venda de:

• Imobilizado 250,00 • Investidores permanentes 170,00 2.2 Aquisição de: • Imobilizado -1.378,00 • Investidores permanentes -670,00 (=) Diminuição de caixa originada das atividades de investimento -1.628,00

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3. Das atividades de financiamento

• Integralização de capital 2.100,00

• Novos empréstimos e financiamentos 3.000,00

• Amortização de empréstimos e financiamentos -990,00

• Dividendos pagos -185,00

(=) Acréscimo de caixa originado das atividades de financiamento 3.925,00

Resumo

• Saldo inicial 605,00

+ Acréscimo de caixa no período (1 + 2 + 3) 6.507,00

(=) Saldo final 7.112,00

Figura 5: Fluxo de caixa (método indireto)

Fonte: Silva apud Silva; Marion; Reis (2005, p.77)

Ao utilizar esse método é feita uma reconciliação do lucro líquido para o caixa líquido, e as mudanças, aumento ou redução, são medidas nas contas de Capital de Giro como Contas a Receber, Estoques etc., que serão ajustados para acréscimos líquidos e mensuração de caixa (SILVA, 2005, p. 76).

2.3.6 Orçamento de caixa

O orçamento de caixa pode ser conceituado, segundo Zdanowicz (2000), como um instrumento que relaciona os futuros ingressos de caixa e os desembolsos financeiros para um período de tempo, que é utilizado pela administração financeira a fim de verificar antecipadamente se haverá excedente ou escassez de disponibilidades de caixa no período considerado.

O orçamento é o instrumento utilizado para elaborar, de forma eficaz e eficiente, o planejamento e o controle financeiro das atividades operacionais e de capital da empresa, auxiliando à tomada de decisão. Assim, o orçamento é a técnica, que torna, por base, informações e dados de experiências passadas, mas deverá constituir-se, também, em ferramenta de orientação no processo de tomada de decisão da empresa para o futuro (ZDANOWICZ, 2000, p.22).

Segundo Silva (2005, p.61), “o orçamento de caixa faz parte do orçamento geral da empresa, que planeja as operações por períodos curtos de seis meses a um ano, podendo ser de períodos maiores”.

(38)

As informações de vários orçamentos operacionais, como o orçamento de vendas, o de compras de material direto e o de despesas de vendas e administrativas, afetam o orçamento de caixa. Além deles, o orçamento de dispêndio de capital, as politicas de dividendos e os planos de financiamento de longo prazo de capital próprio ou de terceiros também afetam o orçamento de caixa (Warren et al, 2003, p.194).

O objetivo básico do orçamento de caixa para Zdanowicz (2000), é disponibilizar uma projeção de recursos financeiros que serão necessários para a execução do plano geral de operações, bem como estabelecer um nível desejado de caixa. Além disso, segundo o autor, outros objetivos são relacionados ao orçamento de caixa:

a) Manter a liquidez, dimensionando o nível de caixa necessário;

b) Estabelecer adequado fluxo de caixa entre ingressos e desembolsos de caixa;

c) Maximizar o caixa de forma rentável e segura, fazendo aplicações financeiras quando possível;

d) Captar recursos financeiros quando houver escassez de caixa;

e) Analisar a viabilidade de investimentos conforme plano orçamentário.

Algumas definições são importantes na elaboração do orçamento de caixa, segundo Silva (2005). Ao que pode-se mencionar o valor de vendas e seus prazos de recebimento, valor das compras e suas formas de pagamento, além de estimar o montante das despesas a serem desembolsadas no período, relacionado também outras entradas e saídas de caixa.

Segundo Zdanowicz (2000), a elaboração do orçamento de caixa pode ser de três maneiras: método direto, método do lucro ajustado e método da diferença de capital de giro. No método direto é feito a projeção de receitas, custos e despesas futuras, descrevendo cada um dos itens orçados. O método do lucro ou prejuízo ajustado utiliza em suas projeções elementos patrimoniais ativas e passivas decorrentes de resultados da empresa auferidas entre os períodos orçado e realizado. O método da diferença de capital de giro desdobra-se em duas etapas, ao que a primeira calcula-se a variação de capital de giro entre os períodos orçado e realizado. A segunda etapa relaciona as variações que ocorrerão em itens de longo prazo decorrentes do Demonstrativo de Resultado do Exercício e Balanço Patrimonial.

Referências

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