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EMBARCAÇÕES UTILIZADAS POR PESCADORES ESTUARINOS DA PARAÍBA, NORDESTE BRASIL

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Página|45 ISSN 1983-4209 - Volume 03 – Numero 01 – 2008

EMBARCAÇÕES UTILIZADAS POR PESCADORES ESTUARINOS DA

PARAÍBA, NORDESTE BRASIL

Nishida, Alberto Kioharu.1; Nordi, Nivaldo.2 ; Alves, Rômulo Romeu Nóbrega3

RESUMO

O uso de embarcações representa o principal meio de transporte em áreas estuarinas, sendo fundamental para o deslocamento de pescadores artesanais em sua faina diária. Neste trabalho apresenta-se uma descrição dos tipos de embarcações utilizadas por populações ribeirinhas (pescadores, catadores de moluscos e crustáceos) residentes no litoral do estado da Paraíba. Foram registrados três tipos de embarcações de uso freqüente entre os pescadores artesanais: baiteiras, botes e canoas (propelidas a remo ou a vela). Estas possuem dimensões que variam de 5,0 m a 7,0 m de comprimento e boca (extremidades) de 50,0 cm a 70,0 cm. O preço varia de acordo com o tipo de embarcação. O uso desses meios de transporte vem se perpetuando através das gerações, constituindo parte importante da cultura dessas sociedades, devendo portanto, ser registrado e valorizado.

Unitermos: Embarcações, manguezal, etnoecologia, pesca

BOATS UTILIZED BY ESTUARINE FISHERS IN PARAÍBA STATE, NORTHEAST BRAZIL.

ABSTRACT

Fishing boats are the main means of transportation utilized by artisanal fishers in their routine work. In the present work we describe types of boats the riverine populations (fishers, and molluscs and crustaceans gatherers) utilize, on the coast of Paraíba State. Three kinds of boats were observed as the most frequently used by artisanal fishers: ‘baiteiras’ (some kind of flat boat), small craft, and canoes (rowing or sailing types). Their sizes range from 5.0 m to 7.0 m length and their ‘boca’ (which literally means ‘mouth’) or ends range from 50.0 cm to 70.0 cm wide. The prices vary according to each boat type. The use of such fishing boats perpetuate through generations, being a very important cultural feature of those human populations. Therefore, such valuable piece of equipment to their lives are worth to be recorded.

Uniterms: Boats, mangrove, ethnoecology, Northeast Brazil, fisheries.

INTRODUÇÃO

O Brasil possui uma das maiores linhas de costa do mundo, com cerca de 7.408km (Schaeffer-Novelli, 2000; Diegues, 1999), dos quais 6.786km contém florestas de mangue, cobrindo uma área estimada de 25.000 km2 (Saenger et al., 1983). Os produtos fornecidos pelos manguezais têm sido utilizados pelos grupos humanos desde a pré-história através da extração de corantes, madeira e proteínas de origem animal. De acordo com Vannuci (1999), grande parte da pesca

1 Departamento de Sistemática e Ecologia, Universidade Federal da Paraíba, 58051-900, João Pessoa, PB,

Brasil. E-mail: guy@dse.ufpb.br;

2 Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Hidrobiologia, LEHE. Rod. Washington Luiz, Km 235. CEP 13565-905. São Carlos/SP

3 Universidade Estadual da Paraíba, CCBS - Departamento de Biologia, Campus I, Av. Baraúnas, 351 58109-753, Campina Grande, Paraíba, Brazil. Autor para correspondência: romulo_nobrega@yahoo.com.br

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artesanal brasileira baseia-se em espécies de manguezais ou que passam parte significativa de seu ciclo de vida nesses ambientes. NGUEZAIS

A captura de peixes, moluscos e crustáceos em áreas estuarinas e costeiras representa a principal atividade econômica de boa parte das populações ribeirinhas que exploram de forma artesanal esses recursos naturais (Alves & Nishida, 2002; Nishida, 2000). Segundo Diegues(1993) esses sistemas tradicionais de manejo não são somente formas de exploração econômica, mas revelam a existência de um complexo de conhecimentos adquiridos pela tradição herdada das gerações anteriores. Estudos sobre esse tipo saber tradicional têm se intensificado nos últimos anos (Poizat & Baran, 1997; Skaptadóttir, 2000; Pajaro & Vincent 1996; Vincent & Pajaro, 1997; Alencar, 1991; Weigert, 1995; Farias, 1988; Souza, 1987; Maneschy, 1995; Mourão & Nordi, 2002ab; Nordi, 1994ab; Nordi, 1995; Maneschy, 1993).

Posey (1984), Morin-Labatut & Akhtar (1992) e Sillitoe (1998) ressaltam que os saberes e técnicas tradicionais complementam o conhecimento científico em pesquisas básicas e sobre avaliação de impactos ambientais, manejo de recurso e desenvolvimento sustentável. Pescadores tradicionais possuem profundo conhecimento sobre o ambiente e o recurso que exploram, o que se reflete em estratégias de uso e manejo do recurso.

Em virtude de áreas estuarinas estarem freqüentemente sujeitas ao regime de marés, o uso de embarcações torna-se fundamental para o deslocamento de pescadores artesanais em sua faina diária, de modo que diversos estilos de embarcações podem ser registrados em áreas estuarinas. O presente trabalho apresenta descrição dos tipos de embarcações utilizadas por populações ribeirinhas (pescadores, catadores de moluscos e crustáceos) residentes no litoral do estado da Paraíba, registrando seu processo de construção, custos e tipos de recursos explorados pelos usuários desses meios de transporte estuarino.

MÉTODOS Área de estudo

A pesquisa foi realizada junto às comunidades de pescadores artesanais situadas nos dois maiores estuários do estado da Paraíba: estuário do rio Mamanguape e do rio Paraíba do Norte, Nordeste do Brasil, durante os anos de 1998 a 2000.

Estuário do rio Mamanguape: Está situado entre as coordenadas (06º 43’ e 06°51’ S e 35º 07’ e 34º 54’ W), possuindo aproximadamente 24 km de extensão e uma largura máxima em torno de 2,5 km, nas proximidades de sua desembocadura. A área de influência do estuário do rio Mamanguape está inserida em uma Área de Proteção Ambiental (APA) que abrange uma vasta extensão de mangue, ilhas e croas (bancos areno-lodosos) e, na foz, uma barreira de recifes, que se apresenta na forma de um extenso paredão. A porção estuarina da APA tem suas margens ocupadas por cerca de 6.000 ha de mangue bastante preservado, representando a maior área de manguezal do Estado da Paraíba.

O manguezal do rio Mamanguape possui as espécies arbóreas: Rhizophora mangle, Avicennia germinans, Avicennia schaueriana, Laguncularia racemosa e Conocarpus erecta (Palludo & Klonowski, 1999). Embora este manguezal se caracterize como um dos mais preservados do Estado da Paraíba (Cunha, 1994), já apresenta algumas zonas que sofrem interferências antrópicas, devido, principalmente, à expansão do cultivo da cana-de-açúcar. As comunidades pesqueiras que dependem desse estuário para sua sobrevivência, afirmam que a produção pesqueira vem diminuindo, devido aos efeitos dos agrotóxicos utilizados no cultivo da cana-de-açúcar, ao longo deste rio. As ilhas e croas (bancos areno-lodosos) também estão sofrendo transformações em função do assoreamento do leito, que se torna cada vez mais evidente.

Estuário do rio Paraíba do Norte: A bacia do Rio Paraíba do Norte tem uma extensão aproximada de 380 Km, intercepta 37 municípios e subdivide-se em bacia do Alto, Médio e Baixo Paraíba (Gualberto 1977). Localiza-se entre as latitudes de 60o 57’ e 70o 08’, e as longitudes de 34o 50’ e

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34o 55’ (Baixo Parnaíba), drenando as cidades de João Pessoa, Bayeux e Santa Rita, e próximo a sua desembocadura, a cidade portuária de Cabedelo.

Além das espécies de vegetação de mangue comumente encontradas nas áreas marginais e internas, também é freqüente a presença das espécies Dalbergia ecastophillum e Annona glabra. A exploração dos recursos naturais nesse estuário tem se intensificado nos últimos dez anos, como conseqüência do aumento da população periférica da grande João Pessoa. Uma parcela significativa dessa população, obtém sua fonte de renda exclusivamente desses recursos ou exploram-no como forma alternativa de renda familiar.

Procedimentos

Buscando a complementaridade e maior adequação à complexidade das relações humanas com o ambiente, optou-se nesse estudo, como em Nordi (1992), Machado Guimarães (1995) e Nishida (2000), por transitar entre métodos subjetivos das Ciências Sociais e os objetivos usados em Ciências Biológicas.

Foram efetuadas viagens por terra e de embarcação a motor e a remo, ao longo dos estuários estudados, com a finalidade de se conhecer as comunidades de pescadores e coletores. Incursões aos sítios de coleta, acompanhando pescadores e catadores, observações diárias, participativas ou não, entrevistas abertas e conversas informais permitiram a identificação das embarcações utilizadas pelos pescadores, bem como as técnicas e estratégias utilizadas para a construção e utilização dessas.

RESULTADOS

No estado da Paraíba foram registrados três tipos de embarcações de uso freqüente entre os pescadores artesanais, são elas: baiteiras, botes e canoas . Estas possuem dimensões que variam de 5,0 m a 7,0 m de comprimento e boca de 50,0 cm a 70,0 cm. As embarcações são propelidas a remo ou a vela. A seguir são descritas as principais características de cada uma delas.

Tipos de embarcações Baiteira

Também chamada de patacho, por pescadores do estuário do rio Mamanguape, são embarcações de construção simples (Figura 1), que não exigem conhecimento especializado. Um indivíduo habilidoso, com algumas ferramentas básicas, pode construí-la com um custo final em torno de R$ 200,00. Utiliza tábua ordinária de construção, geralmente de 6,0 m de comprimento por 30,0 cm de largura e 2,5 cm de espessura. A proa geralmente tem mais lançamento do que a popa e ambas tem secção retangular. A boca (extremidades) varia de 50,0 cm a 60,0 cm, o cavername é feito de sarrafos (caibros), pregado apenas no fundo, os bancos além da suas funções, servem para dar maior rigidez ao costado. O número de bancos varia de três até cinco, dependendo do comprimento da baiteira ou da sua finalidade. Quando utilizada na pesca de caçoeira, três bancos são suficientes para disposição da rede. Neste caso, tanto as tábuas do banco, como os bordos, devem ser muito bem lixadas para evitar que os fios da rede se prendam nas farpas da madeira e se rompam a medida que vai sendo lançada.

Bote

O bote (Figura 1) já é mais elaborado do que a baiteira e a sua construção pode custar cerca de R$ 300,00. Possui uma proa afilada e com lançamento. A popa tem lançamento menor e secção retangular. Pode ter seis metros ou mais, com a boca variando de 50,0 a 70,0 cm. Também o número de bancos é variável, mas geralmente possui apenas o banco da popa e o da vela. O cavername pode ser de pedaços de caibro, formando um conjunto de três peças em forma de U, com ou sem reforços, nos ângulos, ou pode ser confeccionado de madeira do mangue manso (Laguncularia racemosa) em

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forma de L, nesse caso, já se faz necessário o emprego de um especialista para escolher as peças de madeira, lavrá-las e juntá-las, lateralmente para formar o cavername.

Canoa

Das embarcações, a mais sofisticada e também mais onerosa é a canoa (Figura 1), cujo valor varia de R$ 600,00 a R$ 1000,00. Para a sua construção a contratação de um especialista é imprescindível, pois o número peças de madeira trabalhada é maior.

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São utilizadas madeiras de melhor qualidade, como o louro vermelho, ipê, conhecido no nordeste como pau-d’arco (Tabebuia sp), sucupira (Bowdichia sp), utilizada no costado e outras menos nobres como a jaqueira (Artocarpus sp), cajueiro (Anacardium occidentale) e mangue manso para o cavername. A madeira do costado (encolamento), bico de proa (bulsada), cavername, mais espessa é trabalhada com a enxó, até que a peça adquira a forma desejada e encaixe com precisão junto a outras. A bulsada é feita a partir de uma forquilha de mangue manso (Laguncularia racemosa) A fixação do costado ao cavername é feita por meio de cavilhas, também lavrada à mão. Todas as canoas têm um banco com um orifício circular (banco de vela), por onde é encaixado o mastro quando da utilização da vela. Geralmente a vela é confeccionada com tecido de algodão, o corte e a costura requerem conhecimento, para que a mesma não fique enrugada, perdendo em eficiência. Atualmente, embora pouco freqüente, há ainda a utilização de tecido de nylon, mais leve, durável e também, mais cara. Assim, o tipo de material empregado na confecção da vela, pode ser considerado como um indicativo da condição do proprietário. Velas confeccionadas com pedaços de sacos de nylon são comumente utilizadas em baiteiras que utilizam o vento como propulsão.

A calafetagem é outra operação que requer muito cuidado, pois se trata de vedar os espaços entre as peças de madeira do costado e fundo, tornando as embarcações estanques. A vedação é conseguida utilizando-se a “estopa” (fibra vegetal), que é introduzida utilizando-se de um martelo e lâminas sem afilamento de diferente espessura à guisa de talhadeira. O espaço, propositadamente deixado é preenchido com uma liga de cal e óleo de mamona (...de rícino), extraído das sementes da carrapateira (Ricinus comunis). Atualmente, o preço e a dificuldade de se encontrar a estopa e o óleo têm levado os catadores a substituir tais materiais pela estopa de algodão e óleo de soja.

DISCUSSÃO

As comunidades ribeirinhas que vivem ao longo de regiões costeiras do estado da Paraíba têm como principal fonte de subsistência os recursos estuarinos e do manguezal adjacente. Dentre estes, os peixes, moluscos e crustáceos merecem destaque. O ciclo de vida desses animais é fortemente dependente das variações das marés, que influenciam o padrão geral de atividade, de alimentação, de reprodução (Alves & Nishida, 2002).

Da mesma forma que as marés exercem influência na biologia dos organismos costeiros, populações humanas que se dedicam à pesca e a extração de recursos oriundos do manguezal também tem a organização das suas atividades de coletas dependentes do regime hidrológico característico do complexo estuário-manguezal, que constituem o principal fator abiótico que determina as atividades de pesca e de catação nesses ambientes.

Nas áreas de pesca, as embarcações representam o principal meio de transporte dos pescadores e catadores de caranguejo e moluscos nos estuários do estado da Paraíba, sendo essencial para o deslocamento de pescadores artesanais em suas atividades de coleta.

As embarcações registradas na Paraíba são similares as utilizadas por pescadores estuarinos em outros estados da região Nordeste (Bahia, 1994; Costa Neto & Marques, 2001; Idema, 1999;

Souza & Neumann-Leitão, 2000). Na Bahia, de acordo com o perfil do setor pesqueiro desenvolvido pela Secretaria de Agricultura do estado, canoas (e barcos a remo) representam 64,9% do total de embarcações em atividade no estado, acarretando a exploração dos recursos mais próximos à costa (Bahia, 1994). No estuário do rio São Francisco, em Brejo Grande, SE, a embarcação mais utilizada é o barco a remo e vela, que possibilita a pesca ao longo do rio (Souza e Neumann-Leitão 2000).

Costa Neto e Marques (2001), em estudo realizado em Siribinha, município do Conde, Bahia, constataram que canoas e barcos a remo são as principais embarcações utilizadas, as quais, favorecem a navegação em locais rasos e para o interior de braços de rios que adentram o continente. Ressaltam que na percepção e categorização nativas, “barco” refere-se à embarcação que possui três bancos, enquanto “canoa” possui apenas dois ou mesmo nenhum. Conforme relatam

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esses autores, os pescadores afirmaram que “um barco/canoa custa em torno de R$ 80,00 a 100,00 (oitenta a cem reais). Esse preço está bem abaixo do custo das embarcações utilizadas por pescadores do litoral paraibano, fato que pode está relacionado a matéria-prima utilizada, tamanho da embarcação e contratação de especialistas na construção das mesmas.

Nos estuários do estado do Rio Grande do Norte, a canoa é a embarcação predominante. Elas se caracterizam por serem construídas de madeira, impulsionadas geralmente por remo e ocasionalmente por pequenas velas. A construção é totalmente artesanal, sendo feita por pescadores no próprio local de moradia. Utilizam tanto para a pesca (peixes e camarões), como para o transporte de coletores de caranguejos, que representam uma parte significativa do efetivo de pescadores (IDEMA 2004).

O uso de embarcações por pescadores artesanais é bastante antigo. O processo de construção desses importantes meios de transporte vem se perpetuando através das gerações, constituindo parte importante da cultura dessas sociedades. Esse tipo de conhecimento deve ser registrado e valorizado, uma vez que, conforme atesta Maurstad (2002), o conhecimento de pescadores tem sido visto como uma fonte importante de informação para elaboração de planos de manejo.

Dessa forma, estudos que abordem esse tema poderão contribuir para a manutenção da cultura das comunidades tradicionais, fato este que se reveste de extrema relevância, se considerarmos que a integração dessas culturas ao ambiente pode ser uma forma eficiente de preservação, uma vez que seus interesses repousam sobre a manutenção dos ecossistemas dos quais eles tiram quotidianamente seus meios de subsistência (Alves, 2002; Nordi, 1992).

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