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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

WALLYSSON DANIEL ALVES FERREIRA

APLICAÇÕES DE FERRAMENTAS DE CUSTOS: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA DOS ESTUDOS PUBLICADOS

NATAL/RN 2018

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WALLYSSON DANIEL ALVES FERREIRA

APLICAÇÕES DE FERRAMENTAS DE CUSTOS: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA DOS ESTUDOS PUBLICADOS

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis, pelo Departamento de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Orientador: Prof. Dra. Adriana Isabel Backes Steppan.

NATAL/RN 2018

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Ferreira, Wallysson Daniel Alves.

Aplicações de ferramentas de custos: uma análise bibliométrica dos estudos publicados / Wallysson Daniel Alves Ferreira. - 2018. 33f.: il.

Monografia (Graduação em Ciências Contábeis) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Departamento de Ciências Contábeis. Natal, RN, 2018. Orientador: Prof. Dra. Adriana Isabel Backes Steppan. 1. Ferramentas de Custos - Monografia. 2. Bibliometria - Monografia. 3. Estudo de Caso - Monografia. I. Steppan, Adriana Isabel Backes. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

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WALLYSSON DANIEL ALVES FERREIRA

APLICAÇÕES DE FERRAMENTAS DE CUSTOS: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA DOS ESTUDOS PUBLICADOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis, pelo Departamento de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________ Prof. Dra. Adriana Isabel BackesSteppan – UFRN (Orientador)

____________________________________________________________ Prof. Msc. Mayara Bezerra Barbosa – UFRN (Banca Examinadora)

____________________________________________________________ Prof. Dra. Gilmara Mendes da Costa Borges – UFRN (Banca Examinadora)

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por sempre me guiar em toda a vida acadêmica e profissional, assim como me proporcionar o privilégio de fazer parte da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

À minha mãe Ioneide de Oliveira Alves, por todo o amor incondicional, apoio, carinho e incentivo, sem ela eu não teria conseguido trilhar esse caminho.

Aos amigos(as) que encontrei durante a graduação, por todo o apoio e o companheirismo, meu muito obrigado: Priscilla Rocha, Rozane Carvalho, Rodrigo Lopes e Narayana Dutra.

À minha queridíssima amiga e professora Adriana Isabel Backes Steppan, primeiramente peço desculpas pelos aperreios e agradeço pela paciência durante a elaboração deste trabalho.

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Dedico este trabalho de conclusão de curso à minha mãe, pois ela é a fonte de minha inspiração, e a todos que contribuíram direta ou indiretamente no decorrer desta jornada.

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“São as nossas escolhas que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades.”

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RESUMO

A gestão de custos tem papel fundamental nas organizações, além de fornecer base para as tomadas de decisão, é uma ferramenta essencial para o aumento da vantagem competitiva no mercado, as ferramentas gerenciais servem como ponte para a aplicação dos conceitos de custos na prática. Diante dessa importância, esse trabalho tem como objetivo geral traçar o perfil dos estudos que envolvem a utilização de ferramentas de custos publicadas no congresso brasileiro de custos, edições dos anos de 2007 a 2017. A abordagem metodológica foi a busca pela palavra-chave “estudo de caso” nos anais do Congresso Brasileiro de Custos para busca dos artigos selecionados. Essa pesquisa é de natureza descritiva com abordagem qualitativa e quantitativa por meio de uma análise bibliométrica realizada com 44 artigos. Os resultados evidenciam que: a temática mais pesquisada foi Custos como ferramenta para o Planejamento, Controle e Apoio a Decisões; as pesquisas analisadas em sua maioria estão equilibradas em descritivas e exploratórias, e abordagens quantitativas e qualitativas; os artigos possuem número médio de 14 páginas e são elaborados em maioria por 3 autores; a universidade com mais publicações é a UNISUL e a ferramenta mais utilizada foi o Custeio ABC. Conclui-se que: existe uma enorme carência de aplicações práticas das ferramentas de custos para a gestão, onde houve um aumento de interesse dos pesquisadores nos últimos anos, porém, ainda sem grande frequência; ausência de pesquisadores das regiões norte e nordeste, em sua maioria os estudos estão concentrados em autores das regiões sul e sudeste; pouca produção para muitos autores, onde fica evidenciado a carência de autores para tratar e aplicar as metodologias e ferramentas da gestão de custos nas organizações. Palavras-chave: Ferramentas de Custos. Bibliometria. Estudo de Caso.

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ABSTRACT

Cost management plays a fundamental role in organizations, as well as providing a basis for decision making, is an essential tool for increasing competitive advantage in the market, management tools serve as a bridge to the application of cost concepts in practice. Given this importance, this work has as general objective to outline the studies that involve the use of cost tools published in the Brazilian congress of costs, editions from 2007 to 2017.The methodological approach was the search for the keyword "case study" in the annals of the Brazilian Congress of Costs to search for the selected articles.This research is descriptive in nature with a qualitative and quantitative approach through a bibliometric analysis carried out with 44 articles. The results show that: the most researched topic was Costs as a Tool for Planning, Control and Decision Support; the analyzed studies are mostly balanced in descriptive and exploratory, and quantitative and qualitative approaches; the articles have an average number of 14 pages and are elaborated in the majority by 3 authors; the university with the most publications is UNISUL and the most used tool was ABC Costing. It is concluded that: there is an enormous lack of practical applications of the cost tools for the management, where there has been an increase of interest of the researchers in the last years, but, still without great frequency; absence of researchers from the north and northeast regions, most studies are concentrated in authors from the south and southeast regions; little production for many authors, where it is evidenced the lack of authors to treat and apply the methodologies and tools of the management of costs in the organizations.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Tabela 01 – Funções da Informação Gerencial………17

Quadro 01 – Ranking de temas utilizados...21

Quadro 02 – Classificação por tipologia metodológica...22

Quadro 03 – Ordem cronológica...24

Quadro 04 – Número total de páginas...25

Quadro 05 – Número de autores por publicação...26

Quadro 06 – Autores com mais publicações...26

Quadro 07 – Instituições com mais artigos publicados...27

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 12 1.1 TEMA E PROBLEMÁTICA ... 12 1.2 OBJETIVOS DO ESTUDO ... 13 1.2.1 Objetivo Geral ... 13 1.2.2 Objetivos Específicos ... 13 1.3 JUSTIFICATIVA ... 13 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 15

2.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS E CONTABILIDADE GERENCIAL ... 15

2.2 ESTUDOS BIBLIOMÉTRICOS SOBRE A TEMÁTICA EM ESTUDO ... 17

3. METODOLOGIA ... 19

3.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO ... 19

3.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA ... 20

4. COLETA E ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 24

4.1 CARACTERÍSTICAS DOS ARTIGOS ... 24

4.2 PERFIL DOS ARTIGOS ANALISADOS ... 25

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... Erro! Indicador não definido. REFERÊNCIAS ... 32

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1. INTRODUÇÃO

1.1 TEMA E PROBLEMÁTICA

Com o mercado globalizado cada vez mais competitivo, faz-se necessário a atenção das organizações de formas que assegurem sua sobrevivência ou seja, sua continuidade, a função primordial da contabilidade de custos é produzir as informações necessárias a nível de controle planejamento e desempenho para o auxílio das tomadas de decisões.

As ferramentas gerenciais de custos atuam como forma de empregar os recursos das organizações de forma adequada, com isso, ganha grande destaque no sistema organizacional das mesmas. Martins (2010) diz que a contabilidade de custos deve não só propiciar as informações gerenciais necessárias para os aspectos decisórios, como auxiliar a Contabilidade Geral na sua tarefa de mensurar os estoques e medir o resultado. Dito isso, é importante que as organizações controlem seus custos de forma eficiente e eficaz para obterem uma boa saúde financeira e consequentemente a continuidade de suas atividades.

Nesse contexto, é necessário enfatizar a pesquisa acadêmica na Contabilidade no que tange a área de custos, a aplicação de estudos nas organizações aplicando a teoria na prática pela comunidade cientifica para com isso agregar valor à contabilidade como um todo em concordância com Leite Filho (2006, p. 84) que discorre sobre “o papel fundamental da produção e do conhecimento na área de Contabilidade, assim como em qualquer área de conhecimento, é o de servir de referência para praticantes e estudiosos”.

Portanto, é importante identificar as características dos estudos citados anteriormente, assim como entender o direcionamento das pesquisas, temáticas e com isso traçar uma linha de raciocínio no que diz respeito a: informações relevantes e a carência destas. Com base nas afirmações anteriores foi formulada a seguinte questão para esta pesquisa: qual o perfil das produções cientificas publicadas

no Congresso Brasileiro de Custos, as utilizações das ferramentas gerenciais e suas tendências nas edições de 2007 a 2017?

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1.2 OBJETIVOS DO ESTUDO

Para a realização desse estudo, foram traçados um objetivo geral e três objetivos específicos conforme a seguir.

1.2.1 Objetivo Geral

Como objetivo geral, pretende-se traçar o perfil dos estudos que envolvem a utilização de ferramentas de custos publicadas no congresso brasileiro de custos, edições dos anos de 2007 a 2017.

1.2.2 Objetivos Específicos

Como objetivos específicos desta pesquisa temos:  Analisar as tendências das temáticas estudadas;

 Investigar quais ferramentas foram aplicadas nos estudos;

 Identificar quais universidades e autores mais com mais estudos publicados no período analisado.

1.3 JUSTIFICATIVA

Apesar dos estudos aplicados na área de custos em relação a aplicação de teoria versus prática nas organizações, poucas são as análises em determinados espaços temporais para traçar o perfil desses estudos. Nesse contexto, o presente trabalho objetiva estudar os artigos publicados no congresso brasileiro através de uma ótica global, afim de traçar o perfil das ferramentas utilizadas, assim como das organizações e acompanhar a evolução da utilização destas através do tempo.

Esta pesquisa investigou seu tema nos últimos onze anos, sendo de suma importância como base para os estudiosos de custos que desejam uma visão do comportamento das organizações no que tange a área de ferramentas de custos aplicadas ao controle gerencial.

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O presente estudo está estruturado em quatro seções, além desta introdutória, na segunda parte será evidenciado o referencial teórico utilizado; na terceira parte será apresentada a metodologia utilizada na pesquisa e a análise dos dados coletados, e na quarta e última parte será exposta as considerações finais.

A análise bibliométrica possibilita trabalhar com uma grande quantidade de dados para seguir ao tratamento e por fim serem preparados para os fins a que se dedica os indicadores. Assim, torna-se visível a importância da bibliometria, levando em consideração que a produção do conhecimento científico dá-se sempre e sem pausa, em baixa ou larga escala. Porém, é sempre processada por motivos destacados no próximo tópico: comunicação científica.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS E CONTABILIDADE GERENCIAL

Como todas as grandes ciências, a contabilidade passou por transformações e adequações ao longo do tempo, com a revolução industrial no século XVIII veio a necessidade de avaliação mais detalhada dos estoques das industrias, diante disso e com base na contabilidade geral e na contabilidade financeira, surgia uma nova ciência contábil: a Contabilidade de custos. Segundo Martins (2010, p. 25), “para a apuração do resultado de cada período, bem como o levantamento do Balanço em seu final, bastava o levantamento dos estoques em termos físicos, já que sua medida em valores monetários era extremamente simples”.

A contabilidade financeira até o inicio da Revolução Industrial era a mais presente, pois estava diretamente relacionada para auxilio às empresas. Inicialmente a função da contabilidade de custos era avaliação de estoques e não para instrumento gerencial, porém com o crescimento das organizações houve a necessidade de entender a área de custos e assim procurar uma maneira mais eficaz de gerenciar as empresas, otimizar o controle e auxiliar no processo de tomada de decisão, isso é possível devido as informações claras, rápidas e de qualidade que a mesma disponibiliza. Essa área ainda evita desperdícios, utilização inadequada de equipamentos, identificação de horas ociosas, entre outros (CREPALDI, 2004).

Referente à evolução da contabilidade de custos SCHMIDT (2000) fala que:

Em seu surgimento, a contabilidade de custos objetivava solucionar problemas em relação a mensuração de valores e quantidades dos estoques, e não como instrumento de gestão em si. Essa foi a preocupação inicial, dos fiscais, auditores e contadores, fazer com que a contabilidade de custos sanasse de imediato o problema com a mensuração financeira e quantitativa dos estoques, portanto, não foi aproveitado o seu potencial gerencial, impedindo de certa forma a sua evolução ao longo do tempo.

Com o crescimento das organizações, houve um aumento significativo da distância entre o administrador de ativos e as pessoas administradas, diante disso, a contabilidade de custos passou a ser encarada como uma eficiente forma de auxílio

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à esta missão, a gerencial. Martins (2010). Segundo Berti (2006), a contabilidade de custos passa a ser fundamental para o auxílio à gestão empresarial para manutenção, continuidade e sobrevivência das organizações, e não apenas um instrumento para a formação de preço.

Martins (2010) discorre sobre a contabilidade no campo gerencial:

A Contabilidade de Custos tem duas funções relevantes: o auxílio ao Controle e a ajuda às tomadas de decisões. No que diz respeito ao controle, sua mais importante missão é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido para comparação com os valores anteriormente definidos. No que tange a decisão, seu papel reveste-se de suma importância, pois consiste na alimentação de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às consequências de curto e longo prazo sobre medidas de corte de produtos, fixação de preços de venda, opção de compra ou fabricação etc.

A contabilidade gerencial enfoca o controle, o planejamento e a tomada de decisão, esta serve para reunir as informações necessárias e auxiliar os administradores, que estão dentro da organização e são os responsáveis pela direção e controle das operações. A contabilidade gerencial, Segundo Pizzolato (2000, p. 195) “produz informação útil para a administração, a qual exige informações para vários propósitos tais como: auxílio no planejamento; na medição e avaliação de performance; na fixação de preços de venda e na análise de ações alternativas.”

Iudícibus (2009, p. 21) define que:

A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.

Leone (1995, p. 7) discorre que a contabilidade gerencial tem como funções principais registrar as operações internas, controlar essas operações e as despesas relacionadas as mesmas, informar quando necessário, ao administrador e orientar à

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tomada de decisões necessárias, e por fim dedicar-se ao planejamento das atividades, assim como as políticas e dos objetivos.

Tabela 01: Funções da informação Gerencial Funções da informação gerencial contábil

Controle Operacional Fornece informação (feedback) sobre a

eficiência e a qualidade das tarefas executadas. Custeio do produto e do cliente

Mensura os custos dos recursos para se produzir, vender e entregar um produto ou serviço aos clientes.

Controle administrativo

Fornece informação sobre o desempenho financeiro e competitivo de longo prazo,

condições de mercado, preferência dos clientes e inovações tecnológicas.

Controle estratégico

Fornece informações sobre o desempenho financeiro e competitivo de longo prazo, condições de mercado, preferências dos clientes e inovações tecnológicas. Fonte: Atkinson et al (2000, p. 45).

A tabela mostrada anteriormente traça as vertentes das funções da informação contábil no âmbito gerencial, onde demonstra as aplicações para o controle operacional, de produto e cliente, administrativo e por fim o estratégico, sendo utilizado em todos os setores das organizações.

2.2 ESTUDOS BIBLIOMÉTRICOS SOBRE A TEMÁTICA EM ESTUDO

Através de análises em estudos realizados anteriormente na área de custos, foi evidenciado utilizando a abordagem bibliométrica conforme abaixo:

1. Teoria das Restrições: Um estudo bibliométrico da produção científica apresentada no Congresso Brasileiro de Custos (1994- 2008): o estudo utilizou uma abordagem semelhante ao que será utilizada nesse trabalho, evidenciando que em sua maioria os artigos analisados foram realizados por dois autores, que um terço dos autores são do sexo masculino, e em sua maioria são da região Sul ou Sudeste. Em sua maioria os artigos possuem abordagem descritiva ou teórica, possuem em média 15 citações, em sua maioria de livros, e por fim, as teses e dissertações possuem um perfil conservador. (CRUZ et al., 2010).

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2. Gestão Estratégica de Custos no Brasil: estudo bibliométrico nos anos de 2004 a 2010: esse estudo utilizou a análise temporal de sete anos, objetivou evidenciar o declínio nas produções sobre gestão estratégica de custos. O trabalho não conseguiu comprovar o declínio, porém, evidenciou algumas preocupações sendo caracterizada como principal a ausência de material teórico da Gestão Estratégica de Custos, além da forma como esse tema á abordado na área de contabilidade. (SLAVOV, 2011).

3. Métodos de custeio: uma metanálise dos artigos apresentados no Congresso Brasileiro de Custos no período de 1994 a 2010: esse trabalho evidenciou que o custeio baseado em atividades foi o tema mais citado, a pesquisa também indicou que os livros são as fontes de pesquisas mais utilizadas nos trabalhos analisados, já a natureza da pesquisa foi citado o equilíbrio entre artigos teóricos e práticos. (ZANIEVICZ, et al., 2013).

4. Análise da Produção Científica de Artigos sobre Gestão Estratégica: um Estudo Bibliométrico: este estudo apresentou uma amostra reduzida de apenas 14 artigos, assim como um espaço temporal pequeno de 2008 a 2010, o objetivo do estudo foi na área hospitalar, com resultados apontados em sua maioria para a área de administração com ênfase em discussões em gestão estratégica de empresas do ramo hospitalar, os autores concluíram que apesar do termo gestão estratégica ser utilizado por diversas áreas, com maior proximidade na área de administração, seguido pela área analisada, os resultados não seguem nenhum padrão, pelo contrário, apresentam-se muito amplos e diversificados, sem se quer uma padronização gramatical, visto que muitos termos com o mesmo significados são escritos de maneira diferentes. (TAVARES; KAMIMURA; ARAÚJO, 2011).

5. Análise da Produção Cientifica sobre Gestão Estratégica de Custos no Congresso Brasileiro de Custos: o estudo objetivou analisar o perfil das produções cientificas publicadas sobre gestão estratégica de Custos no Congresso brasileiro de Custos, período de 1994 a 2013, a pesquisa utilizou uma amostra de 160 trabalhos em um universo de 3.462, os autores concluíram que em sua maioria os artigos foram elaborados por dois ou três autores, assim como foi evidenciado os autores mais promissores e suas respectivas instituições de ensino, a fonte mais utilizada pelos autores foram os livros. (PEREIRA, 2014).

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3. METODOLOGIA

Esse capitulo do estudo evidencia os aspectos metodológicos para a realização da pesquisa, assim como os procedimentos para coleta e análise de dados.

3.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO

Para atingir os objetivos desta pesquisa são necessários alguns procedimentos metodológicos. Para Jung (2004, p. 227), metodologia é “um conjunto de técnicas e procedimentos que tem por finalidade viabilizar a execução da pesquisa, obtendo-se como resultado um novo produto, processo ou conhecimento”. Quanto a natureza da pesquisa, esta é caracterizada como descritiva, esse tipo de pesquisa, segundo Gil (2002), é desenvolvida observando os fatos, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem a interferência do pesquisador.

Descrever um fato ou fenômeno é interesse de quem já teve uma primeira aproximação, isto é, já fez uma pesquisa exploratória. Por isso, a pesquisa descritiva é um levantamento das características conhecidas, componentes do fato/fenômeno/processo. É normalmente feita na forma de levantamentos ou observações sistemáticas do fato/fenômeno/processo escolhido (SANTOS,2002, p.27).

Referente a abordagem do problema, a pesquisa caracteriza-se como quantitativa e qualitativa, pois evidencia as relações entre as variáveis pesquisadas e descreve as características dos artigos analisados. Para Richardson (1999, p. 80), as pesquisas qualitativas “podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais." Como definição da pesquisa quantitativa,

Caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual, média, desvio-padrão,

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às mais complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão etc. (RICHARDSON, 1999, p. 79)

Referente aos procedimentos técnicos, a pesquisa está classificada como bibliométrica, esse procedimento busca analisar quantitativamente e qualitativamente as publicações cientificas.

Para Barbosa (2008), a bibliometria se trata

[...] de uma ferramenta eficaz na gestão da informação usando diversos indicadores de produtividade dos diversos dados abordados. Dentre as vantagens que esse método apresenta, pode-se citar o fato de ele amenizar os elementos de julgamento e produzir resultados quantitativos que tendessem a ser a soma de muitos pequenos julgamentos e apreciações realizados por várias pessoas.

Com isso, busca-se analisar os artigos apresentados no Congresso Brasileiro de Custos, evidenciar as ferramentas gerenciais de custos utilizadas, traçar um perfil e identificar as tendências dos trabalhos acadêmicos de custos, para assim obter uma sustentação sólida para novos trabalhos acadêmicos.

3.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Esse estudo tem como escopo as pesquisas envolvendo a aplicação de ferramentas de custos publicadas no Congresso Brasileiro de Custos, edições de 2007 a 2017, totalizando 44 artigos. Esses artigos foram coletados por meio de anais eletrônicos disponíveis no site oficial do congresso, filtrados e classificados de acordo com as informações previamente escolhidas para permitir as análises de acordo com os objetivos traçados, com a ajuda dos programas Microsoft Word e Excel.

Inicialmente foi realizado o acesso à página eletrônica do congresso brasileiro de custos, através do endereço http://cbc2017.abcustos.org.br/, onde é exposto a data e local da atual edição do evento, logo após através do link “anais do CBC” é permitido acessar toda a produção acadêmica das edições anteriores do evento, estas estão divididas por temática, o filtro foi realizado pela palavra-chave “estudo de

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caso”, pois com este pude visualizar quais as pesquisas estava aplicando a teoria versus prática, com isso buscando atingir o objetivo desse estudo, foi realizada a leitura dos resumos dos artigos selecionados, a metodologia e a conclusão para identificação das ferramentas gerenciais utilizadas, informações adicionais como: quantidade de autores por artigo, suas instituições e quais as ferramentas mais utilizadas na aplicação teoria x prática.

Para a classificação dos artigos por temas observou-se as palavras chaves no resumo que em sua maioria contem a ferramenta utilizada na pesquisa, além da divisão por temática na página eletrônica do congresso brasileiro de custos, fazia-se a leitura do resumo e, caso necessário efetuava-se uma leitura completa para entender e definir a temática utilizada.

O quadro 1 mostra o ranking de temas utilizados para enquadramento dos trabalhos, essa informação ficou clara na página eletrônica onde foi obtido as informações, já que é disponibilizado a divisão das pesquisas por temática:

Tema Relacionado Quantidade:

Custos como ferramenta para o Planejamento, Controle e Apoio a Decisões

15

Custos Aplicados ao Setor Público 6

Custos Aplicados ao Setor Privado e Terceiro Setor 5

Controladoria 4

Gestão de Custos nas Empresas de Comércio e de Serviços 4

Gestão Estratégica de Custos 3

Abordagens Contemporâneas de Custos 3

Desenvolvimentos Teóricos em Custos 2

Gestão de Custos Logísticos e nas Cadeias Produtivas 1

Métodos Quantitativos Aplicados à Gestão de Custos 1

Total 44

Fonte: Dados da Pesquisa (elaboração própria)

Conforme evidenciado no quadro acima, percebe-se uma grande atenção dos pesquisadores para a utilização da Contabilidade de Custos como ferramenta para o planejamento, apoio e tomada de decisão, isso demonstra que os pesquisadores

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estão interessados em testar as aplicações das ferramentas de custos nos diversos segmentos empresariais, como tema de menor interesse pelos pesquisadores o quadro destaca que a aplicação de Métodos Quantitativos aplicados na Gestão de Custos, isso pode estar relacionado ao fato da pouca intervenção prática ou de campo para o tema em questão.

Com a utilização do Microsoft Excel 2003 foi elaborado um banco de dados, no qual foram tabulados os dados. A classificação dos artigos por tipologia metodológica sobre quatro vertentes: 1) Tipo do estudo; 2) quanto à natureza da pesquisa; 3) Classificação quanto à natureza da pesquisa e d) Classificação quanto à natureza da pesquisa

O quadro 2 apresenta a classificação dos artigos por tipologia metodológica onde está generalizado de acordo com todos os estudos analisados nessa pesquisa: Classificação quanto aos

objetivos da pesquisa

Classificação quanto à natureza da pesquisa Classificação quanto à escolha do objeto de estudo Descritivo Exploratório 28% 72% Qualitativo Quantitativo Qualitativo-Quantitativo 46% 45% 9% Estudo de Caso 100%

Fonte: Dados da Pesquisa (elaboração própria)

Segundo Gil (2002) a pesquisa exploratória tem como foco principal desenvolver, modificar e esclarecer conceitos e ideias, tendo em vista problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis que sirvam de base para estudos posteriores.

Para Zikmund (2000), as pesquisas exploratórias, geralmente são uteis para identificar situações, explorar alternativas e descobrir novas ideias. Dessa forma, mesmo quando já existem pensamentos sobre determinado assunto, a pesquisa exploratória também é útil, pois normalmente para um determinado fato organizacional existe inúmeras soluções e alternativas, e a aplicação da pesquisa permitirá tomar conhecimento, se não de todas, pelo menos de algumas destas

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soluções. Os conceitos citados anteriormente explicam o fato dos pesquisadores dos estudos analisados classificarem a pesquisa de seus estudos como exploratória, pois os mesmos estão testando as teorias na aplicabilidade prática em estudos de casos nas diferentes organizações.

Gil (2002) discorre que as pesquisas descritivas têm por finalidade principal a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou a análise de relações sobre determinadas variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas aparece na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados. O conceito acima ajuda a entender o motivo pelo qual os pesquisadores não aplicam com frequência em estudos de casos na temática analisada, pois não é necessária análise de população na aplicação de uma ferramenta gerencial de custo.

Gil (2002), descreve o uso da pesquisa qualitativa para o aprofundar de investigações em questões relacionadas a determinado fenômeno do estudo, assim como suas relações, mediante o contato direto com o objeto da pesquisa, buscando o que há de comum, mas permanecendo, entretanto aberta para perceber a individualidade e os significados múltiplos que ela traz. Os dados coletados são predominantemente descritivos. O material obtido nessas pesquisas é rico em descrições de pessoas, situações, acontecimentos, fotografias, desenhos, documentos, etc. Todos os dados da realidade são importantes.

Segundo Malhotra (2001, p.155), “a pesquisa qualitativa proporciona uma melhor visão e compreensão do contexto do problema, enquanto a pesquisa quantitativa procura quantificar os dados e aplica alguma forma da análise estatística”. A pesquisa qualitativa pode ser usada, também, para explicar os resultados obtidos pela pesquisa quantitativa.

Nesse tipo de pesquisa, é determinado uma composição e tamanho de amostra onde é analisado através de um método estatístico pré-definido. Nesta pesquisa, as respostas de alguns problemas podem ser inferidas como um todo, por isso, a amostra deve ser bem definida, caso contrário, podem interferir na pesquisa como um todo (MALHOTRA, 2001).

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Observando os conceitos citados anteriormente, entende-se a proporcional igualdade nas naturezas das pesquisas, pois estas podem ser facilmente aplicadas ao objeto de estudo analisado na temática: o estudo de caso.

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Este capítulo descreve os dados e resultados da pesquisa conforme objetivos propostos.

4.1 CARACTERÍSTICAS DOS ARTIGOS

Esse item apresenta as características da amostra analisada, de acordo com os itens: a) artigos com estudos de casos do evento e b) trabalhos selecionados.

O quadro 3 apresenta, em ordem cronológica, o total de estudo de casos no Congresso Brasileiro de Custos e os artigos selecionados de acordo com os aspectos estabelecidos no capítulo da metodologia da pesquisa:

Ano Estudos de Casos

no Evento Artigos Selecionados Participação 2007 26 5 19,23% 2008 21 6 28,57% 2009 26 3 11,54% 2010 21 3 14,29% 2011 21 3 14,29% 2012 23 5 21,74% 2013 23 3 13,04% 2014 28 5 17,86% 2015 13 1 7,69% 2016 9 4 44,44% 2017 21 6 28,57% TOTAL 232 44 100,00%

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Observou-se que em 11 anos de congresso, foram submetidos 232 artigos como abordagem em estudo de caso e, destes, 44 são relacionados à aplicação e análise de ferramentas de custos.

Os anos de 2016 e 2017 foram os que mais apresentaram publicações sobre o tema com representatividade de 44,44% e 28,57% respectivamente. Pode-se fazer inferência desse aumento á crise financeira vivida no país com picos em 2016 e 2017, com o aumento do comércio internacional, tais como os produtos importados da China e Estados Unidos, resulta na necessidade cada vez maior das empresas nacionais oferecerem produtos de alta qualidade e preço mais acessível ao consumidor final. Os anos de 2009, 2010 e 2011 todos com três artigos publicados ainda pode-se fazer inferência a situação econômica do país que nos anos citados alcançou o seu maior PIB (Produto Interno Bruto) em 20 anos, com isso, as empresas estavam em uma zona de conforto não voltando sua atenção para as pesquisas de ferramentas de gestão.

4.2 PERFIL DOS ARTIGOS ANALISADOS

Esse item descreve o perfil dos artigos publicados conforme itens: a) número médio de páginas por artigo; b) número de autores; c) autores com mais publicações; d) instituições com mais publicações e e) ferramentas mais abordadas.

O quadro 4 (quatro) relaciona o número total de páginas do total de artigos selecionados e o número médio de páginas por artigos.

Páginas Total

(a) Número de Páginas (b) Número de Artigos

628 44

(a/b) Número médio de páginas 14,27

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O número médio de páginas por artigo foi de 14. Observou-se que os autores respeitaram o número máximo de páginas que foi estipulado em 2004, 15 páginas.

O quadro 5 demonstra a relação entre o número de autores por publicação, bem como o total de publicações conforme definições na metodologia desse trabalho:

Número de Autores Número de Publicações Participação

1 2 4,55% 2 13 29,55% 3 17 38,64% 4 8 18,18% 5 4 9,09% TOTAL 44 100,00%

Fonte: Dados da Pesquisa (elaboração própria)

Em sua maioria os artigos foram elaborados por 2 ou 3 autores, representando 29% e 38%, respectivamente, já a menor quantidade dos trabalhos foi realizada por 1 autor, cerca de 4%.

Observou-se que a elaboração de estudos com mais de um autor é o método mais utilizado. Esses números revelam que as produções cientificas, em sua maioria, são realizadas pela cooperação entre os autores ou de grupos de pesquisas, essa cultura foi adotada principalmente a partir de 1997, o que demonstra uma maior interação entre os pesquisadores.

O quadro 6 evidencia os autores que mais publicaram sobre o tema objetivo dessa pesquisa.

Ranking Autores Nº de Publicações

1º Rodney Wernke 5

2º Márcio Luiz Borinelli 3

3º Célia MartelliBiazebete

Charles Washington Costa de Assis

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Eduardo Zanellatto Mendes EuseliaPaveglio Vieira Ivone Junges

Reinaldo Rodrigues Camacho Rita de Cássia Fonseca Rosângela Venâncio Nunes Roselaine Filipin

Fonte: Dados da Pesquisa (elaboração própria)

Percebe-se que os dois autores com mais pesquisas publicadas são doutores, estes possuem diversas especializações direcionadas para a contabilidade de custos, assim como a atuação na área acadêmica, isso pode explicar o maior interesse pela aplicação e divulgação das pesquisas e com isso uma quantidade maior de estudos publicados.

Os demais autores que com duas publicações ocupam em conjunto a terceira posição do ranking, com dois artigos publicados são graduados em ciências contábeis, com especializações e cursando Mestrado ou Doutorado.

O quadro 7 evidencia as cinco instituições que possuem mais autores com artigos publicados:

Instituição Frequência Participação

Universidade do Sul de SC – UNISUL 5 11,36%

Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC 4 9,09%

Universidade de São Paulo – USP 3 6,82%

Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ 3 6,82%

Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG 3 6,82%

TOTAL 18 40,91%

Fonte: Dados da Pesquisa (elaboração própria)

As três instituições que apresentam maior número de pesquisadores com publicações foram a UNISUL (11,36%), a UFSC (9,09%) e a USP, UERJ e UFMG que possuem participação de (6,82%) cada.

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A liderança da UNISUL é pode ser atribuída ao seu tempo de mercado, desde 1964, assim como a grande gama de pesquisadores em ciências contábeis. Na segunda colocação, destaca-se a UFSC que possui um programa de Pós-Graduação em Contabilidade com linhas de pesquisa em Controle de Gestão, Avaliação de Desempenho, Contabilidade Financeira e Pesquisa em Contabilidade. Na terceira colocação está a USP que se deve ao pioneirismo de seu programa de Pós-graduação em Contabilidade, com a presença de professores pesquisadores renomados na área de custos.

O quadro 8 evidencia a quantidade de vezes que determinada ferramenta foi utilizada nos estudos analisados, esse ponto é o principal deste estudo, pois o mesmo irá mensurar a quantidade de vezes que os autores optaram por determinada ferramenta de custo para análise:

Ferramenta Analisada Frequência Participação

Custeio ABC (Activity Based Costing) 6 13,64%

BSC (Balanced Scorecard) 5 11,36%

Margem de Contribuição 5 11,36%

Custeio UEP (Unidade de Esforço de produção) 2 4,55%

Custeio Variável e Absorção 1 2,27%

TOTAL 19 43,18%

Fonte: Dados da Pesquisa (elaboração própria)

O Custeio ABC é um instrumento de gestão relevante que fornece aos seus usuários a possibilidade de identificar possíveis gastos desnecessários dentre as atividades de uma entidade, compreendendo a forma que está relacionada com a geração de receita e o consumo de recursos (SANTOS et al., 2015). O ABC é um instrumento muito útil da contabilidade de custos, no sentido de que apresenta os custos dos produtos de uma maneira mais lógica, diferente dos demais métodos, garantindo que não sejam distorcidos por rateios tantas vezes arbitrários MARTINS (2010). O ABC difere-se dos demais métodos pelo fato de tratar os custos indiretos de forma mais específica, monitorando o fato gerador do custo indireto e direcionando ao produto ou serviços. Assim, torna a relação produto e custo mais fidedignos, evita os possíveis equívocos gerados pelos métodos que têm como

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princípio o rateio dos custos indiretos FERREIRA (2016). Isso explica o motivo dessa ferramenta ser mais utilizada pelos pesquisadores, pois com através da mesma é possível mensurar os custos com mais certeza, evitando erros e podendo ter um resultado mais preciso.

O custeio variável e por absorção conforme coleta de dados foram as ferramentas com menos aplicação pelos pesquisadores.

Também dominado como custeio direto, o custeio variável trata-se da aplicação somente das despesas e custos variáveis aos diversos produtos de uma empresa, sendo assim, não é possível o rateio dos custos fixos, sendo esses lançados diretamente no resultado do período conforme Martins (2010, p. 198) Custeio Variável, só são alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período, indo diretamente para o Resultado; para os estoques só vão, como consequência, os custos variáveis.

Crepaldi (2004, p. 140) ao discorrer sobre sua teoria em relação ao método de custeio variável relata alguns pontos negativos em sua aplicação, para o mesmo, o custeio variável:

• Pode prejudicar a análise por parte dos credores no que se refere aos índices de liquidez e capital circulante líquido.

• Não considera os custos fixos na determinação do preço de venda. • Os custos fixos não são completamente fixos e tampouco as variáveis são completamente variáveis (separação categórica).

• No Brasil, não aceito pelo Fisco.

Isso pode explicar o desinteresse dos pesquisadores para aplicar esse método de custeio nas pesquisas analisadas, uma vez que não pode ser rateado os custos fixos, que em tem uma alta representatividade na formação de preço dos produtos.

O custeio por Absorção consiste na alocação de todos os custos incorridos no processo de fabricação, considerado um dos métodos mais tradicionais.

Martins (2010, p. 37) define custeio por absorção como um método que “consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos”.

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Grepaldi (2004, p. 87) discorre que o custeio por absorção “é o método derivado da aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade e é, no Brasil, adotado pela legislação comercial e pela legislação fiscal”. Nesse contexto, esse método de custeio é indicado para fins fiscais, ou seja, para as apresentações das demonstrações financeiras e para cálculos tributários.

Crepaldi (2004) descreve os passos para aplicar tal sistema de custeio. Segundo o autor, deve-se fazer a separação entre custos e despesas, logo após se classifica os custos em diretos e indiretos, depois se faz a apropriação dos custos diretos aos produtos, e por último, aloca-se os custos indiretos de fabricação através de rateios. Essa metodologia pode explicar o por que da baixa utilização desse método de custeio, o mesmo é aceito para fins fiscais, e com isso não interessa aos pesquisadores, visto que os objetivos em geral são para fins gerenciais.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As ferramentas de gestão de custos contribuem fundamentalmente para uma boa gestão de negócios e consequentemente garante a continuidade da organização no ambiente econômico. A gestão estratégica de custos trata os problemas incidentes nos processos produtivos e organizacionais por meio de uma abordagem multifuncional que combinando as habilidades das demais áreas das organizações tem por objetivo resolver estes de modo integrado.

Nesse contexto, o objetivo geral desse estudofoi traçar o perfil dos estudos que envolvem a utilização de ferramentas de custos publicadas no congresso brasileiro de custos no período de 2007 a 2017. Os resultados evidenciam que, foram publicados 44 artigos relacionados ao tema, produzidos por 116 autores.

Com a continuidade da análise, foi evidenciado como autores mais produtivos os Srs. Rodney Wernke, com cinco publicações e o Márcio Luiz Borinelli com 3. Com relação às intuições mais produtivas foi evidenciado a Universidade do Sul de SC – UNISUL, com cindo publicações e a Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, com quatro publicações.

Em relação a metodologia, os artigos selecionados foram retirados dos anais do congresso brasileiro de custos, com busca inicialmente através de palavra-chave, leitura do resumo e por fim dos trabalhos por completo. Os temas mais discutidos na análise foram: a implantação do Custeio ABC (Activity Based Costing), do BSC (Balanced Scorecard) e da análise da Margem de Contribuição como ferramenta de apoio à tomada de decisão.

Diante dos resultados expostos e análises realizadas conclui-se que: 1) existe uma enorme carência de aplicações práticas das ferramentas de custos para a gestão, onde houve um aumento de interesse dos pesquisadores nos últimos anos, porém, ainda sem grande frequência; 2) ausência de pesquisadores das regiões norte e nordeste, em sua maioria os estudos estão concentrados em autores das regiões sul e sudeste; 3) pouca produção para muitos autores, onde fica evidenciado a carência de autores para tratar e aplicar as metodologias e ferramentas da gestão de custos nas organizações.

Finalizando, esse trabalho fica como contribuição e fonte de dados para novas pesquisas para a temática relacionada e como sugestão para estes trabalhos futuros pode-se dizer: ampliar a fonte de dados em outros congressos e periódicos.

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REFERÊNCIAS

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BERTI, Anélio. Contabilidade e análise de custos. Curitiba: Juruá, 2006.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade gerencial: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

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