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Sumário. Atos do Congresso Nacional. Atos do Poder Executivo. Ano CXLIII N o Brasília - DF, terça-feira, 5 de dezembro de 2006 ISSN

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(1)

Ano CXLIII N

o-

232

Brasília - DF, terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Sumário

.

<!ID850230-0> ATO DO PRESIDENTE DA MESA

DO CONGRESSO NACIONAL No-62, DE 2006

O PRESIDENTE DA MESA DO CONGRESSO NACIONAL, cumprindo o que dispõe o § 1º do art. 10 da Resolução nº 1, de 2002-CN, faz saber que, nos termos do § 7º do art. 62 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001, a Medida Provisória nº 325, de 11 de outubro de 2006, que “Abre crédito extraordinário, em favor do Ministério da Integração Nacional, no valor de R$ 13.000.000,00 (treze milhões de reais), para os fins que especifica”, terá sua vigência prorrogada pelo período de sessenta dias, a partir de 12 de dezembro de 2006, tendo em vista que sua votação não foi encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.

Congresso Nacional, 4 de dezembro de 2006

Senador RENAN CALHEIROS

Presidente da Mesa do Congresso Nacional

Atos do Congresso Nacional

.

PÁGINA

Atos do Congresso Nacional ... 1

Atos do Poder Executivo... 1

Presidência da República ... 4

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ... 5

Ministério da Ciência e Tecnologia ... 20

Ministério da Cultura ... 21

Ministério da Educação ... 22

Ministério da Fazenda... 22

Ministério da Justiça ... 46

Ministério da Previdência Social... 51

Ministério da Saúde ... 53

Ministério das Cidades... 62

Ministério das Comunicações ... 63

Ministério de Minas e Energia... 66

Ministério do Desenvolvimento Agrário... 68

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior ... 68

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome... 68

Ministério do Meio Ambiente ... 68

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão... 72

Ministério do Trabalho e Emprego ... 101

Ministério dos Transportes ... 103

Ministério Público da União ... 103

Poder Judiciário... 104

Atos do Poder Executivo

.

<!ID851827-0> MEDIDA PROVISÓRIA N

o-331, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2006

Abre crédito extraordinário, em favor do Ministério da Integração Nacional, no valor de R$ 70.000.000,00, para os fins que especifica.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62, com-binado com o art. 167, § 3o, da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Art. 1oFica aberto crédito extraordinário, em favor do Ministério da Integração Nacional, no valor de R$ 70.000.000,00 (setenta milhões de reais), para atender às programações constantes do Anexo desta Medida Provisória.

Art. 2oOs recursos necessários à abertura do crédito de que trata o art. 1odecorrem de superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial da União do exercício de 2005.

Art. 3oEsta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 4 de dezembro de 2006; 185oda Independência e 118oda República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Paulo Bernardo Silva

ORGAO : 53000 - MINISTERIO DA INTEGRACAO NACIONAL UNIDADE : 53101 - MINISTERIO DA INTEGRACAO NACIONAL

ANEXO CREDITO EXTRAORDINARIO

PROGRAMA DE TRABALHO (SUPLEMENTACAO) RECURSOS DE TODAS AS FONTES - R$ 1, 00

E G R M I F

FUNC P R O G R A M AT I C A P R O G R A M A / A C A O / S U B T I T U L O / P R O D U TO S N P O U T V A L O R

F D D E

1029 RESPOSTA AOS DESASTRES 70.000.000

AT I V I D A D E S

06 182 1029 4564 SOCORRO E ASSISTENCIA AS PESSOAS ATINGIDAS POR DESASTRES

45.000.000

06 182 1029 4564 0101 SOCORRO E ASSISTENCIA AS PESSOAS ATINGIDAS POR

DESASTRES - SOCORRO E ASSISTENCIA AS PESSOAS ATINGIDAS POR DESASTRES (CREDITO EXTRAORDINA-RIO) - NACIONAL

45.000.000

F 3 2 90 0 300 45.000.000

06 182 1029 4570 RECUPERACAO DE DANOS CAUSADOS POR DESASTRES 25.000.000

06 182 1029 4570 0103 RECUPERACAO DE DANOS CAUSADOS POR DESASTRES

-RECUPERACAO DE DANOS CAUSADOS POR DESASTRES (CREDITO EXTRAORDINARIO) - NACIONAL

25.000.000

F 4 2 90 0 300 25.000.000

TOTAL - FISCAL 70.000.000

TOTAL - SEGURIDADE 0

(2)

Nº 232, terça-feira, 5 de dezembro de 2006

1

<!ID851823-0> DECRETO N

o-5.978, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2006

Dá nova redação ao Regulamento de Docu-mentos de Viagem a que se refere o Anexo ao Decreto no 1.983, de 14 de agosto de 1996, que instituiu o Programa de Moder-nização, Agilização, Aprimoramento e Segu-rança da Fiscalização do Tráfego Internacio-nal e do Passaporte Brasileiro - PROMASP. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,

D E C R E T A :

Art. 1oO Regulamento de Documentos de Viagem a que se refere o Anexo ao Decreto no1.983, de 14 de agosto de 1996, passa a vigorar nos termos do Anexo a este Decreto.

Art. 2oEste Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3o Ficam revogados os arts. 96 e 97 do Decreto no 86.715, de 10 de dezembro de 1981, e o Decreto no5.311, de 15 de dezembro de 2004.

Brasília, 4 de dezembro de 2006;185o da Independência e 11 8 oda República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Márcio Thomaz Bastos Celso Luiz Nunes Amorim

ANEXO

REGULAMENTO DE DOCUMENTOS DE VIAGEM CAPÍTULO I

DOS DOCUMENTOS DE VIAGEM

Art. 1o Para efeito deste Regulamento, consideram-se do-cumentos de viagem:

I - passaporte; II - laissez-passer;

III - autorização de retorno ao Brasil; IV - salvo-conduto;

V - cédula de identidade civil ou documento estrangeiro equivalente, quando admitidos em tratados, acordos e outros atos internacionais;

VI - certificado de membro de tripulação de transporte aéreo; VII - carteira de marítimo; e

VIII - carteira de matrícula consular. CAPÍTULO II DO PASSAPORTE

Art. 2oPassaporte é o documento de identificação, de pro-priedade da União, exigível de todos os que pretendam realizar via-gem internacional, salvo nos casos previstos em tratados, acordos e outros atos internacionais.

Parágrafo único. O passaporte é documento pessoal e in-transferível.

Art. 3oOs passaportes brasileiros classificam-se nas categorias: I - diplomático;

II - oficial; III - comum;

IV - para estrangeiro; e V - de emergência.

Art. 4oOs passaportes diplomático e oficial serão emitidos pelo Ministério das Relações Exteriores.

Art. 5oOs passaportes comum, para estrangeiro e de emer-gência serão expedidos, no território nacional, pelo Departamento de Polícia Federal e, no exterior, pelas missões diplomáticas ou re-partições consulares.

Seção I

Do Passaporte Diplomático Art. 6oConceder-se-á passaporte diplomático:

I - ao Presidente da República, ao Vice-Presidente e aos ex-Presidentes da República;

II - aos Ministros de Estado, aos ocupantes de cargos de natureza especial e aos titulares de Secretarias vinculadas à Pre-sidência da República;

III - aos Governadores dos Estados e do Distrito Federal; IV - aos funcionários da Carreira de Diplomata, em atividade e aposentados, de Oficial de Chancelaria e aos Vice-Cônsules em exercício;

V - aos correios diplomáticos;

VI - aos adidos credenciados pelo Ministério das Relações Exteriores;

VII - aos militares a serviço em missões da Organização das Nações Unidas e de outros organismos internacionais, a critério do Ministério das Relações Exteriores;

VIII - aos chefes de missões diplomáticas especiais e aos chefes de delegações em reuniões de caráter diplomático, desde que designados por decreto;

IX - aos membros do Congresso Nacional;

X - aos Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tri-bunais Superiores e do Tribunal de Contas da União;

XI - ao Procurador-Geral da República e aos Subprocura-dores-Gerais do Ministério Público Federal; e

XII - aos juízes brasileiros em Tribunais Internacionais Ju-diciais ou Tribunais Internacionais Arbitrais.

§ 1oA concessão de passaporte diplomático ao cônjuge, com-panheiro ou companheira e aos dependentes das pessoas indicadas neste artigo será regulada pelo Ministério das Relações Exteriores.

§ 2oA critério do Ministério das Relações Exteriores e le-vando-se em conta as peculiaridades do país onde estiverem a ser-viço, em missão de caráter permanente, conceder-se-á passaporte di-plomático a funcionários de outras categorias.

§ 3o Mediante autorização do Ministro de Estado das Re-lações Exteriores, conceder-se-á passaporte diplomático às pessoas que, embora não relacionadas nos incisos deste artigo, devam portá-lo em função do interesse do País.

Art. 7oO passaporte diplomático será autorizado, no território nacional, pelo Ministro de Estado das Relações Exteriores, seu subs-tituto legal ou delegado e, no exterior, pelo chefe da missão diplomática ou da repartição consular, seus substitutos legais ou delegados.

Seção II Do Passaporte Oficial Art. 8oO passaporte oficial será concedido:

I - aos servidores da administração direta que viajem em missão oficial dos governos Federal, Estadual e do Distrito Federal; II - aos servidores das autarquias dos governos Federal, Es-tadual e do Distrito Federal, das empresas públicas, das fundações federais e das sociedades de economia mista em que a União for acionista majoritária;

III - às pessoas que viajem em missão relevante para o País, a critério do Ministério das Relações Exteriores;

IV - aos auxiliares de adidos credenciados pelo Ministério das Relações Exteriores.

Parágrafo único. A concessão de passaporte oficial ao côn-juge, companheiro ou companheira e aos dependentes das pessoas indicadas neste artigo será regulada pelo Ministério das Relações Exteriores.

Art. 9oO passaporte oficial será autorizado, no território na-cional, pelo Ministro de Estado das Relações Exteriores, seu substituto legal ou delegado e, no exterior, pelo chefe da missão diplomática ou da repartição consular, seus substitutos legais ou delegados.

Seção III Do Passaporte Comum

Art. 10. O passaporte comum, requerido nos termos deste Decreto, será concedido a todo brasileiro.

Seção IV

Do Passaporte para Estrangeiro

Art. 12. O passaporte para estrangeiro será concedido: I - no território nacional:

a) ao apátrida ou de nacionalidade indefinida;

b) ao asilado ou refugiado no País, desde que reconhecido nestas condições pelo governo brasileiro;

c) ao nacional de país que não tenha representação no ter-ritório nacional nem seja representado por outro país, ouvido o Mi-nistério das Relações Exteriores;

d) ao estrangeiro comprovadamente desprovido de qualquer documento de identidade ou de viagem, e que não tenha como com-provar sua nacionalidade;

e) ao estrangeiro legalmente registrado no Brasil e que ne-cessite deixar o território nacional e a ele retornar, nos casos em que não disponha de documento de viagem;

II - no exterior:

a) ao apátrida ou de nacionalidade indefinida;

b) ao cônjuge, viúvo ou viúva de brasileiro que haja perdido a nacionalidade originária em virtude de casamento;

c) ao estrangeiro legalmente registrado no Brasil e que ne-cessite ingressar no território nacional, nos casos em que não dis-ponha de documento de viagem válido, ouvido o Departamento de Polícia Federal.

Seção V

Do Passaporte de Emergência

Art. 13. Será concedido passaporte de emergência àquele que, tendo satisfeito às exigências para concessão de passaporte, ne-cessite de documento de viagem com urgência e não possa com-provadamente aguardar o prazo de entrega, nas hipóteses de ca-tástrofes naturais, conflitos armados ou outras situações emergenciais, individuais ou coletivas, definidas em ato dos Ministérios da Justiça ou das Relações Exteriores, conforme o caso.

Parágrafo único. As exigências de que trata o caput poderão ser dispensadas em situações excepcionais devidamente justificadas pela autoridade concedente.

CAPÍTULO III

DOS DEMAIS DOCUMENTOS DE VIAGEM Seção I

Do Laissez-Passer

Art. 14. Laissez-passer é o documento de viagem, de pro-priedade da União, concedido, no território nacional, pelo Depar-tamento de Polícia Federal e, no exterior, pelo Ministério das Re-lações Exteriores, ao estrangeiro portador de documento de viagem não reconhecido pelo governo brasileiro ou que não seja válido para o Brasil.

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1

Seção II

Da Autorização de Retorno ao Brasil

Art. 15. A autorização de retorno ao Brasil é o documento de viagem, de propriedade da União, expedido pelas missões diplo-máticas ou repartições consulares àquele que, para regressar ao ter-ritório nacional, não preencha os requisitos para a obtenção de pas-saporte ou de laissez-passer.

Seção III Do Salvo-Conduto

Art. 16. O salvo-conduto é o documento de viagem, de propriedade da União, expedido pelo Ministério da Justiça, destinado a permitir a saída do território nacional de todo aquele que obtenha asilo diplomático concedido por governo estrangeiro.

Seção IV

Da Cédula de Identidade Civil, do Certificado de Membro de Tripulação de Transporte Aéreo e da Carteira de Marítimo

Art. 17. A cédula de identidade civil expedida pelos órgãos oficiais competentes substitui o passaporte comum nos casos pre-vistos em tratados, acordos e outros atos internacionais.

Art. 18. O certificado de membro de tripulação de transporte aéreo e a carteira de marítimo poderão substituir o passaporte comum para efeito de desembarque e embarque no território nacional, nos casos previstos em tratados, acordos e outros atos internacionais.

Seção V

Da Carteira de Matrícula Consular

Art. 19. A carteira de matrícula consular é o documento, de propriedade da União, concedido pelas missões diplomáticas ou re-partições consulares a todo cidadão brasileiro domiciliado em sua jurisdição.

CAPÍTULO IV

DAS CONDIÇÕES GERAIS PARA OBTENÇÃO DOS DOCUMENTOS DE VIAGEM

Art. 20. São condições gerais para a obtenção do passaporte comum, no Brasil:

I - ser brasileiro;

II - comprovar sua identidade e demais dados pessoais ne-cessários ao cadastramento no banco de dados de requerentes de passaportes;

III - estar quite com a justiça eleitoral e o serviço militar obrigatório;

IV - recolher a taxa ou emolumento devido; V - submeter-se à coleta de dados biométricos; e

VI - não ser procurado pela Justiça nem impedido judi-cialmente de obter passaporte.

§ 1o Para comprovação dos incisos I a IV, será exigida a apresentação, em original, dos documentos relacionados em ato do Departamento de Polícia Federal.

§ 2o Havendo fundadas razões, poderá a autoridade con-cedente exigir a apresentação de outros documentos além daqueles aludidos no § 1o.

§ 3oEm casos de impossibilidade previstos em ato minis-terial, o requerente poderá ser dispensado da coleta de impressões digitais ou assinatura.

Art. 21. O requerimento para obtenção de qualquer docu-mento de viagem, no Brasil, deverá ser apresentado, pessoalmente, pelo interessado, acompanhado dos documentos originais exigidos, os quais, após devidamente conferidos, lhe serão restituídos.

Parágrafo único. A entrega de documento de viagem só po-derá ser feita diretamente ao titular, contra recibo e mediante com-provação de identidade.

Art. 22. São condições para a obtenção do passaporte co-mum, no exterior:

I - ser brasileiro;

II - comprovar sua identidade e demais dados pessoais ne-cessários ao cadastramento no banco de dados de requerentes de passaportes;

III - estar quite com a justiça eleitoral e o serviço militar obrigatório;

IV - recolher a taxa ou emolumento devido; e

V - não ser procurado pela Justiça nem impedido judicial-mente de obter passaporte.

§ 1oPara a comprovação dos incisos I a IV, será exigida a apresentação dos documentos relacionados em ato do Ministério da Relações Exteriores.

§ 2o Havendo fundadas razões, poderá a autoridade con-cedente exigir a apresentação de outros documentos além daqueles aludidos no § 1o.

Art. 23. As condições para a concessão, no exterior, dos passaportes de emergência e para estrangeiro e do laissez-passer serão estabelecidas pelo Ministério das Relações Exteriores.

Art. 24. As condições para a concessão dos passaportes di-plomático e oficial e da autorização de retorno ao Brasil serão es-tabelecidas pelo Ministério das Relações Exteriores.

Art. 25. As condições para a concessão do salvo-conduto serão estabelecidas pelo Ministério da Justiça.

Art. 26. As condições para a concessão, no Brasil, do pas-saporte para estrangeiro e do laissez-passer serão estabelecidas pelo Departamento de Polícia Federal, observado o disposto neste Decreto. Art. 27. Quando se tratar de menor de dezoito anos, a con-cessão de passaporte será condicionada à autorização de ambos os pais, do responsável legal, ou do juiz competente, salvo nas hipóteses de cessação de incapacidade previstas em lei.

§ 1oA concessão de passaporte para menor de dezoito anos, no exterior, poderá, em casos excepcionais, ser autorizada pela au-toridade consular competente.

§ 2oA autorização poderá ser feita por apenas um dos pais do menor, nos casos de óbito ou destituição do poder familiar de um deles, comprovados por certidão ou decisão judicial.

Art. 28. Ao titular de passaporte válido poderá ser concedido outro, da mesma categoria, quando houver razões fundamentadas para sua concessão e mediante apresentação do passaporte anterior com a mesma titularidade.

CAPÍTULO V

DAS NORMAS COMUNS A TODOS OS PASSAPORTES Art. 29. Serão cancelados os passaportes expedidos e não retirados no prazo de noventa dias.

Art. 30. Pela concessão dos documentos de viagem, salvo os passaportes diplomáticos e oficiais, serão cobradas taxas ou emo-lumentos fixados em tabelas aprovadas pelos Ministros de Estado da Justiça e das Relações Exteriores.

Parágrafo único. Serão dispensados de pagamento de taxas ou emolumentos, no território nacional, os passaportes para estran-geiro e, no exterior, os passaportes de emergência, nas hipóteses fixadas pelos Ministérios da Justiça e das Relações Exteriores, res-pectivamente.

Art. 31. Não terá validade o passaporte: I - que contiver emendas ou rasuras; ou

II - sem o preenchimento do campo assinatura na forma disciplinada pelo órgão concedente.

Art. 32. Ao solicitar novo passaporte, o interessado deverá apresentar o passaporte anterior do qual seja titular, da mesma ca-tegoria, válido ou não, o qual lhe poderá ser devolvido, após can-celamento, nos casos disciplinados pelo Ministério a que esteja vin-culado o órgão concedente.

§ 1oO interessado que não dispuser do passaporte anterior deverá apresentar notificação consular de perda ou extravio, registro policial de ocorrência ou outra declaração, na forma da lei, com os motivos da não apresentação do documento.

§ 2oA autoridade concedente poderá determinar diligências adicionais para a localização do passaporte anterior ou o esclare-cimento dos motivos para sua não apresentação, antes de conceder o novo passaporte.

CAPÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 33. É dever do titular comunicar imediatamente, à au-toridade expedidora mais próxima, a ocorrência de perda, extravio, fur-to, roubo, adulteração, inutilização, destruição total ou parcial do do-cumento de viagem, bem como sua recuperação, quando for o caso.

Art. 34. Os Ministros de Estado da Justiça e das Relações Exteriores adotarão as providências necessárias à racionalização de procedimentos, cooperação entre seus órgãos, segurança e salvaguar-da salvaguar-da autenticisalvaguar-dade dos documentos de viagem brasileiros, previstos no art. 1o, incisos I, II, III, IV e VIII, deste Regulamento.

Art. 35. Até a implementação definitiva do Programa de Modernização, Agilização, Aprimoramento e Segurança do Tráfego Internacional e do Passaporte Brasileiro - PROMASP, pelos Minis-térios da Justiça e das Relações Exteriores, será admitida a concessão dos documentos de viagem nos padrões anteriores.

Art. 36. Cabe ao Ministério das Relações Exteriores e ao Departamento de Polícia Federal a produção dos documentos de via-gem que concederem.

Art. 37. Cabe ao Ministério da Justiça a produção dos salvo-condutos que conceder.

Art. 38. O prazo máximo e improrrogável de validade dos documentos de viagem é o seguinte:

I - de cinco anos, para os passaportes diplomático, oficial, comum e a carteira de matrícula consular;

II - de dois anos, para o passaporte para estrangeiro e o laissez-passer; e

III - de um ano, para o passaporte de emergência. § 1oO passaporte para estrangeiro será utilizado tão-somente para uma viagem de ida e volta, e será recolhido pelo controle migratório do Departamento de Polícia Federal quando do ingresso de seu titular em território nacional.

§ 2oO laissez-passer será utilizado para múltiplas entradas e recolhido pelo controle imigratório do Departamento de Polícia Fe-deral quando expirar seu prazo de validade ou, antes disso, em caso de uso irregular.

§ 3o A carteira de matrícula consular será recolhida pelo controle migratório do Departamento de Polícia Federal quando da chegada do seu titular ao Brasil.

Art. 39. A autorização de retorno ao Brasil terá validade pelo prazo da viagem de regresso ao território nacional e será recolhida pelo controle imigratório do Departamento de Polícia Federal quando da chegada de seu titular ao País.

Art. 40. Nas hipóteses previstas em ato dos Ministérios da Justiça ou das Relações Exteriores, os documentos de viagem de que trata o art. 38 poderão ser concedidos com prazo máximo de validade reduzido ou com limitação territorial.

Parágrafo único. Em relação aos passaportes diplomático e oficial, a aplicação do disposto no caput levará em conta a natureza da função do seu titular e a duração da sua missão.

<!ID851824-0> DECRETO DE 4 DE DEZEMBRO DE 2006

Declara de interesse social, para fins de re-forma agrária, o imóvel rural denominado “Antas”, situado no Município de Sapé, Es-tado da Paraíba, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe conferem os arts. 84, inciso IV, 184 e 186, inciso II, da Constituição, e nos termos dos arts. 2oda Lei Complementar no76, de 6 de julho de 1993, 18 e 20 da Lei no4.504, de 30 de novembro de 1964, e 2oda Lei no8.629, de 25 de fevereiro de 1993,

D E C R E T A :

Art. 1oFica declarado de interesse social, para fins de re-forma agrária, o imóvel rural denominado “Antas”, com área de quinhentos hectares e setenta e cinco ares, situado no Município de Sapé, objeto do Registro noR-1-77, fls. 70, Livro 2-A, do Serviço de Registro de Imóveis da Comarca de Sapé, Estado da Paraíba (Pro-cesso INCRA/SR-18/no54320.001865/2005-12).

Art. 2oEste Decreto, independentemente de discriminação ou arrecadação, não outorga efeitos indenizatórios a particular, relati-vamente a áreas de domínio público constituído por lei ou registro, e a áreas de domínio privado colhido por nulidade, prescrição, comisso ou ineficácia configurados em favor de qualquer pessoa jurídica de direito público, excetuando-se as benfeitorias de boa-fé nelas exis-tentes anteriormente à ciência do início do procedimento adminis-trativo, excluindo-se ainda de seus efeitos os semoventes, as má-quinas, implementos agrícolas e qualquer benfeitoria introduzida por quem venha a ser beneficiado com a sua destinação.

Art. 3oO Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrá-ria - INCRA, atestada a legitimidade dominial particular da men-cionada matrícula, fica autorizado a promover a desapropriação do imóvel rural de que trata este Decreto, na forma prevista na Lei Complementar no76, de 6 de julho de 1993, e a manter as áreas de Reserva Legal e preservação permanente, previstas na Lei no4.771, de 15 de setembro de 1965, preferencialmente em gleba única, de forma a conciliar o assentamento com a preservação do meio ambiente.

Art. 4oEste Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 4 de dezembro de 2006; 185o da Independência e 11 8 oda República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

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Nº 232, terça-feira, 5 de dezembro de 2006

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<!ID851825-0> DECRETO DE 4 DE DEZEMBRO DE 2006

Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural denominado “Fazenda Mor-rinhos e Eldorado II”, situado no Município de Caia-pônia, Estado de Goiás, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe conferem os arts. 84, inciso IV, e 184 da Constituição, e nos termos dos arts. 2oda Lei Complementar no 76, de 6 de julho de 1993, 18 e 20 da Lei no4.504, de 30 de novembro de 1964, e 2oda Lei no8.629, de 25 de fevereiro de 1993,

D E C R E T A :

Art. 1oFica declarado de interesse social, para fins de re-forma agrária, o imóvel rural denominado “Fazenda Morrinhos e Eldorado II”, com área de mil, cento e sessenta hectares, setenta e cinco ares e cinco centiares, situado no Município de Caiapônia, objeto das Matrículas nos 11.603, fls. 35, Livro 2-C1; 11.602, fls. 34, Livro 2-C1; e 11.002, fls. 232, Livro 2-AZ, do Cartório de Registro de Imóveis, Comarca de Caiapônia, Estado de Goiás (Processo IN-CRA/SR-04/no54150.000663/2006-33).

Art. 2oEste Decreto, independentemente de discriminação ou arrecadação, não outorga efeitos indenizatórios a particular, relati-vamente a áreas de domínio público constituído por lei ou registro, e a áreas de domínio privado colhido por nulidade, prescrição, comisso ou ineficácia configurados em favor de qualquer pessoa jurídica de direito público, excetuando-se as benfeitorias de boa-fé nelas exis-tentes anteriormente à ciência do início do procedimento adminis-trativo, excluindo-se ainda de seus efeitos os semoventes, as má-quinas, implementos agrícolas e qualquer benfeitoria introduzida por quem venha a ser beneficiado com a sua destinação.

Art. 3oO Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrá-ria - INCRA, atestada a legitimidade dominial privada da mencionada matrícula, fica autorizado a promover a desapropriação do imóvel rural de que trata este Decreto, na forma prevista na Lei Comple-mentar no76, de 6 de julho de 1993, e a manter as áreas de Reserva Legal e preservação permanente, previstas na Lei no4.771, de 15 de setembro de 1965, preferencialmente em gleba única, de forma a conciliar o assentamento com a preservação do meio ambiente.

Art. 4oEste Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 4 de dezembro de 2006; 185oda Independência e 11 8 oda República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Guilherme Cassel

<!ID851826-0> DECRETO DE 4 DE DEZEMBRO DE 2006

Declara de interesse social, para fins de re-forma agrária, os imóveis rurais que men-ciona, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe conferem os arts. 84, inciso IV, e 184 da Constituição, e nos termos dos arts. 2oda Lei Complementar no 76, de 6 de julho de 1993, 18 e 20 da Lei no4.504, de 30 de novembro de 1964, e 2oda Lei no8.629, de 25 de fevereiro de 1993,

D E C R E T A :

Art. 1o Ficam declarados de interesse social, para fins de reforma agrária, os seguintes imóveis rurais:

I - “Santo Antônio”, com área de mil, setecentos e quinze hectares, trinta e cinco ares e oitenta e cinco centiares, situado no Município de Floriano, objeto do Registro noR-1-1.480, Livro 2, do Cartório de Registro de Imóveis do 4oOfício da Comarca de Floriano, Estado do Piauí (Processo INCRA/SR-24/no54380.000075/2004-24); II - “Chapada da Conceição”, com área de dois mil hectares, situado no Município de Amarante, objeto do Registro noR-1-2.493, fls. 452, Livro 2-L, do Cartório de Registro de Imóveis do 1oOfício da Comarca de Amarante, Estado do Piauí (Processo INCRA/SR-24/no54380.001510/2004-38);

III - “Capitão de Campo”, com área de mil, cento e trinta e um hectares, noventa e dois ares e oitenta centiares, situado nos Mu-nicípios de Barras e Esperantina, objeto da Transcrição no1.137, fls. 49, Livro 3, do Cartório do 1oOfício da Comarca de Barras, Estado do Piauí (Processo INCRA/SR-24/no54380.001657/2003-47); e

IV - “Fazenda Barreiro”, com área de três mil, seiscentos e dezesseis hectares, sessenta e dois ares e dez centiares, situado no Município de Beneditinos, objeto do Registro noR-2-1.155, fls. 225, Livro 2-E, do Cartório de Registro de Imóveis do 1o Ofício da Comarca de Beneditinos, Estado do Piauí (Processo INCRA/SR-24/no 54380.001238/2005-77).

Art. 2oEste Decreto, independentemente de discriminação ou arrecadação, não outorga efeitos indenizatórios a particular, relati-vamente a áreas de domínio público constituído por lei ou registro, e a áreas de domínio privado colhido por nulidade, prescrição, comisso ou ineficácia configurados em favor de qualquer pessoa jurídica de direito público, excetuando-se as benfeitorias de boa-fé nelas

exis-tentes anteriormente à ciência do início do procedimento adminis-trativo, excluindo-se ainda de seus efeitos os semoventes, as má-quinas, implementos agrícolas e qualquer benfeitoria introduzida por quem venha a ser beneficiado com a sua destinação.

Art. 3oO Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrá-ria - INCRA, atestada a legitimidade dominial privada da mencionada matrícula, fica autorizado a promover as desapropriações dos imóveis rurais de que trata este Decreto, na forma prevista na Lei Com-plementar no 76, de 6 de julho de 1993, e a manter as áreas de Reserva Legal e preservação permanente, previstas na Lei no4.771, de 15 de setembro de 1965, preferencialmente em gleba única, de forma a conciliar o assentamento com a preservação do meio ambiente.

Art. 4oEste Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 4 de dezembro de 2006; 185oda Independência e 11 8 oda República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Guilherme Cassel

<!ID851830-0> DECRETO DE 4 DE DEZEMBRO DE 2006

Dá nova redação ao art. 1odo Decreto de 14 de agosto de 2006, que declara de in-teresse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural denominado “Fazenda Cam-po Grande”, situado no Município de Rio Negrinho, Estado de Santa Catarina. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe conferem os arts. 84, inciso IV, e 184 da Constituição, e nos termos dos arts. 2o da Lei Complementar no76, de 6 de julho de 1993, 18 e 20 da Lei no4.504, de 30 de novembro de 1964, e 2oda Lei no8.629, de 25 de fevereiro de 1993,

D E C R E T A :

Art. 1o O art. 1o do Decreto de 14 de agosto de 2006, publicado no Diário Oficial da União de 15 de agosto de 2006, Seção 1, que declara de interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que menciona, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1o Fica declarado de interesse social, para fins de reforma agrária o imóvel rural denominado “Fazenda Campo Grande”, com área de mil, quinhentos e vinte e cinco hectares, setenta e quatro ares e vinte e sete centiares, situado no Mu-nicípio de Rio Negrinho, objeto da Matrícula no193, Fichas 02, Livro 2, do Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Rio Negrinho, Estado de Santa Catarina (Processo INCRA/SR-10/no 54210.001556/2005-90).” (NR)

Art. 2oEste Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 4 de dezembro de 2006; 185oda Independência e 11 8 oda República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Guilherme Cassel

MINISTÉRIO DA DEFESA

<!ID851822-0> DECRETO DE 4 DE DEZEMBRO DE 2006

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, de acordo com o dis-posto no art. 84, inciso XXI, da Constituição, e na qualidade de Grão-Mestre da Ordem do Mérito Militar, resolve

DESPACHOS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

<!ID851828-0>

MENSAGEM

Nº 1044, de 4 de dezembro de 2006. Encaminhamento ao Congresso Nacional do ato constante da Portaria nº 404, de 10 de novembro de 2004, do Ministério das Comunicações, que outorga permissão à RÁDIO CACARÉ FM LTDA. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em fre-qüência modulada no município de São João do Rio do Peixe, Estado da Paraíba.

Nº 1045, de 4 de dezembro de 2006. Encaminhamento ao Congresso Nacional do ato constante da Portaria nº 346, de 13 de setembro de 2004, do Ministério das Comunicações, que outorga permissão à RÁDIOFÔNICA.COM MARKETING LTDA. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radio-difusão sonora em freqüência modulada no município de Santo Au-gusto, Estado do Rio Grande do Sul.

Nº 1046, de 4 de dezembro de 2006. Encaminhamento ao Congresso Na-cional do texto da Medida Provisória nº 331, de 4 de dezembro de 2006.

Presidência da República

.

SECRETARIA ESPECIAL DE AQÜICULTURA E

PESCA

<!ID851829-0> PORTARIA N

o-334, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2006

O SECRETÁRIO ESPECIAL DE AQÜICULTURA E PESCA DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no uso da atri-buição que lhe confere o § 1º do art. 38 da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, combinado com o art. 62 da Lei nº 11.178, de 20 de setembro de 2005, diante da necessidade de se adequar à classificação orçamentária para transferência de recursos referentes a convênio celebrado com a Federação das Associações de Maricultores do Es-tado de Santa Catarina - FAMASC, visando Projeto Estruturação da Central de Cooperativas de Maricultores de Santa Catarina - IN-VESTIMENTO III, resolve:

Art. 1º Alterar, na forma dos Anexos I e II desta Portaria, a modalidade de aplicação do orçamento da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca no Programa 1344 - Gestão da Política Pesqueira - Unidade Orçamentária 20124.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data da sua pu-blicação.

ALTEMIR GREGOLIN

PROMOVER

no Quadro Ordinário do Corpo de Graduados Efetivos da Ordem do Mérito Militar:

I - ao grau de Grã-Cruz:

General-de-Exército JOSÉ CARLOS DE NARDI; II - ao grau de Grande-Oficial:

General-de-Divisão MARCIO ROSENDO DE MELO; General-de-Divisão NEWTON ÁLVARES BREIDE;

General-de-Divisão ARCHIAS ALVES DE ALMEIDA NETO; General-de-Divisão JORGE ARMANDO DE ALMEIDA RIBEIRO; General-de-Divisão JOSÉ MÁRIO FACIOLI;

General-de-Divisão ODILSON SAMPAIO BENZI; III - ao grau de Comendador:

General-de-Brigada PAULO VALÉRIO DINIZ; General-de-Brigada ROBERTO FANTONI SAURIN; General-de-Brigada FLORIANO PEIXOTO VIEIRA NETO; General-de-Brigada JOSÉ CARLOS NADER MOTTA.

Brasília, 4 de dezembro de 2006; 185º da Independência e 118º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Waldir Pires

ANEXO I REDUÇÃO

E S F. PTRES PROGRAMA DE TRABALHO

ESPECIFICAÇÃO FTE GND MOD. VA L O R

F 007974 2 0 . 6 0 2 . 1 3 4 4 . 6 11 2 . 0 0 4 2 Fomento a Atividades Pesqueiras e

Aqüícolas Sob Formas Associativas -No Estado de Santa Catarina

0100 4 40 60.000,00

ANEXO II ACRÉSCIMO

E S F. PTRES PROGRAMA DE TRABALHO

ESPECIFICAÇÃO FTE GND MOD. VA L O R

F 007974 2 0 . 6 0 2 . 1 3 4 4 . 6 11 2 . 0 0 4 2 Fomento a Atividades Pesqueiras e

Aqüícolas Sob Formas Associativas -No Estado de Santa Catarina

(5)

1

Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento

.

SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA

<!ID849742-0>

INSTRUÇÃO NORMATIVA No-67,

DE 4 DE DEZEMBRO DE 2006

O SECRETÁRIO SUBSTITUTO DE DEFESA AGROPE-CUÁRIA DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PEAGROPE-CUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe conferem os arts. 9o e 42, do Decreto no5.351, de 21 de janeiro de 2005, tendo em vista o disposto na Lei no 5.025, de 10 de junho de 1966, na Re-solução CONCEX no 160, de 20 de junho de 1988, na Instrução Normativa SDA no65, de 9 de setembro de 2003, e o que consta do Processo no21000.014060/2005-01, resolve:

Art. 1o-Instituir o monitoramento de resíduos de agrotóxicos em frutas destinadas à União Européia, em conformidade com o estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-to - MAPA no Plano Nacional de Segurança e Qualidade dos Pro-dutos de Origem Vegetal - PNSQV, especificado em sua parte in-tegrante do Programa Nacional de Monitoramento e Controle de Resíduos Químicos e Biológicos em Produtos Vegetais - PNCRV.

§ 1o- A coleta de amostras para monitoramento será exe-cutada pelos Fiscais Federais Agropecuários - FFAs, nas instalações das empacotadoras de frutas.

§ 2o- O monitoramento terá ato normativo específico pu-blicado para cada espécie de fruta.

Art. 2o- O MAPA manterá cadastro atualizado de exporta-dores de frutas para a União Européia.

§ 1o- Para cadastramento deve ser seguido o disposto na Instrução Normativa SDA no-66, de 11 de setembro de 2003.

§ 2o- Exportadores que não sejam produtores ou empaco-tadores devem ter seu cadastro no MAPA vinculado ao de seus fornecedores, os quais devem declarar em cadastro seu vínculo com o e x p o r t a d o r.

§ 3o-O cadastro de exportadores, para cada espécie de fruta, estará disponível no sítio eletrônico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA na rede mundial de computadores (http:\\www.agricultura.gov.br), em até 30 (trinta) dias a contar da data de publicação do ato normativo específico.

Art. 3o- Durante o processo de monitoramento, constatada alguma não-conformidade, a partida não-conforme não poderá ser exportada para a União Européia.

§ 1o-Caso já tenha sido exportada alguma partida não-con-forme, confirmada após análise de contraprova, as autoridades sa-nitárias do país importador serão notificadas e medidas cabíveis serão tomadas pelo MAPA, conforme legislação vigente.

§ 2o-Nos casos citados no § 1o-deste artigo, o exportador fica sujeito à análise prévia de resíduos das próximas 10 (dez) partidas, ficando a autorização de embarque condicionada à apresentação do laudo ou certificado de análise laboratorial, ratificando a confor-midade do produto com as exigências sanitárias sobre resíduos do país importador.

§ 3o- Para fins de cumprimento do disposto no § 2o- , será estabelecida investigação, de modo a evidenciar o(s) produtor(es) envolvido(s) na não-conformidade e aplicar as medidas cabíveis, con-forme legislação vigente.

Art. 4o- Em caso de notificação procedente da União Eu-ropéia por constatação de não-conformidade decorrente de resíduos de agrotóxicos, o MAPA adotará as mesmas medidas previstas no § 2o-do art. 3o-desta Instrução Normativa.

Art. 5o-Ficam às expensas do exportador os custos referentes à remessa e à realização das análises em laboratório credenciado pelo M A PA .

Art. 6o-Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na execução da presente Instrução Normativa serão resolvidos pela Secretaria de Defesa Agropecuária.

Art. 7o-Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 8o-Fica revogada a Instrução Normativa no-58, de 23 de outubro de 2006.

NELMON OLIVEIRA DA COSTA

SECRETARIA DE POLÍTICA AGRÍCOLA

DEPARTAMENTO DE GESTÃO

DE RISCO RURAL

COORDENAÇÃO-GERAL DE ZONEAMENTO

AGROPECUÁRIO

<!ID849859-0> PORTARIA No-200, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2006.

O COORDENADOR-GERAL DE ZONEAMENTO AGRO-PECUÁRIO, no uso de suas atribuições e competências estabelecidas pelas Portarias n° 440, de 24 de outubro de 2005, publicada no Diário Oficial da União de 25 de outubro de 2005, e nº 17, de 6 de janeiro de 2006, publicada no Diário Oficial da União de 9 de janeiro de 2006, e observado, no que couber, o contido na Instrução Normativa nº 1, de 29 de agosto de 2006, da Secretária de Política Agrícola, publicada no Diário Oficial da União, de 6 de setembro de 2006, resolve:

Art. 1º Aprovar o Zoneamento Agrícola para a cultura de ma-mona no Estado de Alagoas, ano-safra 2006/2007, conforme anexo.

Art. 2º Esta Portaria tem vigência específica para o ano-safra definido no Art. 1º e entra em vigor na data de sua publicação.

FRANCISCO JOSÉ MITIDIERI

ANEXO 1. NOTA TÉCNICA

A mamoneira (Ricinus communis L.) é uma planta rústica podendo ser explorada de forma econômica mesmo em regiões com baixa oferta hídrica como o Nordeste brasileiro. Mesmo assim, para o seu adequado desenvolvimento e produção, necessitam-se entre 600 mm e 700 mm de chuva para que se obtenham rendimentos em torno de 1.500 kg/ha. A maior exigência de água no solo ocorre durante a fase vegetativa, onde a precipitação mínima até o início da floração seja em torno de 400 mm a 500 mm. Nesse sentido, o presente estudo propõe a identificação dos municípios do Estado de Alagoas com condições climáticas favoráveis ao cultivo da mamoneira, bem como a indicação das épocas de semeadura mais adequadas ao bom de-sempenho da cultura.

Para isso, foram utilizadas séries pluviométricas diárias com mais 25 anos de registros, dados de temperaturas médias mensal e anual e uma grade de cotas altimétricas. Devido à baixa disponi-bilidade de dados de temperatura média do ar no Estado, ajustou-se um modelo de regressão linear para estimá-los em função da altitude e latitude de cada local.

Na definição das épocas de plantio, consideraram-se as se-guintes exigências agroclimáticas da cultura:

a) Área com Aptidão Plena: área com temperatura média do ar variando entre 20 °C e 30 °C, precipitação igual ou superior a 500 mm no período chuvoso e altitude entre 300 m e 1500 m.

b) Área Inapta: área com temperatura média do ar inferior a 20 °C e superior a 30 °C e precipitação inferior a 500 mm no período chuvoso e altitude inferior a 300 m e superior a 1.500 m.

Considerou-se ainda, a duração do período chuvoso e o ciclo fenológico da cultura. O período chuvoso dos postos pluviométricos foi definido como aquele que compreende os meses em que ocorrem pelo menos 10% da precipitação total anual.

A identificação dos municípios com aptidão ao cultivo da mamoneira foi feita utilizando-se a combinação dos seguintes cri-térios: a) temperatura média do ar variando entre 20 °C a 30 °C; b) precipitação igual ou superior a 500 mm no período chuvoso; c) al-titude entre 300 m e 1500 m; e, d) risco de deficiência hídrica. O risco de deficiência hídrica para a cultura foi analisado mediante a rea-lização de um balanço hídrico com os seguintes dados de entrada:

1) séries pluviométricas com no mínimo 25 anos de dados diários disponíveis no Estado;

2) coeficientes da cultura (Kc); 3) evapotranspiração Potencial (ETP); e

4) ciclo das cultivares: utilizaram-se cultivares de ciclo pre-coce, médio e tardio, perfeitamente adaptadas às condições hídricas e termofotoperiódicas do Estado. Considerou-se um período crítico (en-chimento das bagas) de 100 dias, compreendido entre o 60º dia até o 160º dia após plantio; e

5) disponibilidade máxima de água no solo estimada em função da profundidade efetiva das raízes. Para efeito de simulação, consideraram-se os solos Tipo 1 (textura arenosa), Tipo 2 (textura média) e Tipo 3 (textura argilosa), com capacidade de armazenamento de água de 20 mm, 50 mm e 70 mm, respectivamente.

Foram realizadas simulações para 09 períodos de semeadura, espaçados de 10 dias, entre os meses de março e maio.

Para cada época de semeadura simulada, o modelo estimou os índices de satisfação da necessidade de água (ISNA), definidos como sendo a relação existente entre evapotranspiração real (ETr) e a evapotranspiração máxima (ETm). Em seguida, aplicou-se o cálculo de distribuição de freqüências para obtenção do nível de 80% de ocorrência dos valores de ISNA's. Posteriormente, esses valores foram georeferenciados por meio da latitude e longitude e, com a utilização de um sistema de informações geográficas, foram espacializados para dar origem aos mapas temáticos que representam as melhores datas de semeadura da cultura da mamona no Estado de Alagoas.

Os períodos favoráveis para o plantio foram aqueles que atenderam ao requisito do índice de satisfação das necessidades de água (ISNA) igual ou superior a 0,50 obtidos durante 100 dias na fase de enchimento das bagas, ou seja, a partir do 60º dia até o 160º dia após plantio, considerado como o mais crítico em relação ao déficit hídrico. Foram considerados aptos os municípios que apresentaram áreas com baixo risco climático em 20% ou mais do seu território, em pelo menos uma das datas de semeadura avaliadas. Ainda, os mu-nicípios que não atenderam ao índice mínimo exigido do ISNA, mas apresentaram precipitação média anual igual ou superior a 800 mm e foram recomendados na safra anterior, permaneceram recomendados para esta safra.

Os Solos Tipo 1, de textura arenosa, não foram recomen-dados para o plantio por apresentarem baixa capacidade de retenção de água e alta probabilidade de quebra de rendimento das lavouras por ocorrência de déficit hídrico.

Os resultados das simulações mostraram que os períodos mais favoráveis para a semeadura da cultura da mamona no Estado foram idênticos para as variedades de ciclos precoce, médio e tardio nos dois tipos de solos recomendados.

A seguir estão relacionados os tipos de solos, bem como os municípios aptos ao cultivo e os respectivos os períodos de semea-dura mais favoráveis para a cultura da mamona sob o ponto de vista hídrico. Plantando nos períodos indicados, o produtor do Estado de Alagoas diminui a probabilidade de perdas das suas lavouras por ocorrência de déficit hídrico e aumenta suas chances de obtenção de maiores rendimentos.

2. TIPOS DE SOLOS APTOS AO CULTIVO

O zoneamento agrícola de risco climático para o Estado de Alagoas, contempla como aptos ao cultivo da mamona, os solos Tipos 2 e 3, especificados na Instrução Normativa nº 10, de 14 de junho de 2005, publicada no DOU de 16 de junho de 2005, Seção 1, página 12, alterada para Instrução Normativa nº. 12, através de retificação pu-blicada no DOU de 17 de junho de 2005, Seção 1, página 6, que apresentam as seguintes características: Tipo 2: solos com teor de argila entre 15 e 35% e menos de 70% areia, com profundidade igual ou superior a 50 cm; e Tipo 3: a) solos com teor de argila maior que 35%, com profundidade igual ou superior a 50 cm; e b) solos com menos de 35% de argila e menos de 15% de areia (textura siltosa), com profundidade igual ou superior a 50 cm.

Nota - áreas/solos não indicados para o plantio: áreas de preservação obrigatória, de acordo com a Lei 4.771 do Código Flo-restal; solos que apresentem teor de argila inferior a 10% nos pri-meiros 50 cm de solo; solos que apresentem profundidade inferior a 50 cm; solos que se encontram em áreas com declividade superior a 45%; e solos muito pedregosos, isto é, solos nos quais calhaus e matacões (diâmetro superior a 2 mm) ocupam mais de 15% da massa e/ou da superfície do terreno.

3. TABELA DE PERÍODOS DE SEMEADURA

Períodos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Datas 1º a 10 11 a 20 21 a 31 1º a 10 11 a 20 21 a 28 1º a 10 11 a 20 21 a 31 1º a 10 11 a 20 21 a 30

Meses Janeiro Fevereiro Março Abril

Períodos 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Datas 1º a 10 11 a 20 21 a 31 1º a 10 11 a 20 21 a 30 1º a 10 11 a 20 21 a 31 1º a 10 11 a 20 21 a 31

Meses Maio Junho Julho Agosto

Períodos 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Datas 1º a 10 11 a 20 21 a 30 1º a 10 11 a 20 21 a 31 1º a 10 11 a 20 21 a 30 1º a 10 11 a 20 21 a 31

Meses Setembro Outubro Novembro Dezembro

4. CULTIVARES INDICADAS

Ficam indicadas no Zoneamento Agrícola de Risco Climá-tico para a cultura de mamona no Estado de Alagoas, as cultivares de mamona registradas no Registro Nacional de Cultivares (RNC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atendidas as indicações das regiões de adaptação, em conformidade com as re-comendações dos respectivos obtentores/detentores (mantenedores).

5. RELAÇÃO DOS MUNICÍPIOS APTOS AO CULTIVO E PERÍODOS INDICADOS PARA SEMEADURA

A relação de municípios do Estado de Alagoas aptos ao cultivo de mamona, suprimidos todos os outros, onde a cultura não é indicada, foi calcada em dados disponíveis por ocasião da sua ela-boração. Se algum município mudou de nome ou foi criado um novo, em razão de emancipação de um daqueles da listagem abaixo, todas as indicações são idênticas às do município de origem até que nova relação o inclua formalmente.

A época de plantio indicada para cada município, não será prorrogada ou antecipada. No caso de ocorrer algum evento atípico que impeça o plantio nas épocas indicadas, recomenda-se aos pro-dutores não efetivarem a implantação da lavoura nesta safra.

MUNICÍPIOS CICLOS: PRECOCE, MÉDIO E TARDIO

SOLO TIPO 2 SOLO TIPO 3

PERÍODOS Água Branca 7 a 13 7 a 13 Anadia 7 a 13 7 a 14 Arapiraca 7 a 9 7 a 9 Belém 7 a 13 7 a 14 Branquinha 7 a 13 7 a 14 Canapi 7 a 13 7 a 13 Chã Preta 7 a 13 7 a 14 Coité do Nóia 7 a 9 7 a 11 Colônia Leopoldina 7 a 15 7 a 15 Estrela de Alagoas 7 7 Flexeiras 7 a 15 7 a 15 Girau do Ponciano 7 a 9 7 a 11 Ibateguara 7 a 13 7 a 14 Igaci 7 a 8 7 a 9 Inhapi 7 a 8 7 e 9 Joaquim Gomes 7 a 9 7 a 11 Lagoa da Canoa 7 a 13 7 a 13 Limoeiro de Anadia 7 a 13 7 a 12 Mar Vermelho 7 a 13 7 a 14

(6)

Nº 232, terça-feira, 5 de dezembro de 2006

1

Maribondo 7 a 13 7 a 14

Mata Grande 7 a 13 7 a 13

Minador do Negrão 7 7

Palmeira dos Índios 7 a 13 7 a 14

Paulo Jacinto 7 a 13 7 a 14

Pindoba 7 a 13 7 a 15

Quebrangulo 7 a 13 7 a 14

Santana do Mundaú 7 a 13 7 a 14

São José da Laje 7 a 13 7 a 14

Tanque d'Arca 7 a 13 7 a 14

Ta q u a r a n a 7 a 13 7 a 14

União dos Palmares 7 a 13 7 a 14

Vi ç o s a 7 a 13 7 a 15

<!ID849860-1>

PORTARIA No-201, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2006

O COORDENADOR-GERAL DE ZONEAMENTO AGRO-PECUÁRIO, no uso de suas atribuições e competências estabelecidas pelas Portarias n° 440, de 24 de outubro de 2005, publicada no Diário Oficial da União de 25 de outubro de 2005, e nº 17, de 6 de janeiro de 2006, publicada no Diário Oficial da União de 9 de janeiro de 2006, e observado, no que couber, o contido na Instrução Normativa nº 1, de 29 de agosto de 2006, da Secretária de Política Agrícola, publicada no Diário Oficial da União, de 6 de setembro de 2006, resolve:

Art. 1º Aprovar o Zoneamento Agrícola para a cultura de mamona no Estado do Ceará, ano-safra 2006/2007, conforme ane-xo.

Art. 2º Esta Portaria tem vigência específica para o ano-safra definido no Art. 1º e entra em vigor na data de sua publicação.

FRANCISCO JOSÉ MITIDIERI

ANEXO 1. NOTA TÉCNICA

A região Nordeste é responsável por 85% da área plantada com a cultura de mamona (Ricinus communis L.) no país e por mais de 78% da produção nacional de bagas. Todos os Estados Nordestinos são produtores de mamona, exceto Sergipe e Maranhão, que embora possuam áreas com aptidão ao cultivo, não registraram plantios co-merciais nos últimos anos.

O uso de óleo de mamona para produção de biodiesel é uma das alternativas brasileiras para redução da importação de petróleo e da emissão de poluentes e gases de “Efeito Estufa” na atmosfera. Esta demanda para o óleo de mamona proporciona o aumento das áreas agrícolas exploradas com a cultura, gerando milhares de postos de trabalho diretos e indiretos.

Para o seu adequado desenvolvimento e produção, neces-sitam-se entre 600 mm e 700 mm de chuva para que se obtenham rendimentos em torno de 1.500 kg/ha. A maior exigência de água no solo ocorre durante a fase vegetativa, onde a precipitação mínima até o início da floração seja em torno de 400 mm a 500 mm. Nesse sentido, o presente estudo propõe a identificação dos municípios do Estado do Ceará com condições climáticas favoráveis ao cultivo da mamoneira, bem como a indicação das épocas de semeadura mais adequadas ao bom desempenho da cultura.

Para isso, foram utilizadas séries pluviométricas diárias com mais 25 anos de registros, dados de temperaturas médias mensal e anual e uma grade de cotas altimétricas. Devido à baixa disponi-bilidade de dados de temperatura média do ar no Estado, ajustou-se um modelo de regressão linear para estimá-los em função da altitude e latitude de cada local.

Na definição das épocas de plantio, consideraram-se as se-guintes exigências agroclimáticas da cultura:

a) Área com Aptidão Plena: área com temperatura média do ar variando entre 20 °C e 30 °C e precipitação igual ou superior a 500 mm no período chuvoso e altitude entre 300 m e 1500 m.

b) Área Inapta: área com temperatura média do ar inferior a 20 °C e superior a 30 °C e precipitação inferior a 500 mm no período chuvoso e altitude inferior a 300 m e superior a 1.500 m.

Considerou-se ainda, a duração do período chuvoso e o ciclo fenológico da cultura. O período chuvoso dos postos pluviométricos foi definido como aquele que compreende os meses em que ocorrem pelo menos 10% da precipitação total anual.

A identificação dos municípios com aptidão ao cultivo da mamoneira foi feita utilizando-se a combinação dos seguintes cri-térios: a) temperatura média do ar variando entre 20 °C a 30 °C; b) precipitação igual ou superior a 500 mm no período chuvoso; c) al-titude entre 300 m e 1500 m; e, d) risco de deficiência hídrica. O risco de deficiência hídrica para a cultura foi analisado mediante a rea-lização de um balanço hídrico com os seguintes dados de entrada:

1) séries pluviométricas com no mínimo 25 anos de dados diários disponíveis no Estado;

2) coeficientes da cultura (Kc); 3. evapotranspiração Potencial (ETP);

4) ciclo das cultivares: utilizaram-se cultivares de ciclo pre-coce, médio e tardio, perfeitamente adaptadas às condições hídricas e termofotoperiódicas do Estado. Considerou-se um período crítico (en-chimento das bagas) de 100 dias, compreendido entre o 60º dia até o 160º dia após plantio; e

5) disponibilidade máxima de água no solo estimada em função da profundidade efetiva das raízes. Para efeito de simulação, consideraram-se os solos Tipo 1 (textura arenosa), Tipo 2 (textura média) e Tipo 3 (textura argilosa), com capacidade de armazenamento de água de 20 mm, 50 mm e 70 mm, respectivamente.

Foram realizadas simulações para 9 períodos de semeadura, espaçados de 10 dias, entre os meses de dezembro e fevereiro.

Para cada época de semeadura simulada, o modelo estimou os índices de satisfação da necessidade de água (ISNA), definidos como sendo a relação existente entre evapotranspiração real (ETr) e a evapotranspiração máxima (ETm). Em seguida, aplicou-se o cálculo de distribuição de freqüências para obtenção do nível de 80% de ocorrência dos valores de ISNA's. Posteriormente, esses valores foram georeferenciados por meio da latitude e longitude e, com a utilização de um sistema de informações geográficas, foram espacializados para dar origem aos mapas temáticos que representam as melhores datas de semeadura da cultura da mamona no Estado do Ceará.

Os períodos favoráveis para a semeadura foram aqueles que atenderam ao requisito do índice de satisfação das necessidades de água (ISNA) igual ou superior a 0,50 obtidos durante 100 dias na fase de enchimento das bagas, ou seja, a partir do 60º dia até o 160º dia após plantio, considerado como o mais crítico em relação ao déficit hídrico. Foram considerados aptos os municípios que apresentaram áreas com baixo risco climático em 20% ou mais do seu território, em pelo menos uma das datas de semeadura avaliadas.

Os resultados das simulações mostraram que os períodos mais favoráveis para a semeadura da cultura da mamona no Estado foram idênticos para as variedades de ciclos precoce, médio e tardio nos dois tipos de solos recomendados. Os Solos Tipo 1, de textura arenosa, não foram recomendados para o plantio por apresentarem baixa capacidade de retenção de água e alta probabilidade de quebra de rendimento das lavouras por ocorrência de déficit hídrico.

A seguir estão relacionados os tipos de solos, bem com os municípios aptos ao cultivo e os respectivos períodos de semeadura mais favoráveis para a cultura da mamona sob o ponto de vista hídrico. Plantando nos períodos indicados, o produtor do Estado do Ceará diminui a probabilidade de perdas das suas lavouras por ocor-rência de déficit hídrico e aumenta suas chances de obtenção de maiores rendimentos.

2. TIPOS DE SOLOS APTOS AO CULTIVO

O zoneamento agrícola de risco climático para o Estado do Ceará, contempla como aptos ao cultivo da mamona, os solos Tipos 2 e 3, especificados na Instrução Normativa nº 10, de 14 de junho de 2005, publicada no DOU de 16 de junho de 2005, Seção 1, página 12, alterada para Instrução Normativa nº. 12, através de retificação pu-blicada no DOU de 17 de junho de 2005, Seção 1, página 6, que apresentam as seguintes características: Tipo 2: solos com teor de argila entre 15 e 35% e menos de 70% areia, com profundidade igual ou superior a 50 cm; e Tipo 3: a) solos com teor de argila maior que 35%, com profundidade igual ou superior a 50 cm; e b) solos com menos de 35% de argila e menos de 15% de areia (textura siltosa), com profundidade igual ou superior a 50 cm.

Nota - áreas/solos não indicados para o plantio: áreas de preservação obrigatória, de acordo com a Lei 4.771 do Código Flo-restal; solos que apresentem teor de argila inferior a 10% nos pri-meiros 50 cm de solo; solos que apresentem profundidade inferior a 50 cm; solos que se encontram em áreas com declividade superior a 45%; e solos muito pedregosos, isto é, solos nos quais calhaus e matacões (diâmetro superior a 2 mm) ocupam mais de 15% da massa e/ou da superfície do terreno.

3. TABELA DE PERÍODOS DE SEMEADURA

Períodos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Datas 1º a 10 11 a 20 21 a 31 1º a 10 11 a 20 21 a 28 1º a 10 11 a 20 21 a 31 1º a 10 11 a 20 21 a 30

Meses Janeiro Fevereiro Março Abril

Períodos 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Datas 1º a 10 11 a 20 21 a 31 1º a 10 11 a 20 21 a 30 1º a 10 11 a 20 21 a 31 1º a 10 11 a 20 21 a 31

Meses Maio Junho Julho Agosto

Períodos 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Datas 1º a 10 11 a 20 21 a 30 1º a 10 11 a 20 21 a 31 1º a 10 11 a 20 21 a 30 1º a 10 11 a 20 21 a 31

Meses Setembro Outubro Novembro Dezembro

A época de plantio indicada para cada município, não será prorrogada ou antecipada. No caso de ocorrer algum evento atípico que impeça o plantio nas épocas indicadas, recomenda-se aos pro-dutores não efetivarem a implantação da lavoura nesta safra.

MUNICÍPIOS CICLOS: PRECOCE, MÉDIO e TARDIO

SOLO TIPO 2 SOLO TIPO 3

PERÍODOS Abaiara 34 a 1 34 a 1 Acopiara 34 a 1 34 a 2 Aiuaba 34 a 36 34 a 36 Alcântaras 34 a 2 34 a 3 Altaneira 34 a 1 34 a 2 Antonina do Norte 34 a 36 34 a 36 Ararendá 34 a 1 34 a 1 Araripe 34 a 36 34 a 1 Aratuba 34 a 8 34 a 8 Arneiroz 34 a 36 34 a 36 Assaré 34 a 36 34 a 1 Aurora 34 a 36 34 a 1 Baixio 34 a 36 34 a 1 Barbalha 34 a 36 34 a 1 Barro 34 a 36 34 a 1 Baturité 34 a 5 34 a 6 Boa Viagem 34 a 2 34 a 2 Bom Jesus 34 a 36 34 a 1 Brejo Santo 34 a 36 34 a 1

Cachoeira dos Indios 34 a 36 34 a 1

Campos Sales 34 a 36 34 a 36 Canindé 34 a 2 34 a 3 Capistrano 34 a 36 34 a 4 Caririaçu 34 a 1 34 a 1 Cariús 34 a 1 34 a 2 Carnaubal 34 a 3 34 a 4 Catarina 34 a 1 34 a 2 Catunda 34 a 1 34 a 2 Cedro 34 a 36 34 a 1 Choró 34 a 1 34 a 2 Crateús 34 a 36 34 a 1 Crato 34 a 36 34 a 1 Croatá 34 a 2 34 a 2

Deputado Irapuan Pinheiro 34 a 36 34 a 36

Farias Brito 34 a 36 34 a 2 Graça 34 a 4 34 a 5 Granjeiro 34 a 36 34 a 1 Guaraciaba do Norte 34 a 4 34 a 4 Guaramiranga 34 a 8 34 a 9 Ibiapina 34 a 5 34 a 6 Icó 34 a 36 34 a 1 Iguatu 34 a 1 34 a 2 Independência 34 a 36 34 a 36 Ipaporanga 34 a 1 34 a 1 Ipaumirim 34 a 36 34 a 1 Ipu 34 a 2 34 a 3 Ipueiras 34 a 1 34 a 2 Irauçuba 34 a 36 34 a 36 Itapagé 34 a 1 34 a 2 Itatira 34 a 2 34 a 3 Jardim 34 a 36 34 a 1 Jati 34 a 36 34 a 36 Juazeiro do Norte 34 a 36 34 a 1 Jucás 34 a 1 34 a 2 Lavras da Mangabeira 34 a 36 34 a 1 Madalena 34 a 36 34 a 1 Mauriti 34 a 36 34 a 1 Meruoca 34 a 3 34 a 4 Milagres 34 a 36 34 a 1 Milhã 34 a 2 34 a 2 Missão Velha 34 a 36 34 a 1 Mombaça 34 a 2 34 a 2 Monsenhor Tabosa 34 a 2 34 a 3 Mulungu 34 a 6 34 a 8 Nova Olinda 34 a 1 34 a 1 Nova Russas 34 a 36 34 a 1 Novo Oriente 34 a 36 34 a 36 Orós 34 a 36 34 a 1 Pacoti 34 a 6 34 a 8 Palmácia 34 a 5 34 a 6 Parambu 34 a 36 34 a 36 Pedra Branca 34 a 2 34 a 3 Penaforte 34 a 36 34 a 36 Pereiro 34 a 2 34 a 2 Piquet Carneiro 34 a 36 34 a 1 Poranga 34 a 1 34 a 2 Porteiras 34 a 36 34 a 1 Potengi 34 a 36 34 a 1 Quiterianópolis 34 a 36 34 a 1 Quixadá 34 a 1 34 a 2 <!ID849860-2> 4. CULTIVARES INDICADAS

Ficam indicadas no Zoneamento Agrícola de Risco Climá-tico para a cultura de mamona no Estado do Ceará, as cultivares de mamona registradas no Registro Nacional de Cultivares (RNC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atendidas as indicações das regiões de adaptação, em conformidade com as re-comendações dos respectivos obtentores/detentores (mantenedores).

5. RELAÇÃO DOS MUNICÍPIOS APTOS AO CULTIVO E PERÍODOS INDICADOS PARA SEMEADURA

A relação de municípios do Estado do Ceará aptos ao cultivo de mamona, suprimidos todos os outros, onde a cultura não é in-dicada, foi calcada em dados disponíveis por ocasião da sua ela-boração. Se algum município mudou de nome ou foi criado um novo, em razão de emancipação de um daqueles da listagem abaixo, todas as indicações são idênticas às do município de origem até que nova relação o inclua formalmente.

Referências

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