Entre músicas e rimas:
Texto
(2) ĒĆČĊĒǣ. Vanessa Monteiro Silva. Introdução Dz Ǥ ǡǤdz Ȃȋ͕͚͝͝Ȍ. ǡ ǡǡǡƤ Ǥ ² ±ǡ ± ǡǡ ï Ƥ a campo sem chegarmos, necessariamente, com a rima pronta.. 29. . número 10 . ano 4 . mar 2016.
(3) ǡǫǡƤǤ ± ȋ ǡ ͖͔͔͔Ȍǡ ± ƤǡÀ ǡ Ǥ ǡ Ǧ Ƥ ±ǡ Ǥ programados, ou seja, chegarmos de antemão com a rima pronta, extinguiria a singularidade do encontro com os jovens e negligenciaria a dimensão coletiva que ǡ±Ǥǡǡ ± problema, desde que possamos compor.
(4) ǡ ±ǡ ǡ ƤÙǤ Ǯǯ Ǥ Ǯǯ ± ± À Ǥǡ ǡDz dzǡ ǡ ï Ǥ ǡǣ ǡ ±ǡ À ǡ desde que comportem a mesma duração e ritmo. ǡ Ǥ Àǡǡ ǣ ǡ Ǥ ǡǡǮ Ǧǯǣ Ù ǡ ǡ Ǥ Ƥ×× ǡ ǡ͖͔͕͔ǡ ǡ Ǧ ×Ǧ Ǥ ± Ȃ Ƥ ï Ȃǡ ± Ƥ ÙǡƤ trabalho. Selecionamos esse espaço por entendermos que condensava os critérios que orientavam as nossas escolhas de pesquisa, a saber: pelo alcance social e político presente em Ǣ ǡ Ǣ ǡ Ƥǡ Ǥ±ǡ Ȁ Ǥ. 30. . número 10 . ano 4 . mar 2016. ęĊĒĆĘĊĒĉĊĘęĆĖĚĊ.
(5) × ǡ Ǧ ȋ Ƭ ǡ ͖͔͔͗ȌǤ ± ǡ Ƥ ï Ǥ que a subjetividade é, aqui, concebida como produção, sendo composta de diversos ǡ Ȁ ȋǡ ǡ ǡ ÀǡǡǡȌǤǡ ǡ ï ȋǡ͖͔͔͔ȌǤ ±ǡ± Ù ± Ǥǡ Ǧ ǡ Ǥǡ ǡ um sentido de devir. Devir remete a tudo que é de ordem processual, daquilo que escapa Ȃǡ Àǡ Ȃǡ ǡ Ǧ ǡ ǡ ǡ ȋǡ͖͔͔͔ǡǤ͚͜ȌǤ. Ùǡ ÙǤǡ ǡ ǡ ² ǡ ǡǤ.
(6) Dzǡ ela não me obedeceu. Falou em mar, em céu, em rosa, ǡ² ǡǤ ǡ a sílaba silenciosa. ǡ Ǥ ǡǡǤ ± ǡ
(7) ±Ǥdz ȋ͕͛͜͝Ȍ. 31. . número 10 . ano 4 . mar 2016. ęĊĒĆĘĊĒĉĊĘęĆĖĚĊ.
(8) ǡǡ ǡ labirintos. Interessa‐nos, do ponto de vista de uma pesquisa que é, igualmente, ǡ Ƥ ǡǡǡ ǡï Ǥ ² ǡ Ȃ ǦȂ Ǥ Um local que destoa completamente da região onde se insere, posto que se situa em ǡǡǡï Ǥ ǡ ǡǡƪ ǡǡ Ǥ Ǧǡǡ ǡ × ǦǤǡ ² Ǥ ǡ Ǣï Ǣ Ǣǡ ǡ Ƥ Ǥ±ǡïǡ ×ǡǡ ǡ ǡ ǡ Ȃ ± ± Ǥ ǡ ǡ ǡ ǡ Ø ×Ǥ ǡ ǡ ǡǡ Ù Ǥ ǡǡ Ǥ± ȋǢ Ǧ ǡ ͖͔͔͗ȌǤ ± Ƥ Ù ǡ Ǥ
(9) Ƥ ǡ Ǥ. Sobre os labirintos que cercam o corpo do pesquisador Um labirinto consiste em um conjunto de percursos embaralhados, criados com a intenção de desorientar aquele que o percorre. Segundo um antigo mito grego, o ±ȋ ǡ͖͔͔͜Ȍǡ ǡ ǡ Ǥǡ ǡǤ ǡ Ǧ ǡ ǡƤǤ. 32. . número 10 . ano 4 . mar 2016. ęĊĒĆĘĊĒĉĊĘęĆĖĚĊ.
(10) ǡ À ×ǡ ǡ ± ± ǡ ± À Ǥ ǡ ǡ ǡ ǡ ǡ ǡǡ ×Ǥ
(11) ± × Ù ȋǢ ǡ͕͚͝͝ȌǤ ato de percorrer, pode‐se avançar labirinto adentro, tecendo caminhos, voltando e Ǥ ǤǡÀ×ǡ±ǡ como que perdidos no labirinto? Sem rima pronta? Ǥ ǡ Dz dzȂ Ȃ Àȋ Ǣǡ͕͛͝͝ȌǤ Ǧ ǡ Ù ǡ ± À ǡ ± ± À ï ȋǡ͕͜͝͝ȌǤ
(12) ǡ ǦǤ
(13) ǡ ǡ ±Ǧ determinado, que comporta nele mesmo a intenção de um ponto de partida e um ǡ Ǥ±ǡǡ ×ǡ ǡǡ Ǥ ǡ Dz dzǤ 2 × com a rima pronta, como um planejamento encerrado em si mesmo, e de se chegar ǡ ǡ Ǥ ǡǡ× × ǡ± ǡ ǡ ǡǤǡ do encontro com o espaço da Grota, novos movimentos surgiam, desmanchando × Ǥ. 33. . número 10 . ano 4 . mar 2016. ęĊĒĆĘĊĒĉĊĘęĆĖĚĊ.
(14) Sobre as paisagens e labirintos que acompanham a construção de um trabalho coletivo ǡ ǡ Ǧ Dz Ǧdzǡ que compreendia uma atuação essencialmente clínico‐individual. De um modo geral, ï Ù ǡ ǡ Ǥ ǡ ǡ Dzdz × ǡ ǡ ǡ
(15) Ǥ ǡ Ù Dz dz ȋǡ͕͖͝͝ȌǤ ǡ ǡ ǡ Ǥ À ± Ù×Ǥ ǡ ǡ ǡ ǡ Ù ï ÙǤ ǡ acompanhar de perto alguns projetos da ONG. Nas rodas de conversas, por exemplo, a Ǧ ǡÙ ǡ² Ǥ ǡ Ƥ ǡ ±ǡǤǡ e circulação da palavra, traçamos tanto o que é considerado comum a todos os que ǡ ± ǡ cooperação. Ƥ À ǣ À ǫ Ùǫ Neste sentido, pudemos partilhar agonias comuns, por exemplo, a de estarmos em Ǥ×ǡ ǡǡï Ǥ ǡ ǡ ǡ ǡ ǡ Dz dzǤ±±ǡǡ Ù ± Ǥ ǡ. 34. . número 10 . ano 4 . mar 2016. ęĊĒĆĘĊĒĉĊĘęĆĖĚĊ.
(16) × ǡ ǡ Ȃ ǡ ǡǡȂǡ À a que são, cotidianamente, relegados. Mas, é, justamente, entre pontos e demandas, ora ǡǡ À Ǥ ǡ × ǡ ǡ ǡǡ e no ensejo da produção do comum. ± ǣǫ × Ǧ Ùǣ ȋǢ ǡ ͕͛͜͝ȌǤ ÀǤ Ǧ Ƥ À ǡƤ ± Ǥ ±ǡ ǡ Ǣ Ǣ ƤǤƤ ǡ ǡǤ ǤÀ Ǥǡ×ǡ ±ǦǤ Ǧ ǡǡ ï ǣDz dzǤ Para eles, o sentido de inutilidade é experimentado por meio do seguinte embate: Ǣ Ȃ × Ǥ ×ǡ ǡ Ǥ ² ǡ ÀǡǦǡ ǡ Ƥ± ±Ǥ Para esse consumo, não nos interessa servir. À ǡ À À ǣǡ±ǡǡ ǡƤ ± Àǡ ² ǡ ²ǡǡ × outros na direção de uma aposta: a constituição de um comum. À Ǥǡǡ Ǥ ǡǡ ǡ ǡ ǡ Ǥ coletivas.. 35. . número 10 . ano 4 . mar 2016. ęĊĒĆĘĊĒĉĊĘęĆĖĚĊ.
(17) ǡǡ ǡ ǡ× ǡ Ǥ ǣ Ǣ Ù Ǧ ǡ ǡ × ǦǢ ǡ Ǣ ǡ±Ù Ǥ Ǥ ǡ ǡ Ƥ Ǥ Ø ± ǡ ǡ Ǥ ǡ Ù ² Ǥ
(18) ǡ± ǡ× ² Ǥ ǡ ± Ƥǡ ǡ Ǥ ǡ ± ² ² ǡ ± ² ȋ ǡ ͖͔͔͘Ȍ Ǥ ± ± ǡ ± Ǥ ² Ǥ² ǡǡ produção de sonhos comuns possíveis. No entanto, a constituição de sonhos comuns se apresenta, também, a partir de um dilema que aparece estampado entre os jovens monitores do projeto. Um dilema ǡ ǡ À de trabalho pautada em valores coletivos e de ajuda mútuos e, de outro, que tende a Dz dzƤ ï ǡ ǡ × Dz dzǤ ǡ ƪ Ǥ Ǧǡ ǡ Ƥǡ ƪ² ǡ Àǡ a busca de saídas coletivas para os impasses. Ǧ ǡƤ Ǧ Ù ǡ ² Ȃ ï ǡ Ȃ ǡ ǡ Ƥ À Ǥ. 36. . número 10 . ano 4 . mar 2016. ęĊĒĆĘĊĒĉĊĘęĆĖĚĊ.
(19) Ƥ ǡ ǡï ǡ ²Ƥ ƤïǤ ǡǦ Ǥ ǡǡ crescente aos valores individualistas, competitivos e de consumo apregoados nos modos ǡƤǡǡ² e criadora.. A confecção de rimas e sonhos possíveis
(20) Ǥ À Ǩ À ± Ǥ Àǡ ȋǡ͕͖͜͝Ȍǡǡ ×ǡ ǡ sonhos possíveis. ǡ± ǡ Ǥǡ ² ǡ ǡǡ criam outras maneiras de sentir, viver e estar no mundo. Ƥ ± ǡ ǡ ǡ Ƥ ± ± Ǥ 2 ȋÀ ǡ ǡ ǡ Ȍ À À Ǥ± ǡ × ǡ ȋ Ø ǡ ǡȌ ± ǡ passagem ao novo. ǡ ± ± ǡ ǡ ± Ǧ ǡ ² ǡ ǡǡ² ± aos ditames do mercado. ǡ ² Ǥǡ ǡ ǡ ǦǦǡ Àǡ ǡ ǡ ǡ Ù Ǥ ï Dz dz Ǥ. 37. . número 10 . ano 4 . mar 2016. ęĊĒĆĘĊĒĉĊĘęĆĖĚĊ.
(21) ± ǡ ² ǡ ǡ ǡ ǡ ²Ǧǡ Ǧ Ǥ ± ǡ ǡ ǣ ǡ ǡ ǡ ǡ ǡ ǣ Ǥǡ ǡ ïǡ × que atravessa tanto o processo de trabalho como o seu produto. ǡ Ƥǡ ² Ǥ ï Ù ï ǡ instaurando caminhos desviantes, uma morada coletiva e expressiva consistente que pode comportar o inusitado e disparar novos movimentos.. ĊċĊėĵēĈĎĆĘĎćđĎĔČėġċĎĈĆĘ
(22) ǡ Ǥ Compêndio de Análise institucional e outras correntes. 1. ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992.
(23) ǡǤ± ± Ǥ
(24) ǣǤTeoria da Cultura de massa. ǣǡ͖͔͔͔ǤǤ͖͖͕Ǧ͖͙͘Ǥ
(25) ǡ ǤNosso século XXI: notas sobre arte, técnica e poderes. Rio de Janeiro: Editora Relume‐ ǡ͖͔͔͖Ǥ ǤǢ
(26) ǡ ǤMil Platôs: ǤǤ͗Ǥ ǣ͗͘ǡ 1996.
(27) ǡ ǤǤLabirinto e Minotauro: ǤǣÙ ǡ͖͔͔͜Ǥ ǡǤǢǡ Ǥ
(28) Ǥ
(29) ǣ ǡǤȋǤȌǤMicrofísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979. p. 69‐78. ǡ Ǥ Ǥ Ǥ Narrativas de resistências: À Ǥ ͖͔͔͘Ǥ ȋ ȌǦ ǡ×Ǧ ǡ͖͔͔͘Ǥ ǡǤǤMini Aurélio Século XXIǣ ÀǤ͘ǤǤ Janeiro: Nova Fronteira, 2000.
(30) ǡǤ Ǥ
(31) ǣ̴̴̴̴̴̴ǤDistraídos Venceremos. ǣǡ 1987. p. 28.
(32) ǡ Ǥ ǤǢ
(33) Ǧ ǡ Ǥ ǣ atuais. Historia,Ciências, Saúde ‐ Manguinhos (Fiocruz), ǡǤ͕͔ǡǤ͗ǡǤ͕͗͝Ǧ͙͗͝ǡǤȀ Ǥ͖͔͔͗Ǥ ǡǤǢǡǤǤ À Ǥ Psicologia: teoria e pesquisa (UNB),ÀǡǤ͕͚ǡǤ͕ǡǤ͕͛Ǧ͛͝ǡǤȀǤ͖͔͔͔Ǥ ǡ Ǥ Ǥ
(34) À.
(35) ǣ ̴̴̴̴̴̴Ǥ A Nau do Tempo Rei. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1993. p. 47‐61.. 38. . número 10 . ano 4 . mar 2016. ęĊĒĆĘĊĒĉĊĘęĆĖĚĊ.
(36) ǡ Ǥ Ǥ
(37) ǣ Øǣ ȋ͕͗Ȁ͔͙Ȁ͚͝ȌǤÀǣβǤǤǤǤ̱ ƟȀȀǤγ ͗Ǥ͖͔͕͙Ǥ ̴̴̴̴̴̴ǤLivro do Desassossego por Bernardo SoaresǤǤ͖ǤǣǤ ǡ͕͖͜͝Ǥ ǡ ǤǢ
(38) ǡ Ǥ Ǥ Ǥ Psicologia: ² Ƥ ǡÀǡǤ͖͗ǡǤ͘ǡǤ͚͘Ǧ͛͗ǡǤ͖͔͔͗Ǥ
(39) ǡ ǤǤǤǤǢǡǤǤǤ Ƥ ×Ǥ
(40) ǣ
(41) ǡǤǢ
(42) ǤǤȋǤȌǤAnálise Institucional no Brasil: ǡ À ǡ ǡ Ǥ Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1987. p. 27‐46.
(43) ǡ Ǥ Ƥ ǣ Ù Ǥ São Paulo: ǡ͕͜͝͝Ǥ ĊĘĚĒĔ. Ƥ ± ×Ǧ ǤǦ ǡ ÀƤ Ǥ ǡ discorremos acerca dos labirintos e das saídas possíveis que povoam o encontro entre os ï Ǧǡ Ǥ× ǡ Ǧ ȋ Ǣǡ͖͔͔͗Ȍǡ À ǤǡǦï inusitado e os desassossegos disparadores de novos movimentos.. ĆđĆěėĆĘǦĈčĆěĊǣ. ǡǡǡǡï Ǥ. ĆęĆĉĊĊĈĊćĎĒĊēęĔǣ͖͝Ȁ͔͘Ȁ͖͔͕͙ ĆęĆĉĊĈĊĎęĊǣ͕͗Ȁ͕͖Ȁ͖͔͕͙. 39. . número 10 . ano 4 . mar 2016. ęĊĒĆĘĊĒĉĊĘęĆĖĚĊ.
(44) Ana Carolina Videira Sant`Anna. ǡ Ǥ ² ²
(45) Ȃ Ȁ
(46) Ǥ × ǡ ǡ Ǧï À² ǡǤ E‐mail: ̻Ǥ . Silvana Mendes Lima ² ï ǡ ǡǤ E‐mail: Ǥ͙̻͘͡͞Ǥ Ǥ. Suanny Nogueira de Queiroz. ǡ Ǥ × À Ǥ
(47) Ǧ ² ² ȋȌȀ ȋl ² ȌǡǤ E‐mail: ̻Ǥ . Vanessa Monteiro Silva ×À ǡǤ E‐mail: ̸̻Ǥ Ǥ. 40. . número 10 . ano 4 . mar 2016. ęĊĒĆĘĊĒĉĊĘęĆĖĚĊ.
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