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DROIT DE SUITE OU DIREITO DE SEQÜÊNCIA DAS OBRAS INTELECTUAIS

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DROIT DE SUITE OU DIREITO DE

SEQÜÊNCIA DAS OBRAS INTELECTUAIS

FÁBIO MARIA DE-MATTIA Professor Titular do Departamento de Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo - área de Direito Agrário ­ Professor de Direito Civil e de Direito Agrário

SUMÁRIO

1 - Importância do tema. 2 - Conceito. 3 - Natureza jurídica. 4 ­ Abrangência, objeto ou obras sujeitas ao Droit de Suite. 5 ­ Beneficiários. 6 - Duração. 7 - Porcentagem. 8 - A gestão, a cobrança, a necessidade das sociedades de titulares.

1 -IMPORTÂNCIA DO TEMA

o

Direito de seqüência sobre as obras intelectuais é um tema de alta relevância porque não é justo que o autor ou seus herdeiros

fiquem compulsoriamente alheios quando da transferência de uma obra de arte, de um manuscrito, de direito sobre obra intelectual objeto de anterior cessão.

Conforme informação de Ricardo Antequera Parilli, o instituto foi adotado em 30 a 40 países.

Os autores vendem as obras de arte, p. ex.: por um preço baixo e não é justo, equânime de que da valorização econômica da

(2)

, REVISTA JURÍDICA - INSTITUIÇÃO TOLEDO DE ENSINO FÁBIO MARIA DE-MATTIA

306

É justo que após a transferência do direito necessano se mantenha ainda um vínculo entre o autor e a sua obra porque este vínculo será o único remanescente de direito pecuniário a favorecer o autor ou seus herdeiros, sucessores, legatários ou

instituições que sejam investidas de tal direito.

Javier Gutierrez Vincén explica:

Com isso, estas criações de intelecto humano promovem um valor tal que tem dado início a um fenômeno conhecido como plus-valia, que, pelas vendas sucessivas, transformaram a obra em objeto de especulações. (La Gestión de los derechos de autor en las obras plasticas em Anais do I Congreso Iberoamericano de Propriedad Intelectual, tomo I, pp. 249 e 250).

Para Fábio Maria de-Mattia o que se quer é dar ao autor o

""1.1

I direito de participação nessa valorização, pois, as obras I·

J! intelectuais nada mais são do que a emanação da própria

~j

l' personalidade do seu criador (Estudos de Direito de Autor, São

I

Paulo, Saraiva, 1975, p. 91).

11

l

Éfren Paulo Porfírio de Sá Lima aponta que a: I

,I I principal característica do direito de seqüência, para os

ui

!I países integrantes da Convenção de Berna, flexibilidade. Assim como a duração, os titulares e as obras é a sua que são protegidas, variam de textura de país para país, a

porcentagem incidente também não é a mesma nas legislações que o adotam (Droit de Suite, São Paulo, novembro de 1994, p. 40).

A importância do instituto se revela por ter Hubert Roger­ Vasselin apresentado tese na Universidade de Paris lI, em 1975, sob o título: Le droit de suite apres la mort de l'artiste, com 404 páginas.

Anteriormente J. L. Duchemin, em 1948, escreveu obra sob o título Le droit de suite des artistes, com 322 pp. publicado em Paris, por Thuillies, Recueil Sirey, Editions Ramgal.

Há trabalhos de Wilhelm Nordemann, Wladimir Duchemin, Robert Rie, Paul Katzenberger.

2-CONCEITO

Para Carlos Albertc

um reflexo pa criador de obra in essa participação, (Direito de Autor, R

54).

Para Carlos Alberto

Outrossim, 1: manuscrito, sendo ( obra intelectual, inalienável, de pai vendedor, a eles aG ressalvada a result ou a limitação do pJ previsto

r).

(ob. 3 - NATUREZA JURí

Carlos Alberto Bitta direito de te)

como direito pecun do direito moral: (Direito de Autor, ob Fábio Maria de-Mat O direito de s

autor, conexo no seI mesma natureza jur.

Éfren Paulo Porfírio

o

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(3)

l

- INSTITUIÇÃO TOLEDO DE ENSINO

FÁBIO MARIA DE-MATTIA

do direito necessário se autor e a sua obra porque ~te de direito pecuniário a , sucessores, legatários ou ,direito.

'Ztelecto humano promovem a um fenômeno conhecido sucessivas, transformaram (La Gestión de los derechos

em Anais do I Congreso lectual, tomo l, pp. 249 e se quer é dar ao autor o ,rização, pois, as obras a emanação da própria

de Direito de Autor, São Ilta que a:

eito de seqüência, para os

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o, os titulares e as obras

tura de país para país, a

5a mesma nas legislações ,ulo, novembro de 1994, p.

la por ter Hubert Roger­ ade de Paris lI, em 1975,

nort de l'artiste, com 404 948, escreveu obra sob o m 322 pp. publicado em

ms Rarngal.

m, Wladimir Duchemin,

2- CONCEITO

Para Carlos Alberto Bittar é:

um reflexo patrimonial do direito autoral reconhecido ao criador de obra intelectual, que o vincula perenemente, sob essa participação, à circulação da obra no mercado de arte (Direito de Autor, Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1991, p. 54).

Para Carlos Alberto Bittar:

Outrossim, na alienação de obra de arte ou de manuscrito, sendo originais, ou de direitos patrimoniais sobre obra intelectual, o autor tem direito, irrenunciável e inalienável, de participar na mais-valia que, em favor do vendedor, a eles advierem, em cada nova alienação (art. 39),

ressalvada a resultante de simples desvalorização da moeda, ou a limitação do preço a valor inferior a cinco vezes o mínimo previsto (§ 2°). (ob. cit., p. 53).

3 - NATUREZA JURÍDICA

Carlos Alberto Bittar, com propriedade, considera-o:

direito de textura híbrida porque, tratado, entre nós, como direito pecuniário, possui duas características próprias do direito moral: a inalienabilidade e a irrenunciabilidade (Direito de Autor, ob. cit., p. 54).

Fábio Maria de-Mattia sustentou que:

O direito de seqüência é um direito conexo ao direito de autor, conexo no sentido de ligado, dependente a ele porque da mesma natureza jurídica (ob. cit., p. 97).

Éfren Paulo Porfírio de Sá Lima se posiciona:

O melhor argumento para definir o perfil jurídico da fattispecie em apreço é o mesmo utilizado para defender a 307

(4)

.

I

i

natureza jurídica do direito de autor, isto é, como um direito sui generis. (ob. cito p. 36).

Adoto a posição de direito de autor sui generis, direito de textura híbrida. Esta última classificação porque, tratado, entre

nós como direito pecuniário, possui, conforme foi dito linhas acima, caracteres próprios do direito moral: a inalienabilidade e a irrenunciabilidade, como ensina Carlos Alberto Bittar (ob. cit., p.54).

José de Oliveira Ascensão enquadra-o como direito

patrimonial:

autoriza o autor a sacar um provento, não sem defendê­ lo em aspectos pessoais. (Direito de Autor e Direitos Conexos,

Coimbra, Coimbra Editora, Limitada, 1992, p. 349).

A Lei portuguesa o cuida no art. 54 no capítulo da transmissão e oneração do conteúdo patrimonial do direito de autor.

Éfren Paulo Porfírio de Sá Lima seguindo a posição de Carlos Alberto Bittar:

é fácil concluir que assim como o direito de autor é integrado por prerrogativas de ordem moral e patrimonial, o

droit de suite também o é (p. 36).

A Convenção de Berna, art. 14 prevê o instituto.

O caráter de direito moral de autor consiste no fato de a Lei n° 5.988 no art. 39 determinar a inalienabilidade e irrenunciabilidade de tal direito com o escopo de permitir tão-somente ao autor e seus sucessores o seu exercício.

É fácil compreender que o adquirente de uma obra de arte plástica, de um manuscrito ou de um determinado direito de autor que permite sua reprodução, representação ou execução se inexistisse a proibição legal só negociaria com a renúncia de tal direito ou com a transferência do mesmo. Ex.: editor cessionário de direito de autor sobre obra literária, obra musical, peça teatral; adquirente de obra plástica, direito sobre negativo de fotografia, projeto arquitetônico etc.

4 -OBJETO OU ABRAN

DROIT DE SUITE

Éfren Paulo Porfírio d sistemas segundo a lição d 1°) com alcance amplo; 2°) com alcance restrit( Como exemplos do si

traçadas pela Convenção ( A Convenção de Bel seqüência: somente as ob originais de escritores e c Paris, a 24 de julho de 197

O art. 14 ter dispõe:

1) Pelo que resp manuscritos originais (, ou, após a sua morte, legislação nacional de. direito inalienável de Sl que a obra for objeto

autor.

2) A proteção pré cada país da União se essa proteção e na meG país em que essa proteç; 3) As modalidal determinadas por cada

Sobre a Lei francesa, fl

obras gráficas e plásticas pinturas, esculturas, trab, seguida o autor abre debl musicais ou literários, qUal ser incluídos na categoria 303, p. 394).

(5)

~ - INSTITUIÇÃO TOLEDO DE ENSINO FÁBIO MARIA DE-MATTIA

utor, isto é, como um direito

autor sui generis, direito de

cação porque, tratado, entre ui, conforme foi dito linhas o moral: a inalienabilidade e

:arlos Alberto Bittar (ob. cit.,

enquadra-o como direíto

1 provento, não sem defendê­

de Autor e Direitos Conexos,

lda, 1992, p. 349).

;4 no capítulo da transmissão lo direito de autor.

;eguindo a posição de Carlos

como o direito de autor é rdem moral e patrimonial, o

:vê o instituto.

r consiste no fato de a Lei n° lbilidade e irrenunciabilidade nitir tão-somente ao autor e iirente de uma obra de arte determinado direito de autor 'esentação ou execução se ciaria com a renúncia de tal ~smo. Ex.: editor cessionário

a, obra musical, peça teatral; iobre negativo de fotografia,

4 -OBJETO OU ABRANGÊNCIA OU OBRAS SUJEITAS AO

DROIT DE SUITE

Éfren Paulo Porfírio de Sá Lima aponta a existência de dois sistemas segundo a lição do autorizado Ricardo Antequera Parilli:

1°) com alcance amplo;

2°) com alcance restrito.

Como exemplos do sistema restritivo, temos as orientações traçadas pela Convenção de Berna, Alemanha, Bélgica e França.

A Convenção de Berna insere no âmbito do direito de seqüência: somente as obras de arte originais e os manuscritos originais de escritores e compositores. Na versão da Revisão de Paris, a 24 de julho de 1971:

O art. 14 ter dispõe:

1) Pelo que respeita às obras de arte ongmais e aos manuscritos originais de escritores e compositores, o autor ­ ou, após a sua morte, as pessoas ou instituições a que a legislação nacional der legitimidade para tal - goza de um direito inalienável de se beneficiar das operações de venda de que a obra for objeto depois da primeira cessão praticada pelo autor.

2) A proteção prevista na alínea supra só é exigível em cada país da União se a legislação nacional do autor admitir essa proteção e na medida em que o permita a legislação do país em que essa proteção é reclamada.

3) As modalidades e as taxas de percepção são determinadas por cada legislação nacional.

Sobre a Lei francesa, Henri Desbois ensina que as expressões obras gráficas e plásticas abrangem as obras literárias, musicais, pinturas, esculturas, trabalhos arquitetônicos e desenhos. Em seguida o autor abre debate sobre os manuscritos de trabalhos musicais ou literários, quando conclui que os manuscritos podem ser incluídos na categoria das obras gráficas (Droit d' Auteur, n°

303, p. 394).

(6)

Éfren Paulo Porfírio de Sá Lima que indica o sistema de amplo

alcance, como o nosso aponta que diversas obras são tuteladas pelo direito de seqüência.

A Lei n° 5.988 no art. 39 dispõe:

O autor, que aliena obra de arte ou manuscrito, sendo originais ou direitos patrimoniais sobre obra intelectual, tem direito irrenunciável e inalienável a participar na mais-valia que a eles advierem, em benefício do vendedor, quando novamente alienados.

o

CNDA - Conselho Nacional de Direito Autoral nos limites de sua competência, procurou regulamentar o conteúdo do art. 39, que era letra morta na novel lei.

Para tanto, o Presidente José Carlos Costa Netto, tendo presente processo gerado por consulta formulada por pessoa que se dizia beneficiária quanto ao droit de suite deixado pelo artista Emiliano Di Cavalcanti, decidiu constituir Comissão para estudar a regulamentação de referido art. 39.

A Comissão foi constituída por Fábio Maria de-Mattia, conselheiro presidente e pelos conselheiros Henri Mario Francis Jensen e Cláudio de Souza Amaral.

Esta Comissão apresentou projetos de Resolução que geraram as Resoluções nOs. 22, de 9-1-81 e 27, de 9-12-81.

A primeira (Resolução CNDA n° 22) sob a denominação

Regulamenta o exercício do direito de seqüência previsto no art. 39 e parágrafos, da Lei n° 5.988, de 14-12-73 e a segunda (Resolução CNDA n° 27) sob o título Complementa as

disposições da Resolução CNDA n° 22, de 9-1-81, sobre direito

de seqüência indicam o conteúdo do que é o direito de seqüência sendo a de n° 27 datada de 9-12-81.

A Resolução n° 22 alcança obras de arte, manuscritos e os direitos patrimoniais sobre obra intelectual.

Diante da falta de possibilidade de aplicar diretamente o art. 39, o CNDA, através de Resoluções, procurou apontar o conteúdo do instituto.

o

art. 1° da Resolução C

O autor que alien originais, ou direitos pl direito a participar da benefício do vendedor, ~ O parágrafo único dispõ

Para os efeitos da 1) Obras de arte ­ de: a) pintura, deser xilografia, pirogravura ( b) tapeçaria quanl desenho original; c) plantas, esboçm d) as manifestaçõé expressões artísticas pro

2) Manuscrito ­

datilografado, com emen provas impressas do lh mão.

A Resolução n° 27, de feitas e assinadas pelo autor

Nos termos do art. feitas e assinadas pelo ú

do original.

§ ]O - No caso da. efeitos desta Resolução . assinadas, numeradas ou ou seus herdeiros.

Lamentavelmente, o fUl impossibilitado através da r

(7)

I/STITUIÇÃO TOLEDO DE ENSINO FÁBIO MARIA DE-MATTIA

indica o sistema de amplo

'ersas obras são tuteladas

!rte ou manuscrito, sendo Ibre obra intelectual, tem participar na mais-valia o do vendedor, quando

'ireito Autoral nos limites ltar o conteúdo do art. 39, rIos Costa Netto, tendo 'orrnulada por pessoa que

suite deixado pelo artista

!ir Comissão para estudar Fábio Maria de-Mattia, iros Remi Mario Francis e Resolução que geraram

9-12-81.

22) sob a denominação

:eqüência previsto no art.

: 14-12-73 e a segunda título Complementa as de 9-1-81, sobre direito ~ é o direito de seqüência e arte, manuscritos e os aI.

lplicar diretamente o art. curou apontar o conteúdo

o

art. 1° da Resolução CNDA n° 22, de 9-1-81 dispõe:

O autor que alienar obra de arte ou manuscrito, sendo originais, ou direitos patrimoniais sobre obra intelectual, tem direito a participar da mais-valia que a elas advierem, em benefício do vendedor, quando novamente alienados.

O parágrafo único dispõe:

Para os efeitos da presente Resolução, entende-se por:

1) Obras de arte -as criações exteriorizadas sob a forma de:

a) pintura, desenho, escultura, gravura, litogravura, xilografia, pirogravura ou qualquer outro processo;

b) tapeçaria quando assinada e executada com base em desenho original;

c) plantas, esboços e maquetes arquitetônicos;

d) as manifestações de arte aplicada e quaisquer outras expressões artísticas protegidas no campo das artes plásticas.

2) Manuscrito - o original, do próprio punho, ou

datilografado, com emendas manuscritas do autor, ou ainda as provas impressas do livro com corrigendas por ele feitas a mão.

A Resolução n° 27, de 9-12-81 dispôs sobre as reproduções

feitas e assinadas pelo autor:

Nos termos do art. 9° da Lei n° 5. 988í73, às reproduções feitas e assinadas pelo autor é assegurada a mesma proteção

do original.

§ ]O - No caso das expressões de arte multiplicável, os efeitos desta Resolução aplicar-se-ão apenas sobre as cópias assinadas, numeradas ou codificadas e autenticadas pelo autor ou seus herdeiros.

Lamentavelmente, o funcionamento do Droit de Suite foi

impossibilitado através da revogação das Resoluções nOs 22 e 27

(8)

através da Resolução n° 49, de 25-2-87, publicada no Diário Oficial da União, Seção I, p. 3178 e caracterizando retrocesso em matéria que tem recebido, ultimamente, interesse internacional na consolidação do instituto.

A Lei de Direito Autoral no art. 39 -caput inclui na incidência

do dispositivo os direitos patrimoniais sobre obra intelectual.

Quanto aos manuscritos, além deles propriamente ditos, o

corpus mechanicum datilografado, com pequenas anotações, é

uma obra protegida. (Fábio Maria de-Mattia, obr. cit., p. 101). E perguntou-se: se o criador da obra intelectual, sabendo da possibilidade de conseguir recursos através da feitura de vários originais, executar vários exemplares, seriam obras protegidas? Os autores têm entendido que sim.

Então, se os autores fazem dois, três ou quatro originais, entregam um para o editor e ficam com os outros dois ou três, a família após sucessivas vendas desses originais poderá ter direito a uma plus valia.

Éfren Paulo Porfírio de Sá Lima demonstra que o Droit de Suite:

não deve incidir somente quando a obra for objeto de venda e compra, mas em todas as alienações onde houver valorização da obra.

Um problema prático que se propõe é o se o direito de seqüência deveria incidir tão-somente nas vendas em leilões ou por marchands.

José de Oliveira Ascensão aponta tal situação para as obras de arte e assevera:

Nomeadamente, em relação às obras de arte restringem freqüentemente às alienações em que intervém comerciante ou

leiloeiro. (p. 322).

Para este autor:

Portanto, é só ao titular originário que cabe beneficiar do direito de seqüência.

O Professor Antonil lei brasileira e da Conv (Lei n° 22, de 11-1 equatoriano, chileno e escritores e compositon O direito de seqüênc O droit de suite r observação de Ricardo. Wlademir DuchemiI

vue d'une amélioration Communauté Européenl

Mas em todos j Itália, Alemanha j fotografia do campo,

Éfren Paulo Porfírio

suite:

não deve incid venda e compra, ml valorização da obra.

1994, trabalho apre~ Faculdade de Direito c

5 - BENEFICIÁRIOS

Éfren Paulo Porfírio ( (obr. cit., p. 39):

a) Beneficia somente 24, da Lei n. 22, de 11-1 p.253).

b) São titulares os combinado com o art. '

(Fábio Maria De-Matti beneficiários, o institut situação econômica pari

(9)

A -INSTITUIÇÃO TOLEDO DE ENSINO FÁBIO MARIA DE-MATIIA

5-2-87, publicada no Diário caracterizando retrocesso em I1te, interesse internacional na 9 - caput inclui na incidência

is sobre obra intelectual.

deles propriamente ditos, o com pequenas anotações, é Mattia, obr. cit., p. 101). obra intelectual, sabendo da

através da feitura de vários , seriam obras protegidas? Os s, três ou quatro originais, om os outros dois ou três, a s originais poderá ter direito demonstra que o Droit de

~ando a obra for objeto de as alienações onde houver

opõe é o se o direito de ~ nas vendas em leilões ou aI situação para as obras de

1S obras de arte restringem ue intervém comerciante ou

~inário que cabe beneficiar

O Professor Antonio Chaves informa que, diferentemente da lei brasileira e da Convenção de Berna, a lei espanhola no art. 24 (Lei n° 22, de 11-11-87), seguindo o exemplo dos textos equatoriano, chileno e peruano, não alude aos manuscritos dos escritores e compositores.

O direito de seqüência não alcança as artes aplicadas.

O droit de suite não alcança as obras arquitetônicas na observação de Ricardo Antequera Parili.

Wlademir Duchemin, em trabalho intitulado Suggestions en

vue d'une amélioration de la protection des photographies dans la Communauté Européenne, em RIDA, vol. 105, na p. 11, afirma:

Mas em todos países que o instituíram (França, Bélgica, Itália, Alemanha Federal e Luxemburgo), excluíram a fotografia do campo de aplicação do direito de seqüência.

Éfren Paulo Porfírio de Sá Lima demonstra que o droit de

suite:

não deve incidir somente quando a obra for objeto de venda e compra, mas em todas as alienações onde houver valorização da obra. (Droit de Suite, São Paulo, novembro de 1994, trabalho apresentado no curso de pós-graduação da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo).

5 - BENEFICIÁRIOS

Éfren Paulo Porfírio de Sá Lima aponta existirem três sistemas (obr. cit., p. 39):

a) Beneficia somente os autores (o adotado na Espanha - art. 24, da Lei n. 22, de 11-11-87) (quando cita Javier Gutierrez Vincén, p.253).

b) São titulares os autores e seus sucessores - art. 39 combinado com o art. 42 e seus parágrafos da Lei n° 5.988173 (Fábio Maria De-Mattia, ob. cit., p. 99). Com relação aos beneficiários, o instituto objetiva, primeiramente, garantir uma situação econômica para o autor da obra intelectual. No caso de

(10)

sua inexistência, falta, deverá beneficiar os seus herdeiros ou legatários; ou seus sucessores.

c) São beneficiários os autores, seus sucessores e, caso o autor não tenha sucessores, a titularidade do direito de participação é transmitida para uma instituição.

A transferência da titularidade do direito de seqüência a uma instituição está prevista pela Convenção de Berna (art. 14 ter).

Éfren Paulo Porfírio de Sá Lima, na nota 28 de seu trabalho, refere-se a Paolo Greco e Paolo Vercellone - art. 150 da Lei italiana, ao determinar que, em não instituído sucessor, ou, caso já se tenha passado o período previsto em seu benefício, o droit de suite passará a beneficiar o Ente Nazionale per l'assistenza per i pittori e gli scultori - órgão que cuida da assistência e da previdência dos autores, pintores, cenógrafos, etc.

6- DURAÇÃO

Éfren Paulo Porfírio de Sá Lima examina de maneira irretocável o tema da duração do droit de suite na p. 40 de seu excelente estudo.

A duração do direito de participação varia de país para país. Entretanto, seguindo-se a orientação unionista, o direito de seqüela deverá durar por toda a vida do autor e pelo lapso de tempo pos mortem que a legislação de cada país fixar.

Entre nós, perdura durante toda a vida do autor (art. 42, caput);

os filhos, os pais, ou o cônjuge gozarão vitaliciamente do direito de seqüência se lhes forem transmitidos por sucessão mortis causa

(art. 42, § 1°); e os demais sucessores gozarão deste direito por um período de sessenta anos, a contar do primeiro dia de janeiro do ano subseqüente ao do falecimento do autor (§ 2° do art. 42).

7 -PORCENTAGEM

Éfren Paulo Porfíric podem ser divididas, qu largas classes.

A primeira, quanto a A segunda, quanto à Ou seja, optou-se

r

alienação, quanto ao nos

Alguns sistemas pre, todas as vendas, indep~

Outros sistemas entende de incidência da plus val Éfren Paulo Porfírio mais-valia ou não, exist~

1°) em que as porcl serão aplicadas se houve art. 39 da Lei n° 5.588/7: A respeito do art. 39 . se que estipula 20% (vi que deverá beneficiar o ; está fixada de maneira re

2°) que, para a incidê (ou a quem a lei der legi ocorrer a plus-valia (ver

Paulo Porfírio de Sá Lima Quanto a este segund<

a) o percentual de

alemão prevê uma porce transferência da obra.

b) a porcentagem incj

- cujo percentual varia d~

O mesmo quanto ao 7%,8%,9%, 10%.

(11)

STITU1ÇÃO TOLEDO DE ENSINO FÁBIO MARIA DE-MATTIA

ar OS seus herdeiros ou

mcessores e, caso o autor direito de participação é

reito de seqüência a uma de Berna (art. 14 ter).

nota 28 de seu trabalho, ellone - art. 150 da Lei :uído sucessor, ou, caso já seu benefício, o droit de !ale per l'assistenza per i

ida da assistência e da afos, etc.

a examina de maneira

de suite na p. 40 de seu

aria de país para país. unionista, o direito de lo autor e pelo lapso de ia país fixar.

do autor (art. 42, caput); vitaliciamente do direito lor sucessão mortis causa

:arão deste direito por um 'imeiro dia de janeiro do :or (§ 2° do art. 42).

7 -PORCENTAGEM

Éfren Paulo Porfírio de Sá Lima aponta que as legislações podem ser divididas, quanto ao percentual de incidência, em duas largas classes.

A primeira, quanto a exigência de mais-valia da obra.

A segunda, quanto à variação da porcentagem.

Ou seja, optou-se por uma porcentagem sobre o valor da alienação, quanto ao nosso sistema (ob. cit., p. 41).

Alguns sistemas prevêem a incidência do droit de suite sobre todas as vendas, independentemente do problema da plus-valia.

Outros sistemas entendem que a incidência só deva se dar no caso de incidência da plus valia (nosso estudo já citado, p. 104).

Éfren Paulo Porfírio de Sá Lima aponta quanto à exigência da mais-valia ou não, existem dois grupos de legislações:

1°) em que as porcentagens que correspondem ao autor só serão aplicadas se houver mais-valia (exemplo: o da lei brasileira­ art. 39 da Lei n° 5.588/73).

A respeito do art. 39 da nossa Lei de Direito de Autor ressalte­ se que estipula 20% (vinte por cento) sobre o aumento do preço que deverá beneficiar o autor ou seus herdeiros. Esta porcentagem está fixada de maneira realista.

2°) que, para a incidência do porcentual em benefício do autor (ou a quem a lei der legitimidade para tal), não há necessidade de ocorrer a plus-valia (verbi gratia: o sistema franco-belga). (Éfren Paulo Porfírio de Sá Lima, obr. cit., p. 41).

Quanto a este segundo grupo, as modalidades podem ser: a) o percentual de incidência é fixo (exemplo: o sistema alemão prevê uma porcentagem fixa de 5% sobre o valor total da transferência da obra.

b) a porcentagem incidente é variável (exemplo: o da lei belga - cujo percentual varia de 2 a 6%, dependendo do valor da venda).

O mesmo quanto ao sistema italiano: 2%, 3%, 4%, 5%, 6%, 7%,8%,9%, 10%.

(12)

Éfren Paulo Porfírio de Sá Lima entende ser essa uma boa solução para os casos em que a obra seja alienada a título gratuito, depois da primeira cessão praticada pelo autor.

a importante é frisar que, para evitar que muitos Estados

deixassem de subscrever a Convenção de Berna nas suas

sucessivas revisões, entendeu-se que a Convenção não deveria ter interferência alguma na fixação da porcentagem. Isto caberá à legislação nacional que a seu bel-prazer fixará aquilo que bem entender. Veja-se o art. 14 ter, n° 3:

As modalidades e as taxas de percepção são determinadas por cada legislação nacional.

8 - A GESTÃO, A COBRANÇA, A NECESSIDADE DAS

SOCIEDADES DE TITULARES

Na França, há duas sociedades organizadas para tal fim; na Alemanha e Bélgica, apenas uma.

No Brasil o mesmo não ocorre; sem o que o instituto nunca funcionará. a estatuto da sociedade francesa pode ser aproveitado para tal fim.

Por ocasião das Resoluções nOs 22 e 27 entreguei a artistas do Rio e São Paulo - a ABAP - Associação Brasileira de Artistas Plásticos - cópia de referido estatuto.

É fundamental criar uma sociedade dos titulares de direitos e no caso de marchands e leiloeiros ficariam responsáveis para

depositar o montante devido junto à sociedade.

Tem-se comprovado que diante da dificuldade em efetuar a cobrança algumas legislações estão circunscrevendo o instituto às alienações em leilões e através de marchands.

IM]

SUMÁRIO 1. Introdução. 2. ariJ habeas corpus. 2.2. Ar instrumento processual. Estado. 3. Impetração po garantias constitucionais. 3.3. Pessoa jurídica de Impetração contra ato j

coatora. 4.2. a impetraot finalidade. 4.4. Supressãl garantias constitucionais sentença. 4.7. Direito Sl

Direito subjetivo e conf Conclusões.

I. INTRODUÇÃO

Não obstante possa l

tempo, sofrer profundas

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