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A MORTALIDADE HOSPITALAR POR CAUSAS EXTERNAS NO BRASIL E EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DE SÃO PAULO

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A MORTALIDADE HOSPITALAR POR CAUSAS EXTERNAS NO

BRASIL E EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DE SÃO PAULO

Almeida, J.A. P de; Bortolozzo, R. C; Almeida, C. L de; Estefani, R

juulia.piires@hotmail.com; raky_bortolozzo@hotmail.com; caroline_lat@hotmail.com; estefaniplastica@gmail.com

RESUMO: As causas externas resultam muitas vezes em internações e óbitos, por esse motivo este trabalho visa o rastreamento das principais e quais são as idades e o sexo mais afetados por elas. Os dados epidemiológicos irão ajudar os profissionais a se prepararem para o melhor atendimentos desses pacientes. De acordo com os números colhidos no DATASUS, a maior causa de internação e óbitos no Brasil e em Assis é a queda, predominando a faixa etária dos idosos. Outra causa que chama muita a atenção é a que engloba os acidentes de transporte, principalmente, os de motocicleta envolvendo o sexo masculino. Espera-se que este estudo possa ajudar na conscientização e na coleta adequada de dados epidemiológicos a respeito do Brasil, suas regiões e Assis.

PALAVRAS- CHAVE: acidentes; causas externas; epidemiologia; morte.

ABSTRACT: External causes often result in hospitalizations and deaths. For this reason, this work aims to track the main causes ande the ages ande sex most affected by them. Epidemiological data will help professionals to prepare for the best care for these patients. According to the figures collected in DATASUS, the major cause of hospitalization and deathes in Brazil and in Assis are the falls, with a predominance of the elderly age group. Another cause that draws a lot of attention is that which includes transport acidentes, especially motorcycle acidentes involving the male sex. It is hoped that this study can help to raise awareness and adequate collection of epidemiological data about Brazil, its regions and Assis.

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1. INTRODUÇÃO

As causas externas influenciaram na dinâmica da mortalidade nas ultimas décadas, impulsionada pelas transições demográficas, epidemiológicas e tecnológicas. Nota-se uma redução da mortalidade ocasionadas por doenças transmissíveis e uma elevação desses óbitos por causas externas (ARAÚJO, 2014).

As mortes por acidentes e violências, que recebem da Organização Mundial da Saúde (OMS) o nome genérico de "causas externas", ocupam o segundo lugar no perfil da mortalidade geral e é a primeira causa de óbitos na faixa etária de 5 a 49 anos. Entre 1991 e 2000, cerca de 1.118.651 pessoas morreram por esses motivos em nosso país. Desse total, 369.068 foram a óbito por homicídios; 62.480, por suicídio e 309.212, por acidentes e violências no trânsito e nos transportes (BRASIL, 2005).

No estado de São Paulo a mortalidade por causas externa foi 22.195 vindo de residência e 21.921 em ocorrência segundo o município. Esses óbitos decorreram de acidente de trânsito, homicídio, suicídio e queimadura em residência (DATASUS, 2017)

As informações disponíveis sobre óbitos e internações são úteis para monitorar a vigilância epidemiológica das causas externas, apesar de que

[...]não fornecem dados sobre as lesões de menor gravidade, responsáveis por uma grande demanda de atendimento nos serviços de emergência. (MASCARENHA et al., 2009, p. 1658).

Estimativas apontam que para cada homicídio, 20 a 40 casos de violência não fatal são atendidos pelos serviços de saúde (ROSENBERG et al., 2005 apud CECILIO et al., 2012).

Percebe-se na literatura uma vasta publicação referente a mortalidade pós causas externas, porém restringem-se a dados estatístico. Esses dados revelam que as causas mais frequentes são por acidentes, sendo eles, trânsito, quedas e afogamento. São relevantes também os índices em casos de homicídios e suicídios, no qual o predomínio é o sexo masculino (71,5/100mil) na idade de 20 a 60 anos (CORASSA,2017; BATISTA, 2018). Dados estes não trazem uma causa principal do Brasil, comparando as regiões, nem o sexo e a faixa etária de maior relevância, ocorrendo perguntas simples e importantes para que através desse achado possa ser realizado uma intervenção: Qual principal causa de óbitos? Com que idade e sexo é mais comum a evolução para óbitos? Que tipo de estratégia poderá reduzir esse índice apresentado? Essas e outras questões merecem estudos profundos, sérios e objetivos.

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Diante desses questionamentos, o presente estudo tem como objetivo a caracterização dos atendimentos por causas externas no Brasil e fazendo um comparativo com uma cidade do interior de São Paulo, considerando o fator mortalidade.

Espera-se que com essas informações possamos identificar a realidade da região em relação aos índices de mortalidade por causas externas atendidas na Unidade de Pronto Atendimento e o planejamento de ações de prevenção e estratégias de controle de acordo com os índices identificados como agravantes de mortalidade.

2. MÉTODO

Trata-se de um estudo epidemiológico e descritivo, realizado entre novembro de 2019 a abril de 2020, por meio de dados que constam no sistema de informação do DATASUS do Ministério da Saúde.

Fizeram parte do estudo todos os óbitos, de todas as faixas etárias, vitimadas por causas externas no período de novembro de 2019 a abril de 2020 no Brasil, comparando com os mesmos dados na cidade de Assis/SP. Optou-se por essa série temporal para garantir dados mais atualizados possíveis da plataforma. Foram adotados como critério de exclusão os dados ignorados e/ou inconsistentes na base eletrônica de dados.

As causas externas foram classificadas de acordo com o Capítulo XX da 10ª Classificação Internacional de Doenças – CID-10 compreendendo as seguintes categorias: acidentes (V01-X59), suicídios/lesões autoprovocadas voluntariamente (X60-X84), homicídios/agressões (X85-Y09), indeterminados (eventos/fatos cuja intenção é indeterminada, Y10 a Y34), sendo as demais categorizadas no grupo “outros”. Entre as causas acidentais estavam os acidentes de transporte (V01-V99); as quedas (W00-W19); afogamento e submersão acidentais (W65-W74). A exposição à fumaça/fogo/chamas e envenenamento/ intoxicação por produto químico e/ou substância nociva foram englobadas nos indeterminados em detrimento do desconhecimento da intencionalidade. As variáveis estudadas foram: sexo, idade e local de ocorrência do óbito. Os óbitos foram divididos em categorias etárias utilizadas segundo a Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde em 0-19, 20-39, 40-59, 60 e mais anos de idade (BRASIL, 2016). Após a coleta das informações, os dados foram tabulados numa planilha eletrônica do Microsoft Office Excel®. Para a análise das variáveis categóricas, utilizou-se a estatística descritiva, as quais foram apresentadas em tabelas de frequências absoluta e relativa. No que se refere ao total de óbitos, número e percentual de óbitos, variação percentual (VP) e razão de proporção de óbitos, foram calculados referente ao período de novembro de

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2019 a abril de 2020, no intuito de analisar o comportamento da mortalidade, nesse período, entre o Brasil e a cidade de Assis/SP.

A VP refere-se à diferença percentual entre o número absoluto de óbitos em cada capítulo da CID-10 antes (x) e após investigação (y).

Para o cálculo da mortalidade proporcional por causas externas foi realizada a divisão do percentual de óbitos do período no Brasil pelo percentual de óbitos do período em Assis/SP. Tendo em vista que os dados utilizados eram provenientes de um site de domínio público, o estudo não necessitou passar por aprovação de Comitê de Ética em Pesquisa, conforme os preceitos éticos estabelecidos na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.

3. RESULTADO

A cidade de Assis, pertence ao estado de São Paulo, geograficamente está na região Sudeste do País. Segundo o IBGE (2020), a população estimada da cidade é de 105.087 habitantes, enquanto o Brasil possui, 211,8 milhões de habitantes até julho de 2020 (IBGE,2020). Os achados deste estudo revelam que foram notificados, no Brasil e em Assis/SP, 13.272 e 12 óbitos por causas externas, no período de novembro de 2019 a abril de 2020, respectivamente.

A região sudeste tem predomino de óbitos (6.051) quando relacionado as demais regiões, seguido da região nordeste (3.280), as faixas etárias mais recorrentes de morte são as mais avançadas, acima de 80 anos, totalizando 21,07% dos óbitos no país (tabela 1).

Tabela 1: Distribuição de óbitos por causas externas segundo faixa etária e regiões do Brasil, novembro de 2019 a abril de 2020.

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FONTE: Autoras,2020.

No Brasil, o sexo masculino é predominante em todos os óbitos por causas externas, totalizando 68,28% (tabela 2).

Queda aparece como principal causa (18,21%), seguido de agressões (8,21%) no sexo masculino. Já no sexo feminino a causa externa que mais causou óbito também foi a queda (12,79%), porém seguido de exposição corrente elétrica (3,26%).

Tabela 2: Distribuição de óbitos por causas externas segundo grupo de causas e sexo no Brasil, novembro de 2019 a abril de 2020.

Período Analisado: Novembro 2019 - Abril 2020

1 Região 2 Região 3 Região 4 Região 5 Região Norte Nordeste Sudeste Sul Centro Oeste

Menor 1 ano 8 19 31 13 3 74 0,56% 01 a 04 anos 9 25 35 19 10 98 0,74% 05 a 09 anos 7 17 24 13 3 64 0,48% 10 a 14 anos 3 25 27 10 2 67 0,50% 15 a 19 anos 46 164 198 67 30 505 3,81% 20 a 29 anos 137 487 566 250 100 1.540 11,60% 30 a 39 anos 101 420 551 195 104 1.371 10,33% 40 a 49 anos 86 380 654 211 109 1.440 10,85% 50 a 59 anos 93 410 716 286 114 1.619 12,20% 60 a 69 anos 80 380 854 364 109 1.787 13,46% 70 a 79 anos 89 399 948 364 110 1.910 14,39% 80 anos e mais 96 554 1.447 538 162 2.797 21,07% Total Geral 755 3.280 6.051 2.330 856 13.272 100,00%

Faixa Etária 1 Total %

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FONTE: Autoras, 2020

Assis apresentou um total de 12 óbitos por causas externas durante os meses de novembro de 2019 a abril de 2020. O sexo masculino foi o único a apresentar registro de óbitos, totalizando 100%. A causa que prevaleceu foi queda (25%) seguida de acidente com automóvel (16,67%). (tabela 3).

Tabela 3: Distribuição de óbitos por causas externas segundo grupo de causas e sexo em Assis/SP, novembro de 2019 a abril de 2020.

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FONTE:Autoras,2020.

A faixa etária predominante em Assis foi de 50 a 59 anos com 33,3% do total de óbitos sendo predominante os acidentes de ocupante de automóvel, queda e exposição a forças animadas (tabela 3).

Comparando os óbitos por causas externas no Brasil e na cidade de Assis/SP, considerando a faixa etária, nota-se um predomínio de óbitos em pessoas acima de 80 anos no Brasil (28,8%), em Assis a faixa etária mais atingida esta entre os 50 a 59 anos (33,3%) (tabela 4).

Analise importante é que em segundo lugar a idade que prevalece na cidade de Assis esta entre 15-19 anos e 40-49 anos, ambos com 16,7% dos óbitos no período.

Tabela 4: Número de óbitos por causas externa em porcentagem comparativa na cidade de Assis/SP e no Brasil, novembro de 2019 a abril de 2020.

FONTE: Autoras,2020

4. DISCUSSÃO

Os resultados apresentados ilustram que, em ambos, Brasil e Assis/SP, houve predomínio de óbitos por causas externas consideradas acidentais como quedas, corroborando estudos

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realizados nas regiões Sudeste (60,4% ) (MELO, BARAGATTI e CASTRO, 2013) e Centro-Oeste (87%) (NAVES et al, 2015) do Brasil, bem como na África Oriental (44,2%) (CHASIMPHA et al, 2015) , referentes à mortalidade geral por causas externas. Segundo dados colhidos no DATASUS no período de novembro de 2019 a abril de 2020, a região Sudeste é a que apresenta maior número de internações e mortalidade considerando a maioria das causas externas. Isso ocorre, principalmente, por uma questão demográfica, já que a região Sudeste é a mais populosa do país.

Com relação ao sexo no período pesquisado, tanto no Brasil quanto na cidade de Assis/SP os maiores percentuais ocorreram no sexo masculino, representando 68,28% e 100% dos óbitos, respectivamente. Em 2013, dados do Ministério da Saúde Brasileiro apontaram que as causas externas foram responsáveis por 151.683 óbitos, sendo a maior parte entre homens (82,2%) (BRASIL, 2016). A prevalência de óbitos em homens também foi encontrada na Austrália (51,4%) (AUSTRALIAN BUREAU OF STATISTICS, 2011) e na Polônia (75,2%) (PIKALA et al, 2014), reforçando a presença predominante masculina na composição dos óbitos por causas externas no panorama mundial. Isto evidencia a vulnerabilidade do sexo masculino para esses tipos de agravos, possivelmente, em função de comportamentos e atividades que os mesmos assumem socialmente e que os colocam em maior risco (NERY, ALVES, RIOS E ASSUNÇÃO, 2013).

Considerando a faixa etária, os óbitos foram mais expressivos no Brasil em idosos acima de 80 anos (28,8%), porém na cidade de Assis/SP nota-se um predomínio entre jovens em idade produtiva (15 a 59 anos), com maior frequência absoluta na faixa etária dos 15- 19 anos; 50-59; 40-49; 30-39 anos (16,7%; 16,7%; 14,8% e 14,1%), semelhante à investigação realizada no estado de Minas Gerais, Brasil, na qual a prevalência dos óbitos por causas externas entre pessoas jovens foi de 43,5% (MELO, BARAGATTI E CASTRO, 2013).

Considerando os óbitos por causas externas em relação a idade no Brasil, os registros desses óbitos podem estar associados à ocorrência de quedas, já que representaram a primeira causa de mortes no país. Sabe-se que a idade avançada está relacionada a condições predisponentes para as quedas como, por exemplo, alterações anatômicas, fisiológicas e físicas decorrentes do processo de envelhecimento associado a doenças crônicas, comorbidades e barreiras arquitetônicas (GAWRYSZEWSKI et al, 2012). A preponderância de pacientes do sexo masculino em praticamente todos os tipos de causas externas de internação chama a atenção para as relações de gênero envolvidas na sociedade em que os pacientes se encontram inseridos, resultando em uma distribuição desigual das internações. Esses aspectos, assim como a influência das diferenças

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comportamentais e de estilo de vida entre homens e mulheres, são comprovados por estudos que também apontam a predominância de homens e adultos jovens dentre as internações hospitalares decorrentes de causas externas no Brasil (BRASIL, 2012; GAWRYSZEWSKI & RODRIGUES, 2006; LIGNANI & VILLELA, 2013; SOUZA & LIMA, 2006).

Outra característica que deve ser ressaltada é a discrepância da proporção de óbitos por causas externas entre o sexo masculino/feminino evidenciado nos países das Américas, inclusive no Brasil (NAVES et al, 2015), incitando a magnitude dos óbitos precoces por causas externas nos homens em idade jovem na cidade de Assis/SP. No Brasil, o coeficiente padronizado de mortalidade por causas acidentais e violentas são superiores no sexo masculino, contudo, observa-se propensão de queda nos índices com o aumento da idade desses indivíduos (SANTOS et al, 2013) .

Essas questões se relacionam diretamente às transições demográfica e epidemiológica, que observamos atualmente, e levam à maior expectativa de vida e um maior contingente populacional entre as pessoas com mais de sessenta anos (Batista; Barreto; Merino et al, 2018).

Neste estudo, apesar da redução dos casos de óbitos na faixa etária inferior aos 20 anos, no Brasil, verificou-se que, na cidade de Assis/ SP este fato não ocorreu no período estudado, 25% das vítimas fatais por causas externas eram crianças ou adolescentes na cidade.

Os óbitos na população infanto-juvenil em outras localidades geográficas apresentam taxa de mortalidade de 17,73%, entre a faixa etária de zero aos 19 anos (SILVA et al, 2012). Em Belo Horizonte, Minas Gerais, as causas externas representaram 18,2% dos casos de internações entre adolescentes de um plano privado de saúde (SANTOS et al, 2013), reforçando a importância da idade e do sexo como preditores no perfil de mortalidade por causas externas para a elaboração de medidas preventivas em âmbito local, regional e nacional.

No Brasil, exposição corrente elétrica apareceu como segunda causa de óbito por causas externas, totalizando 943 mortes no período. Em Assis/SP, agressões e acidentes de transporte terrestre corresponderam à segunda causa de mortes (16,67% cada um). No interior do Estado da Bahia, os homicídios e os acidentes de transportes terrestres foram as principais causas de óbito, uma vez que juntos, nos anos de 2006 e 2010, representaram, respectivamente, 57,5% e 79,9% dos casos fatais por causas externas (SILVA et al, 2012). Embora existam sinais de declínio no Brasil, os homicídios e as

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lesões relacionadas ao trânsito representam por quase dois terços de todas as mortes por causas externas (SANTOS et al, 2013).

Os índices de mortalidade por causas acidentais e violentas são influenciados pelos determinantes socioculturais e têm sido associados com o modelo escolhido para o sistema de transporte prioritário nas estradas e no uso de carros privados sem oferecer infraestrutura rodoviária adequada (SANTOS et al, 2013). Ademais, frente aos altos índices de violações das regras de trânsito, grande parte da violência está associada com o uso abusivo de álcool e drogas ilícitas e da ampla disponibilidade de armas de fogo, segundo o mesmo autor.

Assim sendo, é importante planejamento estratégico, infraestrutura adequada e atuação de órgãos públicos e privados para fiscalização e regulamentação de ações de prevenção e práticas educacionais para minimização dos agravos decorrentes das causas externas no país e no município.

Sugere-se, para estudos posteriores, investigar a distribuição espacial dos óbitos por causas externas entre os sexos, já que não foi possível elucidar as variações no território brasileiro. Tais características limitaram o presente estudo e poderão ser exploradas no futuro, juntamente com testes de associação entre as variáveis e influência dos determinantes socioeconômicos.

5. CONCLUSÃO

Este estudo concluiu que as vítimas de causas externas no Brasil e na cidade de Assis/SP foi, no período de estudo, homens em todas as causas pesquisadas. As causas acidentais prevaleceram em relação às violências e, entre as causas específicas, destacaram-se as quedas, nos dois locais pesquisados, e as agressões e acidentes de transporte em Assis/SP. Os resultados apontaram um dado importante em relação a faixa etária dos óbitos por causas externas na cidade de Assis/SP, nota-se um predomínio em idades jovens, fato que pode estar relacionado por acidentes e violências na cidade.

Espera-se que esta pesquisa possa permitir análises para subsidiar melhorias na qualidade da notificação destes casos, bem como incitar medidas preventivas com a população, para redução dos óbitos por causas externas no país e na cidade em questão.

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