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BEATRIZ ELIAS RIBEIRO VÍCIO E AUSÊNCIA. 1ª edição. São Paulo agosto 2017

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Academic year: 2021

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VÍCIO

E

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BEATRIZ ELIAS RIBEIRO

VÍCIO

E

AUSÊNCIA

1ª edição São Paulo agosto 2017

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Todos os direitos reservados conforme Lei dos Direitos Autorais. Obra registrada no Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca Nacional. EDA.

CAPA: Flavia Pozzobon

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Somos quem não somos, E a vida é pronta e triste.

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PREFÁCIO

“ Vício e Ausência” visa unir vivências. A partir de histórias comuns, retrata, sem subterfúgios, a identidade de muitos adolescentes durante esse período da vida. Além disso, visa refletir e demonstrar questões muito presentes no cotidiano de jovens diante de dúvidas frequentes em relação ao futuro, tais que podem levar até ao nascimento de um sentimento de rebeldia entre eles. Rodrigo Silva Medeiros, o protagonista da nossa história, assim como todos os outros jovens, vai se encontrar em situações delicadas, nas quais ele, sozinho, terá que escolher e fazer decisões que podem mudar seu futuro. É possível perceber que os conflitos aqui retratados, que possuem uma aparência de fatos simbólicos ou distante da realidade dos jovens, estão mais perto do que parecem no cotidiano e na vida desses indivíduos que vão, na adolescência, formular suas identidades únicas e exclusivas e entrarão, enfim, na sociedade adulta. Esses conflitos, que envolvem namoro, família, lar, sexo, brigas, amigos, drogas, violência, entre outros, se desenvolvem na vida de quase todo adolescente. E estar pronto a lidar com essas situações faz toda a diferença entre se tornar adulto ou se perder numa ‘ terra de nunca’.

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A história foi escrita pela autora Beatriz Elias Ribeiro aos treze anos, quando ainda cursava segundo segmento do Ensino Fundamental no Colégio Pedro II. Sua inspiração partiu justamente de observações de vidas e de debates em sala de aula.

Espera-se que essa obra contribua para que outros jovens tenham também a oportunidade de refletir e discutir criticamente acerca das muitas possibilidades e dificuldades por que podem passar, cientes de que para cada escolha há sempre consequências para as quais a melhor opção é estar ciente.

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PREÂMBULO

Quem é Rodrigo Silva Medeiros?

Rodrigo pegou o ônibus 457 na Central e ainda pegaria um outro ônibus para chegar em casa. Ele estava voltando de mais um dia de escola, mas, diferente dos outros dias, esse era especial. Era 17 de julho de 2011. Era o dia do décimo-quinto aniversário de Rodrigo Silva Medeiros e, quando ele chegasse à casa, seus pais e seus parentes mais próximos o estariam esperando com bolo e presentes para a comemoração. Ele morava no Catumbi, próximo ao Sambódromo e, para ir à escola todos os dias, ele andava mais de setecentos metros até o ponto de ônibus mais próximo e ainda pegava dois demorados ônibus. Sua casa, de um andar e dois míseros quartos, precisava de uma boa reforma. Porém, toda a renda que entrava para a família, graças ao trabalho de sua mãe, Luciana Costa Souza, uma doméstica honesta, acabava sendo usada pelo pai, Rodolfo Carvalho Medeiros, desempregado, para comprar drogas ou se embebedar.

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O pai de Rodrigo, Rodolfo, era um viciado em drogas já havia mais de meia década, e surtos ou crises eram comuns em casa. A mãe, sem estudos ou ajuda, não sabia o que fazer em relação ao marido: escolheu não se separar para preservar o filho único, Rodrigo, que podia levar sérias consequências psicológicas ou até mesmo se envolver com drogas também, se descobrisse a realidade do pai. Além disso, ela deixava em segredo o vício do pai, algo difícil, mas possível, pois, na maioria das vezes, o pai só chegava à casa tarde, enquanto Rodrigo dormia. Quando o pai ficava sumido por mais de dois dias, Rodrigo era encaminhado pela mãe para a casa da tia, irmã de Luciana, para não se encontrar com o pai em estado caótico. Na cabeça de Rodrigo, o pai saía para trabalhar, prestava serviços como segurança noturno e, por isso passava dias fora e, quando a mãe encaminhava Rodrigo para a casa da tia, era consequência do medo dela de ficar sozinha com o filho em casa num bairro perigoso. Apesar de todas as crises e brigas entre a mãe e o pai, Rodrigo ainda não sabia que isso se devia às drogas, pois achava essa realidade distante, irreal em sua vida. Apesar do fato de que bairro onde ele morava era perigoso com a realidade das drogas, ele se imaginava longe disso, pois acreditava que sua família, inclusive seu pai, eram dignos e honestos e não se misturavam com esses problemas. Infelizmente, ele não sabia quais

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eram as causas das drogas nos organismos e nem que seu pai era um exemplo fatídico disso.

Luciana já havia pensado em internar o marido duas ou três vezes, porém, frente ao caótico serviço público de saúde e o medo de o filho descobrir a verdade, optou em aturá-lo. Além disso, quando o marido se drogava, várias vezes, aparecia em casa atormentado e agressivo para com a mãe, chegando ao cume de até mesmo bater nela duas ou três vezes. Luciana pretendia esperar o filho fazer dezesseis anos para lhe contar toda a verdade e, então, poder se separar.

Ao chegar à casa naquele dia de aniversário, entretanto, Rodrigo encontrou apenas a mãe, Luciana, esperando por ele. Havia apenas uma fatia de bolo e, a mãe estava chorando. Perguntou, rapidamente, o que havia acontecido e ela, para não lhe contar a verdade, disse que estava chorando de alegria pelo filho ter completado os quinze anos. Cantou parabéns junto com ele e explicou-lhe que fariam uma comemoração maior depois. Explicou-lhe também que o pai havia saído para um trabalho que apareceu de última hora e que não podia rejeitar. Na realidade, o pai havia se drogado de manhã, levando consigo o dinheiro do bolo de aniversário. Rodrigo compreendeu a situação tal qual a mãe havia lhe contado e passou o resto do dia com a namorada, Jacqueline Alvarenga, de 14 anos.

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Jacqueline era uma garota jovem, de apenas 14 anos, moradora de Botafogo, com uma renda familiar mais estável: a mãe era gerente de laticínios de um supermercado e o pai era bancário. Nenhum deles possuía problemas psicológicos ou vícios e, a escola onde Jacqueline estudava era considerada bem melhor que a de Rodrigo. Enfim, a família de Jacque não era rica, porém, era de classe média, mais alta. Os dois se encontraram pela primeira vez num shopping e, por coincidência também, pela segunda vez, na praia. De lá se tornaram amigos até namorarem. Porém, Rodrigo se sentia envergonhado perante a renda familiar baixa do pai e da mãe e jamais havia contado a Jacque que era pobre. Os pais de Jacque aprovavam o namoro com Rodrigo, pois, assim como ela, pensavam que Rodrigo vinha de classe média, assim como eles. Apenas estranhavam o fato de que nunca haviam visitado a casa dele ou conhecido os pais. O namoro dos dois era estável, se viam várias vezes por semana e conheciam bem um ao outro. Além disso, confiavam plenamente no outro e faziam várias atividades juntos.

Esse mundo de verdades ocultas virará conflitos intermináveis nos próximos meses para Rodrigo e as pessoas que ele mais ama mostrarão faces até então desconhecidas suficientes para virar a vida de Rodrigo de cabeça para baixo. O que Rodrigo não sabe é que, infelizmente, ele vai se encontrar em uma situação aparentemente sem saída, tendo em vistas os fatos.

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idealizada. Na cabeça de Rodrigo, ele vai ficar em dúvida em relação a toda a sua identidade, sua vida, seus valores: ele acreditará que toda sua visa foi uma farsa, uma grande mentira, se revoltará, e começará a usar drogas assim como o pai. Com o desenvolvimento da história, mais conflitos serão mostrados e explicados detalhadamente, para levar ao leitor a fazer uma reflexão sobre a vida daquele personagem, e até refletir sobre sua própria vida.

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