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XVI Semana Acadêmica, VII Encontro Regional de Educação Matemática e III Encontro de pós-graduação
lato-sensu em Educação e Educação Matemática:
A Matemática, suas áreas e aplicações
MATEMÁGICA NA PRÁTICA
Adriana de Souza Lira1 Universidade Federal do Tocantins
adriana.lira@uft.edu.br
Moisés da Silva Santos2 Universidade Federal do Tocantins
moisestex92@gmail.com
Luan Alves Ferreira
3Universidade Federal do Tocantins
luan.aragominas@gmail.com
Resumo: Este trabalho diz respeito a uma atividade realizada no Colégio CAIC Jorge
Humberto Camargo, em parceria com o Núcleo PIBID de Matemática da Universidade Federal do Tocantins – Câmpus de Araguaína. A questão problematizadora considerou a hipótese de explorar mágicas para contextualizar conceitos matemáticos presentes no currículo escolar. O trabalho foi desenvolvido com os alunos do sexto ano que após se apropriarem da matemática envolvida em algumas mágicas as apresentaram na Feira de Matemática da escola. Como resultado os alunos estimulavam a curiosidade dos participantes à medida que desvelavam os segredos das mágicas a partir de propriedades matemáticas muitas vezes já estudas pelos alunos.
Palavras-chave: PIBID; Matemática; Mágica. 1. Introdução
1 Aluno do 5º período da graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal do Tocantins –
UFT. Bolsista do Núcleo do PIBID de Matemática de Araguaína, atuando no CAIC – Jorge Humberto Camargo.
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Aluno do 4º período da graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal do Tocantins – UFT. Bolsista do Núcleo do PIBID de Matemática de Araguaína, atuando no CAIC – Jorge Humberto Camargo.
3 Professor da Rede Estadual de Ensino do Tocantins. Supervisor Colaborador do Subprojeto PIBID de
Matemática na Escola CAIC Jorge Humberto Camargo em Araguaína – Tocantins. Graduando do curso de Especialização em Educação Matemática - (EEDUCMAT) pela Universidade Federal do Tocantins – UFT, campus Cimba.
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A matemática é vista como algo distante da realidade vivenciada pelo aluno, sendo mais sentida nas séries do Ensino Fundamental. É essencial que professores mostrem aos alunos que conteúdos matemáticos estão ligados ao cotidiano, sendo em cálculos presentes no dia a dia, quanto no raciocínio lógico para resolução de problemas, mostraremos neste trabalho que as mágicas podem ensinar muito sobre conteúdos e práticas matemáticas.
O presente trabalho se iniciou no planejamento onde dispomos de tempo para efetuar a ideia de apresentar as mágicas na feira da matemática da escola local, e pesquisar as mágicas em que pudéssemos aplicar e contextualizar a matemática. Nesse viés utilizamos do artifício da internet para ter acesso a algumas mágicas, usamos também dos momentos de planejamento para juntos comentarmos e discutirmos a relevância das mesmas, escolhendo assim as que mais iriam contribuir para o ensino da matemática. Na sequência utilizamos a perspectiva do “eu, nós, vocês” (Lemov, 2011, p. 89), começando com o professor explicando sobre tema, em seguida realizando as mágicas para então solicitar aos alunos que fizessem juntos criando assim a oportunidade para que os alunos desenvolverem sozinhos, a atividade.
Pensamos antes de tudo em conteúdo que as séries já haviam estudado para ter um rápido entendimento ao terem contato com as mágicas e também para que pudessem explicar aos visitantes da feira. Depois de escolhermos as mágicas partimos para a confecção dos materiais (fichas, cartazes, cartolas) a serem utilizados na apresentação, no mesmo sentido expomos aos alunos e explicamos as mágicas referindo-se aos conteúdos por trás de cada uma dela, mostrando a eles as aplicações matemáticas.
Nesse momento efetuamos as divisões dos grupos para cada grupo trabalhar especificamente com uma mágica, deste modo os alunos praticavam entre si revezando para que todos tivessem contato com a prática das mágicas. Ao fim, fomos às preparações finais para feira e no momento da realização os bolsistas se dividiram para estarem presentes auxiliando na apresentação das mágicas.
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2. Mágicas escolhidas:
I. Vou adivinhar seus pensamentos!
Muitos autores têm dedicado seu tempo a escrever livros sobre truques simples e de efeitos mágicos, dirigidos ao público de todas as idades, baseados em propriedades, às vezes insuspeitas, advindas de astúcias simples da matemática. Essa mágica trabalha o conteúdo de múltiplos, o apresentador fala os passos que os participantes devem seguir para que ao final de todos os passos o apresentador descubra o pensamento do mesmo, contudo os passos levam a uma única resposta já conhecida por quem apresenta a mágica.
Primeiramente pede-se que o participante escolha um número de 1 a 10, depois de escolhido o número precisa que se multiplique por 9, e em seguida some os dois algarismos do resultado (o resultado desta soma deverá ser um número múltiplo de 9). Em seguida subtrai 5 deste resultado obtido devendo ser o resultado igual a 4, logo após imaginando que o alfabeto é composto por números, e cada número representa uma letra por exemplo: A=1, B=2, C=4 e assim por diante e identificar qual letra o número representa, como se trata do número 4 a letra a se obter será a D, nesse passo o apresentador mostraria fichas como exemplos. Depois de pensado na letra, o participante deveria pensar em um país que comece com a letra D (julgamos de início que o país escolhido será DINAMARCA, pois é um dos mais conhecidos que começa com a letra D), após a escolha o participante deverá analisar a quinta letra do nome do país escolhido e pensar em um animal com essa letra, depois de seguido todos os passos acha-se a palavra MACACO NA DINAMARCA, e teríamos de antemão a frase escrita em um papel.
II. Soma gigante.
Essa mágica possui os elementos de indução por meio de valor atribuído, soma e subtração. Como você já conhece o primeiro número basta adicionar 19998 para encontrar o
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resultado. O mágico deve seguir os passos de forma precisa para prender a atenção do espectador de forma que ao final ele veja essa soma como uma mágica. Por exemplo, escreva num papel o número 24754 e entregue ao aluno para ele guardar. Escreva no quadro 4756, peça para o aluno escolher um número natural de quatro algarismos aleatórios; escreva esse número escolhido por ele abaixo do seu, escolha outro número e o deixe escolher mais um. Escolha mais uma vez e peça para ele efetuar a soma. Incite-o a conferir o papel que você deu no início da mágica. Essa mágica funciona da seguinte forma: o primeiro algarismo da resposta sempre será 2, os três algarismos centrais são os primeiros algarismos do número que iniciei a mágica, e o último algarismo é duas unidades menor que o último algarismo do número pensado inicialmente, isso funciona pois adicionei aos números que o participante escolheu o valor que faltava para 9.999 como fiz esse processo duas vezes preciso descontar duas unidades do último algarismo e esse é o truque.
III. Raiz digital.
Para realizar essa mágica matemática, trabalhamos o princípio da prova dos nove, também conhecida como noves fora. Para isso, antes de tudo devemos entregar um papel dobrado ao participante com o número 5 que ele abrirá apenas no final da mágica. No intuito de facilitar a conta que será feita pelo mesmo, podemos usar calculadora e seguimos a sequência:
Escolha um número natural qualquer;
Multiplique o número escolhido por 2;
Some uma unidade a esse número;
Do resultado, multiplique-o por 5;
Subtraia o número pensado do resultado;
Por fim, do resultado final, some todos os algarismos desse número, por exemplo: 159 = 1+5+9 = 15.
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Para finalizar pedimos para que o participante abra o papel dado no início, o resultado final deverá ser cinco.
3. Considerações finais
Por meio da realização das mágicas, pudemos incentivar a participação dos estudantes na prática de atividades matemáticas, por serem executadas pelos próprios alunos, promovendo assim uma maior interação e envolvimento de todos. Com isso, notamos interesse dos mesmos em realizar as mágicas, mesmo envolvendo matemática despertava a curiosidade de todos para saber o truque por trás das mesmas, e a vontade de realizá-las com os colegas para que eles também sentissem a mesma motivação.
É importante ressaltar a necessidade de inserir na rotina escolar atividades que não sejam de praxe e que os instiguem a participar, desse modo lançamos um olhar diferente sobre a matemática, amenizando o receio dos alunos com a disciplina.
6. Referências
LEMOV, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. 3. ed. São Paulo: da Boa Prosa, 2011. 328 p. Tradução de Leda Beck; consultoria e revisão técnica Guiomar Namo de Mello e Paula Louzano.
AFINI, Dais Capucho; VIEIRA, Gustavo Borges; ROLINO, Joelson Vitor. Mágica com a matemática: aplicando as potências de dois. In: SEMINÁRIO DE SOCIALIZAÇÃO DO PIBID - UNIFAL-MG, não use números Romanos ou letras, use somente números Arábicos., 2012, Alfenas. Anais... . Alfenas: Sspibid, 2012. p. 1 - 3. Disponível em: <https://www.unifal-mg.edu.br/sspibid/sites/default/files/file/S02745.pdf>. Acesso em: 18 set. 2018.