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Requête du Père José Maria An tunes au Ministre des Colonies (24-VII-1919)

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Duquesne University

Duquesne Scholarship Collection

Angola:1904-1967

Spiritana Monumenta Historica

1971

Requête du Père José Maria An tunes au Ministre

des Colonies — (24-VII-1919)

António Brásio

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Recommended Citation

Brásio, A. (Ed.). (1971). Requête du Père José Maria An tunes au Ministre des Colonies. In Angola: 1904-1967. Pittsburgh, PA: Duquesne University Press.

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R E Q U E T E D U PERE JO SE M A R IA A N T U N E S A U M IN IS T R E D E S C O L O N IES

(24-V II-1919)

SOMMAIRE — Le Procureur des Missions demande au Ministre la faculte d’ouvrir un seminaire et une ecole profession- nelle annexe, pour la formation de missionnaires pre- tres et laiques pour I’Afrique portugaise.

Ex.mo Sr. Ministro das Colonias

Diz Jose Maria Antunes, Procurador Geral das Missoes do Espfrito Santo do Congo e Angola, junto do Ministerio das Colonias, que os chefes das 24 missoes a seu cargo nao cessam de Ihe representar que as missoes nacionais e naciona'li- zadas de Angela estao numa deploravel crisa de pessoa'l; os velhos missionaries, sem que tenham recebido refor^o desde ha dez anos para ca, vao desaparecendo pela morte, pela doen^a e pelo consafo, faltando quern os possa substituir na grandiosa e patriotica obra da civiliza^ao do indigena, por estarem encer- rados na Metropo'le todos os estabelecimentos de forma^ao de missionaries para as missoes religiosas de Africa desde 1910. A mesma reclama^ao e repetida constantemente pelos Gover- nadores Gerais das nossas Provincias Ultramarinas, que tern abertamente feito notar que, ao passo que este facto se esta dando com as missoes catolicas, as unicas que sao nacionais e naciona'lizadas, estao-se por outro lado desenvolvendo assom- brosamente as missoes protestantes estrangeiras, desnaciona- lizando completamente o nosso sertao africano. Da veracidade do que afirmo pode V. Ex.a obter informa^oes importantes da

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Reparti^ao do Ministerio das Colonias que tem a seu cargo o servigo das missoes ultramarinas.

Ao passo que tao triste situa^ao se esta dando entre nos, posto de parte este problema tao grave das nossas missoes reli- giosas coloniais, ve-se agora mesmo na questao das missoes catolicas alemas, na conferencia da paz, a importancia que as grandes potencias ligam cada vez mais a ac^ao das suas mis­ soes religiosas, tao de sobra esta provado que e so por meio destas que se civilizam os povos barbaros e selvagens. A Franca gastou rios de dinheiro nas suas ccdonias com missoes laicas civilizadoras, mas nao consta que uma so de entre elas tenha podido subsistuir entre o gentio, ainda barbaro, a ac$ao civi- lizadora da missao religiosa; por isso conservou essa na^ao cuidadosamente todas as suas missoes catolicas e cada vez mais as protege e auxilia com o maior carinbo.

As nossa missoes religiosas pertencem a duas categorias: umas dirigidas por padres seculares, formados no antigo Cole- gio de Cernache (hoje transformado em Colegio laico para missoes civilizadoras), outras, as dos Congreganistas, sao ser- vidas por pessoal portugues e estrangeiro, constando em An­ gola de 74 missionaries portugueses, padres e auxiliares e de 44 estrangeiros, padres e auxiliares. As irmas das missoes ultramarinas, quase todas portuguesas, sao em numero de 23. Todas estas missoes foram sempre consideradas como nacionais ou nacionalizadas e a este titulo o Estado as tem subsidiado ate ao presente; em todas elas flutua a bandeira da nossa patria e nelas se ensina a nossa lingua e a nossa historia. Ora uma obra tao grandiosa, admirada e enaltecida pelos coloniais de maior renome, que tanto tem feito e esta fazendo pela civili- za^ao da nossa Africa — esta-se definhando e amea^a com- pleta ruina, porque nao existe na Metropole seminario a'lgum para formar missionaries que vao substituir os que vao desapa- recendo, ceifados pela morte. Por isso o suplicante, tendo a seu cargo velar pela conserva^ao e bem das missoes que Ihe deram

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o seu mandate, situafao que desde 1904, data em que assu- miu o seu cargo, todos os governos reconheceram, vem respei- tosamente propor a V. Ex.a o seguinte:

1. ° Nos termos em que a lei permite os actuals semina- rios da Metropole e observando as leis da na^ao o Suplicante propoe-se abrir em nome das missoes, de que e Procurador, um Seminario do curso teologico e preparatories para todos os jovens que desejem seguir a carreira de missionario nas nossas possessoes ultramarinas.

2. ° O Suplicante confiado no espirito patriotico e religioso que sempre animou o povo portugues, tern a convic^ao de que os catolicos o ajudarao na sua empresa, pe'lo que nao pede ao Estado subsfdio algum para iniciar a sua obra.

3. ° O Suplicante atendendo a que a sua empresa tern por fim a civilizafao dos povos das nossas colonias, deseja que a obra que vai iniciar fique colocada sob a protec^ao do Minis- terio para a colocafao nas missoes dos alunos que terminarem o seu curso.

O Suplicante sabendo por experiencia que para a missao moderna se precisa de um grande numero de auxiliares que conhefam a fundo a agricultura, as artes e os oficios mais neces- sarios a vida africana, tenciona abrir uma Escola agricola pro- fissiona'l, anexa a escola de missionaries, para, em conformi- dade com o decreto 5778 de 10 de Maio de 1919, poder dar as missoes que se forem criando a organiza^ao de missoes civi- lizadoras, como determinam os artigos 14 e seguintes do mesmo decreto.

Como a obra que o Suplicante deseja abrir depende do Ministerio da Instru^ao o Suplicante, em vista do grande bem que a sua iniciativa esta destinada a produzir nas nossas colo- nias, pede a V. Ex.a, Sr. Ministro das Colonias, se digne recomendar ao Ex.mo Sr. Ministro de Instru^ao o que for

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indis-pensavel para que se estabele^a o Seminario assim destinado a forma^ao de missionarios para as nossas colonias, nos termos em que funcionam os outros seminarios do pais, com a obra anexa de auxiliares, conforme fica exposto neste requerimento; por isso

Pede a V. Exa se digne de£erir-lhe Saude e Fraternidade 24 de Julho de 1919.

Jo se M a r ia A n tu n e s

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