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Segunda Prova Nível Alfa

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Academic year: 2021

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Segunda Prova N´ıvel Alfa - 2021

.

Resolu¸

ao comentada

Quest˜ao 01: Em uma cidade s´o existem dois jornais, que chamaremos de Di´ario do A e Jornal do B para facilitar. Nesta cidade todo mundo lˆe pelo menos um jornal.

O Di´ario do A ´e lido por 40% da popula¸c˜ao e o Jornal do B ´e lido por 70% da popula¸c˜ao. O Di´ario do A lan¸cou uma propaganda para aumentar sua popularidade e esta foi muito bem sucedida: ap´os a campanha publicit´aria, o p´ublico leitor do Di´ario do A passou a ser 50% da popula¸c˜ao. A propaganda n˜ao fez ningu´em deixar de ler os jornais que j´a liam, apenas fez alguns leitores do Jornal do B passarem a ler tamb´em o Di´ario do A.

Depois da propaganda, qual a porcentagem da popula¸c˜ao que lˆe apenas o Jornal do B?

.

Solu¸c˜ao: O enunciado traz que, depois da propaganda, 50% da popula¸c˜ao lˆe o Di´ario do A e, al´em disso, a quantidade de pessoas que lˆe o Jornal do B se mant´em em 70%. Como todos os habitantes leem pelo menos um jornal - e isso se mant´em ap´os a propagada - a quantidade de pessoas que leem os dois jornais ´e dada por:

50% + 70% − 100% = 20%

Desse modo, a porcentagem da popula¸c˜ao que lˆe apenas o Jornal do B ´e de 50%, pois: 70% − 20% = 50%

OBS: A situa¸c˜ao anterior pode ser representada pelos Diagramas de Venn. Considere que cada parte do diagrama da Figura 1 est´a organizada da seguinte forma: A representa a porcentagem de leitores do Di´ario do A; B representa essa porcentagem para o Jornal do B; U representa o conjunto universo (no caso, popula¸c˜ao da cidade). Assim, sendo x a porcentagem dos leitores que leem simultaneamente os dois jornais, a quantidade dos que leem somente o Di´ario do A ´e 50% − x e, somente o Jornal do B, 70% − x. Como todos da cidade leem pelo menos um jornal, a porcentagem da popula¸c˜ao fora dos conjuntos A e B ´e nula, e podemos representar a situa¸c˜ao pela Figura 2.

(2)

Figura 1: Representa¸c˜ao do Diagrama de Venn.

Figura 2: Representa¸c˜ao do Diagrama de Venn para o problema dos jornais. Dessa maneira:

50% − x + x + 70% − x = 100% =⇒ 50% + 70% − 100% = x =⇒ x = 20%

E, assim, sabendo que a interse¸c˜ao entre os conjuntos possui valor de 20%, a porcentagem da popula¸c˜ao que lˆe apenas o Jornal do B ´e dada por 70% − 20% = 50%.

(3)

Quest˜ao 02: Em uma turma, o professor corrigiu as provas dos alunos e as notas assumiram apenas os valores 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10.

a) Se a turma tiver 12 alunos, podemos afirmar com certeza que h´a dois alunos que tiraram a mesma nota?

b) E se a turma tiver 25 alunos, podemos garantir que ao menos trˆes alunos tiraram a mesma nota? Podemos garantir que quatro tiraram a mesma nota?

c) Qual deveria ser o tamanho m´ınimo da turma para garantir que pelo menos cinco alunos tirem a mesma nota?

d) Dado um n´umero natural n ≥ 2, qual deveria ser o tamanho m´ınimo da turma para garantir que pelo menos n alunos tirem a mesma nota? Expresse sua resposta em fun¸c˜ao de n.

Solu¸c˜ao:

a) Os valores poss´ıveis para as notas s˜ao os n´umeros de 0 a 10, totalizando 11 poss´ıveis notas. Tendo 12 alunos, para que nenhuma nota se repetisse, seriam necess´arios 12 valores de notas diferentes, o que n˜ao acontece. Dessa forma, deve ocorrer pelo menos uma repeti¸c˜ao.

Este argumento ´e conhecido como Princ´ıpio da Casa dos Pombos.

b) Do item (a), sabemos que s˜ao 11 notas poss´ıveis. Se considerarmos o caso em que temos apenas dois alunos com cada uma dessas 11 notas, ent˜ao a turma deve ter 22 alunos.

Como a turma possui 25 alunos, os 25 − 22 = 3 alunos excedentes devem possuir uma das 11 notas, o que garante que pelo menos trˆes alunos tiraram a mesma nota.

Mas veja que isso n˜ao garante que tivemos quatro alunos que tiraram a mesma nota, pois ´e poss´ıvel que, desses trˆes alunos restantes, cada um tenha tirado uma nota diferente. Caso isso ocorra, h´a no m´aximo trˆes alunos com a mesma nota.

c) Com argumento semelhante ao item (b), tendo apenas quatro alunos com cada uma das 11 notas, s˜ao 44 alunos no total. Para garantir que haja pelo menos cinco alunos com a mesma pontua¸c˜ao, devemos acrescentar um aluno `a turma, pois esse necessariamente possuir´a uma dentre as 11 notas. Desse modo, o tamanho m´ınimo da turma ´e de 45 alunos.

(4)

d) Dos itens anteriores, temos o seguinte:

i) Para garantir que haja dois alunos que tiraram a mesma nota, o n´umero m´ınimo de alunos na turma ´e 12;

ii) Para garantir que haja trˆes alunos que tiraram a mesma nota, o n´umero m´ınimo de alunos na turma ´e 23;

iii) Para garantir que haja quatro alunos que tiraram a mesma nota, o n´umero m´ınimo de alunos na turma ´e 34;

iv) Para garantir que haja cinco alunos que tiraram a mesma nota, o n´umero m´ınimo de alunos na turma ´e 45.

Perceba que a rela¸c˜ao estabelecida entre o n´umero m´ınimo de alunos da turma e a quantidade de alunos que queremos garantir ´e:

i) 12 = 11 · (2 − 1) + 1 ii) 23 = 11 · (3 − 1) + 1 iii) 34 = 11 · (4 − 1) + 1 iv) 45 = 11 · (5 − 1) + 1

Logo, para os n alunos que queremos garantir, a turma deve possuir, no m´ınimo: 11 · (n − 1) + 1 = 11n − 10 alunos.

Isso porque, se cada nota foi tirada por n − 1 alunos, temos 11 · (n − 1) alunos no total, e adicionar mais um garante a repeti¸c˜ao.

Quest˜ao 03: Dados dois inteiros m, n > 0, dizemos que m e n s˜ao primos entre si se o maior (m´aximo) divisor comum de m e n for 1, ou seja, se mdc(m, n) = 1.

a) Mostre que dois n´umeros naturais consecutivos s˜ao sempre primos entre si.

b) Seja n ≥ 1 um n´umero natural e A um subconjunto de {1, 2, . . . , 2n}. Mostre que se o conjunto A tiver ao menos n + 1 elementos, ent˜ao A possui ao menos um par de n´umeros primos entre si.

(5)

Solu¸c˜ao:

a) Considere dois n´umeros naturais consecutivos n e n + 1. Se existir um n´umero natural d tal que d divide n e n + 1, vale que, para q, k ∈ N, k > q:

n = d · q e n + 1 = d · q + 1 = d · k De onde temos:

1 = d · (k − q)

Ou seja, d divide 1, e portanto d = 1. Por isso, n´umeros naturais consecutivos s˜ao sempre primos entre si (tamb´em chamados de coprimos).

b) Queremos analisar se, tomando um conjunto com pelo menos n + 1 elementos, haver´a pelo menos um par de n´umeros primos entre si. Para isso, utilizemos o item (a).

Do conjunto {1, 2, . . . , 2n}, temos que os ´unicos subconjuntos com n elementos (m´aximo que podemos obter antes de n + 1) em que nenhum deles seja consecutivo s˜ao {1, 3, 5, . . . , 2n − 1} e {2, 4, 6, . . . , 2n}.

Como o subconjunto A deve possuir pelo menos n + 1 elementos, ele possuir´a pelo menos dois n´umeros consecutivos, que ser˜ao primos entre si pelo que j´a hav´ıamos conclu´ıdo.

Quest˜ao 04: Considere um 4ABC (triˆangulo ABC) e seja M o ponto m´edio do segmento AB. Para cada ponto F pertencente ao segmento CM , constru´ımos duas retas e obtemos dois pontos:

• O ponto B0 ´e obtido pela intersec¸c˜ao do lado AC com a reta←→BF . • O ponto A0 ´e obtido pela intersec¸c˜ao do lado BC com a retaAF .

Assumimos que o quadril´atero determinado por A, B, A0 e B0 est´a inscrito em uma circunferˆencia, ou seja, existe uma circunferˆencia que cont´em os quatro pontos. Assumimos tamb´em que as retas ←AB→ e ←−→B0A0 s˜ao paralelas.

(6)

A Figura 3 ilustra a situa¸c˜ao:

Figura 3: Representa¸c˜ao do 4ABC e dos pontos anteriormente determinados. (a) Mostre que os segmentos CM e AB s˜ao perpendiculares.

(b) (Item de quest˜ao a ser respondido com o GeoGebra) Dˆe um exemplo de um 4ABC e um ponto F ∈ CM tais que o quadril´atero determinado por A, B, A0 e B0 n˜ao esteja inscrito em uma circunferˆencia e tal que CM e AB n˜ao sejam perpendiculares. Para responder este item, basta vocˆe anexar uma imagem produzida no GeoGebra, incluindo as coordenadas dos pontos.

Observa¸c˜ao: Para este item, vocˆe deve considerar o ponto A = (0, 0) e B = (6, 0). Solu¸c˜ao:

a) Como o quadril´atero determinado por A, B, A0 e B0 est´a inscrito em uma circunferˆencia, veja a Figura 4, ent˜ao do teorema sobre ˆangulos que enxergam o mesmo arco (consequˆencia do Teorema do ˆAngulo Central), conclu´ımos que:

i) α := ∠F AB ∼=∠F B0A0 (pois ambos enxergam o mesmo arco A0B) ii) β := ∠B0A0A ∼=∠F BA (pois ambos enxergam o mesmo arco AB0) iii) γ := ∠AA0B ∼=∠AB0B (pois ambos enxergam o mesmo arco AB) iv) θ := ∠B0AA0 ∼=∠B0BA0 (pois ambos enxergam o mesmo arco B0A0).

(7)

α θ θ β A B M C F A0 γ β B0 γ α θ + α θ + β

Figura 4: Representa¸c˜ao dos ˆangulos constru´ıdos no 4ABC.

Assim, como as retas ←AB e→ ←−→B0A0 s˜ao paralelas por hip´otese, ent˜ao

∠CA0B0 ∼=∠A0BA ∼= β + θ, ∠CB0A0 ∼=∠B0AB ∼= θ + α. Em particular temos:

∠CB0A0+ ∠AB0A0 ∼=∠CA0B0+ ∠B0A0B =⇒ θ + 2α + γ ∼= θ + 2β + γ =⇒ α ∼= β.

E isto implica que:

∠CAB ∼= θ + α ∼=∠CBA.

Ou seja, o triˆangulo ABC ´e is´osceles com base AB. Em particular AC ∼= BC. Como M ´e ponto m´edio de AB, temos que os triˆangulos ACF e BCF s˜ao congruentes pelo caso LLL, de onde segue

(8)

que

∠CMA ∼=∠CMB

o que prova que CM ´e perpendicular a AB, como quer´ıamos demonstrar.

b) N˜ao h´a uma ´unica solu¸c˜ao. A constru¸c˜ao de uma situa¸c˜ao semelhante foi feita em https://www. geogebra.org/classic/mqp93ms3. Nela, ´e poss´ıvel movimentar o ponto C de modo a visualizar poss´ıveis coordenadas dos pontos em quest˜ao.

Quest˜ao 05: Dado um n´umero natural n > 1, dizemos que a, b ∈ Z s˜ao congruentes m´odulo n se n for um divisor de a − b, neste caso, denotamos por a ≡ b mod n. Um outro modo de ver a congruˆencia m´odulo n de dois n´umeros inteiros a e b ´e ver que, ao dividirmos a e b por n, obtemos o mesmo resto.

Por exemplo, se n = 5, a = 17 e b = 32, ent˜ao temos que 17 = 3 · 5 + 2 e 32 = 6 · 5 + 2, ou seja, ambos os n´umeros, ao serem divididos por 5, tem resto igual a 2, e portanto temos que 17 ≡ 32 mod 5. Al´em disso, repare que 32 − 17 = 15 ´e divis´ıvel por 5, fato que tamb´em garante a congruˆencia m´odulo 5 entre 17 e 32.

Podemos construir equa¸c˜oes m´odulo n. Consideramos, por exemplo, a equa¸c˜ao 3x ≡ 3 mod 6. Esta equa¸c˜ao tem trˆes solu¸c˜oes distintas no conjunto {1, 2, 3, 4, 5}: x = 1 (pois 3 · 1 = 3), x = 3 (pois 3 · 3 = 9 e o resto da divis˜ao de 9 por 6 ´e 3) e x = 5, (pois 3 · 5 = 15 e o resto da divis˜ao de 15 por 6 ´e 3).

Observa¸c˜ao: Esta quest˜ao exigir´a que vocˆes estudem um conte´udo um pouco mais avan¸cado. Suge-rimos que antes de tentar respondˆe-la, estudem um pouco os v´ıdeos dispon´ıveis no Portal da Matem´atica. a) Quais s˜ao os n´umeros inteiros x tais que 0 ≤ x ≤ 10 e que satisfazem a equa¸c˜ao x2 ≡ 5 mod 11? b) Quais s˜ao as solu¸c˜oes de x2+ 4x − 12 ≡ 0 mod 17, com x inteiro e 0 ≤ x ≤ 100?

c) Seja a um n´umero inteiro. Suponha que 12 seja um divisor de (a − 5) e que 25 seja um divisor de (a + 4). Qual o menor valor positivo poss´ıvel para a? Qual o menor valor poss´ıvel para |a|?

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Teorema Chinˆes do Resto: Sejam n1, n2, n´umeros inteiros positivos primos entre si. Ent˜ao o sistema de congruˆencia lineares

x ≡ a1 mod n1 x ≡ a2 mod n2

(9)

admite uma ´unica solu¸c˜ao m´odulo n = n1n2, em outras palavras, se x1 e x2 s˜ao solu¸c˜oes do sistema, ent˜ao temos que x1 ≡ x2 mod n.

d) Utilize o Teorema Chinˆes do Resto para determinar todos os inteiros x tal que 0 ≤ x < 91 e que satisfazem a equa¸c˜ao

x3+ 88x2− 16x + 48 ≡ 0 mod 91. Solu¸c˜ao:

a) Para resolver essa quest˜ao, podemos verificar de forma direta os restos das divis˜oes por 11 de cada um dos n´umeros em quest˜ao:

02: 0 = 11 · 0 + 0 12: 1 = 11 · 0 + 1 22: 4 = 11 · 0 + 4 32: 9 = 11 · 0 + 9 42: 16 = 11 · 1 + 5 52: 25 = 11 · 2 + 3 62: 36 = 11 · 3 + 3 72: 49 = 11 · 4 + 5 82: 64 = 11 · 5 + 9 92: 81 = 11 · 7 + 4 102: 100 = 11 · 9 + 1

Assim, veja que os n´umeros inteiros, ao quadrado, de 0 a 10, que deixam resto 5 na divis˜ao por 11 s˜ao os n´umeros 4 e 7.

b) Nesse caso, h´a duas solu¸c˜oes poss´ıveis:

1ª solu¸c˜ao: Assim como no caso anterior, ´e poss´ıvel verificar o resto para cada x de 0 a 100. Como seria trabalhoso fazˆe-lo, podemos facilitar os c´alculos observando que ao dividir um n´umero inteiro x por 17, o resto ser´a um inteiro positivo que varia entre 0 e 16, isto ´e, x = 17q + y onde 0 ≤ y ≤ 16 e q ∈ Z. Assim,

x2+ 4x − 12 ≡ 0 mod 17 ⇐⇒ (17q + y)2+ 4(17q + y) − 12 ≡ 0 mod 17 ⇐⇒ y2+ 4y − 12 ≡ 0 mod 17.

Isso porque os termos m´ultiplos de 17 s˜ao congruentes a 0 mod 17, e podemos exclu´ı-los. Isso significa que o estudo da congruˆencia inicial fica reduzido a valores inteiros entre 0 e 16:

(10)

0: 02+ 4 · 0 − 12 = −12 = 17 · 0 − 12 1: 12+ 4 · 1 − 12 = −7 = 17 · 0 − 7 2: 22+ 4 · 2 − 12 = 0 = 17 · 0 + 0 3: 32+ 4 · 3 − 12 = 9 = 17 · 0 + 9 4: 42+ 4 · 4 − 12 = 20 = 17 · 1 + 3 5: 52+ 4 · 5 − 12 = 33 = 17 · 1 + 16 6: 62+ 4 · 6 − 12 = 48 = 17 · 2 + 14 7: 72+ 4 · 7 − 12 = 65 = 17 · 3 + 14 8: 82+ 4 · 8 − 12 = 84 = 17 · 4 + 16 9: 92+ 4 · 9 − 12 = 105 = 17 · 6 + 3 10: 102+ 4 · 10 − 12 = 128 = 17 · 7 + 9 11: 112+ 4 · 11 − 12 = 153 = 17 · 9 + 0 12: 122+ 4 · 12 − 12 = 180 = 17 · 10 + 10 13: 132+ 4 · 13 − 12 = 209 = 17 · 12 + 5 14: 142+ 4 · 14 − 12 = 240 = 17 · 14 + 2 15: 152+ 4 · 15 − 12 = 273 = 17 · 16 + 1 16: 162+ 4 · 16 − 12 = 308 = 17 · 18 + 2 Assim, veja que os n´umeros inteiros de 0 a 16 que satisfazem a equa¸c˜ao s˜ao 2 e 11. Para vermos os n´umeros at´e 100, fa¸camos o seguinte:

i) 2 + 17 · 1 = 19 ; 2 + 17 · 2 = 36 ; 2 + 17 · 3 = 53 ; 2 + 17 · 4 = 70 ; 2 + 17 · 5 = 87. ii) 11 + 17 · 1 = 28 ; 11 + 17 · 2 = 45 ; 11 + 17 · 3 = 62 ; 11 + 17 · 4 = 79 ; 11 + 17 · 5 = 96. Logo, os n´umeros procurados s˜ao

{2, 11, 19, 28, 36, 45, 53, 62, 70, 79, 87, 96}

2ª solu¸c˜ao: Para uma solu¸c˜ao mais direta, observe que x2 + 4x − 12 = (x + 6)(x − 2). Assim, podemos reescrever a congruˆencia dada como:

(x + 6)(x − 2) ≡ 0 mod 17

Isso, em termos de divisibilidade, significa que 17 | (x + 6)(x − 2), ou seja, que o resto da divis˜ao de (x + 6)(x − 2) por 17 ´e 0. Lembremos que se p ´e um numero primo tal que p | ab, ent˜ao p | a ou p | b. Como 17 ´e primo, ent˜ao teremos que 17 | (x + 6) ou 17 | (x − 2), o que em termos de congruˆencias significa que:

(11)

Como 0 ≤ x ≤ 100, estamos procurando os n´umeros entre 0 e 100 que, ao serem divididos por 17, deixem resto 2 ou resto 11 (pois 11 ≡ −6 mod 17). Para encontrar tais n´umeros, basta listar os m´ultiplos de 17 e somar 2 e 11 respectivamente a cada um deles.

Os primeiros m´ultiplos n˜ao negativos de 17 s˜ao:

{0, 17, 34, 51, 68, 85, 102, . . . } Logo, os n´umeros entre 0 e 100 congruentes com 2 m´odulo 17 ser˜ao:

{2, 19, 36, 53, 70 e 87}

e os n´umeros entre 0 e 100 congruentes com 11 (ou -6) m´odulo 17 ser˜ao: {11, 28, 45, 62, 79 e 96}

c) Como 12 ´e um divisor de (a − 5) e 25 ´e um divisor de (a + 4), ent˜ao temos que existem inteiros t e s tais que a − 5 = 12t a + 4 = 25s Assim, a = 12t + 5 a = 25s − 4, igualando estas ultimas express˜oes obtemos:

25s = 12t + 9 – Caso (i). Vamos achar o menor valor de a positivo:

Se a > 0, ent˜ao a + 4 > 4, assim, 25s > 4, ou seja, estamos procurando m´ultiplos positivos de 25.

Veja que para k ≥ 0 temos que 25 · k = 24 · k + k, ou, equivalentemente, 25 · k = 12 · (2 · k) + k, assim,

(12)

portanto, o menor m´ultiplo (positivo) de 25 que deixa res´ıduo 9 ao dividir por 12 ´e 225, ou seja, quando s = 9; desta forma, t = 18 e portanto, a = 12 × 18 + 5 = 221.

– Caso (ii). Vamos achar o menor valor poss´ıvel para |a|:

De forma an´aloga ao caso anterior vemos que para 0 ≤ k ≤ 12, se satisfaz: −25 · k = −12(2k + 1) + (12 − k),

assim, se s satisfaz tal condi¸c˜ao, teremos que

25(−s) = 12(−2s − 1) + (12 − s),

de onde vemos que o menor valor s para o qual 25(−s) deixa res´ıduo 9 ao dividir por 12 ´e s = 3, assim, t = −7 e portanto a = −79, logo, o menor valor poss´ıvel para |a| ´e 79.

d) Queremos resolver x3 + 88x2 − 16x + 48 ≡ 0 mod 91. Somando −91x2 ≡ 0 mod 91 dos dois lados, temos:

x3− 3x2− 16x + 48 ≡ 0 mod 91

Escrevendo f (x) = x3− 3x2− 16x + 48, temos, pelo teste das ra´ızes racionais, que as poss´ıveis ra´ızes racionais de f (x) s˜ao da forma p

±1, onde p divide 48 (termo independente de f ). Portanto, como 48 = 3 · 24 e f (3) = 0, temos que 3 ´e raiz. Assim, podemos fatorar:

x3− 3x2− 16x + 48 = (x − 3)(x2− 16) = (x − 3)(x + 4)(x − 4)

Note que 91 = 7 × 13, portanto se (x − 3)(x + 4)(x − 4) ´e m´ultiplo de 91, ent˜ao ´e m´ultiplo de 7 e de 13, isto ´e    (x − 3)(x + 4)(x − 4) ≡ 0 mod 7 (x − 3)(x + 4)(x − 4) ≡ 0 mod 13 (1)

Pelo Teorema Chinˆes do Resto, existe um ´unico valor de (x−3)(x+4)(x−4) que solu¸c˜ao simultˆanea das congruˆencias acima (pois mdc(7, 13) = 1), sendo esse valor 0. Portanto resolver o sistema ´e equivalente a resolver a equa¸c˜ao original (x − 3)(x + 4)(x − 4) ≡ 0 mod 91.

(13)

Como 7 e 13 s˜ao primos, ent˜ao, do sistema (1), segue que x ≡ 3 ou x ≡ −4 ou x ≡ 4 mod 7 e x ≡ 3 ou x ≡ −4 ou x ≡ 4 mod 13, que ser˜ao as poss´ıveis solu¸c˜oes. Mas −4 ≡ 3 mod 7 e −4 ≡ 9 mod 13, portanto x deve ser congruente a 3 ou 4 mod 7 e, ao mesmo tempo, com 3, 4 ou 9 mod 13. Isso nos d´a 6 sistemas da forma:

x ≡ a mod 7 x ≡ b mod 13

para resolver, com a ∈ {3, 4} e b ∈ {3, 4, 9}. Pelo Teorema Chinˆes do Resto, cada um deles tem uma ´unica solu¸c˜ao m´odulo 91. Assim o conjunto de solu¸c˜oes m´odulo 91 ´e

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