FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR Furosemida Ratiopharm 20 mg /2 ml Solução Injectável
Furosemida
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento: Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar efeitos secundário não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Furosemida Ratiopharm 20 mg/2 ml solução injectável e para que é utilizado 2. Antes de tomar Furosemida Ratiopharm 20 mg/2 ml solução injectável
3. Como tomar Furosemida Ratiopharm 20 mg/2 ml solução injectável 4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Furosemida Ratiopharm 20 mg/2 ml solução injectável 6. Outras informações
1. O QUE É FUROSEMIDA RATIOPHARM 20 MG/2 ML SOLUÇÃO INJECTÁVEL E PARA QUE É UTILIZADO
Grupo fármacoterapêutico: Diuréticos da ansa.
A furosemida é um diurético potente de início de acção relativamente rápido, ou seja, inibe a reabsorção dos iões Na+, K+ e 2Cl- aumentando a secreção de urina e, desse modo, causa a diminuição do volume do sangue e consequentemente a diminuição da pressão arterial.
A eficácia antihipertensora da furosemida é também atribuível a uma redução na resposta do músculo liso vascular ao estímulo constritor.
Foi-lhe receitada a furosemida pela seguinte razão, a qual poderá ser explicada pelo seu médico:
- Se tem edemas devidos a cardiopatias e hepatopatias (ascite);
- Se tem edemas de origem renal (no caso de síndroma nefrótico deve-se tratar a doença de base);
- Se tem edemas ocasionados por queimaduras;
- Se tem insuficiência cardíaca aguda, e particularmente edema pulmonar;
- No caso de crises hipertensivas, conjuntamente com outras medidas terapêuticas; - Para apoio à diurese forçada no caso de intoxicações.
2. ANTES DE TOMAR FUROSEMIDA RATIOPHARM 20 MG/2 ML SOLUÇÃO INJECTÁVEL
- Se tem insuficiência renal com anúria que não respondem a furosemida; - Em caso de coma hepático e pré-coma associado a encefalopatia hepática; - Em caso de hipocalémia grave, hiponatrémia grave, hipovolémia com ou sem hipotensão ou desidratação;
- Se apresenta hipersensibilidade às sulfonamidas (alergia) às sulfonamidas (ex: antibióticossulfonamídicos ou sulfonilureias) e/ou à furosemida ou a qualquer dos componentes do medicamento.
Tome especial cuidado com Furosemida Ratiopharm 20 mg/2 ml solução injectável: - Em caso de obstrução parcial do débito urinário;
- Em caso de hipotensão ou de risco particular de pressão arterial baixa pronunciada (ex.: doentes com estenose significativa das artérias coronárias ou das veias superiores do cérebro);
- Se tem diabetes mellitus manifesta ou latente (controle regular da glicémia); - Se tem gota e hiperuricémia (controle regular do ácido úrico no sangue); - Em caso de síndrome hepatorrenal (insuficiência renal funcional associada com doença hepática grave);
- Em caso de hipoproteinémia (ex.: associada com síndrome nefrótico o efeito da furosemida pode ser diminuído e a sua ototoxicidade potenciada);
- Em caso de alterações na glicemia e testes de tolerância;
- Se apresentar alterações electrolíticas (ex.: hipocaliémia, hiponatrémia);
- Se apresentar alterações de fluidos, desidratação, redução do volume sanguíneo com colapso circulatório e possibilidade de ocorrência de tromboses e embolias
particularmente em idosos com excesso de utilização; - Se tem doença hepática (cirrose e ascite);
- Em caso de ototoxicidade;
- Em caso de utilização em altas doses;
- Em caso de utilização na doença renal grave e progressiva; - Em caso de utilização com sorbitol;
- Em caso de utilização no lúpus eritematoso;
- Em caso de utilização de medicamentos que prolongam o intervalo QT. A monitorização regular do sódio, potássio e creatinina séricos é geralmente
recomendada durante a terapêutica com furosemida, particularmente em doentes com alto risco de desenvolverem desequilíbrios electrolíticos ou em casos de perdas de fluído significativas (p.ex.: devido a vómitos ou diarreia). Hipovolémia ou desidratação assim como qualquer perturbação do equilíbrio electrolítico ácido básico devem ser corrigidos.
Ao tomar Furosemida Ratiopharm 20 mg/2 ml solução injectável com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Foram descritas as seguintes interacções medicamentosas: Hidrato de cloral
Em casos isolados a administração intravenosa da furosemida num espaço de 24 horas após a administração de hidrato de cloral pode levar à ocorrência de rubor,
hipersudorese, ansiedade, náusea, aumento da pressão arterial e taquicardia.
Consequentemente, a utilização concomitante de furosemida e hidrato de cloral não é recomendada.
Medicamentos antihipertensivos
O efeito hipotensor de certos medicamentos antihipertensores (diuréticos ou outros fármacos com efeito de baixar a pressão arterial) pode ser incrementado com a utilização concomitante da furosemida.
Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA’s) e Antagonista da Angiotensina II
Os efeitos hipotensores e/ou renais são potenciados pela hipovolémia, pelo que,
segundo os casos, se torna necessário diminuir a dose ou interromper a administração de furosemida, durante os três dias que antecedem o inicio do tratamento ou em alternativa iniciar a administração concomitante de um IECA em doses reduzidas.
Os doentes a quem sejam administrados diuréticos podem sofrer hipotensão e deterioração da função renal, incluindo casos de insuficiência renal, especialmente aquando da administração concomitante pela primeira vez, ou pela primeira vez em doses elevadas de um IECA ou de um antagonista receptor da angiotensina II. Tiazidas
Como resultado da interacção entre a furosemida e as tiazidas ocorre um efeito sinérgico da diurese.
Medicamentos antidiabéticos
Pode ocorrer um decréscimo na tolerância à glucose, uma vez que a furosemida pode diminuir a acção deste tipo de medicamentos.
Metformina
Os níveis sanguíneos de metformina podem ser aumentados pela furosemida. Inversamente a metformina pode causar uma diminuição nas concentrações da furosemida.
Colestiramina e colestipol
Este tipo de fármacos pode reduzir a biodisponibilidade da furosemida. Glicosídeos cardíacos (ex.: digoxina)
No tratamento simultâneo com glicosídeos cardíacos deve ter-se em atenção que o défice de potássio induzido pela administração da furosemida pode aumentar a sensibilidade do miocárdio ao digitálico, pelo que os níveis de potássio devem ser monitorizados.
Fibratos
Os níveis séricos de furosemida e de derivados do ácido fíbrico (como por exemplo a clofibrato e o fenofibrato) podem estar aumentados durante a administração
concomitante (particularmente em caso de hipoalbuminemia). Deve monitorizar-se o aumento do seu efeito/toxicidade.
Anti-inflamatórios não esteróides
Os anti-inflamatórios não esteróides (por exemplo a indometacina e o ácido
acetilsalicílico) podem diminuir a acção da furosemida, com a consequente redução do seu efeito diurético, natriurético e anti-hipertensor, e provocar insuficiência renal na presença de hipovolémia.
Fármacos ototóxicos (ex.: aminoglicosídeos, cis-platina)
A furosemida pode intensificar o efeito ototóxico de certos fármacos como por exemplo da cisplatina ou de antibióticos aminoglicosídeos como por exemplo a kanamicina, gentamicina e tobramicina, em particular no caso de doentes com disfunção renal. Uma vez que poderão correr danos irreversíveis, este tipo de medicamentos devem apenas ser utilizados concomitantemente com a furosemida se existirem razões clínicas de peso que o justifiquem.
Fármacos nefrotóxicos (ex.: polimixinas, aminoglicosídeos, cisplatina)
A furosemida pode intensificar o efeito nefrotóxico de certos medicamentos, como por exemplo de certos antibióticos como a cefaloridina, cefaloxina, as polimixinas e os aminoglicosídeos.
Antibióticos como cefalosporinas - pode ocorrer dano renal em doentes a receberem tratamento com a furosemida e doses elevadas de certas cefalosporinas.
A hipocalemia provocada em associação com as quinolonas pode potenciar o prolongamento do intervalo QT.
Existe um risco de efeito citotóxico no caso de administração concomitante de cisplatina e furosemida. Para além disso, a nefrotoxicidade da cisplatina pode ser aumentada se a furosemida não for administrada em doses baixas (por exemplo 40 mg em doentes com função renal normal) e com um equilíbrio hídrico positivo, quando utilizada para alcançar a diurese forçada durante o tratamento com cisplatina.
Fármacos que sofrem secreção tubular significativa
A probenecida, o metotrexato e outros medicamentos que, tal como a furosemida sofrem secreção tubular renal significativa podem reduzir o efeito da furosemida. Bloqueadores ganglionares e bloqueadores adrenérgicos periféricos
Os efeitos destes agentes podem ser incrementados pela administração concomitante de furosemida.
Fenobarbital e fenitoína
Estes fármacos podem reduzir a resposta diurética à furosemida. Salicilatos
Doses elevadas de salicilatos administradas concomitantemente com a furosemida podem aumentar a predisposição para a toxicidade salicílica devido a uma excreção renal diminuída ou uma função renal alterada.
Succinilcolina
A succinilcolina pode ver a sua acção potenciada pela furosemida. Sucralfato
Este fármaco pode limitar a absorção da furosemida, verificando-se uma diminuição significativa dos seus efeitos. A administração oral deve ser efectuada com um espaço de duas horas entre os fármacos em questão.
Tubocurarina
O efeito relaxante muscular esquelético destes agentes pode ser atenuado pela furosemida.
Lítio
A excreção do lítio é reduzida pela furosemida, levando a um aumento do efeito
cardiotóxico e neurotóxico do lítio. Consequentemente é recomendável que os níveis de lítio sejam monitorizados cuidadosamente em doentes a receber tratamento com esta associação.
Glucocorticóides
Na associação com glucocorticóides deve considerar-se a hipopotassémia por estas substâncias e o seu agravamento quando do uso de laxantes. Dado as alterações da audição poderem ser irreversíveis a combinação só deve usar-se no caso de indicação vital.
Teofilina
Os efeitos da teofilina ou relaxantes musculares do tipo curare podem ficar aumentados. Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. A furosemida, substância activa da Furosemida Ratiopharm 20 mg/2 ml solução injectável, atravessa a barreira placentária. Durante a gravidez a Furosemida
Ratiopharm 20 mg/2 ml solução injectável só deve ser utilizada quando absolutamente indicada no tratamento de edemas de origem cardíaca, hepática e renal, e unicamente durante um curto período de tempo; não deve ser usada na terapêutica da hipertensão arterial gravídica devido ao risco de isquémia fetoplacentar e consequente hipotrofia fetal. O tratamento com a Furosemida Ratiopharm 20 mg/2 ml solução injectável durante a gravidez requer a monitorização do crescimento fetal.
Durante o aleitamento, deve ter-se em conta que a furosemida passa ao leite materno, podendo inibir o aleitamento. Em tais casos, a doente deve suspender o aleitamento. Condução de veículos e utilização de máquinas
Os doentes reagem individualmente ao tratamento com furosemida, podendo ser afectada a capacidade de condução automóvel e da utilização de máquinas. Este risco é maior no início do tratamento, nas mudanças de medicamento e com a ingestão de álcool.
Informações importantes sobre alguns componentes de Furosemida Ratiopharm 20 mg/2 ml solução injectável
Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por dose, ou seja, é praticamente “isento de sódio”.
3. COMO TOMAR FUROSEMIDA RATIOPHARM 20 MG/2 ML SOLUÇÃO INJECTÁVEL
Tomar sempre Furosemida Ratiopharm 20 mg/2 ml solução injectável de acordo com as instruções do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Indicação do momento mais favorável à administração do medicamento Não aplicável.
Geral
A dose a utilizar deve ser a mais baixa suficiente para alcançar o efeito desejado. A furosemida é administrada por via intravenosa apenas quando a administração oral não é exequível ou eficaz (por exemplo no caso de absorção intestinal diminuída) ou se for necessário um efeito rápido. No caso de ser utilizada a terapêutica intravenosa aconselha-se a passagem à via oral assim que for possível.
Para obter uma maior eficácia e evitar contra-regulação, é geralmente de preferir uma perfusão de furosemida em vez de injecções de bólus repetidas,
A Furosemida Ratiopharm 20 mg/2 ml solução injectável está particularmente indicada nos casos de transtornos de absorção intestinal, ou quando se necessita uma eliminação rápida de edemas.
Se não houver indicação médica em contrário recomenda-se, como posologia inicial, para adultos e adolescentes com mais de 15 anos, 20 a 40 mg (1 ou 2 ampolas) por via i.m. ou i.v.; a dose máxima varia segundo a resposta individual.
Nas crianças: As dosagens devem ser reduzidas em relação ao peso corporal, sendo a dose recomendada de 0,5 a 1 mg/kg de peso por dia até um máximo de 20 mg/dia. A administração i.v. deve ser lenta, não ultrapassar a velocidade de 4 mg por minuto e nunca em conjunto com outros medicamentos na mesma seringa.
Em doentes com perturbação grave da unção renal, recomenda-se uma taxa de perfusão não superior a 2,5 mg/minuto.
A administração i.m. deve-se limitar a casos excepcionais em que nem a via oral nem a i.v. é possível. De notar que a injecção i.m. não é adequada para o tratamento de situações agudas tais como o edema pulmonar.
Nos idosos: Via oral ou via i.v.: dose inicial de 20 mg/dia aumentando de forma gradual até à resposta desejada.
Recomendações de dosagem particulares
A dosagem para adultos, é geralmente, baseada nas seguintes orientações: Edemas associados à insuficiência cardíaca congestiva crónica
A dose oral inicial recomendada é de 20 mg a 80 mg diariamente. Esta dose poderá ser ajustada conforme necessário de acordo com a resposta. É recomendável que a dose diária seja administrada em duas ou três doses individualizadas
Edemas associados à insuficiência cardíaca congestiva aguda
A dose inicial recomendada é de 20 a 40 mg administrados por bólus intravenoso. A dose pode ser ajustada se necessário de acordo com a resposta obtida.
Edemas associados à insuficiência renal crónica
A resposta natriurética à furosemida depende de inúmeros factores, incluindo da gravidade da insuficiência renal e do equilíbrio de sódio, e, consequentemente o efeito de uma dose não pode ser previsto de uma forma precisa. Em doente com insuficiência renal crónica, a dose deve ser titulada cuidadosamente de forma a que a drenagem do edema seja gradual. No caso de adultos, isto significa que a dose pode conduzir a uma perda de aproximadamente 2 kg de peso corporal (aproximadamente 280 mmol Na+) por dia.
A dose oral inicial recomendada é de 40 mg a 80 mg por dia. Em caso de necessidade a dosagem pode ser adequada de acordo com a resposta. A dose diária total pode ser administrada em dose única ou em duas doses individualizadas.
Em doentes dialisados, a dose oral usual de manutenção é de 250 mg a 1500 mg diários. No caso de tratamento intravenoso, a dose de furosemida pode ser determinada
começando com uma perfusão intravenosa contínua de 0,1 mg por minuto, aumentando depois gradualmente a taxa a cada meia hora de acordo com a resposta.
Manutenção da excreção de fluído no caso de insuficiência renal aguda
A hipovolémia, hipotensão e desequilíbrios electrolíticos e ácido-base terão de ser corrigidos antes de iniciar o tratamento com furosemida. É recomendável que a transferência da via de administração intravenosa para via oral seja efectuada o mais rapidamente possível.
A dose inicial recomendada é de 40 mg administrada na forma de injecção intravenosa. Se tal dosagem não conduzir ao aumento desejado na excreção de fluído, a furosemida pode ser administrada em perfusão intravenosa contínua, começando com uma taxa de perfusão de 50 mg a 100 mg por hora.
Edema associado ao síndrome nefrótico
A dose inicial recomendada é de 40 mg a 80 mg administrados diariamente. Esta dose pode ser ajustada conforme necessário, de acordo com a resposta. A dose diária total pode ser administrada em dose única ou em várias doses fraccionadas.
A furosemida pode ser utilizada em monoterapia ou em conjunto com outros antihipertensores.
A dose de manutenção habitual é de 20 mg a 40 mg diários. Em caso de hipertensão associada a insuficiência renal crónica, poderá ser necessária uma dose superior. Crises hipertensivas
A dose inicial recomendada é de 20 mg a 40 mg administrada em injecção por bólus intravenoso. Esta dose pode ser ajustada conforme necessário de acordo com a resposta obtida.
Edema associado a doença hepática
A furosemida é utilizada para complementar o tratamento com antagonistas de aldosterona nos casos em que o tratamento com estes agentes em monoterapia não é suficiente. De forma a evitar complicações tais como a intolerância ortostática ou desequilíbrios electrolíticos ou ácido-base, a dose deve ser titulada cuidadosamente para que a perda inicial de líquido seja gradual. No caso de adultos, tal significa a dose que conduz a uma perda aproximadamente de 0,5 kg de peso corporal por dia.
A dose oral inicial recomendada é de 20 mg a 80 mg diários. Esta dose pode ser
ajustada conforme necessário de acordo com a resposta obtida. Esta dose diária pode ser administrada em dose única ou em várias doses fraccionadas. No caso de o tratamento intravenoso ser absolutamente necessário, a dose unitária inicial é de 20 mg a 40 mg. Apoio à diurese forçada no caso de intoxicações
Para além de soluções polielectrolíticas é também administrada furosemida por via intravenosa. A dose é dependente da resposta à furosemida. As perdas de fluidos e electrólitos podem ser corrigidas antes e durante o tratamento. Em caso de intoxicação por substâncias ácidas ou alcalinas, a eliminação pode ser incrementada
respectivamente através da alcalinização ou acidificação da urina.
A dose inicial recomendada é de 20 mg a 40 mg administrados por via intravenosa. Duração do tratamento médio
De acordo com indicação do médico assistente
Se tomar mais Furosemida Ratiopharm 20 mg/2 ml solução injectável do que deveria O quadro clínico no caso de uma sobredosagem aguda ou crónica depende
primeiramente da extensão e consequências da perda de electrólitos e de fluidos (ex.: hipovolémia, desidratação, hemo-concentração, arritmia cardíaca – incluindo bloqueio A-V e fibrilhação ventricular).
a) Sintomas:
- diurese excessiva com o consequente perigo de desidratação e, em caso de
administração prolongada, hipocalémia. A perda de água e electrólitos pode levar a um estado delirante.
b) Tratamento
- substituição de líquidos e correcção do equilíbrio electrolítico; monitorização das funções metabólicas e, nos doentes com disúria manter o fluxo urinário.
Aos primeiros sinais de choque (suores, náusea, cianose) interromper de imediato a injecção (deixando a agulha na veia), colocar o doente com a cabeça baixa e permitir a livre respiração.
Tratamento medicamentoso:
Diluir 1 ml de uma solução de adrenalina 1:1000 em 10 ml e injectar lentamente 1 ml (correspondente a 0,1 mg de adrenalina) desta solução controlando o pulso e tensão, observando em especial a ocorrência de eventuais arritmias. Pode repetir-se a administração de adrenalina se necessário.
Injectar em seguida um glucocorticóide por via intravenosa (por. ex.: 250 - 1000 mg de metilprednisolona), repetindo se necessário;
Adaptar as doses acima referidas para crianças de acordo com o peso corporal Corrigir a hipovolémia pelos meios disponíveis e completar com respiração artificial, oxigénio e antihistamínicos.
Caso se tenha esquecido de utilizar Furosemida Ratiopharm 20 mg/2 ml solução injectável
Não aplicável.
Se parar de utilizar de Furosemida Ratiopharm 20 mg/2 ml solução injectável Não aplicável
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Furosemida Ratiopharm 20 mg/2 ml solução injectável, pode causar efeitos secundários em algumas pessoas.
Endócrinos e metabólicos
Alterações do equilíbrio hidroelectrolítico (hipocalémia, hiponatrémia e alcalose metabólica) depois de um tratamento prolongado ou quando se administram doses elevadas. Os saluréticos podem causar depleção do potássio, especialmente após insuficiência de potássio na alimentação. Para além disso, doenças como a cirrose hepática podem causar predisposição a estados de deficiência em potássio. Nestes casos, é necessário vigilância adequada e terapêutica de substituição. Certos doentes podem apresentar elevação da uricémia que pode causar ataques de gota em doentes
predispostos. A furosemida, devido em parte à hipocalémia, pode reduzir a tolerância aos hidratos de carbono e assim agravar um diabetes mellitus ou tornar manifesta uma diabetes latente. Têm sido referenciados casos isolados de pancreatite aguda
provavelmente devidos a tratamento de várias semanas com saluréticos, nalguns casos com furosemida. Uma alcalose metabólica preexistente (p.ex. na cirrose hepática descompensada) pode agravar-se com a furosemida.
Em particular no início do tratamento em doentes idosos, a diurese muito intensa pode conduzir a perturbações circulatórias, tais como hipotensão ortostática, hipotensão aguda, sensação de peso na cabeça, tonturas, colapso circulatório, artrite crónica, tromboflebite ou morte súbita (com administração I.M. ou I.V.)
Sistema Nervoso Central
Parestesias, vertigens, febre, visão turva, tonturas, sonolência, confusão mental, sensação de peso na cabeça, secura da boca, perturbações da visão com sintomas de hipovolémia, que, em casos extremos, pode conduzir a desidratação.
Sistema Músculo-Esquelético
Cãibras nos músculos das pernas, astenia. A furosemida pode baixar o cálcio sérico (em casos muitos graves tem-se observado tetania).
Sistema Gastrointestinal
São raros os transtornos gastrointestinais como náuseas, vómitos, diarreia, anorexia, irritação gástrica e oral, obstipação.
Hepáticos
Icterícia colestática intrahepática, hepatite isquémica, aumento das transaminases hepáticas ou pancreatite aguda, podem ocorrer.
Sistema Renal
Sintomas de retenção urinária (em caso de hidronefrose, hipertrofia prostática e estenose arterial), vasculite, glicosúria, aumento transitório da taxa sérica de creatinina e ureia. Nefrite intersticial (raro). Nos prematuros pode surgir nefrocalcinose, por deposição de sais de cálcio no tecido renal.
Se a furosemida é administrada em crianças prematuras durante as primeiras semanas de vida pode aumentar o risco de persistência patente de ductus arteriosus.
Sistema Auditivo
Os transtornos auditivos devidos à furosemida são raros e geralmente reversíveis; a incidência é maior no caso de administração parentérica rápida, particularmente em doentes com insuficiência renal. Podem ocorrer tinidos (transitórios).
Hematológicos
Alteração do hemograma (leucopénia, agranulocitose, trombofilia, anemia hemolítica, trombocitopénia). A trombocitopénia pode tornar-se manifesta, em particular como um aumento da tendência para hemorragias; o médico deve ser consultado neste caso. O tratamento com furosemida pode provocar aumento do colesterol e triglicéridos no sangue. Anemia aplástica (raro)
Reacções membranosas ou da pele
Urticária, rash ou lesões bulhosas, eritema multiforme, dermatite exfoliativa e púrpura. Diversos
Anafilaxia (raro); exacerbação ou activação do lúpus eritematoso sistémico. Parestesias e fotossensibilidade podem ocorrer. Após injecção IM reacções locais tais como dor podem ocorrer.
Se detectar qualquer efeito secundário é aconselhável comunicá-lo ao seu médico ou farmacêutico.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR FUROSEMIDA RATIOPHARM 20 MG/2 ML SOLUÇÃO INJECTÁVEL
Manter fora do alcance e da vista das crianças. Conservar na embalagem de origem.
Não refrigerar.
Não utilize Furosemida Ratiopharm 20 mg/2 ml Solução Injectável após o prazo de validade impresso na embalagem exterior, após "Val.". O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES - A substância activa é furosemida.
- Os outros componentes são: Cloreto de sódio, Hidróxido de sódio, Água para preparações injectáveis.
Embalagens de 5 ampolas de 2 ml de solução injectável contendo 20 mg de furosemida destinados à administração intravenosa ou intramuscular.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Ratiopharm - Comércio e Indústria de Produtos Farmacêuticos, Lda. Edifício Tejo, 6º Piso
Rua Quinta do Pinheiro 2790-143 Carnaxide Fabricante Merckle GmbH Ludwig-Merckle Strasse, 3 D-89143 Blaubeuren Alemanha