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EFICIÊNCIA DE DIFERENTES SUBSTRATOS NO DESENVOLVIMENTO DA ALFACE

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EFICIÊNCIA DE DIFERENTES SUBSTRATOS NO DESENVOLVIMENTO DA ALFACE (Lactuca sativa L.) E QUANTIFICAÇÃO DE ÍONS NITRITO E FOSFATO

PRESENTES EM SEU TECIDO VEGETAL VIA DECOMPOSIÇÃO OXIDATIVA EFFICIENCY OF DIFFERENT SUBSTRATES IN THE DEVELOPMENT OF

LETTUCE (Lactuca sativa L.) AND QUANTIFICATION OF NITRITE AND PHOSPHATE ICONS PRESENT IN THEIR VEGETABLE TISSUE VIA OXIDATIVE

DECOMPOSITION Apresentação: Comunicação Oral

Dayvid Rafael Araújo MENDES1; Antonio Afonso Leite MONTEIRO2; Elilson Santa Brígida DE SOUZA3; Eulane Rys Rufino ABREU4; Mariano Óscar Aníbal Ibañez ROJAS5

DOI:https://doi.org/10.31692/2526-7701.IIICOINTERPDVAGRO.2018.00112

Resumo

Este estudo teve como objetivo avaliar o processo de desenvolvimento da alface (Lactuca sativa L. cultivar americana delícia), cultivadas em substratos orgânicos diferentes, assim como analisar os metais presentes na hortaliça através do método da decomposição oxidativa; a primeira parte do experimento, que consistiu no plantio e colheita, foi conduzida em uma área experimental localizada próxima à entrada do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, campus Codó, em um período de 65 dias. O plantio foi realizado em vasos, utilizando os substratos: esterco de palmeira, esterco bovino, esterco de caprino, areia e terra preta como sendo a testemunha, obedecendo ao delineamento experimental em blocos casualizados. Quinze dias após a semeadura, foi realizado o transplantio das mudas para os diferentes substratos. Após o 30º dia de transplante foi efetuado a coleta das plantas para as averiguações do número de folhas, altura da planta, comprimento do caule, comprimento da raiz e massa fresca das alfaces, tendo sido estas as variáveis utilizadas para a realização de avaliação do desenvolvimento das mudas; os resultados mostraram que o esterco de bovino foi o melhor substrato para a altura da planta, comprimento da raiz, massa total da planta de alface e massa foliar. Já o esterco de palmeira se sobressaiu para o número de folhas; em seguida, as amostras cultivadas em esterco bovino, foram levadas para o Laboratório de Solos do IFMA-Campus Codó para serem realizados os procedimentos de digestão onde, no processo, as plantas de alface foram cortadas em pedacinhos e colocados em um Béquer e levadas à uma estufa 100ºC de temperatura onde ficaram por 6 horas para que se fosse realizado o procedimento de secagem e a seguir, a massa seca foi moída e retirado uma quantidade correspondente a 0,1g suficientes para realizar as análises dos nutrientes; a amostra foi adicionada a um tubo digestor contendo 5 ml de ácido sulfúrico, uma pitada de selênio metálico e uma pitada de sulfato de cobre para, em seguida, ser posta no bloco digestor com temperatura inicial de 20ºC a que foi incrementada gradativamente até chegar a 335ºC em apenas 3 horas; ao final do processo, foi constatado a quantidade de 0,20 e 0,32 g/kg de Nitrogênio e Fósforo, respectivamente, confirmando então a importância agronômica e nutricional da cultura em estudo.

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Palavras-Chave: Alface, substratos, crescimento, digestão. Abstract

The objective of this study was to evaluate the development process of lettuce (Lactuca sativa L.) cultivated in different organic substrates, as well as to analyze the metals present in the vegetables through the oxidative decomposition method; the first part of the experiment, which consisted of planting and harvesting, was conducted in an experimental area located near the entrance of the Federal Institute of Education, Science and Technology of Maranhão, Campó Codó, in a period of 65 days. The planting was carried out in pots, using the substrates: palm manure, bovine manure, goat manure, sand and black soil as the control, obeying the experimental design in randomized blocks. Fifteen days after sowing, the seedlings were transplanted to the different substrates. After the 30 th day of transplanting, the plants were collected for leaf number, plant height, stem length, root length and fresh lettuce mass, and these were the variables used for the development evaluation of seedlings; the results showed that bovine manure is the best substrate for plant height, root length, total lettuce plant mass and leaf mass. On the other hand, the manure of the palm tree stood out for the number of leaves; after the analysis of the variables, the samples were taken to the Laboratory of Soils of the IFMA-Campus Codó to perform the digestion procedures of the lettuce grown in bovine manure, where in the process the plants were cut into small pieces and placed in a Beaker and taken to a greenhouse, where they remained for 24 hours at a temperature of 100 ° C so that if the drying procedure were carried out and then the dry mass was ground and an amount corresponding to 0.1g was withdrawn, enough to carry out the nutrient analysis; the sample was added to a digester tube containing 5 ml of sulfuric acid, a pinch of metal selenium and a pinch of copper sulphate and then placed in the digester block with an initial temperature of 20 ° C which gradually increased until reaching 335 ° C in just 3 hours; at the end of the process, the amount of 0.20 and 0.32 g / kg of Nitrogen and Phosphorus, respectively, was confirmed, confirming the agronomic and nutritional importance of the crop under study.

Keywords: Lettuce, substrates, growth, digestion.

Introdução

A alface é originária da Ásia, precisamente da região mediterrânea e foi trazida ao Brasil por portugueses, na época da colonização, no século XVI; essa hortaliça folhosa é muito popular, sendo cultivada em quase todo o planeta. Ela é de grande importância para a economia, pois a mesma tem propriedades nutritivas que são bem apreciadas, fato este que a torna importante e quase essencial na alimentação do povo brasileiro. Além de ter propriedades diurética e depurativa é utilizada contra a insônia, destacando-se também pelo conteúdo de vitaminas A e C (AGUIAR et al., 2014), assim como vitaminas B1, B2, B5 e C, além de conter Ferro (Fe) e Cálcio (Ca).

__________________________

1 Agronomia, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, campus Codó;

dayvidraf92@gmail.com .

2Agronomia, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, campus Codó;

afonso.lemon99@gmail.com .

3Licenciatura em Ciências Agrárias, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, campus Codó; desouzaelilson@gmail.com .

4Tecnologia em Alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, campus Codó;

eulanerys@gmail.com .

5Doutor em Ciências, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, campus Codó;

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O estudo de substratos diferentes para o plantio de hortaliças proporciona um dos caminhos para o cultivo e desenvolvimento das mesmas de forma diferente da convencional e com rumo à sustentabilidade, porém, é necessário testar e caracterizar os materiais encontrados nas diferentes regiões do país, tornando-os disponíveis como substratos agrícolas (ANDRIOLO, 1999).

NOGUEIRA (2003), afirma que cada vez mais são solicitadas análises dos teores de minerais presentes nas plantas, no solo e também nos alimentos sob a forma de constituinte proteico e mineral, mas para isso deve-se atentar aos métodos analíticos a serem utilizados nas análises, de modo a não haver possíveis interferências do meio externo pois qualquer que seja a análise, poderão haver erros de elevada significância durante o processo de preparo da mesma, o que pode não resultar na obtenção satisfatória e coerente dos dados a serem analisados.

Segundo DE SOUSA et al (2015), a decomposição das amostras por via úmida é denominada DIGESTÃO e muitas vezes chamada de Decomposição Oxidativa. A Digestão consiste na decomposição de compostos orgânicos e inorgânicos em seus elementos constituintes empregando ácidos minerais e aquecimento. Os ácidos minerais atuam na decomposição da fração orgânica da matriz da amostra e apresentam poder de oxidação de moderado a forte, dependendo do ácido.

O objetivo do experimento foi analisar o desenvolvimento das mudas de alface (Lactuca sativa L.) em substratos orgânicos diferenciados, além de realizar a análise de digestão do tecido vegetal da cultura analisada.

Fundamentação Teórica

A dependência da produção agrícola é elevada em relação a fabricação de insumos e, nessa circunstância, os substratos têm tido mais importância, considerando sua utilização extensa no cultivo de hortaliças (SILVEIRA et al., 2002).

A maior produção de alfaces no Brasil está em grande quantidade no Estado de São Paulo, dando destaque as produções de cultivares de verão e cultivares de inverno, isso com as condições de irrigação em diferentes períodos da estação (ANDRADE JÚNIOR; DUARTE; RIBEIRO, 1992).

Ainda existem muitas contestações e controvérsias no Brasil com relação à métodos que devam ser utilizados para haver a identificação dos substratos (ABREU et al., 2002), mas, em um contexto geral, o substrato deve ser leve, absorver e reter, de forma ajustada, a umidade e reunir o macro e micronutrientes cujos teores não podem ultrapassar os níveis definidos, podendo assim preservar a planta dos efeitos fitotóxicos.

GRUSZYNSKI (2002) afirma que há alguns fatores essenciais na composição das propriedades físicas dos substratos, em relação às frações sólidas (tamanho e forma), área de contato e interações específicas com a água, além das características dos poros e sua geometria e espaços entre as partículas, aspectos que juntos atuarão na eficiência da drenagem da água pelo substrato, sendo eficiente também na percolação da água a partir da densidade de enchimento do vaso, determinando sua porosidade total.

Metodologia

Local de estudo

O experimento foi conduzido em uma área de plantio localizada nas dependências do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, campus Codó, no município de Codó-Maranhão, localizado na mesorregião do Leste Maranhense e situado na área de transição entre o Cerrado Maranhense e as Regiões dos Cocais. Vale ressaltar as coordenadas

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geográficas deste município, que são: 4° 26’ 51” latitude Sul; 43° 52’ 57” longitude Oeste de Greenwich. O clima da região é o Sub-Úmido do tipo C2 e Sub-Úmido Seco do tipo C1. As temperaturas médias anuais variam de 26°C e 27ºC, com precipitação média anual de 1.100 mm.

As análises de decomposição oxidativa ocorreram no Laboratório de Solos do Instituto Federal de educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – IFMA, campus Codó.

Materiais e métodos

O delineamento experimental utilizado no experimento foi o DBC (Delineamento em Blocos Casualizados), onde foram avaliados cinco substratos: areia, esterco de palmeira, esterco bovino, esterco de caprino e terra preta como testemunha, consistindo em seis repetições cada, totalizando assim, 30 parcelas. O plantio foi organizado em blocos ao acaso, para que não houvesse interferência tanto da área heterogênea como dos fatores abióticos. Cada bloco teve uma repetição de cada tratamento, com 4 plantas por parcela.

No estudo foi utilizada a cultivar Alface Americana Delicia, cujas sementes, após seleção, foram adquiridas no comércio local; o substrato utilizado para a germinação das plântulas (mudas) das alfaces foi a terra preta, previamente esterilizada, a fim de se eliminar microrganismos patógenos que pudessem estar presentes; o plantio foi efetuado em vasos com capacidade para 5L.

Na semeadura foram utilizadas 4 sementes em cada vaso. Após o plantio e a cada 10 dias após a semeadura, foi realizado o desbaste de plantas daninhas (DAS), retirando-as manualmente dos vasos. Após 15 dias foi realizado o transplantio para os recipientes com os substratos nas seguintes proporções:tratamento 1, 6 repetições com 70% de esterco bovino e 30% de terra preta; tratamento 2, 6 repetições com 70% de estrume de palmeira e 30% de terra preta; tratamento 3, 6 repetições com 70% de esterco de caprino e 30% de terra preta; Tratamento 4, com 6 repetições de 100% de areia lavada e Tratamento 5, que consistiu somente em terra preta, sendo este tratamento utilizado como testemunha.

A irrigação foi feita manualmente, utilizando regadores duas vezes ao dia, pela manhã (07h30min) e à tarde (17h30min); a colheita das plantas foi realizada 65 dias após o transplantio destas e, em seguida, as alfaces foram lavadas para retirar o excesso de substrato presente nas raízes, foram medidas e pesadas. Na análise do crescimento das plantas, foram ponderadas as seguintes características: massa fresca da parte aérea (g), número de folhas, altura das plantas (cm), comprimento de caule (cm) e comprimento das raízes (cm), em relação a cada um dos substratos usados.

Os equipamentos utilizados para esta finalidade foram: balanças de precisão digital, paquímetro digital, régua graduada em cm e mm. Os dados obtidos foram registrados in loco em um notebook e a seguir, submetidos às análises de média e variância para então serem comparadas pelo Teste de Tukey, utilizando o pacote estatístico ASSISTAT para devidas averiguações de dados.

Logo após as análises das variáveis em cada substrato, foi realizada a análise da decomposição oxidativa do tecido vegetal da alface cultivada em esterco bovino com terra preta (Tratamento 1), pois este substrato se mostrou mais eficiente em relação aos demais.

Primeiramente, as plantas foram cortadas em pedacinhos e postas em um béquer (50mL) e levadas à estufa, onde permaneceram por 6 horas a uma temperatura de 100ºC; logo após a secagem a amostra foi moída e realizada a pesagem da Massa Seca (MS) resultante, apresentadas na Tabela 1.

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Fonte: Autores

Após a quantificação da massa total da matéria seca e de cada uma das amostras, foi realizada a pesagem de aproximadamente 0,1g num papel, isento de nitrogênio e fósforo, denominado “corpo de prova”, onde tal procedimento foi efetuado em triplicata e, após isto, cada amostra foi colocada em um tubo digestor. Em seguida foi adicionada 1 pitada de Sulfato de Cobre (CuSO4) e selênio metálico (Se) em cada tubo digestor. Foi também preparado um

“branco” que consistiu em todos os reagentes sólidos, corpo de prova excetuando-se a amostra seca.

Logo após a adição dos compostos químicos sólidos em todos os tubos digestores (incluindo o branco), foi adicionado 5ml de ácido sulfúrico (H2SO4, composto altamente

oxidante) em cada tubo digestor incluindo o branco, para que o ácido digerisse a matéria orgânica. Após esses procedimentos, os três tubos e o “branco” contendo os digeridos foram colocados em um bloco digestor, com temperatura inicial de 20ºC, que foi aumentando gradativamente até atingir 100ºC na primeira hora de análise. Em seguida, foi regulado o bloco digestor e a temperatura subiu até atingir 200ºC, na segunda hora de análise. Após isto, foi regulada a temperatura para que aumentasse gradativamente até atingir 335ºC na terceira hora de análise; após esse procedimento, a temperatura se estabilizou em 335ºC e os tubos digestores ficaram no bloco digestor nessa temperatura por cerca de 10 horas até a total digestão do material orgânico seco da alface e do conteúdo do branco. Após todos os procedimentos realizados, o material estava apto para a análise espectrométrica.

Análise espectrofotométrica

Para realizar as análises espectrofotométricas dos nutrientes, foram utilizados um colorímetro para Nitrogênio e outro para Fósforo, ambos são colorímetros Checker’s da marca HANNA, específicos para a análise destes nutrientes na forma de Nitrito e Fosfato, respectivamente.

Para a limpeza das cubetas, micropipetas e pipetas utilizadas na adição dos estratos e branco nas cubetas, foi utilizada água destilada. Em cada um dos Checker’s foi efetuada a leitura do branco e descontado automaticamente do leitura das amostras digeridas.

• Branco

Tanto para o Fósforo quanto para o Nitrogênio foi utilizado o branco para se efetuar as leituras de cada um destes nutrientes, respectivamente.

• Fósforo

Foi realizado a dissolução do íon fosfato em uma cubeta do colorímetro, onde foi colocado o reagente e 250 microlitros da solução anteriormente preparada em uma cubeta com 10ml de água destilada e, em seguida foi realizada uma segunda diluição para não estourar no colorímetro utilizado, ou seja, para que ele conseguisse fazer a leitura do nitrogênio. Para a segunda diluição, foi retirada mais 250 microlitros e posto em outra cubeta com mais 10 ml de água destilada. Foi utilizada a água como branco para ajustar o equipamento e em seguida foi colocada a cubeta no espectrofotômetro e feito a leitura do fosfato, sendo o resultado de 320 ppm segundo a metodologia do Instituto Adolfo Lutz, já descontadas do branco.

Planta coletada Massa Seca (MS, g)

Alface 5,1511

Total de MS 5,1511

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• Nitrogênio

Foi realizado o mesmo procedimento utilizado na análise do Fosfato. Colocou-se o reagente e 250 microlitros da solução preparada anteriormente em uma cubeta com 10ml de água destilada. A segunda diluição foi realizada com a retirada de mais 250 microlitros dessa solução para que não houvesse o estouro e o aparelho fizesse a leitura. Ajustou-se o colorímetro utilizando a água como branco e em seguida foi colocada a cubeta, que conferiu o valor de 208 ppm naquela amostra analisada, já descontadas do branco.

Os procedimentos tanto para análise de nitrogênio quanto para o fósforo foram efetuados em triplicata.

Resultados e Discussão

Eficiência dos substratos

As medidas biométricas das plantas foram efetuadas logo após a colheita, ponderando-se as variáveis em análise de acordo com a Tabela 2 e, logo após ter sido efetuadas as análises, as plantas foram levadas ao laboratório para serem realizadas novas análises quanto aos teores de nutrientes específicos (nitrogênio e fósforo), presentes no tecido vegetal da alface em estudo.

Tabela 2. Registro dos dados obtidos da contagem do Número de Folhas (NF), das medidas da Altura da Planta (AP), do Comprimento de Raiz (CR), do Comprimento de Caule (CC), das pesagens de Massa Foliar (MF) e Massa Total (MT), por tratamento aplicado em seus respectivos blocos.

TRAT./REP. NF(cm) AP(cm) CC(cm) CR(cm) MF(g) MT(g) BLOCO 1 T1R1 8,00 37,50 13.17 10,30 16,09 20,22 T5R2 6,00 34,80 12,68 10,12 14,50 18,24 T3R4 8,00 23,60 5,46 6,23 7,70 8,83 T2R3 12,00 34,60 9,34 8,80 22,30 36,60 T4R5 7,00 13,20 2,53 5,33 1,00 1,30 BLOCO 2 T3R2 10,00 31,50 10,90 11,10 8,80 10,90 T1R5 10,00 41,60 12,80 10,40 33,43 41,28 T2R5 8,00 34,10 11,08 8,56 18,40 21,60 T4R1 6,00 10,20 1,84 4,50 0,59 0,76 T5R1 7,00 13,80 9,80 10,10 16,60 18,40 BLOCO 3 T2R4 10,00 33,80 8,05 10,80 17,80 20,50 T5R4 8,00 24,6 9,78 8,98 14,30 17,40 T1R2 9,00 38,00 9,50 11,20 19,87 23,80 T3R5 5,00 23,10 5,50 8,44 2,98 4,10 T4R3 7,00 10,80 1,95 5,39 0,16 0,35 BLOCO 4 T5R3 7,00 20,40 9,90 8,97 11,20 12,90 T4R2 2,00 13,90 2,10 8,90 0,16 0,38 T2R1 10,00 37,70 12,40 11,60 13,80 16,80 T3R3 8,00 32,40 8,82 9,14 11,87 13,80 T1R4 5,00 31,50 7,40 10,10 9,20 11,50 BLOCO 5 T4R4 4,00 15,90 1,33 10,52 0,43 0,69 T5R5 8,00 23,40 8,40 7,86 10,90 11,80 T3R1 7,00 18,60 3,81 5,10 4,09 3,60

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T1R3 8,00 34,40 7,20 12,40 15,70 19,20 T2R2 9,00 36,40 8,46 7,92 15,70 18,10 Fonte: Autores

As variáveis analisadas foram submetidas ao Teste Tukey, pelo pacote estatístico PAST, a fim de que houvesse resultados comprobatórios da eficiência dos substratos utilizados, assim como a qualidade dos mesmos, com o propósito de definir aquele que se destacou entre os demais mediante as análises realizadas (Tabela 3).

Tratamentos Variáveis

NF AP (cm) CC (cm) CR (cm) MF (g) MT (g) T1 8,0a* 36,6a 10,014b 10,88a 18,858a 23,2a

T2 9,8a 35,32a 9,866b 9,536a 17,6a 22,72a

T3 7,6a 25,84b 6,898b 8,002a 7,088c 8,246c

T4 5,2b 12,8d 1,95c 6,928b 0,468d 0,696d

T5 7,2a 23,4c 10,112a 9,206a 13,5b 15,748b

Média Geral QMResíduo** CV (%) 7,56 2,865 22,38 26,792 27,1636 19,45 7,768 3,263192 23,25 8,9104 3,807754 21,89 11,5028 19,10259 37,99 14,122 38,09963 43,70 Fonte: Autores

À medida que os aspectos da planta iam sendo analisados, era bem nítida as diferenças resultantes do efeito, em produção, da alface sob a ação dos tratamentos utilizados no experimento, pois os mesmos influenciaram bastante no desenvolvimento da planta, tanto para melhor como para pior, levando-se em consideração a testemunha em estudo, fato este que ficou comprovado ao término das análises comparativas.

Em relação à quantidade de folhas, com base nos dados coletados, concluiu-se que o Tratamento 2(terra preta com estrume de palmeira) sobressaiu-se, comparado aos demais apresentando, porém, pouca diferença com relação ao Tratamento 1(terra preta com esterco bovino). Cabe ressaltar que, apesar destes apresentarem um quantitativo razoavelmente elevado, este fato não nos permite inferir aspectos qualiquantitativos relacionados à viabilidade produtiva, haja vista que há necessidade de se analisar o conjunto total de variáveis, mas que pode possibilitar a identificação de alguns aspectos relacionados às características do substrato e da cultura em si, principalmente no que tange à disponibilidade de nutrientes, oxigenação, dentre outros.

Semelhantemente aos aspectos observados para o tamanho das folhas, os dados relativos às maiores alturas das plantas se aproximaram dos dados obtidos para o número de folhas, com Tabela 3. Médias de número de folhas(NF), altura da planta(AP, cm), comprimento do caule(CC, cm), comprimento da raiz(CR, cm), massa foliar(MF, g) e massa total(MT, g).

*Médias seguidas com a mesma letra na coluna não diferem entre si pelo Teste Tukey (p<0,05). **QMResíduo = Quadrado Médio do Resíduo obtido pela Análise de Variância.

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a ressalva que o Tratamento 1 foi pouco maior que o Tratamento 2, apresentando diferenças significativas nas médias para os Tratamentos 3 e 4 e 5, os quais estão mais distantes entre si, comparados aos dois primeiros. Como explicitado anteriormente, a análise destes dados não possibilita inferir isoladamente alguma dedução, porém irá permitir detectar “anomalias” quanto às carências da cultivar assim como às características do substrato, à disponibilidade de nutrientes, oxigenação dentre outros aspectos.

Quanto ao desenvolvimento do sistema radicular, os Tratamentos 1 e 2 apresentaram pequena diferença entre si, tendo-se sobressaído aos demais, mas com um grau de significância elevado comparado ao resultado do Tratamento 4, o que pode significar pouca quantidade ou falta de nutrientes neste tratamento, já que o desenvolvimento da raiz se deu em função do esforço da planta em buscar tais nutrientes, ausentes, subsolo adentro.

Em relação ao Comprimento de Caule(CC), a análise das médias por tratamento registradas mostram que não houve uma diferença significativa entre os Tratamentos 1 e 2 e esses dois se destacaram em relação ao restante dos tratamentos. Este fato é semelhante aos descritos antes, porém é incomum para a alface americana, uma vez que ela, em tese, deveria desenvolver uma forma oval em torno do caule, o que não aconteceu, o que leva a inferir que este resultado provavelmente se deu em função da ausência de dois nutrientes em particular, o Boro(B) e o Molibdênio(Md) e tal ausência resultou unicamente no desenvolvimento do caule. Em relação às médias obtidas das massas foliares, pode-se perceber que, novamente, os tratamentos 1 e 2 se sobressaíram aos demais, demonstrando um maior potencial principalmente em relação ao tratamento 4, que obteve uma média baixa de massa foliar.

Quanto à massa total da planta em cada tratamento, observou-se haver pouca diferença em relação aos tratamentos 1(esterco bovino) e 2(estrume de palmeira), já que estes apresentaram melhores resultados. De acordo com SAMPAIO et al (2007), o esterco bovino parece causar imobilização de nutrientes do solo no primeiro mês após sua incorporação; depois desse período, a liberação aumenta progressivamente, atingindo as maiores quantidades entre três e seis meses após a incorporação. No entanto, para a cultura de alface é mais viável colocar 2 kg de esterco bovino/parcela de 1,2 m2 , pois aumentando as dosagens a produtividade tende

a diminuir e, de acordo com SANTOS et al (2015), as maiores produções de matéria seca da alface, alcançadas com as doses de esterco bovino, devem-se, provavelmente a melhoria das características químicas, físicas e principalmente biológicas do solo, assim como devido à solubilização e liberação dos macro e micros nutrientes contidos em seu interior, que tiveram papel importante sobre o melhor desempenho dessas características das plantas de alface.

MACEDO et al (2011), em suas análises, concluíram que o substrato à base de humo do caule da palmeira do babaçu misturado com terra preta pode ser apresentado como alternativa agroecológica na produção de alface, pela sua alta eficiência e fácil disposição, mas desde que siga as regras e normas técnicas da agricultura orgânica. Segundo SYLVIA et. al. (1998), citados por MACEDO et. al. (2011), no processo de decomposição da palmeira do babaçu há o envolvimento de organismos que complementam diversas funções, agindo sobre o substrato e produzindo enzimas que degradam o conjunto orgânico de compostos presentes, ocasionando a produção das composições químicas que ocorrem durante o processo de liberação de nutrientes, o qual depende muito da localização do substrato e a forma como eles encontram-se no meio vegetal.

Uma análise geral das médias dos dados gerados a partir do experimento poderia possibilitar uma análise global, porém esta análise necessitaria ser complementada com um suporte bibliográfico mais robusto e com análises de outras variáveis, ausentes nesta proposta. Mesmo assim, pôde-se inferir que os tratamentos 1 e 2, que apresentaram maiores grandezas, estatisticamente falando, foram os melhores deste experimento; tais tratamentos correspondem,

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respectivamente, aos substratos: terra preta com esterco bovino e terra preta com estrume de palmeira, com destaque para o tratamento 1.

Decomposição oxidativa

Em posse das medidas obtidas a respeito dos teores dos nutrientes, foi realizado a conversão de ppm para g/Kg dos devidos nutrientes analisados e, após isto, obteve-se os resultados dos valores, em g/Kg, dos nutrientes Nitrogênio (N) e Fósforo (P) nas amostras analisadas neste experimento, conforme mostrado na Tabela 3.

Conclusões

Diante dos resultados obtidos com o experimento, pôde-se concluir que, tanto o esterco bovino como o estrume de palmeira, ambos misturados em terra preta, são excelentes adubos orgânicos e, portanto, recomenda-se a implementação destes substratos no cultivo da alface, principalmente da cultivar Americana Delicia, porém deve-se levar também em consideração fatores externos que irão influenciar a produção, tais como disponibilidade do adubo, valor de mercado, rentabilidade, custo-benefício, entre outros fatores; a testemunha utilizada obteve uma produção relativamente boa, fato este que faz com que os produtores utilizem-na com mais frequência, tanto pela disponibilidade como também pela eficiência.

Em relação às análises espectrofotométricas e procedimentos práticos realizados eficientemente com base nas literaturas consultadas e conversões utilizadas ao final do ensaio, pôde-se concluir que a alface possui ótimos teores de nutrientes, tais como Nitrogênio e Fósforo e que por conta disto, seja considerada a hortaliça folhosa mais consumida do planeta.

Referências Bibliográficas

ABREU, M. F. de; ABREU, C. A. de; Bataglia, O. C. 2002. Uso da análise química na avaliação da qualidade de substratos e componentes. Anais do III Encontro Nacional Sobre Substrato Para Plantas, Campinas, Brasil. 2002.

AGUIAR, Adriano Tosoni da Eira; GONÇALVES, Charleston; PATERNIAN, Maria Elisa Ayres Guidetti Zagatto. Instruções agrícolas para as principais culturas econômicas / Eds. 7.ª Edição, revisada e atualizada. Campinas: Instituto Agronômico, 2014. 452 p. (Boletim IAC, n.º 200).

ANDRADE JÚNIOR, A. S.; DUARTE, R. L. R.; RIBEIRO, V. Q. Resposta de cultivares de alface a diferentes níveis de irrigação. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 10, n. 2, 1992. ANDRIOLO, J.L.; Fisiologia das culturas protegidas. Santa Maria: Ed. Da UFSM, 1999 (b). 142 p.

Planta Nutriente ppm (partes por milhão) Conversão para g/Kg

Alface Nitrito 208 0,208

Fosfato 320 0,32

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DE SOUSA, Rafael Arromba; Campos, Náira da Silva; Orlando Ricardo. PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS PARA ANÁLISE ELEMENTAR. INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS, UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA. Juiz de Fora, junho de 2015.

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Referências

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