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Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Amazonas. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

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(1)

Boletim

j

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos

Fascículos

a IPI - Recolhimento

espontâneo em atraso

a ICMS - Serviço de transporte

ICMS - IPI e Outros

Fascículo N

o

29/2014

Amazonas

/

a

Federal

IPI

Industrialização - Renovação ou recondicionamento . . . . 01

/

a

Estadual

ICMS

Antecipação tributária . . . . 05

/

a

IOB Setorial

Federal

Automotivo - Incentivo regional - Crédito presumido - Indústria au-tomotiva . . . . 09

/

a

IOB Comenta

Estadual

Concessão e término do diferimento de acordo com a política esta-dual de incentivos fiscais . . . . 10

/

a

IOB Perguntas e Respostas

ITR

Cafir - Inscrição - Hipóteses . . . . 12

Cafir - Inscrição - Imóvel desapropriado . . . . 12

Cafir - Inscrição - Procedimento . . . . 13

ICMS/MS

Prestador de serviços de transporte - Guarda de carga . . . . 13

IPTU/Manaus

(2)

Capa:

Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no Brasil

Printed in Brazil Boletim IOB Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : industrialização : renovação ou recondicionamento.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2199-9

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-06481 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81)

2. Brasil : Imposto sobre Produtos

Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

(3)

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Boletim

j

IPI

Industrialização - Renovação ou

recondicionamento

SUMÁRIO 1. Hipótese de incidência

2. Operações não sujeitas à incidência do imposto 3. Base de cálculo

4. Documentação fiscal (operações sob encomenda) 5. CFOP

6. Solução de consulta

1. HIPóTESE dE InCIdênCIa

As operações consideradas pela legislação do IPI como industriali-zação (transformação, beneficia- mento, montagem etc.) estão expressamente indicadas no art. 4º do Regulamento do IPI, apro-vado pelo Decreto nº 7.212/2010. Entre as referidas operações figuram as de renovação ou recon-dicionamento, ou seja, aquelas que, exercidas sobre produtos usados ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renovem ou restaurem o produto para a sua utilização.

Assim, os produtos resultantes da operação de renovação ou recondicionamento poderão estar su-jeitos à incidência do tributo. Contudo, a incidência em causa só alcança a operação cujos produtos renovados ou recondicionados se destinem à comer-cialização (pelo próprio executor da operação ou por aquele que a tenha encomendado).

Caso contrário, isto é, se os produtos forem destinados a uso próprio (daquele que executou a

operação ou daquele que a tenha encomendado), a operação estará fora do campo de incidência do IPI, conforme veremos no item seguinte.

Analisando essa questão, a Terceira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda decidiu que a substituição de peças des-gastadas (esferas, agulhas e roletes) em rolamentos usados indica a renovação ou restauração do produto e o sujeita à incidência do imposto.

Nota

O Primeiro, o Segundo e o Terceiro Conselho de Contribuintes do Mi-nistério da Fazenda, além da Câmara Superior de Recursos Fiscais, foram unificados em um órgão, denominado Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), com competência para julgar recursos de ofício e voluntários de decisão de primeira instância, bem como recursos especiais, sobre a aplicação da legislação referente a tributos administrados pela

Secreta-ria da Receita Federal do Brasil RFB - (Lei nº 11.941/2009, art. 49).

Transcrevemos, a seguir, a ementa da referida decisão (divulgada no DOU 1 de 22.03.1999) e, logo depois, as considerações de maior inte-resse à matéria contidas no voto do conselheiro-relator: Acórdão: 203-04.464 - DOU de 22.03.99 Processo: 10783.005325/92-18 Sessão: 12 de maio de 1998 Recurso: 97.198 Recorrente: ... Recorrida: DRF em Vitória - ES

IPI - a) Rolamentos Usados - Renovação ou Restauração - Incidência do Imposto - A substituição de peças des-gastadas (esferas, agulhas e roletes), indica a renovação ou restauração do produto e sujeita-o a incidência do imposto. b) [...]

a

Federal

A recauchutagem de pneus, operação que consiste em restaurá-los ou recapeá-los de forma que restabeleça

a sua utilização, é um caso típico de “renovação”, que se insere,

portanto, no campo de incidência do IPI

(4)

Voto do Conselheiro-Relator Mauro Wasilewski

O cerne da questão é saber se a atividade consiste na mera “limpeza (lavagem) e engraxamento dos rolamentos usados” ou renova os rolamentos colocando roletes, esfe-ras e agulhas, que se desgastam com a utilização. Ocorre que a empresa não mais opera no endereço, sendo impossível a realização de nova verificação in loco. Todavia, depreende-se dos autos, máxime do termo de verificação de atividade, item 4 (fls. 01), que foi lavrado no próprio estabelecimento, que é feita a desmontagem, sele-cionadas as partes, limpeza, polimento com “recuperação das partes boas” e posterior montagem dos rolamentos. Obviamente, se são recuperados (sic) apenas as partes boas, as desgastadas são substituídas e, assim sendo, ocorre renovação ou restauração dos rolamentos, ativi-dade que é gravada pelo IPI.

(RIPI/2010, art. 4º)

2. OPERaçõES nãO SUjEITaS à InCIdênCIa dO IMPOSTO

Não são considerados industrialização o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas opera-ções forem executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio desses produtos, bem como o preparo, pelo consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças empregadas exclusiva e especificamente naquelas operações.

Diante da mencionada disposição regulamentar, conclui-se que:

a) haverá incidência do IPI quando o produto usa-do, submetido a qualquer das operações cita-das (conserto, restauração ou recondiciona-mento), se destinar à comercialização pelo pró-prio executor ou quando essas operações fo-rem executadas em produtos usados de tercei-ros e estes os destinarem (consertados, restau- rados ou recondicionados) à comercialização; b) se o produto for destinado a uso próprio do en-comendante, a operação estará fora do cam-po de incidência do IPI, sujeitando-se apenas à incidência do ISS, de competência dos mu-nicípios, e à do ICMS, que recairá sobre o va-lor de partes e peças eventualmente emprega-das.

(RIPI/2010, art. 5º, XI)

2.1 Recauchutagem de pneus para usuário final

A recauchutagem de pneus, operação que consiste em restaurá-los ou recapeá-los de forma que restabeleça a sua utilização, é um caso típico de “renovação”, que se insere, portanto, no campo de incidência do IPI.

Entretanto, como já dissemos, a operação somente será gravada pela incidência do imposto caso o produto (pneu recauchutado) seja destinado à comercialização pelo próprio estabelecimento que executou a recauchutagem ou por aquele que a tenha encomendado. Não se verificando tal hipótese, a operação estará sujeita à incidência do ISS, de competência dos municípios.

(Parecer Normativo CST nº 299/1970; Parecer Normativo CST nº 437/1970)

2.2 Realização de pequenos consertos, limpeza etc.

A realização de pequenos consertos, mesmo com substituição de peças, limpeza, revisão etc., não caracteriza o recondicionamento ou a renovação.

Nesse sentido, o item 3 do Parecer Normativo CST nº 214/1972 esclarece que:

Para que se caracterize o recondicionamento ou a renova-ção não basta que sejam efetuados pequenos consertos, mesmo com substituição de peças, mas é necessário que a operação restitua ao produto condições de funcio-namento como se fosse novo. Assim, a desmontagem, limpeza e lubrificação, a eventual substituição de peças e a restauração da pintura não caracterizam o recondicio- namento.

Ainda a respeito do assunto, vejamos, a seguir, a ementa da decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em 30.10.1995, no julgamento da Apelação Cível nº 95.01.25629-4-MG:

Apelação Cível nº 95.01.25629-4-MG Relator: O Exmº Sr. Juiz Tourinho Neto Apelante: Fazenda Nacional

Procurador: Dr. André Luiz da Silva Cristino Apelada:

Advogada: Dra. Mara Rúbia Pedrosa Remetente: Juízo Federal da 5ª Vara-MG

Ementa Tributário. Industrialização. Inocorrência. Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

(5)

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

A simples manutenção, reforma parcial, pintura, troca de peças gastas, não caracterizam industrialização, para efeito de incidência do Imposto sobre Produtos Industria-lizados.

Acórdão

Decide a Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação e à remessa.

Brasília - DF, 30 de outubro de 1995 (data do julgamento). Tourinho Neto

Juiz Presidente e Relator

(Parecer Normativo CST nº 214/1972, item 3)

3. BaSE dE CálCUlO

Para determinação da base de cálculo (valor tributável do IPI), o contribuinte deverá atentar para as regras constantes dos subitens seguintes.

3.1 Renovação para revenda

Na hipótese de produtos usados, adquiridos de particulares ou não, que sofrerem o processo de industrialização de que trata o art. 4º, V, do RIPI/2010 (renovação ou recondicionamento), o imposto será calculado sobre a diferença de preço entre a aquisi-ção e a revenda.

É oportuno ressaltar, ainda, que o critério de fixa-ção do valor tributável previsto no art. 194 do RIPI/2010 é aplicável apenas no caso de produto resultante do processo de industrialização de que trata o art. 4º, V, do RIPI/2010, ou seja, renovação ou recondicionamento, não sendo extensivo à hipótese em que se obtém o produto por meio de outros processos descritos no referido dispositivo (transformação, por exemplo).

(RIPI/2010, art. 4º, V, e art. 194)

3.2 Renovação de produtos locados ou arrendados

As saídas de produtos, fabricados pelo próprio estabelecimento ou importados diretamente, desti-nados à locação ou ao arrendamento, estão sujeitas à incidência do IPI. Todavia, a saída subsequente à primeira não se sujeita à incidência do imposto, salvo se o produto tiver sido submetido a nova industriali-zação.

Verifica-se, assim, que, se o produto recebido após o término da locação ou do arrendamento for

submetido a nova industrialização, sua saída subse-quente estará sujeita à incidência do IPI (com direito ao crédito pela reentrada), cuja base de cálculo deverá corresponder ao preço corrente do produto, ou seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente.

(RIPI/2010, art. 192)

3.3 Renovação sob encomenda de terceiros

Se o retorno do produto ficar sujeito à incidência do IPI, isto é, quando o encomendante o destinar à comercialização, constituirão valor tributável, para fins de lançamento do imposto pelo estabelecimento industrializador, o preço da operação, compreendidos os produtos tributados de sua industrialização ou importação, utilizados na respectiva operação, e o valor da mão de obra cobrado.

(RIPI/2010, art. 492, II)

4. dOCUMEnTaçãO FISCal (OPERaçõES SOB EnCOMEnda)

4.1 nota fiscal relativa à entrada

O contribuinte deve emitir nota fiscal relativa à entrada (modelo 1 ou 1-A), ou Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), se for o caso, na hipótese de o remetente dos objetos destinados a conserto, restauração ou recondicionamento não estar obrigado à emissão de documentos fiscais.

Se o remetente for contribuinte regularmente inscrito, os objetos serão acompanhados da nota fiscal por ele emitida, não se cogitando, portanto, da emissão de nota fiscal relativa à entrada.

(RIPI/2010, art. 407, IV, art. 429, art. 434, caput, IV; Ajuste Sinief nº 7/2005)

4.1.1 Registro de Entradas

O lançamento no livro Registro de Entradas será feito com base na nota fiscal emitida pelo remetente ou no documento fiscal relativo à entrada, conforme o caso.

Nota

A contar de 1º.01.2014, todos os estabelecimentos dos contribuintes do ICMS/IPI estão obrigados a adotar a Escrituração Fiscal Digital (ICMS/IPI) e, em função disto, devem observar as regras de preenchimento previstas no Ato Cotepe nº 9/2008 e no Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital. Esta obrigatoriedade não se aplica ao microempreendedor individual (MEI) sujeito ao Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional (Simei) e a microempresa (ME) e empresa

(6)

Entradas Saídas

CFOP Descrição CFOP Descrição

1.901/2.901 Entrada para industrialização por encomenda 5.901/6.901 Remessa para industrialização por encomenda 1.902/2.902 Retorno de mercadoria remetida para

industrializa-ção por encomenda 5.902/6.902 Retorno de mercadoria utilizada na industrialização por encomenda 1.903/2.903 Retorno de mercadoria remetida para

industrializa-ção e não aplicada no referido processo 5.903/6.903 Retorno de mercadoria recebida para industrializa-ção e não aplicada no referido processo (devolução dos insumos remetidos pelo autor da encomenda) 1.915/2.915 Entrada de mercadoria ou bem recebido para

con-serto ou reparo:

Classificam-se neste código as entradas de merca-dorias ou bens recebidos para conserto ou reparo

5.915/6.915 Remessa de mercadoria ou bem para conserto ou reparo:

Classificam-se neste código as remessas de merca-dorias ou bens para conserto ou reparo

1.916/2.916 Retorno de mercadoria ou bem remetido para con-serto ou reparo:

Classificam-se neste código as entradas em retorno de mercadorias ou bens remetidos para conserto ou reparo

5.916/6.916 Retorno de mercadoria ou bem recebido para con-serto ou reparo:

Classificam-se neste código as remessas em devo-lução de mercadorias ou bens recebidos para con-serto ou reparo

(Convênio Sinief s/nº, de 15.12.1970)

de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional, salvo o que estiver impedido de recolher o ICMS por este regime na forma da Lei Complementar n° 123/2006, art. 20, § 1º.

No tocante às empresas optantes pelo Simples Nacional, a obrigatorie-dade iniciará em 1º.01.2016, podendo esta data ser antecipada a critério de cada Unidade da Federação (Protocolo ICMS nº 3/2011).

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 20, § 1º; RIPI/2010, art. 456 e art. 457; Ato Cotepe nº 9/2008)

4.2 Retorno ao encomendante

O produto consertado, restaurado ou recondi-cionado, quando restituído, será acompanhado de nota fiscal com lançamento do IPI, se devido, na qual serão mencionados os dados do documento fiscal de que trata o subitem 4.1.

(RIPI/2010, art. 392, I, art. 396, I, e art. 407, IV)

5. CFOP

Nos termos da Segunda Nota Genérica do Códigos Fiscais de Operações e Prestações (CFOP), do Convênio Sinief s/nº de 15.12.1970, o vocábulo “Industrialização”, constante da Codificação de Entradas e Saídas de Mercadorias, compreende também as operações de beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, acondicio-namento, confecção, pintura, lustração e simila-res, bem como as de conserto e restauração de máquinas e aparelhos e a de recondicionamento de motores, quando estiverem, parcial ou totalmente, sujeitas ao Imposto de Circulação de Mercadorias, ainda que ao abrigo de suspensão ou diferimento.

Reproduzimos, a seguir, quadro sinótico com os CFOP relacionados à remessa e ao retorno de bens objeto de industrialização por encomenda, nas moda-lidades de renovação ou recondicionamento.

(7)

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

6. SOlUçãO dE COnSUlTa

Por meio da Solução de Consulta Cosit nº 17/2014, da Coordenação-Geral de Tributação (Cosit), foi dado o entendimento de que o estabelecimento que importar tubo de aço para submetê-lo, no próprio estabeleci-mento importador, à operação de corte para redução de tamanho do produto, sem modificar a espessura, e mantida a forma original, não constitui operação de industrialização, uma vez que não aperfeiçoa ou altera a utilização ou funcionamento do produto.

O executante da operação não se caracteriza como industrial e o produto resultante da operação não é considerado, para os efeitos da legislação do IPI, industrializado no País. Todavia, o estabelecimento ao dar saída a esse produto de procedência estran-geira que importou é considerado, obrigatoriamente, estabelecimento equiparado a industrial, contribuinte do IPI, incidindo o imposto na saída do produto.

Veja, a seguir, a íntegra dessa Solução de Consulta:

SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 17, DE 16.01.2014 - DOU 1 DE 10.02.2014

Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Ementa: INDUSTRIALIZAÇÃO - CORTE DE PRODUTO - REDUÇÃO DE TAMANHO.

O estabelecimento que importar tubo de aço para submetê--lo, no próprio estabelecimento importador, à operação de corte de produto para reduzi-lo de tamanho, sem modificar a espessura e mantida a forma original, com o objetivo de fornecer a metragem solicitada pelo adquirente, quando da sua comercialização, não constitui operação de indus-trialização (beneficiamento), uma vez que não aperfeiçoa ou altera a utilização ou funcionamento do produto. O

exe-cutante da operação não se caracteriza como industrial e o produto resultante da operação não é considerado, para os efeitos da legislação do IPI, industrializado no País. Todavia, o estabelecimento ao dar saída a esse produto de procedência estrangeira que importou é considerado, obrigatoriamente, estabelecimento equiparado a industrial, contribuinte do IPI, incidindo o IPI na saída do produto. Dispositivos Legais: Decreto nº 7.212, de 2010 (Ripi/2010), art. 3º, art. 4º, inciso II, art. 9º, inciso I, art. 35 e art. 39; PN CST nº 154, de 1971; PN CST nº 369, de 1971; E PN CST nº 398, de 1971

Ementa: CONSULTA - INEFICÁCIA PARCIAL - CLASSIFI-CAÇÃO FISCAL - TUBOS DE AÇO.

É ineficaz a consulta formulada na parte em que não se refira à interpretação da legislação tributária, não aten-dendo ao art. 3º, inciso III e IV, “ex vi” do art. 1º, da IN RFB nº 1.396, de 2013. Os processos de consulta sobre interpretação da legislação tributária e sobre classificação fiscal de mercadorias, são espécies distintas, que atendem a propósitos específicos e não se confundem. Questões envolvendo a determinação do correto enquadramento fiscal de um produto na Tipi, não podem ser abordadas teoricamente, em processo de interpretação da legislação tributária. Ao contrário, havendo dúvidas sobre o enquadra-mento, só cabe dirimi-las apreciando-se o bem concreto, sobre o qual residem as dúvidas, de forma a determinar-se sua correta classificação fiscal. Essa análise só pode ser realizada por meio da consulta específica de classificação fiscal de mercadorias, corretamente instruída para tanto, observando-se, em particular, o disposto nos arts. 4º e 5º da Instrução Normativa RFB nº 740, de 2007.

Dispositivos Legais: Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 2013, art. 18, inciso I, c/c art. 1º.

Fernando Mombelli - Coordenador-Geral (Solução de Consulta Cosit nº 17/2014)

N

ICMS

Antecipação tributária

SUMÁRIO 1. Introdução

2. Hipóteses de antecipação do recolhimento do imposto 3. Operações excluídas da sistemática da antecipação

tributária

4. Cálculo para recolhimento do ICMS

5. Operações com produtos sujeitos ao regime de substituição tributária

6. Operações com produtos específicos 7. Crédito fiscal referente à antecipação

8. Emissão do documento fiscal na saída dos produtos do estabelecimento comercial

9. Prazo para vistoria de mercadoria

10. Prazo de recolhimento do imposto antecipado 11. Operações com contribuintes inadimplentes 12. Contribuintes do Simples Nacional

13. Penalidades

1. InTROdUçãO

A legislação do Estado do Amazonas determina que o recolhimento do imposto deva ser efetuado na ocorrência do fato gerador e por substituição tributária com diferimento, bem como nas operações concomi-tantes e subsequentes, em momentos expressamente previstos.

Na aquisição de mercadoria procedente de outra Unidade da Federação, é exigido o pagamento ante-cipado do imposto, observando-se os procedimentos

(8)

específicos contidos na legislação tributária, conforme trataremos neste procedimento.

2. HIPóTESES dE anTECIPaçãO dO RECOlHIMEnTO dO IMPOSTO

Será exigido por antecipação o imposto incidente sobre a 1ª operação de saída, por ocasião da entrada de mercadorias procedentes de Unidade da Federa-ção, destinadas a comercialização ou industrializaFedera-ção, exceto as que tenham por destino servir de insumos de produtos incentivados pela política de incentivos fiscais concedidos pelo Estado, sendo comprovado através de laudo técnico de inspeção.

O pagamento do imposto antecipado se aplica a qualquer contribuinte, independentemente do regime de pagamento do mesmo, e será exigido ou notifi-cado por ocasião do desembaraço da documentação fiscal.

Aplica-se também a exigência do ICMS ante-cipado às entradas de mercadorias que, embora destinadas a estabelecimentos industriais, inclusive incentivados, indiquem, por sua natureza, qualidade ou quantidade, que sejam destinadas à comercializa-ção.

(RICMS-AM/1999, art. 118, caput e § 3º, e art. 119)

3. OPERaçõES ExClUídaS da SISTEMáTICa da anTECIPaçãO TRIBUTáRIa

Excetuam-se do regime de antecipação:

a) as operações que destinem petróleo, combus-tíveis líquidos e gasosos e lubrificantes deriva-dos de petróleo, álcool etílico anidro combus-tível e biodiesel B100, para estabelecimento distribuidor ou refinador localizado no Estado do Amazonas; e

b) as operações que tenham sofrido a retenção do imposto no Estado de origem.

(RICMS-AM/1999, art. 118, § 7º)

4. CálCUlO PaRa RECOlHIMEnTO dO ICMS

Para apuração do imposto a ser recolhido por antecipação, será aplicado sobre o valor total do documento fiscal, acrescido do valor do frete e de outras despesas transferidas ao adquirente, o per-centual correspondente à diferença entre a alíquota interestadual do Estado de origem da mercadoria, em

relação à Região Norte, e a alíquota interna praticada no Estado do Amazonas.

O imposto é exigido nesses termos, ainda que não tenha havido incidência na saída da mercadoria do estabelecimento de origem, ou tenha havido redução da carga tributária, adotando-se, para o cálculo do ICMS antecipado, a alíquota interestadual que seria aplicada na ausência do benefício.

Para efeito de cobrança do imposto antecipado, a Secretaria da Fazenda poderá adotar a pauta de preços mínimos, estabelecida no RICMS/AM, para a fixação da base de cálculo do ICMS das mercadorias ou dos serviços.

(RICMS-AM/1999, art. 118, §§ 1º, 2º e 15)

4.1 Exemplo de cálculo

Apresentamos, a seguir, exemplo de cálculo para a mercadoria tributada adquirida pelo valor de R$ 1.000,00 com a alíquota interna de 17%. A diferença entre a alíquota interna e a interestadual será obtida da seguinte forma:

a) mercadorias provenientes das Regiões Sul e Sudeste, com exceção do Estado do Espírito Santo:

Exemplo 1

Alíquotas Valor do imposto Interestadual: 7% R$ 70,00

Interna: 17% R$ 170,00

Diferencial de alíquotas: 10% Valor da antecipação: R$ 100,00

b) mercadorias procedentes de Estado das Re-giões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e do Es-pírito Santo:

Exemplo 2

Alíquotas Valor do imposto Interestadual - 12% R$ 120,00

Interna - 17% R$ 170,00

Diferencial de alíquotas - 5% Valor da antecipação: R$ 50,00

5. OPERaçõES COM PROdUTOS SUjEITOS aO REgIME dE SUBSTITUIçãO TRIBUTáRIa

Será exigida, também, por antecipação, a parcela do imposto sobre o percentual de valor agregado aplicável às mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária que estejam relacionadas em acordo celebrado com outros Estados, nas seguintes hipóteses:

(9)

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

a) nas entradas de mercadorias sujeitas à reten-ção do imposto, provenientes de outras Unida-des da Federação não signatárias de acordos para substituição tributária;

b) nas entradas de mercadorias sujeitas à substi-tuição tributária nas operações interestaduais, quando provenientes do exterior.

Para a antecipação do pagamento do imposto, considera-se que as mercadorias já estão tributadas nas demais fases de comercialização.

Para fins de cobrança do imposto antecipado referente à substituição tributária, o Estado adotará as margens de valor agregado ajustadas (MVA ajus-tadas) previstas nos acordos celebrados com outros Estados, se houver.

(RICMS-AM/1999, art. 120)

6. OPERaçõES COM PROdUTOS ESPECíFICOS 6.1 Carnes e vísceras, frango e produtos de sua

matança e gado

Sem prejuízo do recolhimento antecipado da par-cela devida por substituição tributária, com a margem de valor agregado (MVA), em relação à inclusão de outras mercadorias ou serviços na pauta de preços mínimos, para efeito de fixação da base de cálculo do ICMS:

a) as carnes, vísceras, frango e produtos de sua matança, in natura, independentemente da Unidade da Federação de origem, sofrerão antecipadamente a carga tributária de 5%, fi-cando considerados já tributados nas demais fases de comercialização interna, vedado o aproveitamento de qualquer crédito fiscal; b) o gado em pé destinado ao abate no Estado,

independentemente da Unidade da Federa-ção de origem, sofrerá antecipadamente a car-ga tributária de 1%, ficando as carnes e as vís-ceras resultantes desse abate consideradas já tributadas nas demais fases de comercializa-ção interna, vedado o aproveitamento de qual-quer crédito fiscal.

(RICMS-AM/1999, art. 118, § 4º)

6.2 Operações com bebidas alcoólicas

Bebidas alcoólicas, classificadas nas posições 2204 a 2208 da NCM, quando provenientes de outra Unidade da Federação, inclusive nas operações de transferências entre estabelecimentos do mesmo

titular, estarão sujeitas ao pagamento antecipado do imposto correspondente à diferença de alíquotas, acrescido do percentual de MVA, ficando consideradas já tributadas nas demais fases de comercialização interna, vedado o aproveitamento de qualquer crédito fiscal, sem prejuízo de benefícios fiscais concedidos na forma da legislação.

(RICMS-AM/1999, art. 118, § 5º, Anexo II, item 2)

6.3 Cartões telefônicos

Quando cartões, fichas ou assemelhados, destinados à disponibilização de serviços de telefonia, forem procedentes de outra Unidade da Federação, o imposto devido por ocasião do fornecimento desses instrumentos ao usuário será exigido, do adquirente, quando da apresentação da documentação fiscal para desembaraço. Essa regra não se aplica quando o adquirente comprovar, mediante a apresentação da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE), que o imposto devido foi integralmente recolhido pelo remetente em favor do Estado do Amazonas.

(RICMS-AM/1999, art. 118, §§ 13 e 14)

7. CRédITO FISCal REFEREnTE à anTECIPaçãO

O contribuinte tem direito ao crédito fiscal refe-rente à antecipação tributária, correspondente à dife-rença de alíquotas, na aquisição de mercadoria em outra Unidade da Federação, hipótese em que tal fato ocorrerá no mês do pagamento, quando se destinar a comercialização ou industrialização.

Ressalte-se que este crédito não se aplica aos produtos que ficam considerados “já tributados” nas demais fases de comercialização (vide itens 6 a 8 an-teriores), mediante a cobrança do imposto antecipado e/ou da substituição tributária.

(RICMS-AM/1999, art. 20, X e § 15)

8. EMISSãO dO dOCUMEnTO FISCal na Saída dOS PROdUTOS dO ESTaBElECIMEnTO COMERCIal

Excetuando-se os casos expressamente previstos na legislação, a saída do estabelecimento das mer-cadorias sujeitas ao regime de antecipação estará obrigada à tributação.

Nas notas fiscais relativas às operações, deve-rão, obrigatoriamente, ser destacados os valores

(10)

correspondentes ao ICMS normal e o valor relativo à substituição tributária, se for o caso.

(RICMS-AM/1999, art. 118, § 6º)

9. PRazO PaRa vISTORIa dE MERCadORIa

Na aquisição de mercadoria sujeita à antecipa-ção do pagamento do imposto proveniente de outra Unidade da Federação, o contribuinte terá o prazo de 20 dias a partir do ingresso desta, no município de domicílio, para o desembaraço de sua documentação fiscal.

No caso de não atendimento ao referido prazo e da falta de devolução da mercadoria ao remetente, a mercadoria será, para todos os efeitos fiscais, considerada em situação irregular e ficará sujeita aos procedimentos fiscais previstos no RICMS/AM.

(RICMS-AM/1999, art. 118, §§ 9º e 10)

10. PRazO dE RECOlHIMEnTO dO IMPOSTO anTECIPadO

Em relação ao imposto cobrado por notificação e nos casos em que não ocorreu a cobrança do imposto por substituição tributária, o recolhimento do imposto antecipado será feito no momento da apresentação das mercadorias provenientes de outras Unidades da Federação à repartição fiscal para desembaraço.

(RICMS-AM/1999, art. 107, I, “a”, e art. 119, parágrafo úni-co)

10.1 Contribuintes em situação regular perante o Fisco

Para os contribuintes que se encontrarem em situação regular com suas obrigações fiscais perante o Fisco, o prazo de pagamento do imposto deverá ser prorrogado até o dia 15 do 2º mês subsequente ao da apresentação para desembaraço da documentação fiscal.

Será considerado em situação regular perante o Fisco o contribuinte que atender as seguintes condi-ções:

a) tenha pelo menos 2 anos de efetiva atividade no ramo para o qual solicitou registro no Ca-dastro de Contribuintes do Amazonas (CCA), excetuando-se as empresas industriais de-tentoras de benefícios fiscais concedidos por lei estadual, bem como aquele cujo titular ou sócio possua ou integre o quadro societário

de outra empresa que preencha esse requisi-to. Poderá ser dispensado dessa condição o contribuinte que atenda a uma das seguintes condições:

a.1) integre grupo econômico de reconheci-do desempenho adimplente no mercareconheci-do local, nacional ou internacional;

a.2) o próprio ou o seu titular seja proprietá-rio de imóvel, compatível com o porte de sua atividade econômica, situado no Es-tado;

b) que não possua débitos fiscais pendentes ou em aberto na Sefaz, exceto aqueles sob con-dição suspensiva;

c) que não tenha praticado, nos últimos 12 me-ses, infração à legislação tributária que se configure crime contra a Fazenda Pública; d) seu titular ou sócio não faça parte de outra

em-presa que esteja em desacordo com o dispos-to nas letras “b” e “c”.

Na hipótese de o contribuinte solicitar reativação de inscrição no CCA, relativo a empresa com mais de 1 ano na situação de suspensa, será reiniciado o prazo de 2 anos a que se refere a letra “a”, contado da data em que for reativada a inscrição.

(RICMS-AM/1999, art. 107, § 1º, II, §§ 2º a 4º)

11. OPERaçõES COM COnTRIBUInTES InadIMPlEnTES

Os contribuintes inadimplentes com sua obrigação tributária principal, quando adquirirem mercadorias provenientes de outra Unidade da Federação, ficam sujeitos ao pagamento antecipado do imposto correspondente à diferença de alíquotas, acrescido do percentual de MVA de 80%.

Essa regra não se aplica nas operações efetuadas por microempreendedores individuais, microempre-sas e empremicroempre-sas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional.

(RICMS-AM/1999, art. 118, §§ 16 e 17)

12. COnTRIBUInTES dO SIMPlES naCIOnal

A antecipação do imposto tratada não se aplica aos microempreendedores individuais optantes pelo Simples Nacional.

(11)

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

13. PEnalIdadES

Verificada, em qualquer ocasião, a existência de entrada de mercadoria que não tenha sido oferecida à tributação na forma de antecipação tributária, a Sefaz poderá efetuar a cobrança do imposto, sem prejuízo da aplicação da penalidade cabível.

A falta de recolhimento do imposto incidente sobre operações de entrada de mercadorias sujeitas

ao sistema de antecipação, sem prejuízo do recolhi-mento do valor do imposto, se verificado mediante procedimento fiscal cabível, sujeitará o infrator à multa de 50% do valor do ICMS.

(RICMS-AM/1999, art. 118, § 8º, e art. 382, I)

N

FEdERal

Automotivo - Incentivo regional -

Crédito presumido - Indústria

automotiva

Os incentivos fiscais relacionados ao IPI, de acordo com o disposto no § 1º do art. 1º da Lei nº 9.440/1997, são aplicados exclusivamente às empresas instaladas ou que venham a se instalar nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e que sejam montadoras e fabricantes de:

a) veículos automotores terrestres de passagei-ros e de uso misto de duas rodas ou mais e jipes;

b) caminhonetas, furgões, pick-ups e veículos automotores, de quatro rodas ou mais, para

transporte de mercadorias de capacidade má-xima de carga não superior a 4 toneladas; c) veículos automotores terrestres de transporte

de mercadorias de capacidade de carga igual ou superior a 4 toneladas, veículos terrestres para transporte de 10 pessoas ou mais e ca-minhões-tratores;

d) tratores agrícolas e colheitadeiras;

e) tratores, máquinas rodoviárias e de escavação e empilhadeiras;

f) carroçarias para veículos automotores em ge-ral;

g) reboques e semirreboques utilizados para o transporte de mercadorias; e

h) partes, peças, componentes, conjuntos e subconjuntos - acabados e semiacabados - e pneumáticos, destinados aos produtos re-lacionados nesta e nas letras “a” a “g” ante-riores.

(12)

As empresas do setor automotivo, anteriormente mencionadas, poderão apurar crédito presumido do IPI, entre 1º.01.2011 e 31.12.2015, como ressar-cimento das contribuições de que tratam as Leis Complementares nºs 7 e 8/1970 e 70/1991 (PIS-Pasep/Cofins) no montante do valor das contribuições devidas, em cada mês, decorrente das vendas no mercado interno, multiplicado por:

a) 2, no período de 1º.01 a 31.12.2011; b) 1,9, no período de 1º.01 a 31.12.2012; c) 1,8, no período de 1º.01 a 31.12.2013; d) 1,7, no período de 1º.01 a 31.12.2014; e e) 1,5, no período de 1º.01 a 31.12.2015. No caso de empresa sujeita ao regime de apura-ção não cumulativa da contribuiapura-ção para o PIS-Pasep e da Cofins, o montante do crédito presumido será calculado com base no valor das contribuições efeti-vamente devidas, em cada mês, decorrentes das ven-das no mercado interno, considerando-se os débitos e os créditos referentes a essas operações de venda.

Para a apuração do valor da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, devem ser utilizados os cré-ditos decorrentes da importação e da aquisição de insumos no mercado interno.

O benefício em referência fica condicionado à realização de investimentos em pesquisa, desenvol-vimento e inovação tecnológica na região, inclusive na área de engenharia automotiva, correspondentes a, no mínimo, 10% do valor do crédito presumido apurado.

Por outro lado, o art. 1º da Lei nº 9.826/1999 dispõe que os empreendimentos industriais insta-lados nas áreas de atuação da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) farão jus a crédito presumido do IPI, a ser deduzido na apuração deste imposto, incidente nas saídas de produtos classificados nas posições 8702 a 8704 da Tabela de Incidência do IPI (TIPI).

O benefício fiscal alcança ainda os empreendi-mentos industriais instalados na Região Centro-Oeste, exceto no Distrito Federal.

O crédito presumido corresponderá a 32% do valor do IPI incidente nas saídas de ônibus e cami-nhões, nacionais ou importados diretamente pelo beneficiário, e está condicionado à realização de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inova-ção tecnológica na região, inclusive na área de enge-nharia automotiva, correspondentes a, no mínimo, 10% do valor do crédito presumido apurado, podendo ser aproveitado em relação às saídas ocorridas até 31.12.2020.

O benefício citado fica condicionado à realização de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica na região, inclusive na área de engenharia automotiva, correspondentes a, no mínimo, 10% do valor do crédito presumido apurado.

(Lei nº 9.440/1997, arts. 1º, § 1º, 11-A, caput, §§ 1º e 3º; Lei nº 9.826/1999, art. 1º, caput, §§ 1º a 4º; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

N

EStadual

Concessão e término do diferimento

de acordo com a política estadual de

incentivos fiscais

Sabe-se que o diferimento do imposto se trata da postergação do lançamento e do pagamento do imposto para etapa posterior, fazendo com que

o responsável tributário seja o responsável pelo recolhimento do ICMS. Dessa forma, para efeito da política estadual de incentivos fiscais, instituída pela Lei nº 2.826/2003, o diferimento é dado nas seguintes hipóteses:

a) importação do exterior de matérias-primas e materiais secundários destinados à industria-lização das seguintes categorias de produtos: a.1) bens intermediários, guardadas as

exce-ções;

(13)

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

a.2) embarcações a balsas;

a.3) terminais portáteis de telefonia celular; a.4) bens de informática e automação

su-jeitos ao investimento compulsório em pesquisa e desenvolvimento tecnológico previsto em lei federal; monitor de vídeo para informática e aparelho telefônico por fio combinado com aparelho portátil sem fio, operando em frequência igual ou superior a 900 MHz;

a.5) autorrádio; a.6) veículos utilitários; a.7) brinquedos;

a.8) aparelho condicionador de ar tipo janela ou parede e split;

a.9) fogões, lavadoras e secadoras de rou-pas e/de louças, congeladores e refrige-radores.

a.10) aparelho de ginástica; a.11) bicicleta;

a.12) pneumáticos e câmaras de ar; a.13) baú de alumínio e semirreboque;

a.14) repelentes, odorizador de ambiente e de-sodorizador embalado sob pressão; a.15) vestuário e calçados;

a.16) produtos destinados à segurança ocupa-cional;

a.17) equipamentos de segurança, classifi-cados nos códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul - Sistema Harmo-nizado (NCM/SH) 8517.18, 8521.90 e 8525.80, e partes destinadas a esses equipamentos, classificadas no código NCM 8529.90;

a.18) disjuntores, tomadas, interruptores, plu-gues e campainha, classificados, res-pectivamente, nos códigos NCM/SH 8536.20.00, 8536.69.10, 8536.50.90, 8536.69.90 e 8531.80.00;

a.19) artefatos de joalheria e de ourivesaria, classificados nos códigos NCM/SH 7113 e 7114;

b) saída dos bens intermediários, de que trata a letra anterior, quando destinados à integração

de processo produtivo de estabelecimento in-dustrial igualmente incentivado;

c) saída de matérias-primas regionais in natura procedentes do interior do Estado, destinados a estabelecimento industrial incentivado, nos termos desta Lei, para fabricação de fios, te-las e sacos de juta e/ou malva; castanha bene-ficiada com casca ou descascada; produtos fitoterápicos, fitocosméticos e fármacos gené-ricos.

Encerra-se o diferimento:

a) na saída de bens intermediários, quando des-tinados à empresa não incentivada ou locali-zada em outra Unidade da Federação (UF); b) na saída dos bens relacionados antes do item

“a.2” até o “a.18”;

c) na saída do produto resultante da industrializa-ção dos bens intermediários de que trata a Lei nº 2.826/2003, art. 14, II, exceto na hipótese prevista na Lei nº 2.826/2003, art. 14, § 1º, VII; d) na saída do bem intermediário, realizada por

estabelecimento produtor de bem de consu-mo final ou de bem de capital, desde que des-tinado ao mercado de reposição para assis-tência técnica em garantia, assegurada pelo fabricante, observado o disposto na Lei nº 2.826/2003, art. 13, § 2º;

e) na saída do produto resultante da industria-lização a que se refere a Lei nº 2.826/2003, art. 14, III;

f) na saída dos bens de que trata a Lei nº 2.826/2003, art. 14, I, “d”, quando destinados à destruição, desde que não ultrapasse o limi-te anual de 0,5% da quantidade total das saí-das dos respectivos bens finais;

g) na entrada de dispositivo de cristal líquido para emprego no processo de fabricação de televisor;

h) na saída do estabelecimento industrial incen-tivado (nos termos do ato em referência), dos materiais e/ou resíduos sólidos destinados à reciclagem por estabelecimento industrial também incentivado.

(Lei nº 2.826/2003, art. 14, I, II e III e § 1º)

(14)

ItR

Cafir - Inscrição - Hipóteses

1) Em quais hipóteses deverá ser solicitada a inscri-ção do imóvel rural no Cadastro de Imóveis Rurais (Cafir)?

A inscrição do imóvel rural no Cafir, ato cadastral por meio do qual é atribuído o Número do Imóvel na Receita Federal (Nirf), será realizada nas hipóteses de:

a) primeira inscrição de imóvel rural não cadas-trado;

b) aquisição de área parcial de um imóvel rural ou de áreas parciais confrontantes, de que re-sulte um novo imóvel rural;

c) desapropriação de área total ou parcial de imóvel rural por necessidade ou utilidade pú-blica ou interesse social, inclusive para fins de reforma agrária, promovida pelo Poder Públi-co, ou aquisição de área total ou parcial de imóvel rural pelo Poder Público, pelas suas au-tarquias e fundações, e pelas entidades priva-das imunes;

d) desapropriação de área total ou parcial de imóvel rural por necessidade ou utilidade pú-blica ou interesse social, inclusive para fins de reforma agrária, promovida por pessoa jurídi-ca de direito privado delegatária ou conces-sionária de serviço público; e

e) aquisição de área total ou parcial de imóvel rural decorrente de arrematação em hasta pública. A inscrição por aquisição de área parcial será realizada quando uma ou mais parcelas de terras forem desanexadas de imóvel rural, mesmo que não cadastrado no Cafir, e passarem a constituir novo imóvel rural do adquirente que não for titular de outro imóvel rural limítrofe.

Será observada a hipótese descrita na letra “a” quando a inscrição decorrer de reconhecimento de usucapião, ainda que exista Nirf anterior para a mesma área em nome da pessoa que perdeu a propriedade. Será realizada a inscrição nas hipóteses das letras “c” a “e” mesmo que exista Nirf anterior para a mesma área em nome da pessoa que alienou ou perdeu a propriedade.

Não será realizada a inscrição nas situações previstas no art. 15 da Instrução Normativa RFB nº

1.467/2014, quando será atribuído o Nirf do imóvel rural, segundo as regras ali dispostas.

O art. 15 da referida Instrução Normativa esta-belece que será atribuído, na ordem de prioridade a seguir indicada, o Nirf:

a) do imóvel rural confrontante com área adquiri-da total ou parcialmente se a titulariadquiri-dade adquiri-das parcelas de terras passar a ser da mesma pessoa;

b) da área usucapida que tiver sido, antes do re-conhecimento do usucapião, inscrita no Cafir pelo usucapiente ou por possuidor do qual ele tenha adquirido a posse de maneira derivada; c) existente para área adquirida totalmente, em

conjunto ou não com áreas confrontantes entre si e de que resulte novo imóvel rural, exceto se a área total foi adquirida em decorrência de imissão prévia na posse, desapropriação, ar-rematação em hasta pública ou aquisição pelo Poder Público, suas autarquias e fundações ou pessoa jurídica imune.

Nas situações ora descritas, observando-se a aquisição de mais de uma área total de imóvel rural, será atribuído o Nirf:

a) cadastrado no município em que se localize a sede do imóvel, caso ao menos duas das áreas adquiridas totalmente localizem-se em municípios distintos; e

b) referente à maior área adquirida totalmente, facultando-se a escolha de qualquer um deles no caso de igualdade de dimensão entre os de maior área.

(Instrução Normativa RFB nº 1.467/2014, arts. 14 e 15)

Cafir - Inscrição - Imóvel desapropriado

2) Em nome de quem será realizada a inscrição do imóvel rural, na hipótese de desapropriação deste por pessoa jurídica de direito privado delegatária ou concessionária de serviço público?

A inscrição do imóvel rural no Cafir, ato cadastral por meio do qual é atribuído o Número do Imóvel na Receita Federal (Nirf), será realizada na hipótese de desapropriação de área total ou parcial de imóvel rural por necessidade ou utilidade pública ou interesse

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ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

social, inclusive para fins de reforma agrária, promo-vida por pessoa jurídica de direito privado delegatária ou concessionária de serviço público, mesmo que exista Nirf anterior para a mesma área, em nome da pessoa jurídica que perdeu a propriedade.

(Instrução Normativa RFB nº 1.467/2014, art. 14, caput, IV, § 3º)

Cafir - Inscrição - Procedimento

3) Como proceder para inscrever o imóvel rural no Cadastro de Imóveis Rurais (Cafir)?

Para solicitar atos cadastrais no Cafir, é necessá-rio o preenchimento e a transmissão do Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR (Diac) por meio de aplicativo disponível no site da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), na Internet (www. receita.fazenda.gov.br).

O Diac deve ser transmitido no prazo de 60 dias a partir da ocorrência do evento que ensejar a reali-zação do ato cadastral.

(Instrução Normativa RFB nº 1.467/2014, art. 9º, caput, § 1º)

ICMS/MS

Prestador de serviços de transporte - Guarda de carga

4) A empresa prestadora de serviços de transporte pode guardar unidades de carga sob sua responsabi-lidade?

Sim. A empresa prestadora de serviços de transporte pode guardar unidades de carga sob sua responsabilidade, desde que solicite à Sefaz inscrição específica no cadastro de contribuintes exclusivamente para esse fim.

A transportadora deverá ter como CNAE secun-dário o específico para depósito de mercadorias para terceiros, exceto armazéns-gerais e guarda-móveis.

(RICMS-AM/1999, art. 347-G)

IPtu/ManauS

Pagamento do imposto - Autuação e notificação - Prazo

5) O contribuinte do IPTU, em Manaus, após ser autuado ou notificado, deve efetuar o pagamento do imposto em que prazo?

O sujeito passivo que tenha sido autuado ou notificado terá o prazo de 30 dias, contados da data de ciência da intimação ou notificação, para o paga-mento do crédito tributário ou penalidade lançada por meio de notificação fiscal, ou auto de infração e intimação ou notificação fiscal, ou para apresentação de impugnação, observado o processo administrativo fiscal estabelecido na legislação municipal.

(Lei nº 1.628/2011, art. 50)

Referências

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