• Nenhum resultado encontrado

RELATÓRIO E CONTAS 2010

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "RELATÓRIO E CONTAS 2010"

Copied!
140
0
0

Texto

(1)

Anexos

1

RELATÓRIO E CONTAS

2010

(2)

A. CONSIDERAÇÕES GERAIS

1. Enquadramento macroeconómico 2. Actividade Seguradora em Portugal

B. ACTIVIDADE DA ZURICH

1. Aspectos gerais 2. Análise dos resultados 3. Garantias financeiras 4. Recursos humanos 5. Gestão de riscos 6. Perspectivas para 2011

7. Proposta de aplicação dos resultados 8. Considerações finais

C. ANEXOS

Balanço activo e passivo Conta de ganhos e perdas

Demonstração do rendimento integral Demonstração de variações do capital próprio Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas Inventário de participações e instrumentos financeiros

Desenvolvimento da provisão para sinistros relativa a sinistros ocorridos em exercícios anteriores e dos seus reajustamentos

Transacções entre partes relacionadas Relatório e parecer do conselho fiscal Certificação legal das contas

4 6 10 12 22 23 24 29 30 31 34 36 38 40 44 129 134 134 135 136 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

(3)

RELATÓRIO E CONTAS

2010

ZURICH - Companhia de Seguros Vida, S.A.

(4)
(5)

A PROTECÇÃO

É O NOSSO NEGÓCIO

O Grupo Zurich Financial Services está sedeado

em Zurique (Suíça) e conta com cerca de 60.000

Colaboradores, prestando serviço aos seus

Clientes em mais de 150 países. Fundada em

1872, a Zurich procurou antever o futuro ao

ser o primeiro segurador a criar programas de

segurança global. Hoje contamos com uma rede

de escritórios na América do Norte, Europa, Ásia

Pacífico, América Latina, entre outros mercados.

Aspiramos ser o grupo líder de mercado,

distribuindo de forma consistente os melhores

resultados pelos nossos Parceiros. Criamos fortes

relações com os nossos Clientes, Agentes

e Corretores e apostamos no desenvolvimento

profissional dos nossos Colaboradores.

Estamos presentes em Portugal desde

1918 e contamos com mais de 800 pontos

de contacto para o Cliente. O patamar já

alcançado projecta a Zurich para um lugar

de grande visibilidade no panorama da

actividade seguradora nacional, permitindo,

simultaneamente, fazer sobressair os traços

e as características de uma cultura e de

um posicionamento que se pretendem

diferenciadores.

A.

CONSIDERAÇÕES

GERAIS

(6)

15.º

Exercício

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2010

Senhores Accionistas,

De acordo com as disposições legais e estatutárias, temos a honra de submeter à Assembleia-Geral, o nosso Relatório e Contas relativo ao exercício económico findo em 31 de Dezembro de 2010.

1.1 CONJUNTURA INTERNACIONAL

A envolvente económica global, desde o início da crise financeira internacional que se iniciou em Agosto de 2007 com o seu período mais crítico entre Setembro de 2008 e Março de 2009, degradou-se rapidamente com forte impacto negativo na economia real que se estendeu ao corrente ano nomeadamente na Europa cuja recuperação se tem demonstrado mais lenta.

Embora os mercados financeiros permaneçam voláteis, a economia real deu sinais de melhoria em alguns sectores, tendo sido impulsionada pelas exportações, na sequência da retoma do comércio mundial. Não obstante, as incertezas mantêm-se. Os períodos de confiança renovada no retorno ao crescimento têm alternado com reveses, nomeadamente devido aos riscos associados ao mercado das dívidas soberanas. As economias europeias confrontam-se com a necessidade de proceder a importantes ajustamentos. No início de 2010, temores com relação a uma crise da dívida soberana de vários países da Área do Euro (AE), como Grécia, Espanha, Irlanda, Portugal e Itália, levaram a uma crise de confiança e ao consequente aumento dos spreads dos títulos e do seguro para cobertura de risco dos

swaps de credit default para esses países.

O Conselho do Banco Central Europeu decidiu manter inalterada, durante o ano de 2010, a taxa de juro oficial aplicável às operações principais de refinanciamento, em 1,0%. Existe alguma evidência de uma pressão ascendente sobre o nível de preços no curto prazo sobretudo devido à componente energética, mas o crescimento dos preços deverá manter-se em linha com a estabilidade de preços no horizonte relevante para a condução de política monetária.

No mercado monetário do euro, as taxas de juro Euribor permaneceram estáveis durante a primeira metade do ano de 2010 e registaram uma tendência crescente durante a segunda metade do ano. A média anual foi de 0,57%, 0,81%, 1,08% e 1,35% para os prazos de 1, 3, 6 e 12 meses respectivamente. A média de Dezembro de 2010 do prazo de 12 meses, à qual se indexa a taxa garantida das soluções financeiras da Zurich Vida em comercialização para o ano de 2011 é de 1,22%.

1. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

(7)

Considerações Gerais

5 O sector financeiro ainda não regressou às condições normais e há que sublinhar as situações de vulnerabilidade e dependência do apoio estatal. As condições de crédito ainda não voltaram à normalidade e em alguns Estados-Membros as dívidas das famílias e das empresas continuam a ser excessivas.

Em 2010, o PIB da Área do Euro deverá apresentar um aumento em termos homólogos real de 1,7% (em 2009 tinha apresentado uma quebra de 4,5%). Em Dezembro de 2010, a taxa de desemprego da AE deverá situar-se nos 10% e a taxa de variação homóloga do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) na AE foi de 2,2% (1,9% em Novembro). Em termos médios anuais, a inflação na AE aumentou de 0,3% em 2009 para 1,6% em 2010.

A variação média anual do IHPC excluindo bens energéticos situou-se a um nível abaixo do ano anterior (1,0% face a 1,2% em 2009).

1.2 CONJUNTURA NACIONAL

A economia nacional terá terminado em contracção de 0,3% nos últimos três meses do ano quando comparado com o trimestre anterior. No entanto, quando analisado com o último trimestre de 2009, a economia portuguesa terá crescido 1,3%. No conjunto do ano todo terá registado um aumento de 1,4% impulsionada pelas exportações enquanto a procura interna terá registado um novo recuo.

No quarto trimestre de 2010, as vendas de veículos ligeiros de passageiros, incluindo veículos todo-o-terreno, cresceram 28,9% em termos homólogos, após um aumento de 16,1% no terceiro trimestre do ano. Esta aceleração foi essencialmente determinada pela evolução das vendas no mês de Dezembro (variação homóloga de 61,7%) que estará associada a uma antecipação das compras de veículos automóveis motivada por alterações fiscais em vigor a partir de Janeiro de 2011. (Tabela 1)

Relativamente à formação bruta de capital fixo, no quarto trimestre de 2010 as vendas de veículos comerciais ligeiros aumentaram 11,4%, em termos homólogos (11,7% no terceiro trimestre), enquanto as vendas de veículos comerciais pesados cresceram 43,9%, o que compara com uma queda de 10,1% no terceiro trimestre do ano.

No mesmo período, as vendas de cimento das empresas nacionais para o mercado interno diminuíram 8%, em termos homólogos (-4,7% no terceiro trimestre).

Procura interna -3,2pp -2,1pp 1,3pp 2,4pp -0,8pp Consumo privado -0,6pp 0,2pp 1,8pp 1,9pp 0,9pp Consumo público 0,7pp 0,6pp 0,4pp 1,4pp 0,1pp FBCF -3,2pp -2,8pp -0,8pp -0,9pp -1,8pp Procura externa 0,7pp 1,1pp 0,4pp -1,0pp 2,2pp Exportações -3,8pp -0,4pp 2,4pp 2,6pp 2,8pp Importações 4,5pp 1,5pp -2,0pp -3,6pp -0,6pp Tvh real do PIB -2,5pp -1,0pp 1,7pp 1,4pp 1,4pp

*Dados encadeados em volume - Base 2006 Fonte: Banco de Portugal TABELA 1

CONTRIBUIÇõES PARA A VARIAÇÃO

(8)

Em Dezembro de 2010, a taxa de variação homóloga do IHPC foi 2,4%. Em Janeiro apresentou a taxa mínima do ano (0,1%) e foi gradualmente aumentando até atingir o valor máximo em Dezembro. A taxa anual média de variação do IHPC foi de 1,4% para o ano de 2010 enquanto em 2009 foi negativa (-0,9%). O aumento da inflação ficou a dever-se essencialmente ao comportamento dos preços dos bens industriais energéticos. (Tabela 2)

A taxa de desemprego ter-se-á fixado em 10,9% no último trimestre de 2010 (10,1% no último trimestre de 2009) e a taxa média em 2010 terá sido de 10,7% (9,5% em 2009).

No final de Dezembro, a taxa de rendibilidade de obrigações do Tesouro com maturidade residual de 10 anos situou-se em 6,60% (mais 183 p.b do que no final de Dezembro de 2009, 4,77%). No mesmo período, a taxa de rendibilidade dos títulos de dívida pública alemã com características semelhantes situou-se nos 3,03% (menos 43 p.b. do que no final de Dezembro de 2009, 3,46%).

Em 2010, o índice PSI20 (TR) teve uma desvalorização de 6,6%. Esta evolução compara com uma diminuição de 2,8% do índice DJ 50 (TR) no mesmo período.

2. ACTIVIDADE SEGURADORA EM PORTUGAL

Os dados provisórios publicados pelo Instituto de Seguros de Portugal (ISP) para o ano de 2010 revelam que o volume de produção de seguro directo em Portugal ascendeu a 16.342 milhões de euros que representa um acréscimo de 12,5% relativamente ao verificado em 2009 e o equivalente a 9,5% do PIB Português. Este rácio, que exprime a penetração do seguro na economia, foi superior ao registado em 2009 (8,6%).

A evolução positiva dos prémios deveu-se ao comportamento do ramo Vida que registou um forte crescimento (+17,2%) enquanto os prémios do ramo Não Vida registaram um volume ligeiramente superior (+0,7%) ao registado no ano de 2009. (Tabela 3)

O crescimento no ramo Vida foi impulsionado pela procura de contratos com capital e taxa garantida, que registaram +33,3% do que no ano anterior. Por outro lado, registou-se uma forte diminuição nos seguros ligados a fundos de investimento (-26,2%). (Tabela 4)

IhPC 100% -0,9% 1,4% Bens 61,9% -2,4% 1,7% Alimentares 21,5% -2,5% 0,4% - Não transformados 10,9% -4,3% 0,7% - Transformados 10,6% -0,9% 0,2% Industriais 40,4% -2,3% 2,4% - Energéticos 9,9% -8,0% 9,5% - Não energéticos 30,5% -0,8% -0,7% Serviços 38,1% 1,3% 1,0% *Média Anual Fonte: Instituto Nacional de Estatística TABELA 2

(9)

Considerações Gerais

7 Relativamente aos ramos Não Vida, os que mais contribuíram para o aumento, contrariando a tendência dos últimos anos, foram o Automóvel, que representa 40%, o Doença e o Incêndio que conjuntamente representam 31%. A Zurich Vida apresentou em 2010 um crescimento inferior ao total do mercado (4,1%) pelo que diminuiu ligeiramente, relativo a 2009, a sua quota de mercado no ramo Vida – produção de seguro directo em Portugal – de 0,73% para 0,65%. Contudo, saliente-se o excelente crescimento da Zurich Vida nos seguros de risco puro de +8,9% que compara com o crescimento do mercado neste tipo de produtos de +1,3% (base: Estatísticas da APS - Associação Portuguesa de Seguradores). Nos contratos de seguro e de investimento de Capitalização não Ligados o mercado registou um aumento muito significativo de 60% contudo concentrado em três entidades de Bankassurance. Aliás, o crescimento total do mercado foi fortemente condicionado por estas três entidades, que sem estas, teria sido inclusive negativo (-1,5%).

TABELA 3 u.m: milhões euros

Vida 9.369 11.016 17,6% 10.384 -5,7% 12.173 17,2%

Não Vida 4.381 4.318 -1,4% 4.140 -4,1% 4.168 0,7%

ToTal 13.750 15.334 11,5% 14.524 -5,3% 16.342 12,5%

PIB* 168.737 172.022 168.046 172.615**

Penetração 8,1% 8,9% 8,6% 9,5%

*Valores a preços corrente (base 2006) **Estimativa Banco de Portugal

PRODUÇÃO DE SEGURO DIRECTO

- ACTIVIDADE EM PORTUGAL 2007 2008 ∆ 08/07 2009 ∆ 09/08 2010 ∆ 10/09

TABELA 4 u.m: milhões euros

vida 9.369 11.016 17,6% 10.384 -5,7% 12.173 17,2%

Seguro de vida 5.255 6.347 20,8% 7.202 13,5% 9.601 33,3%

Seguros ligados a f. de investimento 3.236 3.778 16,8% 3.157 -16,5% 2.331 -26,2%

Operações de capitalização 878 890 1,4% 25 -97,2% 241 863,5% Não vida 4.381 4.318 -1,4% 4.140 -4,1% 4.168 0,7% Acidentes e doença 1.372 1.396 1,7% 1.358 -2,7% 1.357 -0,1% - Acidentes de trabalho 763 741 -2,8% 677 -8,6% 646 -4,6% - Doença 440 483 9,6% 500 3,5% 529 5,9% - Acidentes (outros) 169 172 1,7% 181 5,3% 181 0,2%

Incêndio e outros danos 707 732 3,5% 747 2,0% 765 2,5%

Automóvel 1.944 1.810 -6,9% 1.666 -8,0% 1.672 0,4%

Marítimo e transportes 30 31 2,9% 33 6,6% 25 -24,5%

Aéreo 18 17 -6,3% 18 4,4% 16 -7,5%

Mercadorias transportadas 33 32 -3,9% 26 -18,4% 26 0,2%

Responsabilidade civil geral 108 109 0,9% 112 2,3% 116 4,0%

Diversos 168 192 14,0% 181 -5,4% 191 5,3%

ToTal 13.750 15.334 11,5% 14.524 -5,3% 16.342 12,5%

*Inclui prémios brutos emitidos de contratos de seguro e receita processada de contratos de investimento e de prestação de serviços. Valores provisórios para o ano de 2010

PRODUÇÃO* DE SEGURO DIRECTO - ACTIVIDADE EM PORTUGAL ∆ 08/07 2009 ∆ 09/08 2008 2010 ∆ 10/09 2007

(10)
(11)

ZURICH ENTRE

AS 100 MAIS VALIOSAS

MARCAS GLOBAIS

Em 2010 a Zurich Financial Services Group foi

incluída no ranking das 100 mais valiosas marcas

globais.

A Zurich foi assim, a primeira marca seguradora

suíça a constar no ranking das 100 mais valiosas

marcas globais analisadas e classificadas pela

Interbrand (Best Global Brands 2010). Esta

conquista sublinha a estratégia de sucesso da

campanha Zurich HelpPoint e, simultaneamente,

da sua robustez financeira.

Esta presença num ranking tão reconhecido

e prestigiado reflecte a atracção da Marca

Zurich e o compromisso em estar presente

e corresponder às expectativas dos Clientes

quando realmente é importante.

B.

ACTIVIDADE

DA ZURICH

(12)

1. ASPECTOS GERAIS

A estratégia da Zurich Vida assenta numa clara segmentação de mercados visando uma avaliação global do Cliente, para em função disso consolidar o seu posicionamento nos segmentos e alvos seleccionados,

através de propostas de valor ajustadas (produto, serviço e preço) e orientadas para a concretização dos objectivos definidos. A centralização no Cliente significa para a Zurich Vida antecipar e compreender os seus Clientes e centrar-se inteiramente em atender as necessidades destes de uma forma melhor do que a nossa concorrência. O negócio vida é suportado por uma unidade específica onde os recursos são orientados para a criação de soluções capazes de satisfazer as necessidades mais exigentes dos Clientes. Por essa razão a Zurich Vida faz questão em acolher as preocupações, sugestões e críticas do Cliente, o que permite evoluir enquanto Companhia, acompanhando as mudanças da sociedade.

A Zurich Vida conta com mais de 800 pontos de contacto em Portugal, incluindo Agentes, Corretores e Escritórios da Zurich em todo o país.

No final de 2010, o número de Colaboradores da Zurich Vida era de 62 (63 no final de 2009).

Comparativamente com as Companhias a operar em Portugal, revela um índice de produtividade elevado quando medido pelo rácio de prémios por Colaborador.

No exercício de 2010 foram ainda, no seguimento do seu plano estratégico, desenvolvidas várias acções das quais se destacam:

• Reforço da estratégia de focalização no Cliente, através da identificação clara das suas necessidades;

• Contínuo aprofundamento da estratégia de segmentação de mercado focalizada em alvos seleccionados;

Expansão de novo front-end na aplicação informática à rede de vendas;

• Reforço das competências da nossa Rede de Agentes Principais Zurich;

• Reforço da Unidade de marketing estratégico;

• Continuação do estreitamento da relação com os Colaboradores, Agentes e Corretores através dos eventos

Acção e Mudança, Congresso do Agente Principal e Perspectivas Corretores;

• Reformulação e enriquecimento da página Internet zurichportugal.com;

• Criação de uma equipa dedicada ao apoio à gestão comercial para os produtos Vida.

Os resultados apresentados neste relatório evidenciam o rigor posto na prossecução dos objectivos propostos e o êxito com que foram atingidos no exercício que agora termina.

(13)

Actividade da Zurich 11 RETENÇÃO E FIDELIZAÇÃO DO CLIENTE CENTRALIZAÇÃO NO CLIENTE LIDERANÇA NO MERCADO DIFERENCIAÇÃO MELHORADA VALOR DE MARCA ACRESCIDO RENTABILIDADE FINANCEIRA COLABORADORES FORTALECIDOS

VANTAGENS

DA CENTRALIZAÇÃO

NO CLIENTE

COBERTURA NACIONAL

DE ESCRITÓRIOS

(14)

2. ANÁLISE DOS RESULTADOS

A Companhia apresentou em 2010 um resultado líquido após impostos no valor de 9,64M€ que representa um aumento de 1,48M€ relativamente ao ano de 2009. Este incremento é consequência de fortes ganhos líquidos financeiros.

Não obstante uma análise mais pormenorizada nos pontos que se seguem deste relatório, o resultado apurado de 9,64M€ evidencia:

a. Resultado de exploração técnica negativo de 13,43M€ que representa um decréscimo de 6,38M€ relativamente ao ano transacto. Dada a natureza técnica dos contratos de seguro de vida com taxa garantida é normal um resultado negativo uma vez que a variação das provisões matemáticas que incorporam essa garantia financeira é compensada pelo resultado dos investimentos no exercício. A variação relativamente ao ano anterior é explicada nas seguintes componentes:

Prémios brutos emitidos 69,07 71,12 3,0% 76,62 7,7%

Var. da provisão para prémios não adquiridos 0,14 0,16 16,3% -0,01 -107,2%

Prémios de resseguro cedido -2,67 -2,55 -4,6% -3,00 17,8%

Var. da prov. para prém. não adq. parte do ress. 0,00 0,22 - 0,05 -78,2%

Prémios líquidos adquiridos 66,54 68,95 3,6% 73,66 6,8% Comissões de contratos de investimento 0,00 0,00 270,9% 0,00 127,6% Custos com sinistros liquidos de resseguro -69,31 -70,49 1,7% -65,42 -7,2%

Com. e part. nos resultados de resseguro cedido 0,34 0,10 -69,7% 0,12 11,5%

Custos e gastos de exploração -6,99 -6,65 -4,9% -6,96 4,7%

Custos e gastos de exploração liquidos -6,65 -6,55 -1,5% -6,84 4,6%

Var. da provisão matemática líquida de resseguro 1,98 -0,02 -101,0% -5,71

-Participação nos resultados líq. resseguro -4,07 1,05 -125,8% -9,13

-resultado de exploração técnica -11,51 -7,05 -38,8% -13,43 90,6%

Rendimentos de investimentos 20,28 19,82 -2,3% 21,07 6,3%

Gastos de investimentos -0,37 -0,30 -19,6% -0,36 20,9%

Ganhos líquidos financeiros não val. JV no G&P 1,45 1,34 -7,6% 9,68 620,2%

Perdas de imparidade (líquidas reversão) -9,38 -3,03 -67,6% -4,16 37,0%

Ganhos líquidos financeiros val. JV no G&P -0,10 -0,14 44,4% -0,29 113,6%

resultado dos investimentos 11,89 17,69 48,8% 25,93 46,6% outros rendimentos e gastos 0,51 0,28 -45,1% -0,06 -122,8%

resultados antes de impostos 0,89 10,92 - 12,44 13,9%

Imposto sobre o rendimento do exercício -0,66 -2,76 316,8% -2,80 1,4%

reSulTado líquIdo do exerCíCIo 0,23 8,16 - 9,64 18,1%

2009 ∆ 09/08 2010

2008 ∆ 10/09

(15)

Actividade da Zurich

13

a.1. Maior volume que se traduz em mais 4,71M€ de prémios líquidos adquiridos. Os prémios brutos aumentaram 5,50M€ (+7,7%) e com os depósitos de contratos de investimento, que foram 2,27M€ (4,64M€ em 2009), registam um aumento de 3,14M€ (4,1%). Adicionalmente, os prémios de resseguro cedido aumentaram de 0,45M€ relativamente ao exercício anterior. Note-se que a variação da provisão para prémios não adquiridos relativa à parte dos resseguradores foi reconhecida até em 2008 na variação da provisão matemática cedida, pelo que o valor registado, em 2009, corresponde ao valor da provisão de balanço;

a.2. Diminuição dos custos com sinistros líquidos de resseguro no valor de 5,07M€. Esta diminuição é devida essencialmente a um menor montante de valores resgatados no valor de 5,07M€ (-19,0%). Os capitais vencidos foram ligeiramente superiores ao ano anterior (+0,71M€/+2,0%) e os capitais por morte e invalidez que registaram um aumento de 0,52M€ (+8,2%). Por outro lado, a parte dos resseguradores nos custos com sinistros foi inferior em 0,42M€ que representa uma diminuição de 22,0%. Note-se que o custo relativo aos vencimentos e resgates está compensado, para efeitos de resultado, na variação da provisão matemática;

a.3. Aumento dos custos e gastos de exploração líquidos de resseguro no valor de 0,30M€. O impacto do resseguro por via das comissões e participação nos resultados foi marginal (+0,01M€ de proveito). O aumento dos gastos brutos de resseguro (+0,31M€/+4,7%) foi essencialmente devido ao aumento com fornecimentos e serviços externos (+0,31M€/+14,5%), nomeadamente no que se refere a serviços na área de tecnologias de informação (+0,11M€) e nos exames médicos (+0,09M€). As comissões de angariação e cobrança (registadas na rubrica de remunerações de mediação nos custos de aquisição e custos administrativos, respectivamente) diminuíram 0,06M€ (sobre prémios comerciais e depósitos registou-se uma variação de -0,2pp, de 2,2% em 2009 para 2,1% em 2010) que em termos percentuais representa -3,2% não obstante os prémios e depósitos terem registado um aumento de 4,1%. A alteração no perfil da carteira teve um impacto muito reduzido nas percentagens de comissões sobre prémios e depósitos contribuindo apenas para aumentar esta percentagem em +0,08pp. Os incentivos aos Agentes foram mais 21,4% superiores ao ano passado, contudo em valor absoluto, com uma variação marginal;

a.4. Aumento no custo da participação nos resultados no valor de 10,18M€. Esta variação é, em grande parte, devida à utilização em 2009, de acordo com o plano de amortização estabelecido, de parte do valor criado aquando da introdução do novo plano de contas em 2008 relativamente às valias potenciais dos títulos que já tinham sido alienados, por contrapartida dos saldos negativos das contas de apuramento de resultados das diferentes carteiras no valor de 4,76M€ com o consequente impacto positivo e extraordinário nos resultados de 2009.

B. Incremento do resultado dos investimentos no valor de 8,24M€. Este aumento substancial é explicado pelos ganhos líquidos financeiros que foram superiores em 8,33M€ ao do ano transacto essencialmente derivados pela alienação de títulos de dívida. As perdas por imparidades em 2010 foram de 4,16M€ que representa um aumento de 1,12M€ relativamente ao ano transacto. Estas perdas por imparidade concentraram-se nas acções portuguesas nomeadamente EDP, EDP Renováveis e BPI foram as que mais contribuíram para o reconhecimento da perda no ano de 2010.

(16)

C. Impacto negativo de 0,34M€ relativo a outros rendimentos e gastos devido essencialmente a mais gastos donde se salienta o aumento de 0,07M€ relativo a ajustamentos de recibos por cobrar e menos receita devido a rendimentos e ganhos não correntes.

d. Aumento do imposto sobre o rendimento do exercício de 0,04M€. Este aumento é devido apenas a um maior resultado antes de impostos uma vez que a taxa efectiva diminui de 25,3%, em 2009, para 22,5% em 2010. A elevada taxa efectiva de 2008 (75%) deve-se essencialmente ao facto de só se ter considerado 50% da menos valia fiscal relativa às imparidades para efeitos de cálculo do imposto diferido nesse ano.

2.1 PRÉMIOS DE CONTRATOS DE SEGURO E DE CONTRATOS DE INVESTIMENTO

2.1.1 PRÉMIOS BRUTOS

Os prémios brutos emitidos de seguro directo e de contratos de investimento (depósitos), líquidos de estornos e anulações atingiram um total de 78,90M€ que representou um aumento de 3,14M€ (+4,1%) relativamente a 2009. Os produtos de capitalização não ligados (seguros com componente forte de investimento) registaram um aumento de 4,30M€ (+11,8%). Neste grupo de produtos estão incluídos os produtos do tipo Universal Life referentes a carteiras que já não estão em comercialização desde 2003 que diminuíram 1,35M€ (-17,4%). Se expurgarmos o efeito destas carteiras em perca, os seguros de capitalização aumentaram 5,65M€ (+19,6%). Os produtos de risco, que têm a maior margem de rentabilidade, cresceram 8,7% o que representa um aumento de 1,20M€ (1,22M€ dos temporários e -0,02M€ dos capitais diferidos sem contra-seguro dos prémios).

Seguro directo 69,07 71,12 3,0% 76,62 7,7%

Rendas vitalícias 1,11 1,60 44,2% 0,16 -89,8%

Produtos de risco 13,17 13,87 5,3% 15,07 8,7%

Produtos de capitalização (não ligados) 39,62 36,58 -7,7% 40,88 11,8%

PPR (não ligados) 15,17 19,08 25,8% 20,52 7,6%

Contratos de investimento 0,00 4,64 2,27 -51,0%

Produtos de capitalização (ligados) 0,00 4,64 2,27 -51,0%

resseguro aceite 0,00 0,00 - 0,00

-ToTal 69,07 75,76 9,7% 78,90 4,1%

u.m: milhões euros

PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS

E DEPÓSITOS 2008 2009 ∆ 09/08 2010 ∆ 10/09

Os prémios regulares anuais diminuíram 0,12M€ onde as carteiras descontinuadas contribuíram negativamente com 1,31M€. Todas as carteiras activas apresentaram um acréscimo de prémios regulares anuais excepto

os produtos de capitalização não ligados que registou um decréscimo de 0,11M€. Os prémios anuais dos produtos de risco aumentaram 1,25M€ (+8,6%) e dos PPR aumentaram 0,06M€ (+1,3%).

Os prémios únicos ou extraordinários registaram um aumento de 3,03M€ e os prémios regulares, um acréscimo de 0,11M€.

(17)

Actividade da Zurich

15 Por segmento de Clientes, registou-se, em 2010, um forte aumento na produção relativa a Clientes individuais com mais 7,36M€ (+12,8%) enquanto os Clientes empresas apresentaram uma quebra acentuada de produção relativamente ao ano transacto com menos 1,86M€ (-13,8%). A percentagem de produção de Clientes empresas diminui de 19%, em 2009, para 15% em 2010.

Individual 57,57 57,70 0,2% 65,06 12,8%

Rendas vitalícias 0,00 0,04 0,07 67,7%

Produtos de risco 7,11 7,24 1,8% 7,82 8,0%

Produtos de capitalização (não ligados) 35,28 31,35 -11,2% 36,66 17,0%

PPR (não ligados) 15,17 19,08 25,8% 20,52 7,6%

empresas 11,51 13,42 16,6% 11,56 -13,8%

Rendas vitalícias 1,11 1,56 40,3% 0,09 -94,1%

Produtos de risco 6,06 6,63 9,4% 7,25 9,4%

Produtos de capitalização (não ligados) 4,34 5,23 20,5% 4,22 -19,4%

PPR (não ligados) 0,00 0,00 - 0,00

-ToTal 69,07 71,12 3,0% 76,62 7,7%

u.m: milhões euros

PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS

DE SEGURO DIRECTO 2008 2009 ∆ 09/08 2010 ∆ 10/09

2.1.2 PRÉMIOS DE RESSEGURO

Os prémios de resseguro apresentam um aumento de 0,45M€ (+17,8%) relativamente ao ano de 2009. Esta variação é essencialmente consequência do aumento dos prémios de resseguro nos produtos de risco de 0,46M€ (+22,2%) cujos prémios de seguro directo aumentaram de 8,7%. Os prémios de resseguro relativo aos produtos de capitalização (não ligados) diminuíram 0,01M€ (-2,3%).

Esta classe de produtos inclui os produtos do tipo Universal Life (não obstante serem de capitalização incluem uma componente de risco ressegurável) que já não estão em comercialização desde 2003 e que durante os anos até à sua maturidade terão cada vez menos risco ressegurável.

Rendas vitalícias 0,00 0,00 0,00

Produtos de risco -2,07 -2,09 0,8% -2,55 22,2%

Produtos de capitalização (não ligados) -0,60 -0,46 -23,1% -0,45 -2,3%

PPR (não ligados) 0,00 0,00 0,00

ToTal -2,67 -2,55 -4,6% -3,00 17,8%

u.m: milhões euros

(18)

Os prémios de resseguro relativo aos produtos de risco aumentaram 22,2% que contrasta com o aumento de produção no seguro directo desta classe de apenas 8,7%. Contudo o prémio médio desta classe aumentou 11,4% e 15,5% no que se refere a Clientes individuais e Clientes empresas, respectivamente por via de maior produção e menor número de apólices em vigor que diminuíram 3,0% e 5,3% respectivamente. Por outro lado os capitais seguros cedidos aumentaram de 1.955 milhões de euros, em 2009, para 2.214 milhões euros que representa um aumento de 13,3% para os capitais seguros cedidos para este tipo de produtos.

2.2 CUSTOS COM SINISTROS

2.2.1 CUSTOS BRUTOS COM SINISTROS

Os custos com sinistros brutos de resseguro diminuíram 7,6% relativamente a 2009 que representa em valor menos 5,50M€. Os vencimentos aumentaram 0,71M€ e os resgates diminuíram 5,07M€. O custo relativo aos vencimentos e resgates está compensado, para efeitos de resultado, na variação da provisão matemática.

Os capitais por morte e invalidez aumentaram 0,52M€ e os outros (rendas de invalidez, exonerações e subsídio de hospitalização) diminuíram substancialmente no montante de 1,35M€ resultante de reavaliações efectuadas aos processos de rendas e exonerações que permitiram o encerramento de alguns processos com um impacto positivo nos resultados de 0,13M€. Esta redução teve também impacto visível na parte dos resseguradores nos custos com sinistros dos produtos de capitalização não ligados.

A análise por tipo de produto revela que o custo com sinistros relativo aos produtos de risco aumentou consideravelmente (+20,5%) contudo os prémios adquiridos também aumentaram, mas em percentagem inferior (+8,9%). Este efeito conjunto teve como consequência uma ligeira diminuição da rentabilidade deste tipo de produtos de 66%, em 2009, para 62% em 2010 (medida por: 1 - rácio de custo com sinistros por prémios adquiridos).

(19)

Actividade da Zurich

17

Rendas vitalícias -1,04 -1,17 12,0% -1,26 7,7%

Produtos de risco -6,02 -4,70 -21,9% -5,66 20,5%

Produtos de capitalização (não ligados) -47,82 -46,08 -3,6% -41,05 -10,9%

PPR (não ligados) -16,58 -19,46 17,4% -18,34 -5,8%

Custos imputados -0,47 -1,00 113,7% -0,61 -39,0%

ToTal -71,94 -72,41 0,7% -66,92 -7,6%

u.m: milhões euros

CUSTOS COM SINISTROS 2008 2009 ∆ 09/08 2010 ∆ 10/09

Vencimentos -33,09 -36,08 9,0% -36,79 2,0%

Capitais por morte ou invalidez -6,82 -6,29 -7,8% -6,81 8,2%

Rendas -1,04 -1,17 12,0% -1,26 7,7%

Resgates -29,42 -26,64 -9,4% -21,57 -19,0%

Outras -1,09 -1,23 12,2% 0,13 -110,3%

Custos imputados -0,47 -1,00 113,7% -0,61 -39,0%

ToTal -71,94 -72,41 0,7% -66,92 -7,6%

u.m: milhões euros

CUSTOS COM SINISTROS 2008 2009 ∆ 09/08 2010 ∆ 10/09

2.2.2 PARTE DOS RESSEGURADORES NOS CUSTOS COM SINISTROS

A parte dos resseguradores nos custos com sinistros foi consideravelmente menor do que no ano transacto, mas apenas devido às carteiras descontinuadas e com componente de poupança (classificadas no quadro como produtos de capitalização não ligados) que apresentaram uma perda de 0,07M€ devido à reavaliação das rendas e exonerações mencionadas no ponto anterior. Para os produtos de risco, a parte dos resseguradores nos custos com sinistros aumentou quase 40% (+0,45M€) devido essencialmente a um único sinistro cujo capital cedido ascendeu a 0,47M€.

Rendas vitalícias 0,00 0,00 0,00

Produtos de risco 2,01 1,12 -44,1% 1,57 39,9%

Produtos de capitalização (não ligados) 0,62 0,80 29,7% -0,07 -108,4%

PPR (não ligados) 0,00 0,00 0,00

ToTal 2,63 1,93 -26,7% 1,50 -22,0%

u.m: milhões euros

PARTE DOS RESSEGUROS

(20)

Gastos com pessoal -3,04 -2,79 -8,5% -2,83 1,5%

Fornecimentos e serviços externos -2,63 -2,47 -6,2% -2,87 16,0%

Impostos e taxas -0,06 -0,07 4,4% -0,06 -9,8%

Depreciações e amortizações -0,25 -0,14 -43,2% -0,08 -41,7%

Outras provisões 0,00 -0,44 -0,05 -89,8%

Juros suportados -0,02 -0,01 -71,0% -0,01 38,6%

Comissões -0,12 -0,12 0,0% -0,14 18,3%

ToTal de CuSToS a ImPuTar -6,13 -6,03 -1,7% -6,03 0,0%

A custos e gastos de exploração -5,30 -4,73 -10,8% -5,05 6,9%

- A custos de aquisição ‘-1,66 -1,87 12,3% -1,91 2,2%

- A gastos administrativos -3,64 -2,86 -21,4% -3,15 10,0%

A custos com sinistros -0,47 -1,00 113,7% -0,61 -39,0%

A gastos de investimentos -0,36 -0,30 -16,9% -0,36 20,6%

A gestão fundos de pensões 0,00 0,00 -14,2% 0,00 557,9%

ToTal de CuSToS ImPuTadoS -6,13 -6,03 -1,7% -6,03 0,0%

u.m: milhões euros

CUSTOS E GASTOS POR NATUREZA

A IMPUTAR 2008 2009 ∆ 09/08 2010 ∆ 10/09

2.3 CUSTOS E GASTOS DE EXPLORAÇÃO LÍQUIDOS

Os custos por natureza (custos indirectos) são primeiro contabilizados pela sua natureza e posteriormente imputados, por uma chave de repartição em função do centro de custo onde a despesa teve origem a custos de aquisição, a custos administrativos, a custos com sinistros, a custos com investimentos e a custos de gestão de fundos de pensões.

Os custos que não são imputados (custos directos) incluem (i) a remuneração da mediação (comissões de angariação e de cobrança), (ii) os designados por outros custos de aquisição e (iii) os designados por outros custos administrativos. Estes últimos incluem os apoios, incentivos e convenção anual, atribuídos aos Mediadores. Incluem ainda as comissões e participação nos resultados de resseguro cedido.

A metodologia de imputação utilizada para 2010 foi a mesma dos anos de 2009 e 2008.

Os factos mais relevantes observados na variação dos custos imputados são:

Fornecimentos e serviços externos: aumento dos custos com trabalhos especializados no montante de 0,12M€, devido essencialmente a exames médicos e aumento dos custos relacionados com tecnologia de informação no valor de 0,18M€. Não existem outros custos cuja variação para o ano transacto se destaque;

amortizações e depreciações: não obstante o forte decréscimo percentual (-41,7%) o impacto em valor absoluto é marginal (-0,06M€), traduzindo a estratégia de aluguer já tomada há alguns anos;

(21)

Actividade da Zurich

19

outras provisões: devido à criação da provisão no valor de 0,44M€ em 2009 por motivo de fraudes detectadas nesse ano. Este custo foi em 2009 na totalidade imputado à função sinistros que explica o substancial incremento que registou nesse ano (113,7%) e consequentemente explica a diminuição registada em 2010 quando

comparado com 2009.

Os custos directos (remunerações de mediação e incentivos comerciais registados na rubrica de outros custos administrativos) registaram uma ligeira redução de 0,02M€ (-1,2%). As comissões de angariação e cobrança (registadas na rubrica de remunerações de mediação, nos custos de aquisição e custos administrativos,

respectivamente) diminuíram 0,06M€ (sobre prémios comerciais e depósitos registou-se uma variação de -0,2pp, de 2,2% em 2009 para 2,1% em 2010) que em termos percentuais representa -3,2% não obstante os prémios e depósitos terem registado um aumento de 4,1%. A alteração no perfil da carteira teve um impacto muito reduzido nas percentagens de comissões sobre prémios e depósitos contribuindo apenas para aumentar esta percentagem em +0,08pp. Os incentivos aos Agentes foram 21,4% superiores ao ano passado, contudo em valor absoluto, com uma variação marginal.

Custos de aquisição -3,01 -3,57 18,3% -3,55 -0,5%

Custos imputados -1,66 -1,87 12,3% -1,91 2,2%

Remunerações de mediação -1,35 -1,70 25,7% -1,64 -3,3%

Outros 0,00 0,00 0,00

variação dos custos de aq. diferidos -0,03 -0,01 -62,8% -0,02 42,8%

Gastos administrativos -3,95 -3,07 -22,2% -3,39 10,5%

Custos imputados -3,64 -2,86 -21,4% -3,15 10,1%

Remunerações de mediação -0,01 -0,01 -0,6% -0,01 21,4%

Outros -0,30 -0,21 -31,9% -0,24 15,8%

ToTal -6,99 -6,65 -4,9% -6,96 4,7%

CUSTOS E GASTOS DE ExPLORAÇÃO 2008 2009 ∆ 09/08 2010 ∆ 10/09

2.4 RENDIMENTOS E GASTOS DOS INVESTIMENTOS

Os rendimentos dos investimentos aumentaram 1,26M€ (+2,3%) relativamente a 2009. As maiores reduções registaram-se nos rendimentos dos imóveis (-0,07M€), devido à diminuição da taxa de ocupação e nos empréstimos concedidos (-0,10M€), devido não só a uma redução dos montantes emprestados (-8,0%), como também ao registo extraordinário de 0,09M€ de juros de um único empréstimo sobre apólices em 2009. Por outro lado, os aumentos mais significativos registaram-se nos instrumentos de capital e unidades de

participação (+0,58M€), nomeadamente nas acções que registaram um aumento substancial de 0,73M€ (+62,1%), devido ao pagamento extraordinário de dividendos, em Dezembro de 2010, pela PT no valor de 0,52M€. Os rendimentos de títulos de dívida pública também registaram um forte aumento de 1,07M€ devido a uma maior

(22)

Terrenos e edifícios 0,25 0,25 -2,4% 0,18 -28,5%

De uso próprio 0,00 0,00 0,00

De rendimento 0,25 0,25 -2,4% 0,18 -28,5%

activos financeiros disponíveis para venda 18,80 18,31 -2,6% 19,50 6,5% Instrumentos de capital e u.P. 1,81 1,36 -24,6% 1,95 42,9%

- Acções 1,59 1,18 -25,8% 1,92 62,1%

- Títulos de participação 0,00 0,00 0,00

- U.P. de fundos de investimento mobiliário 0,16 0,13 -15,2% 0,00 -100%

- U.P. de fundos de investimento imobiliário 0,06 0,05 -16,8% 0,03 -34,2%

Títulos de dívida 16,99 16,94 -0,3% 17,56 3,6%

- De dívida pública 14,76 14,98 1,5% 16,05 7,1%

- De outros emissores públicos 0,12 0,22 86,9% 0,22 -0,4%

- De outros emissores 2,12 1,74 -17,9% 1,28 -26,1%

empréstimos concedidos e contas a receber 0,11 0,14 34,2% 0,03 -76,7%

Depósito junto de empresas cedentes 0,00 0,00 0,00

Outros depósitos 0,05 0,01 -83% 0,00 -100,0%

Empréstimos concedidos 0,06 0,13 139,7% 0,03 -75,2%

Contas a receber 0,00 0,00 0,00

Outros 0,00 0,00 0,00 -100,0%

Investimentos a deter até à maturidade 0,90 0,95 5,4% 1,00 5,4% depósitos à ordem em inst. de crédito 0,07 0,01 -91,4% 0,00 -93,7% relativos a contratos de investimento 0,15 0,17 13,9% 0,36 109,2%

ToTal 20,28 19,82 -2,3% 21,07 6,3%

u.m: milhões euros

RENDIMENTOS 2008 2009 ∆ 09/08 2010 ∆ 10/09 exposição cuja aquisição beneficiou de uma taxa de juro mais elevada. Os títulos de dívida pública representavam no final de 2009, 78% do total de activo investidos e no final de 2010, representavam 80% não obstante a forte desvalorização que sofreram durante o corrente ano.

A yield dos investimentos (rendimento sobre a média do valor dos activos investidos no exercício) aumentou 26p.b. de 4,44%, em 2009, para 4,70% em 2010.

Os gastos com investimentos registaram um aumento de 20,6%, contudo com um impacto pouco significativo nos resultados (-0,06M€). Este aumento verifica-se essencialmente nos fornecimentos e serviços externos (+0,03M€), nomeadamente no que se refere ao serviço prestado pelo Grupo Zurich e nas comissões (+0,02M€) por administração de valores e outros serviços bancários.

O valor total dos investimentos, incluindo depósitos à ordem, atingiu em 2010 o montante de 440,36M€, inferior em 14,96M€ relativamente a 2009. Esta diminuição deveu-se em grande parte à forte desvalorização dos títulos de dívida pública portuguesa. Por outro lado, o fluxo de caixa (-0,13M€) foi consideravelmente inferior do que no ano transacto (-3,21M€).

(23)

Actividade da Zurich

21 O fluxo de actividade operacional ascendeu a 8,22M€ (5,53M€ em 2009), enquanto o fluxo da actividade de investimento foi positivo no montante de 0,11M€ (0,46M€ em 2009) devido a recebimentos de empréstimos e alienação de imobilizado. Durante o ano de 2010, foram pagos dividendos 8,41M€ que representam a totalidade do fluxo negativo de actividade de financiamento (-2,78M€ em 2009 que também corresponde na totalidade a dividendos).

Relativamente ao fluxo de actividade operacional, saliente-se os prémios de seguro directo recebidos no valor de 75,95M€ (70,31M€ em 2009) que representa uma taxa de cobrança elevada de 96,9%, ligeiramente inferior à registada em 2009 (97,1%). Por outro lado, o valor dos sinistros pagos em 2010 (63,53M€) foi menor que em 2009 (68,51M€).

No final do ano de 2010, a carteira era essencialmente constituída por activos disponíveis para venda (92%) e investimentos a deter até à maturidade (4%). No conjunto dos activos disponíveis para venda destaque-se os títulos de dívida pública (80%) de emissores privados (5%) e acções (6%).

Terrenos e edifícios 3,33 3,33 0,0% 3,30 -0,9%

De uso próprio 0,00 0,00 0,00

De rendimento 3,33 3,33 0,0% 3,30 -0,9%

activos financeiros disponíveis para venda 409,60 421,92 3,0% 403,40 -4,4% Instrumentos de capital e u.P. 28,42 32,42 14,1% 27,88 -14,0%

- Acções 24,17 27,92 15,5% 27,62 -1,1%

- Títulos de participação 0,00 0,00 0,00

- U.P. de fundos de investimento mobiliário 2,83 3,08 8,8% 0,06 -97,9%

- U.P. de fundos de investimento imobiliário 1,42 1,42 -0,1% 0,20 -85,7%

Títulos de dívida 381,18 389,50 2,2% 375,51 -3,6%

- De dívida pública 339,21 353,26 4,1% 353,16 0,0%

- De outros emissores públicos 2,99 6,51 117,9% 1,87 -71,2%

- De outros emissores 38,97 29,72 -23,7% 20,47 -31,1%

empréstimos concedidos e contas a receber 2,35 0,64 -72,7% 0,59 -8,0%

Depósitos junto de empresas cedentes 0,00 0,00 0,00

Outros depósitos 1,15 0,00 -100,0% 0,00

Empréstimos concedidos 1,20 0,64 -46,4% 0,59 -8,0%

Contas a receber 0,00 0,00 0,00

Outros 0,00 0,00 0,00

Investimentos a deter até à maturidade 17,50 18,45 5,4% 19,45 5,4% depósitos à ordem em inst. de crédito 1,06 2,66 149,9% 3,93 47,7% Investimentos relativos a contratos de inv. 2,87 8,32 189,2% 9,69 16,6%

ToTal 436,72 455,32 4,3% 440,36 -3,3%

u.m: milhões euros

(24)

A qualidade da carteira de títulos de dívida é demonstrada pelo rating médio de A-, contudo inferior ao registado em 2009 e por sua vez ao registado em 2008 que era AA- e AA, respectivamente. Esta redução ao longo dos últimos três anos acompanhou, dada a nossa exposição em títulos de dívida portuguesa, a redução verificada para a República Portuguesa de AA em 2008 para AA- em 2009 e para A- em 2010.

2.5 PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS

A taxa de rentabilidade bruta, atribuída aos contratos de seguro, para o ano de 2010 é de 3,0% para todas as soluções da Zurich Vida em comercialização com maior representatividade, excepto PPR cuja taxa foi de 3,5% (4,5% em 2009, incluindo PPR).

Os restantes produtos, já não comercializados para efeitos de novo negócio, apresentam taxas de rentabilidade brutas que variam entre 4,30% e 8,80% nas carteiras com ainda alguma dimensão.

3. GARANTIAS FINANCEIRAS

3.1 MARGEM DE SOLVêNCIA

O valor da margem de solvência disponível no final de 2010 é de 26,92M€. Este valor não incorpora qualquer proposta de pagamento de dividendos uma vez que a margem de solvência não comporta um aumento de 50p.b. na Yield Curve como se pode observar no ponto 5.5 deste relatório.

u.m: milhões euros

Margem de solvência disponivel 33,15 41,42 24,9% 26,92 -35,0%

Margem de solvência requirida 17,74 17,91 1,0% 18,36 2,5%

CoBerTura 187% 231% 44,3pp 147% -84,6pp

Dividendos a pagar no ano seguinte 2,78 8,42 0,00

Cobertura após dividendos 171% 84% 147%

∆ 09/08 2010 ∆ 10/09

2009 2008

(25)

Actividade da Zurich

23

3.2 PROVISÕES TÉCNICAS

Tal como nos exercícios anteriores, o nível das provisões traduz a adequação ao desenvolvimento da carteira de seguros e uma política de rigor e prudente gestão das suas responsabilidades.

u.m: milhões euros

Provisão para prémios não adquiridos 1,90 1,74 -8,3% 1,76 0,7%

Provisão matemática 365,25 368,99 1,0% 378,66 2,6%

Provisão para sinistros 17,47 20,37 16,6% 23,15 13,7%

Provisão para participação nos resultados 22,66 21,58 -4,8% 12,36 -42,7%

A atribuir 17,72 16,46 -7,1% 2,35 -85,7%

Atribuída 4,94 5,12 3,7% 10,01 95,5%

Passivos fin. relativos a cont. de inv. 4,07 9,03 121,8% 11,00 21,8%

Provisões técnias e pass. fin. de cont. de inv. 411,35 421,71 2,5% 426,93 1,2%

Provisões técnias de resseguro cedido -4,86 -5,56 14,3% -5,66 1,8%

Provisão para prémios não adquiridos 0,00 -0,22 -0,27 21,8%

Provisão matemática -0,72 -0,62 -14,1% -0,50 -18,6%

Provisão para sinistros -4,14 -4,71 13,8% -4,88 3,5%

ToTal 406,49 416,15 2,4% 421,27 1,2%

PROV. TÉCNICAS E PASSIVOS

FINANCEIROS RELATIVOS A CONTRATOS

DE INVESTIMENTO 2008 2009 ∆ 09/08 2010 ∆ 10/09

4. RECURSOS HUMANOS

O ano 2010 é marcado, mais uma vez, por uma grande transformação na área de formação e desenvolvimento da Companhia.

Potenciámos, através das sinergias criadas entre as áreas de formação e desenvolvimento e gestão de talentos, a formação específica dos Colaboradores identificados pelo seu elevado potencial, nomeadamente com acções de formação internacionais, especialmente concebidas para este público-alvo, com representantes de todos os países europeus.

No seguimento da nossa estratégia de gestão de Recursos Humanos aprofundamos a área de gestão de talentos, onde os Colaboradores identificados pelas suas chefias foram alvo de uma avaliação rigorosa, com reconhecimento internacional, tendo como objectivo a concepção de um plano de desenvolvimento individual, acordado e oficializado entre Direcção e Colaborador.

(26)

Procedeu-se à participação e análise de mais um estudo comparativo dentro do mercado segurador, tendo por objectivo analisar as tendências do mercado em várias vertentes.

Em 31 de Dezembro de 2010 o número de Colaboradores da Zurich Vida, era de 62, menos um que o registado em 31 de Dezembro de 2009, 63.

5. GESTÃO DE RISCOS

O objectivo da Zurich Vida ao nível da gestão dos riscos é proteger o capital, assegurar a continuidade do negócio, potenciar a criação de valor, auxiliar a tomada de decisões e proteger a nossa reputação e a nossa marca através da consolidação de uma cultura de consciência dos riscos.

As nossas principais categorias de riscos incluem:

Seguros: risco transferido dos nossos Clientes através de um processo de subscrição, análise e aceitação.

operacional: risco associado às pessoas, processos e sistemas da Companhia, bem como a eventos externos.

reputação: risco de que um acto ou omissão por parte da Companhia ou de um dos seus Colaboradores possa resultar num dano para a nossa reputação ou numa perda de confiança por parte de todos os nossos parceiros.

estratégia: risco que pode derivar do planeamento ou da execução da estratégia.

Crédito: risco associado à perda efectiva ou potencial de uma pessoa ou entidade de não conseguir cumprir as suas obrigações financeiras.

mercado: risco associado às posições do balanço onde o valor depende dos investimentos nos mercados financeiros.

5.1 GOVERNAÇÃO DOS RISCOS

A Zurich Vida dedica particular enfoque a todos os mecanismos de governação em ordem a assegurar que os mesmos estão adequados à dimensão, natureza e complexidade da sua actividade, privilegiando, na sua análise, a própria organização, os seus Colaboradores, os riscos de mercado, os activos, os procedimentos, a cultura e a segurança.

Na preparação dos seus planos de acção, o recurso a análises SWOT como método de identificação, discussão e conhecimento de questões ligadas ao mercado, ao investimento, às condições económicas, consideradas numa perspectiva holística, às mudanças sociais e à necessidade de novas funções, focalizam-se, primariamente, nas necessidades dos seus Clientes e têm em vista as boas práticas de gestão.

Assim, as políticas e filosofias ligadas à gestão de risco, aos planos que asseguram a continuidade do negócio, ao controlo interno e à auditoria interna, têm merecido, por parte do órgão de Administração e Directores, particular atenção e visibilidade, o que muito tem contribuído para um desenvolvimento são e prudente do negócio e das suas responsabilidades.

(27)

Actividade da Zurich

25 A gestão de riscos, que se inicia com a identificação das vulnerabilidades da Organização, com vista à sua redução, eliminação ou transferência, qualquer que seja a área em análise, encontra-se plenamente integrada em todos os seus processos e procedimentos, estando a monitorização dos mesmos incorporada nos planos de acção das respectivas direcções.

A Zurich procede a uma activa gestão do risco e governação, seguindo o estatuído na Norma Regulamentar n.º 14/2005-R do Instituto de Seguros de Portugal, bem como faz reflectir nas suas práticas de controlo do risco as guidelines em vigor no Grupo Zurich, beneficiando da cooperação de toda a estrutura de Risk Management do Grupo e em particular dos centros de competência que, ao nível do Grupo, se especializaram em determinados tipos de risco, por exemplo, o Business Continuity Management, o Risco Operacional e o Controlo de Riscos.

5.2 GESTÃO DO RISCO DE SUBSCRIÇÃO

Uma componente fundamental da gestão do risco na actividade seguradora encontra-se associada à disciplina na subscrição de riscos. A Zurich está imbuída de uma forte cultura de controlo dos riscos de subscrição, estabelecendo limites à capacidade de subscrição e delegando autonomias baseadas no grau de conhecimento e experiência individuais. As normas de subscrição de negócios implementadas são estabelecidas e revistas regularmente, com base em critérios de prudência, controlo e rentabilidade.

Encontram-se estabelecidos controlos adequados de monitorização do cumprimento das autonomias delegadas, bem como de aderência aos princípios de subscrição definidos.

Seguindo procedimentos comuns a todo o Grupo, a Zurich Vida implementou linhas de orientação apropriadas no âmbito da tarifação das suas soluções de seguro, baseadas em sólidos princípios técnicos, que aplica de forma sistemática, na prossecução de um objectivo de rentabilidade sustentada.

A Zurich Vida beneficia do facto de pertencer a um Grupo internacional, usufruindo da constante partilha de melhores práticas no âmbito da governação dos riscos de subscrição, tendo constantemente presente a necessidade de garantir a total compreensão dos riscos que subscreve, encontrando-se os mesmos justificados por um retorno adequado.

Outra componente fundamental é a protecção de resseguro. A política de resseguro é coerente com as

autonomias proporcionadas à área de subscrição de riscos, nomeadamente no que respeita às exclusões constantes dos tratados.

A estrutura dos tratados de resseguro segue princípios de coerência na definição das retenções e capacidades, com base nos perfis de risco das carteiras seguras.

5.3 GESTÃO DO RISCO OPERACIONAL

Em termos gerais, todos os riscos são conotados por intrinsecamente conterem aspectos ligados ao risco operacional. A Zurich Vida, na senda das iniciativas do Grupo Zurich The Zurich Way, integra um conjunto

(28)

de iniciativas que contribuem para gerir os riscos operacionais, sustentando os seus processos e procedimentos em práticas standard e amplamente testadas como eficazes para assegurar boas práticas no âmbito dos riscos operacionais, dos quais, nomeadamente destacamos o processo ICF – Internal Control Framework, que incide sobre o controlo dos processos considerados críticos e ainda pela análise e cálculo do Risk Based Capital na gestão do risco operacional, segundo uma ferramenta designada por TDS – Top Down Scenários.

Complementarmente, a Zurich Vida tem trabalhado no sentido de identificar riscos que considera serem nucleares, através da aplicação de uma abordagem que é comum a todo o Grupo Zurich, fazendo uso da informação proveniente de outras formas de informação sobre risco, tais como o controlo interno e o Total Risk Profiling, este sustentado em cenários de probabilidade e severidade.

São realizadas análises sobre os chamados riscos operacionais, as quais incidem sobre a avaliação qualitativa de tais riscos, ao mesmo tempo que estamos empenhados, ao nível do Grupo, na construção de uma base de dados sobre Loss-Event Management.

O desenvolvimento das análises de risco operacional no âmbito da função de Risk Management, permite-nos focalizar e dar prioridades às questões operacionais, tais como o outsourcing, riscos informáticos e Business

Continuity Management. De facto, uma tarefa chave é manter o nosso plano de Business Continuity Management

actualizado, com especial ênfase para a continuidade do negócio em caso de eventos súbitos, tais como catástrofes e pandemias.

5.4 GESTÃO DOS RISCOS ESTRATÉGICOS E DE REPUTAÇÃO

Tal como no risco operacional, todos os tipos de risco têm potencialmente consequências para a reputação da Zurich Vida. Consequentemente, a gestão efectiva de cada tipo de risco ajuda-nos a reduzir as ameaças que podem atingir a nossa reputação. Adicionalmente, estamos igualmente empenhados em preservar a nossa reputação através da adesão às leis e regulamentos e do cumprimento dos valores chave plasmados no nosso código de conduta.

É consabido que as decisões estratégicas são por natureza arriscadas, por isso trabalhamos no sentido de reduzir os riscos derivados dessas decisões, através de ferramentas de análise, as quais incluem o processo de Total Risk

Profiling.

5.5 GESTÃO DOS RISCOS DE MERCADO E DE CRÉDITO

Os objectivos da gestão dos riscos de mercado, liquidez e de crédito, consistem em mitigar quaisquer efeitos nos activos financeiros da Zurich, que os mesmos possam produzir e dos quais resultem prejuízos significativos. A Zurich Vida elaborou um manual com um conjunto de normas e directivas internas, onde estão especificadas as formas de mitigar os diversos riscos.

(29)

Actividade da Zurich

27 No que respeita ao risco de crédito, de acordo com as normas e directivas de gestão de risco documentadas, não são permitidos investimentos em derivados, com excepção em carteiras afectas a seguros ou contratos de investimento ligados, e são identificadas e implementadas medidas correctivas apropriadas relativamente aos investimentos em que haja expectativas de sofrer um corte no rating para níveis abaixo de Investment Grade (BBB). No final do ano de 2010, o rating médio da carteira de obrigações foi de A-.

Estão igualmente implementadas rotinas para monitorar os limites de exposição ao risco de crédito por emitente individual e agregado, por forma a evitar o risco de concentração, pelo que é avaliada a exposição a empresas afiliadas ou subsidiárias dos diversos emitentes, para comparação com os limites definidos pelo Grupo Zurich. Quanto ao risco de mercado, tal como acontece com o risco de crédito, a Zurich Vida avalia e efectua regularmente a gestão do seu risco de mercado, comparando os níveis de concentração por emitente

ou grupo pertencente a este e por classe de activos. O objectivo é não só o match entre os activos e os passivos, ou seja uma correcta adequação ao risco ALM, como também a monitorização da Estratégia de Alocação de Activos (Strategic Asset Alocation), que é definida nos ALMIC’s (Asset Liability Management and Investment

Committees), que se realizam numa base trimestral.

Na análise dos riscos referidos, para além da gestão do risco de taxa de juro por intervalo de maturidade, da eficiência da alocação dos activos ao nível actual de risco e da conformidade com os limites das posições agregadas, está incluída a análise da duração dos activos e passivos, inserida no risco ALM.

A duração dos activos, no final de 2010, era de 6,1 anos, ligeiramente superior à dos passivos que registaram uma duração de 5,9 anos.

Ainda dentro do risco de mercado, é de referir a exposição aos vários riscos resultantes das flutuações nos preços das acções, no valor dos imóveis e nos mercados de capitais de uma forma geral.

Estes riscos derivados dos mercados accionistas e do sector imobiliário, poderão afectar a liquidez da Companhia, os rendimentos planeados, os activos líquidos e a situação do capital.

Adicionalmente, poderá ter efeitos colaterais nas restantes classes de activos, como fundos de imóveis, empresas cotadas do sector, com eventuais repercussões ao nível da dívida emitida pelas mesmas.

Também ao nível dos contratos de Unit Linked, embora classificados como contratos de seguros ou de investimentos, podem estar expostos aos riscos de acções e imóveis e ainda que sejam riscos dos tomadores, a Zurich através da exposição a estes movimentos do mercado sofrerá o impacto das comissões de gestão recebidas. Tal como nos anteriores riscos referidos, os riscos decorrentes das variações de mercado quer nas acções quer nos imóveis, estão englobados no processo de gestão global do risco efectuada pelo Grupo Zurich, pela aplicação de limites expressos nas respectivas directivas e linhas de orientação internas.

(30)

Não existe risco cambial nos investimentos financeiros da Zurich Vida, dado que todos os seus activos estão denominados em euros.

Relativamente ao risco de liquidez, faz parte dos princípios de gestão dos riscos da Zurich Vida, que as suas carteiras de investimentos financeiros sejam compostas por activos suficientemente líquidos, de forma a mitigar eventuais riscos de inesperadas necessidades de tesouraria para fazer face aos compromissos financeiros assumidos, que pudessem resultar em perdas consideráveis.

A adequação do capital é definida de forma a incorporar uma margem relativa ao mínimo requerido legalmente para absorver, até determinado limite, perdas resultantes das alterações nas taxas de juro e da desvalorização de instrumentos de capital e unidades de participação. No quadro que se segue pode-se observar os impactos dos riscos referidos na taxa de cobertura da margem de solvência e a taxa de cobertura resultante desses efeitos.

5.6 RISCO LEGAL E COMPLIANCE

O risco jurídico, enquanto risco operacional, caracteriza-se pela possibilidade de perdas resultante da inadequação ou falhas em processos internos, pessoas, sistemas e eventos externos de obrigações que decorram das leis ou regulamentos.

Em ordem a eliminar ou mitigar os riscos jurídicos a Zurich Vida dispõe de diversos controlos e normas instituídas, nomeadamente ao nível de circulares internas de instruções – matérias reservadas à análise e aprovação da área jurídica - e, ainda através da publicação semanal, por toda a organização, de legislação publicada através do Diário da República ou de Normas Regulamentares provenientes do Instituto de Seguros de Portugal.

u.m: milhões euros

margem de solvência disponível 30,37 33,00 8,6% 26,92 -18,4%

Taxa de cobertura 171% 184% 13pp 147% -38pp

aumento de 0,5pp na Yield Curve

Impacto na margem disponível -15,27 -14,05 -8,0% -9,29 -33,9%

Impacto na taxa de cobertura -86pp -78pp 8pp -51pp 28pp

Taxa de cobertura após impacto 85% 106% 21pp 96% -10pp

10% quebra no valor dos int. capital

Impacto na margem disponível -2,84 -3,24 14,1% -2,79 -14,0%

Impacto na taxa de cobertura -16pp -18pp -2pp -15pp 3pp

Taxa de CoBerTura aPÓS ImPaCTo 155% 166% 10,9pp 131% -34,7pp

2009 ∆ 09/08 2010

(31)

Actividade da Zurich

29 São objecto de particular análise por parte da área legal e de compliance as operações que se traduzam na incorporação, dissolução, fusão, simplificação da estrutura accionista, alterações exigidas por lei ou regulamento ou estipuladas pelo contrato de sociedade; todos os contratos que obriguem a empresa; matérias que directa ou indirectamente se relacionam com marcas e outros direitos de propriedade industrial; lançamento de novos produtos que inclui a aprovação de clausulados e respectiva campanha publicitária, bem como as análises sobre soluções em revisão, respectivas condições especiais e particulares.

Ao nível da Internet está sujeito à aprovação da área legal as páginas com conteúdos que possam criar de forma explícita ou implícita direitos e obrigações.

Merecem particular atenção por parte da estrutura jurídica da Zurich as matérias relacionadas com a lei da concorrência, na medida em que qualquer desvio aos princípios nela consagrados podem representar um elevado risco de reputação com visibilidade e impacto ao nível do Grupo Zurich.

São ainda objecto de acompanhamento todos os processos judiciais independentemente da qualidade em que a Zurich Vida neles intervém. Trata-se de uma medida que se destina a evitar a exposição da Zurich Vida a um risco jurídico com consequências negativas ao nível dos custos e, obviamente, com impacto no desempenho

dos resultados financeiros.

6. PERSPECTIVAS PARA 2011

As perspectivas do negócio da Zurich Vida para 2011 reflectem a nossa ambição de desenvolvimento sustentado e são apoiadas numa estratégia de continuidade, cujos vectores principais se destacam:

– Crescimento e rentabilidade sustentados;

– Focalizar e incrementar o negócio em alvos de mercado seleccionados; – Reforço da relação com o canal de Agentes e Corretores;

– Desenvolvimento da área de marketing estratégico;

– Reforço das competências da nossa Rede de Agentes Principais Zurich;

– Implementar as medidas decorrentes do plano de acção resultantes do survey de satisfação dos Colaboradores efectuado a nível Mundial em 2010;

(32)

O resultado líquido do exercício foi de 9.638.639,42 euros.

Nos termos da alínea b) do Art.º 376 do Código das Sociedades Comerciais e ainda dos Estatutos da Zurich Companhia de Seguros Vida, S.A., propomos a seguinte distribuição:

Para afectação à reserva legal 963.863,94 euros

Para afectação a reservas livres 8.674.775,48 euros

Ao contrário dos últimos anos, não é proposta qualquer distribuição de dividendos de forma a que o capital se mantenha adequado a um nível que permita incorporar uma margem relativa ao mínimo requerido legalmente para absorver, até determinado limite, perdas resultantes das alterações nas taxas de juro e da desvalorização de instrumentos de capital e unidades de participação em conformidade com o descrito no ponto 5.5 deste relatório.

(33)

Actividade da Zurich

31

8. CONSIDERAÇõES FINAIS

Num ano marcado por um ambiente económico difícil e por um ambiente concorrencial muito significativo na área seguradora, a Zurich Vida consegue apresentar um bom resultado e com um balanço robusto com uma margem de solvência acima do legalmente exigido.

Os objectivos estratégicos que tinham sido planeados para o exercício foram atingidos, com a contribuição de todos aqueles que nos acompanharam ao longo de mais um ano fértil em desafios difíceis, mas ao mesmo tempo estimulantes.

Para os novos desafios que o mercado nos coloca, continuaremos a contar com o empenhamento das nossas Unidades de Suporte, dos nossos escritórios espalhados por todo o país, bem como dos nossos Parceiros preferenciais de negócio, em especial, os nossos Agentes Principais e Corretores, no sentido da implementação da nossa Direcção Estratégica, visando sobretudo a satisfação das expectativas dos nossos grupos de interesse prioritários, ou seja, os nossos Clientes, Colaboradores, Accionistas e Mediadores que nos têm apoiado dedicadamente ao longo da vida da Companhia.

Não pode o Conselho de Administração deixar de realçar, em especial, a total dedicação, esforço e entusiasmo de todos os Colaboradores da Companhia, cujo contributo, através do seu trabalho diário, foi decisivo para o alcançar dos resultados do exercício.

Queremos também agradecer aos nossos estimados Agentes, Corretores e seus Colaboradores bem como aos restantes Parceiros de Negócio, a valiosa e indispensável colaboração que nos concederam ao longo deste exercício.

Ao Instituto de Seguros de Portugal, à Associação Portuguesa de Seguradores, Congéneres e demais entidades ligadas ao Sector Segurador, expressamos os nossos agradecimentos pela colaboração, apoio e atenção que nos foram dispensados.

Ao Conselho Fiscal, apresentamos os nossos agradecimentos pelo acompanhamento e apoio prestado à Administração durante o exercício.

Para concluir, uma especial referência a todos os nossos Clientes, agradecendo a preferência com que nos distinguem e a confiança que em nós depositam.

lisboa, 14 de Fevereiro de 2011

o CoNSelho de admINISTração

José Manuel Coelho – Presidente

António Alberto Martins Bico – Administrador-Delegado

Peter Viktor Eckert – Administrador

Romano Santa Clara Gomes – Administrador

(34)
(35)

A ZURICH E O FUTSAL

A Zurich reconhece no desporto um contributo

fundamental na criação de hábitos de vida

saudável e capitalização de talentos nacionais.

Com base nestes pressupostos e na importância

do negócio tradicional, a Zurich aposta no

desporto como o pilar da sua política de

patrocínio, nomeadamente o Futsal.

O Futsal é uma modalidade desportiva de equipas

e é também das que mais cresceu nos últimos

anos. O seu crescimento é ilimitado e permite

que o desporto cumpra a sua missão social em

todos os cantos do Mundo.

A Zurich acredita que vale a pena apoiar o

desporto. Queremos promover, apoiar e fomentar

acções que valorizem a

Força

e o

Dinamismo

,

procurando nunca esquecer a importância da

Protecção

e

Segurança

que está presente em

tudo o que fazemos.

C.

Referências

Documentos relacionados

Desta forma, existem benefícios para os clientes que possuem melhores controles internos, como, agilidade na elaboração dos demonstrativos contábeis e até mesmo

Segundo [HEXSEL (2002)], há indicações de que o número de técnicos qualificados é pequeno frente à demanda e, portanto, estes técnicos tornam-se mão-de-obra relativamente

radia¸c˜ ao do campo espalhado para uma perturba¸c˜ ao de 10% na velocidade compressional para modelos: homogˆ eneos (em verde) e final (frequˆ encia de corte de 30 Hz) (em azul) -

In the present study, IPost protected the heart against IR injury in the C-IPost group through the recovery of LVEDP, LVDP and ± dp/dt, whereas no significant effects on the hearts

Gráfico 1 Porcentagem de enraizamento e de brotação A, número médio de raízes e brotos B de estacas caulinares e radiculares de amoreira vermelha Rubusrosifolius tratadas com

Foram desenvolvidas duas formulações, uma utilizando um adoçante natural (stévia) e outra utilizando um adoçante artificial (sucralose) e foram realizadas análises

Sempre que necessário os cavalos devem ser transportados em ambulância para a clínica de referência mais próxima para posterior tratamento e terapia. Os cavalos lesionados

Essa publicação apresenta os resultados da coinoculação em URs estabelecidas em áreas de produtores de soja assistidos pela Emater, na safra 2018/2019, no estado do