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Atualidades. Terrorismo. Professor Thiago Scott.

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Academic year: 2021

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Atualidades

TERRORISMO

Ameaça Terrorista

Terrorismo é o uso de violência, física ou psicológica, através de ataques localizados a elementos ou instalações de um governo ou da população governada, de modo a incutir medo, pânico e, assim, obter efeitos psicológicos que ultrapassem largamente o círculo das vítimas, incluindo, antes, o resto da população do território. É utilizado por uma grande gama de instituições como forma de alcançar seus objetivos, como organizações políticas, grupos separatistas e até por governos no poder.

A guerra de guerrilha é frequentemente associada ao terrorismo uma vez que dispõe de um pequeno contingente para atingir grandes fins, fazendo uso cirúrgico da violência para combater forças maiores. Seu alvo, no entanto, são forças igualmente armadas procurando sempre minimizar os danos a civis para conseguir o apoio destes. Assim sendo, é tanto mais uma táctica militar que uma forma de terrorismo.

Segundo especialistas da área, existem centenas de definições da palavra terrorismo.A inexistência de um conceito amplamente aceito pela comunidade internacional e pelos estudiosos do tema significa que o terrorismo não é um fenômeno entendido da mesma forma, por todos os indivíduos, independentemente do contexto histórico, geográfico, social e político. Segundo Walter Laqueur

“Nenhuma definição pode abarcar todas as variedades de terrorismo que existiram ao longo da história”.

Segundo Baudrillard, os atentados de 11 de setembro de 2001 foram "um ato fundador do novo século, um acontecimento simbólico de imensa importância porque de certa forma consagrou o império mundial e sua banalidade. Os terroristas que destruíram as torres gêmeas introduziram uma forma alternativa de violência que se dissemina em alta velocidade. A nova modalidade está gerando uma visão de realidade que o homem desconhecia. O terrorismo funda o admirável mundo novo. Bom ou mau, é o que há de novo em filosofia. O terrorismo está alterando a realidade e a visão de mundo. Para lidar com um fato de tamanha envergadura, precisamos assimilar suas lições por meio do pensamento.

Entretanto o uso sistemático de terror como recurso de controle social e político tem acompanhado a humanidade por milênios. O historiador Xenofonte (430-349 a.C.) conta que o terrorismo era praticado pelos governos das cidades gregas como forma de guerra psicológica contra populações inimigas. Também semearam o terror os imperadores romanos Tibério e Calígula, os membros da Santa Inquisição, Robespierre e seus adeptos, os integrantes da Ku Klux Klan, as milícias nazistas e muitos outros.

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Segundo a advogada Luciana Worms, os conceitos de terrorismo usados no Brasil são pautados pela Organização dos Estados Americanos (OEA). A partir desse viés, no passado, durante a Guerra Fria, o terrorista podia ser um comunista; atualmente, é um jihadista ou membro de uma organização de narcotráfico. Segundo Worms, ações bárbaras, que resultem em mortes em massa, nem sempre são consideradas como atos de terrorismo: a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), organização aliada dos Estados Unidos, apesar de ter plantado minas terrestres no país, nunca foi qualificada como terrorista. Do mesmo modo, segundo a professora, Baruch Goldstein - um fanático judeu que, nos anos 1990, invadiu uma mesquita e matou 27 muçulmanos que estavam rezando - não foi classificado como terrorista mas como louco, pelo governo de Israel.

Segundo Aegemiro Procópio, professor titular em Relações Internacionais da Universidade de Brasília:

“A negligência dos países desenvolvidos com relação ao terrorismo das desigualdades nas relações internacionais precisa ser combatida, porque tal batalha manterá acesa a chama da indignação contra atos terroristas, contra suas causas. Ajudará na busca do consenso acerca da necessidade da eliminação do ódio. Sabendo ser pouco demais o que a Organização das Nações Unidas realiza contra o terror, inclusive a desfavor das desigualdades por causa do seu obcecado temor diplomático de ferir susceptibilidades nacionais, a ONU, ao qualificar o terrorismo como crime internacional, chove no molhado. Variadíssimas interpretações podem ser dadas ao Artigo 51 da sua própria Carta, em que se reserva aos países o direito da autodefesa. O Iraque e a Líbia, por exemplo, estão roucos de tanto invocá-lo.

A domesticação do terror da violência com a banalização do valor da vida, em flagrante desrespeito ao próximo e aos direitos humanos, mais a apropriação do nome de Deus no combate ao terror entre as partes conflitantes – vejam-se, por exemplo, os discursos de George W. Bush e Osama bin Laden – complicam enormemente a arena da ética antiterrorista. A invocação do nome de Deus deveria preocupar as diferentes confissões religiosas. Sobre isso não se ouviu quase nada das lideranças eclesiásticas ocidentais, inclusive por parte do Vaticano. Relativamente poucas vozes nas igrejas checam a moralidade dos bombardeios lançados pela nação mais poderosa contra provavelmente uma das menos favorecidas. Apelar para a ética cristã é lembrar a onipresença divina manifestada tanto em Washington quanto em Cabul ou em Brasília.

O sentido espiritual da Jihad, Guerra Santa, precisa ser respeitado e conhecido no Ocidente. Jihad significa igualmente empenho em busca do equilíbrio a serviço do Criador; empenho traduzido como esforço de defesa dos valores da fé islâmica. A tradição maometana prega caminhar da Jihad menor para a Jihad maior. A Jihad maior é o empenho da fé e do exemplo. Também implica ascese testemunhal por meio de usos e costumes (suna) ensinados pelo Profeta, em Medina.

Diferentes leituras aplicam-se à bíblia e ao corão. Fundamentalistas encontram-se tanto no islamismo, no judaísmo e no cristianismo, quanto no budismo. Misturar islamismo com terrorismo equivale a esquecimento da essência do radical monoteísmo abraânico presente no judaísmo, no islamismo e no cristianismo.

Entender esta trilogia como se fossem civilizações em choque e de outro mundo, como pretende Samuel Huntington, com suas cortinas de ferro, de bambu e de veludo, só reforça equívocos e preconceitos históricos transmitidos por ideologias compromissadas. Existe choque sim, mas

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As elites dominantes ocidentais, convictas da morte e sepultamento do marxismo, acordam atônitas com o explodir das reações em cadeia às respostas fratricidas perpetradas pelo sofisticado aparato bélico industrial dos Estados Unidos. Destas ações, por condenáveis que sejam, ingente mérito não se pode negar: ressuscitaram a utopia marxista soprando vigorosamente o espírito da teologia da libertação.

Em nome de interesses toma-se o santo nome de Deus em vão. O abuso de Deus, seja pelos movimentos terroristas, seja pela repressão mundial ao seu encalço, certamente traduz convicções mais profundas que as estudadas até o presente na sociologia das relações internacionais. Por exemplo, o Miutzan Elohim (Ira de Deus) vingava o brutal assassinato de atletas israelenses nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972, observando o “dente por dente, olho por olho” do ensinamento bíblico. Respondia com terror o terror do Setembro Negro de Yasser Arafat que, anos mais tarde, dividiria, com Shimon Perez o Prêmio Nobel da Paz.

O Ruhollah (Sopro Divino) dos xiitas iranianos, o Portão do Céu californiano, o Templo do Povo, causador de centenas de mortes por envenenamento, na Guiana, a Jihad Islâmica do Egito, o Hezbollah (Partido de Deus) no Líbano e o Hamas (Fervor) constituem modelos de manipulação do messiânico no desespero do terror. Fosse vivo, Antônio Conselheiro e seu bando de fanáticos sertanejos famintos talvez se confundissem com os talibãs afegãos integrando a lista da história terrorista dos presentes dias.” (http://www.scielo.br/pdf/rbpi/v44n2/a04v44n2.pdf)

Atualmente a ideia de ameaça terrorista está muito ligada aos atos do ISIS (também conhecido como Estado Islâmico, EI)

O grupo Estado Islâmico, antes chamado de Estado Islâmico no Iraque e na Síria (Isis), intensificou sua campanha de violência no Norte e Oeste do Iraque em junho desse ano, quando conseguiu assumir o controle de Mossul, a segunda maior cidade do país. Desde então, os extremistas colecionam algumas conquistas importantes, como a tomada de vastos territórios iraquianos, a obtenção de armamento do Exército, e o controle de infraestruturas estratégicas. Diante disso, a organização é considerada uma ameaça não só ao país, mas também a outras áreas do Oriente Médio.

Destacaremos cinco pontos para entender o grupo que aterroriza Iraque e Síria:

1. Surgimento. O Estado Islâmico no Iraque e na Síria (Isis) foi criado em 2013 e cresceu como

um braço da organização terrorista al-Qaeda no Iraque. No entanto, no início deste ano, os dois grupos romperam os laços. No final de junho, os extremistas declararam um califado, mudaram de nome para o Estado Islâmico (EI) e anunciaram que iriam impor o monopólio de seu domínio pela força. O EI é hoje um dos principais grupos jihadistas, e analistas o consideram um dos mais perigosos do mundo.

2. Áreas de atuação. As atividades do EI se concentram no Iraque e na Síria, onde o grupo

assumiu um papel dominante e possui forte presença. O recente controle de vastos territórios no Norte e Oeste do Iraque, além das áreas dominadas pelos curdos, ajudaria o grupo islâmico a consolidar seu domínio ao longo da fronteira com a Síria, onde luta contra o regime de Bashar al-Assad.

3. Liderança. Seu principal líder é Abu Bakr al-Baghdadi, apontado como um comandante

de campo e tático e designado "califa de todos os muçulmanos". Aparentemente, ele se juntou à insurgência em 2003, logo após a invasão do Iraque, liderada pelos Estados Unidos. Diante dos avanços do Estado Islâmico, ele pode em breve se tornar o jihadista mais influente do mundo.

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4. Combatentes ocidentais. O Estado Islâmico conta com um vasto grupo de extremistas: entre

3 mil e 5 mil milicianos, muitos deles estrangeiros. Vídeos divulgados pelo grupo jihadista mostram britânicos que aderiam à causa islâmica e à luta armada. Os governos ocidentais temem que esses insurgentes possam voltar para seus países representando uma ameaça.

5. Ações cruéis. Nos conflitos nos quais participou, o grupo foi acusado de diversas atrocidades,

como sequestros, assassinato de civis e torturas. A milícia é considerada extremamente agressiva e eficiente em combate. Após a tomada de Mossul, os EUA afirmaram que a queda da segunda maior cidade do Iraque representava uma ameaça para toda a região. O avanço dos jihadistas levou os EUA a bombardearem alvos

Referências

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