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A FORMA [ 0 + VERBO (3~ p.s.) ] USADA COMO RECURSO DE INDETERMINACAO: UMA ANALISE DE SUA GERACAO SINTATICA

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(1)

GRUPO DE ESTUDOS LINGufSTICOS

nUl): 128-135,1985.

A FORMA [ 0

+

VERBO (3~ p.s.)

] USADA COMO RECURSO

DE INDETERMINACAO:

UMA ANALISE

DE SUA

GERACAO SINTATICA

Wania MILANEZ

UNICAMP

Esta comunicac;:ao constitui parte de um trabalho sobre a indetermi-nac;:aodo sujeito, realizado no ambito da Iinguagem oral culta da cidade de Sao Paulo, at raves do corpus do PROJETO NURC - Sao Paulo.

Vamos no deter na analise de um recurso de indeterminac;:ao muito frequente tanto na linguagem de falantes nao escolarizados como na de escola-rizados, embora nunca tenha sido citado pelos autores da gramatica tradicional, nem analisado pelos atuais. Trata-se de formas verbais com desinencia de 3~ pes-soa do singular, sem sujeito lexical, que ocorrem nos contextos desprovidas de relac;:oes anaf6ricas com SNs anteriores, apresentando, par isso, efeito indeter-minador. Exemplo:

(1) "0 piano e 0 tipo de instrumento que resulta imediatamente, porque 0som esta pronto, ne? Chega la, bota a mao, esta tudo no lugar".

(2) "Se tem um feriado na segunda-feira, eu you pra praia. Se nao tem, fico em Sao Paulo. Entao saba do tambem e aproveitado, Ou you pra casa de um amigo ou de outro, n6s ficamos estudando, ou estamos fazendo mate-rial.

A

noite, entao, se da, se

tiver

animo, ne? Entao

pega

um cinema ou qualquer coisa assim, se nao fica conversando, simplesmente".

Para explicar a gerac;:aosintatica da forma [

0

+

VERBO (3~ p.s.) }, recorremos

a

Gramatica Gerativa Transformacional (GGT), inicialmente em sua teoria "standard", uma vez que a mesma prop5e uma regra denominada APA-GAMENTO para explicar certos fenomenos de elipse. Procuraremos examinar se esta operac;:ao, tal como e proposta para os casos do ingles, e adequada para dar conta dos nossos dados.

A teoria standard permite concluir que haveria dois tipos fundamen-tais de apagamento:

1. Apagamento de um elemento sob condic;:ao de identidade com outro elemento.

2. Apagamento de um elemento sem condic;:oes de identidade com outro elemento.

A nossa forma nao pode absolutamente ser enquadrada no primeiro caso, pelo fa to do item suprimido nao ter relac;:oesanaf6ricas com nenhum SN anterior. Assim, resta-nos a alternativa de analisarmos a segunda hipotese: 0 apa-gamento sem condic;:oes de identidade com outro elernento.

(2)

MILANEZ, W. - A forma [ 0 + VERBO (3~ p.s.1 ] useda como recurso de indetermina-,.80: uma anAlise da sua ger.,.io sintAtica. GRUPO DE ESTUDOS L1NGUfSTICOS,1Q. (1): 128-135,1985.

2.1. Apagamento de material lexical 2.2. Apagamento de categorias

Em 2.1. a regra apaga um formante explicitamente mencionado no esquema estrutural da transforma~ao. ~ ilustrado em ingles pela transforma~ao que suprime 0sujeito pronominal no caso qo imperativo. Temos, no portugues, um caso de ausencia do sujeito pronominal que pode fazer parte desse tipo de apagamento. ~ a regra denominada por Guicoli (1975) de "Apagamento de sujeito Pronominal", que apaga segundo ele, apenas pronomes redundantes, nao enfaticos. Exemplo:

(3) Vlajarei amanha. derivada de: (4) Eu viajarei amanha.

Um outro tipo de ocorrencia em que a regra

e

aplicada

e:

(5) Paulo saiu, mas volta logo.

Onde 0 sujeito de volta na estrutura profunda

e

Paulo. Este SN foi primeiro pronominalizado pela transforma~ao de PRONOMINALIZACAO (ele

volta logo) e depois suprimido pera regra de Apagamento do sujeito pronominal.

A hipotese que se pode levantar

e

que a forma indeterminadora [ 0

+

VERBa (3~ p.s.) ] seja talvez 0 resultado de uma supressao do sujeito pronominal. Visto que estamos diante de uma teoria que faz a interpreta~ao na estrutura profunda, a analise devera determinar, pois, qual pronome foi engen-drado na base e depois apagado. Por se tratar de uma desinencia de 3~ pessoa, as (micas interpreta~6es posslveis sac os pronomes ele (ela). voce e a gente.

A hipotese de um apagamento do pronome ele

e

facilmente descar-tavel uma vez que 0 proprio contexte mostra que nao se trata de um su-jeito determinado. Assim, parece mais adequado propor que 0 vazio da forma

[ 0 +

VERBa (3~ p.s.) ] seja um apagamento de algum sujeito pronominal in-det~rminador, como

e

0 caso do voce e do a gente, que podem ser usados para expressar generaliza~ao.

No entanto, esses pronomes, se em muitos contextos poderiam "preencher" a referida forma sem ocasionarem mudan~a de sentido, em outros sao inaceitaveis, como ocorre com os casos em que a forma [

0

+

VERBa (3~ p.s.) ] refere-se exclusivamente

a

3~ pessoa. Exemplo.

(6) "- Primeiro a gente malhava 0Judas ao meio-dia. - Agora a gente malha

a

meia-noite.

- Mas agora diz que nao se deve mais malhar 0Judas". (6a) * - Mas agora voce diz que nao deve mais malhar 0Judas. (6b) * - Mas agora agente diz que nao deve mais malhar 0Judas. Pelos testes que fizemos, 0 (jnico indeterminador que poderia

(3)

MILANEZ. W. - A forma [ • + VERBO (3~ p.s.) ) usada como recurso de indetermin. ~io: uma anilise de sua ger~io sintlltica. GRUPO DE ESTUDOS L1NGUISTICOS.1Q..

(1):128-135.1985.

preencher em todos as casas0vazio lexical dessa ocorrencia e0pronome se.No entanto. este pronome

e

urn c1(tico, ou seja. nao pode ser considerado como urn pronome-sujeito, ao lado deele, vocee a gente. Consequentemente, nao pode ser abrangido pela regra de Apagamento de Sujeito Pronominal.

Assim, nao se chega c) conclusao sobre a Que foi apagado, qual seria o pronome-sujeito subjacente ao

0

da referida forma; portanto, a nossa pesquisa continua.

o

apagamento de categorias (item 2.2) segundo Ruwet. e ilustrado por Chomsky (1964) atraves da supressao do objeto e do agente da passiva. Exemplo:

(7) Paulo comeu. (8) 0 homem foi ferido.

Esses sintagmas suprim(veis, nas sequencias subjacentes a (7) e (8) s6 podem ser indefinidos (Paulo comeu alga, 0 homem foi ferido poralgueml. Isto significa que tais sintagmas nao tem nenhum conteudo lexical pr6prio. ou seja, s6 podem funcionar como representantes da categoria SN, nada mais. Chomsky

(1964) propOe entao que a cada categoria principal (como NOME, VERBO. ADJETlVO) seja associ ado urn elemento cuja unica fun~ao seja a de representar essa categoria, nao tendo nenhuma fun~ao lexical suplementar. Esse elemento seria designado pelo s(mbolo PRO. e a regra que reescreve 0 SN seria. pois, a seguinte:

(9) (art

+

NOME SN nome pr6prio

PRO - SN

Assim. a transforma~ao apagara 0 n6dulo SN. que nao domina ne-nhum material lexical.

Portanto. sera esse elemento PRO-SN que figurara nas sequencias subjacentes a (7) e (81.na posi~ao de objeto em (7) e na de agente em (8).

Voltando aos nossos dados. observa-se que a regra exposta acima, perfeitamente viavel para explicar os casos de supressao do objeto e do agente da passiva. nao e adequada a descrever a ocorr~ncia da 3~ pessoa despronominali-zada. uma vez que tal regra interpreta certos sintagmas nominais vazios como indefinidos (Pedro comeu falgo), Paulo foi ferido (por alguem)), e, com rela~ao aos nossos dados. 0 preenchimento com 0 indefinido "alguem" resultaria numa mudan~a de sentido nas senten~as; isto porque 0 referido pronome remete a um ser especffico, enquanto que a forma [

0 +

VERBO (3~ p.s.l Jremete a uma re-ferencia generica. Comparem-se. por exemplo, as senten~as:

(lOa) - "Bom (a cal~a. atualmente) nao tem mais bainha. Na bra-guilha. usa botao. nao usa... Eu. agora, estou passando a usar z(per. Ah! tambem no meu tempo usava cal~a com cinto".

(4)

MILANEZ, W. - A forma [ It + VERBO (3~ p.s.l J usada como recurso de indetermina-"io: uma anAlise de sua gerllt;:io sintAtica. GRUPO DE ESTUDOS L1NGUISTICOS, ~ (1): 128-135,1985.

estou passando a usar ziper. Ah! tambem, no meu tempo alguem usava cal~a com cinto.

Observe-se que 0 indefinido alguem refere-se a uma terceira pessoa

individualizada. Ora, esse fato 0 leva a diferir substancialmente da nossa forma indeterminadora, visto que a mesma pode ser usada para referir-se as tr~s pes-soas do discurso, de forma generalizadora.

Enfim, parece que a hipotese do 0da forma [ 0

+

VERBO (3<;t p.s.) ] ser explicado atraves de um PRO representante de um SN-sujeito "lido" como indefinido, tambem teni que ser deixada de lado.

Com isto, somos levados a conclusao de que os casos de apagamento previstos pela teoria standard da GGT nao abrangem (e, portanto, nao explicam) essa ocorrencia do portugues, que exige um outro n(vel de descri~ao.

Essa inadequal;ao da GGT standard aos nossos dados pode ser ex-plicada pelo seguinte fato:

Em primeiro lugar, segundo a referida teoria, toda a informal;aO se-mantica de uma senten~a se encontra em sua estrutura profunda. Nela e que es-tariam contidos os elementos constitutivos do sentido, tendo as transformal;oes apenas um al;ao formal, de dar conta da passagem dessa estrutura profunda a estrutura superficial. A pro posta que a teoria apresenta para explicar os casos de elipse de termos e 0 APAGAMENTO, 0 qual se mostrou inadequado aos nossos dados, uma vez que nao e posslvel determinar qual seria 0 pronome-sujeito su-primlvel que teria sido gerado na base e posteriormente apagado. Alem disso, a GGT standard, partindo do prindpio de que a informal;ao semantica e dada pela estrutura profunda, considera que 0 apagamento nao muda 0 sentido das sentenl;as. Assim sendo, nao possibilita explicar certos dados do portugues, onde a ausencia de sujeito lexical pode mudar 0sentido da frase. 0 exemplo (11)

(11) EIe usa call;a com cinto.

nao pode serinterpretado, no portugues do Brasil, como equiva-(12) Usa call;a com cinto.

visto que 0 ultimo pode perfeitamente ser um recurso de indeter-minal,::ao,por oposil;ao ao primeiro.

Outro ponto a ressaltar e que a unidade lingu(stica sobre que traba-Iha a referida teoria ainda e a Frase1. (Dizemos "ainda" pelo fato da gramMica tradicional tambem ter a frase como unidade de analise, e nesse sentido nao ter sido superada pela GGT standard). Ora, os nossos dados, conforme ficou de-monstrado, SaG dependentes de contexto maior que iI Frase para sua inter-preta~ao.

Diante da Impossibilidade de explrcarmos a forma f 0 ~ VERBO (3? p.s.l Jatraves de uma regra de apagamento. restou-nos. POlS. a alternatlva de Illterpretarmos essa orOirencia como 0resultado de uma nao IIJsercao lexICal.

(5)

MILANEZ. W. - A forma [. + VERBO (3~ p.s.)] usada como recurso de indetermina-\lio~ uma anAlise de sua ger~o sintitica. GRUPO DE ESTUDOS L1NGUISTICOS.1Q. (1): 128-135. 1985.

Ora, desde a teoria standard ja se tem uma orientac;:ao no sentido de ser poss(vel ter uma categoria nao preenchida lexicalmente. ~ a proposta do PRO, feita por Chomsky (1964, conforme expusemos. 0 problema, no entanto,

e

0 "valor" desse PRO como indefinido, que nao se adequa c\snossas sentenc;:as, uma vez que 0 0da forma [0

+

VERBO (3':1 p.s.)

1

nao pode ser interpretado a n(vel da frase.

Decidimos, pois, adotar a teoria padrao estendida (TPE) da GGT para a descric;:ao de nossas ocorrencias, uma vez que a mesma procura explicar a ausencia de certos itens nas frases nao mais por regras de apagamento, mas por ocorrE!ncias nao preenchidas lexical mente, e interpretadas por regras de interpre-tac;:aosemantica.

Assim, por exemplo, a regra de EQUI, na TPE passa a ser nao mais uma operac;:ao de transforma~ao, deapagamento (como na GGT standard) mas uma regra interpretat;va, de controle. Em "On Binding" (apud Galves (1980)), Comsky propae um elemento PRO para representar 0 vazio do sujeito dos infinitivos, devendo ter um antecedente para ser interpretavel. Assim, em:

(13) Persuadi Joao a PRO sair do trabalho

PRO representa 0SN vazio "controlado" por Joao.

Segundo a autora,

"e

uma regra de controle desencadeada pelas pro-priedades semanticas do verbo que vai coindexar Joao e 0SN vazio, sendo este geralmente representado na literatura como PRO" (pag. 13).

Esse PRO representa um SN que nao recebe inserc;:ao lexical e que vai ser interpretado por uma regra que Ihe atribuira um (ndice referencial. ~ um elemento anaf6rico, que tem que ser controlado por um antecedente.

Contudo, 0 pr6prio Chomsky admite a existencia de um PRO sem controlador, em certas ocorrencias. Estes casos constituem uma excec;:ao

a

natu-reza anaf6rica do PRO. A esse respeito, transcreveremos 0trecho onde Galves (1980) ex plica a teoria de "On Binding":

"A teoria de Chomsky preve casos onde nao ha na sentenc;:a um con-trolador poss(vel para um SN vazio. Sao os casos que ele chama de "referencia arbitraria"; quer dizer que 0 SN

e

interpretado como nao tendo referencia defi-nida, se bem que sua interpretac;:ao fique de pendente do ambiente em que ele ocorre. ~0que se passa na sentenc;:a seguinte:

Em Sao Paulo

e

perigoso

[SN]

atravessar a rua.

onde 0 SN vazio

e

interpretado como to do indiv(duo suscetlvel de atravessar a rua.

Ao contrcirio, se um controlador posslvel aparece, a regra de controle atribuira automaticamente seu Indice ao SN vazio e este sera obrigatoriamente interpretado como co-referente do controlador. ~ 0 que se verifica na frase se-guinte:

(6)

MILANEZ, W. - A forma [e + VERBO (3~ p.s.) Iusada como recurso de indetermina-~o: uma aMlise de sua ger~io sintlltica. GRUPO DE ESTUDOS L1NGUISTICOS, 1Q.

(1):128-135,1985.

A TPE apresenta um ponto fundamental de distin~ao da teoria standard: 0 fate da interpreta~ao se dar nao mais na estrutura profunda, mas na superficial. Ora, isso possibilita pensar uma articulayao da sintaxe com 0 dis-curs02, conforme Chomsky (1976) deixa entrever em "Condictions on Rules of Grammar", de onde extra(mos 0 quadro e 0 trecho explicativo:4

IS-1

---"'~'- estruturas de superf(cie (FL, outras representa~oes cognitivas)

"As regras de base B engendram as estruturas de base que sac con-vertidas pela componente transformacional T em estruturas de superffcie enri-quecidas de tra~os. Essas estruturas de superf(cie sac interpretadas pelas regras de interpreta~ao semantica IS-1 (estrutura superficial-1) dando as representa~oes em FL (forma logical. Estas, assim como outras representa~oes cognitivas, sac associadas a representa~oes mais completas de significa~ao pelas regras IS-2. As regras IS-1 sac regras da gramMica de frase, enquanto que as regras de IS-2 nao 0 sac em geral".

Um ponto ainda a ser discutido e 0 fate do elemento PRO ser consi-derado por Chomsky como um elemento anaf6rico, isto e, pelo menos ate a obra "On Binding" (a (mica exce~o e 0 caso da referencia arbitnkia, onde 0 PRO nao esta relacionado a nenhum outro termo da ora~ao). A tese de Charlotte Galves e no sentido de argumentar contra a hipotese desse PRO ser intrinsecamente ana-f6rico, uma vez que no portugues ha ocorrencias de PROS como sujeitos de frases simples e, que nao t~m, portanto, controlador na frase. ~ 0 caso, por exemplo, de:

(14) Voltarei amanha.

que e uma ocorrencia despronominalizada, cujo sujeito vazio nao esta relacionado a nenhum termo na frase.

Os nossos dados sac interessantes para esta discussao porque pare-cem se enquadrar dentro da teoria do "controle", de "On Binding". Observem-se os exemplos:

(15l Joao saiu mas

[SN

1

volta logo.

Neste caso, 0 sujeito de volta esta controlado pelo SN Joao. Mas em ocorrencia desprovidas de referencias anteriores, como e0caso de:

(16) A mod a varia muito. Agora por exemplo, esta usando vestido nao ha um controlador para a expressao verbal "esta usando",

a

se-melhan~a do que acontece com 0 infinitivo.

(7)

MILANEZ, W. - A forma [. + VERBO (3~ p.s.) 1usada como recurso de indetermina-~io: U.ma anAlise de sua gera~io sinUtica. GRUPO DE ESTUDOS L1NGUISTICOS,!.Q.

(1); 128-135,1985.

portugues, e na verdade, naO ha razoes evidentes para que se considere que no in-finitivo tenhamos um PRO, e nas formas de tempo finito tenhamos um apaga-mento. Assim, parece viavel considerar que a forma de indetermina~ao despro-nominalizada [0

+

VERBO (3~p.s.)

1

tambem constitua um caso de referencia arbitraria, e que 0SN - sujeito vazio seja representado pelo mesmo PR03.

Assim, podemos dizer que a teoria atualizada da GGT possibilita considerar 0 Qldo referido recurso como um PRO, nao com uma leitura de inde-finido, ou seja, interpretado a n (vel da frase, mas interpretado anfve/ do dis-curso, uma vez que 0 proprio Chomsky deixa entrever essa possibilidade em "Condictions on Rules of Grammar".

Em conclusao, parece ter ficado evidente que a forma indetermina-dora [ 0

+

VERBO (3'i' p.s.)

1

nao e resultado de apagamento de algum pro-nome pessoal usado com verba na 3'i' pessoa do singular fete, vocD, a gente), nem de uma constru~ao de senti do equivalente ao indefinido a/guem, mas que se trata de um recurso independente, que, se por um lade se alterna com a constru~ao-se

( [ 0

+

VERBO

+

se

1)

na falta dos escolarizados, ocorre independentemente da mesma na fala dos nao escolarizados.

1. Estamos usando 0termo frasecomo sinonimo do desenten~a. 2. Chamamos aqui de "discurso" uma unidade maior que frase.

3. Na obra de on de extra(mos este artigo (ver Milanez na biblioQrafia) procura-mos procura-mostrar que tambem a forma [Ql

+

VERBO (3'i' pI.) J constitui um caso de referencia arbitraria.

4. A tradu~ao e minha.

1. CHOMSKY, N. (1965) - Aspectos da Teoria da Sintaxe. Armenio Amado. Editor sucessor. Coimbra. Trad. e introd. de J.A. Meirelles e E.P. Raposo.

2. (1976) - Condictions on Rules of Grammar. In: Noam

Chomsky' (1977) - "Essais on Form and Interpretation". New York North Holland.

3. (1981) - Lectures on Government and Binding. FORIS

PUBLICATIONS DOR DRECHT. Holiand/Annaminson. U.S.A.

4. GALVES, Charlotte (1980). Les Relations Anaphoriques en Portugais, Tese de doutoramento. Universite de Paris IV.

(8)

5. MILANEZ, Wania (1982) - "Recursos de Indeterminal;:ao do Sujeito" - Tese de Mestrado - Universidade Estadual de Campinas - SP.

6. QUICOLl, A.C. (1975) - Missing Subjects in Portuguese. In: Readings in Portuguese Linguistics. J.Schmidt. Radefeldt (ed.) Amesterdam, New York, Oxford, North Hollaved Publishing Company.

7. RUWET, Nicolas (1975) -Introdul;:ao

a

Gramatica Gerativa Trad. e adaptal;:ao de Carlos Vog. Editora Perspectiva-Ed. da Universidade de Sao Paulo.

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