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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS JOSEANE SANTANA SILVA ISOTON

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

JOSEANE SANTANA SILVA ISOTON

EDUCAÇÃO FINANCEIRA: REVISÃO DE TRABALHOS ACADEMICOS.

CUIABÁ-MT 2017

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JOSEANE SANTANA SILVA ISOTON

EDUCAÇÃO FINANCEIRA: REVISÃO DE TRABALHOS ACADEMICOS.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao Departamento de Ciências Contábeis da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis, pela Universidade Federal de Mato Grosso.

Orientador: Prof. Ms. Aldo Nobuyuki Nakao.

CUIABÁ-MT 2017

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JOSEANE SANTANA SILVA ISOTON

EDUCAÇÃO FINANCEIRA: REVISÃO DE TRABALHOS ACADEMICOS.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao Departamento de Ciências Contábeis da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis, pela Universidade Federal de Mato Grosso.

Cuiabá, 07 de Março de 2017.

BANCA EXAMINADORA:

____________________________________________________ Prof. Ms. Aldo Nobuyuki Nakao.

UFMT

____________________________________________________ Prof. Ms. Adão Ferreira da Silva

UFMT

____________________________________________________ Prof. Ms. Mônica Campos da Silva

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Aos meus pais, com quem compartilho riquezas que o dinheiro nunca poderá comprar.

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AGRADECIMENTO

A Deus, pelo dom da vida, que me faz forte diante das batalhas...

Aos meus pais, em especial, onde palavras não conseguem explicar a imensa gratidão...

Ao meu marido, pelos “sim” e “não” da convivência diária; Aos professores pelos ensinamentos nesses 4 anos de curso;

Aos colegas de sala, de todos os semestres, pois na convivência também aprendemos...

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“Quanto à vida dedicada a ganhar dinheiro, é uma vida forçada, e a riqueza não é, obviamente, o bem que estamos procurando: trata-se de uma coisa útil, nada mais, e desejada no interesse de outra coisa.”

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RESUMO

A presente pesquisa tem como problema principal investigar o andamento das discussões a respeito da educação financeira no Brasil. O objetivo principal é analisar as produções científicas a respeito desse tema, disponibilizadas no portal da CAPES, no período de 2007 a 2016, analisando também em quais áreas do conhecimento está sendo mais abordada. A pesquisa foi desenvolvida utilizando a metodologia exploratória bibliográfica, analisando unicamente de artigos científicos publicados em língua portuguesa, cuja análise de dados textuais textual utilizou-se da aplicação do software IRAMUTEQ como instrumento, para transformar dados qualitativos em dados quantitativos. Percebe que os artigos mostram que Educação financeira está diretamente ligada a tomada de decisão, e esta com os benefícios que podem trazer para o cidadão e a sociedade, dependendo do enfoque a analisar, direta ou indiretamente, porem associadas.

Palavras Chave: Análise Textual; Educação Financeira; Planejamento

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ABSTRACT

The present research has as main problem to investigate the progress of the discussions regarding financial education in Brazil. The main objective is to analyze the scientific productions about this theme, made available in the CAPES portal, from 2007 to 2016, also analyzing in which areas of knowledge is being most approached. The research was developed using the exploratory bibliographic methodology, analyzing only scientific articles published in Portuguese language, whose analysis of textual textual data used the application of IRAMUTEQ software as an instrument to transform qualitative data into quantitative data. He finds that the articles show that financial education is directly linked to decision making, and this with the benefits that can bring to the citizen and society, depending on the focus to analyze, directly or indirectly, but associated.

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SUMARIO 1 INTRODUÇÃO ... 9 1.1 Apresentação ... 9 1.2 Problema ... 10 1.3 Objetivos ... 10 1.3.1 Objetivo geral ... 10 1.3.2 Objetivo específico ... 10 1.4 Justificativa ... 10 2 REVISÃO DA LITERATURA ... 12 2.1 A importância da Contabilidade ... 13 2.2 Contabilidade de Custo ... 14 2.3 Contabilidade Gerencial ... 15 2.4 Contabilidade Financeira ... 15

2.4.1 Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial ... 16

2.5 Aspectos Conceituais sobre Educação Financeira... 16

2.6 Educação Financeira e Planejamento Financeiro ... 17

2.7 A Importância da Educação Financeira ... 18

3 PESQUISA DOCUMENTAL ... 21

3.1 Metodologia ... 21

3.2 Processamento dos Dados ... 22

3.3 Análise dos Dados ... 22

3.4 Análise dos Dados ... 27

4 CONCLUSÃO ... 32

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação

Percebe-se, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que apesar de uma redução no número de famílias endividadas em relação a 2015, muitas continuam endividadas, mostrando que em Janeiro de 2017, 55,6% delas possuíam algum tipo de dívida. Mas o percentual das famílias com contas ou dividas em atraso aumentou 18,4% a mais do que o registrado em 2015, considerando a variação sobre o número absoluto, houve também um aumento das famílias que disseram não conseguir pagar suas dividas e um leve aumento das que se declaram muito endividadas.

De acordo com a própria CNC, a retração da economia em 2016 refletiu no aumento da inadimplência e na redução do endividamento das famílias. As altas taxas de juros e a piora do mercado de trabalho geraram maior dificuldade às famílias para honrar os seus compromissos. Este cenário econômico mostra uma linha, dentre várias, como o conhecimento e planejamento financeiro tornaram-se essenciais para a vida das famílias e para a economia do país, deixando de ser ferramenta apenas para profissionais da área, mas necessário para qualquer cidadão.

A Estratégia Nacional de Educação Financeira –ENEF, que surge através da articulação de sete órgãos e entidades governamentais e quatro organizações da sociedade civil que juntos integram o Comitê Nacional de Educação Financeira (CONEF), criada através do Decreto Federal 7.397/2010 cujo objetivo é contribuir para o fortalecimento da cidadania, mostra a preocupação das organizações com uma sociedade mais autônomas e conscientes financeiramente, demonstrando com isso a importância da Educação Financeira e sua colaboração para uma vida mais equilibrada economicamente e para crescimento e desenvolvimento do País.

Este trabalho pretende analisar as tendências temáticas da produção científica a cerca do tema Educação Financeira, tendo como referencia artigos científicos publicados em língua portuguesa entre 2007 e 2016 e disponibilizados no periódico da Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (CAPES).

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1.2 Problema

Quais as temáticas mais relacionadas com Educação Financeira, nas publicações em língua portuguesa com base nos periódicos da Capes?

1.3 Objetivos

Os objetivos deste trabalho seguem descritos nesta seção.

1.3.1 Objetivo geral

Analisar as produções científicas acerca do tema Educação Financeira nas publicações em língua portuguesa com base nos periódicos da Capes no período compreendido entre 2007 a 2016.

1.3.2 Objetivo específico

• Elaborar uma revisão bibliográfica;

• Pesquisar artigos em português na base dos periódicos da CAPES;

• Processar com software IRAMUTEQ os artigos a analisar;

• Investigar como as literaturas tem abordado o tema.

• Delinear o perfil das pesquisas em relação ao tema Educação

Financeira.

1.4 Justificativa

A importância da educação financeira destaca-se pelo crescente aumento no cenário nacional e sua relevância social. D’Aquino (2008) afirma que essa educação não é recebida nem em casa nem na escola, o que desencadeia uma vida de oscilações econômicas com graves conseqüências tanto na vida pessoal quanto na do país e se fosse recebida de forma adequada traria grande beneficio evitando o endividamento demasiado.

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Corroborando, Cerbasi (2004) garante que a falta de poupança é a origem de muitos problemas e a construção de uma nação rica depende da capacidade de seus cidadãos enriquecerem. “O Brasil é, predominantemente, um país de pobres. Por que então não incluir a educação financeira no currículo básico da formação dos cidadãos?”. Completa dizendo que as escolas se concentram nas habilidades acadêmicas e não financeiras e que por isso poderá existir contadores que tiraram ótimas notas na graduação tendo problemas financeiros durante toda a vida.

Diante do endividamento, da inadimplência e da falta de instrução recebida tanto na escola quanto em casa, os benefícios que a Educação Financeira traria para a sociedade têm grande relevância nacional e analisar as produções científicas acerca deste tema surge dessa importância.

A escolha do Portal de Periódicos da CAPES deve-se a fato dele atender às demandas dos setores acadêmico, produtivo e governamental, propiciando o aumento da produção científica nacional, possibilitando uma pesquisa abrangente sobre os mais diversos aspectos da Educação Financeira.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

O capitalismo historicamente mostra que a acumulação capitalista (valorização do valor) necessita não somente da esfera econômica, mas também da política, cultural, ideológica e um desenvolvimento das relações sociais. A sociedade contemporânea é cada vez mais assediada pelo processo de mercantilização e o consumo torna-se a expressão dos valores sociais. O consumo de objetos traz a personalização, porem não em relação a função essencial o objeto, mas do inessencial, o status social, o prestigio. No capitalismo é necessário a obsolescência e a descartabilidade para a realização de valor, nesse sistema, a produção está no centro e as outras esferas são determinadas por ela. Ela cria o objeto de consumo, o modo de consumo e o impulso ao consumo. (PALMIERI, 2012)

Fernandes (2010) discorre também sobre o capitalismo e a sociedade de consumo que surgiram paralelos, e descreve essa sociedade em um avançado desenvolvimento industrial e caracterizada pela compra excessiva de bens e serviços. Surge também o cidadão consumidor, que é garantia da sobrevivência do capitalismo pela acumulação do capital, ou seja, surge para que a produção seja absorvida. Porém, o consumo exagerado não existia no inicio do capitalismo, ele desenvolve essa necessidade com a criação do mito do bem-estar através do consumo.

Como o capitalismo está intimamente ligado ao consumo da sociedade atual, contribuindo com a ideia de que o importante é o que se tem e não o que se é, D’Aquino (2008) diz que essa sociedade que tem que conviver com tudo que o dinheiro pode oferecer, transmitindo o prazer momento, te ensina a gastar, mas não a adquirir ou a poupar o dinheiro e as crianças aprendem desde novas o prazer que o dinheiro pode comprar, mas não conhece seu valor.

Com a economia mais estável e uma maior oferta de crédito após o plano real em 1994 que afeta na capacidade do planejamento financeiro, o brasileiro está necessitando obter conhecimento sobre a forma correta de como usar o dinheiro recebido todos os meses e fugir do mito do bem-estar através do consumo. A educação financeira é uma importante ferramenta para a criação de hábitos saudáveis de consumo, que influencia diretamente no estilo de vida das famílias e na economia local, formando então adultos conscientes e contribuindo para a diminuição dos índices de inadimplência em longo prazo.

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2.1 A importância da Contabilidade

A Bíblia é citada por Iudicibus e Marion(2002) para mostrar que a Contabilidade já existia no primitivismo dos povos, ainda que possuíssem conhecimentos limitados da matemática, das letras e até mesmo de patrimônio. O trecho citado é no final do livro de Jó, que perde toda a sua fortuna e depois a recupera, e a figura do contador aparece apresentando um relato afirmando que sua riqueza havia duplicada em relação ao inventário anterior.

“E assim abençoou o Senhor o último estado de Jó, mais do que o primeiro; pois teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas.” (Jó 42:12)

De acordo com Iudicibus (2004) a noção intuitiva de conta e consequentemente de contabilidade é tão antiga quanto a própria origem do homem que mesmo em sua forma primitiva de vida já estava relacionando-se com a forma rudimentar da contabilidade. A necessidade de acompanhar a evolução dos patrimônios foi o grande motivo para seu desenvolvimento, com uma evolução extremamente lenta antes do surgimento da moeda..

A evolução das ciências raramente se adianta ao grau de desenvolvimento econômico e social, assim o desenvolvimento das teorias e práticas contábeis está diretamente associado ao grau de desenvolvimento comercial e social do povo e o capitalismo deu impulso para a contabilidade, potencializando seu uso e eficácia.

A CVM – Comissão de Valores Imobiliários- em sua Deliberação CVM nº 29/1986, diz que a Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização, concluindo que seu objetivo principal, portanto, é o de permitir, a cada grupo principal de usuários, a avaliação da situação econômica e financeira da entidade, num sentido estático, bem como fazer inferências sobre suas tendências futuras.

A função fundamental da contabilidade é fornecer informação útil para a tomada de decisões econômicas e de acordo Iudicibus (2004) a decisão do que é útil ou não é muito difícil de ser avaliada na prática, exigindo um estudo de modelo decisório por parte de cada tomador de decisões, pois depende do usuário da informação. Toda organização, independente do objetivo e constituição jurídica,

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utiliza os mais variados recursos e para a melhor utilização deste, são necessários informações, seja a respeito do montante de recurso, do montante da dívida, dos recursos econômicos e de pessoal, disponíveis, entre outros. Ching et al. (2003) completa afirmando que todo usuário destas informações necessita da contabilidade e esta se torna importante porque ajuda seus gerentes a entender melhor sobre a empresa, como ela se encontra e qual seu desempenho em determinado período e ainda como foram aplicado os recurso e como foram obtidos.

Para Ching et al (2003) a contabilidade é definida como “o sistema de informações que mede as atividades do negocio, processa as informações em relatórios e comunica os resultados para os tomadores de decisão. É frequentemente chamada de ‘a linguagem dos negócios’. Quanto melhor você entender essa linguagem, melhores serão suas decisões de negócio.”

A área financeira é ampla, afeta diretamente tanto as organizações quanto as pessoas, pois ambas recebem ou desembolsam dinheiro, assim ela pode ser dividida em finanças empresariais e finanças pessoais. Entender os conceitos e processos que envolvem finanças é importante para a melhorar tomada de decisão, segundo krummenauer (2011).

Kiyosaki (2000) chama contabilidade de alfabetização financeira, sendo a capacidade de entender as demonstrações financeiras, identificando os pontos fortes e fracos. Uma habilidade vital para se construir um império e quanto mais dinheiro estiver sob sua responsabilidade, maior deve ser a capacidade de percepção e sutileza, senão, a casa desmorona.

2.2 Contabilidade de Custo

A Contabilidade de custo que inicialmente tinha função de fornecer elementos para avaliação dos estoques e para apuração dos resultados, nas ultimas décadas passou a ter função importante na Contabilidade Gerencial, que utiliza suas informações para auxiliar o controle e para a tomada de decisão. Fornece informações importantes na formação de preços e tornou-se muito importante com a abertura econômica estrangeira e a redução da taxa de inflação. (CREPALDI, 2011).

Crepaldi (2011) informa ainda que na função administrativa de controle, a Contabilidade de Custo fornece informações para estabelecer padrões, orçamentos ou previsões e acompanhar as previsões com o acontecido efetivamente. Essa

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função é muito importante para detectar ineficiências ou desperdícios nas atividades produtivas. A Falta da Contabilidade de Custo está afundando as empresas, pois ao empregar métodos obsoletos ou simplesmente não utilizá-los, não respondem ao ambiente competitivo de hoje. Uma informação de custos exata, pode garantir vantagens competitivas para uma empresa.

2.3 Contabilidade Gerencial

A definição de Crepaldi (2011) sobre Contabilidade Gerencial é que ela é um ramo da Contabilidade que tem o objetivo de fornecer aos administradores informações úteis para a tomada de decisão, com foco em maximizar os recursos econômicos da empresa, utilizando-se de controle e informações gerenciais.

Iudicibus(1998) caracteriza a Contabilidade Gerencial como uma técnica e procedimentos contábeis utilizados na Contabilidade Financeira, na Contabilidade de Custos, na Análise financeira de balanços, etc. , mas de forma mais detalhada e diferenciada, analisada por outra perspectiva e utilizada de maneira a auxiliar os gerentes na tomada de decisão. Ela está mais voltada a suprir informações que adapta melhor e efetivamente ao modelo decisório do administrado.

A Contabilidade Gerencial também se vale de outros ramos do conhecimento além da contabilidade para ser aplicada e valer de seus conceitos, como da administração financeira.

Contudo, pode-se dizer que todas as informações, procedimentos, técnicas, relatórios feitos especificamente para a administração, com o objeto de ser utilizados na tomada de decisões, ou na avaliação de desempenho, é através da Contabilidade Gerencial, não sendo obrigatória a utilização dessas informações por um único usuário.

2.4 Contabilidade Financeira

Para Crepaldi (2011) Contabilidade Financeira é o processo de elaboração de demonstrativos financeiros para propósitos externos, como acionistas, credores e autoridades governamentais. Ela é influenciada por regulamentações externas e por auditorias de contadores independentes.

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2.4.1 Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial

Crepaldi (2011) simplifica a diferença na terminologia dizendo que contabilidade gerencial é para atividades dentro da organização e contabilidade financeira é quando presta informações a terceiros.

Quadro 1 - Elementos básicos da Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial. Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial Público-alvo Externo: acionistas, credores e

autoridades fiscais.

Interno: Funcionários, gerentes e executivos.

Objetivo

Reportar o desempenho passado com finalidades externas; contratos com proprietários e credores.

Informar para tomada de decisões internas feitas por empregados, gestores e executivos: feedback e controle do desempenho das operações

Temporalidade Histórica; passada Corrente; orientada para o futuro.

Restrições

Reguladas: regras direcionadas por princípios fundamentais de

contabilidade e por autoridades governamentais.

Sem regras estabelecidas: sistemas e informações determinados por gerentes para encontro de necessidades

estratégicas e operacionais. Tipo de

informação Medidas financeiras somente.

Financeiras mais medidas operacionais e físicas sobre processos, tecnologias, fornecedores, clientes e competidores. Natureza da

informação

Objetiva, auditável, confiável, consistente, precisa.

Mais subjetiva e de juízos; válidas, relevantes, acuradas.

Escopo Altamente agregado; relatórios sobre a organização inteira.

Desagregado, de informação a ações e decisões locais.

Fonte: Crepaldi 2011

2.5 Aspectos Conceituais sobre Educação Financeira

Kiyosaki (2000) diz que um fator importante na educação financeira é entender a contabilidade, saber o que é um ativo, um passivo, saber diferenciá-los. Define rudemente que um ativo é algo que traz dinheiro e passivo é algo que tira dinheiro e diz ainda que os ricos adquirem ativos, e a classe média e os pobres adquirem passivos. Faz também um paralelo entre números e palavras, dizendo que não importam as palavras, mas sim a história que elas contam, assim como na

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contabilidade não importa os números, e sim o que eles contam. A educação financeira nos permite ler os números e estes contam a história.

Para D’Aquino (2008) a Educação Financeira nos países desenvolvidos tradicionalmente cabe às famílias, às escolas fica reservada a função de reforçar a formação que o aluno adquire em casa. No Brasil, infelizmente, a Educação Financeira não é parte do universo educacional familiar, tampouco escolar. Assim, a criança não aprende a lidar com dinheiro nem em casa, nem na escola. Torna-se dever dos pais desenvolver a consciência financeira dos filhos, e seria satisfatório se as escolas complementassem esse desenvolvimento, as consequências deste fato são determinantes para uma vida de oscilações econômicas, com graves repercussões tanto na vida do cidadão, quanto na do país.

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE (2005), educação financeira é “o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação, formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar.

2.6 Educação Financeira e Planejamento Financeiro

Planejamento financeiro seria para krummenauer (2011) a arte e a ciência da gestão do dinheiro que começa com a elaboração de planos financeiros de longo prazo que orientaria sequencialmente os de médio e curto prazo. Souza (2012) baseou-se no conceito de ensinar a viver dentro de seu padrão econômico, eliminando desperdícios, aproveitando oportunidades, focando no crescimento do patrimônio líquido familiar, valorizando o próprio patrimônio, gerando rendas para que o padrão se eleve num ciclo virtuoso, dentro das suas expectativas e possibilidades, até atingir a independência financeira. Afirma também que educação financeira é a habilidade que as pessoas adquirem para administrar adequadamente suas finanças, fazendo melhores escolhas durante toda a sua vida. Habilidade adquirida pois não nascemos com ela, mas aprendemos.

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A Educação financeira permite as famílias um melhor fluxo de caixa e as melhores decisões quanto ao acesso de bens; para o país os benefícios a longo prazo viriam com melhores investimentos, poupança, crédito, aposentadoria, etc. podendo, assim, contribuir de modo mais eficiente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis, comprometidos com o futuro .

Cerbasi (2004) afirma que o objetivo do planejamento financeiro pessoal vai além de simplesmente não ficar no vermelho. Mais importante do que conquistar um padrão de vida, é mantê-lo, e é para isso que o planejamento financeiro deve ser usado. E ainda completa “Para quem acredita que o cuidado com nossas finanças limita-se aos gastos e aos investimentos, cabe um importante alerta: nada é mais importante em sua vida financeira do que seu crédito”. (CERBASI, 2009).

Souza (2012) completa que educação financeira não pode ser confundida com a busca pela acumulação de riquezas, buscando sempre e cada vez mais. Isso é o oposto; é a falta dela.

O planejamento financeiro é uma ferramenta que deve ser utilizado por todos para evitar imprevistos e alcançar os objetivos desejados, devendo acompanhar todas as fases da vida, para um bom desenvolvimento enquanto criança, sendo um jovem responsável com o dinheiro e tornando-se um adulto consciente no poder de decisão com suas finanças. A falta dessa educação pode trazer prejuízos além de uma falta de dinheiro, como dificuldade nos relacionamentos amorosos, agressividade, etc. e em casos extremos prejudicando o já precário sistema público, como por exemplo aumentar a taxa de juros para conter consumo e diminuir a taxa de inflação. (KRUMMENAUER, 2011).

2.7 A Importância da Educação Financeira

No Brasil, a educação financeira é algo que pode ser considerado novo de acordo com Souza (2012). A instabilidade econômica do país fez parte da vida de muitos que acabam trazendo reflexos do passado. A economia inflacionária bloqueava qualquer tentativa de planejamento financeiro. Porem, Cerbasi (2004) destaca que cultura imediatista dos brasileiros mostra uma incoerência, pois a insegurança vivida pela população quanto ao emprego, aluguel, alíquota de imposto, deveria justamente trazer decisões com projeções futuras.

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Souza (2012) ainda embasa que a violenta inflação que mantinha um preço pela manha e outro a tarde gerou nas pessoas o hábito do “comprar agora” antes que os preços mudem novamente. Outra herança da inflação seria a ausência de uma educação financeira sólida. Como não aprendemos, o esforço é maior para ensinar e por isso educação financeira seria considerado algo novo.

Souza (2012) continua, e afirma que o marco da educação financeira foi o controle da inflação, pois só assim perceberam que é importante planejar, conhecer sobre finanças pessoais, organizar as contas.

A realidade de muitos brasileiros, com base nas pesquisas apontadas anteriormente, é trabalhar todo o mês e continuar no vermelho. Os motivos são diversos, mas todos refletem uma mesma situação: a falta de planejamento financeiro. E de acordo com o que já foi abordado anteriormente, a solução deste problema seria a Educação Financeira.

Segundo krummenauer (2011) o planejamento deveria fazer parte do cotidiano das pessoas no inicio de sua vida profissional, garantindo uma independência financeira em um melhor tempo que seria seu aliado

O processo de educar financeiramente para D’Aquino (2008) passa pelo processo de como ganhar, como poupar, como gastar e como doar. O como ganhar vai alem de uma boa educação, pois o mercado de trabalho está cada vez mais concorrido, aliando-se uma expectativa de vida crescente. Aprender a gastar é tão importante quanto poupar, pois o apego exagerado é tão prejudicial quanto o gastar irresponsável. Ter algum recurso guardado é importante para possíveis emergências e o que se gasta no presente reflete no futuro.

Para krummenauer (2011) um benefício do planejamento financeiro é poder aposentar, ou seja, ter renda financeira suficiente para pagar as contas sem ter obrigação de trabalhar para isso. Mas não é o único, é possível tomar melhores decisões quanto a gastar ou poupar, pois, como foi dito anteriormente, decisões presente afeta nas metas estabelecidas para o futuro; auxilia também ao impulso de gastar e endividar, já que objetiva planos futuros; otimiza os recursos quando adotado; está melhor preparado em situações inesperadas; ter independência financeira e ter melhor qualidade de vida, pois, preocupações com o dinheiro não fará parte do seu dia-a-dia e também terá maior liberdade de escolha.

Diante da análise dos autores, quanto mais cedo se aprende, mais cedo começa obter os resultados desejados, colaborando para a formação de um cidadão

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mais racional sobre as finanças e contribuindo também para uma sociedade mais equilibrada economicamente. Assim afirmando Kiyosaki que a inteligência resolve problemas e gera dinheiro, porém, o dinheiro sem inteligência financeira é dinheiro que desaparece.

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3 PESQUISA DOCUMENTAL

A partir da delimitação do problema, inicialmente definiu-se o próprio termo educação financeira para delinear o parâmetro para busca dos artigos desenvolvidos com relação a Educação Financeira. Nesta pesquisa o termo utilizado como busca foi especificamente “Educação Financeira”, porém pode haver outras expressões utilizadas como sinônimo.

3.1 Metodologia

A pesquisa utilizada neste trabalho pode ser classificada como exploratória isto porque de acordo com Gil (2002), deve proporcionar maior familiaridade com o problema e o aprimoramento de idéias e com relação a metodologia ele é bibliográfico, desenvolvida através de pesquisa em material já elaborado, constituído unicamente de artigos científicos. Tem como principal vantagem permitir ao observador uma cobertura muito mais ampla do que poderia pesquisar diretamente.

A pesquisa bibliográfica teve como fonte artigos científicos escritos em língua portuguesa indexado em periódicos junto ao portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes. Esse portal informa que atende às demandas dos setores acadêmico, produtivo e governamental, propiciando o aumento da produção científica nacional, este fato foi o motivo relevante da escolha desse Portal de periódicos, possibilitando uma pesquisa mais abrangente sobre as produções acerca da Educação Financeira.

A análise dos dados, especificamente a análise textual, utilizou-se da aplicação do software IRAMUTEQ, uma ferramenta inserida no ambiente do software R, com tecnologia open source, ou seja, de acesso livre.

O uso de software para análise de dados lexicais, principalmente quando o corpus a ser analisado é volumoso, está cada vez mais frequente na área de Ciências Humanas e Sociais, trazendo grandes contribuições. Isso se deve também ao fato de poder quantificar dados qualitativos e fazer cálculos estatísticos, superando o conflito entre o quantitativo e o qualitativo na analise lexical. (CAMARGO, 2013)

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3.2 Processamento dos Dados

No período de 01 a 06 de Fevereiro de 2017, foi realizado junto ao portal de periódicos da Capes uma busca por assunto com a expressão “Educação Financeira”, não especificando um intervalo de tempo. Nesta fase foram encontrados 53 artigos e após baixar os arquivos, excluir os duplicados, o que está em língua estrangeira e os que não são do tipo artigos científicos, resultaram 25 artigos para análise.

Figura 1 – Processo de categorização dos artigos.

Fonte 1 – Elaborado pela autora

3.3 Análise dos Dados

A primeira análise será com relação ao ano de publicação. Como mostram a tabela e o gráfico a seguir.

Tabela 1 - Número de Publicações ANO QUANTIDADE 2007 1 2010 1 2012 6 2013 7 2014 8 2015 1 2016 1

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Neste levantamento observa-se que houve um número pequeno de publicações nos anos de 2007, 2010, 2015 e 2016 e um número maior nos anos de 2012, 2013 e 2014, que ainda assim é pequeno, obtendo maior quantidade em 2014 com 08 publicações. A Educação Financeira é uma discussão pouco abordada em artigos científicos, isso porque nesses 10 últimos anos houve apenas 25 publicações.

Com relação a evidenciação das revistas que publicaram os artigos, verifica-se a tabela que verifica-segue.

Tabela 2 - Periódicos

PERIÓDICOS PUBLICAÇÕES

Book of Proceedings – TMS Algarve 01

Nucleus 01

PODIUM Sport, Leisure and Tourism Review 01

Psicologia: Reflexão e Crítica 01

R C & C Revista de Contabilidade e Controladoria 01 RAC – Revista de Administração Contemporânea 01 Revista Brasileira de Marketing - REMark 03 Revista Brasileira de Gestão De Negócios - RBGN 01 Revista Brasileira de Medicina do Trabalho 01 Revista Brasileira de Pós-Graduação - RBPG 01

Revista Científica Hermes 01

Revista Contabilidade & Finanças, USP, São Paulo 01 Revista Crítica de Ciências Sociais 01 Revista de Administração Pública - RAP 01 Revista de Ciências da Administração 01

Revista de Derecho Privado, 01

Revista de Gestão e Projetos - GeP 01 Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade 03 Revista Eletrônica de Estratégia & Negócios - REEN 01 Tourism & Management Studies, 01

Trabalhos para Discussão 280 01

Fonte 4 - Elaborado pela autora

0 2 4 6 8 10 2007 2010 2012 2013 2014 2015 2016

Figura 2 – Número de Publicações

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Pode-se perceber que praticamente cada artigo foi publicado em uma revista diferente, com exceção da Revista Brasileira de Marketing – REMark e Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade que tiveram 03 publicações cada, revelando que a educação financeira está inserida nas mais diversas áreas das ciências, porém analisando o ramo de cada revista, verifica-se áreas com maior ênfase como gestão, finanças, estratégias de negócios, administração e contabilidade que são áreas interligadas .

Em relação às instituições relacionadas aos artigos científicos.

Tabela 3 - Instituições

INSTITUIÇÃO QUANTIDADE

Banco Central do Brasil 01

Banco Central do Brasil e FGV 01

Centro Universitário FECAP 01

Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Petrolina - FACAPE 01

Fundação Getúlio Vargas 01

Fundação Instituto Capixaba de Pesquisa em Contabilidade, Economia e Finanças (FUCAPE) 01

Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) 01

Unasp - Universidade Adventista de São Paulo 01

UNIVÁS- MG 01

Universidade de Brasília - UNB 02

Universidade de São Paulo – USP 02

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) 01

Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). 01

Universidade Europeia – Laureate International Universities 01

Universidade Federal da Paraíba – UFPB. 01

Universidade Federal de Santa Catarina - Florianópolis - SC 01

Universidade Federal de Santa Maria-RS 02

Universidade Federal do Paraná. 01

Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP 01

Universidade Nove de Julho – PMPA-GP/UNINOVE 01

Università di Roma ‘Tor Vergata’ 01

University Regional Integrated High Uruguay and Missions (RS) 01 Fonte 5 - Elaborado pela autora

Observando a tabela nota-se que a maioria das publicações foram desenvolvidas por instituições diferentes, ou seja, a maioria das instituições tiveram 01 artigo publicado, e as outras tiveram 02 artigos, não sendo tão diferente. As que tiveram 02 publicações foram: Banco Central do Brasil, Fundação Getúlio Vargas, que tiveram pesquisas em conjunto, Universidade de Brasília – UNB, Universidade de São Paulo – USP e Universidade Federal de Santa Maria-RS.

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Examinando as palavras-chave:

Tabela 4 – Palavras-chave.

PALAVRAS-CHAVE QUANTIDADE

Educação financeira; 09

Teoria dos Prospectos 03

Aposentadoria 02 Finanças pessoais 02 Administracao publica. 01 Administração, 01 Análise fílmica; 01 Antecedentes da Dívida 01 Autoajuda financeira 01 Avaliação 01

Avaliação de políticas públicas 01

Banco Central do Brasil. 01

Bolsas de Valores 01

Capital humano 01

Capitalismo financeiro 01

Características dos investidores. 01

Cartão de Crédito 01 Cdc 01 Cidadania; 01 Código, 01 Comparação, 01 Compromisso social. 01 Comunicação digital 01 Conhecimento financeiro, 01 Consequentes da Dívida 01 Consumidor, 01 Consumismo 01 Contabilidade comportamental. 01 Cooperativa; 01 Cooperativismo de Crédito; 01 Crédito ao consumidor, 01 Crédito, 01 Defesa 01 Dívidas, 01 Educação 01 Efeito framing. 01 Endividamento 01 Endividamento do Consumidor; 01 Envelhecimento, 01 Estratégia empresarial 01

Estratégias para Tornar-Se Adimplente 01 Estudantes universitários. 01

Estudos observacionais 01

Experiência internacional; 01

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26 Formação docente. 01 Futebol; 01 Gestão do Esporte. 01 Gestão financeira 01 Heurísticas 01 História 01 Inclusão financeira; 01 Interdisciplinaridade 01 Intervenção, 01 Jovens investidores, 01 Literacia financeira 01 Marketing e Sociedade 01 Marketing institucional 01 Marketing social; 01 Marketing; 01 Matemática financeira; 01 Mediação 01 Mensarii 01 Mercado acionário 01 Nome sujo 01 Paradigmas 01 Planejamento estratégico 01

Planejamento estratégico pessoal 01

Planejamento financeiro 01 Planejamento 01 Política de educação. 01 Pré-aposentadoria 01 Previsão de informações 01 Processo decisório. 01 Produtividade 01 Projetos educacionais 01 Projetos; 01 Racionalidade limitada. 01 Regulamentação, 01 Responsabilidade social 01

Responsabilidade social corporativa 01

Riqueza. 01 Saude do trabalhador 01 Seleção de Portfólio. 01 Superendividamento 01 Taxa de poupança 01 Tomada de decisão 01 Trabalho; 01 Vieses cognitivos 01

Fonte 6 - Elaborado pela autora

Já seria esperado, pelo próprio parâmetro da pesquisa, que o termo educação financeira fosse o mais citado nas palavras-chave e não foi diferente, aparecendo em 9 artigos diferentes. Outros termos também obtiveram repetições como Teoria

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dos Prospectos, Aposentadoria e Finanças pessoais que foram citados entre 2 e 3 vezes, o que não foi tão diferentes dos demais que tiveram todos 1 citação cada.

Destaca-se, e é interessante observar, uma grande diversidade de palavras ou conjunto de palavras utilizadas para direcionar aos artigos analisados. Foram quase 90 palavras chaves distintas, mas pode-se dizer que apesar de existir algumas palavras destoantes, como por exemplo futebol, a sua maioria estão concernentes entre si, como é o caso dos termos endividamento, divida, consumidor, consumismo, nome sujo, taxa de poupança que são expressões que estão correlacionadas.

3.4 Análise dos Dados

Para uma maior familiaridade com as nomenclaturas, a figura a seguir caracteriza os termos, corpus, texto e seguimento de texto, no intuito de tornar a leitura mais compreensível.

Figura 3 - Noções de corpus, texto e segmento de texto

Fonte 7: adaptado de CAMARGO, 2013

O Corpus deste trabalho é constituído pelo conjunto dos resumos de 25 artigos a ser analisado, ou seja, cada resumo é um texto e dimensionadas pelo software IRAMUTEQ em 116 segmentos de textos, dos quais 99 foram classificadas (85,39%) e distribuídas em 7 classes diferentes.

(29)

28

Figura 4 - Dendograma

Fonte 8: Elaborado pela autora

A distribuição das classes é ilustrada pelo dendograma em uma visualização colorida, neste caso na vertical e mostrando além da porcentagem representativa de cada classe, o conteúdo lexical da mesma. Todas as classes mostram-se estáveis com segmento de texto semelhantes entre si e diferente das outras classes.

A análise de similitude é apresentada através do grafo, representando o posicionamento das classes e sua ligação dentro do corpus. O grafo apresenta quais classes se complementam e concentram o corpus, e quais se distanciam e são singulares. Como mostra a figura 5.

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Figura 5 - Análise de Similitude

Fonte 9: Elaborado pela autora

A partir desta análise é possível identificar a ligação entre as palavras e ajuda na identificação da estrutura das palavras dentro do corpus textual.

A figura 6 apresenta uma nuvem de palavras baseada nas palavras-chave dos 25 artigos selecionados, tendo o objetivo de evidenciar o contexto dos artigos relativos a educação financeira.

(31)

30

Figura 6 - Nuvem de palavras das palavras-chave

Fonte 10: Elaborado pela autora

E na sequencia a nuvem gerada por todos os resumos.

Figura 7 - Nuvem de palavras dos resumos

Fonte 11: Elaborado pela autora

Camargo (2013) diz que a nuvem de palavras representa uma análise lexical simples onde as palavras agrupam-se graficamente de maneira bem interessante em função de sua freqüência. Quanto maior a freqüência, maior a representatividade

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no gráfico e as figuras 6 e 7 mostram a representatividade das palavras chave e dos resumos respectivamente.

Na nuvem das palavras chave observa-se a evidenciação de financeiro e em menor destaque educação, com relação aos resumos evidencia-se financeiro, ou seja, o destaque é evidente em finanças que é base das idéias que nortearam os artigos.

(33)

32

4 CONCLUSÃO

Esta pesquisa permitiu identificar o cenário das discussões acadêmicas acerca da educação financeira nos últimos 10 anos. É possível destacar que os maiores volumes de produções científicas ocorreram entre os anos de 2012 a 2014, o que sugere a influencia da Estratégia Nacional de Educação Financeira -ENEF- criada em 2010, tendo como um dos objetivos, ações que ajudem na tomada de decisões financeiras mais conscientes, porém não sugere a queda das publicações nos 2 anos seguintes.

As revistas onde foram publicados esses artigos revelam que as pesquisas a respeito da Educação Financeira estão mais concentradas nas áreas de Gestão e Finanças, mas quando analisada as instituições que as desenvolveram, fica evidenciado que o conhecimento a respeito do planejamento financeiro afeta toda a sociedade, pois não são apenas Instituições de ensino e pesquisa que se interessaram por esse assunto, temos também instituições financeira como o Banco do Brasil.

Pela distribuição das classes de palavras apresentadas pelo dendograma juntamente com o posicionamento das palavras em relação ao corpus visualizada através do grafo, é possível dizer que os artigos são desenvolvidos para analisarem de modo geral, através de projetos de ensino e pesquisa, como a educação financeira e suas variações (exemplo finanças pessoais) podem contribuir para uma vida melhor. Apesar de ter processos e objetivos diferentes, a maioria dos artigos tem um foco principal que a educação financeira contribua para melhores tomadas de decisão trazendo benefícios para o cidadão e a sociedade, isso pode ser também evidenciado nas nuvens de palavras dos resumos e palavras-chave.

Quanto as limitações nessa pesquisa, a de maior relevância é a falta de livros a respeito do tema tanto na biblioteca setorial quanto na central, dificultando a ampliação do conhecimento e outra limitação foi no processo de busca e seleção dos artigos no portal de periódicos da CAPES por não haver processo de refinamento na busca, diferenciando os artigos científicos dos não científicos.

Tanto nos artigos analisados quanto em outras pesquisas realizadas é percebido estudos na implantação da disciplina educação financeira para crianças e adolescente e também estudos analisando se estudantes de contabilidade tem ou não conhecimento a respeito desse tema. Se existe interesse a respeito do

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conhecimento financeiro pessoal dos estudantes de contabilidade, seria viável pesquisas para análise da implantação dessa disciplina no curso de Ciências Contábeis.

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34

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Referências

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