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Livro Eletrônico Aula 00 Estatuto da Pessoa com Deficiência p/ TJ-SP (Todos os Cargos - Interior de São Paulo)

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(1)

Aula 00

Estatuto da Pessoa com Deficiência p/ TJ-SP (Todos os Cargos - Interior de São Paulo)

(2)

A

ULA

00

A

PRESENTAÇÃO DO

C

URSO

C

RONOGRAMA DE

A

ULA

D

IREITO DAS

P

ESSOAS COM

D

EFICIÊNCIA

(

PARTE

01)

Sumário

Direitos das Pessoas com Deficiência TJSP Interior ... 2

Metodologia ... 2

Apresentação Pessoal ... 3

Cronograma de Aulas ... 4

1 – Considerações Iniciais ... 5

2 - Proteção às Pessoas com Deficiência... 5

2.1 - Introdução ... 5

2.2 - Terminologia ... 6

2.3 - Norma Constitucional e Cláusula Pétrea ... 8

3 - Estatuto da Pessoa com Deficiência ... 10

3.1 - Caracterização da deficiência: barreiras existentes na sociedade ... 10

3.2 - Postulados Protetivos Gerais ... 15

3.3 - Atendimento Prioritário ... 17

4 - Questões ... 18

4.1 - Questões sem Comentários ... 18

4.2 - Gabarito ... 22

4.3 - Questões com Comentários ... 22

5 - Resumo ... 29

6 - Considerações Finais ... 33 0

(3)

A

PRESENTAÇÃO DO

C

URSO

Direitos das Pessoas com Deficiência TJSP Interior

Apresentamos nosso curso de Direitos das Pessoas com Deficiência para o cargo de Escrevente Judiciário do tribunal de Justiça de São Paulo, voltado para o preenchimento de vagas no Interior do Estado.

Como base para o nosso curso, usaremos o edital da disciplina cobrado no concurso do TJSP realizado em julho de 2017:

Artigos 1º ao 13; 34 ao 38 da Lei nº 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência e Resolução nº 230/2016 do CNJ, com as alterações vigentes até a publicação deste Edital. É pouco assunto, mas devemos estudar com atenção, pois, provavelmente duas das questões de prova versaram sobre esses pontos. Essas duas questões devem ser dedicadas para o estudo da nossa matéria.

E porquê esse assunto está no edital?

A Resolução do CNJ nº 230/2016 prevê, em seu art. 19, o seguinte:

Art. 19. Os editais de concursos públicos para ingresso nos quadros do Poder

Judiciário e de seus serviços auxiliares deverão prever, nos objetos de avaliação, disciplina que abarque os direitos das pessoas com deficiência.

Assim, a partir desse ano, todos os concursos para o Poder Judiciário e seus serviços auxiliares deverão ter em suas provas a disciplina dos direitos das pessoas com deficiência. A partir de 2016 e, principalmente em 2017, a cobrança dessa disciplina é certa em todos os concursos!

Vejamos a metodologia do nosso curso!

Metodologia

Conteúdos

Considerando o edital acima referido é necessário que desenvolvamos alguns assuntos de forma aprofundada, sempre com “olhos” nas questões anteriores de concurso público.

O nosso curso prezará pela completa compreensão da Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) e da Resolução CNJ 230/2016. Em alguns momentos será necessário trazer alguns conceitos doutrinários, mas o foco central da análise será voltado para a compreensão desses diplomas, bem como dos demais diplomas citados.

Questões de concurso

Somada à escrita de forma facilitada, esquematização dos conteúdos, priorizaremos questões anteriores de concurso público.

Traremos as questões que foram aplicadas nos últimos concursos para a área de tribunais que abrangem o Estatuto da Pessoa com Deficiência.

(4)

Não custa registrar, todas as questões do material serão comentadas de forma analítica. Sempre explicaremos o porquê da assertiva estar correta ou incorreta. Isso é relevante, pois o aluno poderá analisar cada uma delas, perceber eventuais erros de compreensão e revisar os assuntos tratados.

Vídeo aulas

O foco no Estratégia Concursos são os materiais em .pdf. É por este instrumento que você irá absorver a maior parte do conteúdo ou que você irá treinar a maior gama de questões.

Contudo, desde há algum tempo as vídeos-aulas têm sido disponibilizadas como um instrumento adicional. Não é recomendado estudar apenas pelos vídeos, pois é impossível tratar dos assuntos com necessária profundidade em um número limitado de aulas. Ademais, seria demasiadamente extenso e pouco produtivo, cursos em vídeo com toda a matéria.

Assim, as vídeo-aulas constituem um instrumento para quando você estiver cansado da leitura dos .pdf ou em relação a determinados assuntos que você esteja com dificuldade.

Apresentação Pessoal

Por fim, resta uma breve apresentação pessoal. Meu nome é Ricardo Strapasson Torques! Sou graduado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pós-graduado em Direito Processual.

Estou envolvido com concurso público há 08 anos, aproximadamente, quando ainda na faculdade. Trabalhei no Ministério da Fazenda, no cargo de ATA. Fui aprovado para o cargo Fiscal de Tributos na Prefeitura de São José dos Pinhais/PR e para os cargos de Técnico Administrativo e Analista Judiciário nos TRT 4ª, 1º e 9º Regiões. Atualmente, resido em Cascavel/PR e sou professor exclusivo do Estratégia Concursos.

Já trabalhei em outros cursinhos, presenciais e on-line e, atualmente, em parceria com o Estratégia Concursos lançamos diversos cursos, notadamente nas áreas de Direito Eleitoral e de Direitos Humanos. Além disso, temos diversas parcerias para cursos de discursivas com foco jurídico.

Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. Será um prazer orientá-los da melhor forma possível nesta caminhada que se inicia hoje.

rst.estrategia@gmail.com

(5)

Cronograma de Aulas

A fim de atender ao proposto acima, apresentamos o cronograma de aulas: Aula 00 – 13.07

Apresentação do Curso e Introdução

Aula 01 – 23.07

2) Artigos 1º ao 13; 34 ao 38 da Lei nº 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência (...)

Aula 02 – 02.08 2) (...) Resolução nº 230/2016 do CNJ.

Aula 03 – 12.08 Pessoas com Deficiência na CF

Como vocês podem perceber as aulas são distribuídas para que possamos tratar cada um dos assuntos com tranquilidade, transmitindo segurança a vocês para um excelente desempenho em prova.

Eventuais ajustes de cronograma poderão ser realizados por questões didáticas e serão sempre informados com antecedência.

(6)

D

IREITO DAS

P

ESSOAS COM

D

EFICIÊNCIA

1

– Considerações Iniciais

Na aula de hoje iremos tratar da parte introdutória da matéria, do conceito de pessoa com deficiência e dos primeiros oito artigos do Estatuto da Pessoa com Deficiência.

Será uma aula relevante que irá nos situar na matéria a ser estudada. Contudo, a pretensão principal dessa aula é demonstrar como serão desenvolvidas nossas aulas, dentro dessa disciplina específica.

Boa aula!

2 - Proteção às Pessoas com Deficiência

2.1 - Introdução

Em relação à proteção das pessoas deficientes, segundo a doutrina de Flávia Piovesan1, a evolução é marcada por 4 fases.

1ª fase: marcada pela intolerância às pessoas deficientes. Em tal época a discriminação era total, os deficientes eram considerados impuros, marcados pelo pecado e pelo castigo divino.

Em tal período as pessoas com deficiência eram segregadas da comunidade, muitas delas internadas em instituições mantidas sob condições precárias. 2ª fase: marcada pela invisibilidade das pessoas deficientes. Há um total desprezo pela condição de tais pessoas.

3ª fase: marcada pelo assistencialismo. As pessoas deficientes são vistas como doentes, essa fase é pautada, portanto, pela perspectiva médica.

4ª fase: marcada pela visão de direitos humanos das pessoas com deficiência. Há ênfase na relação da pessoa deficiente com a sociedade e com o meio no qual está inserida. Há uma mudança metodológica, na qual o problema passa a ser do meio e das demais pessoas e não deficiente.

Nosso ordenamento transita da terceira fase para quarta fase, ao passo que na seara internacional prepondera a quarta fase de proteção.

A proteção às pessoas com deficiência no âmbito internacional é recente e marcada pela inexistência de uma proteção efetiva até a Convenção de 2006. Existem alguns diplomas esparsos, são resoluções, convenções e declarações, porém, nenhuma delas instituída com o poder de conferir adequado tratamento à temática.

1 PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e Direito Constitucional Internacional. 13º edição, rev. e atual., São Paulo: Editora Saraiva: 2013, p. 289/290.

(7)

Somente com a Convenção sobre as Pessoas com Deficiência de 2006 é que a comunidade internacional consolida atendimento real e adequado às pessoas com deficiência.

No âmbito interno, para além das consequências da internalização da Convenção, destaca-se a Constituição de 1988 como um marco de transição para o regime democrático, que manteve os direitos previstos nas constituições anteriores e conferiu tratamento mais amplo e detalhado às pessoas com deficiência, em grande medida devido à participação das associações representativas desses grupos vulneráveis.

Segundo ensinamentos de Flávia Piovesan2:

A Carta brasileira de 1988, ao revelar um perfil eminentemente social, impõe ao poder público o dever de executar políticas que minimizem as desigualdades sociais e é neste contexto que se inserem os sete artigos constitucionais atinentes às pessoas com deficiência. Esses dispositivos devem ser aplicados de modo a consagrar os princípios da dignidade da pessoa humana, da igualdade, da cidadania e da democracia. Vale dizer, a elaboração legislativa, a interpretação jurídica e o desenvolvimento das atividades administrativas devem se pautar por esses princípios, a fim de alcançar o ideal de uma sociedade mais justa, democrática e igualitária.

Pondera-se que os direitos previstos no Texto Constitucional não têm sido implementados de modo satisfatório. A violação aos direitos das pessoas deficientes subsiste, especialmente pela falta de concretização dos direitos constitucionais previstos.

2.2 - Terminologia

Comumente adota-se a terminologia “pessoa portadora de deficiência” para se referir àqueles que possuem alguma limitação física ou psíquica.

É a terminologia adotada pela CF. Vejamos alguns exemplos:  art. 7º, XXXI:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...)

XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; (...).

 art. 208, III:

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: (...) III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; (...).

Contudo, a expressão “portador de deficiência” NÃO É A ADEQUADA.

Tal acepção relaciona-se com o modelo adotado. Pelo modelo médico da deficiência entende-se a deficiência como uma mazela, que exige tratamento ou

2 PIOVESAN, Flávia. Temas de Direitos Humanos. 6º edição, São Paulo: Editora Saraiva, 2013, p. 429.

(8)

cura. Em razão disso é necessário criar meios para adaptar as pessoas à vida social.

Desse modo, a atenção da comunidade volta-se para o reconhecimento e desenvolvimento de estratégias para reduzir os efeitos da deficiência. Os deficientes foram encarados como objeto de direito. Contudo, em razão da falta de interesse social ou econômico em torno dos deficientes a marginalização, pobreza e discriminação aflorou.

O modelo médico da deficiência não se mostrou adequado e suficiente. Pelo contrário, a sociedade passou a não dar a devida atenção às pessoas com deficiência.

Vejamos o que nos ensina André de Carvalho Ramos3:

A adoção deste modelo gerou falta de atenção às práticas sociais que justamente agravavam as condições de vida das pessoas com deficiência, gerando pobreza, invisibilidade e perpetuação dos estereótipos das pessoas com deficiência como destinatárias da caridade pública (e piedade compungida), negando-lhes a titularidade de direitos como seres humanos. Além disso, como a deficiência era vista como “defeito pessoal”, a adoção de uma política pública de inclusão não era necessária.

Pelo modelo social (ou de direitos humanos) a deficiência é encarada como a existência de barreiras no ambiente e nas atitudes das pessoas. Há uma mudança de abordagem, com esforço para se propiciar aos deficientes o gozo de direitos sem discriminação.

Segundo o referido autor4:

Este princípio de antidiscriminação acarreta a reflexão sobre a necessidade de políticas públicas para que seja assegurada a igualdade material, consolidando a responsabilidade do Estado e da sociedade na eliminação das barreiras à efetiva fruição dos direitos do ser humano. Assim, não se trata mais de exigir da pessoa com deficiência que esta se adapte, mas sim de exigir, com base na dignidade humana, que a sociedade trate seus diferentes de modo a assegurar a igualdade material, eliminando as barreiras à sua plena inclusão. É justamente essa a abordagem constante da Convenção, que será objeto de estudos adiante.

3 RAMOS, André de Carvalho. Curso de Direitos Humanos, 1º edição, São Paulo: Editora Saraiva, versão eletrônica.

4 RAMOS, André de Carvalho. Curso de Direitos Humanos, versão eletrônica.

MODELO MÉDICO DA DEFICIÊNCIA

O deficiente é visto como um doente, objeto de direito, que requer cuidados especiais da

sociedade

MODELO SOCIAL DA DEFICIÊNCIA

A deficiência , vista como um problema da sociedade, são barreiras no ambiente e na

(9)

Nesse contexto, desenvolveu-se o conceito de deficiência atrelado às barreiras sociais e ambientais que impede o exercício de direito pelas pessoas, das mais variadas condições físicas e psicológicas.

Desse modo, o termo “pessoa com deficiência” é, terminologicamente, mais adequado, em que pese o conceito anteriormente mencionado seja o predominante, inclusive nos documentos legislados.

Feitas as colocações iniciais, vamos abordar a temática normativo protetiva dos direitos das pessoas com deficiência, como referido no edital.

Vamos passar rapidamente pela Constituição e por algumas noções gerais em razão da internalização da Convenção sobre as Pessoas Com Deficiência, que é norma constitucional em nosso ordenamento jurídico.

2.3 - Norma Constitucional e Cláusula Pétrea

Antes de avançarmos, é importante registrar a discussão em torno do status da Convenção sobre as Pessoas com deficiência em nosso ordenamento jurídico e as consequências que a internalização traz. Devemos discutir isso, pois foi a internalização dessa Convenção que deu origem ao Estatuto da Pessoa com Deficiência e alçou os direitos da pessoa com deficiência ao patamar constitucional.

O art. 5º, §3º, da CF, determina o status constitucional dos tratados e convenções internacionais de direitos humanos, aprovados com quórum especial das emendas constitucionais.

Desse modo, se aprovado por 3/5 dos votos, em dois turnos, em ambas as Casas do Congresso Nacional, o tratado ou a convenção ingressam em nosso ordenamento jurídico com forma de norma constitucional.

Considerando que os tratados internacionais podem ser internalizados com o quórum de emenda constitucional ou com o quórum de lei ordinária, conforme atual posicionamento do STF:

tratados internacionais de Direitos Humanos aprovados com quórum de

emenda constitucional: possuem status de emenda constitucional;

tratados internacionais de Direitos Humanos aprovados com quórum de

norma infraconstitucionais: possuem status de norma supralegal, em ponto intermediário, acima das leis, abaixo da Constituição Federal.

demais tratados internacionais, independentemente do quórum de aprovação: possuem status de norma infraconstitucional.

Pessoa portadora de

(10)

A Convenção sobre as Pessoas com Deficiência e o Protocolo Facultativo foram aprovados pelo Congresso Nacional com o quórum específicos. Vejamos, o introito do Decreto nº 186/2008:

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal, conforme o disposto no art. 5º, § 3º, da Constituição Federal e nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte

DECRETO LEGISLATIVO Nº 186, de 2008

Aprova o texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2007.

Desse modo, a Convenção tem força de emenda constitucional em nosso ordenamento jurídico. Essa informação é central para a nossa prova, seja em razão da importância, seja porque é o único documento internacional que integra o bloco de constitucionalidade. Como veremos as questões exploram muito essa temática. Portanto, atenção!

Diante disso, questiona-se:

As normas previstas tanto na Convenção sobre as Pessoas com Deficiência como respectivo Protocolo Facultativo são cláusulas

pétreas?

Sim, são cláusulas pétreas. Assim dispõe o art. 60, §4º, IV, da CRFB. § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: (...) IV - os direitos e garantias individuais.

Ao Poder Constituinte Derivado foi assegurada possibilidade de alteração do Texto Constitucional. Contudo, algumas matérias não podem ser objetivo de emenda tendente a redução ou abolição de determinados direitos, considerados essenciais ao nosso Estado Democrático de Direito. Nesse contexto, destacam-se os direitos e garantias individuais – direitos humanos internamente positivados –, que se revestem sobe o manto de cláusulas pétreas.

Esse dispositivo constitucional conferiu uma proteção inarredável aos direitos considerados mínimos para a dignidade da pessoa humana e representou uma evolução gigantesca na proteção dos direitos humanos no âmbito interno, de forma a tornar impossível a diminuição ou abolição dos direitos fundamentais.

SÃO NORMAS CONSTITUCIONAIS EM NOSSO ORDENAMENTO

JURÍDICO

a Convenção sobre as Pessoas com Deficiência

o Protocolo Facultativo à Convenção sobre as Pessoas com Deficiência

(11)

Desse modo, considerando que foram internalizados como normas constitucionais, são, também, cláusulas pétreas de nosso ordenamento jurídico. Importante destacar que, em razão da internalização da Convenção com status constitucional temos o surgimento da Lei 13.146/2015.

3 - Estatuto da Pessoa com Deficiência

O Estatuto da Pessoa com Deficiência caminha na mesma esteira da Convenção sobre as Pessoas com Deficiência, representando um marco na abordagem social e jurídica do portador de deficiência física ou mental.

Vamos iniciar com o art. 1º:

Art. 1o É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da

Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de

igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

Parágrafo único. Esta Lei tem como base a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, ratificados pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008, em conformidade com o procedimento

previsto no § 3o do art. 5o da Constituição da República Federativa do Brasil, em vigor para

o Brasil, no plano jurídico externo, desde 31 de agosto de 2008, e promulgados pelo Decreto no 6.949, de 25 de agosto de 2009, data de início de sua vigência no plano interno.

O dispositivo acima destaca justamente o que estudamos no início, qual seja a finalidade do Estatuto:

3.1

-

Caracterização

da

deficiência:

barreiras

existentes na sociedade

No art. 2º temos o conceito de pessoa com deficiência:

Art. 2o Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo

prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com

uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Note que o conceito destaca as barreiras presentes na sociedade que obstruem a plena participação de todas as pessoas em igualdade de condições na sociedade.

Para caracterização da deficiência, são criados mecanismos de avalição, a ser realizado por equipe multiprofissional e interdisciplinar que leva em consideração dos incisos do §1º:

§ 1o A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por

equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará: I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;

Assegurar a promover os direitos fundamentais das pessoas com deficiência, à luz da Convenção sobre os direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativos, que foram internalizados em nosso ordenamento como normas

(12)

II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; III - a limitação no desempenho de atividades; e

IV - a restrição de participação.

Além disso, o §2º prevê a responsabilidade do Poder Executivo para criar instrumentos de avalição da deficiência.

§ 2o O Poder Executivo criará instrumentos para avaliação da deficiência.

Desse modo, o que você deve saber é eventuais limitações que as pessoas possam ter servirão para classificar as deficiências presentes na sociedade, que obstruam os direitos de todas as pessoas.

Importante registrar também que a deficiência decorre de uma série de fatores, de forma que a identificação da deficiência não está limitada às determinadas “formas clássicas de deficiência”, de forma que a avaliação deve ser biopsicossocial, a fim de considerar os elementos acima mencionados.

Para fins de prova...

No art. 3º do Estatuto, temos alguns conceitos a serem utilizados ao longo do Estatuto. Para fins de prova, destaca-se especialmente o conceito de barreiras:

Essas barreiras podem ser de diversas espécies:  barreiras urbanísticas;

 barreiras arquitetônicas;  barreiras nos transportes;

 barreiras nas comunicações e na informação;  barreiras atitudinais;

 barreiras tecnológicas;

•impedimentos nas funções e estruturas do corpo •fatores socioambientais, psicológicos e pessoais •limitações para o desempenho de certas atividades •restrições de participação.

AVALIAÇÃO DA DEFICIÊNCIA – CONSIDERA:

BARREIRAS

qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a

fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação,

à compreensão, à circulação com segurança, entre outros.

(13)

Delimitado o conceito de deficiência e, desse modo, o grupo de pessoas vulneráveis protegidos pelo Estatuto, passamos a analisar os direitos que lhes são assegurados.

Veja, na sequência, o rol de conceitos trazidos pelos dispositivos: Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se:

I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida; II - desenho universal: concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva;

III - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social;

IV - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros, classificadas em:

a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo;

b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos e privados; c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios de transportes;

d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de informações por intermédio de sistemas de comunicação e de tecnologia da informação;

e) barreiras atitudinais: atitudes ou comportamentos que impeçam ou prejudiquem a participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas;

f) barreiras tecnológicas: as que dificultam ou impedem o acesso da pessoa com deficiência às tecnologias;

V - comunicação: forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações;

VI - adaptações razoáveis: adaptações, modificações e ajustes necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcional e indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar que a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer, em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos e liberdades fundamentais;

VII - elemento de urbanização: quaisquer componentes de obras de urbanização, tais como os referentes a pavimentação, saneamento, encanamento para esgotos, distribuição

(14)

de energia elétrica e de gás, iluminação pública, serviços de comunicação, abastecimento e distribuição de água, paisagismo e os que materializam as indicações do planejamento urbanístico;

VIII - mobiliário urbano: conjunto de objetos existentes nas vias e nos espaços públicos, superpostos ou adicionados aos elementos de urbanização ou de edificação, de forma que sua modificação ou seu traslado não provoque alterações substanciais nesses elementos, tais como semáforos, postes de sinalização e similares, terminais e pontos de acesso coletivo às telecomunicações, fontes de água, lixeiras, toldos, marquises, bancos, quiosques e quaisquer outros de natureza análoga;

IX - pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentação, permanente ou temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso;

X - residências inclusivas: unidades de oferta do Serviço de Acolhimento do Sistema Único de Assistência Social (Suas) localizadas em áreas residenciais da comunidade, com estruturas adequadas, que possam contar com apoio psicossocial para o atendimento das necessidades da pessoa acolhida, destinadas a jovens e adultos com deficiência, em situação de dependência, que não dispõem de condições de autossustentabilidade e com vínculos familiares fragilizados ou rompidos;

XI - moradia para a vida independente da pessoa com deficiência: moradia com estruturas adequadas capazes de proporcionar serviços de apoio coletivos e individualizados que respeitem e ampliem o grau de autonomia de jovens e adultos com deficiência; XII - atendente pessoal: pessoa, membro ou não da família, que, com ou sem remuneração, assiste ou presta cuidados básicos e essenciais à pessoa com deficiência no exercício de suas atividades diárias, excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas;

XIII - profissional de apoio escolar: pessoa que exerce atividades de alimentação, higiene e locomoção do estudante com deficiência e atua em todas as atividades escolares nas quais se fizer necessária, em todos os níveis e modalidades de ensino, em instituições públicas e privadas, excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas;

XIV - acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com deficiência, podendo ou não desempenhar as funções de atendente pessoal.

(15)

Apenas para situá-lo na análise que se seguirá, o Estatuto da Pessoa com Deficiência é estruturado do seguinte modo:

•criação de condições para permitir o acesso às pessoas com limitações em igualdade de condições

ACESSIBILIDADE

•criação de produtos, ambientes, programas e serviços acessíveis a todos DESENHO UNIVERSAL

•criação de produtos, equipamentos, dispositivos, recursos etc. a fim de atender às pessoas com deficiências

TECNOLOGIA ASSISTIVA (ou ajuda técnica)

•entraves existentes na sociedade que limite ou impeça o acesso a todas as pessoas em igualdade de condições

BARREIRAS

•forma de interação dos cidadãos abrangendo as línguas (inclusive LIBRAS), o Braille, sinais de sinalização, comunicação tátil etc.

COMUNICAÇÃO

•pessoa que tenha dificuldade de movimentação (permanente ou temporária) PESSOA COM MOBILIDADE REDUZIDA

Caracterização e Postulados Protetivos Gerais

•direito à vida habilitação e reabilização •direito à saúde

•direito à educação •direito à moradia •direito ao trabalho

•direito à assistência social •direito à previdência social

•direito à cultura, ao esporte ao turismo e ao lazer •direito ao transporte e à mobilidade

Direitos Fundamentais

•acesso à informação e à comunicação •tecnologia assistiva

•direito à participação na vida pública e política •ciência e tecnologia

Acessibilidade

Acesso à Justiça

(16)

A caracterização já analisamos acima. Na sequência vamos destrinchar os postulados gerais do Estatuto e passar para análise do rol de direito tutelados. Antes, uma observação.

Todos esses direitos expressamente assegurados já estão previstos na legislação “regular”. A maiorias deles, inclusive, é alçado constitucionalmente nos primeiros dispositivos da Constituição. Contudo, o que se pretende ao retratá-los aqui novamente é conferir especial atenção a esses direitos dada a vulnerabilidade presente.

3.2 - Postulados Protetivos Gerais

Vamos iniciar com o art. 4º:

Art. 4o Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as

demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.

O conceito de discriminação é amplo e está reproduzido no §1º do art. 4º. Antes de ler o dispositivo, vamos destacar o que você deve memorizar para a sua prova:

DISCRIMINAÇÃO

 distinção, restrição ou exclusão por ação ou omissão;

 capaz de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou exercício de direitos.

O conceito acima, é extraído do §1º:

§ 1o Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção, restrição

ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas.

De todo modo, você deve memorizar para a prova:

Não poderia ser diferente, a finalidade precípua do Estatuto é eliminar, ou pelo menos, reduzir as barreiras existentes na sociedade a fim de propiciar a igualdade

DISCRIMINAÇÃO

toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar,

impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de

fornecimento de tecnologias assistivas.

PORTULADOS PROTETIVOS DO ESTATUTO DA PESSOA COM

DEFICÊNCIA

(17)

material entre as pessoas e coibir toda e qualquer discriminação que possa advir da condição de deficiente.

Em que pese todas as condições favoráveis que possam ser criadas pelo Estado a fim de promover os direitos das pessoas com deficiência, o Estatuto faculta à parte a decisão por fruir os benefícios concedidos:

§ 2o A pessoa com deficiência não está obrigada à fruição de benefícios decorrentes de

ação afirmativa.

Na sequência vamos citar o art. 5º que reforça a necessidade de adoaçao de medidas para a promoção dos direitos de tais pessoas:

Art. 5o A pessoa com deficiência será protegida de toda forma de negligência,

discriminação, exploração, violência, tortura, crueldade, opressão e tratamento desumano ou degradante.

Parágrafo único. Para os fins da proteção mencionada no caput deste artigo, são considerados especialmente vulneráveis a criança, o adolescente, a mulher e o idoso, com deficiência.

Nesse contexto de promoção da igualdade das pessoas com deficiência, prevê o art. 6º do Estatuto, um dos principais dispositivos da legislação específica:

Art. 6o A DEFICIÊNCIA NÃO AFETA A PLENA CAPACIDADE CIVIL DA PESSOA,

inclusive para:

I - casar-se e constituir união estável; II - exercer direitos sexuais e reprodutivos;

III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a

informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar;

IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória; V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e

VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou

adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.

Essa regra é corroborada pelo art. 84 do Estatuto que dispõe:

Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua

capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas.

São claros os dispositivos acima. Em decorrência da publicação da Lei 13.146/2015 dois dispositivos do Código Civil foram alterados. O art. 3º passou a prever que será considerado absolutamente incapaz tão somente o menor de 16 anos (menor impúbere). Já o art. 4º disciplina que a incapacidade relativa abrange aqueles que possuírem entre 16 e 18 anos, os ébrios eventuais, os viciados em tóxico, aqueles que, por causa transitória ou permanente, não possam exprimir sua vontade e os pródigos.

Assim, a pessoa com deficiência deixou de ser rotulada como incapaz.

Ainda em relação essa parte inicial da matéria cumpre observar que a promoção da igualdade substancial e a não-discriminação contra pessoas com deficiência é de corresponsabilidade do Estado, da sociedade e da família, prevalecendo o atendimento prioritário quando envolver pessoas com deficiência.

(18)

Para encerrar o tópico, confira os arts. 7º e 8º, que retratam o dever de todos para:

• comunicar as autoridades competentes toda vez que houver violação de direitos desses grupos vulneráveis

• promover os direitos das pessoas com deficiência. Veja:

Art. 7o É dever de todos comunicar à autoridade competente qualquer forma de

ameaça ou de violação aos direitos da pessoa com deficiência.

Parágrafo único. Se, no exercício de suas funções, os juízes e os tribunais tiverem conhecimento de fatos que caracterizem as violações previstas nesta Lei, devem remeter peças ao Ministério Público para as providências cabíveis.

Art. 8o É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com

deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à

sexualidade, à paternidade e à maternidade, à alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao transporte, à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, à comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e de outras normas que garantam seu bem-estar pessoal, social e econômico.

Para a prova...

Chegamos ao final da parte teórica atinente à aula de hoje.

3.3 - Atendimento Prioritário

O Estatuto da Pessoa com Deficiência traz regra específica, referente ao atendimento prioritário das pessoas com deficiência. Os incs. do art. 9º explicitam a finalidade do atendimento prioritário.

Art. 9o A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário, sobretudo

com a finalidade de:

I - proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

II - atendimento em todas as instituições e serviços de atendimento ao público; III - disponibilização de recursos, tanto humanos quanto tecnológicos, que garantam atendimento em igualdade de condições com as demais pessoas;

IV - disponibilização de pontos de parada, estações e terminais acessíveis de transporte coletivo de passageiros e garantia de segurança no embarque e no desembarque;

DEVER DE TODOS comunicar as autoridades competentes sobre violações de direitos.

DEVER DE EFETIVAR OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA COM PRIORIDADE

•Estado •sociedade •família

(19)

V - acesso a informações e disponibilização de recursos de comunicação acessíveis; VI - recebimento de restituição de imposto de renda;

VII - tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou interessada, em todos os atos e diligências.

§ 1o Os direitos previstos neste artigo SÃO EXTENSIVOS ao acompanhante da pessoa

com deficiência ou ao seu atendente pessoal, EXCETO quanto ao disposto nos incisos VI e VII deste artigo [restituição de imposto de renda e tramitação processual].

§ 2o Nos serviços de emergência públicos e privados, a prioridade conferida por esta Lei é

condicionada aos protocolos de atendimento médico.

Desse dispositivo, é relevante que você saiba que às pessoas com deficiência é concedido atendimento prioritários nas seguintes esferas:

Além disso, o deficiente conta com acompanhamento de pessoa de confiança a quem é conferido o atendimento prioritário, com exceção da restituição do imposto de renda e tramitação preferencial de processos.

4 - Questões

Essa aula terá um número bastante reduzido de questões, pois abordamos apenas os primeiros dispositivos do Estatuto da Pessoa com deficiência. A fim de complementar o estudo, criamos algumas questões extras.

4.1 - Questões sem Comentários

Questão 01

– IBGP/Prefeitura de Nova Ponte – MG – Advogado

- 2016

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) busca assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais para pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

Nos termos da Lei em referência, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação. b) É dever de todos comunicar à autoridade competente qualquer forma de ameaça ou de violação aos direitos da pessoa com deficiência.

•prestação de socorro

•atendimento em instituições e serviços públicos •disponibilização de recursos

•disponibilização de pontos de parada

•acesso a informações e disponibilização de recursos de comunicação •recebimento de IR

•tramitação processual

(20)

c) A deficiência afeta a plena capacidade civil da pessoa, limitando o exercício do direito à família e à convivência familiar e comunitária.

d) A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário, sobretudo com a finalidade de atendimento em todas as instituições e serviços de atendimento ao público.

Questão 02

– MPE-SC – Promotor de Justiça – Vespertina –

2016

O Ministério Público intervirá, obrigatoriamente, nas ações que discutam interesses relacionados à deficiência das pessoas, mesmo que se trate de ação individual, conforme determina a Lei n. 7.853/89 (Proteção às Pessoas com Deficiência).

Questão 03

– MPE-SC – Promotor de Justiça – Vespertina -

2016

De acordo com a Lei n. 10.216/01 (Pessoas Portadoras de Transtornos Mentais), a internação psiquiátrica, nas modalidades voluntária, involuntária e compulsória, somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos. E, em se tratando de internação psiquiátrica involuntária, esta deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva alta.

Questão 04 - Prefeitura de Fortaleza

– CE/Prefeitura de

Fortaleza

– CE – Psicologia - 2016

De acordo com a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência, a avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar. Assinale a alternativa correta quanto ao que deve ser considerado nessa avaliação.

a) Os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; a limitação no desempenho de atividades; e a restrição de participação.

b) A acessibilidade e ausência de tecnologia assistiva, ou seja, os produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência e o nível de aceitação de sua família e outros grupos sociais.

c) A adequação ou não dos fatores espaciais e humanos que lhes garantam a presença de barreiras urbanísticas aquelas existentes nas vias e nos espaços públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo e as barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos e privados no meio urbano.

(21)

d) Exclusivamente a possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação.

Questão 05

– VUNESP/TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e

de Registros - 2016

O Estatuto da Pessoa com Deficiência, instituído pela Lei brasileira no 13.146/2015,

a) resultou da condenação do Brasil pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos e da recomendação internacional para que o país incluísse medidas protetivas da pessoa deficiente em sua legislação.

b) baseia-se na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e em seu Protocolo Facultativo, em vigor no plano interno desde a promulgação do respectivo Decreto, em 2009.

c) constitui mudança legislativa relevante do ponto de vista humanitário, mas de pouco impacto jurídico, considerando que é norma programática que não inova na ordem jurídica.

d) inspira-se na diretriz da incapacidade da pessoa deficiente, para sua proteção.

Questão 06

– Inédita – 2016

São considerados postulados fundamentais da Lei 13.146/2015, que institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência:

a) igualdade e liberdade. b) liberdade e cidadania.

c) igualdade e não-discriminação. d) direitos civis e sociais

e) direitos civis, sociais e difusos e coletivos.

Questão 07

– Inédita – 2016

Sobre a relação entre capacidade civil e deficiência à luz do que prevê expressamente o Estatuto da Pessoa com Deficiência assinale a alternativa correta:

a) a pessoa com deficiência poderá exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar.

b) a pessoa com deficiência pode conservar sua fertilidade, admitindo-se, desde que por decisão judicial, a esterilização compulsória;

c) a pessoa com deficiência não pode exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária.

(22)

d) a pessoa com deficiência não pode exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, dadas as limitações pessoais que impedirão dispensar os cuidados necessários.

e) a pessoa com deficiência não pode casar e constituir união estável.

Questão 08

– Inédita – 2016

Assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao transporte, à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, à comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e de outras normas que garantam seu bem-estar pessoal, social e econômico é dever: a) do Estado.

b) do Estado e da família.

c) do Estado, da Família e da Sociedade.

d) do Ministério Público, a quem competente tomar as providência cabíveis a partir das denúncias feitas pela sociedade.

e) da Família e da Sociedade.

Questão 09

– Inédita – 2016

De acordo com o Estatuto das Pessoas com Deficiência, considera-se desenho universal:

a) possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

b) tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.

c) qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros.

(23)

d) adaptações, modificações e ajustes necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcional e indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar que a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer, em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos e liberdades fundamentais.

e) concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva.

Questão 10

– Inédita – 2016

Sobre a política de ações afirmativas prescritas no Estatuto da Pessoa com Deficiência assinale a alternativa correta:

a) A pessoa com deficiência não está obrigada à fruição de benefícios decorrentes de ação afirmativa.

b) A pessoa com deficiência deverá se submeter às ações afirmativas ofertadas.

c) A pessoa com deficiência não está obrigada à fruição de benefícios decorrentes de ação afirmativa, desde que não haja determinação médica em sentido contrário.

d) A pessoa com deficiência não está obrigada à fruição de benefícios decorrentes de ação afirmativa, desde que não haja determinação judicial em sentido contrário.

e) A pessoa com deficiência está obrigada à fruição de benefícios decorrentes de ação afirmativa consideradas obrigatórias. Em relação às demais ações ofertadas – denominadas de eletivas – a pessoa terá ampla liberdade.

4.2 - Gabarito

Questão 01 - C Questão 02 – CORRETA

Questão 03 – CORRETA Questão 04 - A

Questão 05 - B Questão 06 – C

Questão 07 – A Questão 08 – C

Questão 09 – E Questão 10 - A

4.3 - Questões com Comentários

Questão 01

– IBGP/Prefeitura de Nova Ponte – MG – Advogado

- 2016

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) busca assegurar e a promover, em condições de igualdade,

(24)

o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais para pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

Nos termos da Lei em referência, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação. b) É dever de todos comunicar à autoridade competente qualquer forma de ameaça ou de violação aos direitos da pessoa com deficiência.

c) A deficiência afeta a plena capacidade civil da pessoa, limitando o exercício do direito à família e à convivência familiar e comunitária.

d) A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário, sobretudo com a finalidade de atendimento em todas as instituições e serviços de atendimento ao público.

Comentários

A alternativa A está correta e reproduz o art. 4º, do Estatuto.

A alternativa B está correta e traz o conteúdo do art. 7º.

A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive quanto ao exercício do direito de família. Vejamos o art. 6º, do Estatuto da Pessoa com Deficiência, que traz uma série de direitos para os quais o deficiente não tem sua capacidade afetada.

Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para: I - casar-se e constituir união estável;

II - exercer direitos sexuais e reprodutivos;

III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar;

IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória; V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e

VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.

A alternativa D está correta, de acordo com o art. 9º, inciso II.

Questão 02

– MPE-SC – Promotor de Justiça – Vespertina –

2016

O Ministério Público intervirá, obrigatoriamente, nas ações que discutam interesses relacionados à deficiência das pessoas, mesmo que se trate de ação individual, conforme determina a Lei n. 7.853/89 (Proteção às Pessoas com Deficiência).

Comentários

A assertiva está correta. O Ministério Público intervirá, obrigatoriamente, nas ações que discutam interesses relacionados à deficiência das pessoas, mesmo que se trate de ação individual, conforme art. 5º, da lei 7.853/89.

(25)

Art. 5º O Ministério Público intervirá obrigatoriamente nas ações públicas, coletivas ou

individuais, em que se discutam interesses relacionados à deficiência das pessoas.

Note que essa é a Lei que tratava da proteção das Pessoas com Deficiência antes do Estatuto da Pessoa com Deficiência, que data de 2015.

Questão 03

– MPE-SC – Promotor de Justiça – Vespertina -

2016

De acordo com a Lei n. 10.216/01 (Pessoas Portadoras de Transtornos Mentais), a internação psiquiátrica, nas modalidades voluntária, involuntária e compulsória, somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos. E, em se tratando de internação psiquiátrica involuntária, esta deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva alta.

Comentários

A assertiva está correta.

O art. 6º, do Estatuto da Pessoa com Deficiência, estabelece que a internação psiquiátrica ocorrerá apenas mediante laudo médico, que distinguirá as modalidades de internação, apontando se se trata de internação voluntaria, involuntária e compulsória.

Art. 6º A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos.

Parágrafo único. São considerados os seguintes TIPOS DE INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA:

I - internação voluntária: aquela que se dá COM o consentimento do usuário;

II - internação involuntária: aquela que se dá SEM o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e

III - internação compulsória: aquela DETERMINADA PELA JUSTIÇA. Sobre a INTERNAÇÃO VOLUNTÁRIA:

O art. 8º, inciso §1º, determina que a internação involuntária seja comunicada no prazo de 72 horas ao MPE.

Art. 8º A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o estabelecimento.

§ 1º A internação psiquiátrica involuntária deverá, NO PRAZO DE SETENTA E DUAS

HORAS, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do

estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva alta.

Questão 04 - Prefeitura de Fortaleza

– CE/Prefeitura de

Fortaleza

– CE – Psicologia - 2016

De acordo com a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência, a avaliação da deficiência, quando necessária, será

(26)

biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar. Assinale a alternativa correta quanto ao que deve ser considerado nessa avaliação.

a) Os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; a limitação no desempenho de atividades; e a restrição de participação.

b) A acessibilidade e ausência de tecnologia assistiva, ou seja, os produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência e o nível de aceitação de sua família e outros grupos sociais.

c) A adequação ou não dos fatores espaciais e humanos que lhes garantam a presença de barreiras urbanísticas aquelas existentes nas vias e nos espaços públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo e as barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos e privados no meio urbano.

d) Exclusivamente a possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação.

Comentários

A questão cobra o § 1º, do art. 2º, do Estatuto. Esse é um dispositivo importante, que costuma figurar em provas.

Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

§ 1º A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará:

I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; III - a limitação no desempenho de atividades; e

IV - a restrição de participação.

Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois traz os fatores que devem ser considerados na avaliação da deficiência.

Questão 05

– VUNESP/TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e

de Registros - 2016

O Estatuto da Pessoa com Deficiência, instituído pela Lei brasileira no 13.146/2015,

a) resultou da condenação do Brasil pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos e da recomendação internacional para que o país incluísse medidas protetivas da pessoa deficiente em sua legislação.

(27)

b) baseia-se na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e em seu Protocolo Facultativo, em vigor no plano interno desde a promulgação do respectivo Decreto, em 2009.

c) constitui mudança legislativa relevante do ponto de vista humanitário, mas de pouco impacto jurídico, considerando que é norma programática que não inova na ordem jurídica.

d) inspira-se na diretriz da incapacidade da pessoa deficiente, para sua proteção.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

Como dissemos em aula, o Estatuto da Pessoa com Deficiência possui como base a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, assinada em 2007 e internalizada pelo Brasil em 2009 com quórum de emenda constitucional.

Questão 06

– Inédita – 2016

São considerados postulados fundamentais da Lei 13.146/2015, que institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência:

a) igualdade e liberdade. b) liberdade e cidadania.

c) igualdade e não-discriminação. d) direitos civis e sociais

e) direitos civis, sociais e difusos e coletivos.

Comentários

O art. 2º do Estatuto é expresso em discriminar os postulados gerais do Estatuto ao prescrever que toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade e à não discriminação.

Portanto, está correta a alternativa C.

Questão 07

– Inédita – 2016

Sobre a relação entre capacidade civil e deficiência à luz do que prevê expressamente o Estatuto da Pessoa com Deficiência assinale a alternativa correta:

a) a pessoa com deficiência poderá exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar.

b) a pessoa com deficiência pode conservar sua fertilidade, admitindo-se, desde que por decisão judicial, a esterilização compulsória;

c) a pessoa com deficiência não pode exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária.

(28)

d) a pessoa com deficiência não pode exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, dadas as limitações pessoais que impedirão dispensar os cuidados necessários.

e) a pessoa com deficiência não pode casar e constituir união estável.

Comentários

Para responder a questão devemos conhecer o art. 6º do Estatuto: Art. 6o A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para:

I - casar-se e constituir união estável; II - exercer direitos sexuais e reprodutivos;

III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar;

IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória; V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e

VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.

Portanto, a alternativa A é a correta e gabarito da questão.

Questão 08

– Inédita – 2016

Assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao transporte, à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, à comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e de outras normas que garantam seu bem-estar pessoal, social e econômico é dever: a) do Estado.

b) do Estado e da família.

c) do Estado, da Família e da Sociedade.

d) do Ministério Público, a quem competente tomar as providência cabíveis a partir das denúncias feitas pela sociedade.

e) da Família e da Sociedade.

Comentários

Todas as alternativas estão corretas e conforme o art. 8º, do Estatuto da Pessoa com Deficiência. Contudo, a alternativa C é a mais correta, porque mais completa e, portanto, é o gabarito da questão.

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