• Nenhum resultado encontrado

AS MÍDIAS SOCIAIS NO PROCESSO DE INCLUSÃO DIGITAL DE DEFICIENTES INTELECTUAIS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "AS MÍDIAS SOCIAIS NO PROCESSO DE INCLUSÃO DIGITAL DE DEFICIENTES INTELECTUAIS"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

Contatos: cecifop@gmail.com gepeec@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP – 2019 ISSN: 2526-7485 (V. 2 -2019) Página 1681 de 2382

AS MÍDIAS SOCIAIS NO PROCESSO DE INCLUSÃO DIGITAL DE

DEFICIENTES INTELECTUAIS

Carolina Nascimento de Jesus; Rosenilde Nogueira Paniago

Instituto Federal de Goias, carolinanascy@hotmail.com

Eixo 8 - Inovação no ensino de ciências

Resumo: Este artigo aborda as tecnologias da informação e comunicação que transformam as relações humanas,

construindo significados a diferentes concepções comportamentais e sociais. O objetivo da pesquisa e verificar como ocorre o processo de inclusão digital dos deficientes intelectuais - retardo mental. O embasamento teórico abrange autores como Morin (2003), Charlot (2008), Dorziat (2009) e documentos legais referentes a inclusão como a LDB, Constituição Federal e a Declaração de Salamanca. O aprendizado da pessoa com deficiência não acontece apenas em sala de aula, fora dela ele está condicionado a outras pessoas e aos diversos meios de comunicação, que exercem poder de influência sobre seu comportamento. Os resultados apontam que a utilização da tecnologia pode ser uma aliada em sala de aula permitindo a interatividade entre os deficientes intelectuais o objeto de estudo e proporcionar uma participação ativa do aluno, e por parte do educador uma reflexão acerca dos recursos tecnológicos e seu papel na mediação pedagógica.

(2)

Contatos: cecifop@gmail.com gepeec@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP – 2019 ISSN: 2526-7485 (V. 2 -2019) Página 1682 de 2382 Introdução

As novas tecnologias da informação e comunicação (TIC) têm se destacado no processo de ensino-aprendizagem pela dinamicidade que promovem, além de possibilitar práticas socieducativas nas escolas, as TIC também têm sido utilizadas para a consolidação da inclusão digital, principalmente entre o público de crianças, adolescentes e jovens. A inserção das TIC na educação passa, assim, de uma novidade para uma necessidade, se transformando em uma prerrogativa para o estabelecimento de novas relações de ensino-aprendizagem.

Atuam correspondendo a diversos propósitos, as redes sociais podem trabalhar desde o compartilhamento de vídeos e referenciais bibliográficos, dicas de filmes educativos, pesquisas em sites especializados e repasse de notícias e temas atualidades. O que torna possível a realização de passeios virtuais a museus, a implementação de pequenos textos de autoria própria, como também a indicação de blogs, softwares e textos de conteúdo educativo. Assim as redes sociais são aqui consideradas por nós como um significativo motivo para aprender de forma contextualizada, atribuindo significado ao conhecimento, têm se destacado como uma ferramenta importante a interação e inclusão para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem, quando perpassadas por um planejamento pedagógico. O professor que estiver disposto a superar as dificuldades encontradas na sala de aula ao utilizar os recursos em rede, deve estar preparado para uma possível falta de internet com qualidade, de empenho dos demais professores e de formação adequada para manuseá-la, pois devido ser ainda uma recente inovação na proposta de ensino, é preciso dominar o conteúdo e os recursos tecnológicos envolvidos, acompanhando, aprendendo e elaborando novas atividades e buscando suporte necessário a quaisquer eventuais dúvidas que inesperadamente venham surgir.

Segundo Kenski (2003) o papel do educador e mediar a ação docente através da utilização de tecnologias é uma ação partilhada. Já não depende apenas de um único professor, isolado em sala de aula, mas das interações que forem possíveis para o desenvolvimento das situações de ensino. Todos os sujeitos do ensino e aprendizado devem interligar os objetivos em comuns e integrar-se com o objetivo em comum de gerar um movimento de descobertas e aprendizados.

A pergunta central que norteia a pesquisa: As mídias sociais digitais são inclusivas no que se refere às pessoas com deficiência intelectual?. Seguido dos objetivos específicos

(3)

Contatos: cecifop@gmail.com gepeec@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP – 2019 ISSN: 2526-7485 (V. 2 -2019) Página 1683 de 2382

que consistem em: verificar como ocorre o processo de inclusão digital dos deficientes intelectuais; averiguar á influência da inclusão digital na aprendizagem de deficientes intelectuais; propor alterações que possam vir a facilitar à inclusão digital aos deficientes intelectuais; e analisar as possibilidades de inclusão digital do portador de deficiência intelectual.

Através da utilização das redes no contexto escolar, abrem-se possibilidades de mudança, tanto relativas à postura do professor quanto a do aluno, contemplando os primeiros passos para a inclusão destes sujeitos nas propostas pedagógicas. Além disso, com a utilização de um ambiente comum para professores e alunos. Propõe-se maiores possibilidades de interação social, e principalmente facilitando a inserção dos indivíduos com deficiência intelectual, fortalecendo assim os vínculos sociais.

A educação de base deve ser obrigatória de modo que a escola pública de qualidade seja inclusiva e a d e q u a d a a todos os níveis, z e l a n d o p e l a qualidade, acessível a todos sem distinção de sexual ou a grupo étnico, religioso ou cultural (CHARLOT, 2008).

A Declaração de Salamanca na Espanha (1994) direcionou os documentos oficiais para o mundo, ao ratificar o direito de todas as pessoas à educação conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), referendado na Conferência Mundial sobre Educação para Todos (1990)2.

A Lei 7.853/89 fixou a obrigatoriedade da oferta de vagas em estabelecimentos públicos de ensino para alunos atendidos pela educação especial, e determinou como crime o ato de ―recusar, a inscrição de alunos em estabelecimentos de ensino e qualquer curso público ou privado, por motivo p r o v e n i e n t e d e q u a l q u e r deficiência.‖ (DORZIAT, 2009).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB (Lei n.º 9.394/96), no Capítulo V, art. 58 classificou a educação especial, para os efeitos dessa Lei, ―a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na educação regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais‖, e abriu caminhos para mudanças e inovações em todo esse nível de educação, sugerindo possibilidades para práticas inovadoras

2

Surgiu em Jomtien, na tailândia em 1990, a referida Declaração Mundial de Educação para Todos, almejou atingir as necessidades básicas de aprendizagem, reforçando que a educação é um direito fundamental de todos, mulheres e homens, de todas as idades, no mundo inteiro (UNESCO, 1990).

(4)

Contatos: cecifop@gmail.com gepeec@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP – 2019 ISSN: 2526-7485 (V. 2 -2019) Página 1684 de 2382

por parte dos educadores preocupados com a educação, nos seguintes termos:

1 Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial;

2 O atendimento educacional será feito em classes, ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a integração nas classes comuns do ensino regular;

3 A oferta da educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil (BRASIL,1997).

A Constituição Brasileira prevê em seu artigo 5° os direitos de acesso à Educação e à Informação, sem distinção de etnia, sexo, cor, pessoa com ou sem deficiência, além de garantir livre expressão intelectual, artística, científica ou comunicação.

A LDB definiu ainda em seu art. 59, que os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades educacionais especiais:

I Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos para atender às suas necessidades;

II Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;

III Educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como, para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora (BRASIL, 1997).

São fatores preponderantes para que a educação alcance seus objetivos quanto ao desenvolvimento da criança, do jovem não se baseiam somente as leis, e o alto nível de tecnológico, são necessários também, a assistência de educadores habilitados nos aspectos pedagógicos, psicológicos, intelectuais e afetivos que atuem resignificando suas práticas, em detrimento do desenvolvimento da aprendizagem de seus alunos.

A interação proporcionada pelas redes sociais3 é um processo social que estabelece relações entre indivíduos e grupos sociais, alguns interagem pela necessidade de se sentirem

3

A rede social em questão trata-se do FACEBOOK por perpassar os aparelhos midiáticos e ultrapassar as ações e comunicabilidade humanas, tornou-se publicamente acessível, em setembro de 2006, foi criado pelo americano Mark Zuckerberg, e um dos sistemas com maior base de usuários no mundo, no Brasil, cerca de 360 milhões de visitas, segundo dados da ComSore, (Recuero, 2009).

(5)

Contatos: cecifop@gmail.com gepeec@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP – 2019 ISSN: 2526-7485 (V. 2 -2019) Página 1685 de 2382

úteis socialmente; outros pela necessidade de se sentirem membros de algum grupo, de se sentirem inseridos nos mesmos locais onde a sociedade frequenta e atua.

É no diálogo que acontece o contato com o outro, a ação entre os seres humanos, além do encontro com seu próprio eu, como enfatiza Morin (2003) o outro significa, ao mesmo tempo, o semelhante e o dessemelhante, semelhante pelos traços humanos ou culturais comuns; dessemelhante pela singularidade individual ou pelas diferenças étnicas.

O aprendizado da pessoa com deficiência não acontece apenas em de sala de aula, fora dela está em contato com outras pessoas e com meios de comunicação diversificados, que exercem poder de influência sobre seu comportamento.

O conhecimento e o resultado de um processo espontâneo de interação entre sujeito e o meio, produto da própria criatividade e sua aquisição depende da assimilação de determinadas informações em certos níveis de desenvolvimento. Como resultado dessa interatividade se dá o processo de adaptação com o meio, onde o Deficiente Intelectual4 passa a aperfeiçoar seu poder crítico, proporcionando a capacidade do conhecimento e das estruturas mentais que são construídas sucessivamente e de forma gradativa, dos níveis básicos ao complexo.

Para Goffman (1975), estigma é uma relação entre atributo e estereótipo, e tem sua origem ligada à construção social dos significados através da interação, o que limitam o portador de deficiência intelectual por gerar uma espécie de estigmas individuais e coletivos.

O portador de Deficiência Intelectual faz parte de uma rede social que estabelece um determinado tipo de interação no grupo ao qual passou e fazer parte. À medida que passa o tempo, as relações vão ficando mais duradouras, independente dos comparsas, em virtude dos interesses, motivos que verdadeiramente o influenciaram a diminuir as barreiras que podem ou não limitar esse indivíduo.

Nesse sentido, como questionar a temática redes sociais sem passar pela definição de internet? As tecnologias da informação e comunicação estão transformando as relações humanas, construindo um novo significado a essas diferentes concepções comportamentais e sociais, meio a sociedade que busca cada vez mais meios de comunicação mais eficientes.

4

De acordo com Mendonca, (2002), os deficientes intelectuais manifestam um retardo maior ou menos intenso em todas as áreas do desenvolvimento, com variados distúrbios mentais ou motores. Uma criança pode ter problemas motores importantes e deficiência intelectual de pouca intensidade.

(6)

Contatos: cecifop@gmail.com gepeec@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP – 2019 ISSN: 2526-7485 (V. 2 -2019) Página 1686 de 2382

Segundo Richter (2000), os alunos precisam arriscar e vivenciar desafios, para alcançarem o processo de ensino-aprendizagem, construir e interpretar além do que se podem perceber.

Vivemos em uma era digital, onde a internet tornou-se um espaço de comunicação eficaz para a sociedade contemporânea modificando a forma de aprender, pesquisar, interagir, construir e reconstruir novas reflexões que englobam o modo de pensar e de viver. Para interagir na rede é necessário um conhecimento considerável para que possa ter acesso ao mundo tecnológico dessa rede social em toda sua amplitude e possibilidades de aprendizado e conhecimento.

O Facebook originou-se em colégios e escolas e de acordo com Recuero (2009) passou a ser disponibilizado primeiramente para os alunos de Harvard e posteriormente em escolas secundárias, a rede oportunizou aos usuários a criação de perfis e comunidades, bem como uma gama de aplicativos, ferramentas, jogos, etc.

Metodologia

Buscou-se verificar como ocorre o processo de inclusão digital dos deficientes intelectuais. Para tanto, surgem como desdobramento as seguintes questões: Qual é a influência da inclusão digital na aprendizagem de deficientes intelectuais? Quais fatores contribuem com a inclusão digital aos deficientes intelectuais; Quais possibilidades de inclusão digital são atribuídas ao portador de deficiência intelectual?

Investigar como ocorre o processo de inclusão digital dos deficientes intelectuais é relevante, pois podemos promover cada vez mais o acesso de pessoas com necessidades educativas especiais ao universo das novas tecnologias visando incluir estes alunos no processo educacional, buscando o desenvolvimento pleno de suas habilidades e a ressignificação de seu direito à cidadania.

No que se refere ao atendimento a alunos especiais, estes recursos permitem a acessibilidade e ampliação das possibilidades de aprendizagem dos alunos. A utilização de mídias no processo educacional e primordial como suporte para o trabalho pedagógico planejado e coeso as necessidades dos alunos.

Responderam ao questionário 12 professoras (es) de distintas escolas estaduais, da cidade de Jataí, no estado de Goiás. O critério de escolha consiste em estabelecimentos educacionais com maior número de alunos com deficiência intelectual.

(7)

Contatos: cecifop@gmail.com gepeec@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP – 2019 ISSN: 2526-7485 (V. 2 -2019) Página 1687 de 2382

O questionário será composto de 05 perguntas abertas e 05 perguntas fechadas, o mesmo foi direcionado as professoras (es) de alunos portadores de deficiência intelectual.

Resultados e Discussão

A utilização de computadores no processo ensino aprendizagem de alunos com deficiência intelectual acontece em escolas regulares nos horários normais de aula e também nas salas de recursos, onde acontece o atendimento educacional especializado (AEE), como forma de ajudar estes alunos a minimizar as dificuldades de aprendizado.

Nesta pesquisa serão recolhidos dois questionários aplicados aos professores, escolhidos a partir dos seguintes critérios: 1) ser professor dos alunos portadores de deficiência intelectual.; 2) atuar na mesma escola; 3) ter interesse em participar.

Na sala de aula a tecnologia concebe à oportunidade de aliança entre a interatividade, o aluno-aprendiz e o objeto de estudo proporcionando uma participação efetiva do estudante e ao professor uma reflexão acerca dos recursos tecnológicos e seu papel na mediação pedagógica.

Softwares educativos podem favorecer o processo de aprendizagem, de forma que trabalhe acreditando em suas potencialidades e não somente em suas dificuldades. No AEE o uso da Tecnologia Assistiva elimina as barreiras que possam impossibilitam o processo de escolarização de estudantes com deficiência intelectual. Na perspectiva da inclusão escolar, é inquestionável o uso de diversificados recursos para atender as dificuldades funcionais de estudantes com deficiência, quando os recursos de Tecnologia Assistiva atuam contribuindo significativamente com o aprendizado de portadores de deficiência intelectual.

Após as análises dos instrumentos de pesquisa constatou-se que a questão 01, 9,8 % dos pesquisados afirmaram que as mídias sociais digitais são inclusivas no que se refere ao acesso às pessoas com deficiência intelectual. Na questão 02, foi possível perceber que apenas 6,2 % dos pesquisados optaram em afirmar que contribui com o processo de inclusão digital dos deficientes intelectuais. Na questão 03, evidenciou-se 6,4% afirmaram que para o professor o trabalho realizado em sala de aula influência significativamente à aprendizagem de deficientes intelectuais. Já na questão 04, 8,4% dos pesquisados afirmaram que uma sugestão para facilitar á inclusão digital dos deficientes intelectuais seria um investimento

(8)

Contatos: cecifop@gmail.com gepeec@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP – 2019 ISSN: 2526-7485 (V. 2 -2019) Página 1688 de 2382

maior em recursos materiais, projetos que inter-relacionem o uso de tecnologias, percebeu-se que os professores não apresentam domínio necessário da ferramenta tecnológica o que possivelmente pode interferir no desenvolvimento e execução de atividades que requerem a utilização do computador como um recurso audiovisual. Por fim a questão 05, onde 5,8 afirmaram que as possibilidades de inclusão digital atribuídas ao portador de deficiência intelectual, carece de um olhar diferenciado para que esse envolvimento ocorra deve haver maiores investimentos no setor educacional, não há inclusão digital sem recursos financeiros destinados à educação, investimentos na formação continua do professor e valorização profissional.

As mídias e as tecnologias foram se tornando instrumentos pedagógicos indispensáveis para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem devido a gama de conhecimentos e diversidade de informações disponibilizadas aos envolvidos no processo educacional. O uso das diferentes mídias nas salas de recursos multifuncionais, que atendem portadores de deficiência, se fazem intransponíveis quando se busca uma verdadeira educação inclusiva. Para Filho e Damasceno, (2008) aos portadores de necessidades especiais devem se apropriar-se do uso dessas tecnologias que tem se constituído na única maneira pelas quais elas podem comunicar-se com o mundo exterior, e demostrar assim seus pensamentos, ideias e emoções.

Diferentes possibilidades proporcionadas pelos recursos midiáticos digitais, como o computador acabam por proporcionar uma aprendizagem diferenciada e mais prazerosa aos alunos. E foi esta tecnologia a mais citada entre os entrevistados como principal ferramenta de trabalho, emancipação e autonomia, estão construindo seus próprios conceitos.

A presença de diversificadas mídias e tecnologias não representa garantia de uma aprendizagem significativa e nem podem ser vistas como a salvação para o deficit de conhecimentos e/ou habilidades. Afinal, não bastam tecnologias variadas, se o educador não souber utilizá-las ou não ter objetivos específicos que atendam as perspectivas educacionais dos alunos. Assim, faz-se necessário que os docentes pesquisem recursos midiáticos que utilizarão, fazendo intervenções e um planejamento cauteloso, com o objetivo de estimular e proporcionar uma aprendizagem significativa a eles.

As novas tecnologias fazem parte de nosso dia a dia e consequentemente modificando o processo educacional. O motivo pela qual a escola deve acompanhar as

(9)

Contatos: cecifop@gmail.com gepeec@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP – 2019 ISSN: 2526-7485 (V. 2 -2019) Página 1689 de 2382

mudanças ocorridas na sociedade. Ensinar passa a ser um processo, de criar condições favoráveis para que o aluno aprenda. O uso do computador no processo ensino aprendizagem de alunos com deficiência intelectual acontece em escolas regulares nos horários normais de aula e também em salas de AEE, como forma de ajudar estes alunos acompanhar a sua turma.

Ensinar passa a ser um processo, mais do que nunca de propiciar condições favoráveis para que o aluno aprenda, para promover a inclusão e preciso profissionais preparados para estarem atuando em sala de aula, que a família esteja envolvida neste processo de inserção e permanência do aluno na escola por fim de o aluno tenha como respaldo a equipe multidisciplinar que o auxilie ao desenvolver e a complementar uma atividade proposta em sala de aula, assim requer a participação efetiva de professores, equipe gestora, pais e familiares.

A partir desta pesquisa acredita-se que seja possível delinear novos caminhos, e pensar que a educação passa a assumir um papel de adaptação às necessidades e a realidade de seus alunos, verificou-se que o tema contribui com o processo de inclusão digital dos deficientes intelectuais, porém, gera um certo desconforto aos professores que temem a execução de novas propostas que apresentam como um desafio de ambos os lados.

Apontou como sugestão que venha facilitar à inclusão digital de deficientes intelectuais seria maiores investimentos em recursos materiais, projetos que inter-relacionem o uso de tecnologias. Enfatizamos também que as possibilidades de inclusão digital atribuídas ao portador de deficiência intelectual dependem de maior interesse do poder público no que se refere a investimentos no setor educacional, em formação continua e valorização profissional do professor. Nesse contexto, os professores, em especial os que trabalham com alunos portadores de deficiência intelectual, tem como função primordial perpassar a utilização desta tecnologia na prática escolar, buscando novas reflexões sobre uma concepção de ensino que almeje efetivamente uma educação inclusiva.

Considera-se na pesquisa que os produtos midiáticos contribuem com a inserção tecnológica do deficiente intelectual, promovendo sua inserção e visibilidade social, resgatando sua autoestima, estimulando a memória e libertação do pertencimento individual e coletivo que a mídia produz, todavia e preciso esclarecer e enaltecer o caráter pedagógico e social atribuído a está pesquisa e a rede social como ferramenta de comunicação e interação social, repudia-se quaisquer ato pejorativo direcionado aos protagonistas da pesquisa. Os

(10)

Contatos: cecifop@gmail.com gepeec@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP – 2019 ISSN: 2526-7485 (V. 2 -2019) Página 1690 de 2382

resultados sugerem que a inclusão digital tem integrado socialmente os indivíduos por proporcionar oportunidades culturais e educacionais especialmente as áreas correlacionadas aos produtos midiáticos.

Referências

BALLÃO, C. Metodologia da pesquisa. Curitiba: IFPR, 2016.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional. Lei 9.394, promulgada em 20 dez. 1996. Brasília: Subsecretaria de Edições

Técnicas, 1997.

CHARLOT, Bernard. Relação com o Saber, Formação dos Professores e Globalização: questões para a educação hoje. Porto Alegre: Artmed, 2008.

DORZIAT, Ana. O Outro da Educação: pensando a surdez com base nos temas identidade/diferença, currículo e inclusão. Petrópolis: Vozes, 2009.

FILHO, T. A. G; DAMASCENO, L. L. Tecnologia Assistiva em ambiente computacional: recursos para a autonomia e inclusão sócio-digital da pessoa com deficiência. In: Tecnologia

Assistiva nas Escolas: Deficiência e acessibilidade. Instituto de Tecnologia Social (ITS

Brasil) – 2008 Microsoft Educação.

KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e ensino presencial e a distância. Campinas, SP: Papirus, 2003.

MENDONÇA, Márcio Moreira. Retardo Mental. In FONSECA, Luiz Fernando; PIANETTI, Geraldo; XAVIER, Christovão de Castro. Compêndio de Neurologia Infantil. Editora Médica e Científica Ltda. (MEDSI). Belo Horizonte: 2002, ISBN: 85-7199-268-1.

MINAYO, M. C. S. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, R: Vozes, 1994.

MORIN, Edgar. O método 5:a humanidade da humanidade. Trad. Juremir Machado da Silva. 2ªed. Porto Alegre: Sulina, 2003.

RECUERO, R. Redes Sociais na Internet. Porto Alegre: Ed. Sulina, 2009.

RICHTER, Marcos Gustavo. Ensino do português e interatividade. Santa Maria: Ed. UFSM.136 p, 2000.

UNESCO. Declaração Mundial sobre Educação para Todos. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0008/000862/086291por.pdf.> Acesso em: 17 jan. 2019.

Referências

Documentos relacionados

Almanya'da olduğu gibi, burada da bu terimin hiçbir ayrım gütmeden, modern eğilimleri simgeleyen tüm sanatçılar için geçerli olduğu anlaşılıyor.. SSCB'de ilk halk

Na apresentação dos dados estatísticos, ficou demonstrada à todos os participantes a dimensão da pesquisa, abrangendo o setor produtivo como um todo, enfocando a produção

Por esta razão, objetivamos analisar a política de expansão da Igreja Católica na Bahia, na década de 1950, e sua correlação com a criação do Primeiro Bispado em Vitória

Entrando para a segunda me- tade do encontro com outra di- nâmica, a equipa de Eugénio Bartolomeu mostrou-se mais consistente nas saídas para o contra-ataque, fazendo alguns golos

As pontas de contato retas e retificadas em paralelo ajustam o micrômetro mais rápida e precisamente do que as pontas de contato esféricas encontradas em micrômetros disponíveis

Código Descrição Atributo Saldo Anterior D/C Débito Crédito Saldo Final D/C. Este demonstrativo apresenta os dados consolidados da(s)

- os termos contratuais do ativo financeiro dão origem, em datas específicas, aos fluxos de caixa que são apenas pagamentos de principal e de juros sobre o valor principal em

n Colocação em funcionamento com dispositivos de segurança e de proteção que não funcionem corretamente, tais como, por exemplo, o aparelho de alerta de gás, a luz intermitente,