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Determinação do CPOD e comportamentos de saúde oral numa amostra de adolescentes do concelho de Mangualde

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(1)

Revista

Portuguesa

de

Estomatologia,

Medicina

Dentária

e

Cirurgia

Maxilofacial

w w w . e l s e v i e r . p t / s p e m d

Investigac¸ão

Determinac¸ão

do

CPOD

e

comportamentos

de

saúde

oral

numa

amostra

de

adolescentes

do

concelho

de

Mangualde

Carla

Barata

a

,

Nélio

Veiga

b,

,

Cláudia

Mendes

c

,

Filipe

Araújo

d

,

Octávio

Ribeiro

e

e

Inês

Coelho

f

aMedicinaDentária,UniversidadeCatólicaPortuguesa

bMedicinaDentáriaPreventiva,MedicinaDentáriadaUniversidadeCatólicaPortuguesa cProstodontiaFixa,MedicinaDentáriadaUniversidadeCatólicaPortuguesa

dMédicodentistaeassistenteconvidadonasáreasdisciplinaresdeProstodontiaRemovíveleBiomateriais/MateriaisDentáriosdo

MestradoIntegradoemMedicinaDentáriadaUniversidadeCatólicaPortuguesa

eOclusão,MedicinaDentáriadaUniversidadeCatólicaPortuguesa fMedicinaGeraleFamiliar,UnidadedeSaúdeFamiliarGrãoVasco,Viseu

informação

sobre

o

artigo

Historialdoartigo: Recebidoa9deabrilde2012 Aceitea9dedezembrode2012 Palavras-chave: Saúdeoral Cáriedentária ÍndiceCPOD Escovagem Fiodentário

r

e

s

u

m

o

Introduc¸ão: Aprevalênciamoderadaaelevadadedoenc¸asoraisentreosadolescentes

conti-nuaaserumarealidadenanossapopulac¸ão.Afrequênciadeescovagem,autilizac¸ãodofio

dentárioeaconsultaregularaomédicodentistasãoimportantesdeterminantesdesaúde

oral.Osobjetivosdesteestudoconsistiramnadeterminac¸ãodoíndicededentes

permanen-tescariados,perdidoseobturados(índiceCPOD)ecaracterizac¸ãodoscomportamentosde

saúdeoralnumaamostradeadolescentesdoconcelhodeMangualde.

Métodos:Foirealizadoumestudotransversalcomumaamostrade 156adolescentesdo

sétimoedécimoanosdeescolaridadedaEscolaSecundáriaFelisminaAlcântaraem

Man-gualde.Arecolhadedadosfoiefetuadaatravésdeumquestionáriosobrecomportamentos

desaúdeoral,respondidopelosadolescentesemsaladeaula.Oexameintraoralparaa

determinac¸ãodoCPODfoirealizadocomasondaaprovadaparadiagnósticodacáriepela

Organizac¸ãoMundialdeSaúde(OMS)emsaladeaulaecomluznaturaleartificial.

Resultados: Nesteestudo foiobtidoum índiceCPODde 4,05±3,59comum componente

cariadode2,92±2,86.Dototaldaamostra,25,6%dosadolescentesnãoescovamos

den-tespelomenosduasvezespordia,82,1%nãoutilizamofiodentáriodiariamentee32,7%

nãoconsultaramomédicodentistanosúltimosdozemeses.

Conclusões:OíndiceCPODobtidoenquadra-senonívelmoderadopreconizadopelaOMS.

Umapequenapercentagemdeadolescentesapresentacomportamentosdesaúdeoral

ade-quados relativamentea escovagem,utilizac¸ãodo fiodentárioe consultasregularesao

médicodentista.

©2012SociedadePortuguesadeEstomatologiaeMedicinaDentária.Publicadopor

ElsevierEspaña,S.L.Todososdireitosreservados.

Autorparacorrespondência.

Correioeletrónico:neliojveiga@hotmail.com(N.Veiga).

1646-2890/$–seefrontmatter©2012SociedadePortuguesadeEstomatologiaeMedicinaDentária.PublicadoporElsevierEspaña,S.L.Todososdireitosreservados.

(2)

DMFT

and

oral

health

behaviours

assessment

in

a

sample

of

adolescents

of

Mangualde

Keywords: Oralhealth Dentalcaries DMFTindex Toothbrushing Dentalfloss

a

b

s

t

r

a

c

t

Introduction: Amoderatetohighprevalenceoforaldiseasesamongadolescentsremaina

realityamongourpopulation.Thefrequencyoftoothbrushing,dailyuseofdentalflossand

regulardentalappointmentsareimportantdeterminantsoforalhealth.Themainobjectives

ofthisstudyconsistedindeterminingtheaveragescoreofpermanentdecayed,missingand

filledteeth(DMFTindex)andcharacterizeoralhealthbehavioursinasampleofadolescents

ofthecityofMangualde.

Methods: Across-sectionalstudywasconductedwithasampleof156adolescentsofthe

seventhandtenthgradeoftheFelisminaAlcantaraelementaryandhighschoolof

Man-gualde.Datacollectionwasconductedusingaquestionnairecontainingquestionsrelated

withoralhealthbehaviours,completedbytheadolescentsintheclassroom.Theoral

exami-nationtodeterminetheDMFTindexwasperformedwiththeprobeapprovedfordiagnosis

ofdentalcariesbytheWorldHealthOrganization(WHO)intheclassroomandwithnatural

andartificiallightoftheclassroom.

Results: InthisstudyaDMFTof4.05±3.59wasobtainedwithadecaycomponentof2.92±

2.86.Ofthetotalsample,25.6%ofadolescentsdonotbrushatleasttwiceperday,82.1%do

notusedentalflossdailyand32.7%hadnotvisitedthedentistinthelasttwelvemonths.

Conclusions: TheDMFTindexobtainedfallswithinthemoderatelevel,notreachingthe

goals advocatedbytheWHO. Asmall proportionofadolescentspresentadequateoral

healthbehaviourswhenanalyzingtoothbrushing,useofdentalflossandregulardental

appointments.

©2012SociedadePortuguesadeEstomatologiaeMedicinaDentária.Publishedby

ElsevierEspaña,S.L.Allrightsreserved.

Introduc¸ão

AOrganizac¸ãoMundialdeSaúde(OMS)afirmaqueasaúde

oralfazparteda saúdee dobem-estargeraldo indivíduo,

sendo considerada importante parauma boaqualidade de

vida1,2.

SegundoaOMS,asaúdeoralconsisteemestarlivrededor

crónicaoro-facial,cancrooralouorofaríngeo,úlcerasorais,

malformac¸õescongénitas,doenc¸agengival,cárieseperdasde

denteseoutrasdoenc¸asedistúrbiosqueafetamacavidade

oral3.

Atualmente, asdoenc¸as oraismaiscomuns são a cárie

dentáriaeadoenc¸aperiodontal,acometendo,cadapatologia,

60-90%dascrianc¸asemidadeescolare5-20%dosadultosde

meia-idade,respetivamente3–7.

A importânciados objetivos de saúde oralfoi pela

pri-meira vez salientada em 1981 pela OMS como parte do

programa«SaúdeparaTodos»quepropunhaasmetaspara

2000,destacando-seasseguintes:50%dascrianc¸asde5e6

anosdeidadelivresdecárie;umíndicededentescariados,

perdidosporcárieeobturados(índiceCPOD),aos12anos

infe-riora3;85%dapopulac¸ãomundialcom18anosdeidadenão

terperdadedentes.

Mais recentemente a OMS juntou-se à Federac¸ão

Den-tária Internacional (FDI) e à International Association for

Dental Research (IADR) para anunciarem os objetivos para

20201,8. Nesse documento, intitulado «Global Goals for Oral

Health» encontra-se descrito que 80% das crianc¸as com

6 anos de idade deverão estar livres de cáries e aos 12

anos o índice CPOD deverá ser inferior a 1,5 até ao ano

20208.

EmPortugal,aprevalênciadecáriedentáriatemvindoa

diminuirnascrianc¸asenosadolescentes,nosúltimosanos,

devido àimplementac¸ãodeprogramasdesaúdeoral.

Con-tudo, as doenc¸as orais continuam a possuir uma elevada

prevalência,constituindo,assim,umimportanteproblemade

saúdepública9.

Em1999,foiaprovadooProgramadePromoc¸ãodaSaúde

OralemCrianc¸aseAdolescentes(PPSOCA),oqualpreconizava

aprevenc¸ão dasdoenc¸as orais,através dacontratualizac¸ão

declínicas/consultóriosprivados.Destemodo,em2000,teve

inícioaprestac¸ãodecuidadosdentáriosnascrianc¸ase

adoles-centes,visandootratamentodecáriesdentáriaseaaplicac¸ão

deselantedefissuras9.

Em2005,foicriadooProgramaNacionaldePromoc¸ãode

SaúdeOral(PNPSO)comoobjetivodepromoverasaúdeoral,

bemcomo,preveniretratarasdoenc¸asoraisentreosmais

jovens9,10.

Existeumaforteevidênciadequeasdoenc¸asoraisestão

relacionadas comos comportamentos de saúdeoral. Estas

patologias podem diminuir com a melhoria significativa

da higiene oral e a diminuic¸ão do consumo de alimentos

ac¸ucarados10–18.Ainstruc¸ãoemotivac¸ãodospacientessão

pontos-chaveparaaobtenc¸ãodecomportamentosdesaúde

oralcorretos19.

Em1937,KleinePalmerpropuseramumindicadordesaúde

oral,denominadoíndiceCPODquepermitecalcularamédia

donúmero totaldedentespermanentescariados,perdidos

(3)

Osobjetivosestabelecidosparaesteestudoforam

Determinac¸ão do nível de saúde oral em adolescentes de

Mangualde através da aplicac¸ão do índice CPOD e a sua

comparac¸ãonasdiferentesfaixasetáriasestudadas.

Análisedoscomportamentosdesaúdeoraldosmesmos

adolescentes,nomeadamentedafrequênciaecaracterizac¸ão

daescovagem,dautilizac¸ãodofiodentárioedafrequênciade

consultasaomédicodentista.

Materiais

e

métodos

Foirealizadoumestudoepidemiológicoobservacional

trans-versal,efetuadonoâmbito deumprogramadesaúdeoral,

desenvolvidoentreoAgrupamentodeEscolasdeMangualde

eoDepartamentodeCiênciasdaSaúdedaUniversidade

Cató-licaPortuguesa.

A recolha de dados realizou-se nos meses de abril e

maiode2010.Aobtenc¸ãodainformac¸ãoreferenteaos

com-portamentos de saúde oral foi conseguida através de um

questionárioautoaplicadopreenchidopelosadolescentesem

sala de aula antes da observac¸ão intraoral. O

questioná-rio utilizado neste estudo já foi aplicado em trabalhos de

investigac¸ãoanteriores9.

Acáriedentáriafoiavaliadaatravésdeobservac¸ão

intrao-ralrealizadaporseisalunosfinalistasdoMestradoIntegrado

emMedicinaDentáriadaUniversidade CatólicaPortuguesa

com recurso ao espelhobucal esonda WHO probe e

reali-zadaemsala deaula com luznaturaleartificial. Trêsdos

alunos realizaram a observac¸ãointraoral enquanto que os

restantestrêsalunosdoMestradoIntegradoemMedicina

Den-táriaanotaramasobservac¸ões dorespetivobinómio.Antes

darecolhade dados,foiefetuadaumacalibragemdos

exa-minadores participantes. Cada um dos três examinadores

observou8alunospreviamente,obtendoumvalorde

concor-dânciainterexaminadoresde83,2%eintraexaminadoresde

78,6%.Adeterminac¸ãodoníveldesaúdeoraldos

adolescen-tesfoiefetuadaatravésdocálculodoCPODdecadaindivíduo.

Foramrespeitadososcritériosdediagnósticorecomendados

pelaOMS21.

Aanálisedosdadosrecolhidosfoiefetuadacomrecurso

aoprogramaestatísticoStatisticalProgramfortheSocial

Scien-ces(SPSS18.0).Foirealizadaaestatísticadescritivadosdados,

sendocalculadaafrequênciadasvariáveiseamédiaedesvio

padrãodoCPOD.

Paraarealizac¸ãodesteestudofoiobtidaaaprovac¸ãopor

partedoDepartamentodeCiênciasdaSaúdedaUniversidade

CatólicaPortuguesaeaautorizac¸ãoformalpeloAgrupamento

deEscolasdeMangualde.Foiigualmenterecebidoos

consen-timentosinformadosdosalunosparticipantesnoestudoedos

seusresponsáveislegais.Ainformac¸ãorecolhidapor

questi-onárioeraanónima,voluntáriaeconfidencialnãohavendo

qualquertipodereferêncianominalaosadolescentes

partici-pantes.

Resultados

Foiselecionadaumaamostradeconveniência,poisaescola

tomouadecisãoqueoestudodeveriaserrealizadoaos

alu-Tabela1–Caracterizac¸ãodaamostraestudada(n=156)

Masculino Feminino Total

n % N % n % 74 47,4 82 52,6 156 100 Idade 12 2 2,7 1 1,2 3 1,9 13 4 5,4 4 4,9 8 5,1 14 6 8,1 1 1,2 7 4,5 15 3 4,1 0 0 3 1,9 16 26 35,1 56 68,3 82 52,6 17 23 31,0 15 18,3 38 24,4 18 7 9,5 5 6,1 12 7,7 19 3 4,1 0 0 3 1,9 Escolaridade 7◦ano 15 20,3 6 7,3 21 13,5 10◦ano 59 79,7 76 92,7 135 86,5

nos do7◦ e10◦ anos.Todos osalunos selecionadosparao estudoforamconsideradoselegíveisparaparticiparnoestudo, desdequefrequentassemo7◦ouo10◦anocomidades com-preendidas entreos12eos19 anos.Foram distribuídos24 questionáriosparaosalunosdo7◦ano,tendosido preenchi-dos21,havendoumapercentagemdeparticipac¸ãode87,5%, enquantoqueentreosalunosdo10◦ anoforamdistribuídos 138questionárioserecolhidos135comumapercentagemde participac¸ãoporpartedestegrupodealunosnaordemdos 97,8%.Todososalunosquepreencheramoquestionário rea-lizaramdeseguidaaobservac¸ãointraoral.

Oespac¸oamostralfoiconstituídoporadolescentesque fre-quentavamosétimoedécimoanodeescolaridadenaEscola SecundáriaFelismina AlcântaraemMangualde,obtendo-se umaamostrafinalde156adolescentes.Dototaldaamostra, 21dosadolescentesfrequentavamo7◦ anoe135o10◦ ano deescolaridadecomumamédiadeidadesde16,1±1,3coma idadeavariarentreos12eos19anos(Tabela1).

Naamostrafinaldesteestudoverificou-seumíndiceCPOD

de 4,05±3,59,correspondenteaumamedianade3emque

dos156alunosparticipantes,apenas21,8%apresentavamum

CPODigualazero(moda=0correspondentean=34).

Obteve-seumvalormédiodedentespermanentescariados

de2,92±2,86,dentespermanentesperdidosdevidoacáriede

0,23±0,77edentespermanentesobturadosde0,90±1,51.

Porgrupoetário,oíndiceCPODentreosadolescentesdos

12aos15anosfoide4,05±3,03ede4,05±3,86entreos

ado-lescentescomidadescompreendidasentreos16eos19anos.

Tantoparaosadolescentesentreos12e15anos,comoparaos

de16a19anos,oCPODcommaiorpercentageméoigualou

superiora3,ouseja,71,4%vs.57%,respetivamente(Tabela2).

Constatou-sequeaprevalênciadecárieentreos

adoles-centesparticipantesnesteestudofoide71,8%,sendoquepor

gruposetáriosémaiselevadanogrupodos12aos15anos

(81%),doquenode16aos19anosdeidade(71,8%).

Afrequênciadeescovagemduasoumaisvezespordiafoi

de74,4%,enquantoqueafrequênciadeescovagemmenosde

umavezpordiaapenas3,2%.Jádistribuídaporgruposetários,

dos12aos15anosaopc¸ãomaisescolhidafoi«Umavezpor

dia»com71,4%,enquanto70,4%dosadolescentescomidades

compreendidasentreos16eos19anosafirmamescovarem

(4)

Tabela2–Distribuic¸ãodoCPODporgruposetários(n=156)

CPOD

0 1 2 ≤3

n % n % n % n %

Gruposetários 12aos15anos 4 19,0 1 4,8 1 4,8 15 71,4

16aos19anos 30 22,2 10 7,4 18 13,3 77 57,0

Total 34 21,8 11 7,1 19 12,2 92 59,0

Tabela3–Frequênciadeescovagemdistribuídaporgruposetários(n=156)

Frequênciadeescovagem

Menosumavezpordia Umavezpordia 2vezespordia Maisque2vezespordia Total

n % n % n % n % n %

Gruposetários 12aos15anos 1 4,8 15 71,4 5 23,8 0 0 21 100,0

16aos19anos 4 3,0 20 14,8 95 70,4 16 11,9 135 100,0

Total 5 3,2 35 22,4 100 64,1 16 10,3 156 100,0

Tabela4–Período(s)dodiaemquecadaadolescente realizaaescovagem(n=156)

Escovagem-Período(s)dodia n %

Apósopequeno-almoc¸o 17 10,9

Apósojantar 24 15,4

Apóspequeno-almoc¸oejantar 97 62,2

Apósastrêsprincipaisrefeic¸ões 18 11,5

Relativamente aos períodos do dia em que cada ado-lescenterealizava asua escovagem,verificou-se que10,9% afirmaram realizar a escovagem apenas após o pequeno-almoc¸oe 11,5% referemescovar ao fim das três principais refeic¸ões(Tabela4).

Apenas1,9%afirmaramutilizarem o fiodentário

diaria-mente,16,0%àsvezese82,1%nãocomplementaasuahigiene

oralcomrecursoaofiodentário(Tabela5).

Foianalisada afrequênciade consultas aomédico

den-tistaporpartedosadolescentesqueparticiparamnoestudo.

Verificou-seque67,3%consultaramomédicodentista, mas

32,7%nãoofizeramnosúltimosdozemeses(Tabela6).

Tabela5–Frequênciadautilizac¸ãodefiodentáriona amostratotal(n=156)

Utilizac¸ãodofiodentário n %

Sim,diariamente 3 1,9

Sim,àsvezes 25 16,0

Não 128 82,1

Tabela6–Frequênciadeconsultaaomédicodentista nosúltimosdozemesesnaamostratotal

Consultaaomédicodentista nosúltimosdozemeses

n %

Sim 105 67,3

Não 51 32,7

Discussão

NoestudodeAlmeidaetal.foiobtidaumapercentagemde prevalênciadecáriede52,9%aos12anosdeidade.Nonosso estudo,aindaquenafaixaetáriacompreendidaentreos12e 15anos,foiencontradaumaprevalênciasuperior(81%)22.O

mesmoseverificaquandocomparandocomoestudode

Pat-tussietal.,cujaprevalênciadecárieéde33,3%9,23.Noentanto,

secompararmoscomoestudodeDitmyeretal.,aprevalência

decárieobtidaemambososestudosésemelhante24.Contudo,

setivermosporbaseosdadosqueGorbatovaetal.obtiveram

aos15anosdeidade,verificamosqueanossaprevalênciade

cárieseencontraligeiramenteabaixoentreos12e15anos

(91,8%vs.81%)25.

Tendo em conta o índice CPOD obtido neste estudo,

4,05±3,03nosadolescentesdos12 aos15 anose4,05±3,86

entre os de16 e19 anos, podemos afirmar queobtivemos

umíndiceCPODsuperioraoencontradonoEstudoNacional

dePrevalênciadasDoenc¸asOraispublicadoem2008(índice

CPOD=1,48) eoencontradonoestudodeSuominen-Taipale

etal.realizadonaFinlândiaparaadolescentesde12anos(1,24)

ede17anos(3.99)9,26.

Relativamente à frequência de escovagem, obtivemos

74,4%paraaopc¸ão«duasoumaisvezespordia».Contudo,

senoscentrarmosemgruposetários,verificamosqueentre

os12eos15anos,amaioriadosadolescentesescovamuma

vezpordiaosdentes(71,4%),contrastandocomos55,6%dos

adolescentescom12anosexaminadosporAlmeidaetal.que

afirmamescovarduasvezespordiaosdentes,bemcomocom

oestudopublicadopelaDGSem2008,oqualrevelouque67%

dosadolescentescom12anose69%dosadolescentescom15

anostambémescovavamosdentesduasvezespordia9,22.

Relativamente ao uso de fio dentário, registou-se uma

prevalênciaelevadadeadolescentes quenãoutilizamofio

dentário.Percentagenstambémelevadasparaamesmaopc¸ão

foramencontradasnoestudorealizadopelaDGSem2008(aos

12anos74,43%eaos15anos79,44%)enodeMacgregoretal.

(5)

Quantoàconsulta aomédicodentistanos últimosdoze

meses,neste estudo obteve-se uma percentagem bastante

considerável. Contudo, os resultados obtidos neste estudo

foraminferiorescomparativamenteaosregistadosnoestudo

nacionalpublicadoem2008emPortugalqueafirmaquecerca

de85%dosadolescentesde12e15anosdeidadeconsultaram

omédicodentistanosúltimos12meses9.Contudo,umestudo

maisrecentementepublicadoemPortugal(2009)revelaque

apenas55%dosadolescentesvisitaramomédicodentistanos

últimos12meses10.Alémfronteiras,verificou-se,também,a

obtenc¸ãodeumaprevalênciasuperiordeconsultasaomédico

dentistanosúltimos12mesesemcomparac¸ãocomoestudo

realizadoporPattussietal.(67,3%vs52,1%)23.

Énecessáriodesenvolver este estudocomumaamostra

superioremaisrepresentativadosadolescentesdoconcelho

deMangualdedemodoapossibilitaradefinic¸ãodeestratégias

eficazesparamelhorarasaúdeoraldosmaisjovens.

Conclusões

OíndiceCPODobtido enquadra-seno nívelmoderado,não

atingindoametaprevistapelaOMSparaaRegiãoEuropeia

para2020(índiceCPODaos12anosinferiora1,5).

AmaioriadosadolescentesapresentaumCPODindividual

superiora3.

Oscomportamentosdesaúdeoralnaamostra estudada

revelam queum quarto dosadolescentes não realiza uma

escovagemregulardiária(pelomenosduasvezespordia)e

cercade82.1%nãoutilizamofiodentário.

Cercadeumterc¸odosadolescentesnãofoiconsultadopelo

médicodentistanosúltimosdozemeses.

Responsabilidades

éticas

Protec¸ãodepessoaseanimais.Osautoresdeclaramquepara

esta investigac¸ão nãose realizaram experiências emseres

humanose/ouanimais.

Confidencialidadedosdados.Osautoresdeclaramterseguido

osprotocolosdeseucentrodetrabalhoacercadapublicac¸ão

dosdadosde pacienteseque todosos pacientes incluídos

noestudoreceberaminformac¸õessuficientesederamoseu

consentimentoinformadoporescrito paraparticipar nesse

estudo.

Direito à privacidade e consentimento escrito.Os autores

declaramterrecebidoconsentimentoescritodospacientese/

ousujeitosmencionadosnoartigo.Oautorpara

correspon-dênciadeveestarnapossedestedocumento.

Conflito

de

interesses

Osautoresdeclaramnãohaverconflitodeinteresses.

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i

b

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Referências

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