• Nenhum resultado encontrado

[Recensão a] W. J. W. Koster - Traité de métrique grecque suivi d'un précis de métrique latine

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "[Recensão a] W. J. W. Koster - Traité de métrique grecque suivi d'un précis de métrique latine"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis,

UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e

Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos.

Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de

acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s)

documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença.

Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s)

título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do

respetivo autor ou editor da obra.

Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito

de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste

documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por

este aviso.

[Recensão a] W. J. W. Koster - Traité de métrique grecque suivi d'un précis de

métrique latine

Autor(es):

Medeiros, Walter de Sousa

Publicado por:

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Instituto de Estudos

Clássicos

URL

persistente:

URI:http://hdl.handle.net/10316.2/27057

Accessed :

28-Apr-2021 00:28:56

(2)
(3)

FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA INSTITUTO DE ESTUDOS CLÁSSICOS

H Y M A N I T A S

VOLS. VI E VII DA NOVA SÉRIE (VOLS. IX E X DA SÉRIE CONTÍNUA)

C O I M B R A

(4)

XCVIII

W. J. W. K

oster

, Traité de métrique grecque suivi d’un précis de

métrique latine

2

.

Leida, A. W. Sijthoff, 1953.

VII-380 pp.

Dezassete anos correram entre a primeira e a segunda edição deste livro: anos que não viiam nenhum descobrimento importante no campo da métrica grega ou latina, mas assistiram à publicação de alguns tratados de desigual valor — o De

metrica poetarum Graecorum et Romanorum de Kolár (Praga, 1947), o Traité de métrique latine classique de Nougaret (Paris), os Lyric metres of Greek drama de

Dale (Cambridge, 1948), o Abriss der griechischen Verslehre de Rupprecht (Munique, 1949), o Griechische Rhythmus de Georgiades (Hamburgo, 1949), a Metrica greca

arcaica de Gentili (Messina-Florença, 1950) —, de meia dúzia de estudos notáveis —

assim Rhythmus und Metrum, Akzent und Iktus de Yandvik (Oslo, 1937), Rhythme

en Metrum bij de Grieken van Dämon tot Aristoxenus (Groninga, 1940) e Studia ad colometriam poeseos Graecae pertinentia («Mnemosyne», 9 [1940], pp. 1-43) de Koster, Meletemata metrica de Lenchantin de Gubernatis, («Athenaeum», 22-23 [1944-45],

pp. 72-97), I ritmi eolici nella metrica greca de Pighi («Eranos». Raccolta di scritti in onore del Prof., Casimiro Adami. Verona, 1941) — e de numerosos papiros e inscrições. Com regozijo se acolhe, por isso, a nova edição do livro de Koster, que, pelo seu eclectismo, prudência e riqueza de materiais, tantos sufrágios reunira quando da sua aparição.

O metricista holandês julgou desnecessário proceder a uma refundição total do seu trabalho («mon point de vue théorique étant resté le même et l’accueil favo- rabie de ceux qui s’intéressent à cette matière témoignant que le livre a soutenu avec succès l’épreuve de l’application pratique»: p. VII) e limitou-se a corrigir e aditar alguns capítulos da parte grega, nomeadamente o III (prosódia), o IV (hexámetro dactilico, em que recorre às estatísticas de O’Neill, Word-types in the Greek hexa-

meter, «Yale Classical Studies», 8 [1942], pp. 105-178), o IV (trímetro iâmbico) e

XIV (composição dos poemas, que fez beneficiar das aquisições do seu artigo sobre a colometria). No «Précis de métrique latine», à parte breves acrescentos doutri- nários (por exemplo, pp. 318-319), as alterações resumem-se a notas de actualização bibliográfica (pp. 310, nn. 1, 2, 5; 317, n. 1; 318, n. 2; 319, n. 3; 320, nn. 2 e 3; 326, n. 1; 327, n. 3; 328, n. 1; 348, n. 1). A nova edição apresenta, ainda assim, mais cinquenta páginas que a edição anterior — o que, num livro de pouco mais de tre- zentas e cinquenta, não deixa de ser considerável.

Koster — que, na esteira de Maas e de Rupprecht, muito sensatamente pre- fere «a classificação e a comparação dos metros existentes à indagação dos metros mordíais» (p. 8) — mostra-se, por outro lado, irredutível seguidor da doutrina

(5)

XCIX

dos pés protótipos (iambo, troqueu, espondeu, pirríquio), de que procederiam, por epíploce afinal, todos os outros (pp. 24-26). Uma teoria que lembra, para a lin- guística, a malfadada «árvore genealógica» de Schleicher. «Esta construção, toda

a posteriori — observa Del Grande (Res metrica, «Parola del passato», 2 [1947],

p. 117) —, poderá satisfazer, olhada no papel: mas, à luz de uma estética consciente das leis da criação artística, é um monstrum, no mau sentido da palavra. Todo o ritmo nasce completo na sua função de arte: e nele podemos encontrar elementos isócronos ou não. Mas pretender considerar a génese desses elementos como mate- mática progressão de aumentos de moras simples e duplas, é desconhecer o carácter intuitivo da arte.»

O Autor não evitou completamente a insídia que se esconde por trás da acei- tação de um ethos dos metros, embora se esforce em geral por transferir para os Anti- gos as responsabilidades da classificação (p. 29): «O carácter do iambo é definido pelos Antigos como λεκτικός ’próprio da linguagem falada’, do troqueu como

τρόχαλός ’rápido’ e κορδακικός ’petulante’, do dáctilo como σεμνός ’majestoso’, dos

iónicos como μαλθακός ’efeminado’. O anapesto era o ritmo próprio da marcha: exprimia também o movimento ordenado dos remadores.» É certo que, a p. 124, tem o cuidado de observar, a propósito do troqueu identificado como κορδακικώτερος: «Embora esta característica dos tetrámetros trocaicos citados, a título de exemplo, por Aristóteles, seja bem adaptada ao seu emprego na comédia — não deve perder-se de vista que estes mesmos versos não faltam na tragédia, onde o seu carácter está bem longe de ser κορδακικός.» Mas pouco antes (p. 115), falando do coliambo, deixara escapar esta afirmação: «A violência e a energia inerentes ao trímetro de Arquíloco transformam-se em grosseria cómica no trímetro do poeta mendicante Hipónax (cerca de 540 a. Cr.) [...]; o efeito do metro está em relação com a matéria dos seus poemas.» 1 Não discutiremos o que há de infeliz na expressão «grosseria

cómica» referida ao poeta de Éfeso (um destes tenazes lugares-comuns que passam em julgado aos mais atentos) : mas permitir-nos-emos recordar, como Pontani (Let-

ter atura greca, I, p. 177), que «o metro predilecto de Hipónax serviu depois a Catulo,

por exemplo, para descrever o jubiloso regresso à luminosa quietação de Sirmio e para reevocar, em tons sonhantes e doloridos, o tempo de fábula do amor (Fulsere

quondam)»...

Notemos, a propósito, que nem uma só vez é mencionado o nome de Knox

1 Infeliz o exemplo escolhido para Hipónax: o frg. 1, ! Diehl não é do poeta

de Éfeso, mas sim de Calimaco (Pfeiffer, Knox, Perrotta, Beutler; contra: Diehl, Masson). Má lição para o frg. 67

,2

reproduzido a p. 113: 1er εν κατωτικώι δονλωι (e não êv κασωρικώι δόμωι, como vem ainda em Diehl-Beutler).

(6)

c

que formulou as delicadas leis a que obedece o trímetro dos iambógrafos antigos

(The early iambus, «Philologus», 87 [1932], pp. 18-39): lacuna inexplicável, em espe-

ciai se pensarmos que a parte referente a esta matéria é estudada com certa pro- fundidade (nem falta sequer o recurso — precário, aliás — à estatística [pp.

116-. 2 [( 117 ־

Os versos eólicos são medidos segundo a escansão coriâmbica, embora bons metricistas (Thomson, Kikauka, Kolár) continuem a preferir a dactilica, e se possam mesmo aventar outras soluções (Del Grande). — Em todos os esquemas de versos helénicos (não assim nos latinos) se prescinde, e muito bem, do icto hermanniano. — Koster, que de resto cita, imparcialmente, as demais opiniões, vê no satúrnio um verso caracterizado pelo número de sílabas: em artigo recente (II verso saturnio, «Rivista di filologia e di istruzione classica», 35 [1957], pp. 47-60), Pighi considera-o «o representante latino de uma versificação baseada no puro ritmo verbal, que remonta sem dúvida a um período de comum ou vizinha cultura ítalo-céltico-germânica»; no satúrnio não interviria qualquer acento de intensidade, mas teria «parte notável a aliteração, como elemento fonético apto a isolar e realçar a palavra rítmica».

Revisão atentíssima em que raro se descobrem ligeiros senões; índices muito completos (geral, de autores, de termos técnicos, de versos citados). A edição, impressa em magnífico papel, é gráficamente primorosa: tem o esmero, o asseio e o bom gosto a que nos habituaram os livros publicados por A. W. Sijthoff.

Walter de Sousa Medeiros

Prosodia et ars metrica Latina

a PP. Valentino Carro et Emmanvele Flórez, S. I., conscripta. Editio sexta. Bibliotheca Comillen- sis. Santander, Editorial «Sal Terrae»,

1958. 47

pp.

Parece letra morta, para alguns autores, o cabedal de factos apurados por um século e meio de gramática histórica: antes julgam que — no «interesse» dos alunos, disfarce do seu — tranquilamente devem prescindir da realidade científica e escogitar

2 É comprovadamente apócrifo o frg. 81 Diehl de Hipónax: mas há outros

Referências

Documentos relacionados

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

Por sua vez, DABAREINER & WHITE (1995), avaliando eqüinos com compactação do cólon maior, encontram animais com acidemia (pH 7,18) à alcalinemia (pH 7,51) e alcalose

Conhecidas as principais propriedades dos materiais piezoelétricos e suas aplicações, iremos apresentar uma proposta de aplicação lúdica do mesmo, com a

O que é valor FOB*: Free on Board, expressão inglesa aplicada ao valor bruto de uma mercadoria, sem levar em consideração impostos e outros custos que são agregados ao preço final

libras ou pedagogia com especialização e proficiência em libras 40h 3 Imediato 0821FLET03 FLET Curso de Letras - Língua e Literatura Portuguesa. Estudos literários

Detectadas as baixas condições socioeconômicas e sanitárias do Município de Cuité, bem como a carência de informação por parte da população de como prevenir

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Não se realizaram estudos de reprodução animal com nistatina. Não é conhecido se seus