Sondagem Mensal
da Indústria de Autopeças
Dezembro de 2020
Divulgação: 18 de janeiro de 2021
Principais Evidências
Em razão de fatores sazonais, a Sondagem Mensal da Indústria de Autopeças sinalizou redução do percentual de empresas indicando aumento das vendas em
dezembro (passou de 50% em novembro para 17,4% em dezembro) e maior incidência para a opção de vendas menores (oscilou de 25% em novembro para 65,2%
em dezembro) em relação ao mês anterior. Dificuldades com fornecimento e preço de insumos e matérias-primas, excessiva valorização do dólar e normalização da produção e venda de veículos, que já se encontram em patamares semelhantes ao período antecedente à crise, são fatores que ajudam a compreender o momento do setor. Em comparação a dezembro de 2019, houve percentual maior de respostas para a opção referente ao aumento das vendas em comparação ao resultado de novembro (67,4% contra 61,4%, respectivamente). No caso do acumulado no ano, a sinalização prioritária segue com vendas menores (78,3% das respostas), mas se nota redução desse percentual desde junho. Dentro desse panorama, cerca de 51% das empresas que participaram da pesquisa informaram que deveriam importar insumos e matérias-primas em volumes iguais ou maiores aos do mês de novembro. Em linha com o que temos visto em nossa Pesquisa Conjuntural, cerca de 13,0% dos respondentes previam ociosidade entre 11% e 20% para dezembro. Para outros 34,8%, entre 21% e 30% de ociosidade. Em linha com o que vimos acima, era de se esperar maior ociosidade no mês em razão dos menores volumes.
De acordo com os diferentes canais de venda, observou-se que: para montadoras e reposição, as perspectivas se alteraram na comparação com o mês anterior. No primeiro caso, o percentual de respostas para vendas menores atingiu 55,6% e para vendas iguais, 20,0%, Para reposição, 36,6% informaram vendas menores, mas 22,2% indicaram vendas maiores em relação a novembro. Para as exportações, o percentual de indicações para vendas menores subiu para 30,0% (era de 23,1% em novembro) e recuou para 22,0% para vendas maiores, quando havia sido de 42,1% na passagem de outubro para novembro. Com respeito à variação acumulada no ano, frente ao mesmo período do ano anterior, embora os percentuais venham diminuindo a cada mês, as indicações de vendas menores ainda são predominantes.
As perspectivas para o primeiro trimestre de 2021 são positivas. Mais de 60% esperam vendas maiores tanto em relação ao quarto trimestre de 2020, quanto em comparação ao mesmo trimestre de 2020. As perspectivas de manutenção dos investimentos no primeiro trimestre desse ano somam 75% das respostas.
Os estoques de insumos e matérias-primas encontram-se abaixo do normal, mas de partes e peças acabadas estão dentro do normal. Persistem problemas com fornecimento de insumos e preços muito elevados.
Perspectivas para o
Vendas no mês
Fonte: Sindipeças
17,4%
65,2%
17,4%
Vendas para
dezembro/2020:
(Em relação a novembro/2020)
Maiores
Menores
Iguais
67,4%
21,7%
10,9%
Maiores
Menores
Iguais
Vendas para
dezembro/2020:
(Em relação ao mesmo mês de 2019)
Vendas no mês
15,2%
78,3%
6,5%
Maiores
Menores
Iguais
Vendas no acumulado até
dezembro/2020:
(Em relação à igual período de 2019)
Vendas por segmento
Fonte: Sindipeças11,1%
55,6%
20,0%
13,3%
Maiores
Menores
Iguais
Não
atende
esse
canal
Vendas para Montadoras em
dezembro/2020:
(Em relação a novembro/2020)
9,1%
79,6%
0,0%
11,4%
Maiores
Menores
Iguais
Não
atende
esse canal
Vendas para Montadoras no acumulado até
dezembro/2020:
Vendas por segmento
Fonte: Sindipeças22,0%
36,6%
17,1%
24,4%
Maiores
Menores
Iguais
Não atende
esse canal
Vendas para o mercado de Reposição em
dezembro/2020:
(Em relação a novembro/2020)
32,5%
37,5%
7,5%
22,5%
Maiores
Menores
Iguais
Não atende
esse canal
Vendas para o mercado de Reposição no
acumulado até
dezembro/2020:
Vendas por segmento
Fonte: Sindipeças22,5%
30,0%
22,5%
25,0%
Maiores
Menores
Iguais
Não atende esse
canal
Exportações em
dezembro/2020:
(Em relação a novembro/2020)
18,4%
47,4%
7,9%
26,3%
Maiores
Menores
Iguais
Não
atende
esse canal
Exportações no acumulado até
dezembro/2020:
Vendas por segmento
Fonte: Sindipeças3,0%
45,5%
6,1%
45,5%
Maiores
Menores
Iguais
Não atende esse
canal
Vendas Intrassetoriais
no acumulado até
dezembro/2020:
(Em relação à igual período de 2019)
8,6%
31,4%
11,4%
48,6%
Maiores
Menores
Iguais
Não atende
esse canal
Vendas Intrassetoriais em
dezembro/2020:
(Em relação a novembro/2020)
Importação
Fonte: Sindipeças31,1%
35,6%
20,0%
13,3%
Em maiores quantidades
Em menores quantidades
Em volumes próximos aos de
novembro/2020
A empresa não importa insumos e/ou
matérias primas
Importação de insumos e matérias primas
para
dezembro/2020:
Utilização da capacidade
Fonte: Sindipeças17,4%
13,0%
34,8%
17,4%
10,9%
6,5%
Abaixo de 10%
Entre 11% e 20%
Entre 21% e 30%
Entre 31% e 40%
Entre 41% e 50%
Acima de 50%
Perspectivas para o
Vendas no Trimestre
Fonte: Sindipeças60,9%
13,0%
26,1%
Maiores
Menores
Iguais
Vendas para o
primeiro trimestre de 2021:
(Em relação ao quarto trimestre de 2020)
69,6%
8,7%
21,7%
Vendas para o
primeiro trimestre de 2021:
(Em relação a igual trimestre de 2020)
Investimento no Trimestre
Fonte: Sindipeças
75,6%
11,1%
13,3%
Sim
Não
Não planeja investir
em 2020
Manutenção dos investimentos para
o
primeiro trimestre de 2021:
Clique para editar
o estilo do subtítulo
mestre
Perspectivas para
Perspectivas para 2021
Dez/20 Vendas 93,48% Uso da Capacidade 82,61% Investimentos 55,56% Contratações 53,33% Rentabilidade 75,56% Lucratividade 73,33%Percentual de respostas para opção Resultados Maiores
Dez/20 Vendas 4,35% Uso da Capacidade 2,17% Investimentos 17,78% Contratações 6,67% Rentabilidade 15,56% Lucratividade 13,33%
Insumos, Estoques
Estoques
Fonte: Sindipeças2,2%
34,8%
63,0%
Acima do normal
Dentro do normal
Abaixo do normal
Condição dos estoques de insumos e
matérias-primas em
dezembro/2020:
41,3%
58,7%
Condição dos estoques de partes e peças
acabadas em
dezembro/2020:
Fornecimento de insumos e pressões inflacionárias
Fonte: Sindipeças
93,3%
6,7%
Dificuldades com fornecedores em
dezembro/2020:
Sim
Não
97,8%
2,2%
Pressão de preços em
dezembro/2020:
Detalhamento dos problemas com fornecimento de insumos e
pressões de preços
Fonte: Sindipeças
Consultadas sobre as dificuldades enfrentadas no
fornecimento de insumos, as empresas indicaram
problemas com elevação de preços, limitação de
quotas, atraso nas entregas e quebra de programação
para os seguintes insumos:
•
Aços planos e longos;
•
Embalagens de papelão;
•
Resinas plásticas;
•
Semicondutores;
•
Aços laminados a quente e a frio;
•
Tubos (inox) e chapas galvanizadas;
•
Peças de alumínio, latão, nylon e borracha.
Com relação aos aumentos excessivos de preços, mais
da metade das empresas que responderam a
Sondagem indicaram aço e derivados como mais
relevantes. Ademais, indicaram também:
•
Todos os insumos da cadeia do aço e metálicos;
•
Alumínio, papelão e plásticos;
•
Combustíveis;
•
Embalagens;
Influência da Taxa de Câmbio
Fonte: Sindipeças
73,9%
26,1%
Dificuldades com a desvalorização do câmbio
Sim Não
Destaques:
•
Dificuldade
para
repasses
aos
preços,
principalmente Montadoras;
•
Aumento do custo dos bens importados;
•
Preferência pelas exportações por parte dos
fornecedores;
•
Volatilidade e instabilidade cambial;
•
Desconfiança geral no mercado.
Repercussões do
Coronavírus na Indústria
de Autopeças
Sondagem Mensal
Comparação dos Resultados de
Novembro e Dezembro de 2020
Principais Evidências: efeitos da crise do coronavírus
A décima rodada de questões sobre os impactos do Covid-19 para a indústria de autopeças evidenciou que
cerca de 60% das empresas que responderam a Sondagem estão buscando desenvolver fornecedores locais. É
o menor índice desde o início da série. Indagadas sobre a efetiva troca de fornecedores nos últimos seis meses
67% responderam que concluíram a substituição. E nesse caso, 66,7% se manifestaram satisfeitos com a
mudança de fornecedor.
Continuam elevadas as avaliações acerca das perdas de produção decorrentes da interrupção das atividades
em março/abril, e da progressiva melhora a partir de maio. Ao chegarmos no último mês do ano a
contabilização das perdas se torna mais clara. Para 24,4%, as perdas devem variar entre 11% e 15%. Para 20,0%
das empresas consultadas, entre 25% e 30% e para 17,8%, entre 16% e 20% do que estava programado.
Quando consultadas sobre o tempo necessário para retornar aos volumes habituais, levando em consideração
o momento atual, 34,8% responderam que em até 6 meses – índice menor do que os 40% da edição anterior. A
perspectiva de que tudo volte ao normal em até 1 ano foi assinalada por 13,0% e em até 1,5 ano, 17,4%. A boa
notícia é que parcela importante das empresas do setor já normalizaram os volumes de produção, retornando
aos níveis pré-pandemia.
Cerca de 46% das empresas que responderam o questionário informaram que as suas exportações estão
afetadas pela pandemia. Para 40% das respostas, a intensidade da queda das vendas ao exterior situar-se-ia
entre 5% e 15%. Outros 30% informaram que a redução das vendas ao exterior estaria entre 15% e 30% dos
Repercussões da crise do novo coronavírus
Substituição por fornecedor local
Fonte: Sindipeças
A empresa tem procurado desenvolver fornecedores locais para substituir, em parte ou integralmente, os volumes
importados?
Novembro/20
60,0%
40,0%
Sim
Não
Dezembro/20
72,1%
27,9%
Sim
Não
Repercussões da crise do novo coronavírus
Importação de países/regiões
Fonte: Sindipeças
Nos últimos seis meses, a empresa realizou a troca de fornecedores externos por fabricantes de autopeças instaladas
no país?
66,7%
33,3%
Repercussões da crise do novo coronavírus
Experiência da substituição
Fonte: Sindipeças66,7%
33,3%
Sim
Não
Repercussões da crise do novo coronavírus
Tempo para retorno
Fonte: Sindipeças 34,8% 13,0% 17,4% 4,4% 8,7% 4,4% 17,4%
6 meses 1 ano 1,5 anos 2 anos 2,5 anos Acima de 3 anos Outro (especifique)
Repercussões da crise do novo coronavírus
Perdas na produção com a paralisação
Fonte: Sindipeças
Considerando-se o período de paralisação realizado, as perdas decorrentes dessa situação já representam:
Dezembro/20
Novembro/20
6,8% 4,6% 15,9% 20,5% 9,1% De 1% a 5% da produção prevista pela empresa para2020
De 6% a 10% da produção prevista pela empresa para
2020
De 11% a 15% da produção prevista pela empresa para
2020
De 16% a 20% da produção prevista pela empresa para
2020 Outro (especifique) 4,4% 13,3% 24,4% 17,8% 13,3% 20,0% 6,7% De 1% a 5% da produção prevista pela empresa para 2020 De 6% a 10% da produção prevista pela empresa para 2020 De 11% a 15% da produção prevista pela empresa para 2020 De 16% a 20% da produção prevista pela empresa para 2020 De 21% a 25% da produção prevista pela empresa para 2020 De 25% a 30% da produção prevista pela empresa para 2020 Outro (especifique)
Repercussões da crise do novo coronavírus
Possibilidade de recuperação
Fonte: Sindipeças
De acordo com os esforços da empresa e as condições de mercado, houve possibilidade de recuperação, no
segundo semestre do ano, dos volumes não performados por causa da paralisação?
Novembro/20
Dezembro/20
29,6%
70,5%
Sim
Não
41,3%
58,7%
Sim
Não
Repercussões da crise do novo coronavírus
Reflexo sobre as exportações
Fonte: Sindipeças
As exportações das empresas estão sendo afetadas ou devem ser afetadas por causa da pandemia do Coronavírus
(COVID-19)?
Novembro/20
Dezembro/20
57,1%
42,9%
Sim
Não
45,5%
54,6%
Sim
Não
Repercussões da crise do novo coronavírus
Intensidade do impacto sobre as exportações
Fonte: Sindipeças 5,0% 40,0% 30,0% 20,0% 5,0%
Queda de até 5% dos volumes normalmente exportados
Queda superior a 5% até 15% dos volumes normalmente
exportados
Queda superior a 15% até 30% dos volumes normalmente exportados
Queda superior a 30% até 50% dos volumes normalmente exportados
Queda superior a 50% dos volumes normalmente
exportados
Informações sobre a Sondagem
Para a edição de dezembro/20, o questionário esteve aberto em plataforma eletrônica no período de
10 de dezembro de 2020 a 15 de janeiro de 2021;
Todas as empresas associadas ao Sindipeças receberam e-mail para participar da pesquisa;
A técnica empregada é de amostragem aleatória;
Registrou-se a participação de 43 empresas, o que representa 8,8% do total do quadro associativo da
entidade;
De acordo com a origem do capital, 21 empresas estrangeiras e 22 nacionais responderam a
Sondagem;
Observando-se o porte das empresas, participaram 19 empresas grandes, 12 de médio porte e 12
pequenas.
A distribuição detalhada das empresas participantes se encontra no quadro a seguir:
Porte / Capital Estrangeiras Nacionais TOTAL
Grandes 14 5 19
Médias 5 7 12
Pequenas 2 10 12