ANÁLISE DE UM MODELO INDUSTRIAL DE REÚSO DA ÁGUA NO SETOR FRIGORIFICO: REFLEXÃO A CERCA DA SUSTENTABILIDADE
Andréia de Menezes Olivo1, Hamilton Mitsugu Ishiki2, Caroline Kraus Luvizotto2 1. Discente do Programa de Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da UNOESTE. 2. Docentes do Programa de Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da UNOESTE. E‐mail: andreiaolivo@yahoo.com.br RESUMO
Nas indústrias, o potencial de tratamento de efluentes que podem ser destinados ao reúso da água é amplo e diversificado. Pensando nisto, o presente artigo tem como objetivos fazer uma análise e discussão de um modelo de aplicação do reúso de água em uma empresa do setor frigorífico para demonstrar que práticas sustentáveis podem ser aplicadas para proporcionar benefícios ao setor industrial, sociedade e meio ambiente. Para isto, foi realizada uma pesquisa de caráter exploratório, descritivo e analítico de todo o sistema de reúso e produção da referida empresa, pautados em documentos, laudos analíticos e artigos cientificos, visando demonstrar a preocupação com os impactos ambientais gerados pelo setor industrial que tem levado à iniciativas sustentáveis, mesmo que isoladas. A partir deste estudo, percebe‐se que a preocupação com o meio ambiente e a prática do reúso da água apresentam uma mudança de postura e consciência para com o futuro da região.
Palavras‐chave: Reúso da água, Meio Ambiente, Sustentabilidade, Setor Industrial, Frigorífico.
INTRODUÇÃO
O ciclo hidrológico garante que a água seja um recurso renovável e abundante, isto, quando reciclada por mecanismos naturais, processo que garante um recurso limpo e seguro. No entanto, a atividade antrópica tem papel fundamental na deterioração destes recursos limpos, levando‐os a níveis altíssimos de poluição. A vulnerabilidade das águas perante a ação predatória do ser humano justifica a necessidade de implantação de técnicas eficazes e conscientes de reúso da água em diversas modalidades de consumo.
A abordagem de Paz, Teodoro e Mendonça (2000) sobre reúso da água define que:
O conceito de uso eficiente de água inclui qualquer medida que reduza a quantidade que se utiliza por unidade de qualquer atividade, e que favoreça a manutenção e a melhoria da qualidade da água. Este uso eficiente está relacionado a outros conceitos de manejo atual dos recursos ambientais, sendo básico para o desenvolvimento sustentável e assegurando que haja recursos suficientes para as gerações futuras (PAZ, TEODORO e MENDONÇA, 2000, p. 469).
Para Dantas e Sales (2009) o reúso se apresenta como uma das poucas possibilidades de compromisso para reverter o problema da escassez e unir o comprometimento social e ambiental,
ou seja, a competição entre usuários, atividade industrial e agrícola e são fontes potenciais restauradoras de água, por meio de planejamento e aplicação da legislação ambiental.
Implantar técnicas ambientais que ajudam o desenvolvimento humano em sua vivência sustentável é um dos únicos caminhos que resta à atual sociedade. Telles e Costa (2007) afirmam que a conscientização de tais benefícios é realizada em escalas múltiplas e muito timidamente; ainda é uma questão limitada por contextos políticos, culturais, sociais, geográficos e econômicos.
Diante disto, o objetivo deste estudo é apresentar uma análise e discussão sobre o reúso da água, a partir de um modelo industrial de uma empresa no setor frigorífico. O tema reúso da água foi abordado a partir de uma unidade industrial do setor frigorifico, com vistas à análise das possíveis condições e práticas da aplicação de métodos de produção mais sustentáveis, que por intermédio de ações simples como o reúso de um recurso que seria descartado, o setor industrial se conscientiza e passa a atuar como uma visão sustentável e ambientalmente consciente.
A metodologia empregada trata‐se de uma pesquisa exploratória, descritiva e analítica, que parte da pesquisa bibliográfica baseada em livros e artigos científicos sobre o tema, e de uma análise documental pautada nos documentos e laudos de uma empresa do ramo frigorífico, que realiza o reúso da água, bem como, da legislação pertinente sobre o assunto. Os dados coletados foram analisados por meio da abordagem qualitativa e quantitativa. O REÚSO DA ÁGUA COMO UMA PRÁTICA DE SUSTENTABILIDADE Segundo Telles e Costa (2007) o Brasil caminha lentamente na direção da sustentabilidade, uso inteligente da água, todavia, já é uma realidade que se esbarra em contextos políticos, na dificuldade de integração das organizações públicas e privadas, porém, muitas seriam as vantagens se houvesse o empenho conjunto da iniciativa privada e órgãos públicos com o setor educacional, onde estes poderiam agir diretamente em uma formação consciente de cada indivíduo para com o meio ambiente, implantando a conscientização e a prática de atos sustentáveis em grande parte da sociedade.
Ao se pensar em aplicar uma nova técnica deve‐se primeiramente avaliar á relação custo x benefício que se pode alcançar com práticas de cunho sustentável. A implementação de técnicas que visam à reutilização da água é uma das opções mais inteligentes para racionalização dos recursos hídricos, sendo uma ação totalmente engajada na sustentabilidade, que por conseqüência retorna na forma de custo x beneficio, quando se pensa em escassez de água, má distribuição, recursos hídricos finitos, manutenção do ciclo produtivo agroindustrial.
Embora diversos fatores determinem como o uso da água será realizado, a eficiência do seu uso pode variar de região, estação climática ou preço relativo deste recurso. É claro que em regiões áridas e semiáridas a necessidade da água é bem maior do que em regiões úmidas, portanto, o uso bem planejado, os custos viabilizam diversos setores produtivos, monitoramento da quantidade e qualidade da água estão estreitamente relacionadas a eficiência do uso, quando o recurso é avaliado corretamente há um incremento de tecnologia incentivando a produtividade e eficiência (PAZ, TEODORO e MENDONÇA, 2000).
Segundo Dantas e Sales (2009) sobre a questão da água “o seu reúso é uma das possibilidades de compromisso para reversão do quadro de escassez, sendo uma das maneiras de unir comprometimento social e ambiental”. O reúso é uma ferramenta de extrema importância na busca de controle de perdas e desperdícios, diminuição dos elevados volumes de efluentes produzidos e do consumo de água, a demanda crescente tem exigido um reúso planejado, mais racional e eficiente, a fim de garantir a conservação dos recursos e acrescentar vantagem econômica.
Telles e Costa (2007) abordam em seus estudos a questão da demanda de água para a produção de alimentos que vem aumentando progressivamente, e uma das principais alternativas de reúso se aplica na agricultura. A utilização de efluente tratado na irrigação auxilia a diminuição dos grandes volumes gerados e que seriam descartados diretamente nos corpos hídricos, racionalizam o uso da água potável disponibilizando maior volume de água oriunda de companhias de abastecimento para ser utilizada no abastecimento da população, auxiliam no controle da poluição e de impactos ambientais, contribuem para o aumento da área cultivada e aumento da produção e viabilizam a agricultura em regiões onde há carência de água.
O reúso da água ainda é uma questão que necessita de muito estudo para viabilizar e divulgar a sua aplicação, porém, já existem diversas aplicações para tal reúso, no entanto, ainda associadas a iniciativas isoladas e na maioria das quais, dentro do setor privado. Estas ações isoladas são extremamente eficazes no que diz respeito, por exemplo, ao reúso industrial utilizando seu próprio efluente e o transformando em água apta a reutilização.
Segundo Weber, Cybis e Beal (2010) foi instituído a cobrança pelo uso dos recursos hídricos como um instrumento de gestão no Brasil a partir da implantação da Lei 9.433, de 1997, que veio a corroborar para tomada de ações planejadas de reúso de águas resíduárias, conceito este praticado há muitos anos em todo o mundo.
O uso de efluentes para abastecer o setor industrial com água de reúso tem como objetivo fins benéficos, pois pressupõe a utilização de uma água de qualidade inferior à potável, mas que
seria descartada sem qualquer utilização, e que se constitui uma alternativa mais verossímil para que sejam satisfeitas demandas menos restritivas quanto à potabilidade e qualidade (WEBER, CYBIS, BEAL, 2010). Analisando o contexto abordado pelos autores fica claro que além de diminuir o desperdício, o reúso tem a capacidade potencial de reduzir a emissão de poluentes industriais aos corpos hídricos quando a água de reúso é incorporada a alguma etapa adjacente ao processo de produção.
Os usos industriais com maior potencial de aproveitamento de águas de reúso são os seguintes: torres de resfriamento; caldeiras; construção civil, para cura de concreto, compactação do solo e irrigação de áreas verdes. Para a empresa em questão, o reúso seria o principal meio de aproveitamento de um recurso que seria desperdiçado e que possui um elevado custo (BRAGA et al, 2005).
Assim, perante as alternativas tão eficazes e simples de reutilização dos recursos hídricos que são perdidos, o elemento chave é o planejamento e a ação do homem para tornar estas alternativas viáveis e aplicáveis, garantindo a evolução das necessidades de água nos diferentes setores de atividades que geram o desenvolvimento sócio‐econômico nacional e regional e do ordenamento do território em horizontes temporais relativamente alargados.
Neste contexto, Pacheco (2006) pontua que a comunicação entre o setor industrial e órgãos ambientais é fundamental para o desenvolvimento de ferramentas, práticas e ideias para que se possam alcançar soluções adequadas para as questões e problemas de ordem ambiental, bem como na manutenção do desenvolvimento social e econômico sustentável. Espera‐se que este intercâmbio de informações e tecnologia sustentável gere uma visão mais crítica por parte do setor produtivo industrial e da sociedade, para que assim possam identificar oportunidades de melhorias nos processos produtivos a fim de se obter cada vez mais o desenvolvimento de técnicas que visam a produção mais limpa e menos impactantes para o meio ambiente.
A sociedade precisa se conscientizar que as vantagens de se produzir sustentavelmente são para todos, desde o indivíduo à sociedade, do país ao planeta. Para o setor industrial os principais benefícios são a redução dos custos de produção; aumento da eficiência e competitividade de mercado, diminuição dos riscos de acidentes ambientais, melhorias nas condições de saúde e segurança do trabalhador, na imagem da empresa junto a consumidores, fornecedores, poder público, mercado e comunidades internas e externas, mais acesso a linhas de financiamento, melhoria do relacionamento com órgãos ambientais e com toda a sociedade, enfim, produção mais limpa e sustentável é o caminho a seguir pelas empresas do futuro (PACHECO, 2006).
A ANÁLISE E DISCUSSÃO SOBRE UM MODELO INDUSTRIAL DE REÚSO DE ÁGUA
Para apresentar um modelo de sistema industrial que utiliza o reúso da água de forma consciente e apropriada, a pesquisa foi realizada em uma empresa do setor frigorífico, situada na cidade de Presidente Prudente, que atua neste ramo desde 2001, tem capacidade produtiva de cerca de 900 animais/dia, porém a média atual de abate é aproximadamente 75 animais/dia, empregando cerca de 600 funcionários diretamente. Sua base produtiva é baseada no abate e desossa de bovinos, com venda de cortes in natura destinados ao consumo humano, visando o atendimento de mercados locais e países da União Europeia.
Este frigorífico busca iniciativas internas que proporcionem a otimização do processo visando diminuir o desperdício de água através da identificação dos principais pontos de consumo de água, a quantidade e qualidade exigidas para cada aplicação e os pontos de geração de efluente, se preocupando em minimizar a geração de resíduos a fim de não causar grande impacto ambiental.
A Figura 1 apresenta as principais etapas de produção em um abatedouro frigorífico. O efluente gerado é proveniente da limpeza de todos os setores produtivos; das fases do abate como retirada do couro e lavagem de carcaças e do setor de miúdos, bucharia e triparia onde é realizada a limpeza das vísceras. Todo este efluente proveniente do setor produtivo é enviado à estação de tratamento de efluentes (ETE) da própria empresa onde ocorre as seguintes etapas de tratamento: i) tratamento preliminar e físico, ii) tratamento biológico e iii) tratamento químico. Figura 1. Fluxograma dos setores de produção de um abatedouro frigorífico. CURRAIS ABATE BUCHARIA MIÚDOS TRIPARIA Fonte: Os autores. EMBARQUE CARNE COM OSSO DESOSSA ESTOCAGEM EMBARQUE CARNE EM CAIXAS GRAXARIA
Durante o processo preliminar e físico, os resíduos maiores são retirados por um sistema de grades e peneiras estáticas, e em seguida, o efluente é destinado por canaletas para caixas de flotação onde são retiradas as gorduras e as graxas. Após esta etapa, o efluente é destinado às lagoas anaeróbias que realizam o tratamento com o auxilio de bactérias decompositoras de matéria orgânica, dando início ao tratamento biológico. Para finalizar, no tratamento químico, são adicionados compostos químicos que têm a função de agregação e decantação da matéria orgânica. Após todas estas etapas são realizadas as análises químicas para a verificação da qualidade da água tratada. Se a água estiver em concordância com os parâmetros estabelecidos pela Resolução CONAMA 357/2005, uma parte será armazenada em um reservatório específico para o reúso e o restante será descartado no leito do córrego que passa próximo ao frigorífico (BRASIL. Ministério do Meio Ambiente 2005).
A água destinada ao reúso é enviada, por ação da gravidade ou bombeamento, ao reservatório por sistema de tubulações fechadas. Esta água é utilizada nas torres de resfriamento de gases, provenientes dos digestores do setor da graxaria, onde irá resfriar os vapores gerados pelos digestores. Após o resfriamento destes gases, estes irão se condensar e se juntarão com a água utilizada nas torres para serem enviados novamente à estação de tratamento de efluentes. As águas de reúso ainda não possuem regulamentações específicas, porém devem estar em concordância com a Resolução número 54 de 28 de novembro de 2005, do Ministério do Meio Ambiente, que autoriza o uso desta água para fins industriais, preconizando apenas à proteção da saúde pública e ao meio ambiente (BRASIL. Ministério do Meio Ambiente 2005).
A porção de água que não é utilizado no reúso será descartada no córrego, sendo previamente analisada através de seus parâmetros físico‐químicos, apresentados na Tabela 1. Nesta tabela estão apresentados os valores totais de detecção (TOTAL) obtidos nas análises, os valores máximos permitidos (VMP) pela legislação e o limite mínimo de detecção (LMD) do método utilizado. Através da análise destes valores pode‐se observar que a estação de tratamento de efluente está obtendo uma boa eficiência no seu tratamento, pois se enquadra dentro dos limites legislados pela Resolução CONAMA 357/2005 que definem os limites de emissão de águas residuárias (BRASIL. Ministério do Meio Ambiente 2005).
Tabela 1. Parâmetros de constituintes orgânicos do efluente tratado destinado ao reúso da água. Constituintes Orgânicos TOTAL VMP LMD DBO em 5 dias 58mg/L 60mg/L 5mg/L DQO 210mg/L ‐ 1mg/L Óleos e Graxa Total < 17mg/L 100mg/L 17mg/L Fenóis (C6H5OH) 0,185mg/L 0,5mg/L 0,002mg/L Sólidos Sedimentáveis < 10ml/L 1.0 ml/L 0,10ml/L Temperatura 27°C 40°C 1.0°C pH 7,2 5.0 a 9.0 ‐ Fonte: Laudos de análises do efluente nº 659445 emitido por laboratório certificado por órgãos competentes. A quantidade de efluente gerado em um dia de produção no frigorífico, com turno de oito horas de trabalho, é de aproximadamente um milhão e trezentos mil litros, sendo que todo este resíduo é destinado ao tratamento em uma estação de efluente que opera ininterruptamente. Deste total gerado é possível o reciclo de aproximadamente 37% diariamente, representando uma importante economia de água, pois o uso deste recurso para um destino menos nobre, representa economia de água potável que possui um valor econômico representativo nos custos produtivos e um valor social muito maior. CONCLUSÃO
Os elevados custos da água para o setor industrial e a necessidade cada vez maior de elevados volumes deste recurso para atender a demanda crescente da produção de alimentos tem levado os dirigentes industriais a avaliar as possibilidades internas de reúso da água captada em suas estações de tratamento para fins que não necessitem de potabilidade. Com esta ação todos ganham, pois reduz a necessidade de abastecimento externo, e ainda como uma fonte adicional de águas de qualidade inferior, para fins não tão nobres, que certamente seria desprezada. Outro fator importante a destacar é a tomada de consciência por parte do setor industrial. Na região do Pontal do Paranapanema existem diversas indústrias e exemplos como este, de reutilização da água proveniente do setor produtivo, são importantes para firmar uma postura mais sustentável e ambiental em toda setor produtivo regional.
REFERÊNCIAS
BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental, 2. Ed. São Paulo: Person Prentice Hall, 2005. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Resolução n° 54,
http://www.cnrh.gov.br/sitio/index.php?option=com_content&view=article&id=14&Itemid=9> Acesso em 20 Ago. 2012. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução n° 357, de 17 de maço de 2005. Disponível em <www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf> Acesso em 20 Ago. 2012. DANTAS, L,D; SALES, C,W,A. Aspectos ambientais, sociais e jurídicos do reúso da água. Revista de Gestão Social e Ambiental, São Paulo, v.3, n. 3, p. 4‐19, set./dez. 2009.
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