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Palavras-chave: curso de pós-graduação; Ciência da Informação; linhas de pesquisa; corpo docente.

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A FORMAÇÃO DE PESQUISADORES NA ÁREA DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO: DOCENTES/DOUTORES DE CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO.*

DINAH AGUIAR POBLACIÓN (CRB-8/085) DAISY PIRES NORONHA (CRB-8/808) CRISTIANE BATISTA DOS SANTOS (Bolsista de Iniciação Científica) LUIZ GUILHERME MARTINS (Bolsista de Iniciação Científica) FERNANDA MENDES QUEIROZ (Bolsista de Iniciação Científica) FATIMA ANDRADE CAMPOS (Bolsista PIBIC) NORMANDA MIRANDA KIYOTANI (Bolsista Apoio Técnico)

RESUMO: Destaca a valorização do ensino e da pesquisa em ciência da informação em universidades brasileiras com o aprimoramento dos cursos de pós-graduação na capacitação de recursos humanos. Traça uma análise do perfil dos docentes/doutores relativa à sua graduação e sua titulação acadêmica firmando o aspecto da multidisciplinaridade dos cursos de pós-graduação em ciência da informação. Mostra a contribuição do corpo docente dos cursos de pós-graduação na orientação prestada na formação de mestres e doutores segundo as linhas de pesquisa em desenvolvimento nos departamentos de ensino.

Palavras-chave: curso de pós-graduação; Ciência da Informação; linhas de pesquisa; corpo docente.

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INTRODUÇÃO

Os novos procedimentos gerenciais da informação aliados ao avanço das tecnologias vêm fazendo com que os cursos de graduação do profissional da informação passem por processos de modificações que propiciam aos alunos habilidades para extrair, ao máximo, o valor dos recursos informacionais gerados intra e extra muros. Nesta formação, no entanto, ainda não se verifica o estímulo para despertar nos alunos a vocação para a docência e pesquisa. A importância da pesquisa no contexto acadêmico é, de certa forma, assinalada por ocasião da realização dos Trabalhos de Conclusão de Curso quando os alunos de graduação têm a possibilidade de vivenciar uma atividade de investigação. Além dessa oportunidade, as bolsas de iniciação científica ofertadas pelas agências de fomento, ainda que limitadas, constituem-se em recursos que permitem ao graduando participar de perto e efetivamente de projetos de pesquisa integrando as equipes de docentes.

Mas, é com a educação continuada, através dos cursos de pós-graduação, que o profissional bibliotecário, formado em nível básico – bacharelato - poderá, além de conseguir novos conhecimentos e

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habilidades, as ferramentas que permitam enfrentar as mudanças que vêm ocorrendo. Algumas deficiências formativas poderão ser sanadas com a oportunidade de iniciar efetivamente as atividades de pesquisa ao elaborarem as monografias (dissertações e teses) que, certamente são parte integrante na firmação e engrandecimento de todas as áreas do conhecimento.

Na busca de novos conhecimentos através das pesquisas, os programas de pós-graduação têm como diretriz direcioná-las e agrupá-las em blocos temáticos definidos que constituem as chamadas Linhas de Pesquisa. Nelas os docentes realizam suas investigações e fornecem orientação aos alunos que mostram interesse ou habilidade na área de domínio de cada linha. Os programas, mantendo bem definidas as linhas de pesquisa, dão mostra clara da evolução e desenvolvimento de áreas de atuação do profissional da ciência da informação/biblioteconomia. Assim, a consolidação dessas áreas se dará com o interesse mostrado pelo orientandos para o desenvolvimento de seus projetos de dissertação e tese e pela própria produção científica dos docentes que deverá ser compatível com as temáticas pertinentes às linhas de pesquisa nas quais estão engajados.

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A valorização do ensino e da pesquisa na área da Ciência da Informação no Brasil vem sendo efetivada com base nas diretrizes traçadas para o aprimoramento dos cursos de pós-graduação, fornecendo condições para fazer brotar no profissional a mesma postura investigativa descrita por PONJUAN (1992).

Um dos aspectos a serem considerados nesse desafio é a titulação do docente quando exigida por ocasião de sua contratação e progressão na carreira. No Brasil, esse é um processo contínuo que teve início com a criação do primeiro curso de pós-graduação nível mestrado, em 1970. O curso pioneiro de pós-graduação de Biblioteconomia, ministrado no então IBBD, precisou contar no quadro docente com a participação de profissionais de outras áreas devidamente qualificados e/ou de profissionais bibliotecários preparados em escolas do exterior.

A partir desse momento verifica-se um esforço constante de outras instituições universitárias para a formação do profissional bibliotecário voltada à docência e à pesquisa. Assim, até ao final dessa década são criados outros 5 cursos de pós-graduação em nível de mestrado, ministrados em programas específicos de Biblioteconomia e/ou Ciência da Informação (UFMG, PUCCAMP, UnB

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e UFPb) e a Ciência da Informação como área de concentração presente em programas da área de Comunicação (USP) . Atualmente, dois outros programas em Ciência da Informação estão em processo de credenciamento pela CAPES (UNESP, UFBa). (SMIT, 1999)

Em 1980 é criado na USP o primeiro curso de pós-graduação em nível Doutorado, totalizando hoje, no Brasil, quatro cursos, com a criação em 1992 na UFRJ/IBICT e UnB e, em 1997, na UFMG. Toda essa trajetória propiciou a criação e o estabelecimento de uma massa crítica de profissionais da área da Ciência da Informação voltada à docência e à pesquisa atuando como multiplicadores na formação e aprimoramento do profissional da informação.

Em levantamento que vem sendo realizado com regularidade POBLACION (1993) identificou, em 1992, os cursos de pós-graduação em ciência da informação/biblioteconomia ministrados por 63 docentes, sendo 38 doutores e 25 mestres. Na época, apenas duas universidades (USP e UnB) ofereciam o curso ministrado somente por docentes com título de doutor. Em levantamento atualizado em 1999 (POBLACIÓN e col., 2000b) constatou-se um quadro de 73 docentes nos seis cursos de pós-graduação composto por 66 doutores e 7 mestres (estes últimos, doutorandos no quadro da UFPb)

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(POBLACIÓN e col., 2000a). Estes dados corroboram a opinião de POBLACION que mostra que é notório em nosso meio o investimento dos docentes na obtenção do título de Doutor quer por exigência na progressão da carreia universitária (caso da USP) ou, principalmente, pela própria exigência da área.

A formação de recursos humanos que integram os programas de pós-graduação em ciência da informação/biblioteconomia, com qualificação para a pesquisa é confirmada por OLIVEIRA (1998, p.181) como sendo a maior exigência da área. Por outro lado, os esforços depreendidos com a criação de novos cursos de pós-graduação em outras universidades, a busca na qualificação dos docentes e conseqüente avanço qualitativo nas atividades de pesquisa, tornam mais acelerado o futuro dessa área em nosso meio contribuindo para a formação de novos pesquisadores.

OBJETIVO

O presente trabalho tem por objetivo apresentar o perfil dos docentes/doutores vinculados, em 1999, nos seis cursos de pós-graduação, devidamente credenciados pela CAPES, que titulam

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mestres e doutores em Ciência da Informação, segundo duas abordagens:

Em primeiro momento, procura caracterizar o perfil dos docentes/doutores quanto à sua formação/graduação em Biblioteconomia/Ciência da Informação e em outras áreas; identificar as áreas da titulação acadêmica (Mestrado e Doutorado) e o local dessa titulação (Brasil e exterior).

A segunda abordagem desse perfil mostra a contribuição desse corpo docente por meio da orientação prestada para a formação de mestres e doutores segundo as linhas de pesquisas em desenvolvimento nas unidades de ensino.

MÉTODO

Os dados dos cursos disponíveis em dezembro de 1999 e do perfil dos respectivos docentes/doutores foram coletados com a utilização dos princípios da conferência Delfos. Por este método, os coordenadores dos cursos e os docentes/doutores foram contatados pessoalmente, via e-mail e fax-fone, para fornecer os dados necessários à criação e manutenção de uma base de dados (PRODIR-Diretório de Docentes Doutores dos Cursos de

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Pós-Graduação em Ciência da Informação) que serve como suporte para a identificação do perfil dos mesmos. Para complementar as informações fornecidas, foram utilizadas bases de dados mantidas pelas instituições de origem dos docentes e das bases de cadastros de pesquisadores mantidas pelo CNPq (Prossiga), que prestavam informações sobre os cursos e sobre os docentes, disponíveis para acesso via Internet.

Em um segundo momento, nesse processo, as informações recebidas e cadastradas na PRODIR foram devolvidas aos docentes/doutores e coordenadores de cursos para conferência dos dados e acréscimo de outros faltantes, quando necessários. O presente trabalho reflete o resultado parcial com as informações obtidas nesta terceira etapa da conferência dos dados.

RESULTADO

Foram identificados 66 docentes nos seis cursos de pós-graduação em Ciência da Informação estudados, com a titulação de Doutor. Na segunda fase da conferência foram obtidas respostas de 53 docentes (80%) que forneceram, parcialmente, os dados, não permitindo completar todos os itens solicitados (alguns deles foram

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complementados por outras fontes). Os dados disponíveis foram analisados em proporções diferenciadas segundo as variáveis estudadas de acordo com os itens referentes à área da titulaçào dos docentes (graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado) e quantificação dos mestres e doutores orientados e em orientação em cada linha de pesquisa dos seis cursos de pós-graduação.

Formação/Titulação dos Docentes/Doutores

Foi identificada a formação/graduação de 56 (84,8% da população total) e, desses, a maioria (60,7%) é graduada em Biblioteconomia/Ciência da Informação e 5 (8,9%) possuindo também outra graduação além de bibliotecário. São 21 (37,5%) os docentes formados em outras áreas que variam entre filosofia, lingüística, educação, engenharia, economia, administração, teologia, jornalismo, letras. (Tabela 1). Apenas no curso ministrado na UFMG a maioria do docentes informantes possui a graduação em outra área.

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Tabela 1 - Formação/ Graduação dos Docentes/ Doutores

Instituição Número de Docentes

Biblioteconomia/ Ciência da Informação

Biblioteconomia/ Ciência da

Informação + Outras Outras

Sem Indicação PCCAMP UFMG UFPB UFRJ/IBICT UnB USP 6 13 7 11 12 17 3 3 5 4 10 9 1 1 - 1 - 2 2 7 2 2 2 6 - 2 - 4 - - Total 66 34 5 21 6

Ainda que representativo o número de docentes/doutores graduados em biblioteconomia na maioria dos cursos, verifica-se uma tendência de crescimento de profissionais oriundos de outras áreas assumirem, pelo seu perfil e experiência, posições de destaque na qualificação dos profissionais da informação. Este é mais um desafio para a área da Ciência da Informação que recebe profissionais de diversas áreas, cobrindo os poucos recursos humanos graduados em Biblioteconomia, voltados aos ensino e à pesquisa. O profissional da informação não deve considerar este fato como “perda” de terreno, mas como um incentivo e “ganho” de terreno, uma vez que com esse entrosamento, compartilhando com profissionais de outras áreas a troca de experiência e conhecimento, propiciará à pós-graduação acompanhar o ritmo de mudanças adequadas às novas necessidades.

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Vale destacar que os cursos de pós-graduação no Brasil, embora pouco ágeis como aponta TARAPANOFF (1997), vêm aceitando profissionais liberais advindos das mais diversas áreas de formação, para cobrir as falhas dos cursos de Biblioteconomia do país, cujo currículo “não mais atende às facetas e papéis que devem ser assumidos pelo moderno profissional da informação” (p.51).

Quanto à área de titulação para o mestrado, obteve-se informações de 53 (80,3% do total) docentes. Destes, 43 (81,1%) têm o seu Mestrado na área da Ciência da Informação/Biblioteconomia e 18 (34%) em outras áreas, como filosofia, comunicação, física, saúde pública, lingüística, letras. (Tabela 2) .

Tabela 2 - Área de Concentração da Titulação dos Docentes/ Doutores

Mestrado Doutorado Instituição

Número de

Docentes Informação Ciência da Outras Áreas Indicação Sem Informação Ciência da Outras Áreas Indicação Sem PCCAMP UFMG UFPB UFRJ/IBICT UnB USP 6 13 7 11 12 17 4 5 6 7 11 10 2 5 1 3 1 6 - 3 - 1 - 1 1 4 3 8 9 12 4 9 4 3 2 5 1 - - - 1 - Total 66 43 18 5 37 27 2

Os 51 respondentes (77,3% do total), informaram possuírem o título de Doutor, sendo, 37 (72,5%) em Ciência da

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Informação/Biblioteconomia e 27 (52,9%) em outras áreas (educação, comunicação, química, sociologia, geografia, filosofia, saúde pública, letras, arte). (Tabela 2).

Verifica-se uma tendência do profissional bibliotecário titular-se na mesma área de sua formação/graduação, principalmente para o Mestrado. O que se constatou também foi uma inversão de áreas para a titulação. Assim, docentes graduados outras áreas titulam-se no mestrado e doutorado na área da Ciência da Informação e profissionais da informação vêm buscando sua titulação em outras áreas, principalmente para o doutorado. Na PUCCAMP, UFMG e UFPb encontra-se a maior proporção de docentes com doutorado em outras áreas.

Quanto ao local da titulação de Mestre, 52 (78,8% do total) docentes informaram o seguinte: 42 (80,7%) fizeram o curso de mestrado no Brasil (USP, UFRJ/IBICT os mais procurados) e 16 (30,8%) em cursos no exterior (USA, Inglaterra, França, Espanha). Já para obtenção do grau de Doutor, 60 (90,9% do total) docentes informaram: 38 (63,3%) fizeram doutorado no Brasil e 27 (45%) no exterior. (Tabela 3).

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Tabela 3 - Local de Titulação dos Docentes/Doutores

Mestrado Doutorado Instituição

Número de Docentes/

Doutores Brasil Exterior Indicação Sem Brasil Exterior Indicação Sem

Pós-Doutorado no Exterior (informado) PCCAMP UFMG UFPB UFRJ/IBICT UnB USP 6 13 7 11 12 17 3 6 5 7 6 15 3 4 - 3 5 1 - 3 2 1 1 1 4 5 4 6 4 15 2 8 3 5 7 2 - - - - 1 - 4 1 - - 4 2 Total 66 42 16 8 38 27 1 11

A procura de cursos do exterior é mais marcante para os doutorados, provavelmente, pela própria maturidade do aluno em procurar ampliar os horizontes de seu conhecimento através o contato com os grandes centros, quer pela facilidade oferecida pelas agências de fomento ao financiar bolsas de estudo, ou mesmo pela própria “fragilidade” dos atuais cursos. Para a CAPES, os cursos de Mestrado em Ciência da Informação já estão consolidados em termos nacionais, sendo necessário ainda dar-se maior enfoque à formação de nível doutorado (SMIT). Vale destacar que a escolha de locais e/ou cursos pode ser também influenciada por razões pessoais ou de ordem institucionais e por contingências locais onde vive o pesquisador.

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Destaque-se ainda que todos os pós-doutorados (informação dada por 11 respondentes) foram realizados no exterior, sendo a Inglaterra o país de mais demanda para essa titulação. A PUCCAMP também se destaca com a mesma proporção de docentes com pós-doutorado (66,7%)

Orientação de Mestres/Doutores segundo as Linhas de Pesquisa (LP) – 1990-1999

Os 66 docentes/doutores estão envolvidos em 23 linhas de pesquisa desenvolvidas nos seis cursos de pós-graduação. O número médio de LP varia de 3 (PUCCAMP, UFMG e UFPb), 4 (UnB e USP) e 6 no UFRJ/IBICT.

Quanto à orientação dos alunos dos cursos de pós-graduação em Ciência da Informação, mestrado e doutorado, durante o período de 1990-1999 os Quadros mostram informações prestadas por 41 docentes (62,1% do total de docentes/doutores atuantes nos seis cursos). É necessário considerar que as universidades estabelecem critérios diferentes para credenciar os docentes para orientar tanto os mestres como os doutores. Assim, seis docentes informaram não terem orientandos no período e não estarem credenciados para orientação.

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Quadros – Número de Orientandos e Orientados segundo as Linhas de Pesquisa em desenvolvimento nos Cursos de Pós- Graduação-1999*

MESTRADO DOUTORADO LINHAS PESQUISA ECA/USP

PROGRAMA: Comunicação. ÁREA: Ciência da Informação

Nº.

Docentes Andamento Concluído Andament

o Concluído

Ação Cultural 5 3 13 2 6

Análise Documentária 5 10 7 6 4

Geração e Uso da Informação 4 6 7 - 4 Informação, Comunicação e Educação 3 9 8 2 -

MESTRADO DOUTORADO LINHAS PESQUISA UnB

PROGRAMA: Ciência da Informação

Número de

Docentes Andamento Concluído Andamento Concluído Formação Profissional e Mercado de

Trabalho

3 2 - 4 4 Planejamento, Gerência, Avaliação de

Bibliotecas e Sistemas de Informação 4 - - 1 1

Comunicação Científica 1 1 8 3 3

Processos e Linguagem de Indexação 4 - 10 1 2

MESTRADO DOUTORADO LINHAS PESQUISA PUCCAMP

PROGRAMA: Biblioteconomia e Ciência da Informação

Número de

Docentes Andamento Concluído Andamento Concluído Administração de Sistemas de

Informação 2 5 10 - -

Planejamento e Programa de Leitura 1 4 11 - - Informação para Indústria e Negócios 3 12 15 - -

MESTRADO DOUTORADO LINHAS PESQUISA UFMG

PROGRAMA: Ciência da Informação Número de

Docentes Andamento Concluído Andamento Concluído

Informação e Sociedade 3 4 8 2 -

Tratamento da Informação e

Bibliometria 3 3 5 - -

Informação Gerencial e Tecnológica 7 24 17 10 -

MESTRADO DOUTORADO LINHAS PESQUISA IBICT

PROGRAMA: Ciência da Informação

Número de

Docentes Andamento Concluído Andamento Concluído Processamento da Informação 1 3 1 2 - Informação, Ciência e Sociedade 2 - - - - Informação, Tecnologia e Sociedade 2 - 12 - - Epistemologia, Interdisciplinaridade e

Ciência da Informação 1 5 22 8 6

Informação, Cultura e Sociedade 2 - 43 4 1 Estrutura e Fluxo da Informação 3 6 52 8 11

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MESTRADO DOUTORADO LINHAS PESQUISA UFPb

PROGRAMA: Ciência da Informação Número de

Docentes Andamento Concluído Andamento Concluído

Informação e Cidadania 3 2 3 - -

Informação para o Desenvolvimento

Regional 4 4 11 - -

* Informação prestada por 41 docentes.

Comparando-se a produção de Mestrado e Doutorado no período de 1990-1999 verifica-se um crescimento bastante representativo nos dois níveis, com maior representatividade na formação de doutores. Nota-se um crescimento exponencial no número de teses de doutorado comparando-se o total de 42 teses defendidas de 1990 a 1999 e as 53 em andamento no ano 2000, o que mostra que os recursos humanos na área da Ciência da Informação vem se tornando mais capacitados para a pesquisa contribuindo para a valorização do conhecimento e o desenvolvimento científico e tecnológico.

O IBICT foi a instituição que formou maior número de mestres (130) e doutores (18) no período, com uma queda acentuada no número de mestrados em andamento. Em 8 anos de curso de doutorado formou 18 doutores, com uma média de 2,25 teses/ano contando com 22 teses de doutorado em andamento. A LP “Estrutura e fluxo da informação” é a mais procurada tanto no desenvolvimento das dissertações como nas teses.

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A UFMG é a única unidade que apresentou maior crescimento na produção de Mestres com 30 concluídas no período e 31 dissertações em andamento. Conta com 12 teses em andamento e não foi indicada nenhuma tese defendida. Destaca-se nessa unidade a LP “Informação Gerencial e Tecnológica” como a mais procurada no interesse dos alunos em ambos os níveis.

A USP formou no período 28 mestres e 14 doutores. Encontram-se em andamento 28 dissertações e 10 teses. A LP “Ação cultural” deteve o maior número de dissertações e teses defendidas no período (19 e 6, respectivamente); e para as dissertações/teses em andamento a maior demanda recaiu sobre a LP “Análise documentária”.

Na UnB as LPs “Comunicação científica” e “Processos e Linguagens de indexação” abrangeram a maioria das dissertações e teses já concluídas no período enquanto a LP “Formação profissional e Mercado de trabalho” tem a preferência das dissertações/teses em andamento.

A PUCCAMP tem a LP “Informação para indústria e Negócios” como a mais solicitada entre as dissertações defendidas e em andamento.

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Das 2 LPs desenvolvidas na UFPb, a mais procurada é voltada ao tema “Informação para Desenvolvimento Regional” onde se concentram os mestrados em andamento e concluídos.

Considerações finais

Os cursos de pós-graduação em CI firmam-se no aspecto da multidisciplinaridade em seu quadro de docentes na medida em que é composto por profissionais graduados em outras áreas e que, por vezes, titulam-se naquela especialidade. Por outro lado, o docente graduado em biblioteconomia tem procurado outras áreas para sua formação pós-graduada, principalmente no nível doutorado. A integração com outras áreas aprimorará a qualidade do ensino propiciando abertura de novos horizontes, troca de experiências de modo interativo para a formação de uma nova postura do profissional da informação.

Também vale destacar o interesse do docente realizar a sua formação pós graduada em centros do exterior. A importância da busca de aprimoramento em instituições de outros países, não deve ser considerada como uma forma de se conhecer e importar modelos já elaborados e sim para captar conhecimentos para desenvolver

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nossos próprios modelos, adaptando-os a cada ambiente e a cada realidade de nosso país continente.

A consistência das LPs dos diferentes cursos poderá ser confirmada com o confronto com a temática das dissertações e teses orientadas pelos docentes/doutores e já defendidas e pela própria produção bibliográfica científica dos docentes. Esta é a próxima etapa da análise desta pesquisa em andamento. Em princípio, os resultados parciais obtidos de forma exploratória, permitem depreender que as LPs identificadas são bastante diversificadas entre os seis cursos cobrindo aspectos genéricos da área da informação. Encontros entre docentes e participantes para o conhecimento das ementas dessas LPs poderiam assegurar uma comunicação efetiva e uma avaliação mais consistente e constante das condições de ensino e pesquisa da área. Estas expectativas poderão ser concretizadas a partir de políticas estabelecidas pela ANCIB e discutidas em eventos nacionais como os CBBDs e SNBUs.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

OLIVEIRA, Marlene de. A investigação científica na ciência da informação: análise da pesquisa financiada pelo CNPq. Brasília, 1998. Tese (Doutorado) - Departamento de Ciência da Informação, UnB.

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POBLACIÓN, Dinah Aguiar. Investigación y estudios de posgrado en ciencia de la información y biblioteconomía en Brasil: dos etapas (1979-1985 y 1986-1992). Ciência de la Información, La Habana, v.24, n.1, p.16021, mar. 1993.

POBLACIÓN, Dinah Aguiar (coord.). Projeto “Produção Científica: características das comunidades científicas brasileiras da área de Ciência da Informação segundo parâmetros cienciométricos; Relatório parcial: março 1999/fevereiro 2000. São Paulo, 2000a. [Apresentado ao CNPq fevereiro 2000]

POBLACIÓN, Dinah Aguiar, NORONHA, Daisy Pires, MARTINS, Luiz Guilherme. Formação de pesquisadores na área da Ciência da Informação no Brasil: desafio para o século XXI. São Paulo, 2000b. [Apresentado a 52ª Reunião Anual da SBPC, Brasília, DF, julho 2000]

PONJUÁN D., Gloria. Algunas consideraciones sobre la formación postgraduada y otras atividades de desarrollo profesional en Iberalatinoamérica. Ciencias de la Información, La Habana, v.23, n.4, p.212-9, dic. 1992.

SMIT, Johanna W. A política governamental para a pós-graduação em ciência da informação no Brasil. Informação & Sociedade, João Pessoa, v.9, n.2, p.385-97, 1999.

TARAPANOFF, Kira. Perfil do profissional da informação no Brasil. Brasília, DF : IEL/DF, 1997.

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DINAH AGUIAR POBLACIÓN, é mestre e doutora em Ciência da Informação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, com pós-doutorado pela Universidad Autonoma de Madrid. Professora Doutora do CBD/ECA/USP, atuando na área de Geração e Uso da Informação e professora de Comunicação Científica nos cursos de pós-graduação na área de Ciências da Saúde. Coordena grupo de pesquisa na Linha de Produção Científica, desenvolvendo projetos financiados pelo CNPq, com uma produção científica abrangendo vários artigos publicados em periódicos nacionais e estrangeiros, livros, comunicações em eventos, entre outros.

dinahmap@usp.br

DAISY PIRES NORONHA, mestre e doutora em Saúde Pública, pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo onde exerceu o cargo de bibliotecária. É professora doutora junto ao CBD/ECA/USP, atuando na área de Geração e Uso da Informação e professora titular na Faculdade de Ciência da Informação da Fundação Sociologia e Política de São Paulo. Atividades de pesquisa voltadas à linha da produção científica, com diversos trabalhos publicados (artigos de periódicos, livros, comunicações apresentadas em eventos, etc.). daisynor@usp.br

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