Curso de Transporte de Material Biológico
Perfil do Público - Alvo:
Técnicos da Vigilância Sanitária Estadual e Municipal especialistas na fiscalização de serviços de hemoterapia,
Técnicos da Anvisa atuantes nas áreas de regulação de Portos, Aeroportos e Fronteiras (PAF) lotados nas cidades-sede da Copa do Mundo 2014.
Curso de Transporte de Material Biológico
Parceiros:
Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC
Gerência Geral de Portos, Aeroportos e Fronteiras – GGPAF
Gerência Geral de Tecnologias em Serviços de Saúde – GGTESS Gerencia Geral de Alimentos – GGALI
Gerência de Tecidos, Células e Órgãos – GETOR/GGSTO Fundação Hemominas
Fundação Hemocentro de Brasília
Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto
Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados/Ministério da Saúde (CGSH/MS)
Curso de Transporte de Material Biológico
Resultados Esperados:
Compreensão dos itens de controle regulatórios definidos pela RDC Anvisa
n°20/2014 e Portaria Conjunta Transporte de Sangue e Componentes ;
Compreensão dos parâmetros mínimos para identificação de riscos no
processo de transporte de material biológico;
Desenvolvimento de cultura de risco na prática de transporte de material
biológico humano nas diversas modalidades e finalidades previstas;
Conhecimento dos principais requisitos regulatórios estabelecidos pela
ANAC referentes ao transporte aéreo de material biológico;
Discussão das ferramentas disponíveis para controle e regulação do
Bom curso a todos!!!!
Ana Lúcia Barsante
TRANSPORTE DE MATERIAL
BIOLÓGICO HUMANO
MATERIAL BIOLÓGICO HUMANO
Tecido ou fluido constituinte do organismo humano, tais
como excrementos, fluidos corporais, células, tecidos,
órgãos ou outros fluidos de origem humana ou isolados a
partir destes.
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
HUMANO
Nações Unidas (ONU) – Comitê de Especialistas (UNCETDG) Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO - OIAC) Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA)
Organização Marítima Internacional (IMO - OMI) União Postal Universal (UPU)
Acordo Europeu Relativo ao Transporte Internacional de Mercadorias Perigosas por Estrada (ADR)
Transporte Internacional Ferroviário de Mercadorias Perigosas (RID) Outros
NORMAS INTERNACIONAIS
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
HUMANO
Agência Nacional de Aviação Civil
Regulamento Brasileiro de Aviação Civil RBAC 175/2009 da Agência Nacional de Aviação Civil ANAC - requisitos para o transporte aéreo doméstico e internacional de artigos perigosos em aeronaves civis. IS 175 – 004 Revisão (Portaria nº 795/SPO, de 3 de abril de 2014, publicada no Diário Oficial da União de 4 de abril de 2014, Seção 1, página 6).
Agência Nacional de Transportes Terrestres
Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos,
Resolução nº 3.762, de 26 de janeiro de 2012 e Resolução nº. 3665 de 04 de maio de 2011 (Resolução ANTT nº. 420/04)
NORMAS NACIONAIS
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
HUMANO
Agência Nacional de Transportes Aquaviários
Resolução n° 2239, 15 de setembro de 2011 da Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (ANTAQ), procedimentos para o transporte seguro de produtos perigosos por instalações portuárias situadas dentro ou fora da área de porto organizado.
Serviços Postais
Lei nº 6.538, de 22 de junho de 1978 dispõe sobre os Serviços Postais. O
Brasil é signatário de acordo internacional, organizado pela União Postal Universal (UPU), Letter Post Manual em 2009, que define os parâmetros para transporte postal de amostras biológicas e substâncias infecciosas via postal.
NORMAS NACIONAIS
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
HUMANO
Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Ministério da Saúde
Portaria GM/MS n° 472, de 09 de março de 2009. Regulamento Técnico MERCOSUL para Transporte de Substâncias Infecciosas e Amostras Biológicas entre Estados Partes.
RDC ANVISA n.10, 6 de março de 2013 – Importação de Amostras biológicas para testes antidoping.
RDC ANVISA 81/2008 – Importação de Material Biológico Ministério do Trabalho e Emprego
NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
NORMAS NACIONAIS
RISCO BIOLÓGICO !!!!
RESOLUÇÃO - RDC Nº 33, DE 8 DE JULHO DE 2011 -
Dispõe sobre o Controle e Fiscalização Sanitária do
Translado de Restos Mortais Humanos
TRANSPORTE DE MATERIAL
BIOLÓGICO HUMANO -
RDC 20/2014
Resíduos de Serviços de Saúde
RDC Nº 306, de 7 de dezembro de 2004
CONAMA nº.237/97
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
HUMANO –
RDC 20/2014
Requisitos regulatórios no âmbito de vigilância sanitária
Art. 1º Esta Resolução possui o objetivo de definir e
estabelecer padrões sanitários para o transporte de material
biológico de origem humana em suas diferentes modalidades
e formas, sem prejuízo do disposto em outras normas
vigentes peculiares a cada material e modo de transporte,
para garantir a segurança, minimizar os riscos sanitários
e preservar a integridade do material transportado.
OBJETIVO
Material Biológico EMBALA Temperatura inadequada Extravasamento do material MÁ QUALIDADE (propriedades biológicas e terapêuticas)
Danos na embalagem Tempo de exposição à temperatura ambiente
.Material refrigerante insuficiente .Dispositivos inadequados
.Atrasos
. Problemas logísticos
.Embalagem apropriada rigidez e resistência
.Sistema triplo de embalagem .Treinamento do remetente e transportador .POPs .Limpeza/Desinfecção .Uso de embalagens .Transportadores treinados .POPs FATORES DE RISCO PERIGOS BARREIRAS/ RECUPERAÇÃO GERENCIAMENTO DO RISCO Contaminação do material PERDA/DESPERDÍCIO .Acondicionamento validado .Embalagem e Material isolante adequado .Dispositivos adequados .Treinamento do remetente e transportador .POPs
ABRANGÊNCIA
• Art. 2º Esta Resolução se aplica a todo remetente,
transportador, destinatário e demais envolvidos no
processo de transporte de material biológico humano.
• Parágrafo único. O disposto nesta Resolução se aplica no
que couber, aos procedimentos de importação e
exportação de material biológico humano.
TRANSPORTE DE MATERIAL
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
HUMANO -
RDC 20/2014
ABRANGÊNCIA
REMETENTES e DESTINATÁRIOS:
Serviços de saúde
Bancos de Sangue, Tecidos, Células
Indústrias
Centros de pesquisa – exportação e importação
TRANSPORTADORES:
Próprios
Empresas transportadoras de cargas
Agentes de carga /Operadores de transporte
Empresa transportadoras de passageiros
• Art. 4º O transporte de material biológico humano fica
submetido às regras e procedimentos estabelecidos
nesta Resolução, sem prejuízo do disposto em outras
normas vigentes peculiares a cada material e modo de
transporte.
TRANSPORTE DE MATERIAL
Qualidade
Pessoal
Processos
Responsabilidades
Biossegurança
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
HUMANO RDC –
RDC
20/2014
QUALIDADE
TRANSPORTE DE MATERIAL
BIOLÓGICO HUMANO
Art. 5º
Padronização de procedimentos
Instruções escritas e padronizadas
Disponíveis a todo pessoal envolvido no processo
Revisão anual e/ou sempre que ocorrer alterações no processo
Art. 6º
Gestão de erros
Registros e investigação de não conformidades
Medidas preventivas e corretivas
TRANSPORTE DE MATERIAL
BIOLÓGICO HUMANO
Terceirização
Art. 7º Permissão mediante documento escrito (contratos,
convênios, termos)
Prestador de serviço legalmente constituído
Infraestrutura, conhecimento e pessoal treinado
Supervisão técnica de profissional comprovadamente
capacitado
Licenciado pela Visa local competente
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO HUMANO
“§5° Na hipótese de transporte de material biológico humano, realizado
por transportadores ou instituições governamentais, mediante acordos autorizados ou estabelecidos entre o Ministério da Saúde ou órgão ou entidade relacionado, tais como órgãos de segurança pública e Forças Armadas, em que não é exigido o licenciamento sanitário, o processo de transporte pode ser avaliado pelas autoridades de vigilância sanitária local competente, caso necessário ”.
TRANSPORTE DE MATERIAL
BIOLÓGICO HUMANO
Documentação
Art. 8º Documentos e registros disponíveis a Visa sempre que
solicitado.
Art. 42 – Arquivamento por 5 anos
TERCEIRIZAÇÃO: Definição em instrumento escrito - Arquivamento por partes envolvidas
PESSOAL
TRANSPORTE DE MATERIAL
BIOLÓGICO HUMANO
Art. 9º
TREINAMENTO
Compatível com a função desempenhada
Natureza do material biológico
Sempre que ocorrer alteração nos procedimentos
Avaliação da efetividade do treinamento
TERCEIRIZAÇÃO: As responsabilidades pela elaboração, execução e
avaliação dos treinamentos devem estar definidas no instrumento escrito que comprove a terceirização, de acordo com as diretrizes técnicas definidas pelo contratante, mantendo-se os registros documentais
PROCESSOS
TRANSPORTE DE MATERIAL
BIOLÓGICO HUMANO
Art. 10
EMBALAGEM E ACONDICIONAMENTO
Preservação de integridade e estabilidade
Segurança do pessoal envolvido
PROCESSOS
TRANSPORTE DE MATERIAL
BIOLÓGICO HUMANO
Art. 11
Validação da etapa de acondicionamento
Tipo de material biológico
Finalidade de transporte
Aprovação do supervisor técnico
Controle de temperatura
conservação das características biológicas
tempo de transporte previsto ( margem de atrasos )
Revalidação: mudanças – avaliação pelo supervisor
PROCESSOS
TRANSPORTE DE MATERIAL
BIOLÓGICO HUMANO
Art. 12
Embalagem por especificidade de material biológico
Exclusivas para finalidade de transporte
Material apropriado (normas e fabricantes)
Art. 13 Substância infecciosa Categoria A UN 2814 -
Instrução de Embalagem PI 620
Art. 14 Substância biológica Categoria B UN 3373 –
Instrução de Embalagem PI 650
PROCESSOS
TRANSPORTE DE MATERIAL
BIOLÓGICO HUMANO
Art. 14 Categoria Espécime Humana de Risco Mínimo
Embalagem primária:
amostras líquidas – impermeável, vedação à prova de vazamento.
amostras sólidas ou semi-sólidas - resistente, mecanismo de fechamento.
Embalagem secundária:
Material resistente, à prova de vazamento.
Embalagem terciária rígida: resistente, tamanho adequado, fechamento,
materiais laváveis e resistentes a desinfetantes podem ser reutilizáveis.
PROCESSOS
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO HUMANO
Art. 15 Categoria Espécime Humana de Risco Mínimo
Para as amostras biológicas transportadas em embalagem interna
frágil, passível de quebra, furo ou rachadura, é necessário que se
observem os seguintes aspectos:
a) embalagem primária deve disposta de maneira a evitar choques entre si e/ou com a embalagem que a envolve, de forma a manter a integridade do material transportado; e
b) para amostras líquidas - material absorvente
PROCESSOS
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
HUMANO
Art. 16 Material Isento
Sabidamente isentos de agentes infecciosos,
Tenham
sido
submetidos
a
processos
de
neutralização/inativação,
Materiais biológicos secos coletados em dispositivos específicos,
Sangue e componentes para transfusão,
Células, tecidos e órgãos para transplante.
Deve-se aplicar os procedimentos de embalagem para espécime
humana de risco mínimo
PROCESSOS
TRANSPORTE DE MATERIAL
BIOLÓGICO HUMANO
Art. 17
Classificação de Risco
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO APLICADO AO TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO HUMANO
Amostra biológica humana
1- Tem-se conhecimento de que a amostra não contém agentes infecciosos?
2- O material biológico foi submetido a processos de neutralização ou inativação de agentes infecciosos?
3- O material biológico contém somente microrganismos não patogênicos para seres humanos? 4- Trata-se de amostra seca de sangue em material absorvente ou similar?
5- Trata-se de material biológico para fins terapêuticos em transfusão/transplante?
SIM NÃO ou NÃO SE SABE
Pode-se classificar como Material Biológico Categoria A? SIM ou NÃO
NÃO SE SABE
Amostra biológica com MÍNIMA probabilidade da presença de agentes infecciosos
SIM NÃO ou NÃO SE SABE
Adaptado:
1) OMS – Organização Mundial de Saúde
Guia sobre regulamentação relativa ao Transporte de Substâncias Infecciosas 2013 – 2014.
Não estão sujeitas as regulamentações de transporte para artigos perigosos vigentes. Verificar normativas específicas de
acordo com cada material e finalidade de transporte
Substância Infecciosa Categoria A
Substância Biológica Categoria B Espécime Humana de Rísco Mínimo
PROCESSOS
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
HUMANO
Art. 18 Sobre - embalagem
- Para acondicionamento de embalagens
- Cada embalagem deve ser sinalizada e rotulada
individualmente
EMBALAGEM
Art. 19 Reutilizáveis
- Embalagens constituídas de materiais passíveis de limpeza,
secagem e desinfecção ou esterilização
- Tecnicamente justificáveis
- Protocolos definidos
PROCESSOS
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
HUMANO
Art. 20 - A rotulagem deve estar de acordo com o tipo,
classificação de risco e requisitos de conservação do material
biológico humano transportado
ROTULAGEM
Art. 21 - Legíveis, compreensíveis, expressas em língua portuguesa com tinta indelével, à prova d'água e sobre um fundo de cor contrastante, com dimensões proporcionais ao tamanho da embalagem, sem prejuízo do disposto em outras normas vigentes peculiares a cada material e modo de transporte
Importação - as informações expressas em língua portuguesa ou língua
inglesa
Art. 22 - Firmemente aderidos às embalagens, não podendo ser rasurados, adulterados ou cobertos por etiquetas, marcas ou partes da embalagem.
PROCESSOS
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
HUMANO
ROTULAGEM
Art. 23
I - identificação do remetente e do destinatário, além de endereços completos e telefones de contato;
II - identificação apropriada do material biológico;
III- etiqueta e marcação referente ao tipo de material biológico transportado, quando aplicável;
IV- frases de advertências, quando aplicável;
V- sinalização de modo e sentido de abertura, quando aplicável; VI- marcação de embalagem homologada, quando aplicável e;
VII- contatos telefônicos, disponíveis 24 (vinte e quatro) horas, para casos de acidentes e incidentes.
Categorias A e B – normas específicas
PROCESSOS
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO HUMANO
ROTULAGEM
Art. 24
Gelo seco, nitrogênio líquido, líquido criogênico, gás não
inflamável ou outro material de conservação e preservação
que ofereça riscos durante o processo de transporte, a
embalagem e sinalização deve estar de acordo com as
normas vigentes peculiares ao transporte de material
considerado perigoso.
Art. 25 Quando se tratar de material biológico humano que não possa ser submetido à radiação (raios-X), tal característica deve ser
RESPONSABILIDADES
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO HUMANO
Art. 26. Remetente, transportador e destinatário – Instrumento escrito
I - providências relacionadas à documentação de expedição; II - medidas de biossegurança;
III - condições necessárias de conservação e estabilidade do material biológico;
IV - elaboração das instruções escritas de acordo com as atividades desenvolvidas por cada parte; e
V - a definição da logística a ser utilizada e o mecanismo de comunicação entre as partes envolvidas.
Parágrafo único. Para o transporte internacional de material biológico humano, a responsabilidade pela documentação a ser obtida cabe ao
RESPONSABILIDADES
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
HUMANO
Remetente
Art. 27. Cumprimento das exigências previstas, com a devida antecedência em relação à respectiva remessa aérea, terrestre ou aquaviária.
Art. 28 Acondicionamento – Identificação do profissional que executou o acondicionamento.
Art. 29 Informações técnicas referentes ao material transportado: procedimentos e cuidados com o material, risco biológico e procedimentos de emergência a serem adotados em caso de acidente ou fato que exponha o transportador, a população ou o ambiente ao material biológico humano.
RESPONSABILIDADES
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO HUMANO
Remetente
Art. 29.
Empresa de transporte de passageiros e cargas rodoviário, ferroviário, aquaviário ou operadores aéreos
Não estão sujeitos ao licenciamento sanitário,
Responsabilidade do remetente a verificação das condições técnicas em que esta parte do processo será realizada,
Monitoramento da entrega e chegada do material ao seu destino final, Instrumento escrito que comprove a terceirização.
A autoridade sanitária competente poderá avaliar, quando julgar necessário, as condições técnicas sanitárias do transporte
RESPONSABILIDADES
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO HUMANO
Remetente
Art. 30. O remetente deve dar conhecimento ao destinatário
sobre informações específicas referentes ao transporte, a
data e a hora prevista para a chegada ao destino, quando
couber, conforme estabelecido em instrumento escrito
que comprove a relação entre as partes, de modo que a
carga possa ser prontamente recebida.
RESPONSABILIDADES
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO HUMANO
Transportador
Art. 31. Infraestrutura ao processo de transporte de material biológico humano, considerando-se o respectivo tipo e classificação de risco.
Art. 32. Documento que permita a rastreabilidade da expedição/carga
transportada
Art. 33. Condições da embalagem e da documentação no ato do recebimento do material
Art. 34. O veículo transportador deve contar com condições adequadas de higiene e limpeza, bem como dispor de mecanismo que assegure a
integridade da embalagem terciária e do material biológico transportado
RESPONSABILIDADES
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO HUMANO
Destinatário
Art. 35. O destinatário deve garantir a abertura das
embalagens em local apropriado e de modo seguro, de
acordo com a classificação de risco do material biológico
humano, bem como a manutenção da integridade deste
material biológico de acordo com suas especificidades.
Art. 36. Condições de recebimento do material – registro
Identificação do profissional responsável pelo recebimento da
embalagem
BIOSSEGURANÇA
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO HUMANO
Art. 37. Normas de biossegurança e de saúde do trabalhador, de forma a prevenir riscos de exposição direta dos profissionais envolvidos, dos transportadores, da população e do ambiente ao material biológico humano. Art. 38. Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC),
Equipamentos de Proteção Individual (EPI), de acordo com o risco envolvido nas atividades de manipulação do material biológico.
Art. 39. Treinamento em uso de equipamentos em situação
BIOSSEGURANÇA
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO HUMANO
Art. 40. Vacinação de acordo com as normas de saúde do trabalhador.
Profissional sob risco de exposição direta ao material biológico humano aquele que tenha entre suas atribuições a possibilidade de manipulação do conteúdo interno da carga transportada.
Art. 41. Exposição ao risco do material biológico humano durante o
trânsito, o transportador deve :
I- informar as autoridades locais competentes sobre o fato; II- comunicar ao remetente e ao destinatário o ocorrido;
III - dar destino aos resíduos gerados de acordo com as informações fornecidas pelo remetente e demais medidas de proteção à população e ao meio ambiente, quando couber;
Art. 43.
• Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)
Resolução ANTT Nº 420/04, alterada pela Resolução ANTT Nº 1.644/06, alterada Resolução ANTT Nº 2.657/08, alterada pela Resolução ANTT Nº 3383/10 e alterada pela Resolução ANTT N° 3648/11 “Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.”
• Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)
IS n° 175/004 Portaria nº 795/SPO, de 3 de abril de 2014 “Orientações quanto aos procedimentos para a expedição e transporte de substâncias biológicas e infectantes em aeronaves civis”
• Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)
RESOLUÇÃO Nº 2239- ANTAQ, DE 15 DE SETEMBRO DE 2011. Aprova a norma de procedimentos para trânsito seguro de produtos perigosos por instalações portuárias situadas dentro ou fora da área do porto organizado.
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
HUMANO
Art. 44. Entra em vigor 10 de maio de 2014
Art. 45. Os novos transportadores de material biológico e
aqueles que pretendam reiniciar suas atividades devem atender
às exigências desta Resolução, a partir de sua publicação,
previamente ao início seu funcionamento
Art. 46. O descumprimento das disposições contidas nesta
Resolução constitui infração sanitária, nos termos da Lei nº
6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das
responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.
Art. 47. Os casos omissos ou excepcionais verificados na
aplicação desta norma serão apreciados pela autoridade de
vigilância sanitária competente nos termos da legislação
vigente.
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
HUMANO
PORTARIA CONJUNTA ANVISA/MS
Dispõe sobre regulamento técnico-sanitário para
o transporte de
sangue e componentes
.
Regulamento sanitário para o transporte de material biológico humano definido pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) (RDC 20/2014),
Regulamento técnico de procedimentos hemoterápicos do Ministério da Saúde
(Portaria 2712/2013),
Requisitos de Boas Práticas no Ciclo do Sangue definidos pela Anvisa (RDC 57/10). Art. 2º Definir e estabelecer requisitos sanitários para o transporte de
sangue e componentes, em suas diferentes modalidades e formas, para garantir a segurança, minimizar os riscos sanitários e preservar a integridade do material.
PORTARIA CONJUNTA ANVISA/MS
Art. 3 Sangue e Componentes
Amostras de sangue de doadores transportados para triagem laboratorial,
Bolsas de sangue transportadas para processamento,
Hemocomponentes transportados para estoque,procedimentos especiais em hemocomponentes, transfusão e produção industrial,
Amostras de sangue de receptores para teste laboratorial pré-transfusional.
Ciclo do sangue
Coleta
Tubos
(Amostras )Bolsas de
Sangue
Laboratórios
Sorologia Testes NAT Imunohematologia Indústria Hemocomponentes Transfusão Centros de Pesquisa Transporte Transporte Transporte Transporte Processamento Distribuição Armazenamento Transporte TransporteREMETENTE MATERIAL DESTINATÁRIO FINALIDADES Serviço de Hemoterapia .Amostras .Sangue total .Hemocomponentes
Serviço de Hemoterapia .Estoque/Transfusão .Triagem Laboratorial .Processamento .Procedimentos especiais .Sangue total .Hemocomponentes Hospital (Assistência Hemoterápica) Transfusão .Sangue total .Hemocomponentes
Domicílio Transfusão domiciliar
.Hemocomponentes Indústria Produção de
hemoderivados/reagentes/ testes de proficiência, etc.
.Amostras .Sangue total .Hemocomponentes Centros de Pesquisa Pesquisas científicas Hospital (Assistência Hemoterápica)
.Amostras Serviço de Hemoterapia Testes pré-transfusionais
(amostras de pacientes)
Mecanismos de Controle no Transporte
de Sangue e Componentes
• Pessoal capacitado e sob supervisão técnica;
• Equipamentos qualificados;
• Procedimentos precisos padronizados;
• Circuitos/Fluxos pré-estabelecidos;
• Condições de transporte validadas;
• Contratos com prestadores de serviços externos;
• Avaliações periódicas, medidas preventivas e corretivas
DO TRANSPORTE DE SANGUE E
HEMOCOMPONENTES EM HEMOTERAPIA
Lei no 10205/2001 – Regulamenta o art 190 CF 88.RDC 57/ANVISA, de 16 de dezembro de 2010 que define o regulamento sanitário para serviços que realizam atividades do ciclo do sangue. Neste regulamento há alguns requisitos sanitários para o transporte de sangue e componentes.
Portaria 2712, de 12 de novembro de 2013 que define os procedimentos técnicos hemoterápicos. Nesta Portaria há definições técnicas de armazenamento e transporte de sangue e componentes para conservação das propriedades biológicas do material.
PORTARIA CONJUNTA ANVISA/MS
Art 5 O transporte deverá ser realizado por serviços de hemoterapia ou serviços de saúde licenciados pela autoridade de vigilância sanitária competente.
Art. 6 Empresa Terceirizada
1. Contrato, convênio ou termo de responsabilidade (instrumento escrito formal)
2. Legalmente constituída;
3. Profissional habilitado para exercer as atividades de acondicionamento, execução e verificação das condições de transporte, distribuição e armazenagem de materiais biológicos nos termos normativos de Conselho Profissional;
1) SH (carro próprio) Destinatário
1) SH segurança pública Destinatário
3) SH
empresa terceirizada
Destinatário
4) SH(carro próprio)
empresa transporte carga/
passageiro
D
estinatário
5) SH
empresa terceirizada
empresa transporte
carga/passageiro
Destinatário.
CASOS PARTICULARES
Art. 7 Transporte de passageiros:
Responsabilidade do remetente a verificação das condições técnicas Monitoramento da entrega e chegada do material no seu destino
final,
Contrato, convênio ou termo de responsabilidade, salvo casos contrários definidos em legislação específica vigente”
§ 2 “Órgãos de segurança pública e Forças Armadas, entre outras
de natureza similar, não está sujeito a licenciamento sanitário e será realizado mediante acordos formalizados entre os referidos serviços e as respectivas instituições”.
CASOS PARTICULARES
Art. 8º Todos os documentos e registros das atividades referentes ao
transporte de sangue e componentes deverão estar disponíveis para fornecimento aos órgãos de vigilância sanitária sempre que solicitado.
Parágrafo único. No caso de atividade de transporte terceirizada, constará expressamente no instrumento escrito que comprove a terceirização, quais documentos e registros ficarão sob a guarda de cada parte envolvida.
Art. 9º O pessoal diretamente envolvido em cada etapa do processo de
transporte receberá o regular treinamento específico, compatível com a função desempenhada, e sempre que ocorrer alteração nos procedimentos.
Parágrafo único. As responsabilidades pela elaboração, execução e avaliação dos treinamentos estarão definidas no instrumento escrito que comprove a terceirização, de acordo com as diretrizes técnicas definidas pelo contratante, mantendo-se os registros documentais.
•Transporte internacional – doação/exportação – proibição (Lei n°10205/01)
Exceção: solidariedade e acordos internacionais, elucidação diagnóstica – autorizado pelo Ministério da Saúde.
• Art. 10 Transporte Interestadual – mediante autorização da Anvisa (Lei 6360/76)
I. Para fins transfusionais (procedimentos ocasional) –emergências. II. Para fins processamento, triagem laboratorial, transfusão
(procedimentos rotineiros) – validade de um ano.
•Fracionamento de Plasma– Contrato de Fracionamento/LFB
Autorização de exportação emitida pela Anvisa com anuência do Ministério da Saúde.
DO TRANSPORTE DE SANGUE E
Autorização Anvisa – transporte
interestadual
:
ROTINEIRA - Anual
I - formulário de peticionamento;
II - licenciamento sanitário vigente dos serviços de hemoterapia remetente e destinatário;
III - avaliação do processo de transporte realizada pela Vigilância
Sanitária local do serviço de hemoterapia remetente e do destinatário.
EXTRAORDINÁRIA - notificação ANVISA
AUTORIZAÇÃO INTERESTADUAL
Articulação entre Visas - Anvisa
Procedimentos de segurança sanitária desenvolvidos nos
Portos e Aeroportos em área específica da Anvisa nestes
locais.
Trata-se de uma autorização concedida ao serviço de
hemoterapia remetente para exercer no âmbito de suas
atividades
o
transporte
interestadual
de
sangue
e
componentes para fins transfusionais, de processamento,
armazenamento e triagem laboratorial.
FLUXO AUTORIZAÇÃO TRANPORTE INTERESTADUAL
Requisitos SERVIÇO DE HEMOTERAPIA REMETENTE:
Mecanismos robustos de rastreabilidade da carga transportada,
Validação do processo de transporte considerando o tempo e temperaturas requeridas,
Contratos entre serviço fornecedor (remetente) e serviço que irá receber o material (destinatário),
Contrato com empresa transportadora
Requisitos SERVIÇO DE HEMOTEAPIA DESTINATÁRIO:
condições técnicas e de infraestrutura para comportar e garantir qualidade do material a ser recebido.
FORMULÁRIO DE PETIÇÃO PARA TRANSPORTE INTERESTADUAL DE MATERIAL BIOLÓGICO RELACIONADO ÀS ATIVIDADES HEMOTERÁPICAS
1- Tipo de petição:
( ) concessão ( ) renovação
2- Atividade:
( ) rotineira ( ) extraordinária (emergencial)
3- Material biológico a ser transportado
a) No caso de transporte rotineiro, determinar a média mensal de unidades transportado por tipo de hemocomponentes.
( ) bolsa de sangue total ( ) ( ) hemocomponentes eritrocitários ( ) ( ) hemocomponentes plaquetários ( ) ( ) hemocomponentes plasmáticos ( ) ( ) amostra biológica (soro, plasma, sangue total) ( ) ( ) outros. Especificar:
b) No caso de transporte emergencial, determinar o quantitativo transportador
4- Finalidade do transporte ( ) transfusão ( ) processamento ( ) procedimentos especiais ( ) triagem laboratorial ( ) pesquisa/ensino ( ) outros. Especificar:
5- Modal de transporte a ser utilizado:
( ) terrestre ( ) aéreo ( ) aquaviário
6- Identificação do Serviço de Hemoterapia remetente:
Razão social: Nome fantasia: Identificação cadastral (No CNPJ): Responsável Legal: Responsável Técnico: Endereço:
Município: Estado: CEP:
Fax:( ) Telefone: ( )
e - mail:
Natureza do Serviço:
( ) Público ( ) Privado ( ) Privado – SUS ( ) Filantrópico-SUS
HEMOCAD n°: CNES n°:
7- Identificação do Serviço de Hemoterapia destinatário: Razão social: Nome fantasia: Identificação cadastral (No CNPJ): Responsável Legal: Responsável Técnico: Endereço:
Município: Estado: CEP:
Fax:( ) Telefone:( )
e - mail:
Natureza do Serviço:
( ) Público ( ) Privado ( ) Privado – SUS ( ) Filantrópico-SUS
HEMOCAD n°: CNES n°:
8. Dados do Transportador
Para o transporte realizado pelo próprio serviço de hemoterapia:
8.1 – Meio de transporte a ser utilizado (veiculo próprio, carga acompanhada, serviço de operadores de transporte):
8.2 – Comprovação de supervisão técnica competente para verificação e controles na garantia da qualidade da carga transportada.
Para o transporte terceirizado:
Razão social: Nome fantasia:
Identificação cadastral (No CNPJ): Responsável Legal:
Supervisor Técnico pelo transporte: Endereço:
Município: Estado: CEP:
Fax: ( ) Telefone: ( ) e - mail:
Tipo de veículos disponibilizados para esta atividade: N° da Licença Sanitária e data da validade:
Declaramos sob as pena da lei, que todas as informações aqui prestadas são verdadeiras.
Assinatura e Carimbo do Responsável Técnico do Serviço de Hemoterapia Remetente
DO TRANSPORTE DE SANGUE E HEMOCOMPONENTES EM HEMOTERAPIA
Art. 11. O serviço de hemoterapia ou outro serviço de saúde
remetente é responsável pelo acondicionamento e rotulagem do sangue e componente a ser transportado.
§1° Caberá ao serviço remetente o fornecimento de informações
referentes às exigências técnicas relacionadas ao transporte de sangue
e componentes, incluindo-se procedimentos e cuidados com o material, à classificação de risco biológico e aos procedimentos de emergência a serem adotados em caso de acidente ou fato que exponha o transportador, a população ou o ambiente ao material biológico transportado.
§2° Para a classificação do material biológico a ser transportado, utilizar-se-á o diagrama de classificação de risco aplicado ao transporte de sangue e componentes em conformidade com o Anexo desta Portaria.
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO APLICADO AO TRANSPORTE DE SANGUE E COMPONENTES
Amostra biológica humana
OMS – Organização Mundial de Saúde. WHO Guidance on regulations for the transport of infectious substances 2013 – 2014 (adaptado).
Material Biológico para
Transfusão
(sem risco ao processo de transporte) Substância Biológica Categoria B UN3373 PI 650
DOADORES DE SANGUE PACIENTES
Não reagente/negativo
na sorologia ou NAT Sem resultados
laboratoriais, mas com aptidão clínica Material Biológico Risco Mínimo (Exempt Human Especimen) Reagente Positivo ou Inconclusivo Indeterminado
MATERIAL BIOLÓGICO HUMANA
Substância Biológica Categoria A UN2814 PI 620 Símbolo de Risco Biológico
Material biológico infeccioso cuja exposição ao mesmo pode causar
incapacidade permanente ou
enfermidade mortal, pondo em risco a vida humana ou de outros animais.
Ex: Lista de Agentes Infecciosos
publicada pela OMS(anexo I)
Material Isento
DO TRANSPORTE DE SANGUE E HEMOCOMPONENTES EM HEMOTERAPIA
Art. 12. O transporte de sangue e componentes será realizado em embalagens externas rígidas, com especificações técnicas para
transporte a depender da carga transportada.
§ 1° Fica vedado, como material de embalagem externa, o poliestireno expandido (isopor), sacos plásticos e outros materiais sem rigidez, resistência e impermeabilidade apropriadas.
§ 2° Para o transporte de unidade de sangue total e hemocomponentes coletados, processados e armazenados em sistemas de bolsas de
sangue não será necessária à utilização de embalagens intermediárias,
salvo para o transporte por via aérea, devendo-se adotar sistema de embalagem tripla conforme definido em normas específicas da Agência Nacional de Aviação Civil.
§ 3° A embalagem intermediária deverá ser impermeável e à prova de vazamento.
Embalagem terciária rígida - resistente, de tamanho adequado ao
material biológico transportado e dotada de dispositivo de fechamento, observando-se que materiais laváveis e resistentes a desinfetantes podem ser reutilizáveis. A embalagem externa deve ser rígida, protegendo seus conteúdos de influências exteriores, tais como danos físicos e água quando em trânsito.
Caixas plásticas (PVC), papelão, metal, tambores ou outros materiais rígidos são exemplos de embalagens terciárias que podem ser usadas nos serviços de hemoterapia. O poliestireno expandido (isopor), sacos
plásticos e outros materiais sem rigidez, resistência e impermeabilidade apropriadas não são permitidas como embalagem externa para transporte de sangue e componentes.
embalagem secundária - material resistente de forma a
conter a embalagem primária, impermeável e à prova de
vazamento.
Sacos plásticos são muito utilizados como embalagem
secundária.
Para
o
transporte
de
sangue
total
e
hemocomponentes coletados, processados e armazenados
em sistemas de bolsas de sangue não é necessário à
utilização de embalagens secundárias uma vez que as
embalagens primárias (bolsas de sangue) são resistentes e
seguras.
BOLSAS DE SANGUE
Art 12 § 2 EMBALAGEM SECUNDÁRIA/INTERMEDIÁRIA
Fabricação destas bolsas plásticas vários testes são exigidos, inclusive o de pressão conforme normativa da Anvisa: “Não deve ocorrer qualquer
vazamento, quando comprimida gradualmente entre duas superfícies planas (pratos) revestidas com papel indicador, a uma pressão equivalente a 100 kPa acima da pressão atmosférica alcançada em 1 minuto e mantida por 10 minutos à temperatura de (23± 2)°C.”
Por precaução para o transporte por via aérea, deve-se adotar sistema de embalagem tripla (ANAC) - em casos de acidentes e rompimentos de bolsas com sangue e hemocomponentes, não extravasar material biológico para a embalagem externa e compartimento de carga da aeronave.
embalagem primária, dotada de dispositivo que garanta
vedação à prova de vazamento e impermeável para
amostras líquidas, e no caso de amostras sólidas ou
semi-sólidas, recipiente resistente dotado de mecanismo de
fechamento que impeça o extravasamento do material.
A bolsa de sangue e o tubo de amostras são considerados
embalagens ou recipientes primários.
Art. 13. O transporte de unidades de sangue total e
hemocomponentes
liberados
para
procedimentos
de
transfusão será realizado em embalagem exclusiva.
Art. 14. Sobre embalagem ....
Art. 15. A embalagem externa de transporte de unidades de
sangue total e hemocomponentes para procedimentos de
transfusão será identificada com a descrição de que se trata
de produto biológico para transfusão.
Art. 19. Reutilização de embalagens
Art. 20. As informações do rótulo e etiqueta das
embalagens serão legíveis, compreensíveis, expressas em
língua portuguesa com tinta indelével, à prova
d’água e
sobre um fundo de cor contrastante, com dimensões
proporcionais ao tamanho da embalagem, sem prejuízo do
disposto em outras normas vigentes peculiares a sangue e
componentes e cada modo de transporte.
Art. 21. O rótulo e a etiqueta permanecerão firmemente
aderidos às embalagens, não podendo ser rasurados ou
Art. 22. A embalagem externa conterá, no mínimo, sem
prejuízo do disposto em outras normas vigentes peculiares a
sangue e componentes e cada modo de transporte:
•identificação do serviço de hemoterapia remetente, do
transportador e do serviço destinatário, além de endereços
completos e telefones de contato;
•identificação do tipo de material biológico transportado;
•classificação de risco do material biológico transportado;
•frases de advertências, quando aplicável;
•sinalização de modo e sentido de abertura;
•data e hora do acondicionamento do material biológico; e
•contatos telefônicos para casos de acidentes.
Art. 23. O sistema de embalagens utilizadas para o transporte de sangue e componentes será constituído de forma a garantir a
manutenção da temperatura
Art. 24. As etapas de acondicionamento e controle de temperatura
durante o transporte de sangue e componentes serão validadas pelo
serviço de hemoterapia remetente ou sob sua instrução.
§ 1° O conjunto de embalagens e material refrigerante estará adequado às necessidades de controle de temperatura para conservação do material biológico, verificando-se os seguintes fatores:
intervalo de temperatura de transporte; temperatura ambiente;
eficácia do isolamento térmico; e
tempo do transporte, que deve ser previsto com margem de
segurança para atrasos.
ART 24. PROCESSO DE VALIDAÇÃO DE
TRANSPORTE
MATERIAL
BIOLÓGICO
TEMPERATURA (°C)
Sangue total
1 a 10 (não produz plaquetas)
20 a 24 (produz plaquetas)
Concentrado de Hemácias 1 a10
Concentrado de Plaquetas 20 a 24
Plasma
≤ - 18 (para transfusão)
≤ - 20 (insumo farmacêutico)
COLETA DE SANGUE Tubos com sangue
Laboratórios de triagem
Hemácias Plasma Plaquetas
Transporte de sangue total 20°C a 24°C por no máximo 24h – Plaquetas 1°C a 10°C
Processamento hemocomponentes Armazenamento
Distribuição
Refrigerador Freezer Agitador
2°C a 6°C 20°C a 24°C -18°C/-20°C TRANSFUSÃO Indústria Pesquisa/Paineis 1°C a 10°C -18°C -20°C 20°C a 24°C
PROCESSO DE VALIDAÇÃO DE
TRANSPORTE
2) Temperatura ambiente
O Brasil apresenta amplitude térmica de grande variação por cada região e período do ano. Este fator deve ser avaliado pelo serviço de hemoterapia na definição de critérios do processo de validação do transporte.
Amplitude térmica segundo o IBGE significa a oscilação ou diferença entre as temperaturas máximas e mínimas, ou entre temperaturas médias, a mais elevada e a mais baixa, no decorrer de um intervalo de tempo.
Estudo de validação de transporte desenvolvido na Austrália pelo
Australian Red Cross Blood Service utilizou temperatura ambiente variando de 2°C a 42°C. É recomendável que o serviço utilize
PROCESSO DE VALIDAÇÃO DE
TRANSPORTE
PROCESSO DE VALIDAÇÃO DE
TRANSPORTE
3) Eficácia do isolamento térmico
O isolante térmico é uma estrutura ou material que dificulta a dissipação do calor mantendo resfriado por tempo determinado a temperatura de conservação do material transportado, devido a sua alta resistência térmica. Vários mecanismos são utilizados como isolante térmico, por exemplo, o
vácuo, lã de vidro, poliestireno, poliuretano e outros.
A validação do processo de transporte deve levar em conta o tipo de isolante utilizado.
PROCESSO DE VALIDAÇÃO DE
TRANSPORTE
4) Tempo do transporte e a margem de segurança para atrasos
O tempo de transporte de sangue e componentes é fator crucial devido ao caráter biológico dos produtos transportados. Não existe um
padrão para o tempo de transporte de sangue e componentes. Cada
serviço deve estabelecer o tempo de transporte que atenda suas necessidades considerando as margens de atraso para definir sua validação.
O Ministério da Saúde recomenda um tempo máximo de transporte de 24 horas para hemocomponentes e de 18 horas para sangue total para procedimentos de processamento.
UK – 24 hs
PROCESSO DE VALIDAÇÃO DE
TRANSPORTE
5) Material Refrigerante
No processo de validação do transporte a quantidade de material refrigerante (gelo, gelo seco, gelo reciclável/reutilizável, etc) deve ser definida para cada modelo de acondicionamento considerando a quantidade de material biológico para garantir a conservação da temperatura pelo tempo determinado. O gelo reciclável (gelox) deve ser pré-acondicionado em temperatura e por tempo definido, este elementos devem ser considerados no processo de validação.
A descrição e a configuração dos componentes das
embalagens devem ser bem definidas no processo de
validação para cada tipo de material biológico!
Modelo esquemático básico de acondicionamento de hemocomponentes.
.Caixa externa rígida
.Tipo de isolante (Ex.: poliuretano)
Gelo reciclável
(quantidade de refrigerante definido)
Divisor de papelão
(dispositivo separador gelo/hemácias ou plaquetas)
Saco plástico (embalagem secundária)
Termômetro (dispositivo monitoramento de temperatura)
Bolsa de Sangue Total/Hemocomponentes
Art. 25. O serviço de hemoterapia deverá estabelecer fluxo em sua estrutura física para o trânsito de sangue e componentes de forma a evitar o cruzamento com doadores e pacientes ao longo do trajeto.
Do Transporte de Unidades de Sangue Total e
Hemocomponentes
Art. 26. Externo: Documentação de carga contendo as seguintes informações:
nome e endereço da instituição remetente e da pessoa responsável pelo envio;
nome e endereço da instituição destinatária; identificação do transportador;
tipo(s) de hemocomponente(s) transportado(s);
código de identificação da(s) unidade(s) transportada(s); registro da data e hora do acondicionamento;
identificação do profissional responsável pelo acondicionamento; e condições de conservação do material biológico, quando couber.
§ 1° o transportador deverá portar documento que demonstre que
todas as unidades transportadas são negativas ou não reagentes
§ 2° Para o transporte aéreo de sangue e componentes classificados como Espécime Humana de Risco Mínimo – julgamento profissional
DOCUMENTO DE CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAL RISCO MÍNIMO:
•Nome completo do profissional, seu CPF e n° de registro em conselho profissional;
•Serviço de hemoterapia ou serviço de saúde de vínculo, com CNPJ, endereço completo e telefones de contato;
•Descrição que se trata de transporte de material classificado como isento e que não se enquadra em classe de artigo perigoso;
•Descrição dos mecanismos utilizados para a classificação como material isento (testes não reagentes/negativos, aptidão em triagem clínica, etc); •Descrição da quantidade a ser transportada;
•Declaração do tipo de acondicionamento (triplo para transporte aéreo);
•Declaração com a respectiva quantidade de material refrigerante (gelo, gelo seco, gelox, gelo em gel, nitrogênio líquido, etc);
•Data;
•Assinatura e carimbo do profissional responsável.
Art. 33. O transporte de sangue e componentes que utilize gelo seco ou outro material de conservação e preservação que ofereça riscos durante o processo de transporte será realizado em embalagem apropriada e sinalizada externamente de acordo com as normas específicas para o transporte de material refrigerante perigoso.
Art. 34. A temperatura de conservação de sangue e componentes será
registrada durante o processo de transporte, sendo monitorada por
mecanismos que possibilitem a verificação de seus valores fora do limite estabelecido.
Art. 35. As unidades de sangue total e hemocomponentes para processamento, armazenamento e transfusão entre os setores internos do serviço de hemoterapia serão transportadas, devidamente acondicionadas e identificadas, de forma a proporcionar a conservação e a integridade de suas características e a segurança dos profissionais envolvidos.
Do Transporte de Unidades de Sangue Total e Hemocomponentes
Do Transporte de Amostras de Sangue para Triagem Laboratorial de Doadores e Receptores
Art. 36. O transporte de amostras biológicas para triagem laboratorial de doadores e receptores será realizado de forma a garantir a segurança
em casos de acidentes e a conservação das propriedades biológicas do material transportado.
Art. 37. A embalagem interna (recipiente ou tubo) será impermeável e hermeticamente fechada.
Parágrafo único. O recipiente ou tubo de que trata o caput será
acondicionado em embalagem intermediária, organizada de forma a
evitar o derramamento do material biológico e o impacto entre si, caso sejam 2 (dois) ou mais recipientes ou tubos transportados juntos.
Art. 38. A embalagem externa será impermeável e resistente a rupturas e perfurocortantes.
ORGANIZAÇÃO DOS TUBOS DE AMOSTRAS
Do Transporte de Amostras de Sangue para Triagem Laboratorial de Doadores e Receptores
Art. 39. Será de uso único a embalagem que não permita
higienização.
Art. 40. As etiquetas dos tubos deverão estar firmemente
aderidas e preencher os requisitos para rastreabilidade de
amostras de sangue do doador e do receptor de acordo
estabelecido no regulamento técnico sobre procedimentos
hemoterápicos e nas Boas Práticas do Ciclo do Sangue
definidos pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa.
Do Transporte de Amostras de Sangue para
Triagem Laboratorial de Doadores e Receptores
AMBIENTE INTERNO
Art.41. O transporte de amostras biológicas será realizado
num intervalo de temperatura de 20 ºC (vinte graus Celsius) a
24 °C (vinte e quatro graus Celsius), não sendo necessária a
utilização de caixas de transporte com componente
isotérmico se realizado em ambientes internos com
temperaturas controladas.
Do Transporte de Amostras de Sangue para
Triagem Laboratorial de Doadores e Receptores
AMBIENTE INTERNO
Art.41.
Parágrafo único. Será permitida a utilização de sistemas de embalagens
duplas (interna e externa), mas apenas se a circulação do material
biológico ocorrer no ambiente interno do serviço de hemoterapia ou outro serviço de saúde e desde que o recipiente ou tubo primário seja acondicionado de forma a se manter fixado à embalagem externa durante o trânsito.
Do Transporte de Amostras de Sangue para
Triagem Laboratorial de Doadores e Receptores
AMBIENTE INTERNO
.Amostra de receptores/pacientes ( B ou RISCO MÍNIMO) avaliação por profissional da saúde
AMBIENTES INTERNOS HOSPITALARES: transporte de carga própria (profissional treinado).
Mecanismo duplo de embalagem (primária e externa rígida), etiquetas de identificação do material e outras exigências relacionadas as prática laboratorial e hemoterápica definidas em normativas específicas.
Do Transporte de Amostras de Sangue para
Triagem Laboratorial de Doadores e Receptores
AMBIENTE EXTERNO
Art. 42. sistema de embalagens triplas (interna, intermediária, externa), com componente isotérmico e com quantidade de material
refrigerante suficiente para a manutenção da temperatura de
conservação das amostras de acordo com o tempo de transporte previsto, mantendo-se os registros.
§1° A temperatura de conservação da amostra biológica para triagem laboratorial de doadores e receptores estará de acordo com as instruções
dos fabricantes dos conjuntos diagnósticos utilizados no laboratório, registrada durante o processo de transporte, devendo ser monitorada
por mecanismos que possibilitem a verificação de valores fora do limite estabelecido.
Do Transporte de Amostras de Sangue para
Triagem Laboratorial de Doadores e Receptores
AMBIENTE EXTERNO
Art 42 § 3° Será acompanhado de documentos contendo as
seguintes informações:
identificação da instituição remetente e da pessoa
responsável pelo envio;
identificação da instituição destinatária e da pessoa
responsável pelo recebimento;
identificação do doador e do paciente referente às amostras;
e registro da data e hora do acondicionamento.
Do Transporte de Amostras de Sangue para
Triagem Laboratorial de Doadores e Receptores
AMBIENTE EXTERNO Art 42
§ 4° Via terrestre ou aquaviária, a embalagem externa
deverá estar firme e segura no veículo de transporte, em
mecanismo fixo constituído de material passível de
higienização.
§5° Via aérea, o volume total da amostra não poderá exceder
o permitido pela legislação brasileira de aviação.
§6° Para o transporte aéreo - Espécime Humana de Risco
Mínimo o transportador deverá portar documento
–
julgamento profissional
Do Transporte de Amostras de Sangue para
Triagem Laboratorial de Doadores e Receptores
AMBIENTE EXTERNO
Art. 43. Entre a embalagem interna (recipiente ou tubo) e a
embalagem intermediária haverá material absorvente em
quantidade suficiente para, em caso de acidente, absorver
todo o material extravasado do recipiente ou tubo.
Material absorvente integrando o sistema de embalagens de forma a absorver todo o conteúdo da (s) embalagem (ns) primária (s) no caso de extravasamento de material. Este material pode ser: esponja, isopor, papel absorvente, algodão, tecidos e outros.
Do Transporte de Plasma Humano para
Fracionamento Industrial
Art. 44 - Empresa transportadora legalmente constituída, mediante instrumento escrito que comprove a terceirização, que conterá a definição de responsabilidades de cada um dos contratantes.
Art. 45. A empresa transportadora de plasma : licença sanitária;
autorização de funcionamento de empresa transportadora, em
conformidade com regulamentação específica da Anvisa que trata do transporte de insumos farmacêuticos;
representante legal; e
responsável técnico habilitado para implantar, executar e verificar
o cumprimento das normas de transporte de insumos farmacêuticos.