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A Escola Primaria, 1925, anno 8, n. 12, jan., RJ

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(1)

,. '

'

1 .. , .. • I ~ . E V I S T A. .1\IIEN A.I~

Sob a

direcção de

i11spectores

escolares

do Districto

federal

Director•Prcsidente

ALFREDO C. l)E F. AL \!fM Gerente :

YE/..,VA P. DESA FREIRE

Redacção : RUA 7 DE SETEMBRO, 174

Offícinas : RUA DO CARMO, 55-A

! ASSIGNA TURAS : t

Para os Estados ) um an no· · · • · ·

l 6 n1czes ••..•••.• .

p

t . t F d 1) U111 anno ....

ara o 1s r1c o e era } 6 mezes ..•.. União Postal ..•... . ... 10$000 6$000 9$000 5$000 12$000 su~~lvrARIO Progra111111as novos

Monsenhor João Pio. . O Ensino Lejgo

1. C. Costa Sena... . O ensino da g;eographia 1onathas Serrano. . . . Saber ler e escrever

Abtlio B. Alencar... Grandezas proporcionaes

!ttestre Escola.. . . . Tres palavrinhas

Othello Reis . . . . . Educaçllo do hon1cn1 e do cidadão

Othello Reis.. ... Geographia

Virgínia!. Paula Rosa Lingua rnaterna

Olympia· do Coutto. .. . Arithn1ctica

--·====::::=================-..:=:=-__;===:.:::;:=-.:::======--===:.::::: ==-=======-=-====-=--========:::::::

Programmas novos

A disposição da lei que i11stitue a revisão

ibiennal dos program,nas das escolas prinzarias é

'frequentemente visada pelas censuras e

reclama-ções do corpo doce,zte, qL1e ;ama{s pode exe-cutar da primeira á ulti,na classe rzm plano de

~nsino. Queixam-se os professores de que n1al

se viJo adextrando ern um progranzma, quando

poderian1 começar a collzer f ructos do esforço despendido para orgarzizar seg11ndo a norma

es-tabelecida ser1s conhecimentos e seus planos indi- , viduaes, desaba nova distribttição das disciplinas

por po,ztos, intlo para o terceiro anno o que

es-tava no quarto, para o quarto o qt1e pertencia

ao segl111do, e assim por deantc.

Realmente, são patentes por toda parte os

male's das re111odelaçiJes, da base á cumieira, dos

progran11nas. Concebe-se a revisão, sim, nzas para se .fazerem aq11l ou ali as alteraç6es que a

pratica fàr ensinando, pois nenhunz programma pode ser a priori born ou mau : é preciso

experi-mental-o, ver,Jicar-lhe as jalhas, as de/iciencêas, os erros. Debalde comnzetteremos aos mais emi-nentes sabias, aos mais perspicazes pedagogos a jeitura de u,n plano de ensino inteiramente

novo : sa!zirá obra em que o coejficiente do

arbi-I

trario, da paixilo, da fantasia exceder,á

Jorçosa-mente o linzite tolera11el.

'

Não sa pode co111prelzender mes,no que com

tanta facilidade estejamvs a inzprovlsar pro-gra,nmas sempre novos e diversos uns dos ot1tros

quando etn todos os paizes é e .. çsa uma e1nprez;

que só se .leva a cabo depois de maduranzcnle

meditada e disc11tida.

Aos administradores superiores riem

senz-pre é facil perceber com justeza as queixas dos

subordinados. Por isso é que destas coltimnas

qL1eremos apresentar ao sr. dr. C:arr1eiro Leão os votos da qaasi unanzmidade do maaisterio que deseja. sejam nze/horados os prog°ramma;

por aperjezçoan1entos lentos e continizos e não

pel~ proce§so. das nzctanzorplzoscs, frequenten1ente

perigoso. 01ç·a s. ex. coni in(eresse a opinião

de alguns professores e perceberá o 111al q11e

tra-zem

.ªº

ensino ta~s_ nzetamorplzoses. Busq11e no archzvo da repart,çao a que preside os

program-mas qt1e se têm succedido sem que haja tempo

nem mesmo de se dizer se são bons ou ,naus, e

ha de convencer-se do que ll'f.e vimos hoje e .. r.pôr

em nonze dos professores.

' Toda a correspondencia deve ser dirigida á Redacção, rua 7 de Setembr.o, 174

(2)

r

308

A ES

.

C

.

OCA:

PRIMARIA

1-IDÉAS E FACTOS

.. ---

-

-

-Senado o approvaria com essa

!'-ignifica-O Ensino Leigo

ção (Apoiados gerae!-). _ .

o

SR. JoÃo P10: - Nao_ o votar1~,

Em uma das ultimas sessõe_s d~ ainda qt1e n1e fosse necessar10 assumir

Cono-resso Mii1eiro, ao ser submett1do a attitude de opposição a todos os meus

disc~ssão, 0 novo regulan1ento _do e~- an1igos politicos, ro1np:r ~om a corr:nte

• 0 0 illuctre senador padre Joao Pio política a que me acho 111t1ma~ente

l1&'a-sin ' . "' segui11te discurso: do porque acin1a de tt1do estao os

pr1n-pronunc1ou o cipios, as minhas convicções, o i:neu

ca-«0

SR. JOÃO P10:-S, P ·, surp~e- , racter de sacerdote e a crenç_a firme na

hendido hontem com a entrada ei:n dts- existencia de Deus e na vida futura.

cussão do regulan1ento _do etlSino, e (Apoiados! Muito bem). ·

sendo de tamanha releva11c1a o assumpt?, A esse regulamento com a ~alavra

sinto t1ão esta,r JJ:epa~ado, qua1:to era leigo, synonymo de atl1et1, não ~ar1a st1a

necessario, para d1scut1r a mater1a com assignatura o Snr. Dr. Mello \:'tanna,

c:1-a elevc:1-ação dig11c:1-a do Senado, e como jas crenças christãs, J)Osso affi_rmar, _sao

sac.erdote, caracter de qt1e sobre1nodo sinceras (Muito be~). _Não seria

publ1c~-me prézo. . do pelo illustre m1ne1ro, . Dr. Olegario

O reo-11lamento do ensino, em _de- Maciel um codigo de ensino que

(Jros-ba(e, é t1;balho digno de :ncomios: creves~e a ide a de Deus (Apoiado~) . . .

, attendeu á palpitante necess1d~de da A palavra LEIGO nã_o tem . a

s1gn1f1-instrucção do povo; nas st1as m1nude~- cação iiranceza, porém s11n a

111terpreta-c:as traça narinas para regularizar

ª

dtf- ção que lhe dá Barbalho nos seus Co11;-f~sã'o do ensino. E' traball10 acabado, 1 mentarios á Constituição, dizendo, as

ao qual nada se pode accresce11tar e que, pags. 313 e 314: «Esse senti~~nto, em

por si honra os seus autores. arau razoavel e sem exclus1v1smo de

Entretanto, h~ nelle. uma palavra ~eita, se pode e deve cultivar mesn10

!1ª

que me traz á tribu~a, _Diz

?

reg~la- escola leiga. Esta não professa o

~tl1e1s-mei,to: 0 ensino sera obr1gator10 e leigo. mo nem faz propaganda em prol ~e

A palavra leigo significa em verna- umas contra outras religiões; ella nao

etilo: prin1eiro, o qtte não, tem _ordem sa- repelle as idéas religiosas e moraes 9ue

era; segt1ndo, o qt1e. n_ão e _clerical, e, em são o patrimonio commum ?ªs set!as.

terceiro Jogar, ind1v1duo ignorante em mais conscienciosas e esclarecidas,

pr1n-determinada ma teria, . . cipios universaes, abraçados po~ _todas

Carlos Maxim1l~an.o,_ no~ seuas as convicções e que estão no esp1r1to do

Commentarios á Constituiç~o, _da á P · seculo.

lavra leigo a significa_çã?

~e

t~dtff~::11~~~ Si O ~estre não tem que catechisar~

religião, que a Const1tu~çao ig~o

T

t 1 -e isto a ot1trem caberá que não a um·

·reconhece Oeu_s, nem_ vida futu1 a. an

~

funccio11ario do Estado,-não se ~egue

é assim que aff1rma t1ao poder o ~overn d hi tte dever1do formar o coraçao do

'equiparar collegios, onde se ensin_a ª re- d~sci ilio' se absten.ha elle de

inculcar-ligião, aos instituto_s

o!ff

cia:s · Da, thor- l~e apidé~ do dever, os sentiment?s

mo-tantoJ a leigo a s1gn1f1caçao de a eu, raes, que são o ·apanagio das soc1e?ade.s '

fál-a synonymo de atheu · .

ºf'

bem ordenadas e que recebem a 1nflu1-.

Si

é

esta, Sr· fresidented

ª ~

1~;1

~~

· ção do espírito ~eligioso,

cação da palavr_a le1g~o,exoasrsao a c~mo ~e- Assin1 a escola não ensinará maxi-.

lamento do e11s1no, na P , · · · , aos

alu-presenta11te de Minas catholica, como mas intoler~ntes,não 1ns~1rara religião.

d

t

como um estudioso dos pro- ,n11os o od10 aos que pro essam

t~~:ai ephilosophicos e ~ociologicos, diversa, não entrará no áhie;~gl~~t~a dâ!

votar esse regulame11to (Mtttto bem)' dogtm~~~ d~sq~~o~~r!ªJe~: guaidar entre

o

SR. ÜLYMPIO MOURÃO.-Nem o neura 1 a .

• •

'

A

ESCOLA

PRIMARIAi

309

todas as confissões, o respeito por todos laicidade, que para elles é a indifferença

os direitos e liberdades legitimas, o amor completa, o esquecimento absoluto de

do proximo sem distincção de crenç~s, a tudo que

é

.Deus, alma, vida futura.

fraternidade dos povos e raças, a car1da- Ha quem diga que a

expressão-de para com todos, a responsabilidade ensino leigo, -significa não poder o

pro-. pessoal, o ~mor á orde,:n, ~ respeito á _lei fessor ensinar uma determinada religião.

e aos superiores, o patr1ot1smo, a pratica Não é tal o sentido acceito pelo codigo

do bem e da virtude, emfim. Um ensino de e·nsino, como se deprehende

clara-assim nada tem de ante-religioso e está mente do art. 489:- No edifício das

es-mui longe de comprometter a segurança colas publicas, ou particulares

subven-e o futuro do Estado; ao contrario, o am- cionadas, PODERÁ SER MINISTRADO PELO

para e o escuda». PROFESSOR, ou por outrem, o ENSINO DA

· Ao envez, pois, de Carlos Maximi- RELIGIÃO da maioria da localidade.

liano, Barbalho, autorizado constitucio- Este dispositivo dirime a questão e

nalista, não dá á palavra leigo a accepção torna claro o sentido da palavra leigo,

de atheu. (Apoiados! Muito bem).

o

Sn. ÜETULIO CA,RVALHO:-Leigo

o

Sn. ALFREDO CATÃO--A palavra

está empregado no sentido constitucio- leigo tem accepção amplissima em

por-nal, isto é, no que lhe dá a constituição· tuguez, applicando-se até para distinguir

O SR. JOÃO P10:-Perdão, estou O juiz togado do não formado.

citando duas interpretações differentes, O SR. JoÃo Pio. -Não é tanto

contrarias, feitas por dous constituciona- assim. O estudo de direito se fazia, em

listas; portanto,ha divergencia na exegese Portugal, na Academia de Coimbra, e

da palavra leigo. . os estudantes de direito tinham habito

Aliás, Snr. Presidente, Leroy Beau- talar, vestiam batina, eram clerigos, não

lieu, no seu livro L'ETAT MODERNE ET eram lei os. Leigos eram aquelles que

ses FONCTIONS, estabelece clara e positi- cursavam aulas e se formavam sem as

vatnente o meu pensamento, qt1ando diz honras de clerigos, alguma cousa como

á pags. 295: o bacharel e o doutor de borla e capei lo.

''A laicidade do Estado não implica Dahi veio o chamar-se leigo ao juiz não

a hostilidade contra a religião, nem a formado ou illetrado. Entretanto, não é

mal querença,nem mesm~ a indifferen~a; propria a occasião para discutirmos

phi-ella assignala some11te a 1ndependenc1a · lologia e grammatica historica.

Mas, ·do facto de serem dttas pessoas in- Voltando ao assumpto, Sr.

Presi-dependentes uma da outra não se con- dente, fique bem esclarecido, como

ele-clue que devam ser inimigas, nem tam- mento historico, que nem o Dr. O lega.

pouco que devam deixar de ter entre si rio Maciel, nem o Dr. Mello Vianna,

quaesquer relações. nem o Congresso Mineiro, jamais

appro-Uma sociedade em que o ~stado e variam e assignariam um regulamento ·

a religião se acham em_ lucta nao póde 'atheu, para ser applicado ao ensino do

deixar de ser uma sociedade profunda- povo mineiro. (Muito bem).

~ente abalada; de .0 ~tro lado, uma so. DIVERSOS SENADORES- E' este o

ciedade onde a rel1g1ão e o Estado pre- t d S d

tendem ignorar .. s~ mutuamente é quasi pensa

0

me

5

n

°

Mo enalo ·

. d d . .

!''

R. IGUEL ANA.-V. Excia.

uma socte a e 1mposs1ve , t, d' · d b 'Jh t t

''O Estado atheu é cousa muito di- es

ª

iscut,n

°

ri an emen e·.

versa do Estado leigo Póde-se discutirá

O

SR. JoÃo Pio-Muito obrigado.

vontade sobre a significação desta for- A opinião de V. Ex. sobremodo me

pe-mula: tanto pela etymologia como pela nhora ,.

concepção popular, só tem ella um sen- Já que o Se_nado m~ ~onra ~om

be-tido, o da negação da divindade e quan- n~volente attençao, ped1r1a venta p~ra

to com esta se relaciona· não in11Jiica a dizer com t<>da franqueza, que o ensino

indifferença, implica a h~stilidade''. religioso ~~via de ficar, ~~_escola, a car~

E' evidente, pois, que Leroy ' Beau- go dos m1n1stros da rel1g1ao, uma vez

lieu não communga as ideas de Combes, que, como quer o r~gu_lamento, se atten-Waldeck Rousseau, Briand, Clemenceau, da á crenç~ da ma1or1a d~s alu~nos,

e

outros, que envolveram o atheismo na não se obrigando um cathol1co a lições

(3)

-• I•

'

• ' • • . 310

A E

:

SCOLA

PRIM.i\.RIA

• 1

protestantes,

nem

u1n protestante e apren- intellectual,

nem o

amadorisn10 ]iteraria,

der

O

cathecismo.

(Muito bem).

neJT1

o

scept

icismo

sentimental podem

.

Mas o professor

pu

blico

primaria consolar o

hon1em,

fortifical-o e

preser-dev1a ser obrigado o instillar no espirita vai-o do crime e do

su

icidio. A

n1orali-da

s

crean~as a cre~ça na

existencia

de dad~

tem

necessidade de

um

ponto de

Deu~ e

na !1nm

ortal1dade

da

alma.

(Muito

,

apoio,

que

e

lia

só encontra

e

m

Det1s, na

·

bem.

Apoiados).

·

'c:en.ça, no dever, na

liberd

ade

e 11uma

.

Deus e a vida

futura

são noções ba-

j

vida futura. Todas

as

dot1tr!nas

qu

~

~e-s1cas na educação

:

não ha systema phi-

1

gan, a Deus,

a

alma e o

livr

e

arb1tr10,

!osophfco algum que possa

st

ibstittiir

a

abal~m a mora.!,

.

ar

ref

ecem

os nobres

1dea

de

Det1s

e

da immortalidade da se11t1mentos, d1m1nuem a rept1g11ancia

a_lma, disse um

escriptor

de11ota. (Muito para

o

mal

»

.

oem),

Poderia

ainda

trazer

á

baila varios

U~

indivi~uo

cu

lto,

com

tim

sys- outrós autores

insuspeito

s,

corno o

JJosi-tem_a pl11losoph1co

em

que não cogite

tivi

s

ta Ma

eds

la

y,

que,

e

n1

a

rtigo

estam-da 1dea

de

Deus, pode

ser

um homem pado na Revista fJhilosophica

qe A

bril,

de bem,

um

homem honrado um bom

1884,

assevera que o

SENTIMENTO RELI·

cidadão;

mas, para educar e'

in

stru

ir

a GIOSO

É

UMA Gl~ANDE

FOl'{ÇA MORAL,

creança

é

forçoso gravar-lhe

n'alma

a OPPos,·A

AO

EGOISMO. Renan

·

no

seu

li-crença, em Deu

s

:

educar a creança sem vro Os APOSTOLOS, affirma:

ACAUTELE-Deus

e formar monstros

·

,

é

la11çar

as

MO-NOS Df CUMPLICIDADE NA DIMINUIÇÃO

bases

para essas doutrinas subversivas

DA

VIRTUDE,

que am

eaça

a sociedade. Si

q~e ~e

resumem

no

sovietismo, é formar

o

christia11ismo se er1fraq11ece, qt1e

seria~

cr11n111osos.

(Apoiados).

1nos

nós

sem elle?

Oliv

eira

Martins, Sr.

fale

por mini

uma

attctoridadc

de

Presidente, no SvsTEMA

DOS

MYTHOS,

a)to

valor, um mestre de direito

criminal tem uma

pagina admiravel

que

deixo

o

celebr

e

Proa!,

em

cujo livro LE

CRIM~ de

citar

na

i11te

g

ra ao Senado,

n1as

ET

LA

p

1 ·

que

r

esu

mo

,

dizendo que

s

upprimir

a

EINE eio

ª

seguinte

pagina:

idea de

Deus é

substituir pelo

punl1al,

«_Assim,

longe de pensar que a in-

pela

,

d)

'n

amite

e

pelo revolver a

educa-s_trucçao, separada

das

crenças

espiritua-

çãodo

povo. Supprimir a immor~alidad

e

lista~, possa

supprimir

a criminalidade, da aln1

a

do espírito do

povo

é indicar-lhe

receto q11e a augmente.

o caminl10 para o

suicídio

ou

para as

Creio, com Julio

Simon, que

não doutrinas

subversivas da

orden1

e da

ha como

as

fortes crenças

para

tornar

O

lei. (Apoiados, muito bem!)

'

homem '?1eih?r,

e

q11e nem

a

physiologia

Seja

-me

per

-

mittido

citar um 11ome

.

nem a h1stor1a natural,

nem

o culto do

respeitado e

insu

s1Je

,

ito

,

qual

o

'

do

pro-bello, poderão dar a força moral

que o

testante

Guizot

para

que a

ir1strucção

hometn encontra na fé

ao

dever a Deus

seja

verdadeirament

e

boa e

socialmente

e ao

!ivre

arbitrio, e na espe;ança d~ util, cumpre

que

seja

profundamente

re

-uma vida fl'!e~hor, Nem o posi

t

ivisn10

,

li

g

iosa, que

a educação popular seja re

,

-nem o darw1n1~"'!º•

nem

o ag11osticismo, cebida

e

dada

no seio

de uma

atmos-nem O phenomin1smo,

nem

o epicurismo phera religiosa,

1

e q11e os

sentimentos e

' .... r,~· ,,,, .• • ·., ... , ' • . . , • •'""· ... ~

-CASA

CIRlO

.

-

F•eL'f't1ma1·ia e finas cl.1.1 ti la1.·ia ·

. '

orande sortimento de artigos dentarios Importação dirccta dos Estados Unidos e Europa •

RUA

·

DO

Julio

Berto

OUVIDOR, 183

Telephone,N. 1317 Norte- Caixa Postaln.15

' ' ' ' 1 '

Círio

I

END. TELE O. CIRIO RI O DE

f

A N E 1

R O

• • 1 •

A

ESCOL

'

A P.RlMARIA

311

costt1mes

religiosos nella

penetren1

por davam nesse temor, bem como as provas

todos

os

lados. Nas

escolas primarias de fogo e

o

proprio duello.

deve a influencia religiosa estar toda hora

Infeliz da sociedade, descrénte

da

presente, sem o q11e desapparece

O

valor vida futura : descambará para o mais

moral

da escola, e esta se acha

ª

pique

g.rosseiro

rr1aterialisn10, e applicanclo a

de

se

tornar um peri!lo

~

.

SI

n1esma O

EDAMUS ET

BIBAMUS,

Cl{AS

Quizera pois q11e,

em

logar

de

en

-

ENIM MORIEi\1UR se e11tregará a todos

os

s

i

nar

o professor a religião da maioria prazeres, a toclos os

vicios

,

a todos os

dos alumnos,

fosse

obrigado a

derram

ar

crimes.

n

o

espirito das crea11ças a idea de Deus

Afastemos do

esJJirito

das creanças,

e

da vida

futura

·

(Muito bein)

·

desde o berço

e

11a escola, a crença na

E' a idea basica de todas as reli- existe11cia de Det1s

e

na vida

futura,

e

giões e seitas e de todo o systema J)bilo-

amanhã

Minas deixará de ser a

terra

bem-sopl1ico qLte pretendan1 gt1iar

as

co11sci-

l

dict

1

a; amollecido o caracter dos

seu

s

fi-e11c

i

as.

(Apoiados!

Muito bem)

.

!

lhos, perdido o culto da ordem e do

de-A crença na divindade, as respon- ver, obliteradas as noções de honra,

Mi-sabilidades de u111a vida futura, na qual nas não será a terra de que rios

ufana-se

pr

estarão

contas dos actos

111át1s

,

é

a

mos; l)erderá

esse

nome tão zela~o pelos

melhor

sancção para os actos ht11nanos

.

nossos antepassados

e

com que nos

au-0

terror

de uma divindade JJttnindo os reolamos, cl1eios de sa11ta

uf

ania

.

(Muito

tnáttS foi, em todos os povos. através de bem!

o

ORADOR

É

VIVAMENTE CUMPRI··

todas

as Ci\rilizações, a

origen

1

da pena MENTADO E ABRAÇADO

PELOS

SI{S.

SE-no

dire

i

to crí'mina

l :

as Ordalias se fun- NADORES)

.

Façam uma

visita

as

nossas

casas

Pyjan,as f

i

nos dtsde

.

.

. . .

.

. .

.

.

. .

. .

. . .

.

Roupão

para

banho, de

sde

. . . .

.

. .

.

.

.

.

. .

. .

To

,1

lh

as

de bant10

a

l

agoa11as,

desde

. . .

. .

. .

. . .

.

Toalhas de rosto

fe

lpu

das, desde

.

.

. . . .

.

.

.

Colchas de côres

para pensões a

. . .

. . . . .

. .

. .

T

apetes

para

qua

rt

os

a

. . . .

.

. . . •

.

. . . . .

.

.

CAMISAS PARA HOMENS

-

~ e

~

an1isa de percal

a

. . . .

.

. .

. .

. . . .

. . .

~

Can1isa zephir

crépe .

.

.

. . . .

.

. . . .

.

.

. .

.

~

Ca1nisas

linho e

seda

.

.

. .

. . . . .

• .

. . . .

.

~

Meias de

seda

para senhora

(par)

. . .

.

. . . .

.

. . .

M

Can1isas para meninos, desde

. . . .

.

. . .

.

~ .

l ~

Meias

de seda

c/ costura

. .

.

.

.

. . . , . . .

. .

.

@

Meias toda

cie seda

com baguet

. . . .

.

~~

ME

IAS

PARA

CRIANÇAS

18$500

~

2B$QOO

~

9$500

~

2$500 ~ 10$500

@

18$SOO ~ ~ 10$500 ~ 13$800 ~ 26$500 ~ 4$500 ~ 9$500 5$500 ~ 12$500 ~

~

~

Meias de

seda

todas

as

côres, até

s

annos (par)

. . . . .

3$500

~

Meias todas

as

côres, de

6

a

7

annos

(par)

. . . .

.

4$500

~

E'. de todo impos~i~el

m

encio

.11

ar

os

preços

de

to~o~

os

ar

t

i

g

os,

porém,

~

~

ZENS a

AVENIDA PASSOS,

21

(quas1 esquina de

Luiz

de Camões).

,

~~~~

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

• 1 •

(4)

' •

3)2

O ensino de

.,.-~- ~-···

A

ESCOL

'

A: PRIMARIA

'

II• • A

geographia

ESCOLA

, nhecemos praticamente e não por meio

1 de definições decoradas.

1

• A geographia é, sem duvida,

scien-c1a que exige, para seu perfeito

conheci-mento, calculos difficieis e complicados,

O ensino de geographia, em nossas mas não é assim que ha de ser dada na

e scolas, ainda se resente de falhas e de- escola primaria.

feitos, que devem quanto antes desappa- . Nas classes inferiores, deve ser

lec-recer. cionada como lição de coisas; nas mais

'Diga-se, em bem da verdade, que adeantadas , por meio de descripções iaes imperfeições não são exclusivas do impressivas, auxiliada por leituras

attra-ensino elementar, mas se estendem com- hentes ·

quar1to attenuadas , ao curso secundario. Descreve-se geralmente a terra

Pode dizer-se que, da melhoria de ! como todo imn1utavel no decurso do methodos modernos, ella é a disciplina tempo· .

que menos tem sido be11eficiada. . Os rios nos apparecem com os seus Os compendios usados em seu es- leitos

excavados e seguindo sempre o tudo são os mesmos de 4rinta annos atrás mesmo curso; as ilhas surgiram em meio

e alguns modernos, que têm vindo a do oceano e nã? se modificam; os conti-lume, salvo raras excepções, ,,ão modifi · ne~tes sempre t1vera1n a mesma forma

_e

caran1 de modo sensível a antiga orienta- assim se perpetuam. Nenhuma referencia

ção. aos grand es cataclysmos que

transforma-Já

se faz nas escolas um pouco de ram a face da terra e principalmente á

~arJog raphia, 'progresso e~idente; mas se acção do_s ' outr~s. factores p~rmanentes 1ns1ste no ensino numerico e em muitos qt1e a estao mod1f1cando continuamente. casos, abstracto, inteiramente'improducti- Em uma palav_ra: app~ehendemos vo, senão contraproducente. da terr~ a parte estat,ca e deixamos

de~-. de~-. Inauguramos o seu esttido por de- perc~b1d0s os seus ph~n~menos dynam1"' f1n1ções, via de regra pouco comprehen- cos, JUstam~nte os mais interessantes.

síveis, isto

é,

por n1eio de syntheses, . Outro 1_rtconveniente seri?, que p~e-quando o seu ensino deve ser analytico e cisa ser banido quanto a11tes, e o habito

descriptivo. de recitai· de cór grande numero de

Vale dizer que começamos pelo fim 11omes e accid.entes geo&'raphicos, muitos e ensina1nos ás avessas, pois

affirmou dos quaes de 1mporta11c1a somenos.

u111 entendido nesses assumptos que são ~sse, abuso de no1nenclatura geo-necessarios annos de analyses para um graph1ca e ttm mal que vem de longe e

dia de synthese. qt1e concorre .par~ tornar a aprendizagem . . Mas o qtte é de todo o ponto injus- da geograph1a ar1da e e~fado~ha:

t1f1cavel no ensino da g eog rapl,ia como . Trabalho .e~hat1st1vo,. 1nut1lment_e actualmente é dado

é

o Jogar secundario imposto ao esp1r1to das crianças,

remi-que occupa o hom~m no seu desenvol.. niscencia tenaz de processos ha muito

vimento. condemnados.

E' preciso que a tor11e mos uma sei- felizmente uma reacção natural•

encia n1enos distante e em vez de defini!- deno1ninada t.Jelos technicos

amnesia

re-a como- sciencia que trata de descripção

trospectiva

,

faz esquecer em dias o que

da terra- definição extensa e imprecisa, se levou mezes a repetir automatica. digamos singelamente qt1e e lia descreve 1nente.

a terra con10 nossa casa , como faz urr1 E' temf)O de mudar de rumo e de

geograpl10 eminente. renovar o ensino de geographia entre

E melhor será assim; si co11he-, 11ós.

cemos bem a nossa casa é porque a co- Deve ensinar-se, na escola, o

ne-' • ' 1 \ ' •

-• )

A ®S

.

C

.

O

_

L',A PJlIMARIA:

313

cessario para a vida pratica e, portanto,

o

q ue não se esquece n11nca.

Do estudo dos varias paizes fican,-nos as li nhas geraes, as impressões de

c onjuncto; apagam-se as minucias, eli-minadas c omo residuos imprestaveis .

Convençamo-nos de que o só nome ,

s em um característico que o assignafe, n ão nos impressiona.

Si q uizermos gravar 11a me1noria uma denominação qualquer, associemos

.a ella t1m facto importante, ttm pormenor pittoresco , uma 1)articularidade notavel.

E'

preciso abastecer a cabeça de nossos

alt1mnos de idéas e factos e não de nomes e abstracções.

A par disso, façamos co11hecer os povos pela s11a physionomia propria,

por seus recursos naturaes e industriaes pelas suas instituições sociaes e poli~

ticas . .

Só assim, ensinando geog raphia human a, economica e política, fare1nos

trabalho util e duradot1ro.

. Isto exig e,

é

claro, esforço, leitura e enthusiasmo, pois só o mestre ()ode animar a lição do compe11dio, por rnais

'

perfeito que elle seja.

E

'

com o intuito de contribuir para essa' reforma urgente, que traduziremos para esta revista, adaptando-os alo-uns capitula s de uma obra rnodel;r n~

as-s um pto .

J

.

e.

DA CosT A SENA .

Saber ler

e escrever

Un1 dos phenomenos mais

curio-s os q ue se observam não raro entre do-centes, q uer do magisterio primario,

,qtter do secundaria (seria descabido fazer aqt1i refe rencias ao ensino superior, dada a in dole desta revista) é o

e

sq1tecitn

e

nto

da f

in

a

li

dade dos cttrso

:;

.

1

A

critica pode e deve estender-se ,

a g rande maioria das materias ensinadas, e 11ão so111ente ao estudo da língua

ver-nacula, de que nos propomos aqui

tra-tar com mais particular attenção. -Não é

apenas aos docentes- resalvadas, como

sempre, as excepções ho11rosas, tanto mais admira veis qt1anto mais raras-·, não

é,

dizemos, unicame11te aos mestres, mas ainda aos co111pendios, e até aos

pro-gram mas que, e,n boa justiça, se applica a censura. E diga-se tambem desde log o, para não exaggerar a verdade, que mt1ito mais ainda nos cursos sect1ndarios do que nos primarios se deve larnentar o facto que Sltblir1l1amos .

Todavia o mal existe e o desvio da verdadeira orientação começa frequente-mente log o na escola, nas primeiras

no-ções da líng ua e da historia patria.

Contava-me ha tempos um collega da Escola Normal qt1 e, tendo perg untado a seu filhinho,' alt1mno de um ct1rso

pri-mario;- Qz,e é

latão?,

o

J)equ eno lhe res-pondera, sem titubear : -

Substan

ti

vo,

con

z

m1z1n

,

nzasculi110, sitx

g

ular, dissyllabo,

oxytono.

Ignorava, porém, qu e cousa fo sse, exactam e11 te, o qtt e tal vocabulo

expr1n1e.

Ante-honten, , no trem de Petropolis, •

co11tava-me outro collega - este, porém, do magisterio secundario - qt1e, ao

exa-mi11ar em banca de línguas, o anno pas"

sado, em gy111nasio de estado proximo um dos alumnos de media mais alta, 8

ou 9, respondia maravilhosamente, de cór, ás pergL1ntas sobre re gra de collo-cação de pro11omes, metaplasmos, figu-ras de syntaxe etc ; a prova escripta, en-treta11to, era um desastre, e na analyse o rapaz não sabia disti11gt1ir um

que

inte-grante de un1

qt

t

e

relativo. E, apesar da

media, foi reprovado.

São exemplos que se podem mul-tiplicar. Todos nós conhecemos por

longa experiencia a deploravel manía da grammatica decorada e não applicada e sabemos quão raros os alumnos (eu ia escrevendo tambem - e os professores) capazes de escrever duas paginas de por-tuguês sem l1esitar num pronome ou

nu-ma crase. Ja não irtsisto na questão do

estilo, no sabor Jiterario da phrase, na

riqueza e precisão do vocabulario.

O esqt1ecimento da finalidade dos

cursos é, en1 grande parte, a causa do

mal. Docentes e discentes parece

olvi-darem o por que e para que se estuda

tal ou tal disciplina.

A culpa dos discentes, ja se vê, é

mínima e até, quando se trata de

crean-ças ainda incapazes de reflexão, absolu ..

,

(5)

'

,

.•

314

A ES

.

COLA; PRIMARIA

tamente

nenhuma

.

Mas os mestres

?

AI assumpto do trecho, o resumo,

a

redu-est~s

é

difficil

em

certos c~sos

exculpar

·

I

cção

á

~rosa,

9t1ando se

trata

de poesia,

Pois então

o constructor nao

sabe

qtte

os ia pesquisa da

1dea

centra

l

e das

que ll1e

andai1nes só

existem para

que se

possa

gravitam em

torno

-

tudo

são meios

effi-m

ais

rapida

e

faciln1ente construir

o

cazes

que

levam

ao f

im

visado

:

a

com-predio? Qtte pensar de ttm mestre

de

prehensão

exacta

e integral do

que

se

obras

que

se

esmerasse

na feitura e con- leu. Analysar lexica ou

sy11tacticamente

servação dos andaimes,

1

Jot1co

se lhe

aquillo

que não

se sabe

ás vezes

o que

'

dando da solidez,

eleganc

ia

e acaba-

vem

a ser,

é

urn

absurdo

.

Absurdo

toda-me11to

do

J

)

r

opr

io

edif

ício

?

via

observavel,

maxime nos

cursos

se-Ora tal

é,

ou

ta

'I

se afigtira

,

a ma- cundarios ou normaes, quand?

se an~

l

y-neira de

enca

rar o

ensino da

língua

ver

-

s~m,

por

e~emplo,

sem previa

expltc:,-n

acu

la

err1 certas attlas e

em

c

ertos

liv

ros

çao, os ep1sod1os camoneanos

<le Ignes

destinados

aos

ct1r

sos

de portugttês.

de Castro ott

do Adamasto

r.

Regras,

re

g

ras

e

mais regras, comi

as indefectíveis

excepções

que

tudo

complican1; a

preocct1p

ação

do111inante

da

analyse,

con

side

rada

sem1)re como

a

expressão mais alta do saber e

1i1iico

meio

de

J

Jrovar

conhecimento

d

a

lín

gua;,

a

terrív

e

l nomenclat

ura,

c

ada vez

mais

l

rech

eada

de

reba

rbativos

neologis~os

·

gregos ot1

lati

nos

;

e

,

em

ultjmo

plano,

.

jONATHAS SERRANO

--

-

-

-Gr

andezas

proporcionaes

qu

_and

o

não

?~

todo

esque

cid~,

a

reda-

(LIGEIR

AS NOTAS SOBRE o ARTIGO DOME

a

o,

O

exerctCIO

po1·

excellenc1a,

aq

t1ell

e

MO 1'I'TULO

ACIMA

DA AUTOI~IA

DO

Pl~O--qt1e, com a

leitura

expressiva e

c

omme

n-

FESSOR

Cor

~

l~Eoo

ro

DE

CASTRO).

tada, forma

a

finalidade strprema de

tlm

curso de portugt1ês, porque afinal,

di

gatn

o

que

disseremL

saber a propria'

lingua

é

saber

l

e

r

e

es

crever co,-rect

anzen

-te.

Quem

l

ê

e

esc

rev

e

bem. conhece o

sett

idioma

e

poderá,

até, ser

homem

de

letras, co1n ou

sen1 analyses e gran1ma..:

tiq11ices. Mas

todas as

g

rammatiquices

e

an

a

l

yses

, sem

a arte da

leitur

a

e sem as

qu

al

idad

es

do estilo, só

produzem,

como infelizmente

é

tão commun1,

a

ri-diculez do p

eda

ntismo.

Con1JJrehende-se o que

pretende-mos

dizer

com estas JJalavra

s

:

saber

ler.

Evidentemente

'

não se trata só

de

conl1

ece

r todos os

recursos de exJJressão,

nas

pausas, nas

inflexões,

no

movimento

rapido

Oll va

g

aro

so

. sereno

ot1 ani1nado,

cor1soa11te

o a

ss

umpto do trecho. Não

é

tão

pouco o

saber

evitar os vicios

com-1n u

l1S

de

pront111cia, a

nasalidad

e

,

a

on1issão

de

rr

ou

ss,

as

ligações

erro-neas,

etc.

E',

principalmente, o

s

aber tirar

todo

o

fructo do trecho lido :

ente11dê-lo

·

no todo e

em

cada parte, 11a sig11ificação

pr

ec

isa de

cada

termo, na belleza das

ima

g·e

n'

s

, na força dos

arg:ume11tos,

no

colorido das descripçõ~s. O

exercicio

de

syno11ymia, a

explicação

cuidadosa

do

/

Não podemos negar a origem

experimental das formações elemen._ tares 110 domínio da Arithrnctica e da Geometria. Assim consegt1iranz

· os antigos a explicação das SL1as

pri,neiras leis ,naihernoticas.

Incontestavelmente . deven1os

aos nossos antepassados a gloria de ter estabelecido o alicerce em que asse,zta o edifício esplendoroso eri -gido pelas concepções ,nodernas da

• •

sc1enc1a .

l\ ós aperfeiçoa,nos o metlzodo

porqtte assi1n nos permittirnrrz a abstracç,io e o meio social, nzas as noções fundamentaes, que· trad11zem as forn1ações elen1e11tares, são crea-ções delles, foram elles que nos le -garam, e nós ainda hoje lhes 1zcio

leva11zos 111odificaçíío alguma: stlo

ainda os mesmos e fzão de ser

sem-pre, porq11e f oranz verdades

dedzt-zidas de uma j11st,1 e aturada obser

-vação do nzundo , . - DR. MoRAES

RE00-Ele1ne11tos de Algebra.

Confe

ss

o

que

li com a

sympathia

que sempre me despertam as

coisas

n1a-thematicas

o artigo

-

Ora,zdezas

pro-porciotlaes

da

lavra

do illt1stre

professor

Corre

gg

io de Castro, public,.ado

em o

nu-mero

·

3

da

«

A Escola Primaria

,\

corres-pondente ao n1ez de Abril do

corrente

• 1 • • ' , J . • ' I • ,

A

ES

,

COLA PR!IMAA!A

315

ãnno.

Ernbóra acatando muitas

ide as

expedidas no citado artigo, outras

ha

que merecem

algumas

ol:]jecções,

penso

eu. P

o, pois

,

ao distincto professor

Gorreggio, permissão para discordar

de

certos pontos de seu bem lançado

artigo.

Vejamos quaes

esses

pontos.

Affirma o professor Corre

gg

io, o

se-guinte : -

«

Si considerarmos varios

tama-nhos de pedra

e

os pesos

correspon-dentes

1 • • ' 2 • 5 ..• '

convehção

da numeração falada

ou

es-cripta

em

um

systema qualquer. Para

lei:-•

mos

ou escrevermos um numero

preci-samos adoptar de antemão

uma base

qualguer de numeração e

adopção

dessa

base

está portanto

subord

inad

á

á

nossa

vontade.

Todavia ella deverá estar

de

acordo

com a razão que a julga

éonve-niente, porque

'

satisfaz

a

todos

os fins

intentados

por

um

a

serie de proposições

·

verdadeiras,-que

são as leis

da

Ari·

thmetica.

'

.

Escreve

ainda o professor

Correg-metros cubicos

kilogrammas

1

3000 6000 15000 · . ·

gio

mente pro1Jorcionaes podem sei-o

:-«

Tambem a

s

grandezas

inversa-

ou

ten1os

• , 1 3000 2 6000

pela propria natureza, ot1

por uma mera

convenção

(o

grypho

nz

e

pertence);

e

con-tinua

em

seguida

-«Em

um jogo

qual-quer

poderiamos

convencionar

que

o

r1umero de

pontos

para

cada

jogador

15~00 .... >>

I)'ahi fosse

mero de

inversamente

perdas».

proporcional ao

nu-Nao

l1a senão apparentemente, dada

a hypothese do

·

ajuste

formulado pela

vem a

cotzvetzção

(o

grypfto

é

me1t)

de

proposição acima u1na

convenção.

A

dizermó

s

que os numeradores

de varias

convenção

não existe

aqui

na

acceJJÇão

fracções eguaes,

são proporcionaes

aos

rigorosa do termo.

Em

rigor

~~

e

lia

llf!lª

denominadores.

»

A

proporcionalid

ade

conclusão loo-ica

e

qt1~

o

esp1r1to acce1ta

existente entre os

nt1meradores e deno-

porque

não descobrit1

t1ma

idea

des-minadores das fracções eguaes,-não

é

conveniente

e

nem

ontraditoria com a

absolutamente o resultado de uma

cotl-

sua proposição

equivalente:--

Em um

venção,

mas uma

cónclusão

natural e

Jo-

jogo qltalquer

O

nu,nero de

pontos

p~ra

gica do espírito e que repugna ao

,

tnesmo

cada

jagador

é

directa,ne,zte proporci,zal

acceita-la de outro modo.

Os valores

ao numero

de

ga,iho

s

.

A

primeira

JJro-q~e tré4duzem aquelle modo de

exi~ten-

posição

é

uma

conclusão

racior1al

e

evi-c1a das gran_dezas peso_ e ~olume,

sao

~

dente da

segunda, e não uma

conv.en-cons~quenc1a da exper1enc1a

de

~rna lei ção.

Não

devemos, JJOis

em

boa lo~1ca,

phys1ca :-Os

pesos dos corpos sao /Jro

-

adrnittir a

proporcionalidade

~

nvencional

porcionaes aos seus volu,nes.

como a quer o illustre

pro-tis

r

Cor-Sómente

é

licito admittirmos como reggio.

A

proporcionalidade

tre

as ·

authentica convenção mathematica, o grandezas é sempre a

. nseque

a

d.e

que, embora dependendo do ar bitrio, uma lei physica,

geometr1ca.

o

u

·

mel:

nt-possa servir cfe base e não de conclusão ca, ou uma conclusão racional que

o

'

de nosso raciocinio.

espirito ded11z independente de sua

sim-A

convenção é pois a proposição pies vontade, não podendo as~in~,

ad

/i-rnanifesta ou o con~eito

1

logico

e claro

biturn

do mesmo,

~~r

substituida

por

estabelecido

á

priori

pela nossa livre es- outra,. o que se. verifica na convençao

colha.

.

propriamente dita.

,

'

A

conclusão é a consequencia de

um

encadeamento logico de idéas ou de

raciocinios,

,

ou ainda: a prova de factos

e que portanto só pode ser estabelecida

á

posteriori.

Como exemplo de perfeita conven.

ção mathematica, ternos o principio de

• i

'

f

Mariáos, Junho

de

1924. •

ABILIO DE

BARROS ALENCAR

1 ' '

---• - 1 • 1 •

(6)

• • • ' ' ' ' • ,

'

,, ' ' ' • , ... ,. ,

..

~ .,._. -'

.

.

.'316

'

' A SSC()LA PRIMARtA • ' ,. . ' , '

.

Tre

s

P

a

l

a

vri11

ha

s

qt1

e s

e ti

r

o

t

1 o

t

áí

termo, a qt1e

a

ma11

1

a

;

da compli

ca

ç

ã

o emprestou o

c.

'

'

Í.utlaero

_

Ouv

e

-

se

fr

e

qu

e

nt

e-

l .

·

Qu

er

isto di;2er que

sabstrattu,n

é

mente tnal pronun

c

iado

co

n10 propa

r

o- tolic

e

<;>rtho

g

r

~

phtca do genero de

.

ta-xytono o nome do famo

s

o inici

a

dor d

a

tl

:e

g

o

rt

a

,

_

at~

e

,

s

ysth~ma, nthmosphera,

refor,na religiosa, fundador, portant

o

,

do e

~-

~

"

ª

?

s

o o

s

nesc1os a comettem. O

protJstàntismo. E

'

Lttth

é

ro

qu

e se

dev

e

Di

c

c,onar,? Contemporaneo,

vulgarn:ien-dizer, embora os allemã

es

pr

o

nu

1

1cie111 t

e

conhecido c~mo de At1lete! regista:

Lu'ther.

Luthéro é a proso dia tr

a

dicio

-

•Subs~ratum

(phtlos.)

0

que

,

ex,s~e nos

nal de no3sa lingua,

e

não cr

e

io ha

j

a van- s~res independente das

s

uas qt1al1dades.

tagetn em mudai·.

·

E pal · latina·•

1

1 , , A

admittir

;

porém,

Substratunz,

1nais

Espoear.

-

.Empre

g

am muito consenta

rt

eo

á

índole da lingua me pa·

este verbo escrevendo-o

espou

c

a

r

.

Pare- rece fazer logo

,

Substrato

.

"

ce, porém, que aquella deva

se

r a ver-

·

dadeira graphia. Com ella figura no Dic

-

·

MESTRE ESCOLA

cionario de figueir

e

d

o

,

qt1e regi

s

ta o vo-

·

,

cabulo como termo do Brasil, ain

'

d

a

não

anteriormente concfuido no

s \r

oc

a

bula-

Correspondencia de tres

pala-rios g_era~~-

E'

o

~e

s

mo

,

diz,

q

ue

;;ipoc':r

..

vrinhas

,

·

e a s1gn1f1cação

e

-

e

s

t

oura

r

,

e

xp

l

odir

.

.

Assim sendo, a conjugação d

ev

e

·

ser

esp<f

é

a, espôcam

,

e

tc. Mt1ita razão

E. X.

(Ouaxupé). - O verbo

esque

-teve, pois, meti collega Othello Reis em

cer

fica al1i por

ser esquecido :

não i11cluir no seu

Breviario dos ver-

'

bos,

esse verbo entre aquelles que têm

a

Que esquecerão seus feitos no Oriente

·

syllaba

ou

l

~

_

enultima, c'on10

apoucar,

Se

lá passar a Lusitana gente.

roubar,

etc.

Lus, Canto I, 30

Substrato.

-

Qua11do al

g

t1em

quer falar difficil

.

,

alatinando a

lingua-'

ge1n j)ara fJassar fJOr douto, g

os

ta d

e

emt)regar o vocabulo

·

substractuni,

certo

de que

substrattttrn

6

puro latin1 e

signi-fica: o que está por baixo de tudo, o

fun-damento,

o

esse11cial, o qt1e fica

.

,

a

ver

-dadeira urdidura.

'

Ora

,

debalde procurareis em dic

.i

cio11arios latinos essa palav

r

a em tal

s

e11-tido e ~om tal graphia. O

,

qt1e ha é

substratunz (

sem

t;),

do verbo

subst

e

rno

is, stravi, stratum, sternere

·

.

foi dahi

/ '

~ -·

,---~·~

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·

----1

'

,

Dizer que o sujeito é

elles,

inde-terminado,

s

erá emprestar a Camões u

·

ma

co11strucção que não usava.

'

O verbo

esquecer

apparece

,

no

sen-tido passsivo ainda em

Que11z rtão a/J/Jarece, esquece.

A verdade é que nos dois exemplos

a

1)011tado

s

o sentido

"

verdadeiro é

Qu

e

serão

e

squecidos . .. E' esquecido.

'

'

M.-E.

- - - - ·-

·

-·--.

'

- - -

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' • ' J j

,

AVISO

1 ' ' I \ , •

, , Co.111 e 'ete 11u1ne .1·0 ~o n c l1-1e «A E scola P1·irnat·ia • o seu

Mo. anno de vid~, . • 1

Aos nossos ~ss ig1:1a11 ·t es, qu e nã<.> 1·enova1·am ai11da su.as aseignaturas, 1'>ecli1:11os q11 e o t ·açam, o mais breve possivel,

af'inl de evit.:,.r q1.1.nlq1.1e1· ii-1te1~r1.1pção x1a 1·emessa da i·evJsta.

O pt·eço de ass ign;,1t"1.11·a s ,para os Estados é de l . 0 $ 0 0 0 ,

J>or an110· : pa1·a o Di!!!lt1·icto tFede J.·aI , '0SOOO. ,

A8 collecções d<• s aÍIJ'l<J S an'te1·io1.·eFi , c <>n·J indice alpl1abetico,

custa,1n e1n1 av'ttlso~ 1 l $ 0 0 0 : c ~1to1.·nnd;1 s , 1 ~ $ 0 0 0 ;

encacler-nad;:as J 4 8 0 0 0 .

'.l~_od<;>!!f os pediélos , <1l1.e1· o s ele a ssig11at111·as, q11e1·

º""

de

collecções, devc1n , · i1· e 11de r e çndo ~ á l~ e dacçâ<) cl' A Escola ·

Prfnaarfa,, rua 7 de Sete1-rab1·<) , 17'4!, Rio lle J~ne·i1· 0 ,

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BSCQLA

~

RIMARIA

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J17

-..

III

·

-

LIÇO

ES E E

XERCICIOS

EDUCA

Ç

ÃO DO HOMEM E DO CIDADÃO

-Como

é

con

s

tituid

o

o

Sena

do

Fe-

nu

m

ero não

J

)o

d

e e

xercer

-se

po

r

si sô

deral?

nas re

soluç

õe

s c

o

l

le

ctiva

s

.

-O

Senado Federal, ou

ge

r

a

l

me11-

-

P

or

q

u

a11

t

o t

e

11

z

p

o s

ão eleitos os

te o

«

Senado

»

,

é

composto de

63

rep

r

e-

s

e

n

a

dor

e

s?

sentantes do po

v

o, tleitos

3

para

c

ad

a

-O

s

se

nador

es sã

o eleitos por

no-Estado e

3

para o Districto Fed

e

ral.

v

e

a

nnos

, renovand

o-

se o Senado

trien--Por que não t

e

m o

Ac

r

e

s

e

u

s

r

e

-

na

l

m

ente p

e

lo t

e

rço. Quer i

s

to dizer

qut

presentantes no Congresso Nacio

n

al

.

?

o m

an

d

a

to de cada

s

enador é realmente

-

Porque por

,

ora é apenas um d

e

no'(

e

annos

1

mas as coisas estão ar

-

·

Territorio; não goza

de

autonomia

: é

r

a

njad

as

de tal sort

e

que em cada u1na

administrado directamente por delega- das re

p

res

e

ntações das diversa

s

unida-

,

dos da absoluta e immediata confiança des µa Federação, i

s

to é, em cada uma

do executivo federal. Dentro de pouco da

s «

bancadas. ha de tres em tres annos

tempo, porém, tendo em vista o desen- um

s

enador que completa o seu periodo

volvimento da populaç

ã

o e a prosperi- de nove. Por esta combinação, está

o

dade material

,

mental e mor

a

l d

e

ssa lon- Sen

a

do constantemente a s~ renovar,

ginqua circumscripção, o Acre ha de ser mas não em bloco, de modo que em dado

elevado

á

cathegoria de Estado

.

momento ha sempre senadores que

to--Que nome tomam as represe1

z

.

mam posse e entram pela primeira vez

tantes do povo, enviados ao Senado?

na assem biéa; outros a quem faltam

ain--Os

repres~ntantes enviados pelo

I

da sete, seis, cinco, tres, etc. annos para

.

O voto d

e

ve ser «esclar

_

e

cido

. D

e

v

e

mo-no~ informar

a

r

e

sf!

ei

to das quest

õ

es que se

discutem, da pessoa dos candidatos,

d

e

s

ua mo

ta

lz

dade

, d

e

sua aptid

ti

o par

a

o desempenho do

cargo, de suas opini

õ

es. Para c~

e

gar a

v

otar em

ple

11

0

conh

e

cim

e'n

t

o

d

e

causa,

é

prec

i

so antes

de tudo que se possua al

g

uma instrucçd

o

.

1

f> ;_ JANET

.

\

.

.

'

povo afim de constituirem o Se

r

1ado cha- termina

r

o mandato. As vantagens

desta

mam-se Senadores da Republica

.

combinação facilmente se apprehendem

-Como são escolhid06 os s

e

na-

com

a

meditação.

dores?

/

·

-

Como se faz quando Jallece um

-Os senador<!s são escolhidos por

senador?

suffragio directo do povo, como tambem

-

Fallecendo um senador

elege-se-os deputadelege-se-os

1

o presidente e o viçe-pre- lhe um substituto, que vae exercer

0

si dente da Republica. Os que em cada

'

mandato pelo tempo que ainda faltava ao

Est_ad? e no Districto Federal obtêm extincto para terminar o seu periodo.

ma1or1a de votos são os que occupam as

-

Podem os senadores ser

reelei-cadeiras senatoriaes, isto

é,

os que vão

tos

?

formar o Senado, collaborar directa-

-Os senadores podem ser

reelei-mente no governo do paiz.

tos (í}Uantas vezes o entenderem os

elei--Por que só ha tres senadores para

tores que nelles depositam sua confiança

cada Estado

?

.

-Quais as pessoas do povo que

-Esse numero foi determinado na

concorrem para eleger os senadores?

Constituição como sendo sufficiente.

-

As mesrr,as pessoas que podem

Todos os Estados, pequenos ou gran- escolher os deputados, o presidente e

0

des, prosperos ou pobres, têm

·

assim no vice-presidente da Rept1blica podem

ele-Senado uma representação numerica- ger os senadores: todos os cidadãos

bra- .

mente igual, de modo que o peso do sileiros que se tiverem habilitado

devi-• 1 , •

'

Referências

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