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(1)UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DA SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA ORTODONTIA. AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA NA MORDIDA ABERTA ANTERIOR POR MEIO DO DISPOSITIVO ME – MASTIG. EDUARDO CARPINSKI CORRÊA. São Bernardo do Campo 2012.

(2) AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA NA MORDIDA ABERTA ANTERIOR POR MEIO DO DISPOSITIVO ME – MASTIG. EDUARDO CARPINSKI CORRÊA. Dissertação apresentada à Faculdade da Saúde, Curso de Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Área de Concentração em Ortodontia. Orientador: Prof. Dr. André Luis Ribeiro de Miranda. São Bernardo do Campo 2012.

(3) FICHA CATALOGRÁFICA C842a. Corrêa, Eduardo Carpinski Avaliação da eficiência mastigatória na mordida aberta anterior por meio do dispositivo me-mastig Eduardo Carpinski Corrêa. 2012. 53f. Dissertação (Mestrado em Ortodontia)-Faculdade de Saúde da Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2012. Orientação: André Luis Ribeiro de Miranda 1. Mastigação 2. Eficiência 3. Mordida aberta I. Título . 2. CDD 21. Ed. 617.643. II.

(4) AGRADECIMENTOS ESPECIAIS. À Deus, Que me deu o dom da vida e que a cada dia me mostra a Sua presença ao meu lado, protegendo-me em minha caminhada e mantendo-me firme na fé, Assim, me tornando capaz de alcançar meus objetivos. Sem você eu nada seria!!. Aos meus avós Silvestre (in memorian) e Izaura, aos meus pais Élio (in memorian) e Neli e às minhas irmãs Daniela e Graziela, Alicerces da minha vida, sem os quais nada disso seria possível. Obrigada por vocês me fazerem uma pessoa melhor a cada dia e por estarem sempre ao meu lado. Amo vocês!. Aos meus filhos Felipe, Isabela e Maria Eduarda. Agradeço a vocês, pequenas grandes bênçãos de Deus. Reconheço que muitas foram às vezes que seus olhos me buscaram e estava ausente. Muitas vezes quiseram me abraçar, beijar e não me encontraram. Muitas vezes buscaram meu sorriso e atenção, mas estava apressado para as aulas ou provas. Ainda que estivesse tão envolvido com meus próprios caminhos; sei do fundo de minha alma que sem vocês não teria chegado até aqui e o quanto era doloroso deixá-los a cada despedida. Vocês me incentivaram a caminhar, a ter forças para continuar com abraços, beijos e sorrisos a cada reencontro; foram o alívio para os meus estresses e decepções com olhar carinhoso e porto seguro para meus medos. Junto a vocês compartilho minhas alegrias. Perdoem-me pela ausência e jamais se esqueçam do meu amor infinito por vocês. A vocês, amados filhos, dedico essa vitória!!. III.

(5) "O ser humano vivência a si mesmo, seus pensamentos como algo separado do resto do universo - numa espécie de ilusão de ótica de sua consciência. E essa ilusão é uma espécie de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais, conceitos e ao afeto por pessoas mais próximas. Nossa principal tarefa é a de nos livrarmos dessa prisão, ampliando o nosso círculo de compaixão, para que ele abranja todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza. Ninguém conseguirá alcançar completamente esse objetivo, mas lutar pela sua realização já é por si só parte de nossa liberação e o alicerce de nossa segurança interior." Albert Einstein. IV.

(6) AGRADECIMENTOS. Aos colegas de mestrado: Aluísio Galiano, Daniele Gambarini, Fabíola Frâncio, Geraldo E. Marchiori, Mariana H. S. Carvalho, Marcos Felipe Nunes, Octávio Margoni Neto, Sabrina Rocha Ribeiro, Silvana A. Kairalla e Valéria R. Nicodemos De todos fica a saudade, o aperto no peito, os sonhos que sonhamos. De tudo ficará aquele sorriso de encontro. De tudo que fomos... saudade. Para tudo que sejamos... força e coragem. Sentiremos saudades. Obrigado a vocês que compartilharam os prazeres e dificuldades desta jornada com os quais convivemos durante tantas horas e carregamos a marca de experiências comuns que tivemos. Partamos confiantes em busca de nossos ideais, no exercício de nossa profissão.. Aos meus orientadores, Fernando César Torres, Obrigado pela confiança e por abrir as portas para que eu pudesse desenvolver esse trabalho de pesquisa com êxito. Agradeço sua dedicação e vontade de fazer o melhor, não poupando esforços me encorajando cada vez mais a seguir em frente, Pelos ensinamentos valiosos durante todos esses anos, E... por sua amizade.. André Luis Ribeiro de Miranda Obrigado pelo acompanhamento ao final do curso. Agradeço seu apoio, dedicação e experiências transmitidas como professor e orientador.. Ao professor Luiz Renato Paranhos Paranhos, sua amizade constante foi importante ao longo desse tempo de curso. Agradeço sua dedicação, sabedoria, sua generosidade no conteúdo científico compartilhado e também sua paciência.. V.

(7) AGRADECIMENTOS. Aos professores da Disciplina de Ortodontia, Tarcila Triviño, Claudia Toyama Hino, Carla P.H.A.R. César, Fernanda Angelieri, Renata Cristina Faria Ribeiro de Castro. Obrigado pela convivência durante o curso de mestrado, pela dedicação e pela sabedoria compartilhada.. Às secretárias Ana Regina Trindade e Marilene Domingos da Silva, à Célia Maria dos Santos da radiologia, ao protético Edilson Donizete Gomes Obrigado por sua grande ajuda e dedicação ao longo do curso o que facilitou sobre maneira a realização deste trabalho.. Ao Prof. Dr. Wilson Mestriner Junior (USP – Ribeirão Preto), Por possibilitar a realização deste trabalho com o fornecimento das cápsulas (o dispositivo Me-mastig), pelo seu apoio, colaboração e disponibilidade. Ao Dorival Gaspar (técnico do laboratório, USP - Ribeirão Preto), Pelo auxílio e leitura das cápsulas.. Às escolas E. M. E. B. Prof. Otílio de Oliveira (São Bernardo do Campo - SP), Escola Nova, E. E. Miguel Chiaradia, E. E. Dr. Moreira Brandão (Camanducaia – MG) Agradeço a cooperação de todos funcionários, alunos e principalmente diretores que me permitiram usar as instalações escolares para a coleta de dados, sem a qual não seria possível a realização deste trabalho. Sou bastante grato. Que Deus lhes abençoe.. VI.

(8) SUMÁRIO RESUMO„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„.. X ABSTRACT„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„. XII LISTA DE FIGURAS„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„.. XIII LISTA DE TABELAS„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„ XIV 1 INTRODUÇÃO............................................................................. 2 REVISÃO DE .............. 2 LITERATURA..................................................................... 5 2.1 DISCREPÂNCIAS OCLUSAIS................................................................... 5 2.1.1 Transversais............................................................................ 2.1.2 .................. 5 Sagitais................................................................................ 2.1.3 ...................... 7 Verticais............................................................................... 2.1.3.1 Mordida Aberta ....................... 8 Anterior............................................................................. 8 2.2 EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA................................................................... 10 2.2.1 Métodos de Avaliação da Eficiência Mastigatória................................. 10 3 PROPOSIÇÃO............................................................................. 4 MATERIAL E ............... 15 MÉTODOS........................................................................... 17 4.1 CRITÉRIOS ÉTICOS DA PESQUISA........................................................ 17 4.2 SELEÇÃO E CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA.................................... 17 4.3 AVALIAÇÃO DA MÁ OCLUSÃO................................................................ 18 4.4 METODOLOGIA............................................................................. 4.4.1 O dispositivo Me – .............. 19 Mastig................................................................. 19 4.4.2 Utilizando o Me–Mastig............................................................................. 20 4.4.3 Leitura das cápsulas mastigadas............................................................ 20 4.4.4 Análises Estatísticas............................................................................. 4.4.5 Comparando os .. 24 grupos........................................................................... 24 4.4.6 Análise do erro do método....................................................................... 25 5 RESULTADOS.............................................................................. 5.1 ANÁLISE DO ERRO DO MÉTODO............................................................ .............. 28 28 5.2 COMPARANDO OS GRUPOS.................................................................... 29 6 DISCUSSÃO............................................................................... 6.1 ................. 33 INTRODUÇÃO............................................................................. 6.2 EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA – MÉTODOS EMPREGADOS.................... 33 ........ 33. VII.

(9) 6.2.1 Peneiramento fracionado.......................................................................... 33 6.2.2 Eletromiografia......................................................................... 6.2.3 ........... 35 Colorimétrico........................................................................... 6.3 CARACTERÍSTICA ............. 36 DA AMOSTRA.............................................................. 38 6.4 PRECISÃO DA METODOLOGIA E ERRO DO MÉTODO............................ 39 7 CONCLUSÕES.............................................................................. REFERÊNCIAS„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„„ 46 ................. 44. ANEXO................................................................................... ...................... 51. VIII.

(10) RESUMO.

(11) RESUMO. Este trabalho avaliou a eficiência mastigatória na maloclusão do tipo Mordida Aberta Anterior por meio do Me-mastig, dispositivo que pode ser utilizado no sentido de se mensurar a eficiência da mastigação, prometendo ser uma alternativa prática, rápida e eficiente para o exame da mastigação. O grupo experimental compôs-se de 106 crianças na faixa etária dos 07 aos 11 anos, divididos em 2 grupos, da seguinte forma: (A) Grupo de Mordida Aberta Anterior, contendo 51 crianças e (B) Grupo Controle, com trespasse vertical normal contendo 55 crianças. Procurou-se avaliar a eficiência mastigatória das crianças dos dois grupos e comparar os resultados, que mostraram que a mastigação do grupo mordida aberta anterior foi menos eficiente quando comparada à do grupo controle; fato que se pode explicar pelas características faciais dos indivíduos portadores da maloclusão estudada e também características da própria maloclusão de mordida aberta anterior. Conclusões, a mordida aberta anterior é responsável por uma diminuição significativa da a Eficiência Mastigatória e o dispositivo Me-mastig se mostrou um método eficaz, de fácil utilização e não dispendioso que pode ser usado na clínica diária para se medir ou avaliar a Eficiência Mastigatória.. Palavras-chave: Mastigação. Eficiência. Mordida aberta.. X.

(12) ABSTRACT.

(13) ABSTRACT. This study evaluated the chewing efficiency in Anterior Open Bite malocclusion by Me-mastig, a device that can be used in order to measure the efficiency of mastication, promising to be a practical, fast and efficient alternative to exam the mastication. The experimental group consisted of 106 children aged 07 to 11 years, divided into 2 groups, as follows: (A) Anterior Open Bite Group, containing 51 children and (B) Control Group with normal overbite containing 55 children. We sought to evaluate the masticatory efficiency of the two groups of children and comparing the results, which showed that Anterior Open Bite group chewing was less efficient when compared to the control group; fact that can be explained by the facial features of individuals with malocclusion studied and also the features of the anterior open bite malocclusion. Conclusions, anterior open bite is responsible for a significant decrease in the masticatory efficiency and the Me-mastig device proved to be an effective, easy to use and inexpensive method that can be used in everyday practice to measure or evaluate the Masticatory Efficiency.. Keywords: Mastication. Efficiency. Open bite.. XII.

(14) LISTA DE FIGURAS. Figura 1 Exemplo da mordida em Brodie............................................................... 6 Figura 2 Cubo de parafina................................................................................ Figura 3 Exemplares dos cubos mastigados. A) Grupo Fraco; B) Médio e C) ...... 11 Grupo Bom.......................................................................... Figura 4 Exemplo de ....................... 11 Tamises................................................................................ Figura 5 Régua milimetrada usada na avaliação da má oclusão........................... 18 13 Figura 6 Régua posicionada para a avaliação da sobremordida............................. 18 Figura 7 Dispositivo “Me – mastig ” ....................................................................... 20 Figura 8 Filtragem através da gaze........................................................................ 21 Figura 9 Tubos de ensaio contendo o pigmento.................................................... 21 Figura 10 Aparelho espectrofotômetro, Beckman DU-640...................................... 22 Figura 11 Análise da solução de fucsina e estabelecimento da curva padrão........ 22 Figura 12 Esquema de funcionamento interno do espectrofotômetro..................... 23 Figura 13 Representação gráfica da curva padrão, absorvância da fucsina............. 24 Figura 14 Gráfico de Caixas (‘Box-plot’) para concentração de corante segundo os grupos....................................................................... ........................................... 30 Figura 15 Exemplo de TAMISES em diferentes tamanhos de orifícios............................. 36 Figura 16 Goma de mascar que altera sua cor.......................................................... 41 Figura 17 Escala de cor..................................................................................... ........ 41. XIII.

(15) LISTA DE TABELAS Tabela 1 Medidas descritivas para a concentração de corante fucsina, total e segundo os grupos..................................................................... Tabela 2 Estatísticas descritivas para: A) quantidade de absorvância .... 25 habitual e B) concentração de corante fucsina, para as medidas obtidas na primeira e segunda avaliação e a diferença entre elas....................................................................... .............................. 28 Tabela 3 Medidas descritivas para: A) quantidade absorvância habitual e B) concentração de corante fucsina, total e segundo os grupos............ 30 Tabela 4 Resultado dos testes de Wilcoxon pareado para comparação dos grupos segundo a concentração de corante fucsina......................... 31. XIV.

(16) 1 INTRODUÇÃO.

(17) 1 INTRODUÇÃO. A mastigação pode ser vista como o conjunto de fenômenos estomatognáticos que visam a degradação mecânica dos alimentos, isto é, a sua trituração e moagem, degradando-os até partículas menores que formarão o bolo alimentar a ser deglutido. Durante esse processo, ocorre a contração de vários grupos musculares, essas contrações levam a uma aposição ritmada dos dentes, gerando uma pressão entre as cúspides antagonista que se aplica nos alimentos, quebrando-os em pedaços menores13. A fisiologia da mastigação desempenha um papel importante no entendimento do desenvolvimento natural da oclusão, função e ação do sistema estomatognático, a mastigação fornece estímulos para o crescimento, o desenvolvimento e a manutenção da saúde do sistema estomatognático, podendo, também, ser usada em estratégias terapêuticas nas desordens miofuncionais15.. De. forma conceitual, Gavião, Raymundo e Rentes, em 2007, afirmaram que a eficiência de mastigação corresponde à capacidade de redução da comida durante a alimentação19. A mastigação pode ser estudada por meio de diferentes métodos, de acordo com objetivos específicos, a saber: os métodos computadorizados, como a eletromiografia, que registram a atividade mio-elétrica dos músculos e possibilitam, por exemplo, a comparação de indivíduos com distúrbios específicos do sistema estomatognático e grupos controle37; entre pares de músculos51; entre diferentes funções estomatognáticas14 e a análise da coordenação entre músculos diferentes16. Também, há a eletrognatografia que registra os movimentos dos músculos da mandibula4, permitindo análises comparativas, como por exemplo, o antes e o depois de tratamentos que modificam as condições oclusais37. Existem, ainda, testes subjetivos nos quais os indivíduos são orientados a informar a percepção sobre a sua mastigação, atribuindo valores, considerados úteis e válidos7, pois parecem refletir o desempenho funcional36. Os julgamentos podem ser feitos quanto à habilidade mastigatória24 ou a dificuldade para mastigar15. Outro método de estudo envolve testes clínicos (mastigação e análise do conteúdo mastigado), sendo conhecido como análise da eficiência mastigatória, isto é, a capacidade de degradação de algo. Após a trituração, o sujeito em teste é orientado 2.

(18) para não engoli-lo, e o material é recolhido e passado por tamises graduadas (espécie de peneira usada para substâncias pulverizadas ou líquidos espessos, em geral de uso farmacêutico ou laboratorial). Quanto maior a quantidade de alimento que passa por meio da tamise mais fina, maior a eficiência mastigatória26. Na avaliação da eficiência podem ser empregados alimentos naturais ou materiais de teste, como silicone24. O uso de material de teste artificial evita variações próprias dos alimentos e com a padronização permite-se maior fidedignidade nos resultados. Sendo assim, percebe-se que desde o início do século XX vários estudos têm sido conduzidos para investigar a função da mastigação e sua importância, focando-se na eficiência mastigatória47.. Ela sofre influência de diferentes tipos de. maloclusões e por isso há uma diversidade de testes para se avaliar tal correlação48. Assim, é importante que se busque novas maneiras para realizar tal avaliação, procurando formas simples, eficientes e acessíveis de se avaliar a mastigação, determinando a real influência que as maloclusões exercem sobre esta função, que tem papel fundamental na saúde e na qualidade de vida do ser humano. Desta forma este estudo objetivou avaliar a mordida aberta anterior no que diz respeito à eficiência mastigatória, utilizando uma cápsula de mordida, que é o dispositivo ME-MASTIG.. 3.

(19) 2 REVISÃO DE LITERATURA.

(20) 2 REVISÃO DE LITERATURA. Para melhor entendimento, a revisão de literatura foi dividida em tópicos: Discrepâncias Oclusais: transversais, sagitais e verticais; Mordida Aberta; Eficiência Mastigatória; Métodos de Avaliação da Eficiência Mastigatória; Me-mastig.. 2.1 DISCREPÂNCIAS OCLUSAIS. 2.1.1 Transversais. Aqui se enquadram as más oclusões do tipo mordida cruzada. Para Janson et al25, em 2004, a mordida cruzada é considerada como a incapacidade dos dois arcos em ocluir normalmente no relacionamento lateral e/ou ântero-posterior, podendo ser causada por problemas localizados de posição dentária, de crescimento alveolar ou ainda devido à discrepância óssea entre maxila e mandíbula. De acordo com Martins, Almeida e Dainesi, em 1995, as mordidas cruzadas classificam-se em: *. Mordida cruzada anterior: Os dentes anteriores encontram-se em relação de. oclusão inversa, podendo ser unitária (quando envolve apenas um dente), múltipla (quando envolve vários dentes), ou total (quando todos os dentes anteriores estão envolvidos);. *. Mordida cruzada posterior: Os dentes posteriores encontram-se cruzados ou de. topo no sentido transverso, podendo ser unilateral, bilateral, total ou funcional. Considera-se uni ou bilateral quando envolve um ou ambos os lados da arcada; total, quando a mandíbula contém completamente a maxila33.. 5.

(21) Acrescentando, Janson et al25 em 2004, citaram como fatores etiológicos da mordida cruzada, a hereditariedade; defeitos de desenvolvimento de origem desconhecida; traumatismos; agentes físicos tais como extração prematura ou retenção prolongada de dentes decíduos; hábitos de sucção; enfermidades sistêmicas; distúrbios endócrinos; enfermidades nasofaríngeas e função respiratória perturbada. Há também, como descreveram Souto e Mucha49 em 2005, outro exemplo de deficiência transversal que manifesta como uma mordida cruzada vestibular, também conhecida como mordida de Brodie, mostrada na figura 1, que ocorre em cerca de 1% a 1,5% da população. Caracteriza-se pelas cúspides linguais dos dentes superiores posteriores ocluindo completamente por vestibular em relação às cúspides bucais dos dentes inferiores. Pode ocorrer unilateralmente ou bilateralmente. Completando, Locks et al29 em 2008, classificaram as mordidas cruzadas posteriores vestibular total como a mordida de Brodie na qual há uma relação anormal no sentido vestíbulo-lingual entre a maxila e a mandíbula, de forma que a maxila engloba toda a mandíbula. Esta má oclusão pode resultar de uma maxila excessivamente larga, de uma atresia severa da mandíbula ou ainda uma combinação destas duas situações.. Figura 1: Exemplo da mordida em Brodie. 6.

(22) 2.1.2 Sagitais. Angle em 1877, com sua classificação das más oclusões descreveu as alterações sagitais, sendo elas a Classe I, a Classe II e a Classe III. Na Classe I seriam englobados aqueles casos em que a cúspide mesio-vestibular do primeiro molar superior oclui no sulco central do primeiro molar inferior. A Classe II referiu-se àqueles casos em que a arcada inferior se encontraria em relação distal com a arcada superior, ou seja, a cúspide mesio-vestibular do primeiro molar superior oclui no espaço entre a cúspide vestibular do primeiro molar inferior e a face distal da cúspide vestibular do segundo pré-molar inferior. Apresentou, ainda, duas divisões, a divisão 1 e a divisão 2 para essa maloclusão. Na divisão 1, uma de suas características marcantes seria a protrusão dos incisivos superiores que apresentariam uma inclinação axial labial, e na divisão 2, se enquadrariam aqueles casos de classe II em que os incisivos superiores estariam com inclinação axial vertical ou lingual. O arco superior geralmente apresentar-se-ia achatado na região anterior, devido a inclinação lingual excessiva dos incisivos centrais superiores. E finalizando, a Classe III, que seriam aqueles casos em que o primeiro molar inferior encontrar-se-ia em posição mesial na relação com o primeiro molar superior. A cúspide mesio-vestibular do primeiro molar superior ocluiria no espaço entre a cúspide distal do primeiro molar inferior e a cúspide mesio-vestibular do segundo molar inferior. Os incisivos e caninos inferiores encontrar-se-iam com excessiva inclinação lingual. Frequentemente a arcada superior estaria atresiada. Seguindo nas alterações sagitais, temos Reis et al46 em (2006), citando a classificação do Padrão Facial, idealizado por Capelozza Filho9, em (2004), que com a preocupação de organizar o diagnóstico a fim de que o mesmo remetesse a protocolos de tratamentos e prognósticos específicos, desenvolveu um sistema de classificação dos problemas ortodônticos baseado na morfologia facial. Segundo essa classificação, a análise morfológica da face seria o principal recurso diagnóstico para determinação do Padrão Facial. Os indivíduos podem ser classificados como Padrão I, II, III, Capelozza Filho9 em (2004). O Padrão I seria identificado pela normalidade facial. A má oclusão quando presente seria apenas dentária não associada a qualquer discrepância esquelética sagital ou vertical. Os Padrões II e III seriam caracterizados pelo degrau sagital respectivamente positivo e 7.

(23) negativo entre a maxila e a mandíbula. Nos pacientes com erros esqueléticos, as más oclusões seriam geralmente consequentes dessas discrepâncias.. 2.1.3 Verticais. Reis et al46, em 2006,. afirmam que os pacientes classificados como. Padrões Face Longa e Face Curta, apresentam uma discrepância vertical visível nas avaliações de frente e perfil. O Padrão face longa seria caracterizado pelo excesso na altura facial, resultando em ausência de selamento labial, convexidade facial aumentada, expressão maxilar deficiente e linha queixo-pescoço curta. O paciente Padrão face curta seria identificado pela deficiência nas dimensões verticais, lábios comprimidos, maxila com expressão adequada e excesso da linha queixo-pescoço, devido à rotação anti-horária da mandíbula. A mordida aberta caracteriza-se pela falta de contato vertical entre os dentes superiores e inferiores, localizada em uma região (frequentemente na região anterior) ou em todo o arco34, 54. As discrepâncias verticais sejam as mordidas profundas ou mordidas abertas seriam difíceis de serem tratadas e apresentam baixa estabilidade.. 2.1.3.1 Mordida Aberta Anterior. Graber20 (1972) descreveu a mordida aberta como uma condição na qual existe espaço entre as superfícies oclusais ou incisais dos dentes superiores e inferiores, quando a mandíbula estaria em posição de oclusão cêntrica. Em 1971, Parker43 citou, dentro da etiologia da mordida aberta, os fatores coadjuvantes que agregariam e agravariam essa má oclusão: 1.. Amídalas e tonsilas hipertrofiadas, que impediriam a língua de mover-se. posteriormente durante a deglutição. 2. 3.. Respiração bucal. Macroglossia: devido ao tamanho anormal da língua que impediriam o. fechamento normal da boca. 4. 5.. Hábitos Deletérios, sucção digital ou de chupeta e Crescimento Vertical. 8.

(24) A fonação atípica poderia ser considerada uma causa coadjuvante, seja oriunda de uma anquilo – glossia (língua presa), ou simplesmente um hábito, se não tiver outra causa que esteja dificultando a fonação. O autor concluiu que raramente existe um único fator etiológico nos casos de mordida aberta e que essa poderia ocorrer em todos os tipos de má oclusão. Araújo e Silva2, em (1986), utilizando uma amostra de 600 crianças de ambos os sexos, com idades entre 5 e 7 anos, da rede escolar municipal da Ilha do Governador no Rio de Janeiro, estudaram a prevalência de mordida aberta e a relação desse tipo de má oclusão com o sexo, a idade, a classificação de Angle e com hábitos.. Chegaram às seguintes conclusões: das 600 crianças examinadas,. 18,5% apresentavam mordida aberta; 72% trespasse vertical normal; 6,3% trespasse vertical exagerado; 3,2 % mordida de topo. Quanto à classificação de Angle, observamos a prevalência de mordida aberta na seguinte ordem: CLASSE III — 66,7 %; CLASSE I — 26,5% e CLASSE II — 23,1 %. Dos 111 casos de mordida aberta, 87 (78,4%) pertenciam a CLASSE I, 18 (16,2%) a CLASSE II e 6 (5,4%) a CLASSE III .. Finalizando, este estudo mostrou também que a sucção de dedo e a. interposição lingual foram os hábitos que mais estavam presentes nas crianças portadoras de mordida aberta. Posteriormente, em 1996, Vellini53 comentou que dentre as características cefalométricas das mordidas abertas anteriores, poder-se-ia destacar: ângulo goníaco e mandibular excessivos, ângulo do plano mandibular aumentado, ângulo do plano palatino diminuído, ramo e corpo mandibular normais, altura facial ântero inferior aumentada, altura facial ântero superior diminuída, distância básio-násio curta, mandíbula retruída, base craniana anterior para cima e para trás e inclinação axial aumentada dos incisivos superiores e inferiores. Em 1967, Haryett22 afirmou que a mordida aberta seria uma má oclusão caracterizada pela falta de contatos dos arcos dentários, resultando em ausência localizada de oclusão, geralmente na região anterior. Sua gravidade dependeria da intensidade, freqüência, tempo e tipo de hábitos; além de características genéticas e do grau de desenvolvimento esquelético.. 9.

(25) 2.2 EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA. Conceitualmente, a eficiência mastigatória corresponderia à capacidade de degradação, ou seja, ao grau de trituração do alimento. Tradicionalmente, no teste de eficiência mastigatória seriam empregados alimentos naturais e o produto final resultante da trituração seria analisado com o auxílio de tamises, que constituem-se de uma espécie de peneira, para substâncias em pó ou líquidas espessas, em geral de uso farmacêutico ou laboratorial. Os inconvenientes seriam variações próprias do alimento e perda de parte deste, como, sua dissolução na saliva e por deglutição pelo sujeito da pesquisa.. 2.2.1 Métodos de Avaliação da Eficiência Mastigatória. Felício et al15 (2008), discorreram que seria de grande importância que se conhecesse a eficiência da mastigação e para tanto diversos métodos para análise da mastigação seriam utilizados em pesquisas, dentre eles, os testes de eficiência mastigatória e a eletromiografia. Moyers39, em 1949, utilizou a eletromiografia (EMG) pela primeira vez na odontologia, sendo que este exame se apresentaria como um método importante para a análise e diagnóstico da função muscular. A EMG baseia - se na atividade elétrica do tecido muscular esquelético, determinando sua presença e fazendo o seu registro. O que permite identificar e descrever a função das unidades motoras por meio dos modelos de ativação muscular, a amplitude elétrica de ativação e as frequências que constituem o registro eletromiográfico. A eletromiografia, para análise da atividade muscular, teria aplicação em muitas áreas da saúde, tais como odontologia, medicina, fisioterapia e fonoaudiologia, pois poderia incluir o exame eletromiográfico de superfície como exame complementar para facilitar diagnósticos e produzir prognósticos mais precisos. Em relação aos testes de eficiência da mastigação, Sato et al (2003)48, avaliaram 37 indivíduos, divididos em dois grupos: (1) 21 indivíduos, sendo 13 do sexo masculino e 8 do sexo feminino com idades entre 25 e 38 anos, média de 29,3 anos, sem apresentar sinais clínicos de desordem em seu sistema estomatognático; (2) 16 indivíduos, sendo 7 do sexo masculino e 9 do sexo feminino com idades entre 42 e 77 anos e média de 58,8 anos com variada condição dental. Os indivíduos da 10.

(26) amostra foram orientados a mastigar de forma habitual cubos de parafina formados por partes menores com dimensões de 2 x 2 x 12 mm, justapostas e alternadas nas cores verde e vermelha, resultando em um cubo de 12 x 12 x 2 mm usado no experimento (Figura 2). Após a mastigação e análise digital da imagem do cubo mastigado observando o grau de miscibilidade das cores através de sua homogeneidade, verificando se estariam mais ou menos misturadas estas duas cores iniciais (Figura 3). Concluíram que este sistema forneceria uma avaliação mastigatória simples e adequada, quando comparado a outros métodos usados em outros estudos e que este método também apresentaria alto potencial de aplicação clínica.. Figura 2: Cubo de parafina.. Figura 3: Exemplares dos cubos mastigados. A) Grupo Fraco; B) Médio e C) Grupo Bom.. Concordando Felício et al (2008)15, no seu trabalho sobre confiabilidade da eficiência mastigatória com beads (esferas pequenas) e correlação com a atividade 11.

(27) muscular, pesquisa que foi realizada com 19 adultos jovens, sendo 9 do sexo masculino e 10 do sexo feminino, com idades entre 18 e 28 anos (média de 22,6 anos) os quais foram submetidos a avaliação da eficiência da mastigação através destes beads, sendo instruídos a mastigá-los de modo livre e habitual. Paralelamente, também tiveram sua eficiência registrada através de análise eletromiografia aferida por um instrumento computadorizado (EMG 1000 – Lynx Tecnologia Eletrônica). Concluíram, com base nos resultados obtidos que o método colorimétrico seria confiável para se verificar a eficiência mastigatória, apresentando alta correlação com a atividade muscular registrada pela eletromiografia. Colaborando para essa confiabilidade, Escudeiro Santos et al (2006)48, no seu artigo que discursou sobre o desenvolvimento de um sistema de cores para a avaliação da eficiência da mastigação, em que 10 indivíduos, sendo 5 do sexo masculino e 5 do sexo feminino, com idades entre 25 a 30 anos, todos respiradores nasal, com relação. Classe. I de molar, mastigaram cápsulas retangulares de PVC. (sigla para policloreto de vinila) com 10 mm de extensão e contendo em seu interior grânulos de fucsina com 1mm de diâmetro que se quebram de acordo com a força da mastigação. A força da mastigação foi calculada pela concentração de fucsina dissolvida em 5 ml de água e aferida em um espectrofotômetro. Após esse procedimento os dados foram analisados através do teste não paramétrico de Kruskal – Wallis. Chegaram à conclusão que este método seria rápido e efetivo para avaliar a eficiência da mastigação e pode ser facilmente reproduzido. Reforçando, Mazzeto et al (2010)56, no seu artigo onde compararam dois métodos de análise da eficiência mastigatória, um que utilizava as tamises (Figura 4) e outro com cápsulas colorimétricas, no qual o objetivo foi aplicar os dois testes e verificar se haveria alguma correlação entre eles. Os trabalhos correram da seguinte forma, os testes foram aplicados em um grupo de 17 indivíduos jovens (entre 18 e 30 anos, sendo 6 do sexo masculino e 11 do feminino, com dentição completa). Após análise estatística dos dados pelo teste Pearson, observaram haver uma correlação entre os dois métodos, concluindo, então, que os dois métodos seriam passíveis de aplicação e que a escolha iria depender da preferência do pesquisador.. 12.

(28) Figura 4: Exemplo de Tamises. 13.

(29) 3 PROPOSIÇÃO.

(30) 3 PROPOSIÇÃO. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência da mastigação na Mordida Aberta Anterior utilizando o dispositivo ME-MASTIG, em crianças na fase de dentadura mista, tendo como referencial um grupo controle.. 15.

(31) 4 MATERIAL E MÉTODOS.

(32) 4 MATERIAL E MÉTODOS. 4.1 CRITÉRIOS ÉTICOS DA PESQUISA. Os trabalhos de pesquisa começaram após o projeto ter sido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Metodista de São Paulo - UMESP sob o número de protocolo: 360474 – 10 em 09/12/2010, (Anexo 1) e os responsáveis pelos participantes terem assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.. 4.2 SELEÇÃO E CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA. Para a composição da amostra, 412 alunos das escolas apresentando dentição mista foram avaliados, sendo que foram selecionadas para o presente estudo experimental prospectivo, o número de 106 crianças, na faixa etária de 07 a 11 anos, sendo 51 com mordida aberta anterior e 55 com trespasse vertical normal (grupo controle). A pesquisa foi realizada, depois de conseguidas as autorizações, da escola e da prefeitura municipal de São Bernardo do Campo na Escola Municipal de Ensino Básico Professor Otílio de Oliveira em São Bernardo do Campo, São Paulo, Brasil, bem como nas escolas em Camanducaia no sul de Minas Gerais, Brasil, a saber: Escola Nova; Miguel Chiaradia; Dr. Moreira Brandão. Foram selecionadas crianças sem distinção de cor, de sexo ou etnia, que se encaixavam nos critérios de inclusão: • Estar dentro da faixa etária requerida; • Apresentar relação molar de Classe I; • Sem cáries extensas; • Sem perdas precoces de decíduos; • Sem mordida cruzada, anterior ou posterior. • Sem tratamento ortodôntico prévio; 17.

(33) • Sem agenesias ou outras anormalidades; • Com mordida aberta anterior de ao menos 1 (um) milímetro ou com trespasse vertical normal.. 4.3 AVALIAÇÃO DA MÁ OCLUSÃO. A pesquisa foi realizada na própria escola, onde as crianças foram comodamente dispostas em suas carteiras enquanto passavam pela avaliação intrabucal, tendo suas bochechas afastadas com espátulas de madeira, com aluno e examinador confortavelmente sentados, sob boa iluminação. O exame de seus arcos dentais foi realizado por um único examinador, especialista em ortodontia, calibrado, que avaliou cada indivíduo, para a verificação de suas oclusões. As medidas foram encontradas por meio da observação direta dos números na régua milimetrada, figura 5, (Dental Morelli, Sorocaba, São Paulo, Brasil) posicionada paralelamente aos incisivos inferiores para medir a sobremordida, figura 6.. Figura 5: Régua milimetrada usada na avaliação da má oclusão.. Figura 6: Régua posicionada para a avaliação da sobremordida.. 18.

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Referências

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