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PREVALÊNCIA DE CEFALEIA EM CUIDADORES DE CRIANÇAS ATENDIDAS NA CLÍNICA ESCOLA UNITRI

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PREVALÊNCIA DE CEFALEIA EM CUIDADORES DE CRIANÇAS

ATENDIDAS NA CLÍNICA ESCOLA UNITRI

¹ MACEDO, Nathalia Souza (UNITRI,

nathalia.320@hotmail.com

).

² LIMA, Marcos Alves (UNITRI,

marcosalveslima@uol.com.br

).

¹ Graduanda em fisioterapia, Centro Universitário do Triângulo – UNITRI.

² Professor Orientador, Centro Universitário do Triângulo – UNITRI.

Introdução:

A cefaleia é definida como a presença de dor em qualquer região craniana, fascial ou crânio-fascial, possuindo elevada incidência na população, trata-se do sintoma neurológico mais comum e de uma queixa médica muito frequente, são um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo, devido ao seu impacto individual, laboral e social. Apesar da gravidade e sofrimento que ocasiona, há banalização da dor, com tratamento indevido e inadequado através da automedicação, com utilização de forma abusiva de analgésicos, o que pode levar ao agravamento da dor. Objetivos: Avaliar a incidência de cefaleia nos cuidadores das crianças na clínica escola UNITRI, através do questionário padrão elaborado pela Sociedade Internacional de Cefaleia (SIC). Metodologia: Para a realização da coleta dos dados foi utilizado o Questionário Padrão elaborado pela Sociedade Internacional de Cefaleia (SIC). Aplicado em um grupo amostral de 30 pessoas, com idade entre 25 a 44 anos. Resultados: Entre os cuidadores de crianças atendidas na clínica escola, 30 participantes que responderam as sete perguntas cada, 21 (70%) apresentam dores de cabeça, enquanto 8 (26,67%) não apresentam dores de cabeça. Conclusão: Mediante o presente estudo houve diferença estatisticamente significante entre os resultados encontrados. Concluindo que maioria dos cuidadores relatam ter dores de cabeça de intensidade suportável com frequência de dor de duas a quatro vezes por semana, sendo causa desta patologia nos cuidadores principalmente o cansaço e o estresse.

Palavras chaves: Cefaleia, qualidade de vida, cuidadores.

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INTRODUÇÃO

As cefaleias são definida como a presença de dor em qualquer região craniana, fascial ou crânio-fascial, possuindo elevada incidência na população, sendo considerada um dos sintomas clínicos mais mencionados na prática médica. Embora seja bastante incapacitante, não lhe é dada a devida atenção pelos clínicos, levando a um diagnóstico errôneo e como consequência, um tratamento inadequado¹.

As cefaleias são um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo, devido ao seu impacto individual, laboral e social. Constituindo uma das manifestações crônicas mais frequentes, a cefaleia requer grande atenção das autoridades em saúde e das políticas públicas quanto a sua prevenção, seu diagnóstico e seu tratamento².

A enxaqueca é uma perturbação cefalálgica primária, comum e incapacitante. Estudos epidemiológicos têm documentado a sua alta prevalência e impactos socioeconômico e pessoais elevados. No Global Burden Of Disease Survey 2010, foi classificada como a terceira doença mais prevalente e a sétima causa específica de incapacidade no mundo6.

As cefaleias, ou dores de cabeça, podem ser de vários tipos e até ocorrer mais do que um tipo de cefaleia no mesmo indivíduo. O estudo da enxaqueca tem sido difícil devido ao fator de ter um componente subjetivo, uma grande variedade da intensidade da dor (episódios mais graves do que outros), duração, manifestações associadas e ausência de marcadores biológicos5.

As cefaleias primárias são aquelas que não apresentam etiologia demonstrável pelos exames clínicos ou laboratoriais habituais e tem como principais exemplos a migrânea e a cefaleia do tipo tensional. A migrânea predomina no sexo feminino e apresenta intensidade moderada a grave, podendo levar à incapacidade funcional11.

Dentro da categoria das cefaleias primárias, tem-se a tensional, considerada a mais comum, descrita geralmente como uma sensação de pressão, aperto ou peso acima da cabeça. Esta se manifesta de forma esporádica ou crônica, possui intensidade que varia de leve a moderada, não ocasionando grande impacto na rotina dos acometidos, porém podem acarretar em alguns prejuízos e incômodos4.

A cefaleia crônica está associada à má qualidade de vida, menor produtividade no trabalho e/ou no estudo, diminuição da atenção e concentração e dificuldade no relacionamento interpessoal; portanto, a resolução deste problema tem grande interesse social e econômico. Dessa forma a dor de cabeça afeta não somente o

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indivíduo, mas a família com quem ele convive e a sociedade como um todo, e sua prevenção e tratamento são necessários7.

Trata-se do sintoma neurológico mais comum e de uma queixa médica muito frequente. Apesar das variações regionais, cefaleias são um problema de distribuição mundial, envolvendo pessoas de todas as regiões, idades, raças e nível econômico. Segundo a World Health Organization (WHO), dores de cabeça serão sentidas, em algum momento, por quase todas as pessoas, sendo que metade dos adultos no mundo já experimentou pelo menos um dos três tipos mais comum de cefaleia. Acredita-se que cerca de 80% da população sofre com esta enfermidade a cada ano, sendo que somente em 10 a 20% dos casos um médico é consultado, o que faz com que a minoria das pessoas receba um diagnóstico apropriado, tornando a doença subestimada, tanto em reconhecimento quanto em tratamento, em todo o mundo. Além disso, há o impasse do déficit de capitação médica para diagnosticar a doença, observado na pesquisa de Galdino, Albuquerque e Medeiros, que encontraram que 82% dos médicos entrevistados (não-neurologista que realizam atendimento primário a saúde) não tinham conhecimento da classificação e critérios diagnósticos das cefaleias primárias3.

Globalmente, estipula-se que a prevalência entre adultos com transtorno atual da dor de cabeça (sintomático pelo menos uma vez no último ano) é de cerca de 50%. Metade a três quartos dos adultos de 18 a 65 anos no mundo tiveram cefaleia no ano passado e, entre esses indivíduos, 30% ou mais relataram enxaqueca. Dor de cabeça em 15 ou mais dias todos os meses afeta 1,7-4% da população adulta mundial. Apesar das variações regionais, os distúrbios da dor de cabeça são um problema mundial, afetando pessoas de todas as idades, raças, níveis de renda e áreas geográficas9.

A dor crônica é, atualmente, um problema de saúde pública que vem acarretando diversos prejuízos, tanto pessoais quanto sociais. Estudos epidemiológicos sobre a dor crônica no Brasil e no restante do mundo são poucos, principalmente quando se trata de dores não especificas. A cefaleia é um exemplo de dor crônica que interfere substancialmente na qualidade de vida, sendo uma das causas mais importantes de perda de dias no trabalho e custo dos serviços de saúde. Mais de 120 milhões de americanos sofrem de crises de enxaqueca, cuja intensidade varia de moderada a severa, consecutivamente diminuindo a qualidade de vida e capacidade de trabalho8.

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Apesar da gravidade e sofrimento que ocasiona, há banalização da dor, com tratamento indevido e inadequado através da automedicação, com utilização de forma abusiva de analgésicos, o que pode levar ao agravamento da dor. Há dificuldade em obter números concretos a respeito da prevalência desta doença, devido ao seu cunho subjetivo e á irregularidade das manifestações e de sua intensidade4.

Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar a prevalência de cefaleia nos cuidadores das crianças atendidas na clínica escola UNITRI, através do questionário padrão elaborado pela Sociedade Internacional de Cefaleia (SIC).

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METODOLOGIA

O tipo de pesquisa utilizada nesse estudo foi do tipo exploratória de campo com uma abordagem quantitativa e qualitativa. Participaram do estudo 30 cuidadores de crianças atendidas na clínica escola do Centro Universitário do Triângulo – UNITRI, com o objetivo de saber a incidência de cefaleia. Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCE). Foi utilizado para coleta dos dados o Questionário Padrão elaborado pela Sociedade Internacional de Cefaleia (SIC), sendo o mesmo de fácil entendimento, contendo perguntas claras e bem objetivas para que o indivíduo que estiver respondendo o mesmo, possa responder sem dificuldades. O questionário e composto por 7 perguntas de múltipla escolha relacionadas a cefaleia, o questionário vai avaliar tanto a dor, como a intensidade da cefaleia nesses indivíduos. Os dados foram coletados no Centro Universitário do Triângulo – UNITRI instituição privada, localizada na cidade de Uberlândia, no estado de Minas Gerais. O questionário foi aplicado na sala (119), essa sala possui uma área de 14 metros por 30 centímetros de comprimento e 90 centímetros de largura, localizada no bloco C no 1° andar, contendo 2 janelas, 2 portas e cadeiras para todos.

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RESULTADOS

Participaram desta pesquisa 30 cuidadores de crianças, atendidas na Clínica Escola do Centro Universitário do Triângulo, sendo quatro (13,33%), do gênero masculino e 26 (87,67%), do gênero feminino.

As idades dos cuidadores variaram de 25 a 44 anos, com média de 33 anos e dez meses e desvio padrão de cinco anos e quatro meses.

Os cuidadores responderam ao Questionário Sociedade Internacional de Cefaléia (SIC). As freqüências e porcentagens das respostas obtidas estão demonstradas nas tabelas de número 1 a 7

Na tabela 1 estão demonstradas as frequências e porcentagens de cuidadores com relação se eles têm dores de cabeça.

Tabela 1 – Distribuição de freqüências e porcentagens de respostas dos cuidadores à

questão: “o(a) sr.(a) tem dores de cabeça?” e resultados totais.

Respostas Freqüências Porcentagens

Sim 23 76,67

Não 07 23,33

Total 30 100,00

Os dados apresentados na tabela 1 demonstra que dos 30 cuidadores, 23 (76,67%) deles apresentaram dores de cabeça.

A tabela 2 relata as frequências e porcentagens de cuidadores com relação a intensidade das dores.

Tabela 2 – Distribuição de freqüências e porcentagens de respostas dos cuidadores à

questão: “como o(a) sr.(a) pode descrever suas dores, quanto a sua intensidade?” e resultados totais.

Respostas Freqüências Porcentagens

Suportável 18 60,00

Insuportável 05 16,67

Não se aplica 07 23,33

Total 30 100,00

Quanto à intensidade da dor, suportável ou insuportável descrita na tabela 2, a maior frequência foi de 18 (60%) disseram ser suportável.

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Na tabela 3 estão demonstrado as frequências e porcentagens dos cuidadores em relação se os mesmos necessitam usar medicamento para controlar a dor.

Tabela 3 – Distribuição de freqüências e porcentagens de respostas dos cuidadores à

questão: “como o(a) sr.(a) necessita usar medicamento para controlar esta dor?” e resultados totais Respostas Freqüências Porcentagens Sim 15 50,00 Não 08 26,67 Não se aplica 07 23,33 Total 30 100,00

Os dados da tabela 3 demonstra que dos 30 cuidadores, 15 (50%) disseram que necessita usar medicamentos para controlar a dor

A tabela 4 relata a frequência e porcentagens de quando os entrevistados toma medicamentos para a dor

Tabela 4 – Distribuição de freqüências e porcentagens de respostas dos cuidadores à

questão: “quando o(a) sr.(a) toma medicamentos para a dor?” e resultados totais

Respostas Freqüências Porcentagens

Passa 17 56,67

Não passa 06 20,00

Não se aplica 07 23,33

Total 30 100,00

Conforme descrito na tabela 4 quando se toma o medicamento para a dor ela passa ou não passa, 17(56,67%) deles responderam que passa.

Na tabela 5 estão demonstradas as frequências e porcentagens das dores de cabeça em relação com a sua atividade de trabalho.

Tabela 5 – Distribuição de freqüências e porcentagens de respostas dos cuidadores à

questão: “qual é a relação das dores de cabeça com sua atividade de trabalho? ” e resultados totais.

Respostas Freqüências Porcentagens

São comuns após a atividade de trabalho 03 10,00 Tenho dor durante trabalho e atrapalha

desempenho

03 10,00

Não têm relação com a atividade 17 56,67

Não se aplica 07 23,33

Total 30 100,00

A tabela 5 mostra que quando perguntado qual a relação das dores de cabeça com a atividade de trabalho, 17 (56,67%) deles disseram não ter relação com a atividade de trabalho.

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A tabela 6 relata as frequências e porcentagens dos cuidadores em relação as consequências das dores para os seus relacionamentos.

Tabela 6 – Distribuição de freqüências e porcentagens de respostas dos cuidadores à

questão: “quais são as conseqüências das dores para os seus relacionamentos?” e resultados totais.

Respostas Freqüências Porcentagens

Fico irritado 13 29,55

Busco o isolamento 12 27,27

Atrapalham a convivência com pessoas

05 11,36

Não têm conseqüências com o relacionamento

04 9,09

Não se aplica 10 22,73

Total 44 100,00

OBS: As freqüências superam o número de participantes, porque esta questão permitia mais de uma resposta.

Foi questionado na tabela 6 sobre as consequências das dores para os seus relacionamentos, podem então cada participante marca mais de uma alternativa de resposta, conforme a tabela original elaborada pela Sociedade Internacional de Cefaleia, assim sendo 13 (29,55%) responderam que ficam irritados e 12 (27,27%) disseram que buscam o isolamento.

Na tabela 7 estão demonstrado as frequências e porcentagens de quantas vezes na semana os cuidadores tem tais dores.

Tabela 7 – Distribuição de freqüências e porcentagens de respostas dos cuidadores à

questão: “quantas vezes na semana o(a) sr(a) tem tais dores?” e resultados totais

Respostas Freqüências Porcentagens

Todos os dias 01 3,33

Uma vez por semana 03 10,00

De duas a quatro vezes por semana

08 26,67

De quatro a seis vezes por semana

01 3,33

Não se aplica 17 56,67

Total 30 100,00

A tabela 7 mostra a frequência de dias por semana em que os participantes apresentam dores de cabeça, a maior frequência de dias por semana foi de 8 (26,67) relatando que tem dores de duas a quatro vezes por semana

Na 2 a 7 tabela consta a opção de não se aplica, o que corresponde com as pessoas que relataram não ter dores de cabeça na primeira tabela, podendo corresponder também quando algumas das alternativas acima não condiz com o tipo de dor que a pessoa sente.

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Na tabela 8 estão demonstradas as freqüências e porcentagens de cuidadores, com relação à idade e resultados totais.

Tabela 8 – Distribuição de freqüências e porcentagens de cuidadores, com relação à idade e

resultados totais

Idades Freqüências Porcentagens

25 02 12,50 28 01 6,25 29 01 6,25 32 01 6,25 33 02 12,50 34 03 18,75 35 01 6,25 37 01 6,25 38 01 6,25 40 02 12,50 44 01 6,25 Total 16 100,00

OBS: Não foi possível a obtenção das idades de todos os cuidadores.

Na tabela 8 questiona sobre a idade dos cuidadores, onde foi possível a coleta de 16 cuidadores, onde a maior frequência de idade foi 3 (18,75%) relatando ter 34 anos, a média de idade encontrada foi entre 25 a 44 anos.

ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS RESULTADOS

Com objetivo de verificar a existência ou não de correlação estatisticamente significantes, entre os pontos obtidos pelos participantes e suas idades, foi aplicado o coeficiente de correlação por Postos de Spearman (SIEGEL, 1975), aos dados em questão.

Com interesse em verificar a existência ou não de diferenças estatisticamente significantes, entre as frequências dos participantes que apresentaram dores de cabeça e dos que não as apresentam, foi aplicado o teste do Qui-Quadrado (SIEGEL, 1975), aos dados em questão.

Houve diferenças, estatisticamente significantes, entre as frequências dos participantes que apresentam dores de cabeça e as frequências dos que não apresentam, sendo que as frequências mais elevadas foram obtidas pelos participantes que apresentam dores de cabeça.

Houve diferenças, estatisticamente significantes, entre as frequências dos participantes que responderam que a dor é suportável e as frequências dos participantes que responderam que a dor é insuportável, sendo que as frequências

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mais elevadas foram obtidas pelos participantes que responderam que a dor e suportável.

Houve diferenças, estatisticamente significantes, entre as frequências dos participantes que necessitam de medicamentos para a dor e as frequências dos participantes que não necessitam de medicamentos, sendo que as frequências mais elevadas foram obtidas pelos participantes que responderam que necessitam de medicamentos para controlar a dor.

Houve diferenças, estatisticamente significantes, entre as frequências dos participantes que responderam que a dor passa com os medicamentos e as frequências dos participantes que responderam que a dor não passa com os medicamentos, sendo que as frequências mais elevadas foram obtidas pelos participantes que responderam que a dor passa com os medicamentos.

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DISCUSSÃO

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os estudos das cefaleias são de grande relevância na sociedade, e muitas vezes não se é dado a atenção necessária às queixas relacionadas a essa condição.

WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2018. Globalmente, estimula – se que a prevalência entre adultos com transtorno atual da dor de cabeça (sintomático pelo menos uma vez no último ano), é de cerca de 50%. Metade a três quartos dos adultos entre 18 a 65 anos. Sendo assim o autor corrobora com o presente estudo pois, 76,67% dos entrevistados tem dores de cabeça, e a idade dos cuidadores questionados no presente estudo variou de 25 a 44 anos.

É possível associar a cefaleia ao estresse e à ansiedade, pois existe uma somatização, tornando a dor mais frequente em populações submetidas a esses fatores psicossociais, configurando em um grave problema de saúde pública. Portanto, a mesma exerce influência negativa na qualidade de vida, com importante impacto nas atividades diárias dos indivíduos. (LAURENTINO, 2018)

Questionando a respeito das consequências da cefaleia para os relacionamentos dos cuidadores, 29,55% relatou ficar irritado, 27,27% busca isolamento, 11,33% relatou que a cefaleia atrapalha a convivência com as outras pessoas, e 9,09% respondeu que a cefaleia não traz consequência com o relacionamento interpessoal.

HAEFFNER, 2015, publicou que os mais diversos grupos ocupacionais são acometidos por cefaleia, especialmente aqueles que estão submetidos a altos níveis de estresse ocupacional, como resultados de elevadas cargas de trabalho, extensa carga horaria de trabalho, e pressões relacionadas ao tempo de produtividade. Sendo assim o autor não corroborou com o presente estudo pois, quando questionados sobre a relação da cefaleia com a atividade de trabalho 56,57% responderam que a cefaleia não tem relação com a atividade de trabalho

Curry et al, 2007, publicou em seu estudo que 17,35% dos entrevistados referiram episódios de cefaleia entre uma ou mais vezes por semana. Sendo assim o autor não corroborou com o presente estudo pois, quando perguntado sobre a frequência da cefaleia 26,67% relatam sentir dor de duas a quatro vezes por semana. MAGALHÃES,2016, publicou em seu estudo que apesar da gravidade e sofrimento que ocasiona, há banalização da dor, com tratamento indevido e inadequado através da automedicação, com utilização de forma abusiva de

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analgésicos, o que pode levar ao agravamento da dor. Sendo assim o autor corroborara com o presente estudo pois, com relação a intensidade das dores, 60% dos cuidadores descreveram a dor como “suportável”, e 16,67% como “insuportável”. E quanto a necessidade de utilização de medicamentos analgésicos para controlar a cefaleia, 50% dos participantes responderam que fazem o uso de medicamentos e 26,67% não fazem uso de medicamentos.

Segundo HARZHEIM,2016, o uso excessivo de analgésicos provoca efeito rebote e acaba por deixar a cefaleia crônica e com características que podem ser distintas daquelas da cefaleia primária que motivou o uso dos analgésicos. O que vai de encontro com o autor citado acima, pois, quando os cuidadores foram questionados quanto a eficácia dos medicamentos que tomam para tratar a cefaleia, 17 (56,67%) dos cuidadores respondeu que a dor passa, e 6 (20%) respondeu que não passa.

Sendo assim, é de extrema importância alertar e orientar a população quanto aos riscos relacionados a automedicação. A assistência de um farmacêutico capacitado seria essencial nesta situação, onde poderia ser indicado uma consulta médica, e a utilização correta dos medicamentos prescritos pelo médico.

É de extrema importância montar estratégias para prevenir a cefaleia, principalmente quando relacionada ao estresse laboral. Acompanhamento psicológico, equipe de saúde ativa e revisão da dinâmica de trabalho seriam boas alternativas para manter a saúde mental e física dos trabalhadores.

Ainda seria necessário realizar estudos adicionais para investigar outras possíveis causas da cefaleia nos cuidadores, como por exemplo a falta de infraestrutura adequada, distúrbios do sono, problemas estomacais, oftalmológicos, entre outros ( TSAI, 2012).

Existe ainda a necessidade de maiores estudos sobre cefaleia relacionada ao trabalho em diferentes áreas, não somente dos cuidadores, e à conscientização sobre a gravidade de uma condição que constantemente é tratada com banalidade.

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CONCLUSÃO

Mediante o presente estudo houve diferença estatisticamente significante entre os resultados encontrados. Concluindo que maioria dos cuidadores relatam ter dores de cabeça de intensidade suportável com frequência de dor de duas a quatro vezes por semana, sendo causa desta patologia nos cuidadores principalmente o cansaço e o estresse.

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REFERENCIAS

1. COSTA, L. S.; RIBEIRO, S. G. S. Terapias Manuais Em Casos de Cefaleia Tenseional: Uma Revisão Bibliografica. São Lucas, 2016.

2. CAREZZATO, N. L.; HORTENSE, P. Migrânea: etiologia, fatores de riscos, desencadeantes, agravantes e manifestações clínicas. Revista Rene, São Carlos, Mar./Abr., 2014.

3. CRUZ, M.C; et al. Cefaleia do Tipo Tensional: Revisão de Literatura. Tese (Graduação) - Medicina, Universidade Camilo Castelo Branco, 2017.

4. MAGALHÃES, L. V; LOPEZ, T.F; MARBACK, R.F. Interferência na Rotina e Qualidade de Vida Provocadas pela Cefaleia Primária. Tese (Seminário Estudantil)

Psicologia, Universidade de Salvador - UNIFACS, 2016.

5. MARQUES, C. M. P. Enxaqueca da Teoria à Prática. 39 f. Tese (Mestrado) – Ciências Farmacêutica, Faculdade de farmácia da Universidade de Coimbra, 2016. 6. MONTEIRO, J. M. P; et al. Classificação Internacional de Cefaleias. 3. Ed. 2014.

7. MASCELLA, V.; et al. Stress, Sintomas de Ansiedade e Depressão em Mulheres com Dor de Cabeça. Boletim Academia Paulista de Psicologia, São Paulo, v. 34, n. 87, 2014.

8. SOUZA, N. E.; et al. Cefaleia: Migrânea e Qualidade de Vida. Revista de Saúde. Jul./Dez., 2015.

9. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Headache Disorders. Disponível em: <http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs277/es/>Acessado em: 17 Março, 2018.

10. SIEGEL, S. Estatística não- paramétrica, para as ciências do comportamento. Trad. Alfredo Alves Faria. Ed. McGraw-Hill do Brasil. São Paulo, 1975. 350 p.

11. LIMA, A. S.; et al. Prevalência de cefaleia e sua interferência nas atividades de vida diária em adolescentes escolares do sexo feminino. Revista Paul Pediatr, Petrolina, v. 32, 2014.

12. TSAI, Y.C.; LIU. C.H. Factors and symptoms associated with work stress and health-promoting lifestyles among hospital staff: a pilot study in Taiwan. BMC Heath Serv Res. 2012.

13. HARZHEIM, E.; et al. Resumo Clínico – Cefaleia. Tese (Pós Graduação), Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, 2016.

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14. HAEFFNER, R.; HECK, R.M.; JARDIM, V.M.R. Prevalence of headaches and associoted factors in workers of na agricultural enterprise in southern Brasil. Revista Bras Med Trab, 2016.

15. LAURENTINO, I.M.S. Incapacidade funcional e cefaleia: impactos no cotidiano dos universitários da área da saúde. F. 58, Vitória de Santo Antão, 2018.

16. CURRY.K.; GREEN, R. Prevalence and management of headache in a university undergraduate population. J Am Acad Nurse Pract.

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