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Relatório sobre o acompanhamento do cultivo intensivo do Litopenaeus vannamei (Boone, 1931)., na Fazenda Espera Nova, Pendências, RN

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRARIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA

RELATÓRIO SOBRE O ACOMPANHAMENTO DO CULTIVO INTENSIVO DO Litopenaeus Vannamei (BOONE, 1931)., NA FAZENDA ESPERA NOVA, PENDÊNCIAS, RN.

DONALDSON MATIAS NOGUEIRA

Relatório de estágio supervisionado apresentado ao Departamento de Engenharia de Pesca do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará, como parte das exigências para a obtenção do título de Engenheiro de Pesca.

FORTALEZA — CEARA — BRASIL SETEMBRO/2002

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca Universitária

Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

N711r Nogueira, Donaldson Matias.

Relatório sobre o acompanhamento do cultivo intensivo do Litopenaeus vannamei (Boone, 1931)., na Fazenda Espera Nova, Pendências, RN / Donaldson Matias Nogueira. – 2002.

24 f. : il. color.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 2002.

Orientação: Prof. Dr. Masayoshi Ogawa. Orientador Técnico: Bel. Alexandre Almeida. 1. Engenharia de Pesca. 2. Camarões. I. Título.

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COMISSÃO EXAMINADORA:

MASAYOSHI OGAWA Orientador/ Presidente

JOSÉ JARBAS STUDART GURGEL Membro

JOSE WILLIAM BEZERRA E SILVA Membro Orientador Técnico: ALEXANDRE ALMEIDA Empresa ou Instituição VISTO: (Nome)

Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca

MARIA SELMA RIBEIRO VIANA

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iv

AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador técnico e amigo Alexandre Almeida, Engenheiro de pesca e gerente geral de produção da fazenda Espera Nova.

Ao meu orientador professor Masaypshi Ogawa pela orientação e formação profissional.

A,

norma Barreto Perdigão Ogawa pelo apoio dado ao esclarecer dúvidas cientificas e pela amizade.

Aos amigos do curso: Irlanda Arguiar, Ana Cristina Pinheiro, Rossi Lelis, Renata Oliveira, Luciana Mendes, Daniela Nepomuceno, Max William, Cláudia Cinthia, Ricardo Albuquerque e Rodrigo Costa.

Aos professores do curso de Engenharia de Pesca da UFC.

Aos momentos de distrações oferecidas pelos meus grandes amigos. Ana Cristina, Irlanda, Rossi, Daniela.

Ao pessoal do escritório da Fazenda Espera Nova pela ajuda dada a realização desse trabalho. Em especial Gizélia, Simone, Felipe.

As amizades realizadas em todos os períodos de estágio de minha vida em especial Rui, Sabin°, Jorge Nicolau, Dindim.

A empresa a qual me deu oportunidade de mostrar meu trabalho e que hoje faço parte do quadro de funcionários (MCR aquicultura).

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RESUMO vii TABELA VIII 1 - INTRODUÇÃO 1 2.1 -QBJETIVO GERAL 3 2.2- OBJETIVOS ESPECiFICOS 4 3 -MATERIAL,METODOS E RESULTADOS 4

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA AREA DE TRABALHO 4

3.2 -BERÇARIO--- --- -=-- --- --- --- --- 5

3.3-ENGORDA 7

3.3.1 -PREPARAÇÃO E ESTERILIZAÇÃO 7

3.3.2 POVOAMENTO 0

3.3.3 GERENCIAMENTO E CONTROLE E QUALIDADE DE AGUA 10

3.3.4- ALIMENTAÇÃO 13

3.3.5 DESPESCA 16

4 CONCLUSÃO 18

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LISTA DE FIGURAS

FIGURAO 01 - ILUSTRAÇÃO GERAL DOS VIVEIROS 04

FIGURA 02— BERÇÁRIOS INTENSIVOS FIGURA 03 — DESPESCA DO BERÇARIO FIGURA 04 — CONTAGEM DE POS-LARVA FIGURA 05— SECAGEM DO VIVEIRO

FIGURA 06— BOMBAS COM CAPACIDADE PARA 600 litros /sea.

FIGURA 07— BOMBAS COM CAPACIDADE PARA

1800 litros /seg. 11

FIGURA 08— CASA DE BOMBAS

FIGURA 09 —BACIA DE SEDIMENTAÇÃO FIGURA 10— OXIGÊNIO DISSOLVIDO

FIGURA li— VISTA PARCIAL DOS VIVEIROS

FIGURA 12— ALIMENTAÇÃO MARIA DOS VIVEIROS DE ENGORDA

FIGURA 13 SILO

FIGURAS 14— BIOMETRIA 16

FIGURA 15— DESPESCA 17

FIGURA 16— AVALIAÇÃO DO CAMARÃO DESPESCADO 17

FIGURA 17 —CHOQUE TÉRMICO E AÇÃO DO

METABISSULFITO 18 vi 06 06 07 09 11 12 12 13 14 15 15

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RESUMO

Nos últimos anos a aquicultura vem se destacando, mundialmente, como fonte produtora de alimento,. Mas tem sido a carcinicultura um dos ramos da aquicultura que mais vem se desenvolvendo, trazendo como consequencia enormes benefícios para a economia mundial e ,entre outras, as diversas inovações que fundamentaram o progresso tecnológico vivenciado atualmente.

Com a disponibilidade de Os- larvas de boa qualidade; o processo de produção de juvenis em berçários intensivos; a sensível melhora técnica de rações comerciais; os sistemáticos manejo de solo e da água dos viveiros; o aperfeiçoamento das técnicas de arraçoamento especialmente com a utilização de comedouros fixos para a alimentação de camarões além da melhora substancial no processamento e manejo do produto final já não se pode mais ficar dependente da natureza para a produção deste alimento. O presente estagio realizado na Fazenda Espera Nova, Pendências, RN trás o acompanhamento do cultivo intensivo do Litopenaeus vannamei, esperando servir de referência para alguns questionamentos futuros.

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RELATÓRIO SOBRE O ACOMPANHAMENTODO

Cuurvo

INTENSIVO DO Litonaeus pe vannamei (BOONE, 1931), NA FAZENDA ESPERA NOVA, PENDÊNCIAS, RN.

I - iNTRODUÇÃO

A aqUicultura é um dos sistemas de produção de alimento que mais cresce no mundo. Neste sentido, o Brasil ensaiou seus primeiros passos na carcinicultura marinha na década de 70, ainda ressentindo-se de pesquisas .que possibilitasressentindo-sem o alcance de uma produtividade economicamente aceitável-. Em meados dos anos 80 a principal espécie cultivada am Penaeus japonieus, teve as baixas adaptações a variações climaticas, a carcinicultura• brasileira redirecionou seus cultivos utilizando espécies nativas como P. subtilis, P. shimitti, P. brasiliensis e P. paulensis. Entretanto a baixa lucratividade e. -produtividade destes provocou a procura para urna espécie que

atendesse- aos objetivos da atividade, para se chegar ao atual estagio de desenvolvimento da -atividade, foi decisiva a introdução da espécie Litopenaeus- vannarnei 'vinda do Pacifico, na década de 90, cuja •capacidade ,de adaptação as rnais vadadas condições •de cultivo (temperatura, salinidade, oxigênio) contribuem para eleva-la 6-condição. -de principal espécie da carcinicultura brasileira. A desativação e

conversão de salinas em fazendas produtoras de camarão marinho na região Nordeste foi o reflexo do crescimento da atividade, provando a sua sustentabilidade dentre- os conceitos ecológicos, econômicos e sociais. Nos anos 90, a atividade iniciou as exportações dos volumes excedentes- produzidos, dando, urna nova forma a atividade corn o. cultivo da espécie exótica que melhor se adaptar a realidade brasileira (ROCHA; R0DRIGUES2000;ROCHA et al.1997 )

Por se tratar de urna espécie exótica, o Litopenaeus vannamel exige demandas importantes, corno a produção- auto -suficiente de Os --larvas e a ,oferta de rações de boa qualidade, além da completa reformulação dos processos tecnológicos- adotados, envolvendo a

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aplicação de técnicas de cultivos mais aprimoradas, tanto no manejo propriamente dito como no processamento e- apresentação do produto final.(Barbieri Jr .,1997; Rocha et al .,1997).

A qualidade do alimento balanceado que em passado recente se constituiu um fator limitante para o aumento da produtividade dos viveiros de camarão, hoje já apresenta urna melhora e o setor já conta com rações comerciais de razoável nível técnico. Essa melhora nas rações tern sido decisivo para o crescente aumento da produtividade na maioria dos empreendimentos que cultivam camarões no Brasil.

O Nordeste brasileiro, notadamente nos últimos anos, revela um crescimento acelerado, dada a susceptibilidade dos ambientes estuarinos no qual o camarão se desenvolve e a aspectos importantes de consideravel peso para o seu desenvolvimento como o fato da atividade utilizar 90% de mão de obra não especializada, sem maiores exigências de qualificação, o que the permite oferecer aos pescadores artesanais, trabalhadores; rurais do setor sucro-alcooleiro e aos operários da indústria do sal, antra outros, urna oportunidade de emprego permanente em seu próprio habitat natural, podendo• dar urna valiosa contribuição para atenuar o crescente êxodo rural responsável pelo agravamento dos problemas sociais dos grandes centros urbanos do Nordeste. Duas outras caracteristicas conferem a essa atividade comercial um atrativo especial para região nordestina o cultivo de camarão não depende de chuvas • j« que sua cadeia produtiva se desenvolve totalmente em aguas estuarinas e como norma geral utiliza Areas improdutivas ou marginais para a agricultura (terrenos salgados), sem portanto competir corn outras atividades agropecuárias destinadas a produtos de alimentação (GERRELHAS,1997).

Este excepcional crescimento qua o cultivo comercial do camarão marinho vem apresentando nos últimos anos .(Tabela 1), consolida no Nordeste brasileiro urna nova atividade econômica refletida no desenvolvimento da região. A intensificação do processo produtivo ern diversas fazendas promove a reestruturação de importantes setores afins como: -indústria de rações, laboratório .de

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-prouuç.'.'o e pós- larvas e plantas de processamento e principalmente o avango de -vários empregos diretos

Tabeia Areas de cultivo, produção e produtividade do

K A—

i..,amarau iviarinho ailtivado no Brasil, período 1-997 a 2001,

lAno 19971 1998 19991 2000 1 20011 1 I Area (há) 3.5481 I 4.3201 5.200 6.2501 1 9.000( 1 I Produção ( t) 1 3.600 I 7.2601 15.000 25.000 40.0001 I 1Produtividade lirgi hã )Íano I 1.0151 1 1.680 2.8851 4.0001 4.4451 1 1 , I FONTE ABCC Associação Brasilei-ra de Criadores - amarão

Segundo a associação Brasil-eira criadores de- camarão (ABCC) AS Pr•-Srl v s, azNins t.4 Onr_,0 sãU bastarite (-)ti mistas considerando a

ampliação de ¡areas já existentes corno pela construção de novas Areas afins dando ao cenário nacional e principalmente ao Nordeste urna posição de d-estaque quanto a produção de aliment°.

ea 04 IPAk 111.11.11 ILA"

4 -U0,61L--- i VO

2.1 - OBJETIVO GERAL

3

1 COI2 ircadf114

Acompan-har as atividades com cultivo inte-nsivo do Litopb, iovus vannamei, na Fazenda Espera Nova em Pendências RN.

2. - OBJETrvos ESPECÍFICOS

a) Fundamentar ° embasamento prático e teórico adquirido como estudante na atividade da carcinicultura marinha.

b) Observar a aplicação das novas tócnicas de cultivo. c) Contribuir para melhoria da produtividade da Fazenda.

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3 .MATERIAL, MÉTODO E RESULTADOS

O estágio foi realizado na fazenda Espera Nova durante o período 15 de junho a 15 de setembro de 2002, durante esse período foi realizado e acompanhado todas as atividades de cultivo de L. vannamei na fazenda.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA AREA DE TRABALHO

A fazenda Espera Nova iniciou sua operação com 36ha no ano de 2002 com o cultivo intensivo do Litopenaeus vannamei desde o berçário até a despesca e suas instalações estão localizadas no município de Pendências — RN.

A fazenda possui área total de 302ha constituindo a la etapa de funcionamento, e a 2a etapa com 800ha, que está prevista para iniciar sua operação no ano de 2003. ( Figura 1)

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3.2 BERÇARIO

A utilização de tanques berçários, é uma tecnologia desenvolvida para a prática de cultivos intensivos entre os grandes e médios produtores de camarão do Brasil. A adaptação das pós- larvas quando recepcionadas nesta estrutura da fazenda constitui a primeira etapa de cultivo.

O berçário da Fazenda Espera Nova é constituído por 24 tanques (Figura. 1) de formato circular, cada urn corn capacidade para 60.0001 de água e projetada para densidade de 30p1/1 a ser estocada. A aeração constituída por sistemas de sopradores e grupo gerador. Os tanques são revestidos corn lona de PVC, para facilitar a limpeza e desinfecção . A alimentação 6 oferecida a cada 2hs, alternada corn ração (triturada) numa quantidade de 10g para cada 100.000 pl, contendo 35% de proteina e biomassa de artêmia num total de 12 alimentações por dia.

As pós- larvas são produzidas em laboratório e após sua chegada ao berçário elas são aclimatadas as condições físicas - químicas dos tanques( Figura. 02) . O período de permanência das pós- larvas nos tanques berçários 6 de 10 dias, quando atingem tamanho de P1 20, após este período 6 feita a despesca, sendo as pl's retiradas do berçário e colocadas em caixas de 10001 com aeração constante( Figura 03) e em seguidas submetidas a contagem (Figura 04)6 feita corn a retirada de 5 amostras de cada caixa de 10001, cujos os indivíduos são sacrificados, tendo-se, aproximadamente, a quantidade de pls retiradas do berçário para conseqüente distribuição nos viveiros. Esse processo é feito no período noturno em que a temperatura 6 mais amena e sua variação é minima em torno de 26 a 27 °C , evitando assim o possível estresse dos animais. Para isso são tomadas precauções como o controle dos parâmetros (temperatura, salinidade, pH da água, oxigênio) evitando diferenças significativas entre os dois ambientes.

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FIGURA 02- BERÇÁRIOS INTENSIVOS

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FIGURA 04— CONTAGEM DE PÓS-LARVA

13-ENGORDA

É a principal atividade da fazenda e subdivide-se na preparação e esterilização, povoamento, gerenciamento do controle de qualidade de água, alimentação e por fim despesca.

3.3.1 PREPARAÇÃO E ESTERILIZAÇÃO

A preparação compreende a realização de uma série de processos entre os ciclos de produção, que objetivam fornecer condições ambientais e estruturais para o povoamento de camarões e o inicio da engorda.

É feita após o viveiro ser despescado, e dividida em 9 etapas: Ia Etapa - (secagem), o viveiro passa por um período de 3 a 5 dias secando seu leito (Figura 05) promovendo a mineralização para que inicie todos os procedimentos de preparação.

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2a Etapa - (Mapeamento de solo), É a leitura do ph no leito em diversos pontos, calculando-se a quantidade correta a ser utilizada de calcário para a correção do ph do solo.

3a Etapa - (correção do solo), após o mapeamento do ph do leito dos viveiros é calculada a quantidade de calcário dolomítico (caco3) e distribuída em duas partes, uma antes do revolvimento e a outra após o mesmo. Os benefícios advindo com o uso continuado desse tratamento estão diretamente relacionado com a melhoria das condições de cultivo via a eliminação sistemática de organismos patágenos (virus, bactérias) e predadores ao camarão, contribuindo para a sustentabilidade do cultivo.

4a Etapa - (calafetagem), São colocados telas de proteção tanto no abastecimento como na drenagem do viveiro evitando assim a entrada de predadores que possam prejudicar o andamento do cultivo. Essas telas

5. Etapa -(Esterilização), É feita a desinfecção com cloro nas regiões onde ficam acumuladas poças de água deixando o viveiro totalmente livre de qualquer predador.

6a Etapa - (fixadores de comedouros), são utilizados de acordo com a densidade de cultivo adotada com suas dimensões e distâncias uns dos outros de acordo também corn o tamanho do viveiro.

7a Etapa - (comedouros fixos), Entre 20 e 30 dias, são colocado comedouros fixos para o ajuste alimentar proporcionando a diminuição das taxas de conversão alimentar e a redução substancial dos custos de produção via diminuição do desperdício, acarretando em contra partida, o incremento de sua rentabilidade.

8aEtapa - (Abastecimento), é a etapa em que o viveiro recebe água. 9a Etapa — (Fertilização), tem a importância de desenvolvimento dos alimentos naturais (fitopiâncton, fitobêntos, zooplâncton, zoobêntos) via incremento dos nutrientes pela fertilização químicas, antes do povoamento e durante o cultivo.

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FIGURA 05— SECAGEM DO VIVEIRO APÓS DESPESCA

3.3.2 POVOAMENTO

0 povoamento inicia-se ao anoitecer, sendo que as Os-larvas são transferidas dos berçários para os viveiros em caixas de transporte com aeração constante e maior estabilização aos parâmetros hidrobiolágicos, proporcionando uma melhor condição ambiental, diminuindo o estresse do animal. Chegando no viveiro de destino as pl's são aclimatadas e em seguida liberadas após os parâmetros físicos-químicos apresentarem iguais ou pequena margem de diferença. (fig.10) Através de mangotes, em que um lado fica conectado na caixa de transporte e outro no viveiro, os camarões são liberados em seu novo habitat, sendo checados mais uma vez todos os parâmetros e observados o comportamento dos animais.

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3.3.3 GERENCIAMENTO DO CONTROLE DE QUALIDADE DE AGUA

A captação de água é feita do rio dos cavalos, a qual possui urna diferença de salinidade que varia de acordo corn a maré e estação do ano. A propriedade possui uma casa de bombas localizada na bacia de mistura dispondo de três bombas (Figura 06) com capacidade de seiscentos litros de água por segundo (6001/s) a qual estão sendo trocadas por bombas de maior capacidade(18001/s) e funcionando 24hs por dia ( Figura 07). A casa de bombas é a estrutura inicial da fazenda, no tocante ao gerenciamento e controle de qualidade de água, pois é dela que depende todo o manejo de água. As bombas são acionadas para a captação da água desejável, represando esta e colocando-a a disposição do eficiente aerenciamento das águas( Figura08). A água de drenagem da fazenda é reaproveitada após passar pela bacia de sedimentação, encontrando-se em seguida com a captação inicial da propriedade(Figura 09).

O eficiente manejo da água é feito de acordo com a leitura dos parâmetros físico-químicos (Salinidade, Temperatura ,Transparência, pH da água e oxigênio dissolvido) dos viveiros, os quais estão discutidos abaixo.

-Salinidade — Os organismos aquáticos que interagem corn os estuários suportam grandes variações. A espécie Litopenaeus vannamei , resiste e se desenvolve bem em salinidades variando de 5 a 55%0.

-Temperatura — É um fator que desempenha urn papel importantíssimo sobre os organismos e os demais indicadores hidrológicos, o Nordeste apresenta patamar ideal para a prática da carcinicultura marinha desenvolvendo bem em temperatura entre 26 a 32°C.

c' Potencial de hidrogênio - É um importante parâmetro nos ambiente aquáticos e sua relação esta ligada diretamente aos efeitos do metabolismo e processos fisiológicos. Os valores de 8 a 9 são considerados ideais para a carcinicultura marinha.

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• Oxigênio dissolvido - É a variável mais importante e mais critica da qualidade da água. As taxas de oxigênio requeridas pelos animais aquáticos são bastante variáveis e dependem da espécie, do tamanho, do alimento ofertado e de sua atividade. 0 Litopenaeus vannamei, se desenvolve bem sob indices superiores a 3m1/1 de oxigênio dissolvido.

FIGURA 06 — BOMBAS COM CAPACIDADE PARA 600 litros /seg.

11

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FIGURA 08 - CASA DE BOMBAS

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FIOU RAIO— OXIGÊNIO DISSOLVIDO

3.3.4 - ALIMENTAÇÃO

A fazenda consta de 11 viveiros( Figural 1) com áreas variando de 1.40 a 4.66116, sendo a densidade de estocagem em torno de 50camarões/m2. Durante os 20 primeiros dias de cultivo a alimentação é feita por voleio e com ração moída e dividida em oito alimentações por dia. Com o desenvolvimento do cultivo a quantidade de alimentação ira diminuir até se fixar em quatro por dia sendo duas pela manha e duas a tarde. De acordo com a área do viveiro estão disponíveis de 1 a 2 arraçoadores com finalidade de ter mais eficiência e menores perdas de ração nos cultivos ( Figural 2).

Os viveiros contém, em média, 50 fixadores de comedouros ( bandejas) por hectare, sendo que cada um possui pendentes que são utilizados para controlar a ração, evitando, assim, desperdícios, acumulo de matéria orgânica no viveiro e poluição da água e do solo. Para isto são retiradas todas as sobras de alimento nos comedouros.

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Cada viveiro possui seu próprio silo (Figura.13) com capacidade para 1500kg de ração, cujo armazenamento e conservação evitam perdas por qualquer fator externo. É estipulado um dia da semana em que realizada a pesagem do camarão (Figura 14). 0 fundamento desta, consta em acompanhar cada animal, quanto a existência do crescimento médio do camarão algum tipo de enfermidade, essas análises são registradas e tomadas as devidas precauções.

A ração utilizada possui 35% de proteína bruta.

E

um alimento completo, formulado para atender as necessidades do camarão marinho, em densidade maior que 30/m3 até atingir o peso de mercado, que fica em torn° de 12 a 12,5g num total de 105 a 110 dias.

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FIGURA 12 - ALIMENTAÇÃO DIÁRIA DOS VIVEIROS DE ENGORDA 15

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FIGURAS 14 — BIOMETRIA( PESAGEM DO CAMARÃO)

3.3.7 DESPESCA

A despesca é a última etapa do cultivo de camarão podendo ser realizada mecanica e/ou manualmente, este último método mais empregado no Brasil.

E

realizada a noite para coincidir com o horário de maior movimentos dos camarões e de temperaturas mais amenas, minimizando o estresse do animal, e refletindo sobre a sua qualidade. 0 viveiro é drenado até 50% do seu volume, gradativamente, para facilitar a despesca e evitar o estresse, que a pressão da água seja maior danificando assim o animal. Durante a despesca é realizado o monitoramento da temperatura e do oxigênio dissolvido.

A colheita é feita mediante a drenagem gradual e recolhida em redes do tipo " bag — nets" na comporta de drenagem( Figura 15). Os camarões são recolhidos, pesados retirados uma amostra para realizar avaliação dos animais (peso, quantidade de necrose, muda, pós- muda, duro ( Figura16 ). Em seguida são acondicionados em caixas de 10001 com gelo e solução de metabissulfito a 15% a temperatura de 5 °C, onde sofrem choque térmico num tempo que varia de 10 a 15min, para que o metabissulfito (Figura 16) possa agir eliminando a ação de enzimas pela ausência dop oxigênio que prejudica a qualidade do camarão.

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São armazenados em caixas vazadas na proporção de gelo,camarão e por último gelo e armazenados em caminhão baú, onde é transportado para o beneficiamento.

FIGURA 15— DESPESCA

17

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FIGURA 17— CHOQUE TÉRMICO E AÇÃO DO METABISSULFITO

4— CONCLUSÕES

1- Foi possível Ter acesso o a parte teórica do cultivo de camarão marinho no período acadêmico, sendo que a prática teve todos os procedimentos do cultivo desde o recebimento das pl's no berçário, desenvolvimento e despesca para a comercialização

2- Várias técnicas foram empregadas no cultivo na qual uma dessas técnicas importantes foi a do race way, possibilitando

reaproveitamento da água evitando assim maiores impactos ao meio ambiente.

3- Gerenciando a fazenda e acompanhando de perto todo o manejo do cultivo foi possível corrigir e evitar que esses se repetissem no futuro.

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5- BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

Barbieri jr., R.C. 1997. Introducion de nueva técnicas de cultivo y su repercusion em la indústria de Del camaron marina em el Brasil. IV Simpósio centro americano de Tegucigalpa Acuacultura, 1997. p. 133-134.

Calvo,L. 1993. Comederos: su uso como herramienta exclusiva de alimentacion em el cultivo de camarones em el Peru, Mimeo.

Cruz, P.S. 1991. Shrimp feeding rnanagemente, principles and practice. Kabukiran Entrerprises, Inc.Philippines 56 p.

FAO. Aquaculture Poduction Statistics 1987 — 1996. FAO Fisheries Circular.n815, Rev. 10.FAO, Rome, ITALY. 31p.1998.

Gerrelhas, A. C.B. 1997. Seed production of Litopenaeus vannamei in Brasil, IV Simpósio Centroamericanade Tegucigalpa Aquacultura,1997. Anais p. 152-153.

ROCHA, I. P.; RODRIGUES, J. Carcinicultura Marinha — Uma nova realidade para o fortalecimento do setor primário do nordeste brasileiro. Revista da ABCC, Recife, n.3,p.32-36, dez.2000.

Rocha, I. P., Rocha M. M. R. M., Freitas, C. M. C. 1997. Panorama da Aquicultura Brasileira: Situação da região Nordeste. In: I Workshop internacional de aquicultura São Paulo, 1997. Anais...p. 14-55.

Maia, E.P. 1995. Cultivos de camarões marinhos no Brasil: realidade e perspectivas. João Pessoa MCR Aquacultura Ltda. 50p.

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