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Aula11-Regulacaoexpressaogenica-procariotos

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Academic year: 2021

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(1)

Regulação da expressão

gênica

(2)

Os mesmos genes estão em todas as células de um organismo... Mas as células do organismo são diferentes... E como ! Lembre-se :

A síntese protéica é altamente dispendiosa em termos energéticos

(3)

As células e a expressão gênica

Célula muscular Célula da pele Célula nervosa

Gene A

Gene C Gene B

(4)

A expressão dos genes pode ser diferente em diferentes pontos do organismo...

...E pode mudar de acordo com o ambiente (espacial)

Meio sem o aa triptofano

trp

Meio com o aa triptofano

trp trp trp trp trp trp trp trp trp trp

(5)

A expressão dos genes muda com o tempo (temporal) SNC coração Membros Olhos Ouvidos

dentes Genitália externa

(6)

Regulação da expressão gênica

em procariotos

(7)

Níveis de regulação da expressão gênica em procariotos RNA proteína DNA Função biológica 1. Transcrição 2. Processamento do RNA 3. Estabilidade do RNAm 4. Tradução 5. Alterações pós-traducionais

(8)

Regulação da expressão gênica ao nível transcricional

Os vários mecanismos regulatórios caem em duas categorias : • Liga/desliga a expressão gênica em resposta a alterações

ambientais – mais importantes em procariotos

• Circuitos pré-programados ou cascatas de expressão gênica : evento

Genes A, B, C

Genes D, E, F

transcrição

Assim por diante...

transcrição

(9)

Tipos de expressão: a expressão dos genes pode ser

1) Constitutiva: o produto dos genes constitutivos

(housekeeping) é sempre necessário

Ex.: RNAt, RNAr, subunidades da RNA polimerase

2) Regulada: o produto do gene é necessário sob certas

condições ambientais. Pode ser :

 Indutiva : uma molécula induz a expressão do gene (indutora)

 Reprimível : uma molécula reprime a expressão do gene (co-repressora)

(10)

Expressão Reprimível Expressão Indutiva

lactose

Atividade das enzimas

envolvidas na utilização da lactose (β-galactosidase)

Atividade das enzimas

envolvidas na biossíntese do triptofano

(11)

Tipos de controle da expressão : o controle pode ser negativo

ou positivo (mecanismos de controle transcricional)

O controle da expressão é feito por uma proteína reguladora, que é produto de um gene regulador

Controle negativo Proteína reguladora desliga a expressão do gene REPRESSORA Controle positivo

Proteína reguladora liga a expressão do gene

(12)

Onde a proteína reguladora se liga ?

RBS (regulator binding site) : sítio de ligação da proteína

reguladora (sítios operadores)

promotor RBS Gene (s) c/ expressão regulada

(13)

Resumindo : participam do controle da expressão

 Indutor: molécula que induz a expressão de genes

 Co-repressora: molécula que reprime a expressão de genes

 Ativadores: produto de gene regulador que se liga a uma seqüência de DNA e liga a expressão de um gene

 Repressores: produto de um gene regulador que se liga a uma seqüência de DNA e desliga (inibe) a expressão de um gene

 RBS (operadores): sítio adjacente ao promotor, ao qual o ativador ou o repressor se liga

(14)

Resumindo: participam do controle da expressão

Indução: estimulação da síntese de uma enzima por um fator ambiental (indutor), em geral a presença de um substrato em particular (lactose)

Indução coordenada: síntese simultânea de várias enzimas (operon) estimilada por um único fator ambiental (lactose)

Repressão coordenada: síntese simultânea de várias enzimas (operon) reprimida por um único fator ambiental (triptofano)

(15)

Controle negativo e indutivo

Gene regulador

promotor RBS Gene (s) c/ exp. regulada

repressor repressor transcrição Repressor ligado ao RBS bloqueia a transcrição indutor

promotor RBS Gene (s) c/ exp. regulada

transcrição Gene regulador

repressor

Repressor não se liga ao RBS – ocorre a transcrição

Quando o produto do gene regulador

(16)

Controle negativo e reprimível

Gene regulador

promotor RBS Gene (s) c/ exp. regulada

transcrição

Repressor não se liga ao RBS – ocorre a transcrição

Quando o produto do gene regulador se liga, impede a transcrição

Uma molécula co-repressora ajuda a reprimir a expressão do gene

Repressor ligado ao RBS bloqueia a transcrição Co-repressor

promotor RBS Gene (s) c/ exp. regulada

transcrição Gene regulador

(17)

Controle positivo e indutivo

Quando o produto do gene regulador se liga, ativa a transcrição

Uma molécula indutora induz a expressão do gene

Ativador ligado ao RBS induz a transcrição

Indutor

promotor RBS Gene (s) c/ exp. regulada

transcrição Gene regulador

Gene regulador

promotor RBS Gene (s) c/ exp. regulada

transcrição

Ativador não se liga ao RBS – não ocorre a transcrição ativador

(18)

Controle positivo e reprimível

Quando o produto do gene regulador se liga, ativa per se a transcrição

Uma molécula co-repressora inibe a expressão do gene

Gene regulador

promotor RBS Gene (s) c/ exp. regulada

transcrição

Ativador per se ligado ao RBS induz a transcrição

ativador

ativador

Ativador não se liga ao RBS – não ocorre a transcrição Co-repressor

promotor RBS Gene (s) c/ exp. regulada

transcrição Gene regulador

(19)

• Regulação positiva:

– Presença de uma proteína ativadora ligada ao sítio-alvo no DNA

(operador) para iniciar a transcrição

– Esta proteína ativadora auxilia a RNA-polimerase em direção ao seu promotor vizinho

(20)

Regulação da expressão gênica em Procariotos

• Regulação negativa:

– Presença de uma proteína repressora ligada ao sítio-alvo no DNA

(operador) impede o início da transcrição

– Atua:

• interferindo fisicamente na ligação da RNA-polimerase ao seu promotor – bloqueio do início da transcrição

• Impedindo o movimento da RNA-polimerase ao longo da cadeia de DNA – bloqueio do alongamento da transcrição

(21)

Regulação da expressão gênica em Procariotos

REGULAÇÃO POSITIVA

REGULAÇÃO NEGATIVA

(22)

O modelo Operon

Jacob e Monod (1961)

Gene repressor

operador Gene(s) estruturais promotor

RNA pol

Molécula repressora

Operon : promotor + operador + genes estruturais

(RBS)

Propuseram o modelo do operon para explicar a regulação dos genes responsáveis pelo metabolismo da lactose em E. coli

(23)

O operon lactose (lac)

Principal fonte de energia da bactéria : glicose

Na ausência de glicose, a bactéria pode usar a lactose

As enzimas responsáveis pelo metabolismo da lactose só são produzidas em grande quantidade neste caso (uma quantidade basal sempre é feita)

(24)

O operon lac

Lac Z

P

Gene I O Lac Y Lac A

Repressor Gene regulador operon Produtos gênicos β-galactosidase β-galactosídio permease β-galactosídio transacetilase Quebra lactose em galactose + glicose

Bombeia lactose para dentro da célula

(25)

Operon Lac : controle negativo e indutivo

Indutor

(lactose) indutor/repressorComplexo

Proteína repressora

Repressor liga-se ao operador (O) e impede a transcrição de Z, Y e A O repressor não consegue se ligar ao O – ocorre a transcrição de Z, Y e A Indução coordenada (ausência de lactose) (presença de lactose)

(26)

Operon Lac : controle negativo e indutivo

Indução coordenada

Trabalho de Jacob e Monod (1950):

Evidências genéticas para a existência do operador e do repressor:

• Se basearam nas diferenças entre propriedades de mutações em genes estruturais e elementos regulatórios do operon lac

• Produziram bactérias diplóides heterozigotas para as mutações

(27)

Operon Lac : controle negativo e indutivo

Indução coordenada Mutações no operador (sítio regulador), presença de repressor (proteína reguladora): expressão gênica mesmo na ausência de indutor

Operador normal (elemento regulador), presença de repressor (gene I regulador normal): não tem expressão gênica na ausência de indutor

(28)

Operon Lac : controle negativo e indutivo

Indução coordenada Mutações no repressor, operador normal: expressão gênica mesmo na

ausência de indutor

(29)

Operon Lac : controle negativo e indutivo

Indução coordenada Mutações no repressor, operador normal: não tem expressão gênica mesmo

(30)

Operon Lac : controle negativo e indutivo

Princípio central da regulação gênica (procariotos / eucariotos)

Controle da transcrição é mediado pela interação de proteínas reguladoras com seqüências específicas do DNA

-seqüências reguladoras (operadores): atuação em cis (afetam

somente a expressão de genes fisicamente ligados na mesma molécula de DNA)

-proteínas reguladoras (ativadores e repressores): atuação em

trans (afetam a expressão de genes localizados em outras moléculas de DNA

(31)

Repressão catabólica ou efeito da glicose

•CAP: proteína ativadora do catabolismo; é uma proteína reguladora

•cAMP: AMP cíclico, molécula efetora; liga-se à CAP

•promotor lac: possui dois sítios de ligação : um para a RNA pol e outro para o complexo CAP-cAMP

Quem participa:

Existindo glicose e lactose no meio, a glicose deve ser preferencialmente usada como fonte de energia – o operon lac deve ser desligado em presença de glicose

(32)

Repressor

O complexo CAP-cAMP permite a ligação da RNA pol ao promotor

Sem CAP-cAMP, a RNA pol não se liga ao promotor

A glicose impede a ativação da adenilciclase, que catalisa a formação de AMP a partir de ATP

CAP

(33)

O operon triptofano (trip)

Controla a expressão dos genes que participam da síntese do aminoácido triptofano P O trp L trp E trp D trp C trp B trp A promotor a ε δ β α Antranilato sintetase Indol glicerolfosfato sintetase Triptofano sintetase Ácido corísmico Ácido

antranílico PRA CDRP InGP triptofano

Sequência líder

(34)

Operon triptofano (trip) : controle negativo e reprimível

Presença de triptofano : inibição da transcrição de genes que sintetizam triptofano

Genes não são transcritos

 Presença do triptofano inibe o operon em até 70 vezes

 Se o repressor estiver mutado (não funcional), ainda assim o triptofano inibe o operon em cerca de 10 vezes – outro mecanismo reduz a expressão do operon - atenuação

(35)

Atenuação da transcrição mRNA trp (baixos níveis de triptofano) mRNA atenuado (níveis altos de triptofano)

Todos os genes do operon são transcritos

Um mRNA incompleto é produzido (140 nucleotídeos)

(36)

Estrutura do mRNA da sequência líder

É importante lembrar que em procariotos a transcrição e a tradução são simultâneas

(37)

Região 1 com a 2 Região 3 com a 4 Região 2 com a 3 Atenuador da transcrição (independente de rho)

Grampos que podem ser formados na região líder :

Formam-se 2 grampos... ...ou somente 1

(38)

Na presença de triptofano sufuciente, a tradução continua além dos códons de Trp até o codon de término e perturba o pareamento de bases entre as regiões líder 2 e 3. Este processo deixa a região 3 livre para parear com a região 4 e formar o grampo de término de transcrição, que pára a transcrição na sequência atenuadora.

Com baixos níveis de triptofano, a tradução da sequência líder pára em um dos códons de Trp. Essa parada permite que as regiões líderes 2 e 3 formem par, o que impede a região 3 de parear com a região 4 para formar o grampo de término de transcrição. Assim, a transcrição continua por todo o operon trp.

Referências

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