• Nenhum resultado encontrado

O Astondoa atrevido. A lenda do Riva ESPECIAL. O novo mundo digital. Uma escala na subida do Tejo.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "O Astondoa atrevido. A lenda do Riva ESPECIAL. O novo mundo digital. Uma escala na subida do Tejo."

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

MARINA DE ALHANDRA

Uma escala

na subida do Tejo

ARTIGO TÉCNICO

Avarias

mecânicas

ELECTRÓNICA

O novo mundo

digital

• Ano 2 • Mensal • Nº11 • Maio 2007 • 3.80 Euros

www.dobarcoamotor.net

O Astondoa atrevido

A revista náutica portuguesa dedicada a barcos a motor

ESP

ECIAL

A P

ES

CA D

O A

CH

IGÃ

ENSAIOS

Astondoa 43 Open HT

Sealine SC 34

Targa 25

A lenda do Riva 115

(2)

26 Maio 2007 DBM

ENSAIO ASTONDOA 43 OPEN HT

DBM www.dobarcoamotor.net 27

O Astondoa

atrevido

(3)

26 Maio 2007 DBM DBM www.dobarcoamotor.net 27

sobretudo no Algarve mas também em Lisboa, em Cascais e no Douro, encontra-se um bom número

de barcos da marca espanhola e quase todos, para não dizer todos, são deste tipo. Grandes proas,

grandes solários de proa, grandes espaços interiores, flybridges acabados em saia, muitas vezes com

grua para subir um semi-rígido e/ou uma mota de água, e, por último mas não menos característico,

grandes saias de popa também. Mas no último Salão Náutico de Barcelona, a Astondoa surpreendeu

tudo e todos ao lançar uma série de hard tops bastante arrojados. E é o primeiro deles a chegar a

Portugal, o 43 HT, que a DBM foi experimentar ao Algarve.

(4)

28 Maio 2007 DBM

ENSAIO ASTONDOA 43 OPEN HT

DBM www.dobarcoamotor.net 29

O posto de comando é muito equipado mas é a enorme cadeira que sobressai.

����������������

���������������������������

�����������������

A bem da verdade, a nova série de hard tops da Astondoa não são os primeiros “HT”, da marca. Há alguns anos, o estaleiro de Alicante já tinha lançado um hard top de 40 pés, o qual, na altura, teve uma recepção algo tímida. Era um desenvolvimento do flybridge da marca da mesma dimensão e faltava-lhe, talvez, um pouco de salero. Mas a Astondoa parece ter-se aperce-bido disso e o novo 43 HT, a par dos seus dois irmãos - um deles um pouco maior - o 53 HT e o 40 HT, é bastante diferente. Para começar, o barco foi desenhado de raiz para ser um hard top, o que, só por si, já é muito significativo. Mas

além disto, e no que mostra a agressividade co-mercial crescente da Astondoa, o 43 HT tem um nível de acabamentos muito interessante e que, em diversos pormenores, faz com que pareça um bom barco italiano.

Elegante por fora...

O ar transalpino transparece logo nas suas linhas, as quais, não fosse o duplo “A” tão característico do símbolo do Astondoa do lado direito e esquerdo do hardtop, poderiam fazer com que, à primeira vista, muitos nautas con-fundissem o 43 HT com algum hardtop italiano

xpto. O casco é de fundo branco com uma faixa longitudinal azul ou vermelho forte, como era o caso da lancha que testámos, ao longo de quase todo o costado, ficando apenas a branco as obras vivas e duas pequenas faixas das obras mortas – uma estreita, mais rectilínea, junto da amurada e a outra em baixo desta, que começa a meia altura na proa e se vai estreitando até se tornar uma pequena linha da meia nau para a popa. Ainda no costado, o 43 HT, possui uma janela panorâmica a meia nau, a estibordo, em vidro fumado, o que também contribui para lhe dar um ar moderno e bastante distinto. Mas o mais bonito nas linhas do barco é, talvez, o perfil externo da coberta, com quatro grandes superfícies em vidro fumado, uma grande janela frontal em forma de rectângulo, duas laterais em perfil de asa alongada, e o hard top deslizante, em forma de quadrado, que, no seu conjunto, formam um todo esteticamente bastante agradá-vel e claramente diferente. Mas isto não é tudo. Ainda em matéria de linhas exteriores, há duas outras características que ajudam a distinguir o 43 HT. Uma é a saia do hard top, e a outra é a saia da popa. Na maioria dos hard tops, a saia forma um conjunto de “dois andares”, em que o inferior é a saia propriamente dita e o superior, uns 20 a 30 cms mais acima, é o arco de radar. No 43 HT, os seus designers optaram por algo diferente. Em vez de um arco de radar, o barco possui uma estrutura alongada e em crescendo por cima do hard top, que acaba sensivelmente onde este termina, mas que se encontra numa posição mais alta, correspondente ao que seria a altura do arco de radar. Criativo, não é? E por último, mas não menos importante, há que referir a popa do barco, a qual tem dois enquadramen-tos distinenquadramen-tos. Um é o solário da popa, levemente inclinado para trás, e que esconde uma enorme garagem onde, consoante a configuração escolhida para o barco, pode ser albergado ou um semi-rígido até três metros de comprimento, ou um jet ski, ou ainda … um semi-rígido mais pequeno e um jet ski. Conseguir tudo isto num barco com pouco mais de 40 pés, convenhamos que é obra!

...confortável por dentro!

Com um exterior tão harmonioso, será lícito pensar que o interior do 43 HT também foi bem concebido, e a verdade é que este não nos desilude. No piso superior, ao nível do convés, temos à frente o posto de comando e a respec-tiva cadeira a estibordo, a porta de acesso ao piso inferior, ao centro, e um sofá transversal em semi-couro ou couro, a bombordo. O posto de comando, assim como o volante do barco, são sóbrios qb. Bastante largo, o primeiro é com-posto por duas partes distintas, ambas em tons de cinzento. Uma, mais recuada e disposta num fundo inclinado de cerca de 45 graus, tem os mostradores de funcionamento dos dois motores do barco, incluindo conta-rotações, níveis de temperatura, óleo e voltagem e, ao centro, um ecrã de GPS. A outra, mais próxima do volante e num plano mais horizontal, tem os comandos de funcionamento dos mesmos motores, assim como do restante equipamento mecânico do barco, incluindo guincho e hélice de proa.

O camarote principal é à proa e tem casa-de-banho privativa.

(5)

28 Maio 2007 DBM ���������������� DBM www.dobarcoamotor.net 29

���������������������������

�����������������

importante, porém, o mais bonito de tudo é a cadeira de comando, com a sua largura de mais de um metro, a sua cobertura também em semi-couro ou semi-couro e o seu encosto reversível, o que permite, com o barco fundeado, utilizá-la como um complemento ao sofá de bombordo. E por falar nele, que sofá! Em forma de “L” e situado uns 10 cms acima do nível do chão do convés, tem cerca de um metro de largura e dois de comprido, é forrado com uma série de almofadas e encostos bastante bem desenhados, e tem ainda uma mesa envolvente em teca com tampo amovível. Pela forma como foi concebido, este sofá tanto tem uma dinâmica própria como pode considerar-se inserido no espaço mais vasto de todo o convés.

Em complemento a tudo a isto, este piso tem ainda duas outras áreas próprias. Uma, situada a estibordo, atrás da cadeira de comando, é uma mini-cozinha com lava-loiça placa de grelhador e frigorífico, os quais, como convém nestes com-plementos, são discretos e pouco intrusivos. E de seguida, temos ainda o solário de popa, (que já foi referido atrás) que, apesar de ser um ele-mento dominante do barco quando o apreciamos do exterior, é pouco ou nada intrusivo quando estamos no seu interior. A explicação para isso pode encontrar-se no bom espaço de circulação que existe a montante do mesmo.

Em tons também cremes, e castanhos, o piso inferior prima também pela sobriedade e boa qualidade dos acabamentos. Como seria

de esperar de um bom hardtop na casa dos 40 pés, o espaço aqui divide-se entre um camarote principal com casa-de-banho privativa, à popa, um conjunto de sala/sala de jantar mais cozinha na meia nau, e uma segunda cabina com casa de banho semi privativa, entre a meia nau e a popa. Nenhum dos três espaços é particularmente grande mas também, em contrapartida, em ne-nhum deles se sente uma particular falta de es-paço. Entre os vários pormenores interessantes

neste piso, poder-se-ia citar: o grande espaço para arrumações no camarote da proa, o bom gosto do sofá do salão e a dimensão de alguns equipamentos da cozinha adjacente, a possi-bilidade, na segunda cabina, das duas camas individuais serem facilmente transformáveis numa cama de casal, a bonita estética prevalecente nas duas casas-de-banho, ou ainda a qualidade das madeiras utilizadas tanto no chão como nas paredes, portas e outros detalhes do barco.

(6)

46 Maio 2007 DBM

ENSAIO ASTONDOA 43 OPEN HT

Ficha técnica Comprimento 11,98 m Boca 9,6 m Calado 0,75 m Capacidade combustível 1000 l Capacidade água 320 l

Motorização DPR VolvoIPS Volvo

Preço 455.000€ + IVA

Importador Ouro Iates

EN 125 | Sitio das Baceladas

Vale Judeu | 8125-013 Quarteira, Algarve Tel: 289 328 320

Tlm: 912 391 000/1/7 Fax: 289 328 333

www.ouro-iates.com / info@ouro-iates.com A tudo isto, porém, há que acrescentar um

outro plus do 43 HT. É a luminosidade que se faz sentir em quase todo este piso inferior, desde o camarote principal ao salão/cozinha, segun-do camarote e casas de banho, com a luz a emanar de escotilhas e janelas estrategicamente posicionadas ao longo do costado. No camarote principal, por exemplo, temos duas janelas co-locadas ao mesmo nível das prateleiras laterais. Na casa-de-banho privativa do mesmo camarote, o albói de onde vem a luz, encontra-se centrado no único espaço da parede da casa-de-banho virado para o costado, sem espelhos ou outros objectos que lhe tirariam profundidade. E o mes-mo se passa no salão/cozinha, nos aposentos do segundo camarote ou na sua casa-de-banho. Bonito!

Quase um puro sangue

Com dois motores Volvo Penta de 350 CV de coluna, o Astondoa 43 HT anda, muito, embora esteja longe de ser o hard top da sua categoria mais rápido do mundo. A sua velocidade máxi-ma, alcançada com o barco que testámos, foi de 31,6 nós - este valor sendo uma média de passa-gens a favor e contra o vento - e a velocidade de

cruzeiro rondou os 26 nós. A título comparativo, alguns outros hard top, em particular ingleses, podem chegar aos 34 ou 35 nós. Mas há uma razão principal para esta diferença: o peso. O 43 HT ronda as 15 toneladas, enquanto um 43 pés “normal” pesa na casa de 12,5 toneladas. A diferença prende-se não só com o casco, mas também com alguns dos equipamentos e acaba-mentos do Astondoa, como os dois frigoríficos (um deles de 400 litros, maior que muitos frigo-ríficos “terrenos”) ou as madeiras do chão e das paredes, todas elas maciças. Aceitável, não é?

Para além disto, e ainda a nível de desempe-nho, o barco mostra-se bastante estável e curva bem, sem adornar nem de menos nem de mais. No teste que fizemos, com ondulação estável de 1,0-1,5 metros de sudoeste, o barco nunca fugiu, não teve reacções fora do normal e mes-mo em curva sobre curva (o curvar em cima da esteira de uma curva anterior) manteve-se bem equilibrado.

Para quem goste de hard top na casa dos 40 pés (e quem não gosta?), não há dúvida que o Astondoa 43 HT é bastante atractivo. As suas linhas são bonitas, o interior tem detalhes bastante simpáticos, e os acabamentos são

irrepreensíveis ou quase. Não chegará ao nível de alguns puro-sangue desta área mas também é verdade que não está assim tão longe deles. E com um preço quase 20% mais barato que al-guns deles, é caso para dizer que dá que pensar, e tirar o sono.

Referências

Documentos relacionados

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

6.1.5 Qualquer alteração efetuada pelo fabricante em reator cujo protótipo já tenha sido aprovado pela Prefeitura/CEIP deverá ser informada, com antecedência, pelo

Você pode usar consultas para gerar relatórios financeiros ( Como Trabalhar com Relatórios Financeiros do Oracle Profitability and Cost Management Cloud ).. Você também pode

Estudos sobre privação de sono sugerem que neurônios da área pré-óptica lateral e do núcleo pré-óptico lateral se- jam também responsáveis pelos mecanismos que regulam o

Os estudos originais encontrados entre janeiro de 2007 e dezembro de 2017 foram selecionados de acordo com os seguintes critérios de inclusão: obtenção de valores de

Foi evidenciado que o posto mantém uma sistemática preventiva para não contaminar o solo e as águas subterrâneas, por meio da avaliação trimestral do solo e do

Para essa discussão, selecionamos o programa musical televisivo O fino da bossa, apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues, na TV Record de São Paulo, entre os anos de 1965 e

de lôbo-guará (Chrysocyon brachyurus), a partir do cérebro e da glândula submaxilar em face das ino- culações em camundongos, cobaios e coelho e, também, pela presença